0�013426 PUBLICAÇÕES DO INSTITUTO HOMCEOPATHICO DO BRAZIL CONSELHOS CLÍNICOS ou PRATICA ELEMENTAR DA HOMCEOPATHIA TOMO II Rua de S. José n. 59»— Rio de Janeiro. « Et orietur vobis sol meae justitisc.... « .... et sanitas, unus ex radiis ejus. « (S. Malaquias, cap. IV., v. 2.*) « Dr. Mure. » « Caridade sem limites. « Sciencia sem privilegio. « Dr. A. J. de Mello Moraes. » « Res non verba. « Dr. Sabino O. L. Pinho. » UM CONTRASTE NA CÂMARA DOS SRS. DEPUTADOS « O governo mandará destinar uma das salas do lazarelo estabele- « cido na ilha do Bom-Jesus para nella se recolherem os doentes de « febres que se quizerem tratar homceopathicamente, para o que cha- « mará o medico homoeopatha que lhe parecer mais habilitado. « Moraes Sarmento. » {Sessão de 21 de Fevereiro de 1850.) « Se passar a emenda additiva do Sr. Moraes Sarmento, — accres- « cente-se : — e outra sala onde os doentes, que quizerem, serão tra- « tados pela uromancia, em outra pela medicina dos feitiços dos pretos « da costa d1 África, em outra pela medicina cabalistica doshaikinsda « Pérsia, em outra pelo mesmensmo, em oulra pela Iiydrosudopalhia « em outra finalmente pela medicina herbolaria dos nossos indiginas. « Dr. Jobim. d (Sessão de 23 de Fevereiro de 1850.) D? MURE. li/// lmi>!/fe fítiisbuir/. /tict/f .lanriin. 1 MAMA SMIffiOTil DA HOMCEOPATHIA PELO DOUTOR MURE ou CONSELHOS CLÍNICOS para qualquer pessoa, estranha completamente á medicina» poder tratar-se, e a muitos doentes, conforme os preceitos da homwopathia, confirmados pelas experiências dos Doutores iEgide, AHher, Aneld, Attomir, Baudis,Benstein, Bernhardi, Betmann, Biginelli, Bigel, Boenninghausen, Brenfleck, Caravelli, Cau-wers, Charrieri, Chio, Chuit, Clayrar, Clement, Croserio, Denicé, Des Guide, Diehel, Dufresne, Duhamel, Duplat, El-wert, Emmerick, Errahdit, Engelhardt, Fieliz, Frank, Gaspary, Gastier, Griesselich, Gross, Gueyrand-Guyton, Hartlaub, Hartmann, Heicheeím ,Herring, Hirsch, Hoffendahl, Hoffmann, Horneburg, Hutaud, Jahr, Kammerer, Kasemann, Knorre, Knetschmar, Kopp, Kramer, Libert, Lewert, Loescher, Malaise, Merelier, Martini, Molin, Muhlenbein, Muller, Neumann, Nitack, Peschier, Pleyel, Rhau, Rochl, Romani, Rosenthal, Ruchert, Rummel, Saint Firmin, Saladin, Scheling, Scheíihemmer, Schleicher, Schroen, Schule, Schuter, Schutz, Sclrwah, Schweikest, filho, Seidel, Shindler, Shwartz, Sodenberg, Solier, Sonnemberg, Spoher, Stapf, Stegemann, Tessier, Thorer, Tietze, Timbart, Trinks, Weber, "Weigel, "NVeith, Widenhorn. Widermann, Wolf. SEXTA EDIÇÃO POR Jt 0 AO V * ia JaBi X Ju AlJ.il cfci X AUu b Primeiro secretario perpetuo do Instituto homceopathico do Brasil. « RIO DE JANEIRO TYP. DE PINHEIRO & Ga, RUA SETE DE SETEMBRO N: 165 1866 WBK M3£>Sp c* \ /^•A) 7^/ 2*~r 2- CONSELHOS CLÍNICOS OU PRATICA ELEMENTAR DA HOMflEOPATMA CAPITULO XX MOLÉSTIAS DAS MULHERES E DAS CRIANÇAS SECÇÂO PRIMEIRA MOLÉSTIAS DÀS MULHERES A mulher, ente complementar da creação, e perpetuador da espécie humana, é também"o ente que tem de representar em todas as épocas o caracter particular da respectiva civilisação e que por sua influencia tem de aperfeiçoar as sociedades, que tão mal a comprehendem e tão mal a tratão. Ente frágil, como lhe chamão, desenvolve a mais admirável energia nas occasiões em que mais fraca parece, uma vez que em seu coração haja amor, ou seja amor de filha, ou de amante, ou de esposa, ou de mãi, ou de christã, comtanto que seja amor; porque o amor é toda a sua vida. E os homens, que tão mal comprehendêrão sempre a mulher, sempre trabalharão por apagar no coração delia este fogo sagrado, ou quizerão muitas vezes atea-lo tanto que elle a consumisse. E com effeito assim conseguirão muitas vezes que apparecessem na terra muito horriveis monstros. Mas, fora desses casos tão raros, a mulher se ostentou sempre a melhor obra da creação, o ente digno de trazer em seu seio ao mundo um Redemptor, e de perpetuar a obra d'Elle pelo heroismo da caridade. 474 CAP. XX. MULHERES A mulher é um ente bem distincto do homem, quer physica, quer physiologica, quer moralmente, comquanto seja da mesma espécie, ou, para melhor dizer, a mulher e o homem são dous entes distinctos, que se completão um pelo outro. Physica- mente, o homem é mais forte, mas a sua força é de menor duração; e a mulher, sendo mais fraca, muito mais resiste aos trabalhos, e por muito mais tempo os supporta, conservando energicamente as suas débeis forças; physiologicamente, certas funcções destes dous entes são tão diversas, e esta diíferença é tão palpável, e as modificações particulares que ella imprime nas outras funcções, que são communs aos dous individuos, são tão conhecidas, que escusado é menciona-las; moralmente, o que o homem pôde ter de mais intellectual tem a mulher de mais instinctivo; elle, para encontrar uma verdade, calcula; e ella, sem ter calculado, prevê essa verdade com todos as suas conseqüências ; nelle ou dominão as paixões reflectidas, ou as do grosseiro instincto, e nella as do sentimento somente; e sempre este sentimento é o amor, o amor intimo, espiritual, que não o grosseiro prazer dos sentidos. Também se dirá que a mulher é susceptivel de ter sentimentos ignóbeis, paixões muito rasteiras e vis, e vicios os mais detestáveis: isto é verdade; mas é verdade também que essa mulher assim aviltada é sempre a que não tem mais, ou nunca teve amor no seu coração; e se ella o não tem já, se nunca o teve, ou nunca pôde livremente cmprega-lo em digno objecto, perguntai bem aos homens a razão disto, algum delles vo-la dará. Sempre e sempre a mulher será digna, se um puro amor germinou em tempo e desenvolveu-se no seu coração, e en- grandeceu, e pôde expandir-se, tendo tido sempre objectos dignos delle; como fossem : virtuosa familia, digno esposo; um filho ; e Deos. Empregado o amor da mulher nestes objectos, a mulher é um anjo na terra. Mas a sociedade o que tem feito da mulher? A sociedade tem tirado á mulher os objectos mais dignos de seu amor; a sociedade tem pervertido o coração da mulher. Mas, apezar disso, ainda ha virtuosas filhas em famílias corrompidas ; ainda ha esposas honestas no poder de homens perversos; ainda ha mais exemplares de filhos que a sociedade tem perdido; e, sobretudo em nossos dias de egoismo e corrupção geral, ainda ha Irmãs da Caridade, heroinas do Evangelho. CAP. XX. MULHERES 475 Do que levamos dito, queremos concluir para o nosso objecto que o estudo da mulher, ou no seu estado physiologico, ou no estado pathologico, merece particular attenção para haver de distinguir-se na pratica o que melhor pôde convir a ella nas enfermidades que ella tem, que são communs a ella eaos homens; e mais, que deve attender-se muito a certas enfermi- dades, e a certos estados por que ella tem de passar, para saber-se como cura-la, ou preserva-la, ou auxilia-la no exercício de suas funcções: e ainda mais, queremos concluir que, sendo o amor toda a vida da mulher, sendo este sentimento nobilissimo e divino, o primeiro germen de todas as virtudes da mulher, deve ser livre ella na escolha dos objectos dignos do seu amor. E, como os primeiros e naluraes objectos do amor de uma mulher são seus pais e suas familias, nunca estes se deveráõ tornar odiosos a quem tão naturalmente os ama; nunca os pais, nunca os parentes deveráõ constranger uma donzella a tomar por esposo o homem que ella não ama, quer elle pareça ou não digno delia, embora elle possua as riquezas do universo; porque a mulher faz consistir toda a sua riqueza e toda a sua felicidade no amor de sua família e no amor de seu marido; então ella ama a seus filhos e a seu De os com todas as forças do seu coração; e estas forças incalculáveis fazem prodigios de heróis mo e de caridade. E' só deixando livre á mulher a escolha dos objectos do seu puro amor, e havendo-lhe formado, também por amor, um co- ração recto, que pode extirpar-se das sociedades, que se apre- goão civilisadas, esse cancro pod re da prostituição. Eé também procedendo assim que se hão de evitar muitas enfermidades hediondas que resultão, ou dos excessos venereos, ou da con- tinência forçada, ou do onanismo proveniente quasi sempre dessa forçada continência; e assim hão de evitar-se também muitas moléstias, ou physicas ou mentaes, ou nervosas e hys- tericas, provenientes principalmente do desamor ou crueldade com que se constrange uma mulher a viver em tanta intimi- dade com um homem que ella aborrece, ou se lhe rouba o mais caro objecto dos seus amores, oidolo de todos os seus cultos, a sua vida toda. ÂBiiaraieutar. — Nada mais natural e nada mais digno de respeito e de amor do que o amamentar uma mãi a seu filho. Nada mais desprezível do que deixar ella de o fazer tendo per- 476 GAP. XX. MULHERES feita saúde. Mas também é despropósito dar de mamar por mais tempo do que é necessário ; e passa a ser, senão um crime, pelo menos uma acção reprehensivel, fazê-lo para evitar nova concepção, quando ella não ameaça compromettimento nem da vida nem da saúde. As mais que amamentão seus filhos communicão-lhes no leite as suas boas qualidades, e ganhão muito maior jus ao amor de seus filhos, de seus maridos e de todas as pessoas que vêm a sua nobre dedicação. As que entregão seus filhos a amas mercenárias tornão-se voluntariamente madrastas, e tarde ou cedo são castigadas ou coma perda dos filhos, ou com o seu desamor, ou com enfermidades que lhes procedem de haverem seccado o leite, e os filhos a maior parte das vezes contrahem também moléstias para toda a vida. Mas as que, sen- tindo-se doentes, dão de mamar ainda a seus filhos concorrem muitas vezes para a morte sua e delles. Ha um meio termo, e esse consiste no cumprimento de um sagrado dever sem com- promettimento da vida nem da saúde, e ao mesmo tempo sem exageração, porque dar de mamar ás crianças depois que ellas já têm os dentes que chamamos presas (dentes caninos) é muitas e muitas vezes prejudicial. Os melhores medicamentos contra a falta de leite nas mulheres paridas, em geral, são: agn. cale. caust. dulc. puls., ou rhus. e zinc, principalmente quando a agalatia é resultado de falta de energia vital, quer só nos peitos, quer em toda a constituição. TRATAMENTO. —De qualquer dos medicamentos cita- dos, 4 glóbulos da 5a ou 15a dynam. em 4 colhéresd'agua,para 1 colher de 6 em 6 horas : seguindo a mesma regra para os differentes estados da mulher nessas épocas e com toda a pru- dência pelo seu estado de suecesibilidade. (Vede tratado espe- cial de partos pelo Dr. Croserio.) Mas se ao contrario a secreção leilosa é embaraçada por um excesso vital nos peitos, com tensão, rubor e pulsação nelles, e que simultaneamente a febre de leite seja fortíssima, serão : acon.bry. cham., ou também : bell. merc, que na maior parte dos casos se acharáõ indicados. Além destes medicamentos, tem-se ainda recommendado contra a falta deleite: agn. chin. cocc.| iod. nux.-mos. sep. sulf. zinc. CAP. XX. MULHERES 477 A febre de leite, se todavia exige o soccorro da arte, demanda principalmente : acon. ou coíf. administrados alternadamente. Se estes dous medicamentos não forão bastantes, será bell. ou rhus. que se deveráõ consultar com preferencia. Muitas vezes também arn. pôde ser conveniente, mormente se, em conseqüência de um parto laborioso, as partes genitaes estão muito irritadas. Quanto á suppressão do leite, em conseqüência de uma grande emoção, os melhores medicamentos são: bry. cham. coíf. Em resultado de um resfriamento : bell. cham. dulc. puls., ou também : acon. merc. sulf. Havendo metastasis sobre órgãos abdominaes : bell. bry. puls. rhus. Os resultados ghronicos de uma suppressão de leite recla- mâo muitas vezes com preferencia: rhus., ou talvez : cale. dulc. lach.? merc. puls. sulf. Se o leite é mão, muito claro, ou se o menino o repugna, de ordinário será sufficienteadministrar á mãi : cin. merc. ou sil. Talvez em alguns casos se achem também convenientes : bor. ou lach., sobretudo se o leite coalha prornptamente. Se fôr excessiva a secreção do leite: cal. phos. Silicea convém particularmente se o menino lança o leite apenas o mamou. N. B. Depois de um susto, raiva, etc, convém não ama- mentar a criança ; então tomará a ama o remédio próprio, es- premerá fora o leite viciado, e depois dará de mamar á criança. Não se saberá recommendar sufíicientemente aos pais cui- dadosos a necessidade de submetter a uma cura preventiva as amas de leite, para destruir nellas em parte o virus psorico, syphilitico, etc., principalmente quando ellas são negras. E' este o único meio de melhorar o inconveniente que ha em subs- tituir uma ama alheia áquella que a natureza destinava a este officio. (Vede o artigo Crianças.) Finalmente, quanto ao desmamar, é puls. o melhor medica- mento para fazer cessar a secreção do leite, ou para evitar as dores que muitas vezes delia resultão. Comtudo serão freqüen- temente também de grande utilidade: bell. bry. cal. sol.-oler. Solanum-Oler. é talvez a substancia mais activa para sup- primir a secreção do leite ; e a mesma puls. é menos efficaz do tomo it. 61 478 uAr. xx. mulheres que esta planta brasileira, para prevenir os resultados da des- mamação das crianças. Contra o fluxo de leite, fora do tempo da criação, o melhor medicamento é cal., maxime se os peitos estão constantemente engorgitados de leite. Talvez se possa algumas vezes achar convenientes : bell. bor. bry. ou rhus. Ç^* Vede também Peitos. ^meiiorrliéa, anemia, menochesia, suppressão das regras, e padecimentos em conseqüência de desarranjos ute- rinos.— Os melhores medicamentos contra a ausência total, ou fluxo pouco abundante das regras, são, em geral: puls. sep. e sulf., ou também: acon. ars. bry. cale. carapiá caus. chin. coce con. cupr. fer. graph. iod. kal. lyc. merc. natr.-m. n.-mos. op. sab. verat., ou mesmo ainda: bell. bovista. cham. plat. rhod. sol.-oler. staph. stram. valer zinc. (Vede Regras.) Para a anemia nas jovens, são sobretudo: puls. sulf., ou também: caus. coce. graph. kal. nat.-m. petr. sep. verat., principalmente puls. e sep., e também plat. Para a suppressão das regras em conseqüência de um res- friamento : nux-vom. puls., ou também: bell.? dulc. sep' sulf.; — de um susto, ou outra emoção repentina : acon. carapiá lyc, ou ainda: coíf. op. verat. Se as regras não estão ainda de todo supprimidas, porém unicamente muito fracas (menochesia), achar-se-ha muitas vezes que convém : cale caus. con. graph. kal. lyc magn. natr.-m. phos. puls. sil. sulf. verat. zinc. Além disso, se estas affecções se manifestão nas pessoas plethoricas : acon. bell. bry. nux-vom. op. plat. sabin. sulf. Quanto ás affecções que se manifestão em conseqüência destas desordens, ou aos symptomas accessorios que as acom- panhão, poder se-ha com preferencia consultar: ACON1TUM, se ha: congestão freqüente na cabeça ou no peito, e palpitação do coração; cephalalgia pressiva, pulsativa ou lancinante, o rubor do rosto: pulso cheio e duro; calor fre- qüente, com sede, humor irascivel, etc, sobretudo nas jovens que passão uma vida sedentária. TRATAMENTO. — 4 gottas ou 6 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para l colher de 6 em 6 horas, espaçando as doses á proporção das melhoras. ARSENÍCUM, havendo: grande fraqueza, rosto pallido, CAP. XX. MULHERES 479 descorado, com olheiras; appetite pronunciado pelas cousas ácidas, por café ou aguardente; grande lascivia; flores brancas corrosivas, ou freqüentes accessos de desfallecimento. TRATAMENTO. — 1 golta ou 4 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 8 em 8 horas, espaçando as doses á proporção das melhoras. BRYONIA, se a amenorrhéa é acompanhada de um forte erethismo do systema vascular ; congestão freqüente na cabeça ou no peito, com fluxo de sangue pelo nariz ou com tosse secca, frio e calafrios freqüentes, alternando algumas vezes com calor secco e ardente ; prisão de ventre, gastralgia pressiva ou eó- licas. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas da 3a ou 5a dynams. 'em 4 colhéres d'agua, para dar-se de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas, conforme a gravidade do doente, espaçando logo que sinta melhoras. CALCAREA, se ha : congestão freqüente na cabeça, com vertigens, dores abrasadoras na testa ou cephalalgia pulsativa, pressiva ou gravativa ; zunido nos ouvidos; gastralgia pressiva com plenitude nos hypocondrios, e impossibilidade de sup- portar roupa alguma apertada ; eólicas e puxos com dores até as coxas, manifestando-se principalmente na época* em que de- verião apparecer as regras, grande fadiga e peso em todo o corpo, maxime nas pernas. TRATAMENTO.— Como bryon. CAUSTICUM, havendo : symptomas hystericos, eólicas, dor nos rins, espasmos abdominaes e tez amarellenta. CHINA, se ha: rosto pallido, com olheiras, cephalalgia pres- siva, principalmente de noite ; gastralgia pressiva, sobretudo depois de ter comido ; dyspepsia e magreza ; grande fraqueza, com abatimento e peso nas pernas, insomnia ou somno agitado com sonhos anciosos e fatigantes; ou também : espasmos ab- dominaes ou pulmonares ; congestão na cabeça com pulsação das carótidas ; nvmphomania ; sobre-excitação nervosa, com grande sensibilidade ao menor ruido. Convém muito quando a menstruação precedente ha sido muito abundante, ou quando tem havido perda considerável de humores. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos da 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, paral colher de 8 em 8 horas. COCCÜLUS, se na época em que deverião ter apparecido as 480 GAP. XX. MULHERES regras se manifestão espasmos abdominaes hystericos, com pressão no peito, oppressão, inquietação e angustia, tristeza, suspiros, gemidos e grande fraqueza, que quasi não permitte fallar ; ou também se ha fluxo de sangue negro, e não correndo senão algumas gottas, com muitos padecimentos nervosos ; principalmente havendo hemicraneas e tonteiras freqüentes, com andar vacillante. TRATAMENTO.—Como china. CONIUM, havendo symptomas hystericos e chloroticos, peitos flacidos e seccos, ou também duros e dolorosos ; grande fadiga e fraqueza nervosa e hysterica, com risos ou prantos involun- tários, grande abatimento depois do menor passeio ; anxiedade e tristeza ; espasmos abdominaes, com tensão do ventre e dores lancinantes; flores brancas. CUPRUM, se ha : congestão na cabeça, cephalalgia pressiva no alto da cabeça, rosto pallido e olheiras ; náuseas freqüentes com vômitos ; espasmos abdominaes ou convulsões nos mem- bros com gritos; palpitação do coração e caimbras no peito ; ainda melhor tendo havido alguma erupção supprimida. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos da Sadynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4 horas. FERRUM, sobretudo quando ha : grande fadiga e fraqueza, tremor dos membros, magreza, grande disposição para estar sentada ou deitada ; congestão de sangue na cabeça, com dores pulsativas e abrasadoras, zunido, estrondo, picadas no cére- bro ; rosto pallido e térreo, com olheiras ; ou rubor ardente do rosto, com os olhos vermelhos ; pressão no estômago e na cabeça e inchação nas pernas, e outros padecimentos chlo- roticos. TRATAMENTO.-Como china. GRAPHITES, se as regras apparecem bem algumas vezes, porém mui pallidas e cessão logo, tendo tido pouca duração ; freqüentes erupções erysipelatosas; cephalalgia hysterica ; náu- seas ; dores de peito ; grande fraqueza ; eólicas e espasmos hystericos ; flores brancas e esterilidade ; disposição para he- morrhoidas. Convém melhor ás pessoas mais idosas. TRATAMENTO.—Como ferr. IODIUM, quando ha : freqüentes palpitações do coração ; pallidez do rosto, alternando algumas vezes com grande rubor; GAP. XX. MULHERES 481 falta de respiração subindo; grande fadiga e fraqueza, principal- mente nas pernas, com outros padecimentos chloroticos. RALI-CARB., é um dos remédios mais poderosos contra a amenorrhéa e anemia, sobretudo se ha: oppressão na respira- ção ; palpitação no coração ; disposição para erupções erysipe- latosas ; pallidez do rosto, alternando muitas vezes com grande rubor. LYCOPODIUM, quando ha : symptomas chloroticos, grande disposição para tristeza; melancolia e prantos ; cephalalgia hysterica ; vômitos agros, azia e inchação dos pés, dores nas costas e nos rins, e eólicas ; accessos de desfallecimentos, flo- res brancas ; inchação e pressão no epigastrio, e dores activis- simas ou tensivas por todo o ventre. Convém ás pessoas que softrem de alguns dartros furfuraceos. MERCURIUS, contra a amenorrhéa com congestão na cabeça, acompanhada de calor secco e fervura de sangue; flores brancas; inchação edematosa das mãos e dos pés, ou do rosto; rosto pal- lido e de uma côr doentia; grande fadiga e fraqueza, com tremor e fervura de sangue depois do menor trabalho; gênio irritavel; humor triste, ou impertinente e contrariante. NATRTJM, quando ha: freqüentes dores de cabeça, padeci- mentos hystericos ou chloroticos ; disposição á tristeza, com apa- thia; grande fraqueza do corpo e do espirito, com peso nos membros e horror ao movimento ; disposição para enfadar-se e enfurecer-se facilmente. NUX.-MOSC, contra a suppressão das regras, com espasmos e outros padecimentos hystericos, disposição ao somno e ao desmaio ; grande fadiga e fraqueza, com languor geral depois do menor esforço; dôr nos rins ; freqüentes pituitas do estô- mago ; gênio inconstante. OPIUM, contra a suppressão das regras com congestão na ca- beça, que parece muito pesada ; rubor e calor do rosto; somno- lencia; movimentos convulsivos ; tympanismo e prisão rebelde de ventre. PULSATILLA, um dos primeiros remédios contra a amenor- rhéa, maxime quando proveniente de effeitos de humidade; ou em conseqüência de um frio humido ; ou quando é acompanhada de freqüentes accessos de cephalalgia semi-lateral, com dores lancinantes até ao rosto e dentes; dores de cabeça na testa, com pressão no alto; tez pallida, vertigens cora zunido nos ouvidos; Í&2 GAP. XX. MULHERES odontalgia lancinante, com dores que repentinamente mudão de lado ; freqüente catarrho nazal; dyspnéa, desalento e suffbca- ção depois do menor esforço; palpitação do coração; mãos e pés frios, alternando freqüentemente com calor repentino; dispo- sição a diarrhéas mucosas ; flores brancas ; dôr nos rins ; peso pressivo no ventre; gastralgia com náuseas, vontade de vomitar e vômitos; calafrios continuados, com bocejos e espreguiça- mentos; grande cansaço, mormente das pernas, inchação dos pés, sobretudo nas mulheres de cabellos louros, olhos azues, sardentas, com gênio brando, e disposição á tristeza e pranto. SABINA, se, principalmente nas pessoas anteriormente re- guladas com abundância, o fluxo menstrual foi substituído por flores brancas espessas e fétidas. SEPIA, quasi com tanta importância como puls., contra a amenorrhéa com flores brancas, ou havendo: acecessos fre- qüentes de cephalalgia hysterica, ou hemicranea, odontalgia, com grandíssima sensibilidade dos nervos dos dentes ; consti- tuição delicada; pelle secca e sensível; rosto descorado, ou com manchas sujas ; fraqueza nervosa e grande disposição á trans- piração ; calafrios freqüentes alternando com calor ; disposição á melancolia e á tristeza com prantos; catarrho nazal freqüente, maxime molhando-se; dores como de fracturas, nos membros ; eólicas freqüentes e dores nos rins. SULFUR, se ha: cephalalgia pressiva e tensiva, principalmente no occiput até á nuca, ou dores pulsativas na cabeça, com con- gestão, calor, formigamento, remeximento, dôr viva, e atordoo- mento no cérebro; rosto pallido e doentio, com olheiras e man- chas vermelhas ; borbulhas na testa e em torno da boca ; appetite devorante e magreza geral; arrotos agros e abrasadores; pressão, plenitude e peso no estômago, hypocondrios e ventre ; disposição a hemorrhoidas ; dejecções de diarrhéas mucosas; prisão de ven- tre com dejecções duras e com vontade freqüente, porém sem resultado ; espasmos abdominaes ; flores brancas; prurido nas partes genitaes ; accessos hystericos e symptomas chloroticos ; adormecimento fácil dos membros; dyspnéa, dores nos rins, ac- cessos de desfallecimento; grande disposição a constipar-se; fraqueza nervosa, com grande fadiga, principalmente nas pernas, e grande abatimento havendo foliado; gênio irritavel e disposto a enfadar-se, ou triste e melancólico, com pranto freqüente. VERATRUM, contra amenorrhéa com cephalalgia nervosa, CAP. XX. MULHERES 483 padecimentos hystericos; rosto pallido, térreo; náuseas fre- qüentes, com vomito ; Maldade das mãos, dos pesou do nariz; grande fraqueza com accessos de desfallecimento ; excitação do appetite venereo. fc*^ Vede também Chlorosis,Dysmenorrhéa, MEN0PsiA,etc TRATAMENTO.— De qualquer dos outros medicamentos citados, 1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 8 em 8 horas, espaçando as doses á proporção das melhoras. Clilorosis.— Os melhores medicamentos contra os pade- cimentos chloroticos, são : bell. coce con. puls. sep. sulf., ou também: cale chin. fer. ign. lyc. natr.-m. nitr.-ae plat. A chlorosis muitas vezes é o resultado funesto de um vicio muito vergonhoso ; e devem as jovens que têm a infelicidade de haver contrahido esse vicio ficar bem persuadidas de que em sua physionomia se lhes conhece elle logo á primeira vista, e devem tratar de emendar-se antes de serem reprehendidas, porque a sua saúde se arruinará muito depressa, e a consciên- cia ha de accusa-las de serem ellas próprias que se matem por suas mãos. TRATAMENTO.—1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos em 4 co- lhéres d'agua, para 1 colher de 8 em 8 ou 42 em 12 horas ; es- perando a acção do medicamento por 6 a 8 dias, para repeti-lo no caso dé melhora, ou tomará outro medicamento. ÇS^ Para os detalhes comparai Amenorrhéa, Dysmenorrhéa, etc, e vede também Onanismo. Coito.— Em quasi todos os animaes a união dos sexos é uma necessidade, e faz-se por instineto ; mas entre o homem e a mulher esta união é, a maior parte das vezes, sem outro fim mais que o prazer, e não poucas vezes até não tem por fim o prazer, mas simplesmente um capricho, um habito ou uma ex- travagância e deboche. Vêm por isso desta união dos sexos assim com artifícios provocada, ou automaticamente feita ou levada a excesso, mil damnos para o homem, e muitos mais, e muito mais graves para a mulher. Ao homem resultão mo- léstias do peito, enfraquecimento geral, perturbações nas facul- dades intellectuaes, e em quasi todas as suas funcções, e por fim a impotência ou os priapismos e satyriasis e outras enfermi- dades ; mas para a mulher todos os males que vêm de abusos venereos são muito maiores, quer moral, quer physicamente. 484 GAP. XX. MULHERES Ella perde pouco a pouco o pudor, ganha em contrario o vicio de incontinencia, e cada vez mais difficil é de satisfazer seu desordenado appetite ; ao passo que physicamente, sendo cada vez menos sensíveis as suas partes, e carecendo por isso de maiores esforços para vir a sentir os prazeres que frenetica- mente deseja, torna-se hysterica ou estéril, e ganha inflamma- ções de vagina e de utero, e por fim os scirros e os cancros deste órgão, que á sepultura levão tantas desgraçadas na flor dos annos. Deve, pois, na união dos sexos haver toda a parci- mônia e toda a moderação; e não se deve effectuar e esta união senão quando a natureza a reclama e um casto amor a excita ; tendo em vista sempre a reproducção da espécie primeiro que os prazeres excessivos ; e sempre guardando o maior recato de- vido reciprocamente pelos cônjuges que se amão um ao outro, sem comtudo hypocritamente usar de precauções ridículas, in- dicio quasi certo de infidelidade em algum dos esposos que assim se inculca santarrão. Se as proporções entre as partes sexuaes do homem e da mulher não são as naturaes, evite o homem sempre molestar a mulher, e tenha as devidas cautelas, porque a introducção forçada de um penis desproporcional n'uma pequena vagina trará sempre em conseqüência, mais tarde ou mais cedo, a inflammação do utero, as metrorrhagias, os endurecimentos scirrosos e os cancros do utero, ou outros soffnmentos mais ou menos graves. Sirva de regra que quando no coito a mulher sente grandes desejos sem poder conseguir um prazer completo, ou quando na introducção do penis sente dores, ou quando as sente depois, ou quando depois do prazer fica melancólica ou muito fatigada, emfim, sempre que o coito se não effectua regularmente, deixando depois o organismo em perfeita harmonia de funcções, signal é de que o utero começa a soffrer ; e se no acto do coito houver hemorrhagia, por pe- quena que seja, dores fortes que se prolonguem até ao utero, ovarios e rins, e depois do coito displicência e outros maiores incommodos, signal é de que o utero já soffre muito, e nestas circumstancias é de justiça e de razão, e é grande prova de amor, deixar um marido de ter copula com sua mulher, e tratar delia, fazendo-lhe administrar os remédios homoeopathicos que em laes circumstancias melhor eífeito alcanção. Da parte de uma mulher prudente, que deseja viver para seus filhos e para seu marido, está a resignação com que deve abster-se de • ter GAP. XX . MULHERES 483 copula, sem attribuir esta continênciaá falta de amor que em seu marido haja de suspeitar, antes pelo contrario recebendo agradecida este sacrifício, como digno de sua maior gratidão. Na mulher o appetite venereo excessivo pede : ars. chin. coff. plat e veratr. (Vede Nymphomania.) Pelo contrario quando diminuido : bar. bell. flúor.-ac, ou amm. kali. e lyc ; sendo o coito doloroso : berb. fer. murex. kreos.; sem prazer, ou sendo elle mais tardio: berb. fer. e fer.-mur.; ficando tumoresinhos no collo do utero : kreos.; havendo repugnância para o coito: caus. chlor. kal. natr.-m. petrol.; mas se ha extasis eróticos : acon. e nux.-vom.; e se ha apparecimento de sangue fora da época das menstruações, principalmente na occasião de haver coito, convirá: ambr. anthrok. arn. bell. bov. bry. cale cham. chin. coce coíf. hep. Todas estas anomalias, ou circumstancias particulares do coito na mulher, indicão um estado enfermo do utero e suas dependências, e deve-se com todo o cuidado tratar quanto antes de remediar, para evitar um mal que pôde comprometter a vida. Dysníenorrhéa, Dysmenia, CoLiCASMENSTRUAEse outros padecimentos em conseqüência de desordens na menstruação. (Vede Regras.) Se estes padecimentos se mostrão nas jovens na época em que as regras devem apparecer, poder-se-ha com preferencia consultar: puls. sulf., ou também: caus. coce graph. kal. natr.-m. sep. verat. Nas mulheres que têm as regras muito tardias ou de curta duração: cale caus. con. graph. kal. lyc. magn. natr. phos. puls. sil. sulf. verat. zinc. Nas que as têm muito abundantes, muito prematuras ou de muito longa duração: acon. bell. bry. cale cham. ign. ipee magn.-m. natr.-m. nux. -vora. phos. plat. sec sep. sil. sulf. verat. Nas mulheres na idade critica: lac. ou graph., ou também: coce con. puls. rut. sep. sulf. Além disso, os espasmos, na época das regras, demandão com preferencia: coce cupr. ign. plat. puls , ou também: con. chin. graph. magn.-m. natr.-m. nux.-vom. e sulf. As goligas exigem: bell. cale cham. coce coíf. nux.-vom. phos. plat. sec. sep. sulf. tomo n 62 486 GAP. XX. MULHERES Havendo leucorrhéa, quer na época, quer fora do tempo das regras, é muitas vezes conveniente: puls. sep. sulf.; ou ainda: am.-e caus. coce con. magn. magn.-m. merc. nux.-vom. petr. (Comparai Leucorrhéa.) Em geral póde-se consultar: BELLADONA, se as regras são precedidas de eólicas, com grande fadiga, anorexia, obscurecimento da vista; ou acom- panhadas de suor nocturno no peito, com bocejo freqüente, calafrios, eólicas, angustia do coração, sede ardente, dores nos rins e dores de caimbra nas costas ; principalmente se as dores são pressivas, como se tudo quizesse sahir pelas partes genitaes, com peso no ventre, como de uma pedra ; adormecimento nas pernas estando sentada, e pressão no recto como para ir á banca; ou também se ha congestão no peito ou na cabeça, com dôr pulsativa, calor na cabeça, rubor e inchação no rosto, maxime nas pessoas jovens plethoricas. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para i colher de 6 em 6 horas, espaçando á proporção das melhoras. BRYONIA, se ha: congestão no peito ou na cabeça, tosse ligeira, hemorrhagia de sangue pelo nariz; flores brancas, e dores rheumaticas nos membros; gastralgia pressiva ou ardente; pressão e plenitude no epigastrio, com frios ou arripios fre- qüentes ; prisão de ventre. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para dar-se com maiores ou menores intervallos de 6 horas, conforme exigirem as circums- tancias. CALCAREA, se ha: congestão na cabeça, com atordoamento e vertigens, ou cephalalgia dilacerante, como por umaverruma, aggravada por cada emoção moral, ou qualquer mudança de tempo; flores brancas; puxos, dores nas costas e dores espas- modicas nos rins ; eólicas violentas; anorexia; padecimentos asthmaticos ; dores de dentes ; náuseas ou mesmo vômitos. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 30a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas, espaçando logo que apresente melhoras. CHAMOMÍLLA, se depois de regras abundantes e muito prematuras ha: eólicas violentas com grande sensibilidade do ventre ao tocar-se-lhe, como se por dentro estivesse tudo GAP. XX. MULHERES 487 ulcerado; dores nos rins e espasmos abdominaes os mais do- lorosos, com dejecções de diarrhéa esverdinhadas ou aquosas, náuseas, arrotos dos alimentos, vontade de vomitar, lingua carregada de uma camada amarellenta. e amargor na boca; principalmente se o sangue ou fluxo menstrual é de côr carregada, com grumos, e quando além disso ha accessos de desmaio, com sede, frio dos membros e rosto pallido e desfeito. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para dar-se de 4 em 4 ou 6 em 6 horas, conforme as circumstancias exigirem. COCCULUS, se as regras são muito prematuras, com es- pasmos abdominaes, ou pouco abundantes, com flores brancas nos intervallos, ou não sahindo senão algumas gottas de sangue negro, coagulado, com eólicas pressivas, flatulencia, náuseas quasi até desfallecer ; fraqueza paralytica, oppressão e caimbras do peito ; anxiedade e movimentos convulsivos dos membros; ou também se, em vez das regras, ha leucorrhéa encarnada intermeiada de serosidades ensangüentadas e purulentas. TRATAMENTO.-1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a dy- nam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas, es- paçando á proporção das melhoras. COFFEA, se ha: eólicas excessivamente dolorosas, e de tal maneira violentas qne quasi levão ao desespero, principalmente se o sangue corre em abundância, com grande secreção mucosa, prurido voluptuoso e excitação immoderada das partes genitaes. TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a dy- nam. em 4 colhéres d'agua, para dar-se de 4 em 4 ou 6 em 6 horas, conforme os soffrimentos do doente, espaçando o me- dicamento á proporção das melhoras. GRAPHITES, se as regras supprimidas não tornão senão com difficuldade, e quando depois de terem emfim apparecido são ainda muito fracas e de muito curta duração, com fluxo de san- gue espesso e negro, ou também seroso e pallido, principal- mente se ao mesmo tempo ha: puxos e espasmos abdominaes; cephalalgia pressiva, náuseas, dores do peito ; catarrho bron- chial ou nasal; grande fraqueza; dores rheumaticas nos membros; inchação edematosa dos pés e das pernas; erupções de dartros, ou odontalgia com inchação do rosto. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6a 8 glóbulos da 5a dy- 488 GAP. XX. MULHERES nam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 8 em 8 horas, es- paçando á proporção das melhoras. IGNATIA, se as regras são muito prematuras e muito abun- dantes, e de um sangue negro misturado de grumos; eólicas espasmodicas, constrictivas; cephalalgia gravativa, photophobia, anxiedade, palpitação do coração e grande fraqueza a ponto de desfallecer. TRATAMENTO. - 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a dy- nam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas. NUX.-VOM*, se as regras são muito abundantes, muito pre- maturas e de muito longa duração, sendo precedidas de dores activissimas nos músculos da nuca; ou também se ha : caimbras na madre com dores pressivas desde o epigastrio até ás coxas ; náuseas com desfallecimento principalmente de manhã; grande fadiga, calafrios, dores rheumaticas nos membros ; dores nos rins, como se tudo estivesse despedaçado ; prisão de ventre com vontade inútil de ir á banca; freqüente vontade de ourinar com tenesmo da bexiga; sensação de flatulencia, como se o ventre estivesse para rebentar ; congestão de sangue na cabeça, com ver- tigens e cephalalgia pressiva; humor irascivel e colérico, ou também inquieto e inconsolavel. Note-se bem que, sendo nux.- vom. recommendada nos casos de suppressão de menstruos por causa de um resfriamento, assim como quando são supprimi- dos os lochios, e parecendo por isso haver contradicção quando se recommenda para as regras muito abundantes, é necessário que se dêm muitos dos symptomas aqui mencionados para que nux.-vom. seja escolhida com acerto. TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a ou 15a dynams. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 ho- ras, espaçando á proporção das melhoras. PHOSPHORÜS, se as regras são mui fracas, precedidas de flores brancas, com vontade de chorar, e acompanhadas de eó- licas e puxos, como por facas, com dores dos rins e vômitos de bilis, de mucosidades e de alimentos; ou também se as regras são retardadas; sendo, porém, mais abundantes e de maior dura- ção, com grande fraqueza, olheiras, magreza e inquietação, ou com cephalalgia lancinante, membros como quebrados, palpi- tação do coração; escarros de sangue; calafrios ; inchação das gengivas ou da face. TRATAMENTO.-Como n.-vom. (IAP. XX. MULHERES 489 PLATINA, principalmente quando as regras são muito abun- dantes, de muito longa duração, ou muito prematuras, com fluxo de um sangue negro e mucoso ; flores brancas antes ou depois da época; eólicas espasmodicas com pressão dolorosa nas partes genitaes ; freqüente vontade de ourinar; prisão de ventre ou dejecções duras; puxos; anorexia; freqüentes accessos de vertigens ou de angustia com inquietação e pranto ; fluxo de um sangue negro e espesso; insomnia de noite; respiração curta e gênio susceptível. TRATAMENTO.—O mesmo. PULSATILLA, na maior partes dos casos de dysmenorrhéa e eólicas menstruaes, sobretudo se as regras são muito tardias, com fluxo de um sangue negro e coagulado, ou também pallido e seroso ; ou se ha: eólicas, espasmos abdominaes, dores hepati- cas ; gastralgia ; dores nos rins ; náuseas e vontade de vomitar; ou mesmo : vômitos agros e mucosos ; hemicranea; vertigens ; calafrios, compallidez do rosto; tenesmo do ânus ou da bexiga ; flores brancas ; gênio chorão, ou angustia, tristeza e melancolia. TRATAMENTO.—O mesmo. SECALE, se as regras são mui abundantes ou de muito longa duração, com eólicas dilacerantes e incisivas; frialdade das ex- tremidades ; pallidez do rosto; suor frio; grande fraqueza; pulso pequeno e quasi supprimido. SEPIA, se as regras são muito abundantes, ou também muito fracas, com leucorrhéa; eólicas espasmodicas e pressão nas par- tes ; cephalalgia; cansaço nos membros; odontalgia e melancolia. SULFUR, se as regras são muito prematuras e muito abun- dantes, ou também muito fracas, com fluxo de um sangue muito pallido ; ou havendo antes, durante ou depois da época: eólicas; espasmos abdominaes ; cephalalgia; congestão na cabeça, e epis- taxis ; dores nos rins; grande inquietação e agitação ; odontal- gia ; pyrosis ; gastralgia ; prurido nas partes e flores brancas ; padecimentos asthmaticos ; tosse; ou mesmo convulsões epilép- ticas. Ç£^* Comparai também: amenorrhéa, Metrorrhagia, Coli- cas, Flores brancas, etc TRATAMENTO.—1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos da 5a, 15a ou 30a dynams. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 ou 8 em 8 horas, conforme o estado do doente, augmentando o intervallo das doses á proporção das melhoras. 4D0 GAP. XX. MULHERES Esterilidade.—Os medicamentos mais efficazes para favorecer a concepção são : bor. cale cann. merc. phos. e sol.- oler. Além destes medicamentos tem-se recommendado para as mulheres estéreis, que têm as regras muito fracas : am.-c Temos administrado corii muito maior vantagem a sepia, e já são bastantes os casos e bem evidentes de haver o tratamento homceopathico tornado fecundas muitas senhoras absolutamente estéreis, e outras que o erão por enfermidades do utero que se curarão. Quando as regras são muito abundantes ou prematuras: cale merc. natr.-m. sep. sulf. e sulf.-ac Sc as regras são tardias: caust. graph.; e se supprimidas : con. Sepia convém quer n'uns, quer n'outros casos, porém melhor naquelles em que as regras, sendo irregulares, no tempo e qua- lidade, e quantidade, são sempre acompanhadas de muitas dôres. Quando a esterilidade provém de excessivo ardor uterino, convém: camph. cannab. canth. coce plat. puls. e sabina. TRATAMENTO. -1 gotta ou 4 glóbulos da 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 12 em 12 horas. Febre puerperal.— Os melhores medicamentos são, em geral: acon. bell. bry. cham. coíf. coloc nux.-vom. rhus., ou também : arn. ars. hyos. ipec Iam. merc. plat. puls. sec. stram. verat. E' pouco todo o cuidado que se haja de ter para evitar a sup- pressão dos lochios, como é pouco todo aquelle que convém haver para os restabelecer quando hajão sido supprimidos. Te- nha-se em vista que bell. e puls., sendo os medicamentos que mais facilmente podem restabelecer esta secreção, quando tenha sido supprimida, são elles também, principalmente os primeiros que, mal administrados, podem oceasinar a sua suppressão, e trazer comsigo as mais funestas conseqüências. O emprego da puls. ainda tem o inconveniente de supprimir o leite. Se entre- tanto a reunião de todos os symptomas reclamar algum destes medicamentos, não obstem estas reflexões a que seja elle pre- ferido. D'entre os medicamentos apontados, poder-se-ha consultar com preferencia: ACONITUM, se a febre é violenta, com calor secco e ardente; CAP. XX. MULHERES 491 sede vehemente de bebidas frias; rosto vermelho e quente; res- piração curta, opprimida e gemente; ventre tympanico, com grande sensibilidade ao tocar-se-lhe, e eólicas periódicas por todo o ventre; lochios raros, ensangüentados e fétidos. (Depois de acon. convém muitas vezes bell. ou bry.) ARNICA, interna e externamente, em todos os casos, depois de parlo instrumental ou muito laborioso, ern que a parturiente haja feito grandes esforços. O lugar mais próprio para usar de pannos molhados na tintura da arnica diluida em alguma água é sobre o sacro; deve a applicação ser morna para evitar alguma suppressão de lochios feita pelo frio ; mas se a tintura fôr bem forte nem esta precaução é necessária, e pode empregar se mesmo fria. BELLADONA, se ha : ventre tympanico, meteorisado, com dores lancinantes ou penetrantes, ou eólicas violentas, espas- modicas, como se uma parte dos intestinos fosse agarrada com as unhas ; ou também : pressão penivel nas partes genitaes, como se tudo quizesse por alli sahir, grande sensibilidade do ventre ao tocar-se-lhe ; arrepios em algumas partes, com calor simulta- neamente em outras ; ou também : calor ardente, sobretudo na cabeça ou no rosto, com rosto e olhos vermelhos; cephalalgia pressiva na testa, com pulsação das carótidas; boca secca com lingua vermelha e sede, dysphagia com espasmos na garganta ; insomniacom agitação e inquietação, ou somnolencia soporosa; delírios furiosos, ou outros symptomas cerebraes ; lochios pouco abundantes, serosos e muoosos, ou metrorrhagia com fluxo de um sangue coagulado e fétido ; peitos inchados e inflammados, ou flácidos e sem leite ; prisão de ventre, ou dejecções de diar- rhéa mucosas. (Se bell. não foi sufficiente, é muitas vezes com hyos. que se obterá bom resultado.) BRYONIA, se o ventre está tympanico e excessivamente sensí- vel ao tocar-se-lhe e ao menor movimento, quer de todo o corpo, quer unicamente dos músculos abdominaes, com prisão de ven- tre ; dôres lancinantes no ventre, aggravadas com a pressão ; grande febre com calor ardente por todo o corpo, com arrepia- mentos passageiros, e sede ardente de bebidas frias ; gênio irascivel, com apprehensão, medo do futuro e grande inquietação pelo seu estado. CHAMOM1LLA, se os peitos estão flacidos e seccos, como se houvesse metastasis de leite para os órgãos abdominaes, com 492 CAP. XX. MULHERES diarrhéa esbranquiçada ; lochios muito abundantes ; ventre tym- panico e muito sensivel ao tocar-se-lhe ; eólicas, como dôres de parto ; calor universal, com rosto vermelho e grande sede ; exacerbação nocturna e suor depois ; grande agitação ; impa- ciência e sobre-excitação nervosa, principalmente se a febre re- sultou de uma cólera ou de um resfriamento. COFFEA, se ha extrema sobre-excitação nervosa com muito grande sensibilidade á menor dôr. COLOCYNTHIS, se cham. não foi sufficiente contra a febre puerperal em resultado de uma forte indignação, e principal- mente se ha delirios alternando com somno soporoso ; cabeça quente, rosto vermelho, olhos brilhantes, calor secco, pulso duro, cheio e accelerado. HYOSCIAMUS, havendo exaltação do appetite venereo, fluxo de ourina abundante e clara como água, ás vezes com emis- são involuntária como por paralysia da bexiga, tremores, de- lirios, riso involuntário, alternando com melancolia, e ás vezes desmaios. NUX.-VOM., se os lochios desapparecêrão repentinamente, com sensação de peso e abrasamento nas partes genilaes e no ventre; ou também se elles são muito copiosos, com violentas dôres nos rins, dysuria e abrasamento ao ourinar; prisão de ventre ; náuseas, vontade de vomitar, ou mesmo vômitos; rosto vermelho ; dôres rheumaticas ou caimbras nas coxas e pernas, com amortecimento destas partes ; cabeça tolhida, cephalalgia pmswa ou pulsativa, com vertigens, obscurecimento da vista, ruido nos ouvidos e accessos de desfallecimento. RHUS, é quasi indispensável quando o systema nervoso está affectado desde o principio, a menor contrariedade aggravando os symptomas ; e quando os lochios brancos se tornão ensan- güentados, trazendo sangue coalhado. TRATAMENTO.— De qualquer dos medicamentos apon- tados, 1 a 3 gottas ou 4 a 8 glóbulos da 3a ou 5a dynams. em 6 colhéres d'agua, para 1 colher de 2 em 2, 4 em 4 e 6 em 6 horas, conforme a gravidade da doença, espaçando á proporção das melhoras : todo o cuidado e attenção é pouco com esta terrível enfermidade, sendo necessário todo o socego para a enferma e acquisição de verdadeiros medicamentos para se con- tar com seus effeitos: as prescripeões bem estudas e a horas cer- CAP. XX. MULHERES 493 tas, deixando tempo necessário á acção dos medicamentos, para não agglomera los sem resultado alsum. Gravidez. — Muitas pessoas julgão que o estado de gra- videz não é compativel com um tratamento medico. Os funestos effeitos da allopathia derão um justo fundamento a este pre- juízo ; mas elle não se deve applicar á homceopathia. O estado de gravidez é o mais próprio para o emprego dos medicamen- tos dynamisados. Não somente as mais podem tratar-se, mas é dever sagrado para ellas cuidar da sua saúde, no interesse do filho que ellas trazem no seu ventre. Insistimos positivamente sobre este ponto, por estarmos convencidos de toda a sua importância. Quando todas as mu- lheres grávidas se tratarem homoeopathicamente, a geração nova gozará uma saúde desconhecida hoje, e as moléstias chro- nicas de.-appareceráõ emíim da população do Brasil. Além das vantagens immediatas que o tratamento homceo- pathico offerece na gravidez, assegura em geral um bom suc- cesso ás mulheres. Também é muito útil ás crianças, princi- piando a neutralisar já no ventre materno o virus psorico, indicado por Hahnemann como a fonte inesgotável de todos os males chronicos, de que nenhum homem está isento nesta época, e que tem uma malignidade extrema, particularmente no Brazil, por causa da importação constante de escravos, que vêm cheios de sarnas e contaminão dellas toda a população branca, e ainda peior por causa do tratamento de taes sarnas com remédios allopathicos. Os medicamentos que nas diversas affecções das mulheres grávidas achar-se-hão mais freqüentemente indicadus são, em geral: Para as affecções moraes : bell. ign. puls., ou também acon. cupr. hyosc lach. merc plat. stram e verat. (Comparai cap. 5o, Alienação mental.) Para a cephalalgia : bell. bry. coce nux.-v. puls. plat. e verat., ou também : acon. cale magn. sep. e sulf. (Comparai cap. 6o, Cephalalgia.) Para as coNvuLsõts e espasmos : bell. cham. cie hyos. ign., ou também : coe ipec. mosch. cham. plat. stram. verat. (Vede cap. Io, Spasmos.) Para a dtaurhéa : ant. phos. sep. e sulf., ou também : dulc. hyos. lyc. e pet. (Comparai cap. 17, a mesma palavra.) tomo ii 63 494 GAP. XX. MULHERES Para as dôres de barriga : arn. bry. cham nux.-vom. puls., sep., ou também : bell. hyos. lach. op. e verat. (Comparai cap. 16, Colicas.) Para as dôres de dentes : magn. nux.-mos. nux.-v. e puls., ou também : alum. bell. cale cham. hyos. rhus. e staph., (Comparai cap. 11, Odontalgia.) Para a dyspepsia, náuseas, vômitos, etc. : con. ipec nux.- vom. puls., ou também : acon. ars. fer. kreos. lach. magn.-m. natr.-m. n.-mos. petr. phos. sep. e verat. (Comparai cap. 15, Dyspepsia e Vomito.) * ParaaDYSURiA e stranguria : coce phos.-ae e puls., ou também : con. hyos. nux.-vom. sulf. Para a fome canina : magn. natr. nux.-v. petr. sep. e sulf. (Comparai cap. 14, Bulimia.) Para as manchas amarellentas ou escuras no rosto : rhus. sep. e sulf. Para a prisão de ventre : bry. e nux.-vom., ou também : alum. lyc. op. e sep. (Comparai cap. 17, a mesma palavra.) Para a queda da madre durante a gravidez, são : aur. bell. nux.-vom. e sep. os medicamentos mais vantajosos. Também poder-se-ha talvez consultar, em caso de necessidade ; cale gran.? kreos. merc. nux.-vom. plat. sep. stann. (Vede adiante a mesma, palavra.) Para a queda da vagina : kreos. merc. e nux.-vom. Para as varizes : carb.-veg. lyc. ilysteria.— Os melhores medicamentos contra as affec- ções hystericas são, em geral : agn. aur. bell. cale caus. cie coce con. grat. ign. lach. mosch. n.-mos. nux.-vom. phos. plat. puls. sep. sil. stram. verat., ou também : anae ars. asa. bry. cham. chin. iod. natr.-m. valer, viol.-od. Havendo pal- pitações de coração : assa. cham. coce coff. lach. nux.-vom. puls. verat. Çã^- Para os detalhes vede e comparai em seus respecti- vos capitulosas diversas affecções, como Cephalalgia, Colicas, Desfallecimento, etc, hystericos e regras. TRATAxMENTO. —1 gotta ou 4 a 6 glóbulos da 5«, 15a ou 30a dynams. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 12 em 12 horas : espere-se a acção medicamentosa por 4 a 6 dias para repeti-lo ou tomar outro medicamento. Leucorrhéa ou Flores brancas.—Os medicamento? GAP. XX. MULHERES 49o mais poderosos são: cale puls. rut. sep. e sulf., ou também: acon. agn. alum. am.-c. ars. bov. cann. carb.-veg. caus. chin. coce con. iod. magn. mag.-m. mez. natr. natr.-m. nux.-vom. petr. sabin. e stan. Leucorrhéa ou purgação amarella: kali. natr. phos.-a. sep. sulf. — verde : carb.-veg. puls. sep. —parda: nitr.-a. — fétida: nitr.-a. nux.-vom. sab. sep. —aquosa : graph. cham. merc. sulf. — espessa: puls. — leitosa : cale mur.-ae phos.-a. puls.—como clara de ovo: vip.-cor.—purulenta : cale ignat. — mucosa : alum. bell. bor. magn.—sanguinolenta : alum. canth. chin. cocul.—acre : alum. bov.—viscosa : acon. amon.-m. phos.-a.—pruriginosa : alum. cale—corrosiva: alum. bov. fer. merc natr.-m. sep. TRATAMENTO.—I gottaou 6 glóbulos da 5a ou 15a dynam. em4 colhéres d'agua, para 1 colher de 12 em 12 horas: espere- se a acção do medicamento por 4 a 6 dias para repeti-lo ou tomar outro. (Comparai Amennorrhéa, Dysmennorrhéa, etc madre ©« utero (Affecções da).—Os melhores me- dicamentos para as affecções da madre são, em geral: bell. cham. coce con. hyos. ign. magn. magn.-m. nux.-vom. plat. puls. sep. e sulf., ou : bry. caus. graph. kaly. mosch. natr.-m. n.-mos. sabin. stann. stram. veratr. (Comparai Hysteria.) Para os espasmos uterinos (caimbras da madre, metralgia ou hysteralgia), os melhores medicamentos são : coce con. ign. magn -m., ou também: bell. bry. cham. caus. hyos. natr.-m. nux.-vom. plat. sep. e stann. (Camparai Colicas menstruaes e Spasmos hystericos.) Para a queda da madre têm-se com vantagem empregado : aur. bell. cale nux.-vom. sep. stann., epóde-se talvez ainda consultar: gran.? kreos. ? merc. ? n.-mos. ? Quanto á inflammação da madre, vede Metritis. A inchação da madre (grossura do ventre) nas mulheres idosas, resultando de muitas gravidezes, pede com preferencia sep., ou também: bell. cale chin. nux.-vom. e plat. ; e para o tympanismo deste órgão por effeito de gazes nelle desenvolvidos, poder-se-ha consultar com preferencia : anis-stell. phos., ou talvez lyc. Para as hidatides e mollo.s, não ha ainda observação sufficiente que permitta indicar os medicamentos com alguma segurança; i96 GAP. XX. MULHERES não é, porém, impossivel que contra as mollas se reconheça em bell., au canth. e sep. Contra os polypos da madre recommendou-se principalmente staph., e talvez que em alguns casos se possa também consultar: cale jac.-bras. e sol.-oler., ou : aur. carb.-veg. graph. e nitr.-a., ou: arabr. antim. bell. magn.-m. natr. phos. sulf.-ac Quanto ás affecções scirrosas e carcinomatosas da madre, tem-se, com o melhor successo, empregado contra os endureci- mentos : aur. bell. magn.-m. sep. e staph.; e contra as ulcerações carcinomatosas: ars. bell. lac e staph.—Talvez que em alguns casos se possa também consultar contra os endureci- mentos : cbin. iod e plat.; e contra as ulcerações: mer. nitr.- ae ? thui. ? (Comparai também Scirro e Cancro nos peitos.) Para a desorganisação do utero, que nas mulheres de uma constituição doentia sobrevem algumas vezes depois de um parto, é secale que merece ser consultado. A allopathia muito poucos resultados favoráveis alcança do emprego empírico de suas drogas no tratamento das moléstias do utero; e sempre na idéa de que as moléstias são loeaes, porque localmente observa que ellas se manifestão com a lesão de alguns órgãos accessiveis a seus sentidos, trata sempre de oppôr um remédio local a essas moléstias, e pretende destrui-las sempre que pôde attingir alguma parte dos órgãos doentes, ou julga triumphar completamente das moléstias que ella mesma aggravou fazendo a ablação do órgão lesado, cortando-o fora. Assim é que usa dos seringatorios á vagina e ao utero, e leva até ao interior deste órgão tão delicado a sua pedra infernal; e depois de bem martyrisada uma pobre mulher, lá vai a cirurgia inexorável extrahir órgãos tão preciosos, na idéa de trazer com elles a enfermidade. Verdade seja que a cirurgia nestes extremos casos tem ainda assim prolongado a existência de muitas doentes que por culpa da allopathia poucos dias tinhão que viver ; mas é também verdade que a homoeopathia curando com muita suavidade, ou pelo menos impedindo o progresso de muitas enfermidades do utero, tem leito com que muito menos necessário haja sido recorrer-se ao extremo violento das opera- ções cirúrgicas. Devem,pois,as senhoras que estiverem doentes do utero, da vagina, dos ovarios ou de outro qualquer órgão, tratar-se homceopathicamente; mas, quando por qualquer razão o não queirão fazer, devem sempre oppôr-se a toda e qualquer GAP. XX. MULHERES 497 medicação local, principalmente á applicação da pedra infernal ou de outra substancia análoga, quer exterior, quer interior- mente, na vagina ou no utero. TRATAMENTO.—De qualquer dos medicamentos apon- tados, 1 gotta ou 4 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para dar-se 1 colher de 12 em 12 horas; depois de 5 a 6 dias o mesmo me- dicamento deve ser repetido, ou tomará outro. manias.—E' applicavel o. que acabamos de dizer igual- mente ás moléstias das mamas. (Vede Peitos.) Meuopause ou idade critica das mulheres- — Os medicamentos que melhor correspondem aos padeci- mentos que nesta época apparecem são : coce con. graph. lach. puls. rut. sep. e sulf. — Lachesis é quasi o especifico para estes padecimentos ; mas graphites merece também ser consul- tada, e assim também sepia e platina. TRATAMENTO. — 1 gotta ou 4 glóbulos da 5a, 15a ou 30a dynams. em 4 colhéres d'agua, para-1 colher de 12 em 12 horas: o mesmo medicamento deve ser repetido no caso de melhora, Para os detalhes destas affecções, comparai os artigos Amennorrhèa, Dysmennorrhéa, Peitos, Madre, Metrorrhagia? etc, etc. Jflenstruaçâo. — Vede Amennorrhèa, Dysmenorrhéa, Metrorrhagia, e mais adiante Regras. Metrites. — Os medicamentos mais freqüentemente indicados são : acon. bell. cham. coff. merc nux.-vom., e talvez em alguns casos: bry. canth. chin. ign. lach. plat. puls. rhus. sec. e sep. ACONITUM, convém sempre no começo do tratamento? havendo forte febre inflammatoria, principalmente quando a enfermidade foi causada por algum susto durante um parto ou na época das regras, ou se a enferma abusou de cham. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos da 3a ou 5a dynams. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4 ou 6 em 6 horas, espaçando o medicamento á proporção das me- lhoras. ARNICA, muito convém quando os incommodos provêm de parto laborioso, ou de alguma pancada, ou de imprudentes esforços na copula. TRATAMENTO. — 1 gotta ou 4 glóbulos da 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas. 498 GAP, XX. MULHERES BELLADONA, principalmente se a inflammação é depois do parto, com suppressão dos lochios ou adherencia da placenta ; ou também havendo: peso, tracção, pressão no hypogaslrio, como se tudo quizesse sahir pelas partes genitaes, com picadas abrasadoras, dôr no espinhaço, como se o quizessem quebrar, e dôres lancinantes na articulação côxo-femoral, que não con- sentem nem tocar-se-lhe, nem fazer algum movimento. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos da 5a ou 9a dynam. em 6 colhéres d'água, para 1 colher de 4 em 4 horas, espaçando logo que appareção melhoras. CHAMOMILLA, sobretudo se a inflammação é em conse- qüência de uma viva contrariedade ou de uma cólera depois de um parto com abundante secreção de lochios e fluxo de sangue negro misturado com grumos. Tendo o abuso da cham. contribuído para esta enfermidade, os melhores medicamentos são : acon. ign. nux.-vom. e puls. TRATAxMENTO. — Como acon. COFFEA, se a inflammação é devida á influencia de uma alegria viva e súbita, maxime durante as regras ou parto. MERCURIUS, quando as dôres na madre são lancinantes, pressivas, ou como por uma verruma; e sobretudo se ao mesmo tempo ha pouco calor, suores freqüentes e calafrios. TRATAMENTO.—Como arnic NUX.-VOM., havendo: dôres pressivas, violentas, no hy- pogastrio, aggravando-se com a pressão e ao tocar-se-lhe; violentas dôres nos rins ; prisão de ventre ou dejecções duras ; ischuria, dysuria ou stranguria ; inchação do orifício da madre com dôr de pisadura e picadas no baixo-ventre; aggravamento do estado enfermo pela manhã. TRATAMENTO.— Como acon. São as metrites ou inflammações do utero como que o primeiro período dos scirros e dos cancros deste órgão ; deve a mulher que se sente affectada de metrite attender muito ás funestas conseqüências de um negligente abandono, ou, ainda peior, de um tratamento allopathico; deve logo entrar em regimen conveniente, sendo a base desse regimen a abstinência ou muita moderação de prazeres sexuaes, e deve recorrer sem demora a um tratamento homoeopathico, seguido com perse- verança. CAP. XX. MULHERES 499 ^Z^ Vede também Febre puerperal, e comparai no artigo Madre as outras affecções deste órgão. Metrorrhagia e Menorrhagia. — Os memores medicamentos contra os fluxos muito abundantes, assim como contra as hemorrhagias fora do tempo das regras, são, em geral: arn. bell. bry. cham. chin. cinnam. croe fer. hyos. ipec. plat. puls. sabin. secale e sep., ou também : acon. arn. cale carb.-a. ign. magn.-m. natr.-m. nux.-vom. phos. pore- spin. sil. sulf. e veratr. Se estas affecções se manifestão nas pessoas vigorosas e plethoricas (hemorrhagias activas), em- prega-se de preferencia : acon. bell. bry. cale cham. fer. nux.- vom. plat. sabin. sulf., ou talvez ainda : arn. croe hyos. ign. ipec. phos. sil. verat. Nas pessoas fracas, esfalfadas e cacheticas (hemorrhagias passivas) : chin. croe puls. sec. sep. e sulf., ou também : carb.-v. nux.-vom. ipec. phos. rut. ? e verat. Se as metrorrhagias não vêm senão na época das regras, ou que ellas sejão só muito abundantes (menorrhagia), achar-se-ha muitas vezes ser conveniente : acon. bell. bry. cale cham. ign. ipec magn.-m. natr.-m. nux.-vom. phos. plat. sec. sep. sil. sulf. e veratr. Para as metrorrhagias que sobrevêm durante uma gravidez, depois de um parto, ou em conseqüência de um movito, os medicamentos mais próprios são : bell. cham. croe fer. plat. e sabin., ou também : arn. bry. cinnam. hyos. e ipec, ou se o sangue é mui negro: vip.-coralina. Se a hemorrhagia vem sem contracção nem dôres como as do parto : ipc.— se ha dôres : cham.—se ha tensão do baixo- ventre, desmaios, pelle fria, forte necessidade de ourinar: chin.—se ha espasmos, excitação nervosa : hyos. Para as metrorrhagias que se manifestão na idade critica : puls., ou também : lach. ou graph. Em geral poder-se-ha com preferencia consultar : ARN 1CA, se a metrorrhagia é proveniente de umgeitono espinhaço, de um passo em falso, ou de qualquer outro esforço, maxme nas mulheres pejadas, e se cinnam. não foi sufficiente. Nas hemorrhagias que apparecem nas proximidades do parto, arnica tem sido de muita utilidade usada interna e externa- mente em pannos molhados e postos sobre o sacro. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos da 5a sou GAP. XX. MULHERES dynam. em 4 colhéres d'agua, para dar-se com intervallo de 4a6 horas, espaçando á proporção das melhoras. BELLADONA, se o sangue nem é muito claro nem muito carregado ; porém havendo dôres violentas, pressivas e ten- sivas no ventre, com sensação de constricção ou de separação, pressão dolorosa nas partes genitaes, como se tudo por ahi quizesse sahir, e dôres nos rins, como se todo o sacro estivesse despedaçado. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos da 5a dynam., em 6 colhéres d'agua, para dar-se 1 colher de 3 em 3 horas espaçando á proporção das melhoras. BRYONIX, muitas vezes depois de croe, se este medica- mento, posto que insufficiente, fez comtudo algum bem ; ou se ha fluxo abundante de sangue de um vermelho carregado, com agudas dôres pressivas nos rins, cephalalgia expansiva nas fontes, pressão violenta no ventre, vertigens e accessos de des- fallecimenlo. TRATAMENTO. — Como arn. CHAMOM1LLA, se ha fluxo de sangue vermelho carregado ou negro, fétido e misturado de grumos, sihindo como por sof- freadas; com colicas, quaes as dôres de parto, forte sede, frial- dade das extremidades, pallidez do rosto, grande fraqueza, e mesmo accessos de desfallecimento com obscurecimento da vista e zunido dos ouvidos. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de chá de 2 em 2 horas, augmentando o intervallo das doses á proporção das melhoras. CHINA, sobretudo se o fluxo de sangue tem lugar por pe- quenas descargas, com dôres de caimbras na madre, puxos, freqüente vontade de ourinar, e penivel tensão no ventre, ou também nas pessoas que têm já perdido muito sangue e mesmo nos casos os mais graves, com peso na cabeça, vertigens. embotamento dos sentidos, somnolenria, accessos de desfalle- cimento. frialdade dos membros, pallidez do rosto ou côr azu- lada do mesmo e das mios, com sacudidellas convulsivas atra- vessando o corpo. TRATAMENTO. — 1 gotta ou 4 glóbulos da 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas. CINNAMOMÜM, principalmente nas mulheres pejadas ou pa- GAP. XX. MULHERES 501 ridas, e maxime se a perda tem lugar em conseqüência de um geito no espinhaço, de passo em falso, ou de qualquer outro esforço corporal. (Se cinnam. não fôr bastante, convém re- correr a arn.) TRATAMENTO. - Como arn. CROCUS, sobretudo se o sangue fôr negro, viscoso, e mistu- rado depostas, e quando cham. chin. e fer. não forão sufíicien- tes ou também havendo saltitação e rotação no ventre como por uma bola ou qualquer cousa virente ; tez amarellenta e térrea: grande fraqueza com vertigens, vista perturbada e accessos de desfallecimento, tristeza e grande anxiedade e inquietação. TRATAMENTO.—Como china. HY03CYAMUS, se ha : dôres, como as do parto, com dôres activissimas nos lombos, nos rins e nos membros ; calor por todo o corpo, com pulso cheio eaccelerado; inchação das veias das mãos ou do rosto, grande inquietação; vivacidade exal- tada, tremor por todo o corpo ; ou adormeoimento dos mem- bros, embotamento dos sentidos, ou pronunci.idissimas con- vulsões alternando com rijeza tetanica dos membros. TRATAMENTO.—Como china. FERRUM, se ha fluxo abundante de um sangue parte li- quido, parte negro e coagulado, com dôres nos rins e colicas, como as do parto ; forte erectismo do systema vascular, com cephalalgia, vertigens, rosto vermelho, ardente, pulso cheio e duro. (Depois de fer. convém algumas vezes chin.) TRATAMENTO.—Como bellad. IPECACUANHA, sobretudo nas mulheres pejadas, ou de- pois do parto, com fluxo abundante ou continuo de um sangue claro, dôr violenta na região umb lical; forte pressão na madre eno recto, com calafrios e frio, calor na cabeça, grande fraqueza, pallidez do rosto, náuseas, e necessidade continua de estar deitado. TRATAMENTO.—Como ferr. PLATINA, se o sangue está espesso e carregado, sem com- tudo estar misturado com grumos; dôres tractivas nos rins, que se propa»ão até as virilhas, produzindo uma sensação como se todas as partes internas, estivessem attrahidas para baixo ; ou se ha forte sobre-excitação das partes genitaes e do appetitevenereo. TRATAMENTO.—Como china. tomo ti 64 302 CAP. XX. MULHERES PULSATILLA, se o fluxo de sangue se suspende por inter- vallos, tornando immediatamente depois com dobrada violência, ouse o sangueé negro,misturado com um montão de postas, com dôres como as de parlo, principalmente nas mulheres pejadas, assim como nas que se achão na idade critica; ou depois do parto, com adherencia da placenta. TRATAMENTO.— Como cham. SABINA, principalmente depois do parto, ou em conseqüên- cia de aborto, com fluxo de um sangue negro, carregado, mis- turado de grumos ; dôres abdominaes e nos rins, como as de parto ; grande fraqueza dôres rheumaticas nos membros e na cabeça. TRATAMENTO. — 1 gotta ou 4 glóbulos da 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 8 em 8 horas. SECALE, mormente depois do parto, ou depois de um aborto, ou nas pessoas fracas, esfalfadas e rachiticas, com extremida- des frias, rosto pallido de côr térrea, pulso pequeno e quasi supprimido, gênio inquieto com medo da morte. TRATAMEVTO.— Como cham. SEPIA, principalmente se ao mesmo tempo ha: dureza no collo da madre, com colicas espasmodicas, pressão dolorosa nas partes genitaes, e picadas passageiras nestas partes. ; TRATAMENTO.—Comosab. V1PERA-C0L., quando o sangue é preto, com muitas co- michões e formigação na vagina, alternando com leucorrhéa viscosa on como clara de ovo. TRATAMENTO.—Como sab. As metrorrhagias são indicio certo de graves lesões do utero ou dos ovarios, ou pelo menos da vagina e collo do utero. Logo que as primeiras hemorrhagias apparecem, qualquer que a causa seja, não ha tempo a perder : é indispensável um regi- men (vede Metrite) e um tratamento homceopathico, seguido com muita perserveança e com muita circumspecção. llovito. — Aborto. Os melhores medicamentos contra a disposição a este accidente, seus prodromos e seus resultados, são, em geral: bell cale carb.-v. cham. croe fer. ipec lyc. nux.-vom. sabin. sec. sep. sil. e zinc.; ou também : asar. bry. cann. canth. chin. croe cye hyos. e n.-mos. plumb. puls. e rut. De todos o melhor é sepia. Para a disposição ao aborto, os principaes medicamentos são : CAP. XX. MULHERES 503 eale carb.-v. fer. lyc. sabin. sep. sulf. e zinc, ou talvez tam- bém : asar. cann. coce kreos. m-mos. plumb. puls. rut. esil. CALCAREA, é principalmente indicada para as pessoas ple- thoricas, que têm regras muito abundantes e muito prematu- ras, com disposição a leucorrhéa ; peitos duros; freqüente congestão na cabeça ; colicas, dôres nos rins, varizes nas partes genitaes. CARBO-VEG., se as regras são ordinariamente muito pal- lidas, ou também prematuras e muito abundantes, com varizes nas partes genitaes, freqüentes dôres nos rins e na cabeça, es- pasmos abdominaes, etc. FERRUM. sobretudo nas mulheres chloroticas, sujeitas a flores brancas, com amennorrhèa ; mas também nas mulheres plethoricas, com grande actividade do systema vascular, rosto vermelho, pulso cheio e forte, regras muito prematuras e muito abundantes. LYCnpODIUM, se as regras ordinariamente são muito abun- dantes, de mui longa duração, com prurido, ardor e varizes nas partes genitaes, grande sequidão na vagina, disposição á me- lancolia, com tristeza e prantos ; flores brancas ; freqüente cephalalgia, dôres nos rins, accessos de desfallecimento, etc. SABINA, nas pessoas plethoricas, tendo regras muito abun- dantes e de mui longa duração, e sobretudo se o aborto tem lugar no terceiro mez da gravidez. SEPIA, havendo flores brancas, cora erupção e prurido nas partes; regras muito fracas, ou mui prematuras, com prantos, melancolia, cephalalgia e odontalgia ; freqüentes accessos de enxaqueca ; constituição fraca ; pelle delicada e sensível; tez suja com manchas escuras ou amarellentas no rosto; talhe de corpo delgado ; fraqueza nervosa e transpi ração fácil; colicas freqüentes, e grande disposição a defluxos nasaes. (Vede Este- rilidade.) SULFUR, se as regras são muito prematuras e mui abundan- tes ; ou também muito fracas e mui tardias, com flores brancas, prurido, abrasamento e eresão nas partes genitaes; erupções ou impigens na pelle ; disposição para hemorrhoidas, catarrhos ou outros fluxos mucosos; fraqueza nervosa, com anorexia ; grande cansaço, principalmente nas pernas ; cephalalgia fre- qüente, com dôr pressiva e congestão de sangue na cabeça, etc TRATAMENTO. — De qualquer dos medicamentos cita- 504 CAP. XX. MULHERES dos, 1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos da 3a, 5a e 9* dynam. em 4 colhéres d'agua, para i colher de 3 em 3, 4 em 4 ou 6 em 6 horas, conforme o estado do doente, espaçando logo que obti- ver melhoras. ÇS^* Comparai também : Amennorrhèa e Dysmennorréa. Quanto aos prodromos do aborto, os medicamentos que melhor convém para preveni-los são : arn. bell. bry. cham. hyos. ipec. nux.-vom. sabin. sec, ou talvez também : cann. chin. cin. coce croe. n.-mos. plat. puls. rhus. e rut. Parece- nos que arnica é o principal remédio. ARNICA é sobretudo indicada se, em conseqüência de um golpk, commo^ão, ou qualquer outra lesão mecânica, se mani- festão dôres de aborto, com fluxo de sangue ou de mucosidades serosas. Pôde usar-se a tintura em pannos applicadosao sacro, renovando a tintura com esponjas. BELLADONA, havendo : dôres violentas, pressivas e tensi- vas, oecupando o ventre todo, com sensação de constricçâo ou de tympanismo, dôres nos rins, como se estivessem despeda- çados, sensação de affluencia para as partes genitaes, com ou sem fluxo de sangue: principalmente se o aborto provém de um susto. BRYONLA, se ha : dôres violentas, com prisão de ventre obstinada, congestão na cabeça, boca secca e sede ; sobretudo se nux.-vom. não foi suffíciente contra este estado. CHAMOMILLA, quando ha : dôres viohntas desde os rins até ao hypogastrio, com freqüente vontade de ourinar ou ir á banca; fluxo de sangue pela vagina, com grumos ; peso em todo o corpo ; bocejos freqüentes ; frio e calafrios ; grande agitação e movimentos convulsivos dos membros. Quando o aborto parece proceder de uma raiva cmim. é indicada, assim como acon. HYOSCYAMUS, se ha alternativamente espasmos clonicos e tônicos, com perda dos sentidos e fluxo de um sangue verme- lho claro, mormente durante as convulsões, maxime havendo delirios com riso insólito seguido de tristeza ; e também ouri- nas abundantes ou involuntárias. IPECACUANHA, havendo os mesmos espasmos indicados para hyos., sem perda, porém, dos sentidos ; e sobretudo se os espasmos são acompanhados de dôres em torno do umbigo, com affluencia pressiva para as partes genitaes e fluxo de san- GAP. XX. MULHERES 505 gue. Se ipec. não foi sufGciente neste caso, plat. será o que convém, ou também cin. NUX.-VOM., se ha : prisão de ventre obstinada, com con- gestão de sangue na madre, e principalmente se a enferma abu- sou de bebidas irritantes ou escandescentes, quaes o vinho, o café, etc. Convém mais se o aborto provém de um susto : nestes casos também bell. e op. SABIN A, sobretudo se os prodromos de aborto se manifes- tão no primeiro período da prenhez, ou quando ha, em qualquer período: dôres activissimas e pressivas desde os rins até as partes genitaes ; fluxo de sangue pela vagina ; ventre flacido, flexível e abatido ; vontade continua de ir á banca e diarrhéa, ou vontade de vomitar, ou mesmo vômitos de quanto entra no estômago ; febre com calafrios e calor. SECALE, principalmente nas pessoas fracas, esfalfadas e ca- cheticas, dispostas a hemorrhoidas passivas, e affecções espas- modicas, etc, ou também se ha falta de energia vital na madre, ou lesões orgânicas deste órgão. TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos da 3a, 5a ou 9a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em4, 6 em 6 horas, conforme o estado da doente, espaçando á pro- porção que fôr melhorando. Para os resultados do aborto, como metrorrhagia, metri- tes, etc, vede estes artigos. Acontece muitas vezes que as chamadas conveniências sociaes, e mil outras sem-razões, oppondo-se á união matrimo- nial de dous entes que se amão, suggerem nelles a idéa de se unirem illegalmente, obedecendo só e por força aos sentimen- tos do seu coração e aos seus instinctos, resultando desta união um fructo que a denunciará infallivelmente, e attrahirá a ver- gonha, as perseguições, ou desprezos, e ás vezes também as sevicias ou a morte para os dous delinqüentes, ou principal- mente para a infeliz mulher. Bem necessário era que as leis obstassem a tanto abuso que de sua autoridade ou de seu poder fazem os pais, os tutores, os irmãos, ou outras pessoas que a seu cargo têm alguma orphã tutellada ou filha, que de sua ab- soluta vontade fazem dependente ; e que os governos prestas- sem protecção bem segura e efficaz a estas infelizes, que não têm do seu delicto culpa tamanha que mereça tão rigorosos 506 CAP. XX. MULHERES castigos, e que por se acharem expostas ao rigor de uma von- tade prepol ente e barbara commettêrão o primeiro delido, o qual após si traz muitas vezes o mais atroz crime, o infanticidio. Também por mil outros motivos, sempre subordinados á falta de liberdade que a mulher tem de escolher um marido que o seu coração deveras ame, acontecem aquelles delictos e estes crimes que horrorisão a natureza ; mas em quaesquer cir- cumstancias da vida sempre a mulher, que em seu coração tiver amor e temor de Dcos, preferirá todos os desgostos e to- dos os tormentos, e a mesma morte, á infâmia inqualificável de matar ou consentir que lhe matem o filho que ella tem nas suas entranhas. Promover o aborto é um crime ; e quando é uma mulher que o promove em si é um crime horroroso ; e quando é um homem, principalmente aquelle mesmo que foi o autor do primeiro delicto, então esse horroroso crime é aggra- vado pela mais torpe cobardia, quaesquer que sejão as circum- stancias ern que o homem esteja collocado na sociedade. Além de que sempre o aborto promovido de propósito é causa de mui- tas moléstias subsequentes, sendo a principal dellas o cancro do utero. Quando um homceopatha fôr consultado por alguns libertinos que queirão promover abortos, s'ga esta regra, que eu não tenho seguido sempre, e por isso me dei mal sempre que a não segui : — Occulte a sua indignação ; entre miudamente na indagação de todas as circumstancias do caso que se pre- tende occultar ; procure conhecer bem os dous complices, de maneira tal que elles não possão negar que são seus conheci- dos; declare-se-lhes complice também de sorte que lhes ins- pire confiança ; e, em vez de administrar á mulher substancias capazes de promover o aborto, adminislre-lhe remédios que, pelo contrario, favoreçãoo livre desenvolvimento do feto, pro- mettendo sempre que mais tarde o effeito que desejão se ha de obter; assim, trate de illudir esses desgraçados, tão frios de co- ração,atéque o seu crime sejainpraticavel; e se puder combine tudo para que, evitando elles a vergonha e os outros damnos de que têm medo, evitem igualmente um crime que até á sepul- tura os havia de atormentar com remorsos. Mais vale assim proceder do que ser franco em reprovar uma acção tão indigna, qumdo a ella se é convidado ; porque esses desgraçados, que nos vêm porpôr taes acções, não estão em seu juízo perfeito, não sabem avaliar as razões que lhes damos para os dissuadir CAP. XX. MULHERES 507 do seu propósito, e não deixão de encontrar gente perversa que lhes satisfaça a vontade. Nymphomania.—São plat. e verat. os que mais vanta- gens apresentão. Talvez se possa também consultar bel. canth. carb.-veg. chin. cinnam.? graph. grat. hyos. lach.? nux.- vom, plumb. zinc (Comparai também cap. 19, Lascívia ) TRATAMENTO.— 1 gotta ou 4 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. ©varais* ou Inflammação dos ova rios.— Os medicamentos que parecem os mais convenientes contra esta moléstia são: bel. lach. merc, ou também: acon.? ambr.? ars. ? canth. chin.? con. e staph? Havendo hydropisia do ova- rio: dulc. e sabad. N'um caso de dureza e ulgeração do ovario, referido por Hering, lach foi de uma grande influencia, mudando o com- plexo dos symptomas de uma maneira tão favorável que plat. administrada em seguida (e não tendo antes de lach. produzido effeilo) foi bastante para completar a cura. — Talvez também bovist. e graph. convenhão. Parto.— O emprego dos instrumentos seria muito mais raro nos partos se se conhecesse todo o auxilio que a homceo- pathia pôde prestar nestes casos. Muitas parteiras em Paris têm principiado a emprega-la com o melhor resultado. Esperá- vamos que este exemplo fosse imitado no Brazil, e que o uso dos glóbulos substituisse os meios empíricos e nocivos que muitas vezes são prodigalisadosna occasião do parto; mas, como ha de isto acontecer , se as parteiras estão sempre sujeitas á immediata influencia dos médicos, e delles depende o seu cre- dito? Os melhores medicamentos para facilitar o trabalho do parto são, em geral: cham. coff. n.-mose nux.-vom. op. puls. esec, ou também : acon. bel. e cale Para as dôres falsas ou espasmodicas, achou-se muitas vezes convir coff. e nux.-vom., ou também bell. cham. nux.-vom. e puls., ou acon. bry. dulc. hyosc COFFEA convém principalmente se as dôres são muito vio- lentas, levando mesmo á desesperação; e se neste caso coff. não foi bastante, acon. fará grandes serviços. NUX.-VOM. é indicada quando se manifestão dôres, sem que simultaneamente o verdadeiro trabalho do parto tenha tido 508 CAP. XX. MULHERES lugar, e maxime se estas dôres são acompanhadas de uma ne- cessidade continua de ir á banca ou deourinar. Se neste caso nux.-vom. não foi sufficiente, dever-se-ha con- sultar com preferencia: cham. ou bell., ou também : n.-mos. ou puls. Para a ausência das dôres do parto, os melhores medica- mentos são : op. puls. e sec, ou bell. e kali. Para as dôres que acompanhão a expulsão das secundinas: arn. cham. puls. rhus. sabad. OPIUM convém principalmente se nas mulheres vigorosas e plethoricas as dôres forão subitamente suspendidas, seja por um susto, seja por qualquer outra influencia desagradável, com congestão cerebral, rosto vermelho e inchado, e mesmo estado soporoso; tympanismo e prisão de ventre. PULSATILLA, se nas mulheres de muito boa constituição as dôres tardão a estabelecer-se, e mormente havendo dôres espasmodicas, ou também se a falta das dôres depende mais de uma inacção do utero que de fraqueza geral. SKCALE é indispensável se a falta de dôres se manifesta nas pessoas de uma constituição fraca e cachetica, ou nas mulheres debilitadas por grandes perdas de sangue, quer tenhão simulta- neamente dôres espasmodicas, quer se manifeste qualquer ou- tra qualidade de dôr. Porém, por melhor que, seja este medica- mento no caso designado, é todavia equivoco na maior parte dos outros, podendo acarretar resultados os mais desagradá- veis se é empregado inconsideradainente. O secale tem uma ar.ção especial sobre o utero ; ar-celera o parto excitando contracções expulsivas; será talvez útil nos casos de inércia do utero, em mulheres pouco irritaveis e nervosas, e que tenhão a bacia bem conformada , e que durante o parto tenhão dôres nos rins, e cujas contracções uterinas se enfraque- ção, s ndo que <» collo uterino não esteja duro e resistente; é, pois, um remédio que se não deve empregar sem a maior pru- dência. Se depois da expulsão do feto as contracções para a conclusão feliz do parto tardão a ter lugar, com adherencia da placenta, puls. e sec empregadas com as precauções indicadas acima são sufficientes, na mór parte dos casos, para trazei- uma p ompta conclusão do trabalho do parto. Se puls. na maior parte dos casos em que parece indicada não fôr sufficiente, ou quando CAP. XX. MULHERES 509 haja grande congestão na cabeça, com rosto vermelho, olhos brilhantes, grande sequidào da pelle e da vagina, grande an- gustia e inquietação, será bell. que merecerá a preferencia. Entenda se que não deverá haver extraordinária pressa na cxtracção das párias, porque a natureza quasi sempre as expul- sa muito a tempo, ainda que nos pareça que é devagar. Quando é, porém, indispensável a fazer a extracção das párias, toma-se o cordão com um panno entre os dedos para não escorregar, tem-se destendido sem puxar com força para o não quebrar, e introduz se a outra mão com muito vagar, levando os dedos estendidos e unidos, e por movimentos mui hrandus se vai des- pegando a placenta, que se extrahe com muito vagar para que não moleste nem proveque hemorrhagias. TRATAMENTO.—De qualquer dos medicamentos citados, 1 gotta ou 4 glóbulos da 5a dynam. em i colhéres d'agua. para 1 colher de 3 em 3, ou 4 em 4 horas conforme o estada da partu- riente. No Manual homoeopathico de obstretecia, ou auxilio que a arte de partos pôde receber da homceopathia, pelo Dr. Cro- serio, vêm minuciosamente explicado o tratamento para os differentes encommodos do parto, assim como do recém-nasci- do: esta obra especial acha-se á venda á rua S. José 59, Bo- tica Central Humoeopathica. Quando as dôres consecutivas são nimiamente vivas ou de mui longa duração, os melhores medicamentos tão: arn. cham. e coff., ou também : cale nux-vom. e puls. Além disso, para as convulsões ou espasmos, que freqüen- temente sobrevêm durante o parto, achar-se-ha conveniente: hyos. e ign., ou também bell. cham. e cie Contra a lesão das partes em conseqüência de um parto laborioso: arn. Contra as hemorrhagias que sobrevêm : croe e plat., ou tam- bém : bell. cham. fer. e sabin. ^^Vêde também Parto (estar de). Não se pôde fazer idéa das extravagantes praticas que se usào pelo interior do Brasil com o fim de conseguir um feliz parto ; mas nãoé este o lugar de as narrar; basta dizer que o parto é o complemento de uma funcção muito natural, e não carece a maior parte das vezes de nenhum auxilio estranho. Deve-se por isso esperar com muita segurança que os partos se eífectuera, todos ou quasi todos, mui naturalmente, e convém TOMO II ^* 510 CAP. XX. mulheres que de maneira nenhuma se procurem accelerar, sendo de mis- ter somente algumas vezes auxilia-los com muito brandos meios, e o principal delles consiste em inspirar á parturiente a maior confiança a par da mais tranquilla resignação. A melhor posição que a parturiente pôde tomar para parir é a de deitada de costas com a cabeceira na altura que lhe ficar mais çommoda, e tendo onde possa apoiar os pés, curvando um pouco as pernas, mas tudo isto como lhe fôr mais natural e mais commodo. Não deve accelerar de maneira alguma o parto com esforços inúteis; espere com muita confiança que o parto se effectue muito naturalmente, e não consinta que a par- teira a esteja visitando amiudadas vezes; basta que uma ou duas vezes a parteira ( se esta é com effeito uma parteira, que são raras) a visite ou examine , e na maior parte dos casos nem isto é necessário, pois basta vêr exteriormente que a mulher é bem conformada, e saber que o tempo de sua gravidez se pas- sou regularmente, sem accidente notável, para dever suppôr-se que o parto se effectuará natural e felizmente. Parto ( estar de ). —Os medicamentos mais convenien- temente indicados contra os diversos padecimentos e affecções das mulheres paridas são, em geral: cham. coff. n.-mos. nux.-vom. op. puls. sec, ou aron. bell. cale Para a^ dôres consecutivas, muito vivas ou de mui longa duração : arn. chan. coff., ou também ; nux.-vox. puls. :— para a febre de leite : arn. bell. bry. rhus.; para a falta de leite: cale caus. e puls., ou também : acon. bell. bry. e cham. —para a suppressão do leite : acon. bell. bry. cale cham. coff. merc. puls. rhus. solan.-oler. e sulf. ;—para o fluxo de leite e dôres depois de desmamar : bell. bry. cale e puls. (Vede Criação). Para a excoriação dos bicos dos peitos: arn. sulf., ou tam- bém : cale cham. ign. e puls;—para a inflammação ou ulce- ração dos peitos: bell. bry. merc. phos. sil. e suíf. (Comparai peitos). Para a suppressão dos lochios: coloc. hyos. nux.-vom. plat. sec. verat. e zinc ;—para os lochios muito abundantes, ou de mui longa duração: bry. cale croe hep. plat. puls. rhus., etc. Para o tumor branco : arn. bell. rhus., ou ainda : acon. ars. cale iod. lach. nux.-vom. puls. sil sulf. GAP. XX. MULHERES 511 Para a febre puerperal: acon. bell. bry. cham, nux.-vom. rhus., ou também : coff. coloc. hyos. ipec. merc puls. e verat. (Vede Febre puerperal.) Para as affecções moraes das mulheres paridas : bell. plat. puls. verat. e zinc (Comparai também Nymphomania.) Para as convulsões, eclampsia, etc: bell. cham. cie hyos. ign. nux.-vom. plat., ou também: bell. stram. (Comparai cap. Io, Spasmos.) Para a insomnia: coff. Para a fraqueza : cale kal., ou ainda: chin. sulf., ou tam- bém : nux.-vom. phos.-ae e verat. (Comparai Fraqueza.) Para as colicas: bry. cham. , ou também: arn. bell. hyos. lach. nux.-vom. puls. sep. e verat. (Vede cap. 2, Colicas. Para a diarrhéa : ant. dulc. hyos. e rhab. (Comparai cap. 17, Diarrhéa.) Para a constipação ou prisão de ventre : bry. nux.-vom. op. ou plat. («omparai cap. 17, Prisão de ventre ) Para a queda dos cabellos : cale lyc. natr.-m. e sulf. (Com- parai cap. 6, Alopecia.) TRATAMENTO. — 1 gotta ou 4 glóbulos da 5a, 15" ou 30a dynam. em 4 colhéres d'agua para I colher de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas Veja-se <» novo Manual de partos pelo Dr Croserio. Peitos ou mamas, e bicos dos peitos. — Os melhores medicamentos contra a excoriação dos bicos dos peitos são: arn. e sulf., ou também: cale ign. e puls. CHA.MOMILLA, convém principalmente se os bicos dos pei- tos estão fortemente inflammadi s , ou mesmo ulcerados, se to- davia a enferma não abusou já deste medicamento. Neste ul- timo caso igu. ou puls. são os que se devem preferir ou talvez merc. ou sil. Em todos os outros casos de simples excoriação, arn. merece ser empregado em primeiro lugar; e se este medicamento não fôr sufficiente convirá recorrer a sulf. ou a cale. Além destes medicamentos poder-se-ha em seguida con- sultar : caust. graph. lyc merc. nux.-vom. sep. e sil. Para a ixfla:"mação dos peitos, os medicamentos mais pode- rosos são: bell. bry. carb.-veg. con. hep. merc. phos. sil. e sulf. BELLADONA , é principalmente indicado, se os seios estão inchados e duros, com dôres lancetantes ou dilacerantes e ru- 512 CAP. XX. MULHERES bor erysi pela toso, que emana de um ponto central, espalhan- do-se em fôrma de raios. (É de ordinário alternando com bry. que convém administrar este medicamento). TRATAMENTO. —1 a 2 gottas ou 4 a 6 glóbulos da 5a dynam em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4 horas ou de 6 em 6 hor,is,conforme o estado dos soffrimentos, espaçando loPro que fôr melhorando. BRYONIA, quando os seios estão duros e engorgitados de leite com dôres tensivas ou lancinantes no tumor, e calor abra- sador no exterior; sobretudo sendo acompanhado de movi- mentos febris com calor, sobre-excitação do systema vascular, etc. Se bry. não foi sufficiente, é á bell. que convirá recorrer ou então alternar os dous medicamentos. O mesmo tratamento. HEPAR, s:í, apezar de administrar-se bell. bry. e merc, a suppuração começa a estabelecer-se. MERCURIUS, quando nem bry. nem bell. forão sufficientes contra a inflammação erysipelatosa, e quando ficão nos seios con2;; a cura deste inconveniente, se todavia não se desprezão ao mesmo tempo os necessários exercicios mecânicos. Gast rosis ou embaraço gástrico das crian- ças. — Os melhores medicamentos, em geral, são : bell. cham. ipec. merc. nux.-vom. puls., ou também : bar.-c cale hyos. lyc. magn. rhab. e sulf. Havendo azias, quer só, quer com diarrhéa agras, poder- se ha com preferencia consultar : bell. cham., ou também : cale magn. nux.-vom. e puls. Se o estado gástrico é o resultado de uma indigestão, o me- lhor medicamento contra o vomito é ipec, principalmente ha- vendo ao mesmo tempo diarrhéa, ou puls. se ipec não foi sufficiente. Havendo diarrhéa sem vomito, com evacução porém de alimentos ingeridos, ou estando as crianças enfra- quecidas por purgantes, chin. merecerá a preferencia.— Se ao contrario unicamente ha vomito, com prisão de ventre, é a nux.-vom. que convirá recorrer. Quanto á dyspepsia chronica de algumas crianças, em que a fraqueza de estômago pela menor falta de regimen provoca a indigestão : bar. carb.-veg. cale ipec. merc. nux.-vom. puls. e sulf. serão ordinariamente de grande utilidade. TRATAMENTO. — 4 glóbulos em 3 colhéres d'agua, para 1 colher de chá de 6 em 6 horas, ou com maiores intervallos segundo a gravidade do mal. Gritos dos recém-nascidos.—Se as crianças gri- tão continuamente sem causa apreciável, freqüentemente ó bell. que será com preferencia empregada ; ou também : cham. —Se a criança grita, porque a cabeça ou o ouvido lhe dóe, é cham. que convém empregar em primeiro lugar; assim como bell. depois se este medicamento não foi sufficiente. Se as crianças têm colicas, e gritando se dobrão sobre si mesmas, com retração das coxas, o melhor medicamento é cham., se o rosto da criança está vermelho, ou bell. se está pallido. Havendo simultaneamente dejecções de diarrhéa de cheiro ácido com tenesmo, rab. será preferível. Caso que algum destes três medicamentos não seja snfíiciente, poder- se-ha também consultar : bor. jalap. ipec. e sen. No caso em que a criança, ou também sua ama, tenhão já abusado da cham., bor. ign. e puls. serão os consultados. 524 V. VP. VX. MULHERES Quando as crianças estão agitadissimas, com insomnia e calor febril, coff. ou acon. serão convenientes. TRATAMENTO.— 1 glóbulo sobre a lingua da criança de 4 em 4 horas por 3 a 4 vezes, espaçando logo que reconheça o effeito do medicamento, e não obtendo melhora tomará outro. Slernias. — As hérnias umbilicaes das crianças cedem ordinariamente a nux.-vom.—Para as hérnias inguinaes achar- se-hão freqüentemente úteis: aur. cham. nux.-vom. sulf. e veratr., comtanto que se não administrem estes medicamentos senão cada um em uma só dose, e com longos intervallos entre um e outro. A resina itu pôde ser útil. TRATAMENTO.— 4 glóbulos da 5a dynam. de qualquer dos medicamentos em 3 colhéres d'agua, para 1 colher de chá de 8 em 8 horas : deve ter-se o cuidado de trazer-se ligado brandamente o lugar. Ictericia. — Na maior parte dos casos tirar-se-ha pro- veito de algumas doses de merc, ou também de chin. se merc. não fôr inteiramente sufficiente. TRATAMENTO. —4 glóbulos da 5a dynam. em 3 colhéres d'agua, para 1 colher de chá de 6 em 6 horas. Insomnia dos recém-nascidos. — Se a ama da criança não abusa ordinariamente do café, tirar-se-ha proveito de coff.; no caso contrario, ou se coff. não foi bastante, será op. freqüentemente útil, maxime tendo a criança o rosto verme- lho. Se a criança é atormentada por colicas, com gritos, convirá consultar de preferencia cham., ou também jalap., ou rab. Se ha ao mesmo tempo grande agitação com calor febril, e que coff. não foi sufficiente, acon, será freqüentemente em- pregado com muita vantagem. Manifestando-se a insomnia depois de desmamada a criança, ou grilando ella horas e dias inteiros sem jamais dormir, e sem causa apreciável, bell. será o melhor medicamento TRATAMENTO. - 4 glóbulos da 5a dynam. em 3 colhé- res d'agua, para 1 colher de chá de 6 em 6 horas. Ç5^ Vede além disso também Gritos. Isclmria. — Os melhores medicamentos são: camph • ou não sendo sufficiente este medicamento, acon. ou puls' (Comparai cap. 18, Ischuria eDYSüBiA.) GAP. XX. CRIANÇAS 525 TRATAMENTO. — 4 glóbulos da 5a dynam. em 3 colhé- res d'agua, para 1 colher de chá de 6 em 6 horas. lliliar das crianças de peito.— Na pluralidade dos casos tirar-se-ha vantagem de algumas doses de acon. ; senão cham. será consultada, e se este medicamento não fôr bastante, recorrer-se-ha a sulf., ou bell. bry. e ipec. Este ultimo merece preferencia nas mulheres paridas, e mesmo nas crianças quando ha suppressão súbita de erupção ou demora em restabelecer-se, havendo também soffrimentos asthmaticos com symptomas gástricos e accessos de desfalle- cimento. Também devem ser consultados : ars. mosch. e puls. TRATAMENTO. — 4 glóbulos deaconit. da 5a dynam. em 3 colhéres d'agua, para 1 colher de chá de 4 em 4 horas ; ha- vendo diarrhéa, dê-se bryon. da mesma fôrma. A miliar nos recém-nascidos é ordinariamente procedida de coberturas de- masiado quentes, e se dissipa removendo esta causa. (Vede Tratado especial de partos, pelo Dr. Croserio.) Ophtlialmia dos recém-nascidos — Os melho- res medicamentos são : acon cham. dulc merc.; ou também : bell. bry. cale nux.-vom. puls. sulf. ; mas sobretudo euphr. (Vê/e Ophthalmia, cap. 7.°) TRATAMENTO. - 4 glóbulos da 5a dynam. em 3 colhé- res d'agua, para 1 colher de chá de 6 em 6 horas. O Dr. Cro- serio no seu Tratado especial de partos diz : que, sendo esta moléstia tão rebelde para a allopathia, cede muito facilmente a acon: 12 boras depois se dará dulc. Se a doença tiver já feito muitos progressos sedará tine 30a dynam. e depois calc-e Prisão de ventre dos recém-nascidos.— Os medicamentos mais efíicazes, e que n« maior parte dos casos se podem applicar no mesmo instante, são : bry. nux.-vom. e op. Se estes medicamentos não forem bastantes, poder-se-ha se- gundo as circumstancias e os symptomas offerecidos pelo estado da ama, escolher para esta entre alum. lyc sulf. e verat. A prisão de ventre nos recém-nascidos encontra o melhor re- médio na natureza sem soccorro algum da arte: este remédio é o primeiro leite de sua mãi. Por is^o deve haver cautela, sempre que possa ser, de esperar que a mãi tenha leite para tomo n 67 526 CAP. XX. CRIANÇAS que a criança não mame outro em primeiro lugar, ou pelo menos que o primeiro leite que mame seja de mulher recem- paridae a mais sadia que se encontrar. Spasmos e convulsões. —Os melhores medicamen- tos contr.i os espasmos das crianças são, em geral : bell. cham. cin. coff. ign. ipec. merc. op., ou lambem : acon. caus. cupr. lach. nux.-vom. stann. e sulf. O melhor de todos é chamo- milla. BELLADONA, é principalmente indicada se os accessos se terminão por um estado soporoso, ou alternando com este estado; ou também se as crianças despertão subitamente, como por um susto, com a vista espantada, olhar ancioso e fixo, como se tivessem medo de alguma cousa ; pupillas dila- tadas ; tensão letanica e frialdade de todo o corpo, com mãos e testa abrasadas ; ou também se as crianças ourinão freqüen- temente na cama. CHAMOMILLA, se ha: estremecimentos convulsivos dos braços e das pernas com movimentos involuntários da ca- beça, seguidos de um estado de somnolencia, com os olhos meio abertos e perda dos sentidos; rubor de uma das fa- ces com pallidez da outra, gemidos e freqüente vontade de beber. (Se cham. não foi sufficiente contra este estado, con- virá consultar bell.) CHINA, sobretudo nas crianças que têm vermes ou ou- rinão freqüentemente na cama, com caimbras do peito, mo- vimentos convulsivos dos membros, ventre tympanico e duro, freqüente prurido no nariz, tosse secca semelhante á coque- luche, etc. COFFEA, principalmente nas crianças definhadas, dé- beis e que muitas vezes são affectadas destas convulsões, sein outros accidentes. IGNATIA, na pluralidade dos casos no principio da mo- léstia ou do tratamento, maxime quando se ignora se os den- tes ou vermes, etc, são a causa dos accessos, ou se os espasmos tornão todos os dias á mesma hora com estreme- cimentos de alguns membros ou de alguns músculos somente; freqüentes accessos de calor ou de suor, quer durante os espasmos, quer depois delles; somno ligeiro com o despertar GAP. XX. CRIANÇAS 527 sobresaltado, gritos pungentes e tremor de todo o corpo. (Depois de ign. convém freqüentemente cham.) IPECACUANHA, se as crianças, fora do tempo dos acces- sos, têm a respiração curta, com náuseas, vontade de vo- mitar, ou vomito e diarrhéa, com freqüentes espreguiça- mentos espasmodicos. MERCURIUS, se o ventre está duro e tympanico com ar- rotos freqüentes e salivação, ou com calor, suor e grande fraqueza depois dos accessos. OP1UM, sobretudo se os accessos são em conseqüência de um susto, ou havendo : tremor por todo o corpo, agitação dos braços e das pernas, gritos pungentes durante os acces- sos, ou também estado soporoso com perda dos sentidos, ventre tympanico, prisão de ventre e ischuria. £S^* Vêd.^ também cap.l0, Spasmos. Cumpre notar que a maior parte das moléstias das crian- ças provêm da má alimentação e do pouco asseio, e ás vezes das demasiadas cautelas que com as crianças se tem a certos respeitos, não tendo cautela nenhuma a certos outras. TRATAMENTO.— De qualquer dos medicamentos, 4 gló- bulos em 3 colhéres d'agua, para 1 colher de chá de 4 em 4 ho- ras ou de 6 em 6 horas, segundo a gravidade do mal, espaçando á proporção das melhoras. O primeiro alimento de uma criança, emquante a natureza lhe não dá dentes, é o leite materno, ou de outra mulher. Con- vém por isso que a mãi ou ama de uma criança trate muito bem de sua saúde e não dê de mamar se estiver doente. Logo que a natureza fornece a uma criança os dentes próprios para ella mastigar, é necessário desmama-la e fornecer-lhe outra ali- mentação; mas quem reparar em que a natureza fornece ás crianças uns dentes menos fortes, que têm de cahir para se- rem substituídos por outros mais fortes e duradouros, compre- henderá que não convém alimentar as crianças com carnes rijas e outros alimentos difficeis de mastigar; e porque também nes- ta primeira idade se desenvolvem nos intestinos muitos vermes, e é sabido que tantos mais se desenvolvem, quanto mais assu- carados são os alimentos, convirá muito regular a alimentação das crianças; de sorte que, sem lhes dar comidas próprias das pes- soas de maior idade, também se lhes não dêm doces com muita 528 CAP. XX. GR1AXGAS abundância: nem outras cousas que não sejão bons alimentos. 0 asseio é a principal condição de uma boa saúde; as crianças devem estar sempre muitos asseiadas; e não sirva de desculpa ás mais negligentes dizerem que as crianças se sujão muito quando brincão, etc; se as habituarem aos asseio logo desde os primeiros dias, se as tiverem sempre em lugar asseiado e as limparem logo que se suj.io, ellas mesmas terão desde muito pequeninas repugnância para a falta de asseio, e serão as pri- meiras que advirtão a suas mã's essa falta apenas a houver. As cautelas demasiadas que se tomão para as crianças não apa- nharem ar ou se não molestarem brincando, etc, são muitas vezes, além de um martyrio para as crianças, causa de muitas enfermidades, como constipações e suas conseqüências. Melhor será em tudo consultar primeiro a natureza e seguir-lhe á ris- ca os dictames, e deixar que as crianças desde seus primeiros dias possão livremente desenvolver-se. ADDITAMENTOS AO CAPITULO XX Moléstias das partes sexuaes das mulheres Ardor navulva: ambr. amon.-c bry. cham. carb.-v. graph. lycop. merc nux.-v. sulf. thui. Botões nas partes genitaes: graph. merc. tart. Calor : nux.-v. sep. Comichão : alum. cham. con. kreos. staph. thui,;— na vagi- na : cham.; — na vulva: cale con. hep. natr.-m. sep. sulf. Efflorescencias nos lábios da vulva: merc.;—grandes, mui dolorosas ao tocar, no monte de Venus: con.; -—mordicantes, ardentes: kaly. Empolas na parte posterior e inferior do grande lábio direito da vulva, com dôr mordicante por si e de excoriação ao tocar : staph. Erupção: bry. graph. merc. nux.-v. sep. tart.;—dartrosa nos grandes lábios: dulc;— humida, pruriginosa nos pequenos lá- bios: sep.;— na vulva, com prurido corrosivo: nux.-v. Excoriação na vulva e entre as coxas: amon. carb.-v. caus. graph. hep. lycop. natr. nitr.-a. sep. sulf.;—perto da vulva': petr.;—pruriginosa: nux.-v. sep. GAP. XX. CRIANÇAS 529 Formigaçío voluptuosa: plat. (Vôde Prurigo.) Inchação nos lábios da vulva com pústula negra e dura: bry:—dos grandes lábios; merc-ae;—inflammatoria da vigi- na: merc;—das partes sexuaes : amon.-e cale carb.-v.;— do utero: phos,-a.;—como por gazes: magn.-m. ; — da vulva : amon.-e bry. carb.-v. lach. mephit. secai. thui. Inflammação nos lábios da vulva: sulf.;— com vermelhidão, esgoto purulento e dôr ardente na vulva: cale (Vede cap. 15, Gonorrhéa.) Nodosidade na borda do lábio da vulva com dôr lancinante e ardente: cale merc. Picadas no orifício da madre com dôr pressiva na vagina: cale;—nas partes genitaes: bell.;—na vagina: con. nitr.-a. phos.;—na vulva: kali. Prurido nas partes sexuaes: ambr. amon.-c. carb.-v. con. natr.-m. petr. silic. sulf. thui.;— produzindo tumores urtica- rios pela coçadura, e que desapparecem logo: natr.; — e botões nodosidades: bry. Pústula dura, negra, inchada no lábio : bry.;—roedora : nux.-v.;—suante: sep.;—vesiculosa : graph. Sensação ardente das partes sexuaes: sulf.;— voluptuosa: cale Tumefacção de um dos grandes lábios da vulva, e depois ap- pariçâo de uma pústula dura, negra, semelhante a um botão, sem inílammação nem dôr: bry. Ulcera com prurido ardente na vagina: nitr.-a. Varizes nos grandes lábios: cale;—na vulva: cale lycop. nux.-v. zinc. Vermelhidão na vulva: cale merc (Vede Inflammação.) Verrugas no orifício da madre : secai. thui. Vesiculas e botões na vulva: graph. Moléstias dos seios das mullheres Abcesso, mesmo com ulcera fistulosa, ardor e picadas: phos, Dartros : dulc Dureza scirrosa das glândulas mamarias: cham. con. kreos. staph. thui.;—dos seios : silic Efflorescengias, prurido ardente no bico dos peitos: agar. 530 CAP. XX. CRIANÇAS Excoriação dos bicos dos peitos: arn. cale. caust. cham. graph. ignat. lycop. nux.-v. puls. sep. sulf.;—abaixo dos seios: nitr.-a. (Vede cap. 20, Peitos.) Inchação dos seios com dôr: cale puls.;—inflammatoria dos seios e bicos : cale silic. sol-ol. Inflammação do bico do peito: silic.;- dos seios: acon. bell. bry. carb-v. puls.;—erysipelatosa: carb.-a. phos. sulf. (Vede cap. 20, Peito.) Nodoas azues, semelhantes a petechias, sobre o alto do peito entre os seios, insensiveis e desapparecendo pela descamação: phelandr. Nodosidades debaixo da pelle, da grossura de uma noz, no seio direito, com dôr lancinante ao tocar: caust.;—-duras e do- lorosas: nitr.-a. phos.; —nas glândulas mamarias: carb.-a. Prurido nos seios, apparecendo uma erupção fina com a co- çadura: kali.;— no bico do peito : petr. Rachaduras nos bicos dos peitos com sensação ardente: sulf. Tumefacção dura dos seios com dôr de ulceração ou com suppuração e ulceração real : merc. Ulcera cancrosa no seio : hep. phos. (Vede cap. 2o, Affec- ções scirrosas.) Dou por additamento á segunda parte deste capitulo uma obra quasi completa no seu gênero, que é—o medico homoeopatha dos meninos—traducção que me foi dedicada, e que agora em muitas partes retoco e modifico como entendo melhor, aceres- centando algumas poucas observações que não se encontrão no original, enviando aliás o leitor para o corpo da Pratica Elementar. Assim procedo por não querer antepor as minhas opiniões ásdeoutrem, nem privar os amigos da homoeopathia de mais um meio de instrucção. Publicámos ultimamente um tratado especial de partos, pelo Dr. Croserio, onde se encontra tudo concernente ao estado da gravidez,e todo o tratamento e cuidado com os recém-nascidos. CONSELHOS HYGIENICOS PARA EDUCAÇÃO DOS MENINOS « A fraqueza do homem durante seus primeiros annos, o va- gar com que se desenvolvem suas faculdades physicas e intel- CAP. XX. CRIANÇAS 531 lectuaes, podendo tomar uma direcção viciosa, impõem áquel- les de quem tem recebido a existência a obrigação de lhe da- rem com amor e discernimento, desde o instante do seu nasci- mento até á época em que elle pôde ficar sem perigo entregue a si mesmo, os cuidados necessários para lhe assegurar , tanto quanto possa depender das precauções humanas, uma vida longa, feliz, e útil a seus semelhantes. Estes cuidados consti- tuem a educação no sentido mais lato desta palavra. « As disposições do individuo, o emprego que se lhe des- tina na sociedade, e uma multidão de outras circumstancias, podem accelerar ou retardar mais ou menos o termo da edu- cação, o qual é ordinariamente a passagem da infância á pu- berdade; porém muitas vezes a educação se divide em duas partes, das quaes a segunda começa nesta idade, e não é me- nos importante que a primeira. Ambas são nesta obra o objecto de nossas reflexões e de nossos conselhos ( comquanto nos occupemos mais particularmente da primeira). CUIDADO QUE SE DEVE TOMAR DOS RECÉM-NASCIDOS « A saúde do homem está incessantemente em luta com a ignorância ; esta luta começa desde os primeiros instantes de sua vida. Apenas sahe do seio materno, o menino recebe ordinariamente, logo para seu damno, antes de outro sus- tento, o xarope de maná ou de rhuibarbo, administrado com o fim de facilitar a evacuação do meconio. Não bastaria a menor reflexão para se presumir quão funestos effeitos po- dem produzir substancias medicinaes tão activas n'um ser delicado, cujos órgãos não estão ainda acostumados ás in- fluencias exteriores? Não é contrario ás mais simples noções de hygiene querer ajudar a natureza quando ella não tem necessidade alguma de nossos soccorros, porque os excre- mentos contidos nos intestinos do menino no momento de nascimento nada têm de normal, e sahem por si mesmos sem o emprego de remédio algum ? (O leite materno é o mais natural e o mais efficaz remédio para este fim.) « Para tornar menos sensivel a mudança operada na ma- neira de existir de um recém-nascido é preciso obrar de sorte que sua situação actual difíira o menos possivel da que elle 532 CAr. XX. CRIANÇAS tinha precedentemente, isto é, cumpre: Io, conserva-lo em uma temp ratura constantemente uniforme e moderada ; 2o, não movê-lo senão com muita precaução, e não impedir seus movimentos espontâneos ; 3o, afastar dos seus olhos qualquer luz muita viva, e dos seus ouvidos qualquer forte bulha; 4o, não lhe dar outro alimento senão aquelle que a natureza lhe destinou, e nada desprezar para que este alimento seja de boa qualidade, e em quantidade sufficiente, mas só nas occasiões as mais convenientes. « Vamos dar sobre cada um destes três primeiros pontos o desenvolvimento necessário ; o quarto tratar-se-ha mais tarde : Temperatura « A temperatura do ar que cerca o menino, e da água que se emprega para o lavar, e mesmo para o baptisar, deve ser moderada. O excesso de calor lhe é tão nocivo como o ex- cesso de frio. Não é preciso < nvolvê-lo em um grande numero de coberlas, nem aquentar excessivamente a alcova da mulher parida, e muito menos perfuma-la. Deve-se enxugar prompta- mente o menino todas as vezes que se lava, para que a água não se resfrie sobre o seu corpo. Movimentos « Todos os movimentos que se imprimem ao corpo do me- nino pedem muita precaução. Abster-se-hão sempre de o embalar nos braços para o socegar e adormecer : estes meios violentos não podem senão atordoa-lo. Além disso, o menino que goza de boa saúde está, durante as primeiras semanas de sua vida, naturalmente disposto ao somno, e torna inútil o emprego de semelhantes soporativos. A insomnia, os gritos que não provêm da necessidade do alimento ou de alguma cansa exterior, não podem ser altribuidos senão a alguma moléstia, e é então necessário reclamar os soccorros da ho- moeopathia. Neste caso as poções calmantes e a ópio, de qual- quer fôrma que seja, valem tanto como os movimentos que acabamos de reprovar, ou, para melhor dizer, são ainda CAP. XX. CRIANÇAS 533 mais prejudiciaes que elles. O ópio não produz um somno confortante, e não destróe a causa da agitação e da insomnia, efpelo contrario tende sempre a aggrava-la e a produzir pri- sões de ventre rebeldes. « Além disso o uso freqüente deste narcótico tem conse- qüências ainda mais funestas, e muitas vezes irreparáveis; os meninos tornão-se estúpidos, digerem mal, o seu corpo se afrouxa, o rosto se dessecca, a trez torna-se pallida e térrea : de sorte que um menino victima deste abuso acaba por ter o aspecto de um velho. « O habito em que se está, particularmente nas cidades, de conduzir os meninos em carros á igreja para os baptisar, apresenta também seus inconvenientes. Sem fallar do perigo a que um passo falso da comadre subindo ou descendo, ou mesmo o desconcerto do carro, pôde expor o menino, os balanços que elle soffre neste modo de transporte são despro- porcionados ás suas forças, e podem ter uma influencia preju- dicial sobre seu cérebro. « Seria para desejar que o baptismo se fizesse em casa, porque, apezar de que se pôde livrar o menino dos movi- mentos violentos do carro, fazendo-o conduzir á igreja por pessoa cujo andar seja moderado, que meio se empregará, principalmente no inverno, contra os rigores do tempo? « Não é preciso envolver o menino de maneira que o em- baracem nos seus movimentos, que são proporcionados ás suas forças. Não deverá ser posto em uma posição immovel e rectilinea, posição opposta á que elle tinha no seio materno, e mesmo incommoda para os adultos. Seus gritos provão mui- tas vezes que elle soffre por esta situação forçada ; como bem prova o contrario sua tranquillidade e alegria quando se vê desembaraçado. O uso de lhe applicar uma ligadura umbilical para prevenir uma hérnia no lugar onde se cortou o cordão umbilical é uma boa precaução ; mas não é necessário apertar a ligadura, e pôde ser ella supprimida no fim de alguns dias. Precauções relativas aos olhos e ouvidos « Desviar-se-ha do recém-nascido tudo o que fôr suscep- tível de affectar fortemente seus sentidos, emquanto seus TOMO II G8 534 CAP. XX. CRIANÇAS olhos não estiverem acostumados ao dia, seus ouvidos ábulha, habito que se adquire lentamente e por gráos. « Será preciso moderar, por meio de cortinas, a luz do sol ou das velas, para que não fira immediatamente sua vista, o que lhe seria particularmente nocivo no momento de acor- dar. Por isso é necessário volta-lo, quando estiver no leito, de sorte que elle olhe para o lado opposto da janellaou da vela. O emprego de um guarda-vista é também uma precaução in- dispensável ; mas entenda-se que será collocado diante da luz e não sobre os olhos do menino, nem comprimíndo-lhe a testa. « Os órgãos de ouvir não exigem menos attenção. Evi- tar-se-ha o fazer bulha perto do recém-nascido, fechando portas, andando, fallando, ou de outra qualquer maneira. Será bom, pela mesma razão, que o quarto da mulher parida seja desviado da rua e dos lugares muito freqüentados, e vedado quanto possível a visitas importunas. » ALIMENTO § 1.— Motivos que devem obrigar uma mãi a amamentar seu filho O alimento do menino é um dos pontos mais importantes da educação physica. A natureza não nos deixa um momento em duvida sobre as obrigações a este respeito, e sobre a ma- neira de as preencher; porém as mtts têm-se afastado pouco a pouco do caminho que ella traçou; e quanto mais se afastão mais expostos estão os meninos a tornarem-se victimas de um criminoso descuido. A natureza destina a estes seres delica- dos, durante os primeiros mezes de sua vida, um alimento la- borado pelos órgãos de sua própria mãi. Entretanto o luxo, o habito de uma vida commoda, o demasiado excesso de nossos costumes, emfim uma fraqueza de saúde muito commum hoje, induzem as mulheres a se desonerarem deste dever sagrado^ commettendo-o a uma ama; e muitas privão ainda seiis°filhos desta espécie de compensação. Uma mãi digna deste nome dá o seio a seu filho, se as mais graves razões não a dispensão de o amamentar. Estas razões podem ser : Ia, uma moléstia que GAr. XX. CRIANÇAS 535 a ponha na impossibilidade de supportar, ao menos sem peri- go provável de sua vida, o esgoto causado por esta funcção ; 2a, a conformação imperfeita das mamas; 3a, a falta de leite (estas duas ultimas causas podem também ser consideradas como enfermidades que se devem curar por um tratamento homoeopathico); e 4a, em razão de uma nova prenhez. « Nossas exprobrações não se dirigem ás pessoas que pela necessidade de trabalhar fora de casa são obrigadas a confiar seus filhos a estranhos. Mas nada pôde desculpar as mulheres da alta classe, que desprezão a exeeução de uma obrigação im- posta pela natureza, pelo único temor do desgosto que poderia causar-lhes o serem perturbadas em seu somno ou em seus di- vertimentos; ou por se verem afastadas dos circulos, dos jogos, dos bailes, ou mesmo porque receião perder alguns dos seus attractivos. « A estima das pessoas sensatas, o testemunho de uma boa consciência, serão menos preciosos que a vantagem de brilhar em uma sala pelos talentosos mais variados, por todos os at- tractivos do corpo e do espirito ? « Outras dão por motivo a debilidade de sua constituição. Este motivo algumas vezes é bem fundado, porém em muitos casos é um vão pretexto. Uma doença susceptivel de occasio- nar a diminuição sensivel das forças vitaes, ou de conduzir a uma febre hectica, só pôde tornar o aleitamento prejudicial á mulher cujas glândulas mamarias não segregão quantidade suf- ficiente de leite. Pelo contrario, em diversos casos dar de ma- mar pôde prevenir estes accidentes a que se expõem as mais que ensurdecem á voz da natureza. « O corpo do menino sustentado com o leite de sua mãi cres- ce e fortifica-se quasi sempre com mais promptidão e energia. Ha entretanto casos em que o menino pôde não supportar o leite de sua mãi, por causar-lhe agitação econvulções, fazendo-o em- magrecer de uma maneira sensivel. Isto provém sempre de alguma affecção na mãi, que um exame attento fará reconhecer, afim de se lhe opporem os recursos da homceopathia. Entre- tanto é preciso dar ao menino outro alimento até que o mal da mãi possa ser curado. « O sustento que nós recommendamos parece também ter uma influencia decidida sobre o caracter do menino, e mesmo 536 CAP. XX. CRIANÇAS sobre o desenvolvimento de sua intelligencia. Temos observa- do entre muitas pessoas adultas um caracter inteiramente se- melhante ao de suas amas; e o abandono do menino aos cuida- dos de uma estranha pôde muito bem ser causa da indiffe- rença que, principalmente nas classes altas, muito demonstrao pelos autores de seus dias. (E' particularmente no Brazil que pôde conhecer-se esta no- tável influencia de amamentação por amas mercenárias, ou ainda peior, por negras escravas. Observado cada individuo qua assim foi amamentado, conhece-se já uma differença bem notável de outros que forão amamentados por suas mais; e se lhe nota muitas particularidades no caracter moral, e nos hábi- tos, que se resentem dessa fatal influencia; mas quando se pô- de fazer uma idéa mais clara dessa influencia fatal, e das mo- dificações que a amamentação imprime nos individuos, é quan- do se viaja pelo interior do Brazil e pelo seu litoral; pois se re- conhece que o gênio, os hábitos, o caracter, e todas as outras qualidades moraes e physicas, são tanto melhores quanto me- nos escravos ha, e quanto mais ameno é o clima, e quanto mais fértil é o terreno, e os alimentos por conseguinte melhores, etc, etc.) « Outro abuso não menos contrario ao voto da natureza , e tão prejudicial á mãi como ao menino, e que se encontra par- ticularmente nas classes médias, é o amamentar muito prolon- gado. Quando os primeiros dentes têm nascido, isto é, no fim do sexto ou sétimo mez, os órgãos digestivos do menino têm adquirido bastante força para supportar os alimentos mais só- lidos, e o leite de sua mãi é então um sustento muito fraco e insufficiente para um corpo que principia a desenvolver-se com rapidez. « Quando uma das causas indicadas acima põe a mãi na im- possibilidade de amamentar seu filho, é preciso substituir este leite pelo de uma ama, ou por outras substancias. « Vamos examinar successivamente estes dous últimos modos de sustento. « Ambos apresentão grandes difficuldades, e exigem muita precaução: não será fácil decidir-se qual dos dous merece ge- ralmente a preferencia. O primeiro parece mais natural; porém onde se achará uma ama que apresente todas as garantias que CAP. XX. CRIANÇAS 537 se devem exigir ? Se se chega a encontrar uma que goze e tenha sempre gozado perfeita saúde, que tenha um bom caracter, e emfim que possua todas as qualidades que vamos enumerar, lhe daremos a preferencia sobre o methodo de sustentar o me- nino sem leite de mulher, que é o mais penoso, porém ordi- nariamente mais seguro, faltando o leite materno. § II. — Escolha de uma ama « Para offerecer toda a segurança que se deseja, uma ama deve estar no vigor da mocidade, e, tanto quanto possivel, ser bem feita e de uma figura agradável: e que não tenha sido acommetida, nem na sua infância nem ao depois, de alguma moléstia de que se possa ainda suspeitar a existência latente, tal como a tinha ou outras erupções pertinazes, o engorgitamen- to das glândulas do pescoço, a disposição ao rachitismo, freqüen- tes inflammações dos olhos, corrimento dos ouvidos, catarrho chronico, flores brancas, caimbras do estômago e do baixo-ven- tre, dôres pelos membros, etc. E' preciso, por uma forte razão, que seja isenta destas affecções e de toda outra doença longa no momento em que ella receber o menino. Para a segurança não bastará um exame superficial, mas passar-se-ha revista a to- das as funcções do corpo afim de reconhecer se ellas se preen- chem de uma maneira normal. As luzes de um medico são quasi indispensáveis em taes circumstancias. Examinar se-ha com cuidado se na pessoa que se apresenta como a ama mens- truação tem sido regular, se os partos têm sido naturaes, e se não tem soffrido alguma espécie de moléstia venerea. A falta de attenção sobre este ultimo ponto tem causado grandes des- graças nas famílias. Muitas vezes se oppoem a estas affecções meios exteriores que as fazem desapparecer promptamente de sua sede primitiva, mas sem destruir o virus, que cedo ou tarde produz novos accidentes. E' preciso também que a pouco tempo tenha deixado de amamentar, para que o leite seja abun- dante e de boa qualidade. Emfim, convém que a ama seja affa- vel, indulgente, paciente; que não seja sujeita ao medo, nem á cólera, nem aos arrebatamentos ; que seja asseiada ; que não seja muito entregue ao somno ; que esteja disposta a cumprir não só sem repugnância, mas com uma affeição maternal, o 538 GAP. XX. CRIANÇAS cargo que se lhe confiar. Não serão excessivas quaesquer indaga- ções que se facão a este respeito; pelo contrario, seria obrar sem reflexão quando se fizesse a escolha pelas apparencias ou pelas próprias palavras da ama. « Uma mâi não pôde confiar sem imprudência em uma pessoa que não preenche exactamente todas estas condições. Feita a escolha, é indispensável collocar a ama na posição a mais própria para conservar sua saúde e favorecer a secreção do leite. A uma ama muito delicada, principalmente se não es- tava acostumada precedentemente, não convém comidas gros- seiras. Basta comtudo procurar-lhe um alimento sadio e subs- tancial. Afastar-se-ha delia toda a occasião de tristeza, disputa ecólera, e se tratará com todas as considerações que mere- cem as funcções importantes de que ella está encarregada. Em- fim, deverá estar exclusivamente occupada em cuidar do me- nino que se lhe confiou. Não convém que durante a criação te- nhão as amas copula, porque podem conceber e o leite ser pre- judicial; não devem comtudo ser constrangidas a cortar de uma vez todas as relações affectuosase familiares com seus maridos, se elles são delicados e as não contrarião nem maltratão. § III•—Sustento do menino com leite de animaes « Na falta do leite da mulher pôde usar-se do leite dos ani- maes. O melhor é o de vacca, e depois o de jumenta, ou de ovelha, ou de cabra. Será bom empregar sempre para este uso o leite de uma mesma vacca. Como é mais espesso que o da mulher, se misturará com água na proporção de uma colher por duas de leite; lançando-se a água quente no leite em lugar de fazer aquentar este, porque ficaria sujeito a perder sua doçura, no emtanto que por este meio o elevamos ao gráo de calor necessário, que deve ser de vinte quatro a vinte seis gráos de Réaumur. Ter-se-ha cuidado de mugir mui- tas vezes a vacca para que o leite guardado se não azede, e não preparar mais do que a porção que o menino deve tomar de uma só vez. O aquenta-lo muitas vezes faria azeda-lo e perder a ligação natural de suas partes. « O menino deve beber em intervallos determinados, em vez de se lhe dar na cama uma garrafa cheia de leite para chu- CAP. XX. CRIANÇAS 539 par á vontade ; porque, além de não ter este leite o calor neces- sário, a digestão não terá tempo de se operar, o que occasionará vômitos e outros accidentes. E' ainda mais prejudicial .pôr uma boneca de pão com assucar ou banana na boca do menino para elle chupar. a Basta limitar o uso puro de leite a seis ou sete semanas. Depois deste tempo poder-se-hão ajuntar alimentos mais só- lidos, que devem consistir em massa de trigo bem levedada e bem cozida. O pão branco duro e raspado, o biscouto pi- lado, cozidos no leite, são o que ha de mais conveniente. O emprego do chá para amollecer o biscouto é sem uti- lidade, como também a introducção freqüente desta substan- cia medicinal no estômago do menino pôde causar funes- tos effeitos sobre sua saúde. As papas de farinha são muito indigestas, e causão muitas moléstias. Emquanto não chegar o menino ao sétimo ou nono mez não deve entrar em seu ali- mento outra manteiga senão áquella que se contém natural- mente no leite empregado para o seu sustento. § IV. — Sustento do menino depois da dentição « Apparecendo os primeiros dentes, póde-se variar o sustento do menino, alternando-se as papas de pão branco e de biscouto com as de pão de centeio bem cozido, e legumes, exceptuando aquelles cuja digestão é difficil ou que tenhão propriedades medicinaes, excluindo de sua preparação o excesso da gordura e os temperos aromaticos. Póde-se tam- bém dar-lhe algumas vezes frutas. O leite e a água devem ser as suas únicas bebidas. O chá, o café, a cerveja, e prin- cipalmente o vinho e outras bebidas espirituosas, são muito irritantes e não devem fazer parte de seu sustento durante os primeiros annos. O habito de adoçar com assucar o ali- mento destinado para o menino, a menos que não se use com muita moderação, pôde ter por effeito o enfrequecer com o tempo as forças digestivas. As massas preparadas com levedura, e todas as espécies de guisados, não se lhe devem dar senão raras vezes e em pequena quantidade ; nada ha mais próprio para destruir o appetite ; não serião de mais re- prehendidas as pessoas que, principalmente entre os ricos, 540 CAP. XX. CRIANÇAS contra a vontade dos pais, ou por negligencia delles, fartão os meninos com estes alimentos. Os alimentos gordos, com- prehendido o caldo, não lhes convém senão depois da appariçâo dos dentes caninos, que parece ser um indicio pelo qual a na- tureza nos faz conhecer que o sustento deve cessar de ser procurado unicamente no reino vegetal. Estes dentes appare- cem ordinariamente aos doze ou dezoito mezes. Todavia a carne não deve formar senão uma pequena parte do sustento até á época da puberdade. Tomada em grande quantidade po- deria apressar excessivamente esta época, assim como o desen- volvimento do corpo, causando para o futuro funestos effeitos. A carne magra é a única que convém aos meninos. A dos animaes gordos, do porco, do ganço, e de muitos outros ani- maes, lhes é prejudicial. O excesso de alimento é ainda mais prejudicial aos meninos do que aos adultos. O appetite dura ordinariamente ainda nelles quando a necessidade real já está satisfeita ; de sorte que elles comem todas as vezes que se lhes dá, principalmente sendo cousa que lisongêe seu paladar, o qual é preciso moderar em vez de entreter ou excitar. To- davia lhes convém proporcionalmente uma maior quantidade de substancia nutritiva do que aos adultos; e porque elles digerem com mais promptidão é mister que as suas refeições sejão approximadas. Comtudo ellas devem ser reguladas ; dando-se-lhes alguma cousa entre o almoço e o jantar, e en- tre este e a cêa. Receberão ao meio-dia a sua principal co- mida, á noite não comeráõ nem muito tarde nem em grande quantidade, porque, dormindo ordinariamente mais cedo que os adultos, poderião ser perturbados durante o somno pelo effeito do trabalho da digestão. ESCOLHA E VIGIA DAS TESSOAS QUE SERVEM E ANDÃO COM OS MENINOS « Convém que todos os pais se occupem por si mesmos do tratamento de seus filhos. Nas classes médias e inferiores são impedidos pela necessidade de trabalhar para procurar os meios da existência. Entre os ricos e nobres, a conversa- ção, o toucador, a leitura, a musica, e outras occupacões do mesmo gênero, deixão apenas á mãi alguns instantes para CAP. XX. CRIANÇAS 541 cuidar delles, abandonando-os o resto do tempo a amas e a outras pessoas cujo coração e espirito são raras vezes for- mados por uma boa educação. Em muitas casas os meninos não têm durante todo o dia outra sociedade senão a dos do- mésticos, á excepção de uma hora determinada em que elles são admittidos a visitar seus pais. Ainda que nesta obra temos principalmente em vista o bem-estar physico do homem, não devemos inteiramente desprezar o moral, cuja influencia sobre aquelle não pôde ser posta em duvida. Não deixemos de censurar, entre outros abusos, o descuido que se tem geralmente na escolha e vigia de domésticos destina- dos a servir os meninos. Muitas vezes estes domésticos fazem diante delles discursos impudicos, mesmo excitando-os a acções indecentes, e despertando assim uma curiosidade anticipada a respeito das relações sexuaes, que se torna desde os primeiros annos o germen do onanismo, vicio muito commum em nossos dias (e principalmente no Brazil......) Não fallemos de uma multidão de outros vicios que uma criada immoral pôde fazer contrahir aos meninos. Os contos de fantasmas fazem nascer nos meninos uma disposição ao medo que a razão cura difficilmente para o futuro, ou não cura jamais. (E' um dos abusos muito communs no Bra- zil, principalmente para fazer dormir as crianças, ou para as fazer calar quando chorão, incutir-lhes o medo e terror, abuso muito máo pelas funestas conseqüências que tem. De passa- gem notaremos também as superstições que se costumão in- troduzir no animo das crianças, como sejão os feitiços e ou- tros casos extravagantes, que não sei como ha cérebro que os possa acreditar, a não ser o de uma criancinha.) « Os meninos são ordinariamente tão perspicazes, sua imaginação tem tanta facilidade em receber e conservar as im- pressões, que se deve ser mui circumspecto na maneira de obrar e fallar em sua presença. Julgamos também dever chamar a attenção dos pais sobre a rudeza e negligencia de um grande numero de criados, principalmente nos passeios, onde elles vão mais para se recrearem do que para velar so- bre os meninos confiados a seus cuidados : rudeza e negli- gencia de que muitos meninos têm sido e são sempre as tris- tes victimas.' (Vemos senhoras entregarem suas filhas a escravos para passeiarem, e assim andão elles uma parte do dia tomo n ^9 542 CAP. XX. CRIANÇAS por certas casas, não para divertirem as meninas, mas para tratarem de seus negócios com palavras e actos indecentes. Reprovamos, principalmente com as meninas, semelhante procedimento, não só por se exporem, pelo descuido dos es- cravos, a serem pisadas pelos animaes e carros (do que muitos exemplos temos), como também pelo que acabamos de expor, acerca das indecências que vêm e aprendem.) « E' igualmente importante não deixar approximar-se ao menino, e mesmo a quem anda com elle, alguma pessoa es- tranha, sem ter certeza de que está isenta de qualquer mo- léstia susceptível de se communicar pelo toque. As mais pe- rigosas destas moléstias são a syphilis, as boubas e a sarna. Estas ultimas, principalmente entre os indigentes, e ainda mais entre escravos, se encontrão com extrema facilidade ; ainda que muitas vezes sejão pouco visiveis, apresentando apenas pequenas borbulhas, elevações, ás quaes se não dá attenção, porque as fazem desapparecer com unguentos ou com licores, a cujo emprego segue-se uma multidão de moléstias. A syphilis ou o mal venereo não é menos pre- judicial. Pôde ser communicado ao menino por introducção na boca de objectos infectados neste virus, e principalmente pelos beijos. E' preciso garanti-lo de semelhantes caricias, que lhe podem custar a perda da saúde, e mesmo da vida. (As boubas ainda se communicão com mais facilidade, e têm conseqüências tão funestas como a syphilis e a sarna.) ASSEIO « A sordidez basta para alterar gravemente a saúde dos me- ninos. Vêm-se muitos exemplos nas classes pobres, e entre aquelles meninos que são educados por estranhos fora da casa paterna. Emquanto o menino está nas mantilhas, é preciso mudar-lh'as, assim como seus vestidos, todas as vezes que estiverem sujos; sem o que a humidade de que se achasse cer- cado , e o frio que resultasse dessa humidade, lhe oceasiona- rião agitações, soluços, convulsões, diarrhéa, e outras molés- tias. Esta precaução dispensa de apolvilhar os meninos, o que só deve fazer-se em caso de excoriação, e só com polvilho. Durante as semanas que se seguem immediatamente ao nasci- mento devem-se mudar os vestidos do menino muitas vezes por GAP. XX. CRIANÇAS 543 dia, e depois todos os dias, até que, sua razão desvolvendo-se, saiba elle conservar-se asseiado. Ter-se-ha cuidado igualmente de renovar seu leito de tempos a tempos, expondo-o freqüen- temente ao ar livre e ao sol. Um banho tepido de dez a quinze minutos, uma vez por dia, além das lavagens necessárias, contribue de uma maneira admirável para a conservação de sua saúde, uso que se pôde continuar com vantagem até o terceiro ou quarto anno. Emprega-se para este uso água da fonte muito pura, que se faz aquentar até á ebulição, e mistura-se- Ihe depois a quantidade de água fria necessária para fazê-la descer á temperatura de vinte quatro ou vinte seis gráos de Réaumur. Não se deve ajuntar sabão, nem hervas aromaticas, e só no caso de poder receiar-se alguma constipação poderá ajuntar-se aguardente ou cachaça em pequena quantidade. M..E as apophises das articulações das mãos e dos pés erão mais es- pessas que no estado normal; face pallida. térrea, não annun ciando energia alguma interior; glândulas inguinaes, do pescoço eda nuca, enfartadas, duras, todo a baixo-ventre duro e teso ; emfim este menino tinha o aspecto de um doente affectado de atrophia. Estava assentado; seu olhar denotava anxiedade : sua face estava inchada, azulada: mal podia respirar algum ar; respiração estertorosa, acompanhada de visiveis esforços do peito e de contracção dos músculos da face; os olhos parecião sahir-lhe da cabeça, que estava lançada para trás ; a tosse era sibilante, atroadora ; febre assaz forte; suor de anxiedade ; pulso rápido, dando cento e dez pulsações por minuto ; grande calor, sede continua ; durante a tosse freqüentes dejecções de ourina e evacuações involuntárias.—Dr. Hartmann. Aconitum, curou um menino de 7 annos, que, depois de ter soflrido alguns dias uma tosse secca com appetite irregular, foi tomado subitamente de um violento calafrio que durou algum tempo, e foi seguido de um calor ardente. Elle não podia fallar senão com muita difficuldade e com uma voz grasnanle ; quando se interrogava mostrava o larynge que parecia lhe doer. Queria tossir, e não podia; tinha face vermelha e inchada, olhos brilhantes, fronte coberta-de suor, pulso cheio e forte, sede ardente ; freqüentes dejecções de ourina ; a face esquerda coberta de pequenos botões; tez alternadamente vermelha e pal- lida ; respiração visivelmente oppressa, agitação e delírio.— M. Ng. Aconitum, seguido de spong. '-ale e sulf., curou uma menina de 2 annos de uma rouquidão, acompanhada de tosse com o som e todos os mais caracteres do croup. Em um caso igual spong. administrada depois de aconit. não pioduzio tão prompto effeito, comquanto a moléstia fosse menos intensa ; forão precisas quatro horas para effecluar uma leve melhora e diminuirá agitação.— Dr. Hartlaub. Aconitum, seguido de spong., curou em três dias um me- nino de anno e meio, louro, vivo, forte, que padecia de um ca- tarrho ; e por expôr-se ao fresco da noite, depois de um dia cal- moso, tinha : grande fehre, insomnia e delírio quasi continuo; rouquidão, tosse profunda, ruidosa, face vermelha, sede ar- dente, prisão de ventre, pelle secca; freqüentes accessos de tosse, que elle procurava comprimir ; respiração ligeiramente GAP. X\l. LARYNGE tM9 estertorosae sibilante; despertava freqüentemente em sobre- salto, respirava com anxiedade ; quando estava deitado enter- rava a cabeça no travesseiro.—M. Tietze. Aconitum, seguido de spong., curou também um menino de 5 annos, que, em conseqüência de um resfriamento, apresen- tava : febre violenta, pelle ardente, face vermelha; dôres de ca- beça, delirio; tosse violenta, rouca, profunda, ruidosa ; tos- sindo, violenta dôr no larynge ; voz áspera e rouca; respiração estertorosa e sibilante, máo humor.—M. Tietze. Aconitum, spong. e cham. Os dous primeiros forão inutil- mente empregados n'um caso de croup em um menino de 2 annos ; e cham. administrada logo depois teve o mais pleno successo.—Dr Schweikert Filho. AcoxiruM, seguido de spong. e hep-sulf., curou em pouco tempo uma menina de anno e meio atacada do croup. O perigo era grande: respiração sibilante, voz rouca, accessos de suffo- cação ; tosse áspera no mais alto gráo. Esta menina tinha sido tratada por ura allopatha cora xarope e calomelanos, cale-sulf. e spong.-tost.—M. Fietze. Aconitum curou em poucas horas de uma dôr no larynge, com difficuldade de engulir, de gritar e tossir, um menino mui disposto desde o nascimento á inflammação. Não era em verdade o croup comürmado, mas ameaçava um croup nas- cente. Esta experiência therapeutica tem sido repetida com o mesmo resultado.—Dr. Pesghier. Aconitum curou em menos de três horas um menino acom- mettido, no s m primeiro somno, de uma affecção do larynge com todos os caracteres do croup.—Dr. Peschier. Aconitum, seguido de spong.-mar. e hepar.-sulf., curou um menino de anno e meio que, soffrendo ha muitos dias um catar- rho, foi subitamente acommettido de uma tosse rouca, áspera e violent i, contra a qual forão inúteis todos os remédios allopa- thicos, como calomelanos, sanguesugas, etc A respiração tor- nou-se ainda mais penosa, arquejante; elle tinha grande calor, freqüentes accessos de suffocação com tosse, voz rouca, áspera; respiração sibilante, a ponto de ouvir-se de longe; dôres na re- gião do larynge.—M. Tietze. Aconitum, seguido de hep.-sulf., curou um menino de 2 annos e meio, de uma constituição forte, acommettido do croup, cornos symptomas seguintes: cabeça virada, enterran- 620 CAP. XXI. LARYNGE do-se no travesseiro, face enlumescida, pescoço entesado, es- tertor mucoso e sibilante com estrondo na glotis, respiração ruidosa, tosse estrondosa e rouca com o caracter de croup bem distineto, abatimento, pulso cheio dando cento e quarenta pul- sações por minuto.—Dr. Gueyrard. Aconitum, seguido de bell. ipec spong. e hep.-sulf., curou um menino da idade de 4 annos de uma rouquidão croupal que durava ha três dias, com febre, vermelhidão da face, dôr no la- rynge, prisão da respiração, anxiedade, agitação corporal, cho- ros suffocados, gemidos ; tosse e voz croupaes.— Dr. Peschier. Aconitum, seguido de hep.-sulf., curou um menino de 8 annos, muito psorico, acommettido de uma rouquidão croupal tão violenta que ameaçava suffoca-lo por falta de respiração : *o acon. foi repetido depois do hep., e não houve recahida. — Dr. Peschier. Aconitum, spong. tart. stib. e droser. Os dous primeiros, applicados seguidamente a um menino de 6 mezes, acomme- tido de um catarrho que degenerou em tosse forte, esganiçada, com rouquidão, respiração sibilante e febre violenta, aggravá- rão o estado do enfermo ; e alternados modificarão muito todos estes symptomas; o terceiro evitou a paralysia dos órgãos res- piratórios, eo ultimo concluio felizmente a cura.—Dr. Rau. Aconitum, hep.-sulf. spong.-marin. e phosph. hep.-sulf. e spong. « Um homem do campo, que havia já tratado felizmente, se- gundo minhas instrucções, muitos casos do croup em sua familia pedio-me para ir ver sua neta, menina de 3 annos. Approxi- mando-me da porta da câmara onde estava adoente, ouvi já sua respiração alta, penosa, sibilante. « Não obstante os três primeiros medicamentos administrados em doses repetidas, o perigo augmentava. Não havia uma só intermissão em todo o dia. Administrei immediatamente phosph. 30a, e com meia hora de intervallo, hep.-sulf. e spong. Repeti os três medicamentos com curtos intervallos e alternadamente, até que o perigo cessou. Foi phos. que actuou com mais efli- cacia; seus effeitos forão admiráveis, sobretudo depois da ter- ceira dose, porque houve logo uma exacerbação considerável- angustia inexprimivel, tosse e ligeira expectoração. N'mri volver de olhos a tosse croupal mudou-se em catarrhal; a res- piração tornou-se mais livre, menos alta; o perigo dèsappi- CAP. XXI. LARYNGE 621 receu. E' o caso do croup mais grave que eu tenho tratado.' Mesmo em grande perigo, não tenho precisado do acon. nem da spong.; hep.-sulf., em caso urgente, três ou quatro vezes por dia, tem sido sufficiente. »—Dr. Gross. Aconitum, seguido de spong. • e hep.-sulfur., curou uma criança de 4 annos, que, em conseqüência de um catarrho, resultado de um resfriamento, soffria uma rouquidão acom- panhada de tosse secca, profunda, e respiração difficil. — Dr. Schultz. Aconitum, seguido de spong.-marin.-tost. e hep.-sulf., curou uma menina de 5 annos, de uma constituição delicada , em conseqüência de um pesfriamentõ, acompanhado de dôres de garganta e rouquidão, de uma tosse profunda, secca, com o som do croup, face vermelha, dôr no larynge, sede ardente, pulso duro, rápido e pequeno; estava doente ha vinte e quatro horas.—M. Schultz. Aconitum, seguido de spong. e hep.-sulf., curou uma menina de anno e meio de uma rouquidão que seus pais tomarão por effeito de um resfriamento, e a que não derão attenção. Logo depois declarou-se uma tosse croupal com respiração penosa : era com effeito o croup.—M. Schultz. Aconitum, segido de spong. e hep.-sulf., curou em vinte e quatro horas um menino de 2 annos, delicado, muito irritavel, que tinha cahido doente pouco antes de ser levado á cama. Elle estava agitadissimo, com o semblante vermelho, e uma febre violenta ; pelle ardente, tosse freqüente, com o som caracterís- tico de croup, inspiração sibilante.—Dr. Griesselich. Aconitum, seguido de hep.-sulf.-cale, curou um menino ro- busto, que tinha a grippe, e tossia continuamente, por um accesso de croup que o havia acommettido depois de estar dei- tado. Grande agitação, gemido, tosse croupal, freqüente, dei- xando-lhe apenas alguns segundos de repouso; bocejos prece- dendo os accessos, voz um tanto rouca, respiração apressada.— Dr. Griesselich. Aconitum, seguido de spong. e hep.-sulf., curou um menino de 2 annos, acommettido repentinamente de uma tosse ; era um croup bem caracterisado. Tosse violenta, respiração sibi- lante, forte febre e face vermelha; elle não esteve todavia muito agitado.—Dr. Griesselich. Aconitum, hep.-sulf.-cale e spong.-tost. Os dous últimos forão tomo n 79 622 CAP. XXI. LARYNGE •insufíicientes administrados seguidamente no ultimo periodo de um croup em um menino de 5 annos, com muitos accessos de suffocação : e alternados com intervallos de uma hora tive- râo o mais feliz resultado.—Dr. jEgidi. Aconitum e hep.-sulf.-calc. forão applicados com successo n'um caso de croup em um menino de anno e meio, que apre- sentava : grande rouquidão, tosse violenta, profunda e sibi- lante ; respiração difficil com um som particular; pulso accele- rado, pelle quente, rosto vermelho ; todavia podia-se-lhe tocar no larynge; somno agitado ; voltava-se de um e outro lado, e engulia continuamente como se tivesse alguma cousa no pes- coço.—Dr. Griesselich. Aconitum, seguido de spong., curou um menino de seis mezes acommettido do croup. Uma dose de acon. melhorou conside- ravelmente o seu estado dentro de meia hora. Respiração mais livre, tosse menos violenta, nenhuma irritação no systema vascular: tomou spong. três horas depois, e no fim de oito horas estava livre de perigo.—Dr. Weigel. Aconitum, seguido de spong.-marin.-tost., curou um meni- no de 6 annos, gordo, robusto, acommettido do croup : respira- ção arquejante, oppressa , um pouco accelerada; quando estava deitado, accessos de tosse profunda, agudos de quando em quando, característicos, pouca febre, pulso accelerado.—Dr. Thorer. Aconitum, seguido de spong.-marin.-tost., curou um me- nino de 2 annos de uma rouquidão súbita, resultado de um ca- tarrho supprimido : respiração áspera, esterlorosa, accelerada ; tosse laryngea surda, aguda e secca; grande agitação, pulso febril, sede viva, falta de appetite—Dr. Thorer. Aconitum, seguido de spong.-marin.-tost. e cham.., curou uma menina de 27 mezes, com os symptomas seguintes: cons- tricçâo da tranchea-arteria, tosse croupal caracteristica, grande calor secco, insomnia, sede ardente, continua, quando aspirava tranquillamente ouvia-se estertor na garganta; desgosto para os alimentos sólidos, somno agitado de dia, sobresaltos.— Dr. Thorer. Aconitum, spong. hep.-sulf. sambucus e carbo-vegetabilis Em um menino de 4 annos, de uma constituição apopletica' acommettido violentamente de uma angina membranosa, apre- sentando : face inchada, de um vermelho de cobre, olhos verme- CAT. XXI. LARYNGE 623 lhos e inflammados, sahindo-lhe das orbitas durante o paroxys- mo; pulsação visivel das carótidas; respiração accelerada, rouca; a cabeça lançada para trás; o pescoço proeminente; sensibili- dade no larynge; voz rouca, interrompida a cada instante por oppressão do peito, em certos intervallos tosse convulsiva, rouca, surda, com difficuldade de respirar, como se estivesse para suf- focar; agitação, assobios do peito como estando secco; pulso duro; pelle secca, ardente ; forte sede ; insomnia. Aconitum fez desapparecer em menos de dez horas a febre e a congestão na cabeça, mas todos os symptomas. do croup, propriamente dito, augmentárão de violência. Spong. e hep.-sulf., administrados alternadamente após o accesso de rouquidão e suffocação, ou da tosse, com intervallos de poucas horas, só produzirão uma me- lhora momentânea seguida sempre de uma exacerbação vio- lenta. Sambucus evitou a paralysia 'dos pulmões e a suffocação, que parecião imminentes. Fracos symptomas de paroxysmos forão combatidos por uma nova dose de samb., e como havia rouquidão carb.-veget. concluio felizmente a cura. — Dr. Fielitz. Calcarea-Sulfurica, intercalada com spong , curou em três dias um menino de 8 annos, que, em conseqüência de um res- friamento, apresentava os symptomas seguintes : cabeça deitada para trás ; somnolencia quasi soporosa; fortes inspirações le- vantando-lhe o peito; as omoplatas mesmo se agitavão visivel- mente para facilitar a respiração. Com pequenos intervallos o enfermo, erguendo-se bruscamente, lançava mão de quanto podia para tornar mais fácil a respiração, depois soffria alguns accessos de tosse violenta, secca e sibilante. Calor mui forte, sede viva, novos accessos de tosse cada vez que bebia, pulso as mais das vezes duro, algumas frouxo ou intermittente ; ourina de um vermelho de*fogo; prisão de ventre ; carótidas inchadas, batendo com violência; a testa coberta de um suor frio. Depois do accesso o doente levava, chorando, a mão ao pescoço, como se lhe doesse; e notava-se na região do larynge uma inchação vermelha, principalmente no fim de um accesso ; vontade de vomitar e vômitos.—Dr. Gross. Em dous casos de croup, em meninos de um anno, tenho dado com successos cale-sulf. e spong.-tost.—Dr. Knorre. Calcarea-Sulfurica, alternada com acon., curou um menino de 5 annos ha três dias enfermo. Elle estava deitado com os 62 í GAP. XXI. LARYNGU olhos muito abertos e absolutamente privado da voz, de ma- neira que não se percebia a tosse mais que por um sibilo ínso- noro; os accessos de suffocação vinhão de quando cm quando com violência tal que o fazião levantar-se em sobresalto, c apoiar-se em sua mão para tomar o fôlego; o pulso dava mais de cem pulsações; no acto da respiração os músculos do peito. do pescoço, do ventroe da face se agita vão. O menino foi salvo, mas conservou a voz esganiçada por espaço de três mezes. Em um caso análogo, mas menos intenso, fiz tomar de meia em meia hora meio grão de cale-sulf. Desde a segunda dose houve vômitos misturados com membranas falsas. O doente re- pousou depois e adormeceu. Passadas pouco mais ou menos duas horas, o accesso reproduzio-se com grande violência. O doente não respirava senão com os mais penosos esforços. Uma nova dose foi ainda seguida de vômitos e de uma cura completa. — Dr. Schroen. Calcarea-Sulfurica. Fui chamado a ver um menino de 5 annos, que estava a ponto de suffocar. Dei cale-sulf. na dose de meio grão. Passadas algumas horas (depois de haver tomado seis doses e vomitado) o menino ficou calmo e adormeceu. Al- gumas horas ainda mais tarde assentou-se tranquillamente na cama e principiou a comer; mas estava privado da voz. Os pais julgavão-o curado. Tendo-os advertido do perigo, que an- nunciava ainda a completa aphonia, prescrevi de novo cale-sulf- meio grão por dose. No dia seguinte pela manhã o menino es- tava á morte, e expirou logo depois. Os pais tinhão-lhe dado remédio de noite, mas não me chamarão no momento da exa- cerbação, que teve lugar durante a noite. Este facto prova que em moléstia tão temivel as doses de cale-sulf. devem succeder- se rapidamente, a^é que todo o perigo seja dissipado. Pela mes- ma razão a primeira ou segunda trituração^ preferível ao medi- camento não triturado, porque é mas fácil de tomar, e não pesa tanto no estômago.—Dr. Schroen. N. B. Esta observação tem muito de allopathica.—J. V. M. Calcarea-Sulfurica e tart.-stib. Um menimo de i annos que tinha coqueluche havia seis semanas, mas que tossia raras vezes, foi subitamente atacado do croup á meia-noite. Eu pres- crevi cale-sulf. um grão em oito doses, uma cada hora. Quando fui vê-lo no dia seguinte pela manhã achei-o assentado na ca- ma, brincando, e sem mais que uma tosse catarrhal. Respiração GAP. XXI. LARYNGE 6^5 mais livre que de noite, pulso um pouco accelerado ; não havia dôres no larynge. De dia esteve satisfeito e contente; mas de noite a tosse exacerbou-se, e seus pais, temendo a volta do croup, procurarão uma receita velha, elevárâo-a ao boticário. A receita continha tart.-stib. O menino vomitou, e ficou bom, não só do croup como da coqueluche.—Dr. Griesselich. Cuprum-Sulfuricum. Tenho administrado com successo este medicamento contra o croup. Na maior parte dos casos a admi- nistração deste remédio era seguida de vômitos, que trazião uma melhora instantânea. Muitas vezes, por grave que fosse a en- fermidade, uma dose de um oitavo de grão me bastava. Em casos mui violentos, posso recommendar como um exellente revulsivo envolver os ante-braços eas pernas em pannos em- bebidos d'agua morna.—Dr. Hirch. N. B. Estas duas observações lambem têm muito de allo- pathicas. Drosera e Mercúrio. Depois de uma angina membranosa fica de ordinário uma fôrma chronica desta enfermidade, que volta algumas vezes periodicamente, acompanhada de uma tosse es- pasmodica e estertor dos bronchios. Não é raro até que se transforme em hydrothorax, quando desprezada. Drosera tem sido útil em alguns destes casos. Havendo muita febre, é merc. o melhor remédio. Em geral, merc parece merecer lugar ao lado de acon. ebell. nas affecções inflammatorias da cabeça.— Dr. Horneburg. • Hepar-Sulfuris-Calcareum. Curou um menino de 5 annos incompletos, mui fraco, irritavel, mas de um temperamento vivo, com os symptomas seguintes : respiração ruidosa, sibi- lante, rouca, e ás vezes tão curta e inquieta que o menino, acordado por uma tosse violenta, secca e rouca, erguia-se com precipitação, levava a mão ao larynge, e chorava na maior an- xiedade. Tinha a face de um vermelho carregado, olhos proe- minentes, elançava freqüentemente a cabeça para trás. No fim de um periodo mais ou menos longo, passava o accesso, mas a respiração ficava como dantes, e não tardava a apparecer com violência nova. Forte sede, calor ardente, transpiração. Quando se interrogava, respondia com a maior brevidade. Pulso rápido e duro, dejecções freqüentes de ourina mui carregada.— Dr. ' Hartemann. Hepar-Sulfuris-Calcareum. Nas anginas membranosas 626 GAP. \XI. LAI.YNGE tenho, com o mais brilhante successo, empregado este medi- camento em doses repetidas. Tenho primeiro administrado uma dose ou duas, e algumas horas depois, se ella não produzia uma melhora immediata, terceira dósc.—Dr. Gross. Hepar-Sulfuris e Spongia. Tenho empregado com successo estes dous medicamentos alternados no croup e naquellas tosses cujo som se assemelhava ao do croup. A moléstia mesmo pare- cia curar-se mais promptamente pela alternação destes dous medicamentos do que pela applicação de um delles. Tenho obtido também felizes resultados com phosph. quando não havia uma melhora immediata, mas a cura não era tão breve. Na maior parte dos casos o croup precedia ou seguia o sarampo. Convenho qne então a moléstia offerecia tão pouco pe- rigo, que apenas se podia olhar como croup: mas não deixava de atormentar os enfermos e o medico pela demora em se cu- rar, demora que parecia depender de que este exanthema se es- tendia ao larynge. Demais, posso asseverar que estes remédios, a que algumas vezes se pôde ajuntar acon., não illudem jamais a esperança do medico nesta perigosa enfermidade. Nem um só dos doentes que eu tenho tratado falleceu, como aconteceu- me algumas vezes quando empregava as sanguesugas, os calo- melanos, o emetico e o cobre sulfurico. Elles têm ainda uma vantagem inapreciavel, e é que os meninos os tomão volunta- riamente; fazem cessar a irritação e os gritos, e não debilitão o corpo. O mesmo se não pôde dizer dos remédios allopathicos. Além disso, as recahidas são muito mais raras. Um effeito dos calomelanos em fortes doses, que eu ainda não tenho visto indi- cado, é que elles fazem perder aos meninos seu ar florente e os torna pallidos.—Dr. Rummel. Hepar-Sulfuris-Calcareum, spong.-tostae euphorb. (os dous primeiros) applicados alternadamente não produzirão o effeito esperado em um menino atacado do croup havia dezoito horas; a intensidade dos accidentes augmentava cada hora ; um exa- me rigoroso do estado do enfermo levou-me a prescrever euphorb.; este meio teve optimo effeito; a primeira dose foi já seguida de melhora, e a cura se elfectuou rapidamente — Dr íEgidi. Phosphorus. O doutor Marenzeller só applica phosph. no tra- tamento do croup, e administra um só glóbulo de cada vez — Dr. Mareller. CAP. XXI. LARYNGE 627 Sambucus curou em quatro dias um menino de 5 mezes com uma coryza fluente de uma violência extrema, que desappare- ceu de repente. Na noite seguinte, tosse mui áspera, profunda como na angina membranosa, somno agitado. Elle queria mamar a cada instante; no dia seguinte accessos freqüentes de uma tosse ôca e profunda, respiração sibilante, choros freqüentes, cabeça ardente, gritos quando tossia, como se o pescoço lhe doesse.—Dr. Tietze. Spongia. No tratamento do croup tenho renunciado ao em- prego da spong. 30", preferindo a 3a diluição, por ter observado que a diluição elevada é de mais longa acção que a baixa.—Dr. Rummel. Spongia, nux.-vom. hep.-sulf. spong., de tarde, tosse rouca, secca, com entupimento e cócegas na garganta; nux.-vom, para a meia-noite, respiração rouca, forte, tosse ruidosa como no croup, respiração inquieta ; hep.-sulf. á uma hora da noite, o menino accordou gritando que suffocava ; respiração accelera- da, interrompida, como havendo uma válvula no pescoço; a rouquidão impedia-o de fallar; respiração ruidosa, tosse curta imitando ao cantar dogallo; face inteiramente pallida, suor de anxiedade ; pulso pequeno e accelerado. Duas doses de spong. administradas com meia hora de inter. vallo fizerão logo cessar a crise em um menino que havia cons- tantemente soffrido accessos menos violentos deste gênero. Parece que se administra indifferentemente um dos dous remé- dios que mais effeito produzem no croup, spong. e hep.-sulf., sem indicações positivas, e as mais das vezes somente ex usu in morbo. E' o que se poderia concluir ao menos de muitas histo- rias de doentes em que não se motiva sufficientemente o em- prego dê um ou de outro. A experiência me tem ensinado que o hep.-sulf. convém quando o symptoma dominante é a tosse acompanhada de um grande ruido, rouquidão da voz, sem que todavia a palavra seja cortada subitamente, e sem que o enfermo seja impossibilitado de fallar, posto que com difficuldade ; respiração ruidosa. A spong. é preferível quando ha menos tosse, mais seccura na trachéa, rouquidão, respiração mui difficil; ou quando o ar, penetrando na garganta, parece passar por uma válvula; ou emfim quando ha como uma rolha no pescoço do enfermo ; la- rynge subindo ou descendo quando respira; vista subitamente 628 GAP. XXI. LARYNGE interrompida, fallando ; cabeça lançada para trás; pescoço proe- minente para facilitar a respiração ; angustia, suffocação, respi- ração ruidosa, face pallida, olhar inquieto.—Dr. Fielitz. Spongia e hep.-sulf.-calc. Apoiado na experiência de grande numero de médicos, e convencido daefficacia dos remédios ho- moeopathicos no croup, empreguei-os a primeira vez, não sem algum receio, em um menino de 4 annos, filho único de pais ricos. A doença tinha attingido ura alto gráo, e durava já havia doze horas. Eu dei-lhe 15 glóbulos de spong. 30a, e duas horas depois um grão de hep.-sulf.-calc. 2a; alternei estes dous medicamentos com intervallo de duas horas, e tive o prazer de ver salvo o meu doente no fim de doze horas. A simples tosse que havia ainda cedeu em poucos dias a ipec. e bell.—Dr. Kramer. Tartarus-Stibiatus curou um menino de 10 annos, que se tinha resfriado; estava doente havia doze horas; respiração sibilante e tosse; face vermelha e inchada; olhar inquieto ; res- piração apressada; bocejos continuos; dôres no larynge ao tocar ; pelle secca, ardente; pulso accelerado sem ser rápido; não podia fallar em voz alta.—Dr. Griesselich. Laryngitis, ou phthisicalaryngea.—Esta moléstia éin- felizmente muito freqüente, e nem sempre ébem apreciada des- de o principio ; por isso tem feito algumas victimas. Os melhores medicamentos contra as affecções do larynge são, em geral: acon. ars. carb.-v. caus. dros. hep. hoematox. lach. merc. phos. spong.; ou também : cale cham. cist. iod. ipec led. mang. nitr. nitr.-ae sen. stann. Para a laryngitis aguda, ou angina laryngea, achar-se-hão muitas vezes convir: acon. hep. spong., ou também: cham. dros. ipec. lach. merc. phos. sen. (Comparai Croup.) Para a laryngitis chronica, ou píitisica laryngea, poder-se-ha com preferencia consultar: ars. cale carb.-v. caus. cist. phos., ou também: dros. hep. iod. kreos. led. mang. nitr-ac TRATAMENTO.—1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 3a ou dynam. era 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas: o mesmo medicamento deve ser repetido no caso de melhoras ou tomará outro. $2^r Comparai também : Bronchitis, Croup, e vnl.- cin 22, artigos Phthisica e Tuberculos pulmonares. ' GAP. XXI. LARYNGE 629 OBSERVAÇÕES CLINICAS LARYNGITIS As cinco observações que apresentamos podem servir para estudar-se esta moléstia em comparação com as outras das vias respiratórias ; mas é da sua confrontação com os casos de phthi- sica pulmonar que deverá resultar maior proveito. Aconitum. « Posto que a inflammação da membrana mucosa não pertença propriamente ás moléstias que se curão com aconito, a laryngitis e a bronchitis fazem comtudo excepção. Nestas inflammações aconito desempenha uma parte impor- tante, e administrado desde o principio, uma vez que a mo- léstia apresente os caracteres que vamos indicar, basta muitas vezes, em repetidas doses, para curar o mal, ou pelo monos afastar o perigo. — Na inflammação do larynge o doente se queixa de uma dôr ardente, fixa, na região do larynge (na garganta), augmentando muito pelo contacto, ou quando se falia, engole, ou tosse. A voz é inteiramente outra, as mais das vezes baixa, endetluxada, e causando dôres; accessos de suffocação muito violentos, e a respiração mais fácil revi- rando-se a cabeça para trás. Nós encontrámos iguaes sympto- mas, ou pelo menos tão violentos no primeiro gráo de angina membranosa, em que aconito está igualmente indicado. Na laryngitis devem repetir-se as doses de três em três horas. Aconito nada cede a outro qualquer meio na angina membra- nosa. — A bronchitis se ajunta ordinariamente á inflamma- ção do larynge, e é pelo menos difficil distingui-las; e o tra- tamento deve ser o .mesmo para uma e para outra. A pri- meira é conhecida também pelo nome de angina peitoral. (Poder-se-hia também razoavelmente comprehinder nesta denominação a asthma thymica ou espasmo da glote; mas não fallarei disso, porque só em alguns casos os prodromos annuncião um estado inflammatorio tão evidente que reclama a administração de uma dose de aconito. A' asthma desen- volvida correspondem hepar-sulfuris, spongia, tartarus-sti- biatus, e principalmente arsenicum, sambucus, mercurius, moschus e ammonium-carbonicum.) Esta espécie de moiestia se observa muitas vezes nas crianças, quer acompanhada de escarlatina e de coqueluche, quer sozinha. Ella se declara tomo n 80 630 CAP. XXf. LARYNGE muitas vezes subitamente ; outras vezes em conseqüência de um catarrho. O doente se queixa de uma sensação dolorosa de esfoladura em todo o peito, com aperto e pressão ; respiração rápida, dolorosa, penosa, cada vez mais anciosa, e" acompa- nhada de accessos de suffocação. Ordinariamente existe ao mesmo tempo violenta febre, em tudo semelhante á que cor- responde a aconito ; o que me ha decidido a empregar sempre uma dose logo a principio. Muitas vezes encontrei um estado semelhante no curso da grippe. Ajuntava-se-lhe algumas vezes uma tosse fraca, mucosa, mas que jamais diminuía o soffri- mento local. Não hesitei nunca em dar aconitum. Pelo con- trario jamais havia rouquidão, e era raro que houvessem re- missões. Nestes últimos tempos dei aconito 24a, com duas ou três horas de intervallo. Poucas vezes tive de empregar uma gotta de tintura ; isto me aconteceu comtudo algumas vezes quando a dose era muifo fraca para produzir uma reacção no organismo. A angina peitoral pertence a essas moléstias que, tratadas allo- pathicamente, quasi sempre terminão mal, mas que sempre se curãopelahomceopathia. »— Dr. Hartmann. Aconitum curou uma laryngitis recente n'um menino de 4 annos ; depois de spongia, calcarea, sulfur e dulcamara curarão os outros incommodos subsequentes, sendo principal delles uma tosse titillante rebelde.—Dr. Schwarze. Aconitum, seguido de spongia, curou um menino de 8 annos, robusto, que adoecera em razão de um resfriamento e tinha tosse com suffocação, febre, etc. — Dr. Frank. Belladona, depois de aconito, que curou a febre, e de spongia e de hyosciamus, que nada alcançarão, curou de pharyn-ilis aguda uma menina de 9 annos.—Dr. Chuit. ° Paris quadrifolia curou em três dias um professor de lin»ua allemã, a quem muitas vezes a voz faltava, com dôr no laryn- ge como se estivesse em carne viva; inchação das amygdalas, etc—Dr. Guerard. ' N. B. Consulte-se o artigo Rouquidão e Aphonia, para ver as reações que podem ter com a laryngitis, e achar se-ha que muito escl.reccm o tratamento desta enfermidade (Vede o artigo Tosse.) Rouquidão e .tpl.ouia.-Os medicamentos mais efficazessão, em geral: bell. bry. caps. carb.-v. caus ch™ CAT. XXI. LARYNGE 631 dros. dulc. hep. mang. merc natr.-m. nux.-vom. petr. phos. puls. rhus. samb. sil. sulf. Para rouquidão catarrhal ordinária, com ou sem tosse, são principalmente: cham. carb-v. dulc. merc. nux-vom. puls. samb. sulf., ou também : bell. cale caps. dros. hep. magn. natr. phos. tart. A rouquidão chronica pede de preferencia: carb.-v. caus. hep. mang. petr. phos. sil. sulf., ou também : dros. dulc. rhus. Para a aphonia completa achar-se-ha muilas vezes ser de grande utilidade : ant. bell. caus. haemat. merc. phos. sulf. Além disso, a rouquidão em conseqüência de morbilia será muilas vezes combatida com: bell. bry. carb.-v. cbam. dros. dulc puls. sulf. A que se manifesta em resultado do croup com: hep. phos., ou também: bell. carb-v. dros.6 Em conseqüência de uma bronchitis, de um catarrho nasal, etc: carb.-v. caus. dros. mang. phos. rhus. sil. sulf. A que se manifesta em resultado de um resfriamento : bell. carb.-v. dulc. sulf.; e se se aggrava todas as vezes que o tempo é frio e humedcce : carb.-v. nux-vom. ou sulf. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas: o mesmo medicamento deve ser repetido no caso de melhoras , depois de esperar alguns dias pela acção do medica- mento, ou tomara outro. Ç^»Comparai também : Laryngitis, Croup e Tosse. Tosse.—A tosse não sendo senão o symptoma de uma affecção, não ha medicamento algum que não possa entrar na collecção dos remédios a consultar. Estamos, pois, bem longe de querer dar no seguimento desta obra conselhos sufficientes para tratamento deste phenomeno puramente symptomatico: mas por outro lado não nos parece inútil emittir algumas con- m siderações geraes sobre a escolha dos medicamentos, segundo as diversas espécies de tosse que podem caracterisar as affec- ções de que fazem parte. Poder-se-ha tomar em consideração, contra a tosse catar- rhal, em geral: acon. bell. bry. cham. merc. nux.-vom. puls. rhus. sulf., ou também : arn. ars. cale caps. caus. chin. cin. dros. dulc. euphr. hyos. ign. ipec. lach. phos. phos.-ac. sep. sil. spig. squill. stann. staph. verat. verb. 632 GAP. XXI. LARYNGE Se a tosse catarrhal é secca, particularmente : acon. bell. bry. caps. cham. cin. hyos. ign. lach. merc nux.-vom. rhus. spong. sulf., ou : bar.-c. hep. dros. lyc. natr-m. phos. Se ella é forte, com expecioração abundante: cale dulc euphr. lyc. phos. puls. sen. sep. sil. stann. sulf. tart.. ou ainda: bry. cann. carb.-v. caus. kal. merc. natr.-m., etc. (Vede Generalidade, Bronchitis, e o cap. 22, artigo Phthisica: e mais adiante Observações clinicas.) Paraa tosse nervosa e espasmodica, achar-se-hão mais freqüen- temente indicados: bell. bry. carb-v. cin. cupr. hep. hyos. ipec. merc. nux.-vom. puls. sulf., ou também: ambr. chin. con. fer. iod. lach. nitr.-ae sil. magn.-carb. Se esta tosse é acompanhada de vômitos seggos : bry. carb.-v. dros. fer. ipec. nux.-vom. phos.-ac puls. sep. Manifestando-se com accessos de suFFOCAClo(tosse suffocante): bry. cham. chin. dros. hep. ipec. lach. magn. op. samb. spig. sulf. tart. TRATAMEXTO.— De qualquer dos medicamentos: 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas, conforme o estado do doente; o mesmo medicamento deve ser repetido no caso de melhoras depois de esperar 3 ou 4 dias, ou tomará outro. ^s^Para as outras espécies de tosse. Vede os artigos: Pleuriz, Pneumonia, Hemoptysia,Coqueluche, Croup, Phthisica pulmonar, etc.; e comparai Bronchitis, Grippe, etc, e as Generalidades no principio deste capitulo. OBSERVAÇÕES CLINICAS TOSSE Debaixo desta designação traz o Dr. Bauvais no volume 8o de sua preciosa collecção de curas homceopathicas muitas ob- servações que aqui resumiremos, não obstante pertencerem ellas a enfermidades de que damos em outros lugares outros resumos de observações colhidas na mesma obra. bronchitis aguda Aconitum. « Tive occasião de tratar muitas febres catarrhaes GAI'. XXI. LARYNGh 633 em crianças. O aconito era um exoellente meio para diminuir a grande irritação vascular. Vi as mais violentas reacções febris desapparecerem 12 horas depois de administrar este remé- dio. »—Dr. Griesselich. Aconitum e chamomilla curarão um menino de 5 mezes, que tinha rouquidão, tosse secca, máo humor e maldade, algumas dejecções verdes, etc.—Dr. Kassemann. Bryonia. « As affecções catarrbaes, quando são acompanha- das de dôr de esfoladura na região precordial, e de tosse franca, mas fatigante e quasi continua, occasionando dôr de contusão no epigastrio, e uma agitação desagradável do feto das mulheres grávidas, cede muitas vezes a bryonia 2i.a »— Dr. Hartmann. Bryonia curou uma mulher de 40 annos que. além da tosse, tinha sensação interior no estômago como selh'o esfolassem. — Dr. Tietze. Bryonia curou uma moça de 20 annos, que tinha, além da tosse, atordoamentos, vertigens, máos sonhos, etc— Kopp. Bryonia, precedida de cham», hyose e pulsat. sem resultado, e seguida de ipecacuanha, curou um menino de 1 anno muito atacado ecom a lingua coberta de espessa camada branca. — Dr. Schwab. Bryonia curou, em cinco dias, um homem que, se havendo resfriado á sahida de um baile, soffreu de bronchitis acompa- nhada de calor e rubor nas ourinas com sedimento abundante. —Dr. Malaise. Bryonia, chamomilla e ipecacuanha curarão em cinco dias um menino atacado de bronchitis sem causa apreciável, come- çando por defluxo, e acompanhando-se de dôr ardente no estô- mago, augmentando pela tosse, com vontade de vomitar. — Dr. Malaise. Calcarea-Sulfurica curou um menino de 5 mezes, que tinha tosse acompanhada de dôres de peito,e diarrhéa muito freqüente, esverdinbada; havia tido varicellas, e seu estado não dava es- peranças, etc.—Dr. Kasemann. Chamomilla curou uma moça de 17 aiinos, que tinha tosse todos os dias, de manhã ao levantar-se, e á noite pelas 9 horas. —Dr. Gaspari. Hyosciamus-Niger, seguido de nux-vomica, curou uma moça de 18 annos, que, tendo tido escarlttina, foi tratada allopa- 634 cai1, xxi. larynge thicamenle, peiorando da tosse, que lhe sobreveio. — D*- Gaspari. Hyosciamus-Niger. « Prestou-me serviços contra as tosses catarrhaes, que, apezar da expectoração abundante, mucosa, branca ou amarella, atormentavão continuamente os doentes, e principalmente de noite. » —Dr. Knorre. IrECAcuANiiA, repetidas doses, curou uma menina de 18 mezes, que, alhn da tosse, tinha caimbras no peito, lilás di- gestões, palpitações do coração e febre, etc., além de ser escro- phulosa ou rachitiea.—Dr. Gross. Sepia curou uma menina de 5 mezes, que, além da tosse, tinha por todas as juntas umas esfoladuras mui dolorosas, que bry. dros. bell. e hyose, dados contra a tosse, tinhão aggra- vado.—Dr. Betmann. bronchitis chronica Aconitum e nux-vomica curarão uma mulher que no sétimo mez da gravidade soffria, entre outros muitos padecimentos, um calor forte que lhe subia á garganta, e uma tosse que lhe pare- cia rasgar-lhe o peito e o epigastrio. Em poucas dias se restabe- leceu.—Dr. Malaise. N. #.— Esta observação está no caso de outras muitas que respondem á objecção, que os inimigos dahomoeopathia conü- nuão a insinuar, de não serpossivel tratar-se com proveito uma mulher grávida, quando realmente nessa época a homoeopathia tão bons serviços presta. Parece-me que melhor collocada seria esta observação entre as de bronchitis aguda, mas deixa-la- hei aqui, porque Bauvais lhe dá a categoria de chronica. Conium-Maculatum e maganez-aceticum curarão uma mulher que soffria desde oito mezes uma bronchitis chronica com em- magrecimento, mas sem febre. — Dr. Weigel. Conium-Maculatum, depois de ipecacuanha e china, curou rapidamente uma moça de 22 annos, que tinha tido uma pleuro-pneumonia de que lhe restava tosse secca rebelde, que a atormentava dia e noite—Dr. Weigel. Hyosciamus-Niger, china e sulfur curarão um menino de 10 annos, que soffria tosse com muita oppressão de peito e grande abatimento de forças; com prisão de ventre, e por fim diarrhéa- CAP. XXI. LARYNGE 635 tendo tido, quando mais pequeno, uma erupção cutânea.— Dr. "Weber. Ignatia Amara, ipecacuanha, spongia-losta, stannum c china curarão uma moça que havia muitas semanas soffria de uma tosse teimosa, e outros incommodos do peito « que ameaça- vão degenerar em consumpção. » — Dr. Rummel. Ipecacuanha e nux-vomica, seguidos de sulfur, curarão uma menina fraca e delicada, e muito irrascivel, que soffria de tosse secca sonora, com inspirações de som melallico, etc, e tinha chegado a um estado de muito gravidade. — Dr. Malaise. ]\. B.—Já antes havia sido curada com mercurius-solubilis- de uma diarrhéa muita freqüente e teimosa. Natrum-Muriaticum e maganez-aceticum, com nux-vomica, sulfur e calcarea-carbonica, curarão uma moça que soffria havia cinco annos, depois de uma escarlatina, uma tosse rebelde, secca quasi sempre, com sensação de mucosidades na trachéa até a nuca; e nos dous últimos annos corrimento ama- rello pela vulva, ás vezes com vômitos e desmaio, etc.—Dr. Weigel. Nux-Vomica e pulsatilla curarão um sapateiro de 39 annos, alto e magro, que havia soffrido uma febre nervosa, sarnas e dôres nos rins, com emissão sangüínea pelo ânus, e havia 15 mezes que soffria tosse e bronchitis, de que em vão tinha sido tratado allopathicamente no hospital : curou-se en cinco se- manas. Pulsatilla, precedida de sulfur (tintura mãi), e seguida de ignacia alternada por sulfur (idem), curou uma moça de 20 annos de uma bronchitis precedida por dous annos, no estio, de caimbras no peito, e acompanhada de alguns escarros de sangue e mui grande desanimo, pranto, irritabilidade, e dôres durante as regras, que erão regulares.—Dr. Hartlaub. Stannum curou vários casos de bronchitis chronica mais ou menos complicada.—Dr. Schroen. Stannum e kali-carbonicum curarão um homem de i2 annos, que havia dous annos soffria tosse com expectoração adoci- cada e infecta, e desde certo tempo sentia oppressão e cóce- gas na garganta, que lhe provocavão a tosse; alguma incha- « ção de pés, ete—DR. Sciiulz. Sulfur, repetidas doses, curou de bronchitis chronica' um 636 GAP. XXI. I.ARYM1K homem de 56 annos que cinco annos antes havia tido uma pneumonia tratada allopathicamentc ; ficou-lhe restando alguma oppressão de peito.—Dr. Hartlaub. Sulfur, nux-vomica. sepia, china e stannum curarão uma camponeza de 35 annos muita sujeita a defluxos, e tendo tido sarnas recolhidas, e havendo-se-lhe diminuído e descorado muito as menstruações : a tosse era de dia e de noite, a ma- greza e prostração erão excessivas, etc—Dr. Schwarz. Sulfur, precedido de aconitum e de belladona, e intercalado com ipec. puls. calc-carb. e lyop., curou uma menina de 9 mezes, fraca e delicada, com tosse e febre, etc, peiorando por tratamento allopathico, e por isso exigindo mais tempo e mais remédios.—Dr. Tietze. Sulfur, depois de bryonia e pulsatilla, melhorou considera- velmente um homem que tinha u na tosse antiga com freqüentes suores nocturnos e oppressão da respiração, etc.; fiicouainda soffrendo alguma tosse, que parecia ser devida a fraqueza.— Scheling. Sulfur, muito repetido, curou perfeitamente, mas com vagar, uma mulher de 30 annos, que, além de muitos outros incom- modos, soffria uma bronchitis chronica (tendo-lhe morrido phthisicos dous irmãos).—Scheling. Sulfur, precedido de nux-vomica e seguido de pulsatilla? curou uma mulher de 42 annos, que havia soffrido dôres ar- thri tiras, e depois febre catarrhal, da qual lhe ficou uma bron- chitis chronica com expectoração, etc.—Scheling. Sulfur, depus de muitos remédios, inúteis todos, curou uma mulber, mãi de 9 filhos, tendo tido de mais dous abortos, e padecendo sempre muito de parto, e tendo sido atormentada muitos annos por desgostos e trabalhos escessivos, e soffrendo de mui variáveis incommodos, e entre elles uma bronchitis chro- nica, acompinh ida de flores brancas e diarrhéa, etc.—Scheling. Sulfur curou uma camponeza de 62 annos, que soffria de bronchitis depois de uma febre intermittente, contra a qual havia tomado muitos remédios, etc.—Sgheling. Tusilago Farfara (remédio emperico), uma gotta de tintura por dia, curou uma mulher ainda moça, que desde seu penúl- timo parto soffria de una tosse que se ia tornando suspeita, cm razão de vehementes apparenciasde phthisica, continuando a soffrer por 13 inezes mais até seu parto ultimo, e ainda GAP. XXI. LARYNGE 637 depois; fazendo cada vez mais suppôr que afinal uma phthi- sica irremediável lhe terminaria os dias.—Dr. Gross. N. B. — Não obstante ser empirica esta observação, como ellaédoDr. Gross, que tanto respeitamos, transcrevemo-la, e aproveitaremos a primeira opportunidade para ver quanto ella tem de valor e applicação, experimentada que seja previamente a lusilagofarfara. CATARRHO CHRONICO Belladona curou um homem de 31 annos, que desde muitos annos soffria hemorrhoidas cegas, e tinha uma tosse com oppressão de peito que havia resistido a muitos remédios allopathicos; dava-lhe muitas vezes de noite, com catarrho que parecia vir detrás do sternum ; depois de comer expectorava mucosidades com muita saliva, etc, tinha alguma asthma. As hemorrhoidas sangrarão ao quarto dia do tratamento, e res- tabeleceuüsua saúde em poucos dias.—Dr. D. Carbo-vegetabilis, uma só dose, curou um catarrho chronico com muita expectoração tratado inutilmente ou aggravado pela allopathia, deteriorando cada vez mais a saúde da enferma, de mais a mais atormentada por dous annos com um vesicatorio renovado, etc. A primeira medicação consistio em tirar o cáustico, e restaurar pouco a pouco as forças da enferma, concedendo-lhe algum alimento.—Dr. Saint-Firmin. GOQUELIGHK Belladuna foi muito efficaz em muitos casos de coqueluche epidêmica, caracterisada por hemorrhagias nasaes e pela boca, e até pelos olhos. Faltando este symptoma, era nux-vomica mais efficaz.—Dr. Caspari. Belladona. « No principio deste anno (1836) reinou uma coqueluche epidêmica entre c ianças menores de 7 annos. Os accessos vinhão de dia e de noite, com longos intervallos, e além dos symptomas ordinários nada apresenta vão de particular. Orosera. cina, pulsatilla, não prestarão serviço algum ; belladona só, em doses repetidas, produzia uma melhora importante, e uma dó.se de sulfur ou de ainbar ordinariamente bastava para fazer desapparecer o resto da enfermidade. Quando a tosse não TOMO II 81 s 6'1S CVP. XXI. HRYMGE era antiga ella cessava em poucos dias, depois da administração de algumas doses de belladona 30a; e as crianças que apenas tinhão uma tosse catarrhal, precursora da coqueluche, ficavão preservadas da epidemia tomando algumas doses. » — Dr. Gross. Drosera, duas doses, curou uma criança de 18 mezes, que tinha expectoração com estrias de sangue, e só alliviava da tosse depois de vomitar algumas mucosidades. Outra observação do mesmo remédio nas mesmas circum- stancias, e outra de repetidas doses de aconito, quasi idêntica, vêm transcriptas, e as mencionamos, não obstante serem anônimas, em razão, as duas primeiras, da circumstancia par- ticular de alliviar a tosse depois dos vômitos. Drosera. « Havendo sangramento pela boca e pelo nariz, era drosera o especifico da coqueluche em crianças : sem isso nada valia. Em mais de vinte casos drosera me prestou serviços quando a repeti de dous em dous, ou três em três dias, sobre- tudo nas crianças espertas e irritaveis. Repetindo-a todos os dias, eu obtinha curas perfeitas dentro de seis dias. » — Dr. Betmann. Drosera, precedida de aconitum, melhorou muito um menino de 9 annos, que havia já três semanas soffria de coqueluche, que a ia abatendo consideravelmente. — Dr. Malaise. Drosera, duas doses, em dias curou um menino, que tinha coqueluche havia quii . acompanhada de vômitos, com os quaes ficava-lhe o rosto azulado. — Dr. Malaise. Nux-vomica. « Foi muito efficaz em muitos casos de coque- luche epidêmica, faltando as hemorrhagias nasaes, pela boca, e até pelos olhos, que a acompanhavão muitas vezes. Havendo essas hemorrhagias, belladona era mais útil. »—Dr. Caspari. Nux-vomica, « assim como aconito e drosera, era o principal remédio da coqueluche nas crianças. Em alguns casos belladona e hyosciamus aproveitarão »—Dr. Betmann. Tartarus-emeticus ou nux-vomica. » A moléstia atacava não só as crianças, mas também os homens de pouca idade. Nestes encontrava-se muitas vezes o symptoma particular de vomitarem depois de meia-noite a cêa se o accesso da tosse lhes sobrevinha. Tartarus-emeticus mostron-se muito efficaz nestes casos. Comtudo nux-vomica maior numero de vezes eonvinha. »—Dr. Betmann. GAP. XXI. LAinXGli ' 639 Tartarus-emeticus, precedido inutilmente de ipecacuanha, e seguido de tussilago-farfara, curou os adultos atacados de coqueluche (1830), nas quaes terminavão os accessos por vômi- tos depiucosidades.—Dr. Gross. Tartarus-emeticus, de três em três horas, curou um menino de 4 annos, que teve coqueluche depois de haver molhado os pés. Grande quantidade de mucosidades nos bronchios, perigo de suffocação, febre, ourinas rubras, etc. TOSSE CHRONICA Aconitum, arnica e nux-vomica, alternados, e por fim bryo- nia, curarão uma tosse que datava de 15 annos, aggravada por uma queda violenta* e resistindo a todo o tratamento allopa- thico.—Dr. Weber. Aconitum, kali e carbo-vegetabilis curarão uma moça de 22 annos, de tosse chronica, precedida annos antes de uma febre catarrhal, e acompanhada ' ■ »halalgias e congestões para a cabeça, incommodos de e... •> e muitos outros, além de desgostos que perturbarão o uaiamento.—Dr. Schelling. Belladona, duas doses, precedida inutilmente de conium, curou cm poucos dias uma tosse, nocturna somente, que da- tava de algumas semanas, em um moço de 15 annos. — Dr. Griesselich. Bryonia. « Eu vi bryonia conseguir muitas vezes os mais felizes resultados em tosses chronicas, que á menor irritação dos pulmões, v. g., fallando, e principalmente á tarde e de manhã, se tornavão violentas e erão acompanhadas de uma expectoração pouco considerável. As "pessoas atacadas tinhão todas soffrido já muito de inflammações dos pulmões e de fre- qüentes hemoptises. »—Dr. Schooen. Carbo-vegetabilis, precedido de bryonia e seguido de tarta- rus-emeticus, curou uma mulher de 50 annos, que tinha tido varias inflammações dos pulmões, e se havia sangrado muitas vezes, ficando sempre opprimida da respiração, com tosse, etc. Tinha todos os indicios de hydropisia do peito, e os pés lhe inchavão, falta de ourinas, etc.—Dr. Widermann. Natrum-muriaticum e mangajium-aceticum curarão uma me- nina de 12 annos,<# que havia 5 annos soffria de uma tosse 640 CAP. XXI. LARYNGE chronica, acompanhada de flores brancas nos últimos dous annos.—Dr. Weigel. A. B. — O mag.-acet. parecia nas primeiras doses nada aproveitar, mas desde a terceira dose desenvolveu-se notável acção salutar. Nux-vomica curou uma tosse acompanhada de freqüentes vô- mitos de mucosidades extremamente fétidas, c persistente havia dous annos, depois de uma coqueluche, que havia levado cinco mezes e meio a tratar-se allopathicamente, em uma me- nina de 9 annos excessivamente abatida, etc.—Dr. Hartlaub. Nux-vomica curou em cinco dias um homem de 45 annos, que havia seis semanas soffria tosse secca muitj incommoda, com vertigens e andar vacillante e sensações como de quem tivesse tomado muitas bebidas alcoólicas, etc—Dr. Malaise. Opium, lauroceiasus, phosphori -acidum e lycopodium cu- rarão um estalajadeiro de 61 annos, robusto e bom bebedor, que soffria de tosse chronica sem maiores outros incommodos. Lau- rocerasus determinou-lhe uma expectoração copiosa, puri forme, esverdinhada, com tosse que cedeu a lycopodium.—Dr. Nitack. Psoricum curou uma moça de 15 annos, oriunda de pais apparentemente sãos, clara, corada, mas delgada e com dispo- sição para phthisica, tendo tido sarnas quando pequena; era regulada havia dous annos, de três em ires semanas, com gran- de abundância. Desappareceu-lhe a tosse secca e teimosia me- dida que se lhe foi desenvolvendo um exanthema muito pruri- ginoso, quepoucoa pouco abrandou.—Dr. Brenflek. Pulsatilla. « Um homem débil, com 50 annos, soffria ha- via já três semanas uma violenta tosse catarrhal, secca, espas- modica, que lhe não permittia nenhum repouso ; tomou pulsa- tilla um instante antes de se deitar. A tosse desappareceu, e a respiração lhe ficou tão socegada, e tanto que seus parentes o julgavão morto. » — Dr. Knorre. Pulsatilla e calcarea-carbonica curarão uma menina de 12 annos que, além da tosse chronica, soffria grande irritação no peito com sensação de beliscões, com picadas nas palpebras e manchas nas corneas ; vômitos, muita fome, muita sede, máos sonhos, etc.—Dr. Hirch. N. B.—As manchas da cornea desapparecêrão. Sepia curou um homem que não tinha tido nenhum exan- CAP. XXI. LARYNGE 641 thema, e melhorando da tosse appareceu-lhe um vermelho e entumecido n'um ante-braço, que desappareceu lentamente.— Dr. Lewert. Sepia restabeleceu a expectoração supprimida por um resfria- mento, em uma mulher de 49 annos, muito corpulenta, que soffria de uma tosse chronica com expectoração, repetidos de- fluxos, desde que havia tido escarlatina.—Dr. Nitack. Sepia e kali-carbonicum, precedidos e intercalados por aco- nitum, curarão uma menina de 7 annos que havia soffrido es- carlatina mal desenvolvida, e dahi por diante tosse chronica, acompanhada de muitos incommodos, aggravados ainda pelo tratamento allopathico, que nenhum beneficio lhe fez nunca. Era magra, pallida e definhada, e desenvolveu-se physica e in- tellectualmente.—Dr. Emmeirch. Sulfur, spongia e drosera. « Uma moça de 19 annos, que tinha tido escarlatina quando menina, e que soffria desde então tosse ôca, secca, foi curada em algumas semanas por sulfur 30% spongia 30a e drosera 30.a »— Dr. Gross. Sulfur curou uma moça de 25 annos, que havia mais de um anno soffria tosse com expectoração esbranquiçada; dôr no es- tômago que alliviava pela regorgitação de um liquido seme- lhante a leite coalhado ; menstruação muito escassa por menos de um dia; maiores soffrimentos durante as regras; flores brancas; extrema debilidade, etc—Dr. Malaise. N. Ê.—As regras passavão a ser regularmente de dous em dous dias. Sulfur, duas doses com intervallo de quinze dias, curou uma tosse chronica com grande dyspnéa a um homem de 25 annos. —Dr. Sollier. tosse espasmodica Aconitum. « Tenho curado muitas vezes, e com promptidão, com uma só dose de aconitum, uma tosse nocturna espasmo- dica, em grandes fumadores, entretida por uma irritação com cócegas no larynge. Jamais ps doentes se havião antes queixado de tosse; todos tinhão a côr rosada e apparencias de saúde » - Dr. Hardmann. Ambra. « Fez cessar, em ura menino de 2 annos, uma tosse espasmodica, vindo por paroxysmo^ semelhantes a co- 6-42 I AP. \XI. l.AinM.fc queluchc, mas sem guincho nas inspirações. A cura ioi prompta. » — Dr. Knorre. Belladona, uma só dose, curou um homem de 26 annos, robusto, sadio, que soffria de uma tosse espasmodica, cujos accessos vinhão sempre á meia-noite, e quasi nunca de dia.— Dr. J. C. M. Bryonia curou, n um homem de 40 annos, forte, uma tosse espasmodica, rebelde a todos os remédios, cujos accessos vi- nhão sempre de dia e depois de comer.—Dr. J. C. M. Bryonia. «Um pedreiro, que desde annos soffria de tosse espasmodica com expectoração, foi curado por bryonia. » — Dr. Gross. Conium. Curou uma mulher de 30 annos, que soffria de vários incommodos além da tosse espasmodica, e tinha feito muitos remédios caseiros, que de nada lhe aproveitarão.—Dr. Gueyrard. Hyosciamus-niger. «Certas tosses espasmodicas, nocturnas, que se declarão ao deitar da cama e durão até á manhã se- guinte, com expectoração mucosa, tosses de que são alacadas freqüentemente as pessoas de avançada idade, têm muitas vezes cedido em pouco tempo a hyosciamus. »— Dr. Trinks. Ipecacuanha, quatro ou cinco doses por dia, depois de drosera e de um antipsorico, dados inutilmente, curou uma tosse muito semelhante á coqueluche em uma mulher no seu anno climate- rico.—Dr. Gross. * Lactuca-virosa, depois de nux-vom. ipec, em doses repe- petidas, e bry. bell. puls. sep., que nada produzirão, e drosera, que pareceu alcançar algumas melhoras, se não curou, pelo menos melhorou muito uma tosse espasmodica rebelde, curada completamente cinco semanas mais tarde, em uma menina de 3 annos.—Dr. Schindles. tosse suffocante Belladoxa. « Fui chamado para ver uma criança que soffria uma espécie de tosse, que eu não posso designar melhor do que chamando-lhe tosse suffocante. Nada tinha de commum com a coqueluche. Era uma tosse breve, incessante, e durante os acces- sos a criança tinha a respiração tão curta, com ralo tão forte o peito tão cheio, a face tão turgida, de um rubor làu carre-ado GAP. XXI. LARYNGE* 613 que fazia temer a cada instante uma suffocação. Algumas doses de belladona a curarão promptamente. »—Dr. Gross. Belladona, duas doses depois de mercurius e ipecacuanha, curou um menino atacado subitamente de tosse suffocante no decorrer de um catarrho epidêmico. Era filho do mesmo ob- servador.—Dr. Malaise. Bryonia. «Outras espécies de tosse, como a tosse espasmodi- ca secca, nos adultos, quando ella é provocada pela bebida e pelo comer; a coqueluche nas crianças, quando a tosse vem particularmente de tarde e á noite, e que é também excitada pelos alimentos e bebidas, e é assaz violenta para occasionar o vomito de tudo que tem sido ingerido; são muitas vezes cu- radas pela bryonia : mas então freqüentes vezes se é obrigado a recorrer a uma diluição inferior, da 6» á 12.a »—Dr. Hartmann. Tosse convulsa (coqueluche). — Os medicamentos mais vantajosos são, em geral: acon. bell. carb.-v. cin. cupr. droser. dulc. hep. ipec. merc. nux-vom. puls. verat. Assim como : bry. cham. con. iod. lact. led. sep. sulf. tart.; e talvez se possa também consultar, em alguns casos : anac. ars. fer. lach. nitr.-ae pheland. samb. No primeiro periodo da coqueluche, o da irritação, os me- dicamentos que mais facilmente farão cessar esta moléstia, logo no começo, são: acon. carb.-v. dulc. ipec. nux-vom. puls. Aconitum é principalmente indicado se, desde o começo, a tosse é secca e sibilante, com febre, e pelle secca; ou se as crianças se queixão de dôres abrasadoras no larynge ou nos bronchios. Carbo-vegetabilis, se, apezar do emprego dos medicamentos acima apontados (acon. dulc. ipec. nux-vom. puls.), a tosse ameaça passar ao segundo periodo, ou também se desde o prin- cipio ella se manifesta como tosse convulsa, apparecendo princi- palmente de tarde ou antes de meia-noite, com rubor do pha- rynge, dôr de garganta engulindo, olhos lagrimantes, ou pica- das na cabeça, dôres no peito e na garganta; ou também se ha erupções na cabeça ou no corpo. Dulcamara se, desde o principio, a tosse é forte, com expectoração fácil e rouquidão, e principalmente se ella se mani- festa em conseqüência de um resfriamento. 644 r.AP. XXI. LA YNI.F Ipecacuanha se, desde o começo, a tosse é acompanhada de grande angustia, com perigo de suffocação e rosto azulado, mormente se nux-vom. não foi sufficiente contra este estado. Nux-vomica, se a tosse é secca, manifestando-se principal- mente desde a meia-noite até de madrugada, com vomito, angustia, accessos de suffocação e rosto azulado, fluxo de sangue pelo nariz e pela boca. Pulsatilla, se desde o principio ha tosse forte com vo- mito de mucosidades ou dos alimentos, ou também diarrhéa mucosa. No segundo periodo da coqueluche, o periodo convulsivo, com vomito e fluxo de sangue pelo nariz e pela boca, os melhores medicamentos são: cin. cupr. dros. verat., ou também : bell. merc. Cina é principalmente indicada se as crianças se tornão inteiramente tesas durante o ataque, e se depois deste se ouve uma bulha cacarejante, que desce desde a garganta até ao ventre. Este medicamento é além disso quasi especifico nas crianças que apresentão symptomas verminosos, com colicas freqüentes, prurido no ânus e necessidade freqüente de cocar o nariz ou de ahi metter os dedos.—Neste caso achar-se-ha lambem ser merc de summa utilidade. (Vede as observações clinicas.) Cuprum, se durante os accessos ha rijeza do corpo, com suspensão de respiração e perda dos sentidos; vômitos depois do accesso. (Depois do cupr. achar-sc-ha verat. muitas vezes conveniente.) Drosera se, além dos symptomas próprios deste periodo, os accessos são excessivamente violentos, e o som sibilante da tosse fortemente pronunciado; se a febre falta, ou ao contrario é sensivelmente desenvolvida, com horripilação e calor, sede somente depois dos calafrios, suor mais propenso para quente do que frio, ou só tendo lugar de noite; aggravamento do estado no repouso, melhorando com o movimento. Este medicamento é além disso sempre preferível se o caracter da coqueluche estiver inteiramente desenvolvido, com vomito dos alimentos ou de matérias mucosas, e fluxo de sangue pelo nariz e pela boca. (Depois de dros. convém freqüentemente verat. Vede as observações clinicas.) Veratrum, de ordinário se drosera não foi inteiramente sufficiente contra os acidentes do periodo convulsivo, ou tam- CAP. XXI. LARYNGE 645 bem antes deste medicamento, mormente se as crianças são muito fracas, com uma espécie de febre lenta, suores frios principalmente na testa; pulso pequeno, accelerado e fraco; grande sede ; ou também se durante os ataques ha emissão de ourina, ou dôres no peito e nas virilhas; estado de adormeci- mento entre os accessos, com repugnância ao movimento e á conversação; fraqueza da nuca a ponto de não poder suster a cabeça; erupção miliar por todo o corpo, ou somente no rosto e mãos. O caracter convulsivo da coqueluche, de que falíamos, nem sempre é inteiramente desenvolvido; e freqüentemente se achão nas epidemias desta enfermidade crianças affectadas de uma tosse espasmodica, que não tem todos os symptomas caracterís- ticos da coqueluche; ou dizendo melhor, a mesma enfermidade (segundo sua essência) toma um caracter mais ou menos differente do ordinário. Os medicamentos que neste caso convém mais freqüentemente são: bell. bry. iod. merc. sulf. e tart. Belladona é sobretudo indicada se ha affecções cerebraes bem pronunciadas, ou se a tosse se annuncia por uma sen- sação penivel na região estomacal, com fluxo de sangue pelo nariz e pela boca, ou mesmo com suggillações nos olhos; ou se ha outras affecções espasmodicas, quaes a eclampsia, asthma convulsiva, etc.; e também quando os excessos se terminão comespirro. Bryonia, se os accessos de uma tosse suffocante têm lugar principalmente de tarde ou de noite, assim como cada vez que se tem bebido ou comido, com falta de respiração, desalento e vomito dos alimentos ingeridos. Iodiüm, se a tosseé excitada por uma titulação insupportavel nos bronchios, com inspiração ondulante, comquanto durão os accessos; antes delles grande angustia, grande fadiga e magreza. Lactuca, se a tosse é violenta, com vomito depois de cada accesso, sem outro symptoma característico da coqueluche. Mercurius, se a tosse só tem lugar de noite, ou também só de dia, manifestando-se sempre por dous ataques approxima- dos, e que são separados dos dous accessos seguintes por jntervallos mais largos ; ou também mesmo na coqueluche pro- priamente dita, se, vomitando, as crianças têm copioso fluxo de sangue pelo nariz e pela boca, com suores abundantes de noite tomo ii 82 646 GAP. XXI. LARYNGE e grande susceptibilidade nervosa, mormente nas crianças sujeitas a affecções verminosas ou a convulsões. (Depois de merc. convém freqüentemente, neste ultimo caso, carb.-v., ou cin. quando os vermes são manifestos e em quantidade.) Sulfur, se os accessos de tosse são acompanhados de vômitos e quando não cederão a nenhum dos outros medicamentos apontados; e quando tem havido alguma erupção cutânea supprimida ou mal curada. Tartarus, sobretudo se os accessos de pequenos vômitos são acompanhados de diarrhéa, com grande debilidade e abati- mento das forças vitaes, ou se as crianças vomitão a cêa nas primeiras horas depois da meia-noite. Passado o periodo convulsivo da coqueluche, estando a moléstia a declinar, os medicamentos mais freqüentemente indicados contra a tosse catarrhal que resta são : arn. carb.-v. dulc. hep. puls. Arnica é sobretudo indicada se as crianças chorão muito em seguida a ter tossido, ou se os accessos se annuncião, ou são mesmo provocados por gritos e choro. Carbo-veg., havendo recahida freqüente da tosse catarrhal em uma tosse convulsiva, ou se, não obstante a cessação de outros symptomas da verdadeira coqueluche, os vômitos persistem. Dulcamara, se a tosse catarrhal é acompanhada de uma expectoração abundante de mucosidades. Hetar, se a tosse, bem que remittente, é profunda, crescente, secca e rouca, com pequenos vômitos depois dos accessos, e choros freqüentes. Pulsatila havendo : tosse forte, com expectoração fácil de mucosidades serosas. Tendo acima dividido a coqueluche em diversos períodos, e indicado os medicamentos mais convenientes a cada um, devemos comtudo prevenir um erro, que se poderá commetter, pensando- se que nenhum dos medicamentos apontados poderá jamais convir a outro periodo senão áquelle para que o indicámos. Todos estes medicamentos têm na sua pathogenesia muitos mais symptomas do que os que acabamos de referir, e podendo a mesma moléstia affectar tantas mudanças diversas, segundo a constituição do individuo acommettido, é mais que possivei que muitas vezes se ache conveniente contra a verdadeira coqueluche um medicamento que não tenhamos citado senão GAF. XXI. LARYNGE 647 contra os seus prodromos, ou mesmo contra uma tosse que apenas seja semelhante á coqueluche. TRATAMENTO.. — De qualquer dos medicamentos se usará das tinturas ou glóbulos, preferindo estes para as crianças de mama : 1 a 2 gottas ou 5 glóbulos da 5a dynam, em 3 colhéres d'agua, para dar-se ás colhéres de chá de 3 em 3, i em 4 ou 6 em 6 horas, conforme a gravidade do mal: a Botica Central á rua de S. José n. 59 possue o corium-vulgaris-culuber, medica- mento vindo da Europa, com o qual têm-se tirado muito bons resultados. E' necessário deixar o medicamento produzir todo o seu effeito, esperando sua acção por alguns dias. Temos dito muitas vezes, e nem cessaremos de repeti-lo, que Ç^não seja jamais o nome de uma moléstia, porém sim o complexo dos symptomas, que faça decidir da escolha do remédio. %*^t Comparai, além disso, também: Bronchitis, Croup, Laryngitis, Tosse, etc, e vede o cap. 22. OBSERVAÇÕES CLINICAS coqueluche Aconitum. Na maior parte dos casos, principalmente quando a moléstia não tem ainda attingido o stadium convulsivum, isto é, logo a principio.—Dr. Bethmann. Aconitum, hepar, sulfur e zincum (alternados estes dous últimos) curarão duas crianças atacadas de coqueluche muito recente. — Dr. Kramer. Antimonium-tartaricum 12a, « de dous em dous dias, presta bons serviços na coqueluche acompanhada de vontadede vomitar e diarrhéa, e seguida de mui grande abatimento. » — Dr. Syrbius. Arnica. « Tratei trinta e tantas coqueluches, todas curei com drosera 30a, cina 9.a Este ultimo remédio prestava impor- tantes serviços, principalmente quando a tosse vinha depois que os meninos choravão. Deixei sempre cina e drosera obrar por três, cinco, e até mesmo sete dias, afim de produzir todo o seu effeito. » — Dr. Roehl. Arnica, precedida de belladona, curou uma coqueluche em 648 CAP. XXI. LARYNGK um menino já tratado homüeopathicamente de outros soffri- mentos. — Dr. Gueyrard. Belladona. « Presta grandes serviços nestas espécies de coqueluche que se manifestão por caimbras no larynge tão fortes que dão vontade de vomitar. » — Dr. Hartmann. Belladona e cina, alternadas, melhorarão muito em oito dias uma coqueluche de nove semanas, e conium terminou a cura. — Dr. Kramer. Belladona, uma dose ao quarto dia de coqueluche bem caracterisada, curou rapidamente um menino de 6 annos. — Dr. Gueyrard. Belladona, uma dose, curou uma coqueluche bem caracte- risada em uma menina de 3 annos. — Dr. Gueyrard. Belladona curou uma coqueluche muito violenta e muito complicada, em uma menina de 18 mezes, escrophulosa e rachitica, vomitando sangue, e tendo convulsões e outros muitos soffrimentos, contra os quaes forão inúteis drosera, cina, chamomilla e ignatia. A cura foi completada por sulfur. — Dr. Schindler. Bryonia 12a tintura. « As coqueluches que são mais violentas de tarde e á noite, assim como depois de comer e de beber, e que se caracterisão por uma oppressão singular, e muitas vezes por vômitos de alimentos, curão-se sempre com tintura de bryonia 12a ? » — Dr. J. C M. Cina anthelmintica, três doses, a Os primeiros doentes que tratei homoeopathicamente forão quatro crianças atacadas de coqueluche havia um mez. Uma dellas tinha o peito muito tomado ; forte febre, escarrava continuamente e estava oppri- mida extraordinariamente. Nada esperava eu de bom, e não fiquei pouco sorprendido de a ver vir a mim três dias depois. Tinha-lhe administrado três doses de cina. Ella ficou perfeita" mente curada em oito dias. Tratei depois centenares decrianças com igual resultado. Administrei também algumas vezes drosera 16a, mas achei que esta dynamisação era muito forte. Ella pro- duzio forte exacerbação em duas crianças, e prolongou-lhes a moléstia. Outro tanto não succedeu com drosera 30."» — Dr. Muhlenbein. Cina, administrada á falta de drosera, curou em sete dias um menino de 9 annos, muito atacado de coqueluche, com hemor- rhagias nasaes e bocaes. — Dr. Schwartz. GAr. XXI. larynge 6VJ Cina, e por fim hyosciamus-niger, curou um menino de 3 annos, que, além da coqueluche, soffria de vermes. — Dr. Gueyrard. Cina, e depois arnica, curarão uma menina de 10 mezes : ao quarto dia tinha um só accesso por dia, curto e muitas vezes depois do jantar ; este symptoma fez escolher arnica. — Dr. Gueyrard. Cina curou não só a coqueluche, mas umas caimbras muito pertinazes, que seis mezes antes havião resistido a todo o trata- mento e sido abandonadas como incuráveis, em uma menina de 10 annos. — Dr. Mgidi. Cuprum, veratrum e sepia curarão coqueluches contra as quaes foi drosera inefficaz. — Dr. Neumann. Drosera. a Na coqueluche que reinou este anno (1831) drosera não se mostrou especifica senão administrada logo immediatamente. Mais tarde era raro que obtivesse mudança favorável, e era mister recorrer aos antipsoricos. » — Dr. Gross. Drosera 30*, duas doses, seguidas de sulfur 15a, curou um menino de 6 annos, soffrendo havia três semanas. — Pr. Tietze. Drosera, cina e sulfur, seguidos com effeito progressivo, curarão uma menina de cinco annos que soffria coqueluche das mais violentas havia muitas semanas.—Dr. Tietze. Drosera curou um menino de 7 mezes atacado de uma co- queluche tão violenta que algumas horas depois da invasão ameaçava-o de suffocação a cada instante. Nux-vomica foi em- pregada depois contra um catarrho causado por um resfria- mento.—Dr. Tietze. Drosera. em dous dias curou um menino de anno e meio que soffria coqueluche com vômitos e sem febre.—Dr. Tietze. Drosera, depois aconitum e cina, n'uma recahida, curarão uma menina de anno e meio atacada de coqueluche, que em pouco tempo tinha produzido grandes estragos.—Dr. Tietze. Drosera, depois de nux-vomica sem effeito, curou uma me- nina de 4 annos, atacada de coqueluche precedida de tosse ca- tarrhal e acompanhada de vômitos e epistaxis por effeito de uma recahida. Segunda dose de drosera effectuou a cura radi- cal em menos de um mez.—Dr. Tietze. Drosera, intercalada por nux-vomica e seguida de sulfur, 650 cai\ \xi. larynge curou uma menina de 1 anno atacada de coqueluche, cora vô- mitos e erupção de botões que suppuráráo.—Dr. Tietze. Drosera, intercalada por aconitum ebryonia, contra uma pe- ripneumonia sobrevinda em conseqüência de um resfriamento, curou um menino de 5 annos, trigueiro débil e dócil.—Dr. Tietze. jy. b.—Affirma este medico ter curado muitos outros doentes de coqueluche, principalmente com drosera. Drosera 30a em alguns casos nada produzia, e na 10a e 12a obteve bons resultados. Drosera, e por fim cina. Drosera só convém quando a coque- luche tem chegado ao periodo de convulsões. Depois é cina que em doses repetidas produz melhores effeitos.—Dr. Knorre. DrosERA, intercalada sem resultado por aconito, curou um menino de 7 annos, diminuindo progressivamente os accessos. —Dr. Schindler. Drosera, alternada com nux-vomica e seguida no fim por arnica, curou uma menina de 10 annos, em a qual os accessos fazião que o rosto ficasse quasi negro, e os olhos tão injectados que o sangue extravasava.—Dr. Schindler. Drosera curou uma coqueluche acompanhada de sarampo n'uma menina de 3 annos.—Dr. Tietze. Iodium 30a, « de três em três dias, prestou-me serviços na coqueluche, e mesmo em tosses semelhantes dos adultos, contra as quaes nada aproveitão os específicos conhecidos. Elle cura aquellas que são caracterisadas por cócegas insupportaveis em todo o peito, e por uma inspiração ondulante durante os acces- sos, os quaes são muito violentos e precedidos de agonia, e havendo emmagrecimento geral. »—Dr. Syrbius. Ipecacuanha, precedida de aconitum e seguida de belladona, curou uma menina de 3 annos, atacada de coqueluche, em se- guimento a um defluxo, com febre, suffocação, vômitos. — Dr. Libert. Pulsatilla e dulcamara. « Empreguei drosera e cina contra a coqueluche, mas sem nenhum resultado. Pelo contrario pulsatilla, dulcamara e outros remédios prestárão-me serviços em certos casos. » — Dr. Hartmann. Pulsatilla, além de drosera, prestou-me serviços na coque- luche, mas foi em doses repetidas. Este remédio era mais efficaz quando as crianças soffrião principalmente de noite, quando CAP. XXI. LARYNGE 651 a tosse era secca, cessava levantando as crianças, e era acom- panhada de vômitos de mucosidades e de alimentos.—Dr. Knorre. Sepia. Uma criança de 5 annos, que além de coqueluche sof- fria febre e sede ardente de dia, foi curada em dez dias da febre e da sede por sepia, e a tosse diminuio muito. Sulfur, depois de drosera e cina alternadas com pouco resul- tado, curou uma menina de 13 mezes, que era tratada por uma mulher que tinha muitos dartros nos braços.—Dr. Tietze. Veratrum álbum, e depois drosera, curou uma menina de 5 annos, tratada a principio allopathicamente com vomitorios, etc. Cina, drosera, cicuta, aconitum, havião sido inúteis antes de veratrum. Sulfur, que também foi administrado, nada pro- duzio.—EüGELHARDT. Veratrum, precedido sem resultado por conium e seguido de sulfur, curou um menino de 1 anno, com coqueluche, o qual tinha por todo o corpo uns botões que suppurárão por effeito de sulfur.—Dr. Wegel. Ar. B. —«A homoeopathia não possue remédio que se possa administrar a todos os gráos da coqueluche; mas tem para cada caso em particular verdadeiros específicos. »—Dr. Bethmann. (Vede Tosse, e no principio Generalidades.) CAPITUIiO XXI affecções do peito e do coração Já no capitulo antecedente alguma cousa dissemos acerca das causas occasionaes de muitas moléstias de peito, e longo seria agora enumerar aqui as que determinão mais particular e fre- qüentemente as phthisicas pulmonares, assim como as que pre- dispõem os individuos para esta affecção, já hereditariamente, já de outra maneira. Não podemos comtudo deixar de arriscar algumas considerações sobre a transmissão da phthisica pul- monar por geração e por contagio, e sobre as causas moraes que podem próxima ou remotamente fazer apparecer esta e outras enfermidades de peito em pessoas mais ou menos, ou nada emfim dispostas para as contrahir. E' um facto averiguado a transmissão hereditária da phthisica pulmonar ; não assim por contagio. E' facto igualmente o ap- parecimento e desenvolvimento da phthisica, até á sua termi- nação funesta, por effeito de uma paixão, principalmente paixão que deprima o espirito e abata a seus próprios olhos o indiví- duo que a soffre. Mas é este um facto que não tem tido para os allopathas nenhuma significação, faltando-lhes o conheci- mento da matéria medica pura, faltando-lhes saber que os me- dicamentos têm todos, mais ou menos, tal ou qual acção sobre o moral do homem, e podem ser aproveitados por esta cir- cumstancia. A transmissão da phthisica pulmonar de pais a filhos, sendo um facto incontestável, prova melhor que nenhum outro a pos- sibilidade da existência de virus na organisação animal, sus- ceptíveis de ser causa de variáveis ou determinadas moléstias, isto é, prova que a tão combatida theoria da psora, da sycosis' da syphilis, existentes e latentes ou manifestas nos individuos uma vez affectados de algum destes virus, nãoé absurda e se não é uma realidade incontestável, é pelo menos a mais pro- vável theoria, e faz honra ao seu inventor.-Samuel Hahnemann CAP. XXII. PEITO 653 Para nós, que pensamos serem as moléstias dynamicas um trabalho da natureza que tem por fim reproduzir a causa dynamica para saturar delia o organismo, e assim o preservar de nova influencia dessa mesma causa, como vemos acontecer com as bexigas, com sarna, etc, e que pensamos também que ainda nas moléstias que têm uma causa mecânica os esforços da natureza são no mesmo sentido, não para reproduzir essa causa, o que é impossível, mas para de alguma maneira preser- var o organismo da continuação da sua acção, como vemos quando fôrma a natureza um envolucro a uma bala introduzida nas carnes, para que ella não continue a molestar pela sua presença, etc, para nós, digo, a phthisica transmittida de pais a filhos é um phenomeno mui natural e susceptível de ser comprehendido perfeitamente. A natureza ou o organismo (demo-los aqui por synonymos para clareza de nossa linguagem); a natureza ou o organismo affectado da causa da phthisica (fallo da causa material ou da causa dynamica indistinctamente, abstrahindo por ora da causa moral), procura curar-se, isto é, modificar-se de maneira que resista á continuação dessa causa ; o indivíduo que está affectado pela causa da phthisica por certo que faz uma differença dos outros individuos; e, como não ha moléstias puramente loeaes, como todas as moléstias são de todo o organismo, ou internas, intimas, não obstante apparecerem externamente muitas lesões, o individuo affectado pela causa da phthisica, modificado em todo o seu organismo, transmitte essa modificação ao filho que gera ou concebe, isto é, reproduz-se tal qual é, assim mesmo alterado em sua natureza pela causa de enfermidade que perturba a harmonia regular de suas funcções, ou que por leis invariáveis põe estas mesmas funcções em jogo, que nos parece não regular por ser insólito, mas que é tão regular, attentos os seus fins, quanto é o que designamos pela palavra saúde. O individuo affectado de phthisica é, como o que soffre outra moléstia, um individuo cujo organismo está passando por uma modificação intima,que o deve pôr a coberto de uma causa de en- fermidade; se chega a conseguir esta modificação,curado fica,mas fica outro, não é por certo o mesmo que dantes, porque a causa da phthisica não ha de ter mais nenhuma acção sobre elle ; mas se a natureza foi perturbada no trabalho que tinha para chegar a esta modificação no organismo, tal que preservasse o individuo tomo ii 83 654 CAP. XXII. PEITO de nova invasão da phthisica, ou se a natureza não teve mais a necessária energia para pôr em jogo todas as forças que lhe ha confiado o Supremo Autor de tudo, e se outras causas de en- fermidade vêm distrahir para diversos pontos essas forças, para nós sempre desconhecidas, e principalmente se a rotineira allopathia com a sua polypharmacia addicionou a essas causas de enfermidade mais outras tantas quantas forão as suas drogas, o individuo tem de ficar aniquilado. Mas se a natureza pôde effectuar o seu trabalho, pôde modifi- car-se de tal sorte que de novo as suas funcções todas entrarão nesta harmonia com que se resiste á morte, e a que chamamos saúde, como foi que a natureza conseguio os seus fins ? Seria da mesma maneira por que os consegue curando-se das bexigas, isto é, reproduzindo em quantidade enormissima o virus das bexigas, que em quantidade infinitesimal tinha perturbado a saúde, e ficando no fim desse trabalho de reproducção de uma causa de enfermidade preservada de nova invasão dessa mesma enfermidade ? Oh! se isso fosse assim ! a phthisica havia de eurar-se da mesma maneira que as bexigas. Uma vaccina havia de haver para os phthisicos como ha para os bexiguentos! E quem nos diz que isto não é assim ? Mas, se assim é, a phthisica deve ser contagiosa como o são as bexigas. E quem nos diz que a phthisica não é contagiosa? Ella não é contagiosa, quando a natureza não pôde reproduzir, como faz comas bexigas a causa da enfermidade. Quando o trabalho que a natureza emprega para curar a phthisica fôr regularmente a seu fim, se é verdade que então a natureza terá reproduzido o virus da phthisica, como nós vemos que ella reproduz o virus das bexigas, então nesse momento a phthisica ha de ser contagiosa : mas então nesse momento igualmente o remédio da phthisica ha de ser o mesmo virus da phthisica; assim como o remédio das bexigas é o virus das mesmas bexigas. Mas isto será para a natureza só : ella só poderá effectuar essas suas curas espontâneas, que, sendo como as observamos, são por meios idênticos ou isopathicos; e nós não podemos dispor senão de meios semelhantes. E qual será o meio semelhante ou homoeopathico ao virus da phthisica? Nós o havemos de encontrar, Deos ha de ajudar-nos. Nós unhamos feito abstracção das causas moraes da phthisica e, havendo fallado em virus e causas dynamicas 'o podendo UAI*. XXII. PEITO 655 mesmo ter fallado de causas mecânicas) da phthisica pulmonar, parece que teríamos de cahir em contradicções quando houvesse- * mos de assignalar á phthisica uma causa moral. Não é assim. As causas materiaes que unicamente operão por sua massa, ou que attenuadas operão dynamicamente, estão no mesmo caso das causas moraes; é sempre o ser immaterial; o que soffre elle soffre a vida, soffre esta continuada luta contra as influencias exteriores, e a matéria de que se reveste, ou com que manifesta a sua presença na terra do exilio, é constantemente modificada por essas influencias que dentro de certos limites permittem a vida em saúde, e fora destes limites vão gastando essa vida, que resiste, modificando a matéria ás vezes tanto que não soffre comparações. Mas as modificações, e até mesmo as transforma- ções todas por que passa o organismo, por mais materiaes que se nos apresentem, sempre têm por principio o ser espiritual, e sempre têm por fim a conservação da vida, como quer que tenhão sido determinadas por uma influencia material ou moral immediata ou remota. Não repugna, portanto, que uma causa moral determine o apparecimento de uma phthisica pulmonar, ainda que seja em pessoa que nenhuma disposição physica tivesse para semelhante enfermidade, quanto mais naquellas em que se notão algumas predisposições. De muitas espécies podem ser as causas moraes que oc- casionem ou desenvolvão a phthisica puimonar, mesmo a que é caracterisada por tuberculos; mas hão de ser de um gênero só todas essas espécies ; hão de ser do gênero das affecções deprimentes, com ou sem contrariedade, quero dizer, oppondo- se obstáculos ou não ao exercicio da vontade ou á fruição dos gozos de instineto e de sentimento. E de todas estas espécies áquella em que o amor, ou mal correspondido, ou por outra maneira infeliz, tem o primeiro lugar, é a que mais vezes tão funesta acção exerce, tão fataes conseqüências tem, particular- mente nas donzellas. Cumpre remover, se é possível, todo o obstáculo á livre satisfação de uma paixão amorosa que licita fôr; cumpre a tempo medir todo o alcance da inclinação inconsiderada que possa uma donzella ter por um homem indigno delia; e sem deixar perceber de maneira nenhuma que se quer contrariar esta inclinação, cumpre faze-la substituir pela que mais digna 656 CAP. XXII. PEITO fôr, etc.; mas quando se ha sido negligente, e menos previsto e inhabil, difficil é a escolha entre dous males; entre o mal que se vê começar pelas contrariedades, pelos obstáculos que se oppôem, já tarde, ao complemento dessa indiscreta paixão, e o outro mal que poderia decorrer do complemento indiscreto ou inconveniente delia. Tarde é para escolher; e se não se ha tido o cuidado de educar a donzella no justo amor e temor de Deos, que são os germens únicos do amor de filha, e da obediência pacifica, pela razão mais que pelo medoou^respeito, etc, muito - mais tarde é para escolher entre dous males que não se soube evitar, e o melhor então será deixar á Providencia o futuro, e para poupar a vida condescender em que a victima do erro seja immolada. Póde-se ainda contemporisar; mas é este ura palliativo que não aproveita quasi nunca. Cumpre em todo o caso recorrer á sciencia, para que tudo se não perca e ao menos a vida se salve. Em todas as moléstias, e na-phthisica especialmente, é necessário preferir os medicamentos cujos symptomas sobre o estado moral mais deaccordo estiverem com os que nesse sentido accusa o doente, quer tenha tido a moléstia uma causa pura- mente material, quer essa causa seja moral essencialmente. Recommendamos com muito cuidado a leitura, ou para melhor dizer o estudo dos effeitos dos remédios homoeopathicos sobre o moral do homem, e os das enfermidades moraes e mentaes em que semelhantes medicamentos já têm aproveitado. Para isso recommendamos a Matéria Medica por J. V. M. e os caps. Io, 3o, 5o, 19°, 20° e 21° desta Pratica Elementar. N. B.—O que até aqui temos dito da phthisica é applicavel a todas as moléstias do peito, quer tenhão a sua sede apreciável nos pulmões, quer no coração, quer n'outros órgãos ou depen- dências destes, etc.—J. V. M. GENERALIDADES PEITO INTERNAMENTE Agitação do coração : anac— nopeito : bell. petr. sen slanh thui. ' L Angustia, anxiedade no coração : ars. bell. cale caus dig merc. plat.—nopeito: acon. bry. cale carb.-veg. phos. stann! CAP. XXII. PEITO ' 657 Batimentos ou pulsações na região precordial: graph. nux- vom. preon.—nas costellas : nux-vom.—no sterno : sil. sulf.— accelerados : bar.-m.—que parecem*ser mais abaixo do cora- ção : cann.— mais fortes que o natural: ars. dig. dulc. mur.- ac.—intermiltentes : natr.-m. sep.—irregulares: ars. aur. laur. natr.-m.—lentas : laur.— tendo lugar mesmo depois da morte : bary.-mur.—não isochronas com o pulso : spig.— con- vulsivas : caie natr-m. staph. : Calor no coração: op.—nopeito : ars. bar.-m. bry. nux.-v. op. puls. rat. rut.—que sobe ao peito : ol.-an. phos. plat. thui. Compressão no coração : arn.—no peito: arn. ars. carb.-veg. caus. oleand. rut. Congestão no coração: lyc. puls. sulf.—para a noite; puK —nopeito: acon. aur. bell. chin. dig. merc. nux-vom. phos. spong. sulf. Contracção no coração: ang. cale kali.—no peito : arn. :irs. canth. coce cupr. dig. laur. nux-vom. plat. puls. verat. Dôres de peito, ao ar livre: nux-vom. — apoiando sobre o peito : puls. seu.—estandoassentado : staph.— abaixandn-se: alum. oleand.—levantando os braços : ant. led. spig. sulf.— movendo os braços : ang. camph. led. spig.—bebendo : arn. cup. thui.—que se mitigão pelo calor exterior :bary. carb.-veg. —cantando: am.-c— depois de ter cantado: sulf.— pelo exercicio a cavallo : graph.— estando deitado : assar, nitr.— sobre um lado : plat. sabad. sulf.—sobre o lado affectado : cale. lyc. sabad. sulf.—sobre o lado são : stann.—curvando-se sobre o lado doente : cale—que não permittem estar deitado senão sobre o dorso : bry.—durante a dyspnéa ou respiração difficil: ars. puls. silic—pela respiração difficil: selen.—por esforços corporaes : arn. bor. rat. — produzida pelos arrotos : dros. meph. mer. sec sil. sulf.—pelo ar frio : bry. carb.-veg. petr. —bebendo frio : am.-m.—movendo-se na cama : sulf.—de ma- nhã cedo : phell. phos. sen. squill. sulf.—subindo : bary. carb. graph. nux-vom.—subindo uma escada : rat. rut.—durante a noite: alum. lach. mer. nux-vom. puls. rut.—fallando: bor. cann. kali. lyc. rhus. stram. sulf.—inclinando-se para diante : arg. dig.-*-dando voltas ao redor : sulf.—melhorando pelos arrotos : baryt. carb.-veg.—durante a comida : pceon —depois da comida: arn. chin. lach. phos. thui. verat.— durante o re- 658 GAP. XXI1. PEITO pouso: euphorb. rhus.-—respirando: acon. bry. chin. nitr.-ae sabad. sep. sulf.—respirando profundamente : agn. bry. cale caust.meph. natr.—expirando : colch. dulc. oleand.—inspirando: bry. cale—dando voltas na cama: sulf.—rindo: lyc plumb.— na cama de noite: sep. verb.—pelo tocar: arn. cale coloch. phos.—somente no sterno : alum.—tossindo: bor. bry, sabad. sulf.—por um esforço : arn. caus.—com muito calor : puls.— com impossibilidade de estar deitado do lado affectado : sulf.— na região precordial com desanimo : daph.—com calor na face: kreos.—com rubor na face : spig.—com insomnia : bell. nux- vom.—com lingua secca e vermelha : mosch.—com displicência: gran.-^-cornas pupillas dilatadas: mosch.—com vista fixa: chin. —com escarros de sangue : bry. millef. op. stann. sulf.— com seccura da lingua : mosch.—com suspiros : coce—com vômitos: cann. PEITO EXTERNAMENTE Dôres de manhã: calad.—durante o movimento: ang. ran. —durante o movimento dos braços : ran.—carregando: ant.— aggravadas no descanso: rhus.— aggravadas ao tocar : ran. Erupções : cale grat.—de botões, nós : grat. tab. Oppressão do peito : anac ang. ant. ars. bell. camph. carb.- veg. chin. colch. ign. lycop. phos. plat. rhus. sep. sulf.—com difficuldade de respirar, com expectoração mui clara, com strias de sangue: phel.—com aspereza no larynge e a boca com grande humidade ou salivação : phel.— do coração: caus.— com melancolia : caus. Palpitação do coração: Cactus, acon. ars. aur. bell. caus. chin. coff. dig. lach. nux-vom. petr. op. phos. puls. sulf. verat.—vio- lentas, fortes: bell. bry. natr.-m. phos. puls. sulf. thui.—irre- gulares : ars.—sensíveis ao ouvido: bell. camph. dig. thui. —corapancadas na cabeça: bell.—visíveis: spig. sulf. tart. verat.—estando assentado: magn.-m. phos. rhus. spig. — es- tando curvado : ang. dig.—depois de ter bebido: con.—pelo cântico de igreja : anis. carb.-veg.—deitado sobre o lado do coração: ang. bar.-c. daph. natr.-m. nux-vom. puls.—sobre o dorso : ars.—pelas dôres do peito : lach.—depois de um es- forço corporal: ara.-c—depois de emoções moraes : phos. puls. —aggravadas pela fadiga: iod.—durante a marcha : nitr.-ae CAP. XXII. PEiTO 659 —de manhã cedo : carb.-an.^nux.-vom. phos.—na cama : ign. • kal.—depois de meio-dia : staph.—subindo : bell. sulf.—su- bindo escadas : aspar. natr. nitr.-ae thui.—durante o movi- mento: graph. staph.— alliviadas pelo movimento: magn.-m. —pela musica: carb.-an. staph.—durante a noite: ars. ign. puls. sulf.—quando hatrovoada: electr.—depois deter fallado muito : puls.—aggravadas inclinando-se para diante : spig.— depois da comida: cale lyc. nux-vom. phos. puls. thui.—no descanso : phos. rhus.—com repuxamento no braço direito : fer. magn.—depois das evacuações: caus. tart.—para a tarde : ang. carb-an. nux-vom. phos.—na cama : ang. lyc—durante um trabalho intellectual: ign. staph.—com anxiedade* ars. cale dig. kali. lach. lyc. nux-vom. phos. plat. puls. verat.—com soffrimentos asthmaticos : acon. bry. puls. verat.—com dôres de cabeça : bov.—com calor: acon. nitr.-ae—com dôr mesmo no coração: ign.—com dôr no peito: nux-vom.—com retracção no estômago: am.-e— com fraqueza no estômago : am.-e— com pallidez da face: amb.—com calor da face: acon.—com frios : hcemat.—com desfallecimento : acon.—mãos quentes: hcemat.—náuseas : bov. nux-vom. thui.—com oppressão : aur. —com pulso pequeno : hcemat.—com suor diminuído nos pés : hcemat.—com tosse e ;calor : lach.—com vertigem : bov.—com a vista escura: puls. Paralysia dos pulmões: lach. (Vede Orthopnéa Paralytica.) Respiração anciosa: acon. ars. bell. bry. ipec laur. plat. plumb. spong.—convulsiva : cupr. lach.—curta : acon. ars. bell.[bry. merc. prun. puls.—difficil, dyspnéa : acon. ars. bell. bry. cale dros.jjdule nux-vom. op. puls. sep.—difficil, não se podendo deitar sobre os lados do peito, mas somente sobre o peito: phoel.'—difficil, fingindo a respiração dos asthmaticos , com um gosto mais adocicado, e ainda continuando depois de beber água: phel.—dolorosa: led. viol.-od.—fraca : laur. phos. viol.-od.—freqüente: lach.—com gemidos: acon. ars. bell. bry. ign. ipec. lach. silic stram.—apressada: arn. ipec. nitr.- ae phos. plumb. prun.—intermittente: bell. cin. coce. op. —irregular:bell. chin.?nux-vom. op.—lenta: acon. arn. bell. bry. camph. con. laur.' nux-vom.| spong.—lenla dormindo : acon.—lenta com possibilidade somente de'estar direito : cann. —lenta com a cabeça alta: chin.—profunda, isto é, necessi- dade de respirar profundamente): arn. bell.bry. cale cale-phos. 660 GAP. XXII. PEITO ' camph. carb.-veg. cham. cupr. lach. merc. nux-vom. sitie spong.—com ralo mucoso : bell. bry. hep. ipec. lauro. lyc op. spong.—rápida:bell. ipec. puls. samb.sulf.— sibilante: ars. cale cham. chin. graph. kali. phos. stann. sulf.—superficial: acon. puls.—com suffocações: ars. cham. chin. asp. fer. graph. ipec. lacli.merc.mosch.nux-voin.op. phos. puls. samb. sulf.--difficil ao ar livre: ars. aur. graph. puls. sulf.—cora dôres de peito: nux-vom.—ao ar frio : ars. petr. puls.— com dôres de peito : bry. carb.-veg. petr.- ao calor do quarto : ars.—com dôres de peito apoiando-se sobre elle: seneg.—estando assentado : alum. dig. dros. euphr. lach. phos.samb.--sentado curvado : dig. rhus. — abifixando-se: cale silic. — abaixando-se com dôres de peito: alum. oleand.—depois de ter bebido : bell. nux-vom. —depois de haver tomado muito café : bell.—que melhora mu- dando de posição : bary.-c—como por congestão : cale puls. tereb.—tocando o pescoço: bell. lach.—estando deitado : ars. cale dig. hep. lach. nux-vom. phel. phos. puls. samb. sep. sulf.—deitado sobre o lado : carb.-an. puls.—deitado sobre o lado direito : bry. phel.—deitado com a cabeça baixa : chin. colch. hep. nitr. puls.—correndo rapidamente : ign.— depois de ter corrido : silic.—conservando-se em pé : phel. sep.—du- rante a deglutição : bell.—causado por dôres de peito : selen.— durante as dôres de peito : ars. bry. puls. silic.—por esforços corporaes: am.-e arn. ars.—proveniente do estômago : caps. rhus. — por uma expectoração mui freqüente: sep. — por uma expectoração supprimida: bry. sulf. — por se encole- risar: ars. staph. — por fraqueza : cycl. — com peso no peito : cann. ign. sabad.—por causa do ar contido no peito : carb. zinc— ao ar frio : ars. petr. puls. — movendo-se na cama: spig.—caminhando: ars. bell. carb.-veg. led. lyc. nux-vom. phel. puls. sep. stann.—caminhando apressado : caus. puls- —de manhã cedo: bell. kali. nux-vom. phos. tart.—na cama : carb.-an. magn.-s. tart.—com o aperto dos vestidos : caus. sassa.—depois de um resfriamento : bry. ipec nux-vom. puls- —por causa de affecção dos rins. — puls. selen. sulf.—du- rante a comida: magn.-m.—depois da comida : ars. carb.-an. cham. chin. mer. nux-vom. puls. sulf. zinc—durante o re" pouso: fer. silic—por causa de muito rir : ars.—durante as evacuações alvinas: rhus.—para a tarde : ars. chin. phos. puls. stann. sulf.—durante o somno: lach. sulf.—pelo vapor do CAP. XXII. PEITO 661 enxofre : camph. puls.—tossindo : cupr. puls. phel.—durante o trabalho intellectual: lyc. silic—durante o trabalho manual: natr.-mur. nitr.-ae silic.—por um tempo ventoso : ars. cale— com afflicção : acon. arn. ars. bell. cale kali. lach. merc. nux- vom. op. phos. plat. puls. stann.—com dôres no epigastrio : nux-vom.—com os lábios vermelhos : spig.—com melancolia : caus.—com náuseas: canth. lach. nux-vom. puls.—com seccura do nariz: canth.—com zunido nos ouvidos: nux-vom.—com la- grimas: ran. samb.— com pulso muito freqüente : nux-vom. —com vontade freqüente de ir á banca: bry. lach.—com grande sede : lach.—com suor : ars. lach. nux-vom.—com tosse : phel. phos. puls. sep. sulf.—acompanhada de vertigens: puls*. sep. Sensação de calor no coração: croce rhod.— no peito : anac. aur.—de excoriação no peito : cale carb.-veg. colch. merc- stann.—durante o movimento: colch.—pela palavra: lyc.— respirando: cale nitri.-ae—ao tocar: cale colch.— tossindo: nitr-ac.—no coração : magn.—no sterno: led. mez. sabin.— de extensão no peito : oleand.— de fadiga no coração : rhus. —de fadiga nopeito : phos-ae stann. sulf.—pelo canto : carb.: veg. sulf.—depois de terexpectorado : stann.—de fraqueza no peito lendo em voz alta : coce—depois de ter fallado : cal. phos.-ac. rhus stann. sulf. sulf.-ac—depois de um passeio ao ar livre: merc.— para alarde: ran.-sc.—como se a vida es- tivesse a extinguir-se : merc. Astlima.—Para acalmar immediatamente um accesso de asthma, os melhores medicamentos são, segundo as circum- stancias : acon. ars. cham. ipec. mosch. op. samb. tart., ou também: bell. bry. chin. n.-mos. puls. Para destruir a disposição á volta destes accessos, dever-se-ha com preferencia consultar : ant. ars. cale nux-vom. sulf., ou também : am.-e carb.-v. caus. cupr. fer. graph. kal. lach. lyc. nitr.-ae phos. sep. -stann. zinc. Quanto ás causas occasionaes da asthma, se esta depende de congestões de sangue no peito, poder-se-ha com preferencia consultar: acon. cactus, aur. bell. merc. nux-vom. phos. spong. sulf., ou ainda: am.-e cale carb.-v. cupr. fer. puls. Se estiver ligada a desordens menstruaes : bell. coce cupr. merc nux-vom. puls. sulf., ou também : acon. phos. sep. Se é produzida por accumulação oq retensão de flatulencias no ventre {asthma /?aíwfenío):.anis.-stell. carb-v. cham. chin. tomo n 84 662 CAP. XXII. PEITO nux-vom. op. phos. sulf. zinc, ou também: ars. caps. hep. natr. verat. Se existe accumulação de mucosidades nos bronchios ou pul- mões (asthma humida, mucosaou pituitosa) : ars. bry. cale chin. cupr. dulc fer. lach. phos. puls. sen. sep. stann. sulf., ou também: bar.-e bell. camph. con. hep, ipec. merc. nux-vom. sil. tart. zinc. Havendo espasmo pulmunar franco (asthma espasmodica, propriamente dita, caimbras de peito, etc.) : bell. coce cupr. hyos. lach. mosch. nux-vom. samb. stram. sulf. tart. zinc, ou também: ant. ars. bry. caus. fer. kal. lyc. op. sep. stann. Talvez seja a curarina conveniente nestes casos. Não o pode- mos affirmar á falta de observações clinicas, mas os symptomas pathogenicos desta substancia nos indicão a sua efficacia em todas as affecções espasmodicas. Além disso, para a asthma produzida pela inspiração da poeira, e mormente de uma poeira pedregosa, corao a que se encontra onde trabalhão os esculptores e cavouqueiros, poder- se-ha com perferencia consultar: cale hep. sil.sulf, ou também: ars. bell. chin. ipec nux-vom. phos. Para a asthma produzida pelo vapor do enchofre : puls.—pelo de corre ou arsênico : merc. hep. ipec, ou também: ars. camph. ou cupr. Para a que resulta de ura resfriamento: acon. bell. bry. dulc ipec, ou também : ars. cham. chin. e nux-vom. Manifestando-se em conseqüência de uma emoção moral : acon. cham. coff. ign. nux-voin. op. puls. verat.— um catar- rho supprimido: ars. ipec. nux-vom.. ou também: camph. carb-v. chin. lach. puls. samb. tart. Além disso, para as affecções asthmaticas das crianças, muitas vezes serão úteis: acon. ars. bell. cham. coff. ipec mosch. n.-mos. op. samb. tart., ou também : camph. chin. cupr. hep. ign. lach. lyc phos. puls. stram. sulf. (Vede o cap. 20, secção segunda, e additamentos.) Nas mulheres hystericas : acon. bell. cham. coff. ign. mosch n.-mos. nux-vom. puls. stram., ou também: asa. aur. caus. con. cupr. ipec. lach. phos. sep. stann. sulf., etc. (Vede cap. 20, secção primeira.) Nas pessoas idosas: aur. bar.-c con. lach. op., ou também: ant. camph. carb.-v. caus. chin. nux-vom. sulf. GAP. XXII. TEIT0 663 Finalmente, qualquer que seja o nome que tenha uma ou outra das diversas affecções asthmaticas, servindo de guia o com- plexo dos symptomas, poder-se-ha de preferencia consultar: Aconitum, principalmente nas pessoas sensíveis, nas jo- vens, eque passão uma vida sedentária, maxime se os accessos têm lugar depois da mais ligeira emoção moral, ou havendo : dyspnéa com impossibilidade de respirar profundamente; in- quietação, agitação, calor e suor,—ou também nas crianças : tosse suffocante de noite com voz ladrante e rouca ; constricção espasmodica do larynge e do peito ; respiração anciosa, curta o difficil, com a boca aberta, e grande angustia, com impossi- bilidade de proferir palavra alguma distincta ; ou também se uos adultos a asthma é acompanhada de congestão na cabeça com vertigens, pulso cheio e freqüente; tosse com expectoração de sangue. Arsenicum, na maior parte das asthmas chronicas ou sub- agudas, com oppressão da respiração,tosse e accumulação de um muco espesso nopeito; respiração curta, principalmente depois da refeição ; oppressão do peito e falta da respiração andando depressa, subindo, assim como por qualquer movimento, e mes- mo rindo ; constricção do peito e do larynge, e pressão dolorosa no pulmão e na boca do estômago, com anxiedade e accessos de suffocação, augmentados pelo calor do quarto ; accessos de suf- focação, mormente de noite ou de tarde na cama, com respira- ção anhelante ou sibilante, com a boca aberta, e grande angustia, como se estivesse para expirar, e com suor frio : remissão dos accessos apparecendo tosse com expectoração mucosa, ou de uma saliva viscosa com pequenas vesiculas; renovação dos ac- cessos por um tempo áspero, pelo ar livre e frio, assim como com a mudança da temperatura e pela roupa quente e aper- tada ; apparecimento de uma grande fraqueza com accessos; de tempos em tempos dôres e abrasamentos no peito. (Ainda mesmo nos accessos de asthma aguda, ars. convém muitas vezes de- pois de ipec, se todavia não é antes indicado no principio.) Belladona, principalmente nas crianças e mulheres de uma constituição irritavel, propensas a espasmos; com oppressão da respiração e falta de fôlego, acompanhada de ten- são no peito e picadas debaixo do sternum; accessos de uma tosse nocturna e secca com catarrho, ou de tosse humida com expectoração mucosa, depois da refeição; respiração anciosa, 664 CAP. XXII. PEITO gemente e umas vezes profunda, outras curta e rápida, com a boca aberta e grande esforço do peito; constricção do larynge com perigo de suffocação, apalpando a garganta, e voltando o pescTjço ; agitação e pulsação nopeito com palpitação do coração; accessos asthmaticos com perda dos sentidos, relaxamento de todos os músculos e evacuação involuntária de ourina e de excrementos. Bryonia, principalmente quando ha oppressão da respira- ção e falta de fôlego, maxime de noite, ou sobre a madrugada, com colicas lancetantes, vontade de ir á banca, impossibilidade de respirar estando deitado sobre o lado direito, pressão e ten- são em todo o peito e sensação de constricção ao ar frio ; tosse freqüente com dôres nos hypocondrios, titulação na garganta, vô- mitos e expectoração, a principio espumosa, depois mais espessa e viscosa ; aggravamento da oppressão da respiração fallando e por qualquer movimento ; allivio mudando a posição em que se acha deitado, assim como com a expectoração ; de tarde ou na cama, algumas vezes, palpitação de coração com angustia e pul- sação nas fontes; respiração difficil, gemente e anciosa, com es- forços dos músculos abdominaes e intermeiada de inspirações profundas; por qualquer esforço corporal, respiração lenta e pro- funda; a miúdo picadas no peito, mormente respirando e tossin- do, assim como por qualquer movimento. (Bry. convém sobre- tudo depois de ipec. nas asthmasagudas.) Cuprum, principalmente nas crianças ou pessoas hystericas, e ainda mais depois de qualquer susto, emoção incomraoda, resfria- mento, e antes das regras; constricção espasmodica do peito; so- luço, difficuldade de respirar e fallar, respiração rápida, estron- dosa e gemente com esforços convulsivos dos músculos abdo- minaes ; oppressão da respiração, mormente andando ou su- bindo, com necessidade de respirar profundamente; tosse curta e espasmodica, com suffocação; accesso de suffocação e ins- piração sibilante tentando respirar profundamente; estertor no peito, como por mucosidade ; expectoração de um pus branco e aquoso, sensação de vácuo e cansaço na boca do estômago, e sensibilidade dolorosa nesta parte ao tocar-lhe; effervescencia de sangue com palpitação do coração, semblante vermelho e coberto de um suor quente ; aggravamento do estado na época das regras. Ferrum, havendo forte erethismo no systema sangüíneo GAP. XXII. PEITO 665 oppressão do peito, com movimento quasi imperceptível do thoraz, ao inspirar, e as ventas muito dilatadas durante a ins- piração ; oppressão da respiração mormente de noite ou de tarde na cama, estando deitado de costas, com a cabeça baixa, assim como em geral no repouso e por pouco que cubra o peito; me- lhoramento descobrindo-se e endireitando o thorax, assim-como com qualquer esforço physico o intellectual: accessos de suffo- cação de tarde na cama, com calor no pescoço e thorax, estando os membros frios; constricção de caimbras no peito, auginen- tadas pelo movimento e andar; accessos de tosse espasmodica com expectoração de um muco viscoso e transparente ; escarros ensangüentados. Ipecacuanha, se, nas crianças ou adultos, ha falta de fô- lego, accessos nocturnos de suffocação, constricção e caimbras, estertor no peito por accumulação de mucosidade; tosse secca e curta, grande angustia e medo da morte, gritos e agitação; rosto alternativamente vermelho e quente, ou pelle fria e pallida; feições anciosas, náusea com suor frio na testa; respiração anciosa. rápida e gemente, ou curta e opprimida, como por poeira; tensão tetanica do corpo, com rubor azulado do rosto. —E' principalmente nos accessos de asthma aguda que ipec será indicada em primeiro lugar; exhaurida sua acção, achar- se-hâo freqüentemente indicados: ars. bry. ou nux-vom. Moscuus, em quasi todos os casos de asthma, não como remédio dignitivo, mas como calmante poderoso, quando ha : violento accesso começando por vontade de tossir com cons- tricção do larynge como por vapor de enxofre, caimbras no peito e dôres que corlão a respiração; rubor das faces, c ás vezes com inchação ; pupillas dilatadas, lingua rubra e secca com sede ardente; nos homens exaltação no appetite venereo, polluções dolorosas em erecção, ou náuseas e vômitos depois do coito; nas mulheres, menstruação muito abundante com peso no baixo-ventre e nas partes genitaes. Nux-vom., respiração curta ou lenta esibilante; oppressão an- cioso do peito, mormente de noite de madrugada e depois da refei- ção; constricção espasmodica, sobre tudo na parte inferior do peito, com falta de respiração andando, fallando, ao ar frio e com qualquer movimento : orthopnéa e accessos de suffocação nocturna, principalmente depois da meia-noite, precedidos de sonhos anciosos; tosse curta, com expectoração difficil; escar- 666 CAP. XX1I. TE1T0 ros ensangüentados; oppressão da roupa sobre o peito e hypo- condrios ; tympanismo, dôres pressivas e anxiedade na região precordial e hypocondriaca; tensão e pressão do peito ; congestão para o peito, com effervescencia do sangue, calor, ardor e pal- pitação do coração; grande angustia c sensação penivel no corpo, allivw do estado asthma tico deitando-se de costas ou sobre o outro lado, assim como endireitando-se quando deitado. Phospiiorus, se ha respiração ruidosa e anhelante, dysp- néa, oppressão da respiração e oppressão do peito, principal- mente de tarde ou de madrugada, assim como durante o movi- mento, ou estando sentado ; grande angustia no peito ; respira- ção sibilante, de tarde, adormecendo ; accessos de suffocação nocturna como por paralysia dos pulmões; constricção de caim- bras no peito; tosse curta com expectoração, umas vezes salga- da, outras adocicada, ou mesmo ensangüentada; picadas, ou pressão, peso, plenitude e tensão no peito; congestão de sangue no peito , com sensação de calor, que remonta até á garganta, com palpitação do coração; constituição phthisica. Pulsatilla, principalmente nas crianças, depois da sup- pressão de uma erupção miliar, assim como nas pessoas hyste- ricos, depois da cessação das regras, ou em conseqüência de um resfriamento; com respiração rápida, curta e superficial, ou com estertor; suffocação como pelo vapor do enxofre; op- pressão do peito, falta de expiração e accessos de suffocação, com angustia mortal, palpitações do coração e constricção espasmo- dica do larynge e do peito; mormente de noite, ou de tarde es- tando deitado horizontalmente; augmento dos soffrimentos asth- maticos com o movimento, assim como subindo e passeiando ao ar livre ; tosse curta, anhelante, com suffocação ou expecto- ração mucosa, abundante, com escarros ensangüentados ; tensão de caimbras, sensação de plenitude e oppressão no peito , com calor interior e effervescencia de sangue; picadas no peito e •nos lado. Samuucus, principalmente 7ias crianças e maxime se ha: respiração sibilante e rápida oppressão do peito, com oppressão no estômago e náuseas ; pressão sobre o peito, como por um fardo, com angustia e perigo de suffocação ; suffocação estando deitado ; accessos de suffocação nocturna, com constricção espas- modica do peito ; desperto com sobresalto, gritos; grande an- gustia, tremor do corpo, estertor mucoso no peito e impossibi- CAP. XXH. PEITO 667 lidade de proferir palavra alguma em voz alta; somno doen- tio, com a boca e olhos meio abertos ; accessos de tosse suffo- cante com gritos. Sulfur, sobretudo contra os padecimentos asthmaticos chronicos, com dyspnéa por oppressão do peito não dolorosa ; suffocação freqüente de dia, mesmo fallando; respiração curta passeando ao ar livre ; suffocação; assobio, estertor mucoso, ronqueirão no peito; oppressão da respiração e accesso de suffo- cação, mormente denoite; plenitude e sensação de fadiga no peito; pressão no peito, como por um peso, depois de ter comido ainda que pouco; abrasamento no peito, com congestão de sangue, e palpitação do coração; tosse suffocante, com constricção de caimbras e pequenos vômitos ; expectoração mucosa, branca e difficil, ou abundante e amarellenta ; escarros ensangüentados, espasmos do peito, com apertos e dôres no sternum, rubor azu- lado do rosto, respiração curta com impossibilidade de fallar, D'entre os outros medicamentos apontados, poder-se-ha con- sultar : Ambra, principalmente nas crianças ou pessoas escrofulosas, com respiração curta e afflicta ; accessos de tosse espasmodica com expectoração mucosa, sibilo nas vias respiratórias, pressão no peito, etc. Am.monium, contra padecimentos asthmaticos chronicos, principalmente quando accresce um estado hydropico do peito, com respiração curta, maxime subindo, oppressão da respira- ção cora palpitação do coração depois do menor esforço corporal, congestão no peito e sensação de peso. Aurum, se ha congestão no peito, com grande oppressão da respiração e necessidade de respirar profundamente, sobretudo de noite e passeiando ao ar livre ; accessos de suffocação com construção espasmodica do peito, violenta palpitação do coração, rubor azulado do rosto, com perda dos sentidos. Calcarea, principalmente contra padecimentos asthmati- cos, com oppressão da respiração e tensão no peito, como por congestão de sangue, allivio esfregando as espaduas; necessidade de respirar profundamente, e sensação como se a expiração se retivesse entre as omoplatas; suffocação abaixando-se, tosse secca, freqüente, manifestando-se mormente de noite. Carbo-veg., principalmente contra a asthma espasmodica flatulenta, assim como nos padecimentos asthmaticos chrc- 668 CAP. XXII. PEITO nicas por um estado hydropico do peito, com oppressão e aperto da respirarão ; plenitude, engorgitumento e aperto ancioso do peito, respirarão difficil e carta, mormente andando; pressão e sensação"de fadiga nopeito; accessos freqüentes de tosse espasmodica, etc Chamomilla, sobretudo nas crianças, ou se ha accessos de suffocação, respiração curta e anciosa, incharão da boca do estô- mago e da região hypoconlriica, com agitação^ gritos e retracção das coxas; accessos de asthma em conseqüência de uma cólera ou resfriamento. China, contra dyspnéa e oppressão, com impossibilidade de respirar estando deitado com a cabeça baixa; silvo no peito respirando, tosse espasmodica e accessos de suffocação nocturna, como poraccumuhçào de mucosidades no larynge, com expec- toração difficil de um nmeo claro e espesso; pressão no peito com congestão de sangue, e oiüanta palpitara) do coração; rápido abatimento das forças ; escarros ensangüentados.- Cocculus, principalmente nas mulheres hystericas, ou se ha congestão de sangue no peito com dyspnéa, com constric- ção espasmodica do peito, maxime de um só lado ; pressão no peito, e effervescencia do sangue, com anxiedade e palpitação do coração; sensação de fadiga e vácuo no peito. Dulcamara, é um dos principaes remédios na asthma hu- mido, assim como nos accessos asthmaticos agudos em conse- qüência de um resfriamento. Lachesis, sobretudo nas pessoas atacadas de hydrothoraz, ou se ha: respiração curta, depois de ter comido, andando, e depois de um esforço braçal; oppressão da respiração dyspnéa e oppressão do peito, aagm>-ntadas depois da refeição; accessos de suffocação estando deitado, assim como tocando a garganta; constricção de caimbra no peito, que força a deixar a cama e a ficar sentado com o corpo inclinado para diante; respiração lenta e sibilante; necessidade de respirar profundamente, ma- .xime estando sentado. Moschus, principalmente nas pessoas hystericas, ou se ha: oppressão da respiração eaccessos de suffocação, como pelo vapor de enxofre, principiando por uma necessidade de tossir, e ag- gravando-se depois a ponto de levar á desesperação , constric- ção espasmodica do larynge e do peito, mormente apanhando frio. CAP. XXII. PEITO 669 Opium, se ha congestão no peito, ou espasmos pulmonares, com respiração profunda, estrondosa, com estertor; oppressão da respiração e suffocação com grande angustia, tensão e cons- tricação espasmodica do peito ; accessos de suffocação durante o somno com pesadelos; tosse suffocante com rubor azulado do rosto* Spongia, havendo oppressão, como por uma rolha no larynge; respiração sibilante, ou lenta ou profunda, como por fraqueza; estertor mucoso ; falta de aspiração e accessos de suf- focação depois de qualquer movimento, com fadiga, congestão de sangue no peito e na cabeça, augustia e rosto quente; accessos asthmaticos em conseqüência de um papo. Stannum, se ha oppressão de respiração e suffocação, mór" mente de tarde ou de noite, estando deitado, assim como de dia por qualquer movimento ; e muitas vezes com angustia e necessidade de alargar a roupa; oppressão e estertor mucoso no peito; tosse com expectoração abundante de um muco ordi- nariamente viscoso e grumoso, ou claro e aquoso, ou ama- rello e salgado, ou adocicado. Tartarus, sobretudo nos velhos, mas também nas crianças; ou se ha : oppressão anciosa, dyspnéa respiração curta, com necessidade de sentar-se, abatimento com accessos de suffocação, maxime de tarde ou de madrugada na cama ; accumulação de viscosidades com estertor no peito; tosse suffocante, ou conges- tão de sangue no peito, palpitação de coração. Veratrum, muitas vezes depois da acção de chin. ars. e ipec, sobretudo havendo accessos de suffocação mesmo endirei- tando-se, ou durante o movimento; dôres no lado; tosse pro- funda ; suores frios ou extremidades e rosto frios. Zincum, contra: oppressão da respiração, e oppressão pressiva no peito, principalmente de tarde ; respiração curta depois da refeição, por accumulação de flatuosidades; augmento dos padecimentos asthmaticos quando a expectoração pára; melhora- mento quando ella se restabelece. TRATAMENTO. — De qualquer dos medicamentos, 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 3a ou 5" dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4 ou 6 em 6 horas, segundo a gravidade do mal, espaçando á proporção das melhoras, repetindo o mesmo medicamento depois de esgotada a sua acção em mais alta dynam., no caso de ainda restar algum incommodo, ou to- mará outro que abranja o maior numero de symptomas. A Botica tomo n 85 670 CAP. XXII. PEITO Central á rua de S.José n. 59 possue o medicamento europeu— Barbosina—com o qual têm-se tirado maravilhosos resultados, obtendo-se mesmo fazer abortar violentos ataques asthmaticos; possue mais a—Bola do porco do mato—que também tem dado muito bons resultados. A applicação da Barbosina, é como a qualquer outro medicamento, a da Bola do porco do mato, é administrado sempre Ires dias antes de cada quarto de lua, e durante uma lunação completa, a principiar da lua nova: o Cactus grandif. é um excellente medicamento. £S^ Comparai Congestão de sangue no peito, Catarrho bronchico, Phthisica, etc. Contra a tosse : bell. con. hep. merc verat. (Vede Orthop- néa PARALYTICA.) OBSERVAÇÕES CLINICAS ASTHMA Aconitum e bryonia melhorarão rapidamente um homem de 36 annos, julgado em artigos de morte por violento ataque de asthma. Depois lycopodium, calcarea e graphitis fizerão reap- parecer uma erupção supprimida havia muitos annos, e pouco a pouco curarão o doente radicalmente.—Dr. Clayvaz. Aconitum curou, por uma só dose, uma menina de 7 annos, atacada de noite de tosse e suffocação asthmatica com perigo de suffocação.—Dr. Rummel. Antimonium crudum e arsenicum prestão importantes serviços no tratamento da asthmu—Dr. Peschier. Antimonium tartaricum e arsenicum prestão serviços no tratamento da asthma; o primeiro é muito efficaz contra a persistência da febre.—Dr. Clement. Arnica curou uma dôr constrictiva no meio do sternum, correspondendo ao meio das espaduas eopprimindo a respiração, e augmentando ao menor exercicio.—Dr. Duplat. Arsenicum curou radicalmente uma asthma humida ; as me- lhoras se pronunciarão seguras logo vinte e quatro horas depois do remédio.—Dr. Hoffendahl. Arsenicum curou uma asthma espasmodica de dous annos, vindo por accessos, acompanhada de angustias mortaes e suores frios, principalmente de noite.—Dr. Sgiiweirert Filho. Arsenicum curou uma asthma de cinco annos, proveniente de GAP. XXII. PEITO 671 alternativas de frio e calor em occasião de ter a roupa aper- tada de mais em viagem, etc. Uma recahida foi igualmente curada por arsenicum.—Dr. Gross. Arsenicum repetido e depois bryonia, e mais tarde pulsa- tilla, contra um defluxo por causa de resfriamento, e bella- dona contra uma erupção escarlatinoide do ventre, curarão ou quasi curarão um homem de 28 annos, habituado a sangrar- se para combater os ataques de asthma, que lhe vinhão regu- larmente de mezes a mezes, passando bem nos intervallos, etc. —Dr. Malaise. Belladona. « Em dous casos tratei com vantagem a asthma thymica, repetida sempre que vinhão recrudescencias. » Curas incompletas.—Dr. Sehindler. Bryonia, alternada com nux-vomica, curou quasi completa- mente um negociante que havia 16 annos soffria dôres aslhma- ticas, tosse e expectoração de mucosidades viscosas, principal- mente de noite, etc, e havia tomado toda a sorte de remédios allopathicos sem resultado. Recahio depois de uma viagem lon- ga, por effeito de resfriamento, mas alliviava de ligeiros incom- modos que lhe ficarão tomando bryonia.—Dr. Muhlenbein. Bbyonia a deve ser recommendada nos espasmos do peito, nas suffocações asthmaticas, antes epidêmicas do que perma- nentes. Os doentes queixão-se de ter o peito opprimido, com uma pressão no meio do sternum, sem dôr. Comtudo a pressão não existe sempre simultaneamente com o aperto, e este pôde igualmente encontrar-se sem ella. O doente deita-se muito bem do lado direito fora dos accessos, mas durante estes só pôde estar deitado de costas, nelles tem tosse com cócegas na gar- ganta, escarros mucosos, vontade de vomitar, e até vômitos com dôres nos hypocondrios. Se a tosse é grossa, ou se ella faz vomitar, o aperto do peito diminue ; comtudo estes dous symp- tomas não estão essencialmente ligados, e podem apparecer isolados um do outro. Havendo asthma, o menor ar fresco é capaz de a levar a um gráo subido de intensidade ; a palavra, o movimento e até o levantar da coberta a augmentão, a ponto que o doente receia suffocar-se. Muitas vezes estes acci- dentes são occasionados pela fraqueza do estômago, e a menor quantidade de alimento produz uma inchação no epigastrio, que allivia um pouco pelos arrotos, os quaes têm o sabor dos alimentos ingeridos. Se este caso não tem lugar, o doente ex- 672 CAP. XXII. PEITO perimenta logo uma agitação anciosa que a pressão dos vestidos no baixo-ventre augmenta muito. Dôres causadas por gazes e prisão de ventre Pulso pequeno concentrado, mas freqüente ; irritabilidade, propensão a enfadar-se. Bryonia 12» é neste caso a dose que melhor convém; comtudo é necessário repeti-la no fim de oito a doze dias. Mais vale ainda, em lugar da segunda dose, fazer tomar nux-vom. 12» a 18.» Duas ou três doses des- tas substancias alternadas bastão, a maior parte das vezes, para fazer cessar a asthma de que se trata. »— Dr. Hartemann. Cannabis sativa curou radicalmente um velho de 60 annos, que soffria asthma periódica, contra a qual tinhão sido inúteis todos os remédios allopathicos. Os remédios homoeopathicos nux-vom. ars. kali. sepia tinhão sido administrados; tinhão curado os accessos mas não prevenido as recahidas.—Dr.Gross. Cuprum, seguido de mercurius solubilis, melhorarão conside- ravelmente, e por fim curarão uma asthma, com caimbras vio- lentas no peito e regras muito abundantes, em uma mulher de trinta e tantos annos, que soffreu as primeiras caimbras por causa de um susto. O cuprum, que determinou as primeiras melhoras, produzio depois effeitos pathogenicos consideráveis nesta mulherj a qual estando já muito melhor moeu tintas em que entrava ou azebre ou pedra lipes ; então mercurius, que a principio servio de remédio, depois de cuprum, servio de antí- doto depois delle neste accidente ou recahida.—Dr. Gross. Cuprum carboNicum curou uma asthma simples, rebelde, em um menino de 6 annos, que no mais não soffria nada, mas tinha tido umas crostas de leite, que lhe havião feito desappa- recercom remédios exteriores.—Dr. Knorre. Ferrum carbonicum curou um homem idoso, que soffria de asthma por erectismo do systema vascular e congestão de san- gue no peito, todas as noites, maxime estando com a cabeça baixa ; de dia trabalhando soffria pouco.—Dr. Knorre. Ignatia amara, nux-vomica e bryonia curarárão uma mulher de 52 annos, que soffria de asthma desde a idade de 7 annos, sempre que molhava as mãos e os pés em água fria, etc. Tinha por fim tão violentos ataques de tosse convulsa e suffocante que ficava como morta.—Dr. Romani. Ipecacuanha, uma dose, curou uma tosse espasmodica antiga, com suffocações taes que fazião perder os sentidos, a um capi- tão, etc, que ficou gozando perfeita saúde—Dr. Sonnenberg. CAP. XXII. PEITO 673 Lachesis. Cura duvidosa n'um velho de 60 annos, plethorico, muito disposto a ter hydrothorax, e soffrendo de outros incom- modos do peito, até de asthma, todas as manhãs, se se levan- tava ligeiro.—Dr. Gross. Lachesis, depois de arsen., nux-vom. e ipec, que obtiverão melhoras passageiras, parecj que curou (parece dizemos, por- que a doente não permittio completar-se a observação) uma mulher de 76 annos, que soffria tosse suffocante e dyspnéa com inchação dos pés, etc; tosse curta guttural, expectoração difficil e rara (caracteristisco de lachesis), ourinas freqüentes, porém turvas, abdômen inchado, flatuosidades peniveis; a doente não podia supportar nada sobre o baixo-ventre ; mais tarde (outro symptoma característico de lachesis) sensação de um nó ou botão de grossura de uma avelã, no pescoço, pelo movimento da deglutição ou sem engulir, sensação que não tem lugar comendo. Este corpo parece subir muitas vezes e tornar a descer na deglutição, tendo um movimento de rotação. Parece sempre á doente que ella poderá expectora-lo, mas não o consegue. Depois de lachesis exacerbou-se este incommodo; ao terceiro dia veio pela primeira vez um escarro de sangue ver- melho, e desde então as melhoras se pronunciarão. — Dr. Herring. Nux-vomica, depois de aggravar, melhorou uma asthma de 13 annos consecutivos e uma moléstia do baixo-ventre, em um padre robusto, com 44 annos de idade, o qual continua a viver menos incommodado, seguindo certo regimen e sobriedade. — Dr. Stapf. Nux-vomica, aconitum, colocynthis,arsenicum,carbo-animalis e vegetabilis, e por fim phosphorus, curarão um homem que soffria havia quatro annos uma asthma acompanhada de pade- cimentos hemorrhoidaes e outros que o fazião desesperar.—Dr. Kramer. Phosphorus melhorou consideravelmente um homem de 26 annos, que soffria asthma por accessos de dez em dez dias, depois de uma moléstia syphilitica mal curada e cancros vene- reos cauterisados, etc.—Dr. Schwartz. Pulsatilla curou uma camponeza de 20 annos, fraca e deli- cada, que tinha em criança soffrido varias esfermidades das quaes não se havia restabelecido sempre completamente; e soffria desde a idade de 16 annos, época das primeiras regras 674 CAP. XXII. PEITO fsempre muito dolorosas),.caimbras no peito, cada dia mais violentas, maxime na occasião da regras.—Dr. Harthmann. Pulsatilla. duas vezes, e por fim phosphorus, depois da ad- ministração inútil de chin. nux-vom. ars. e coce, curarão uma menina de 11 annos, que tinha crescido com muito rapidez, e soffria, havia três annos, grande oppressão de peito, augmen- tada pelo movimento e por qualquer esforço, e outros muitos incommodos que havião resistido a todos os tratamentos mé- dicos.—Dr. Bethmann. TV. B.—O Dr. Beauvais não concorda em que este caso seja de asthma, como lhe chama o Dr. Bethmann. Pulsatilla, depois de aconitum, curou em poucas dias uma asthma incipiente, por causa de uma repercussão de botões, que fez reapparecer, em um menino de dous mezes, que havia sido encerrado em um estreito aposento e mui quente, e ainda assim abafado com muita roupa, etc.—Dr. Bethmann. Sambucus, precedido de aconitum, e repetido, e por fim seguido de hepar-sulfuris, curou uma mulher, astlmiatica de quatro annos e meio, atacada tão violentamente que fazia suppôr imininente a morte por suffocação.—Dr. Widenhorn. Sambucus , alternado com hepar-sulfuris, tomados por seis dias consecutivos, curarão uma asthma de seis annos a um homem de constituição artereo-venosa que havia já soffrido hemoptyses.—Dr. Widenhorn. Silicea, precedida de sulfur, repetidas doses por um mez, de nux-muscala e ambra-grisea sem resultado, de spongia-tosta com diminuição de um tumor no pescoço, e de natrum muriati- cum com apparecimentosde regras abundantes, curou de asthma ede outros incommodos uma mulher de 35 annos, que ja tinha, havia três annos, soffrido uma moléstia do,peito com hydro- thorax, da qual, em grande perigo de vida, tinha sido salva pela homceopathia.—Dr. Malaise. Silicea, precedida de aconitum, pulsatilla, sulfur, arsenicum e hepar-sulfuris, curou um homem de 30 annos, alto, robusto, sem nenhum signal de lesão no coração, nem nos pulmões, etc, e comtudo soffria tosse, suffocações, dôresdilacerantes no peito, e outros muitos incommodos, que não tinhão cedido com tratamento nenhum.—Dr. Malaise. SpoNGiA-marina, repetida e seguida de calcarea-carbonica, curou uma moça de 19 annos, que desde a infância soffria en- CAP. XXII. peito 675 gorgitamento das glândulas do pescoço e affecções verminosas ; tinha tosse e asthma per causa de um resfriamento, vertigens, suppressão dos menstruos, muita fraqueza, etc—Dr. Gaspari. N- B.—Spongia provocou a sabida de muitas ascarides, e restabeleceu a menstruação. Sulfur, depois de helleborus, china, pulsatilla, belladona e aconitum, curou um menino que, além da asthma de que muito soffria , tinha uma otorrhéa mui fétida, que quando di- minuía augmentava os soffrimentos asthmaticos. — Dr. Bethmann. Sulfur, precedido inutilmente de sepia e seguido de silicea, pulsatilla e kali-carbonicum, curou pouco a pouco uma asthma violenta seguida de catarrho pulmonar, etc, em um carpinteiro de 60 annos, de temperamento colérico, usando de bebidas es- pirituosas, de café, etc.—Dr. Tietze. Sulfur curou um homem de 32 annos, que soffria asthma acompanhada de vertigens, pressão na testa e fonte direita; olho direito inflammado, sensações de marteladas no lado di- reito da cabeça, e muitos outros incommodos.—Dr. Gaspari. VERATRUM-album, repetidas doses, por fim intercaladas com ipecacuanha, nux-vomica e pulsatilla, curarão pouco a pouca uma asthma muito incommoda, em uma moça de 20 annos, fleugmatica e disposta á obesidade, filha de pai gotoso e de mãi doentia, e sujeita a caimbras de estômago.—Dr. Bethmann. Canlitis, e outras affecções do coração. — Os medi- mentos contra as affecções do coração, em geral, são : acon. ars. aur. cann. carb-veg. caus. dig. lach. lact. phos. puls. spig. spong. sulf. Ou também: ambr. asa. bell. con hyos. kreos. natr. natr.- m. nux-vom. rhus., ou ainda: cupr. mang. mosch. Os mais efficazes são comtudo, primeiramente: ars. lach. e sulf., e em segundo lugar : carb.-veg. e dig. Vipera-coralina, é indicada quando a circulação é interrom- pida de repente com violentíssimas dôres, e quando este phe- nomeno não se limita unicamente ao coração, mas também parece ter lugar na aorta abdominal, com refluxo da columna sangüínea e desfallecimento. Paraa carditis, poder-se-ha muitas vezes com preferencia consultar : acon. bry. cann. caus. lach. puls., ou também : ars. roce spig. 676 CAP. XXII. PEITO Para o rheumatismo agudo do coração : acon. caus. lach., e também : ars. puls. spig. Para os aneurismas : carb.-veg. lach. lyc., ou também : cale caus. graph. guai. puls. rhus. spig., ou mesmo ainda: ambr. arn. ars. fer. natr.-m. zinc—Possuímos uma observação muito importante da melhoras as mais decisivas alcançadas por nux-vom. Para a hypertrophia : ars. ? iod. ? phos.? spong. ? Para os polypos : lach., ou também : cale ? staph. ? Para as palpitações do coração, achar-se-ha muitas vezes convir: acon. arn. ars. aur. bell. berb. cham. chin. coce coff. fer. lach. nux-vom. op. phos. puls. sulf. e verat. , ou : cale dig. iod. lyc. natra.-m. sep. spig. spong, — com anxiedade: cale lyc. phos. puls.—intermittente : chin. dig. natr.-m. phos.- ac.—com tremor: cale spig. spong. Para as palpitações por congestão de sangue, ou por ple- thora, são principalmente : acon. aur. bell. coff. dig. fer. lach. nux-vom. op. phos. sulf. Nas pessoas nervosas, nas mulheres hystericas, etc. : asa. cham. coce coff. lach. nux-vom. puls. verat. Depois de emoções moraes: acon. cham. coff. ign. nux-vom. op. stram. verat. Depois de uma contrariedade : acon. cham. ign. nux-vom. Depois de um susto : op. ou coff. — Em seguida a uma alegria repentina : coff. — Por um forte medo ou angustia : verat. Em conseqüência de perdas debilitantes: chin.: ou também: nux-v. phos.-ac. sulf. Depois da repercussão de uma erupção, ou de antigas ulceras, etc. : ars, caus lach. sulf. TRATAMENTO. — De qualquer dos medicamentos, 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4 ou 6 em 6 horas, conforme a gravidade do mal, espaçando á proporção das melhoras. A Botica Central á rua de S. José n. 59 possue o cactus grandiílorus, medicamento especial para todas as affecções de coração. Vede sua pathogenesia no titulo desta botica, pag. LXVIII. De todos os medicamentos, dissemos nós, os mais efficazes nas moléstias do coração e do cardia são : ars. lach. sulf.; mas não dêmos as suas indicações diíferenciaes porque nenhumas CAP. XXII. PEITO 677 moléstias se revestem de mais variáveis symptomas do que as do coração; e comtudo bem longe estão todas ellas de ter sempre a tão grave importância que lhes dão muitos doentes e muitos médicos. Em verdade são graves por si mesmas; comtudo ellas influem, pela maior parte, de tal sorte no estado moral dos enfermos, que muitos a todo o instante julgão que morrem ; e, não obstante o desengano que lhes vai dando cada anno que passa, elles se conservão sempre aterrados ; e parece que quando o não estão bastante procurão firmar-se mais na sua idéa fixa, indo consultar a muitos médicos, sem darem credito a nenhum e sem se deliberarem a seguir um tratamento regular. Taes doentes não têm vontade própria ; não estão nas circumstancias de apreciar devidamente o seu estado, nem tão pouco o trata- mento que lhes pôde convir melhor. Taes doentes não se conside- rão alienados, porque ellesjámais são hostis, e fora do que tem relação com a sua saúde elles gozão do pleno exercicio de suas faculdades intellectuaes, supposto que nem sempre com a mesma energia e regularidade que d'antes. Elles, porém, a respeito de si próprios não podem deixar de ser considerados fracos de intelligencia e de vontade. E' caridade e dever tomar sobre elles, se é possível, certa preponderância, que elles não suspeitem e que os não contrarie, mas os dirija por um tratamento ho- moeopathico, regular e perseverante; e se elles se aperceberem de que são dirigidos a um fim, cujo alcance não podem apreciar, é mister não os contrariar, mas nem por isso abandona-los, nem abandonar o tratamento homoeopathico, o qual pôde ser conti- nuado sem que o próprio doente o presinta, ou deitando-lhe na boca os glóbulos homoeopathicos quando elle dorme, ou fazen- do-lhos tomar dissolvidos na água que bebe, ou de envolta no assucar ou no pão, ou de outra maneira ; porque só pelo trata- mento homoeopathico podem curar-se estas lesões do coração, que tanto atormentão os doentes. Os medicamentos de que fal- íamos já obtiverão curas que forão admiradas por todos os que sabião como os doentes se approximavão com passos rápidos a um fim desastroso ; mas nestas moléstias principalmente cum- pre encarar todos os symptomas, e apreciar devidamente as circumstancias características daquelles que devem guiar melhor a escolha do remédio mais homoeopathico ; por isso é mister estudar em toda a sua extensão os remédios que parecerem mais apropriados, e esse estudo só se pôde fazer na pathoge- tomo ii 86 678 CAP. XXII. PEITO nesia. (Vede Matéria Medica Homoeopathica publicada por J. V. M. e nesta Pratica Elementar, o cap. 5o, Affecções moraes.) ^^ Comparai Congestão no peito. Congestfto no peito. — Os melhores medicamentos são, em geral: acon. aur. bell. chin. dig. merc. nux-vom. phos. spong* e sulf., ou ant. arn. ars. bry. cale e seneg. Aconitum, é sobretudo indicado havendo ; forte oppressão com palpitação do coração; respiração curta ; angustia; tosse curta, secca e que perturba o somno, forte calor e sede. TRATAMENTO.—1 gotta ou 5 glóbulos da 3a ou 5' dynam,. em 3 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas, ou com maior ou menor intervallo, segundo a gravidade do mal. Aurüm, se ha : grande angustia, com palpitação de coração; oppressão ou mesmo accesso de suffocação, com sensação de constricção do peito; quedas, perda dos sentidos, e côr azulada do rosto. TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 3a ou 5' dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4 ou 6 em 6 horas, conforme a gravidade do mal, espaçando á proporção das melhoras. Belladona se ha : grande inquietação com pulsação no peito; palpitações do coração que respondem á cabeça ; oppres- são, dyspnéa, e respiração curta ; tosse amiudada que perturba o somno, e calor interno e sede. TRATAMENTO.— Como acon. China, principalmente em conseqüência de perdas debilitantes com palpitações do coração; dyspnéa e forte oppressão com grande angustia; ou também impossibilidade de respirar estando deitado com a cabeça baixa. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 glóbulos da 5« dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 8 em 8 horas, espaçando á proporção das melhoras. Digilatis, quando o doente soffre de angustias mortaes sem poder explicar-se, mudando muitas vezes de posição, sus- pirando muitas vezes, tendo olheiras e olhos encovados ; ex- pressão de profundo soffrímento, que altera profundamente as feições; concentração de sangue no peito, com pulso pequeno e tremulo; pelle fria, coberta de uma humidade por extremo des- agradável ao tacto. TRATAMENTO.—Como chin; assim como os medicamentos CAP. XXII. PEITO 679 abaixo mencionados, dando os medicamentos com maiores ou menores intervallos segundo o estado do doente. Mercurius, se ha oppressão anciosa e dyspnéa com eces- sidade de respirar profundamente; calor e abrasamento no peito; palpitação do coração e tosse com expectoração de sangue. Nux-vomica, havendo calor e abrasamento no peito; so- bretudo de noite, com agitação, anxiedade e insomnia; pres- são tensiva, como por um peso, sobretudo ao<§r livre, com dyspnéa e oppressão da roupa sobre o peito. Phosphorus, se ha: forte oppressão com peso; plenitude e tensão no peito ; palpitações do coração; angustia e sensação de calor que remonta á garganta. Spongia, quando ha: effervescencia do sangue no peito depois do menor esforço e do menor movimento, com suffo- cação, angustia, náuseas e fraqueza até ao desfallecimento. Sulfur, effervescencia de sangue no peito com indisposi- ção, desfallecimento, tremor dos braços, palpitações do cora- ção, peso; plenitudee pressão no peito, conro por um peso, mormente tossindo; respiração afflicta e oppressão, maxime de noite, estando deitado. $í^ Comparai também Asthma. Heinorrhagia pulmonar e hemoptysia.—Os melhores medicamentos contra as diversas espécies de escarros de san- gue são, em geral: acon. arn. ars. bell. ■carb.-veg. chin. dulc. fer. hyos. ign. ipec nux-vom. op. puls. rhus. sulf. vip.-c; ou também: amo.-c. bry. coce coff. con. croe cupr. kal. kreos. lach. led. lyc. millef. nitr.-ae sep. sulf.-ac. Se, tossindo, o sangue se expectora somente em pequenas quantidades (hemoptysia), muitas vezes tirar-se-ha proveita de: arn. bell. bry. carb.-veg. chin. dulc. lach. merc. puls. rhus. sil. phos. sulf., ou também de : amo.-c. ars. bry. con. cupr. kal. led. lyc. sulf.-ac. Mas se, ao contrario, o sangue vem com abundância (hemor- rhagia pulmonar), os medicamentos mais próprios a consultar são: acon. ars. bell. carb.-veg.chin. dulcfer. hyos.ipec. millef. nux-vom. op. puls. rhus; ou mesmo ainda: ars. croe ign. led. sulf. sulf-ac. Nos casos os mais graves e de um perigo imminente, dar-se- hão com o melhor successo: acon. chin. ipec. millef. op. e o gact-grandef., como um dos mais enérgicos. 680 CAP. XXII. PEITO Contra os padecimentos que persistirem depois de uma he- morrhagia pulmonar, achar-se-ha convir: carb.-veg. chin. ou mesmo: ars. coff. ign. sulf. Para prevenir as recahidas, tirar-se-ha muitas vezes vanta- gem de: acon. nux-vom. sulf., administrados alternadamente; mas cada um em uma só dose com longos intervallos. Em geral poder-se-ha consultar : Aconitum, se mesmo antes da hemorrhagia ha effervescen- cia de sangue nopeito, com sensação de plenitude e dôr abra- sadora, palpitação do coração, angustia e agitação, aggravada estando deitado; rosto pallido com feições que exprimem, a angustia, expectoração abundante de sangue, com intervallos, excitada não por tosse, mas por uma ligeira titulação. (Depois de acon. convém muitas vezes : ars. ou ipec.—millef. ou op.) Arnica, se a hemorrhagia pulmonar é em conseqüência de uma lesão mecânica, de queda, pancada no peito ou nas cos- tas, ou se ha expectoração fácil de um sangue negro e coagulado, com dyspnéa, picadas, abrasamento e contracção no peito, pal- pitação do coração, forte calor por todo corpo, e accessos de desfallecimento , ou também: expectoração de um sangue claro e misturado com grumos e mucosidades, com tosse ligeira ; titulação no sternum; picadas na cabeça, tossindo, e dôr de despedaçamento em todos os lados. (No caso de hemorragia tbraumatica, será bom fazer preceder arn. por uma dose de acon., ou mesmo fazê-la alternar, conforme as circumstancias, com este medicamento.) Arsenicum, freqüentemente no caso em que, parecendo ser acon. o indicado, não foi comtudo sufficiente, maxime ha- vendo grande angustia com palpitação do coração, insomnia, calor secco, abrasador e necessidade de deixar a cama—ou tam- bém depois da acção de chin. arn. fer. nas hemorrhagias vio- lentas—ou após hyos. nas hemoptysias dos bêbados. (Depois de ars. convém algumas vezes: ipec. nux-vom. sulf., principal- mente nas hemoptysias chronicas.) Belladona, se ha titulação continua na garganta com ne- cessidade de tossir e aggravamento da hemorrhagia com a tosse, sensação como se o peito estivesse engorgitado de sangue, com dôres pressivas ou lancinantes, aggravando-se com o movi- mento. Carbo-yeg., havendo forte dôr ardente no peito, conti- CAP. XXII. PEITO 681 nuando ainda depois da hemorrhagia, mormente nas pessoas sensíveis a qualquer mudança de tempo, ou que abusarão do merc. £^Cuina, se a expectoração de sangue tem lugar por effeito de uma tosse violenta, que anteriormente era profunda, secca e dolorosa, com gosto de sangue maxime se, ao mesmo tempo, ha arripio alternando com calor passageiro; grande fraqueza com necessidade continua de estar deitado suores passageiros, tremor, obscuricemento da vista, ou cabeça tolhida; ou também se o enfermo tem já perdido muito sangue, tornando-se pallido e frio, com accessos de desfallecimento e estremecimentos convulsivos das mãos e músculos do rosto. (Depois de chin. convém muitas vezes, sobretudo neste ultimo caso, fer., ou arn., ou mesmo ars.) Dulcamara, se ha titulação continua no larynge, com ne- cessidade de tossir, expectoração de um sangue vermelho claro, com aggravamento no repouso, mormente se a hemorrhagia é em conseqüência de um resfriamento, ou existindo depois por muito tempo tosse convulsa. Ferrum, se a expectoração procede de uma ligeira tosse, quando o sangue é pouco abundante, vermelho-claro, e perfei- tamente puro, com dôres entre as omoplatas, dyspnéa princi- palmente de noite, impossibilidade de estar sentado, melhora- mento movendo-se, entretanto, porém, com necessidade fre- qüente de se deitar, e grande cansaço, maxime tendo fallado. (Convém sobretudo ás pessoas magras com a tez amarellen ta e somno de noite perturbado; ou também depois de chin. nos casos graves.) Hyoscyamus, se a expectoração de sangue é precedida por uma tosse secca, que se manifesta principalmente de noite, não permittindo ficar deitado ; com despertar freqüente em sobre- salto; ou também nos bêbados, maxime se op. ou nux-vom. não forão neste caso sufficientes. (Neste mesmo caso ars. será muitas vezes também conveniente, depois de hyos.) Ignatia, sobretudo depois da cura da hemorrhagia mesma, so o enfermo está ainda fraco, com caracter e humor melan- cólico. Ipecacuanha, muitas vezes depois de acon., se depois da acção salutar deste medicamento resta ainda: gosto de sangue na boca, pequena tosse freqüente com expectoração de mucosi- 682 GAP. XX1I. PEITO dades esfriadas de sangue, náusease fraqueza; ou também depois de ars., se a acção salutar deste medicamento não con- tinua, havendo um novo aggravamento. Millefolium, empregado com muito proveito depois da administração do aconito, quando a hemoptysia continua, quer em escarros quer em golfadas, sem tosse nem febre, nem dôr alguma nopeito; mas vindo sangue por qualquer excesso ou movimento, o menor que seja, deverá ser seguido de ópio ou de stannum, conforme os symptomas que reclamarem um ou outro. Nux-vom., freqüentemente depois de ipec ou ars., também (maxime nos bêbados) depois de op., e em geral havendo : titu- lação excessiva no peito, com tosse, que fadiga principalmente a cabeça ; aggravando-se o estado sobre a madrugada, sobre- tudo nas pessoas de um temperamento vivo e colérico, ou se a hemorragia se manifesta em conseqüência de fluxo hemorrhoi- dal, de uma cólera ou resfriamento. (Neste ultimo caso sulf. seria muitas vezes conveniente depois de nux-vom.; nos bêba- dos, inversamente, seria hyos. ou ars.) Opium, muitas vezes nos casos mais graves, mormente nas pessoas dadas ás bebidas espirituosas, ou se ha expectoração de sangue espesso e espumoso; aggravando-se a tosse depois de ter engulido ; suffocação ou dyspnéa e angustia; abrasamento no coração, tremor dos braços, e algumas vezes mesmo voz fraca; somno com sobresaltos anciosos; frio prinpalmente nas extremidades ou calor, maxime no peito e no tronco. (Depois de op. convém muitas vezes nux-vom.) Pulsatilla, sobretudo nos casos obstinados, com expec- toração de sangue negro coagulado ; anxiedade e arripio, prin- cipalmente de tarde ou de noite ; sensação de grande fraqueza, dôres na parte inferior do peito ; sensação de insipidez ou lan- guidez no estômago, mormente nas pessoas tímidas, fleugmatícas e dispostas a chorar; ou também se a hemorrhagia se mani- festa em conseqüência de suppressão de regras. (Neste ultimo caso coce seria também de grande utilidade.) Rhus se o sangue é vermelho-claro, com aggravamento da hemorragia por qualquer contrariedade ou menor emoção moral; humor irascivel, caracter inquieto, medroso; titulação ou formigamento pronunciado no peito. Sulfur, muitas vezes depois de nux-vom., sobretudo nas CAP. XXII. PEITO 683 pessoas sujeitas a hemorrhoidas; ou depois de ars. para pre- venir as recahidas. Vipera-coralina, quando a expectoração de postas de sangue preto, com sensação de arrancamento, ora na região do coração, ora na parte superior do bofe direito, ou n'outras partes do peito. TRATAMENTO.—De qualquer dos medicamentos, 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 3" ou 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4 ou 6 em 6 horas, ou com maiores ou menores intervallos, segundo a gravidade do mal, espaçando á proporção das melhoras. Temos o medicamento indígena tapychinicum-tanninum, cujos resultados são pode- rosos em todas as homorrhagias; prepara-se e administra-se da mesma fôrma. OBSERVAÇÕES CLINICAS HEMOPTYSE Aconitum. « Prestou-me bastantes serviços muitas vezes contra a hemorrhagia dos pulmões , e julgo não ter dito ainda bastanteaffirmando que é o melhor remédio para esta moléstia. Elle é igualmente efficaz contra as congestões que precedem or- dinariamente uma tal hemorrhagia. Muitas vezes tenho-as eu prevenido por este meio, o que não poderia ter sabido com certeza senão nos casos em que uma hemorrhagia pelos pulmões tinha por costume seguir-se a taes congestões. E' incontestável que aconitum merece ser recommendado contra esta ultima enfermidade, se um ligeiro escarrar é bastante para provoca-la, se ella é acompanhada de effervescencias anciosas que a pre- cedem, de um sentimento de plenitude, de ardores, de palpi- tações do coração, de anxiedade e agitação insupportaveis, so- bretudo quando o doente se deita. Os symptomas inseparáveis são: pulso fraco, fuliforme, apenas sensivel, face pallida, ex- primindo angustia. O sangue chega por accessos, e é ás vezes muito abundante. E' escusado dizer que nestes casos é neces- sário administrar a mais pequeua dose de aconitum, porque uma exacerbação produzida por este remédio poderia ter conse- qüências funestas. Depois de ter dado a dose conveniente, 24a ou 30a, conforme o individuo (por dose entende-se aqui dyna- misação), tenho visto muitas vezes os symptomas mais graves di- 684 GAP. XXII. PEITO minuir de intensidade em dous ou três minutos; as angustias, a agitação, as palpitações do coração, as congestões do peito, desapparecem e ao menos o perigo passa. Ao menor indicio da volta do mal é necessário administrar nova dose de aconitum; se não ha recahida, sempre é bom por prudência repetir a dose cinco ou seis horas depois. »—Dr. Harthmann. N. B.—Vede o que Harthmann diz da Bryonia. Aconitum, seguido de paris quadrifolia, e por fim de carbo- vegetabilis, n'uma recahida, curou uma mulher de 35 annos, alta, forte, trigueira, corada, affectada desde muito tempo de es- carros de sangue, contra os quaes usava de adstringentes, san- guesugas, etc. Tosse viva com expectoração de sangue puro ru- tilante , voz alterada, palavra difficil, pulso duro, accelerado ; respiração desigual, freqüente.—Dr. Gueyrard. N. B.—Deu parisquedrifolia por corresponder á voz. Aconitum, a vinte e quatro horas depois de uma sangria que nada tinha conseguido, curou uma abundante hemoptyse a um homem de trabalho e pouco sóbrio, que no terceiro dia estava prompto para ir ao seu trabalho, mas sendo dia santo aproveitou o ensejo de ir para a taverna. » —Dr. Peschier. Aconitum. « Eu curei muito escarrar de sangue por meio do aconitum. Os individuos, quer homens quer mulheres, erão moços, em os quaes a moléstia provinha de tuberculos no pulmão. Dei sempre o medicamento em baixa diluição (3* ou 4a), ás gottas, em curtos intervallos (de duas a três horas), até que os escarros de sangue parassem, assim como o fervor de sangue coexistente. Raras vezes havia recahidas se o tratamento era continuado. »— Dr. Heichelheim. Aconitum curou de hemoptyse aguda um moço de 17 annos, cujo pai morrera de hemoptyse, e cujo irmão mais velho havia soffrido a mesma enfermidade, e se curara com bry. e phos. alternados.—Dr. Benstein. Arnica, precedida de aconitum, e seguido por fim de nux- vomica, curou uma pobre mulher de 24 annos, que havia sido muito maltratada (parece que de pancada), que soffria sympto- mas inflammatorios do peito e do baixo-ventre. Tratada muito tempo allopathicamente sem resultado, tinha cephalalgias, e quando caminhava parecia que o cérebro lhe queria sahir pela testa e pelo occiput; grande calor ; palpitações no epigastrio com notável cova nesta região; sahido pela boca de sangue GAP. XXII. PEITO 68S em coágulos negros, que não sabia dondo lhe vinha ; não tinha tosse; violentas picadas partindo do coração; extrema fraqueza e prisão de ventre.—Dr. Huokert. Arnica, repetidas doses, curou uma homoptyse sobrevinda de repente n'um homem de 60 annos, que tinha uma vida regu- lar, posto que sedentária, e nada soffria; tendo tido aos vinte annos umas sarnas, que promptamente fizera desappparecer com unguento de enxofre. Parece que as causas determinantes da hemoptyse foi um pouco de vinho bebido na véspera Expec- toração de sangue que parecia vir do pulmão direita, e aug- mentava com calor que subia do peito, e com palpitações do coração; pulso muito pequeno; acessos de desmaio passa- geiros, etc—Dr. Trinks. Arnica. « Nos individuos predispostos á phthisica e na phthi- sica incipiente acontece muitas vezes que um ligeiro esforço do corpo ou somente dos braços para abaixar-se, levantar um fardo, apanhar um objecto, etc , causa um escarro de sangue. A ar- nica convém então como meio intercorrente. »—Dr. Knorre. Arnica curou uma violenta hemoptyse a um velho de 67 annos, de má constituição e falto de regimen, e já muitas vezes atacado de ligeiras hemoptyses passageiras. Não quiz continuar um tratamento regular que o curasse radicalmente. — Dr. Hoffmann. Arnica. « Administrei com vantagem arnica em casos de hemoptyse. Homens ou mulheres, os doentes apresenlavAo symptomas evidentes de tuberculos no pulmão, causa da molés- tia. Fiz tomar o remédio na primeira diluição, seis, oito, doze gottas em um copo d'agua, uma colher de duas em duas horas, até que os escarros de sangue parassem. »—Dr. Griesselich. Bryonia. Tenho freqüentes vezes curado uma espécie parti- cular de hemoptyse com bryonia 18a repetida com oito dias de intervalllo. Não é um escarro de sangue vivo que me deter- mina empregar este meio, mas sim uma expectoração sanguinea precedida de uma tosse titillante, freqüente, que só apparece de manhã, pouco depois de sahir da cama, precedida de uma op- pressão de peito, com encurtamento da respiração, na qual os symptomas desapparecem escarrando-se bastantes vezes. A pri- meira dose basta já para diminuir a tosse titillante, que amaior parte das vezes cessa com a terceira dose. Comtudo o escarrar de sangue continua, posto que menos abundante, na mesma tomo n 87 686 GAP. XXII. PEITO época, e desapparece pouco a pouco á í\ 5 >, 6a, ou mesmo só á 8* dose. O reapparecimento deste escarrar de sangue a maior parte das vezas cede, e parasempre, a uma só dose, quando o doente se dá pressa em consultar o medico. »—Dr Harthmann. .V. B.—Vede o que Harthmann diz de Aconitum. Bryonia, precedida inutilmente por acon. nux-vomica e puls., e alternada com phosphorus, curou uma hemoptyse rebelde em um homem que desde a infância tossia, e cujo pai tinha morrida de hemoptyse, e cujo irmão soffreu a mesma enfermi- dade, do que se curara com aconitum.—Dr. Benstein. Ledum palustre e rhus, alternados de oito em oito dias, e se- guidos de china, curarão dentro de um mez um homem de 50 annos, magro, sujeito desde muitos annos a ter escarros de sangue, e desde quatro annos hemorrhagias, que afinal erão tão violentas que punhão sua vida em perigo.—Dr. Gross. Ledum palustre, seguido de aconitum, curou uma hemoptyse violenta n'uma mulher moça, mas cachetica, de temperamento colérico, a qual já tinha tido outros accessos, que a allopathia remediava em seis, oito ou doze semanas; este ultimo tinha vindo em resultado de uma alteração violenta na época da mens- truação —Dr. Seidel. Ledum palustre alliviou muito os soffrimentos de uma mu- lher de 67 annos, que desde 9 annos tinha symptomas de phthisica, e fez desapparecer uma hemoptyse accessoria a esse outrosoffrimento, etc.—Dr. Hir«ch. Ledum palustre. « N'um caso em que a hemoptyse durava havia já muitas semanas, e com muita força, não tendo arnica aproveitado, ledum, Ia, uma gotta , a fez parar. Mesmo quando os escarros de sangue têm parado, é necessário aproveitar o tempo e continuira cura. Quando ostuberculos não estão ainda desenvolvidos, a cura pôde ter lugar, e a moléstia ser re- primida nos seus progressos. »— Dr. Griesselich. Lycopodium. « Um moço de 28 annos, que soffria desde algum tempo tosse com escarros de sangue, que tinha tomado sem resultado importante remédios allopathicos, tomou lycopodium 3().a Kste medicamento obrou com tanta efficacia que não só a hemoptyse parou, mas todos os outros sypmptomas de phthi- sica desaparecerão e o doente podia ser olhado, pouco mais ou menos, como curado. Alguns mezes decorrerão, e, fosse con- seqüência de um ligeiro resfriamento, ou resto da enfermidade, CAP. XXu. PEITO 687 houve uma recahida pouco grave, que me determinou a admi- nistrar calcarea carbônica 30.a Todos os symptomas phthisicos reapparecêrào mais violentos que nunca, os escarros de sangue augmentárão ; houve homorrhagia pulmonar; todos os remédios forão inúteis, e o doente morreu. »—Dr. Gross. Millefolium, repetidas dose, precedido de ledum palustre, e seguido de china, curou em poucos dias uma camponeza de 48 annos, que não era menstruada havia dous annos, e sem causa apreciável tinha tido escarros de sangue e todas as noites congestões no peito e affluencia de sangue quente, que lhe su- bia á garganta e á boca, em abundância, com tosse e grande abatimento nos membros.—Dr. Ruckert. Millefolium, depois de aconitum e arnica. « N'um caso de hemoptyse com os escarros de sangue muito freqüentes, oppres- são continua do peito e forte palpitações de coração, fiz tomar á doente, mulher de 4-2 annos, aconitum 30" dissolvido em quatro colhéres d'agua, dando uma colhérinha de meia em meia hora ; depois do que administrei arnica 12a da mesma ma- neira. Não tendo estes remédios produzido nada, decidi-me a dar, algumas horas depois, millefolium, cujos effeitos salutares se manifestarão, logo duas horas depois, pela diminuição na oppressão do peito. Em trinta e seis horas todo o signal de san- gue desappareceu dos escarros, e a doente ficou perfeita- mente curada.—Dr. Hirsch. N. B.—Milllefolium éum preciosíssimo remédio.—J. V. M. Phosphorus curou com extraordinária rapidez uma mulher muito idosa, a qual se não podia julgar que houvesse de tef um dia de vida. Ella mesma, tomando o remédio, julgou que o medico havia zombado delia, suppondo que ella não sobre- vivesse ; e era com effeito esta a supposição em que o medico estava.—Dr. Peschier. Phosphorus, precedido de aconitum e arnica, e seguido de nux-vomica e sulfur, curou um estudante de 15 annos, que soffria desde muito tempo violentas dôres de peito com he- moptyse e desarranjos de digestão, etc. — Dr. Hoffendahl. Rhus toxicodendron. « Fiz tomar a uma senhora por muitos dias rhus 5a, uma gotta por dia, contra uma hemoptyse. A tosse curou-se depressa, mas sobreio um exanthema urticario, que a fez soffrer por muitos dias. »—Dr. Elwert. Silicea, repetida com perseverança, apezar de mui fortes 688 CAP. XXII. PEITO reacções, sendo a ultima cora vômitos de sangue e de pús extra- ordinários, curou um homem de 27 annos, lymphatico, desre- grado, que havia-se dado á masturbação e resfriado repetidas vezes, de sorte que aos 25 annos estava evidentemente phthisico, de mais a m tis tratado allopathicainente com sangrias repetidas, dieta mui severa, etc. ODr. Lulher lhe deu silicea muitas vezes, persistindo sempre nella até determinar uma violenta, mas salutar crise. Depois lhe deu calcarea e sulfur. — Dr. Clement. N. /?._Notável exemplo de perseverança, que deve imitar-se e seguir-se todas as vezes que se tem consciência de haver esco- lhido o remédio mais bomoeopathico da moléstia, ainda que se veja que elle a aggrava. —J. V. M. Sulfuris acidum curou uma mulher de hemoptyse depois de uma peripneumonia, na idade critica, tratada allopathicamente. —Dr. Rucrert. llytruada. Aconitum, uma dose no segundo dia, seguida de nux.-vom • Peripneumonia catarrhal curada em cinco dias, n'uma mulher corpulenta, alegre, com 34 annos de idade. — Dr. Schwartz. Arnica. « Empreguei algumas vezes com bom resultado arnica nas pleurisias chronicas, fazendo-a tomar ao doente'por dous dias seguidos, de manhã, depois do meio-dia e á noite. » — Dr. Ropp. N. B.—O Dr. Ropp era homoeopatha e allopatha ao mesmo tempo : quando se achava embaraçado preferia as sangrias e os cáusticos ao estudo que devia fazer. — J. V. M. Arnica, uma dose. Pleuriz precedido por dias de dyspnéa e tosse secca; acompanhado mais tarde de tosse, com expecto- ração sanguinolenta : cura lenta em quatro dias, n'um homem baixo, assaz robusto, sadio, com 24 annos de idade. —Dr. Seidel. Arnica, uma dose no sexto dia, depois de aconito e bryonia no terceiro dia, que produzirão melhoras pouco consideráveis em um pleuriz no lado direito, com tosse, falta de respiração e expectoração amarella, espessa; pelle ardente e sede cruel • e GAP. XXII. PEITO (i95 depois dos primeiros remédios expectoração sanguinolenta: depois de melhoras, que estacionarão, arnica obteve o completo restabelecimento em três dias n'um homem alto, corpulento, forte e colérico, com 50 annos de idade.—Dr. Tietze. N. B.—O acon. ebry., dados quasi juntos, não podião ter produzido effeito.—J. V. M. Bryonia, uma dose no terceiro dia. Pleuriz direito, sobre- vindo logo depois de ter bebido água fria estando quente e fati- gada : pulso duro, fraco e intercadente; ourina vermelha, car- regada : cura em dous dias, n'uma mulher do campo, forte e robusta, com 32 annos de idade.—Dr. Gross. Bryonia, uma dose no segundo dia. Pleuriz cephalalgia, ou- rina rubra: cura em dous dias, n'uma mulher de 58 annos, fraca.—Dr. Harthmann. Bryonia, uma dose no primeiro dia. Pleuriz esquerdo: tosse e expectoração sanguinolenta ; pulso cheio e duro ; ourina ver- melha e carregada: cura dentro de algumas horas, em uma moça de estalagem, com 24 annos de idade.—Dr. Pleyel. Bryonia, uma dose no segundo dia. Pleuriz direito, com ce- phalalgia, pulso rápido, pequeno; alternativas de frio e calor; freqüentes ourinas: cura em quatro dias, n'um homem fraco e fleugmatico, com 32 annos de idade.—Dr. Baudis. Bryonia, uma dose, epor fim rhus. Pleuriz esquerdo em conseqüência de resfriamento, um mez depois do parto ; pulso duro; suppressão do leite: cura em seis dias, n'uma moça san- güínea e bem constituída.—Dr. Caravelli. Bryonia, uma dose no segundo dia, por fim chin. Pleuriz do lado esquerdo: tosse antiga ; pulso cheio sem estar duro ; me- lhoras progressivas : chin. contra a fraqueza restante: curou em cinco dias uma mulher de 40 annos, bastante robusta, mas sujeita a tosses.—Dr. Scanieber. Bryonia, uma dose, depois acon. para uma exacerbação, puls. nux-vom. rhus. arn. e cham. para outros soffrimentos do estô- mago. Pleuriz precedido de pontadas e febre, e acompanhado de expectoração sangüínea, vômitos e vários soffrimentos de estômago; pulso cheio e duro; reacção considerável, seguida de melhoras notáveis, e depois recahida, que cedeu a acon., etc: cura completa e segura de todos os incommodos em quinze dias, n'um sapateiro de 28 annos de idade.—Ruckert. Bryonia, uma dose precedida de acon., depois puls. e 696 CAP. XX11. PEITO nux-vom.,contra tosse pertinaz que já existia de antes. Pleuriz ou pleuro-pneumonia, ou pleuriz sobrevindo á pneumonia sub-aguda; incommodos nos ouvidos, principalmente no es- querdo ; quasi até á surdez; pulso fácil de comprimir, cheio e freqüente; desanimo; forte reacção seguida de melhoras progressivas : cura em dez ou doze dias, n'uma mulher alta, mas delicada, fleugmatica e melancólica, com 24 annos de idade.—Ruckert. Bryonia, uma dose, precedida e por fim seguida de nux-vom. Pleurizia precedida de delírios e outros incommodos nervosos, que havião reclamado nux-vom. e depois bryon., a qual operou melhoras mais pronunciadas depois de unia reacção; o pulso a pincipio lento, e na reacção mais accelerado; nunca foi duro; appareceu por fim um exanthema á roda do nariz, que inchou, depois de nux-vom.: a cura completou-se em três ou quatro dias, em uma mulher sadia, com 50 annos de idade. —Ruckert. Bryonia, uma dose no oitavo dia da moléstia, precedida inutilmente por acon. e bell. (mal administrados), depois de vários remédios caseiros. Pleuriz no lado esquerdo com dôr até ao estômago : pulso duro, mas vagaroso, erupção de botões no epigastrio ; depois de bryon. (no terceiro dia) melhoras pro- gressivas : cura em oito dias n'uma mulher de 56 annos, que nunca tinha estado doente.—Dr. Tietze. Bryonia, uma dose. Pleuriz no lado direito precedido de ce- phalalgia e falta de menstruação havia seis mezes, dôres de rins e ourina amarella ; bryonia fez apparecer logo as regras e desapparecer todos os outros incommodos, sem reacção, em uma mulher de constituição fraca e gênio brando, com 26 annos de idade.—N. G. Bryonia, duas doses, depois de inúteis tratamentos allopathi- cos. Pleuriz chronico do lado esquerdo : cura em poucas dias por duas doses de bryonia com intervallo de dous dias, n'uma mulher trigueira, forte, de porte grave, não menstruada, e com 48 annos de idade.—Dr. Gueyrard. Bryonia, uma dose e outra depois por causa de recahida. Pleuriz precedido de coryza; cura em menos de dous dias; recahida igualmente curada com a mesma rapidez em um homem trigueiro, secco, nervoso-bilioso, com 37 annos de idade.—Dr. Gueyrard. cap. xxn. peito 697 Bryonia, três doses, precedidas de outras três de acon., que acalmou a febre, mas não o pleuriz. As duas primeiras doses de bryonia nada fizerào, a terceira alcançou melhoras seguras em seis horas, e no dia seguinte o doente estava curado. — D. HlRCH. Bryonia, precedida de aconito e seguida de arnica, em três dias curou um pleuriz que datava de muitos dias, em uma mu- lher de 50 annos de idade—Dr. Tietze. Lycopodium, duas doses, em olfatação, depois de acon. bell. sep. e amon. dados sem resultado. Pleuriz seguido de pneumo- nia durante o tratamento; a principio nem febre nem tosse, ourina . um tanto carregadas; por um mez tomou sem resultado acon. bell. sep. e amon., e ficou peior; com o lycop. restabe- leceu-se em dez dias. Era uma moça bem menstruada, e co:n 22 annos de idade.—Dr. Hartlaub. S. B. —A principio não havia febre ; para que o aconito ? A doente era bem menstruada ; para que a sepia ou a belladona ? —J. V. M. Lycopodium, depois da administração inútil de aconito e bry - nia contra um pleuriz que, apezar destes remédios, augmen- tava de intensidade, em um homem que vinte annos antes havia tido sarnas, e que mais tarde, por uma violenta ophthalmia, tinha perdido um olho. Lycopodium poucas horas depois de administrado começou a produzir os melhores effeitos; uma erupção de pequenas vesiculas cheias do mucosidade se desen- volveu por toda a pelle, assim como alguns furunculos e alguns pequenos botões nas palpebras, mas em breve tudo desappare- ceu depois do pleuriz.—Dr. Sghleigher. N. B.—Cumpre bem ter presente esta observação, por mais que todas as outras dêm preferencia a aconito e bryonia no tratamento dos pleurizes ; porque no tratamento homoeopathico de qualquer eufermidade é sempre necessário attender á mais insignificante circumstancia, e nãc é insignificante esta da exis- tência de uma sarna que se havia recolhido havia vinte annos. —J. V. M. Nux-vomica, duas doses seguidas de outras duas de cannab.- sat. Pleurizia esquerda, sub-aguda, vindo por accessos; da- tava de algumas semanas, com repuxamentos no lado direito da cabaça, e violenta pressão sobre a bexiga, vontade constante de ourinar estranguria; melhoras pela nux-vom. seguidas de 698 GAP. .VXIl. PEITO alguma diarrhéa: os incommodos da bexiga e da urethra cede- rão a cann.-sat., seguida outra vez de nux-vom. Cura em trinta dias, em um pedreiro, de 31 annos de idade, e dado a bebidas espirituosas. Pulsatilla, uma dose, precedida de aconito, que de uma só dose curou uma violenta hemoptyse, a qual não tinha cedido a uma sangria. Pleuriz no lado esquerdo, estendendo-se a dôr até ao lado direito, em um homem talvez pouco sóbrio; curado perfeitamente em três dias.—Dr. Peschier. Scilla marítima, uma dose no segundo dia. Pulmonite? ou pleuro-pulmonite? Tosse com expectoração abundante; febre com pulso cheio; freqüentes ourinas: cura em quatro dias, em um homem robusto, com 65 annos de idade. — Dr. Cara- velli. Scilla marítima, uma dose precedida de acon. ede bryonia e seguida de cale Pleuro-pneumonia do lado direito e na base do peito; ourina turva ; pulso accelerado, mas nem duro, nem mais cheio que de ordinário : acon. e bry. sem resultado, e scilla com melhoras geraes em poucos dias, e completas depois de calcarea, em uma doente de bom aspecto, com 32 annos de idade, mas que tinha tido sarnas quando pequena, curadas com enxofre interna e externamente, e soffria accidentes epilép- ticos por qualquer emoção.—Dr. Hartlaub. Trinta observações unhamos ainda que indicar, extrahidas da collecção do Dr. Beauvais, e quasi todas concludentes a favor de aconitum, só ou seguido de bryonia, e ás vezes também de phosphorus, ou scilla, ou de outros remédios, conforme as complicações do pleuriz, ou as modificações que lhe impri- mirão a constituição particular do doente, e outras circum- stancias dignas de serem sempre tomadas em consideração; mas, para não fatigar o leitor, indicar-lhe-hemos simplesmente essas observações, notando o remédio por sua ordem, o nome da moléstia, se não fôr um simples pleuriz, os dias que o tra- tamento durou, a idade do enfermo ou enferma, e o nome do observador ou medico. Aconitum, uma dose, bry. uma dose, curou em três dias um guarda de policia ?—Dr. Dufresne. Aconitum, uma dose no terceiro dia de moléstia, depois de inútil tratamento allopathico, curou em dous dias. —Dr. So- denberg, CAP. XXII. PEITO 699 Aconitum, uma dose no terceiro dia da moléstia, curou em três dias um homem de 50 annos.—Dr. Griesselich. Aconitum, duas doses no terceiro dia da moléstia, curou em dous dias uma mulher de 25 annos, que dez dias antes de adoe- cer tinha dado á luz.—Dr. Clayvaz. Aconitum, depois bryonia, em doses muito repetidas. Pleuriz, bronchite e hemoptyse ; curou em nove dias uma menina de 12 annos, fraca, delicada e muita sujeita a defluxos e otorrhéas. —Dr. Wolfson. Aconitum, bryonia e sulf., cura incompleta n'um homem de 26 annos, fraco, propenso á phthisica, endefluxando-se por qualquer resfriamento: os remédios comtudo se mostravão effi- cazes, e elle pôde tornar a seus trabalhos depois de quatro dias de tratamento do pleuriz.—Dr. Wolfson. Aconitum e bryonia, alternados, depois de sulf., curou em cinco dias uma mulher de 56 annos, delicada, fraca e sujeita a espasmos hystericos.—Dr. "Wolfson. Aconitum, doses repetidas, depois de bryonia, curou em quatro ou seis dias uma mulher de 51 annos, robusta, pletho- rica e sadia.—Br. Wolfson. Aconitum, doses repetidas, curou em quatro ou seis dias uma mulher de 30 annos.—Dr. Wolfson. Aconitum, curou em dous dias um homem de 43 annos, um tanto dado a bebidis espirituosas.—Dr. Wolfson. TV. B.—Diz este medico que tem curado com aconitum outros semelhantes pleurizes. Acovitum, precedido de nux-vomica (reclamada pelo uso imprudente do vinho com o remédio), repetidas doses, interca- ladas por bry. rhus. e sulf. (pleuriz complicado com affecções de outros órgãos), curou em nove dias um cocheiro forte e ro- busto com 27 annos de idade.—Dr. Bernstein. Aconitum e bryonia, administrados com muito bom resul- tado, interrompido por uma sangria que ia matando a enferma (parenta de um barbeiro sangrador, que julgava não. poder curar-se ninguém sem que elle exercesse o seu officio, muito menos pessoa de sua familia ou parentella). Bell. rhus. canth. e chin. salvarão a doente, que aliás levou muitos mezes ainda a soffrer principalmente grande fraqueza nos membros.—Dr. Bethmann. 700 GAP. XXII. PEITO N. B. —Se a sangria é prejudicial quasi sempre, muito mais o é interrompendo a acção dos remédios homoeopathicos. Aconitum e bryonia, cura em três dias, n'um camponez de 25 annos, robusto e sadio.—Dr. Biginelli. Aconitum, e depois bry. n'uma recahida, cura em poucos dias, n'um padeiro de 25 annos, forte, robusto, bravo, e um tanto desregrado.—Dr. Biginelli. Aconitum e scilla, cura em três dias.—Dr. Malaise. Aconitum, e depois bry., cura em três dias, n'uma moça gorda, desde que se lhe supprimirão(tres mezes antes) os mens- truos?—Dr. Malaise. N. B.— Na intenção de restabelecer as regras o Dr. Malaise administrou puls.: com effeito as regras reappajecêrão, mas a doente recabio com resfriamentos do peito por falta de regi- men. Foi administrada bry. com bom resultado, e depois an- timonium-crudum, que fez apparecer uma erupção de peque- nos botões mui pruriginosos por todo o corpo, a qual cedeu a sulfur.; mas as regras não tornarão a apparecer, e comtudo a doente continuou a passar bem. Aconitum, uma dose, cura em um dia.—Dr. Malaise. Aconitum e bry., epor fim arn.-mont. Pleurizia que datava de três mezes, curada em quatro dias, n'uma mulher de 50 annos. Arnica, dada quando a doente já não sentia nada, exa- cerbou os incommodos antigos.—Dr. Malaise. Arnica contra um pleuriz, sobrevindo a uma peripneumonia tratada homoeopathicamente, o curou em vinte e quatro horas, n'uma mulher de 70 annos.—Dr. Croserio. Bryonia depois de aconitum. « Depois de aconitum haver di- minuído a febre e a parte que tinha o organismo em geral nos soffrimentos loeaes, bryonia era o remédio que eu mais em- pregava, e com maior vantagem nas inflammações dos órgãos da respiração. »—Dr. Schroen. Bryonia, repetidas doses, curou do pleuriz em dous dias um homem de 41 annos, fraco, magro, pallido, sujeito a affecções do peito pelos resfriamentos.—Dr. Wolfson. Bryonia, puls. nux-vom. e dulc. Pleurizia chronica rheuma- tica. curada em três mezes, num doente de 21 annos. — Dr. Bethmann. Bryonia, repetidas doses depois de acon., seguida de squil., e por fim nux-vom., cura difficil em seis dias, n'um camponez CAP. XXII. PEITO 701 de 75 annos, sadio, mas naturalmente vagaroso. — Dr. Saladin. Pulsatilla, uma dose. Pleuriz com suppressão de lochios por causa moral no quarto dia depois do parto : cura em Ires dias, com restabelecimento dos lochios, em uma mulher de 30 annos.—Dr. Clayvaz. Pneumonia. — Os melhores medicamentos são, em geral : acon. bry. cann. chin. phos. rhus. squil. sulf. Ou também: bell. lach. merc puls. sen. Ou mesmo ainda : ars. canth. nitr. nux-vom. op. phos.-ac. sabad. sep. tart. verat. No primeiro periodo da pneumonia, periodo da splenisação, o medicamento principal é acon., que se deverá administrar, como se ensinou no artigo pleuriz, até que os symptomas febris, mormente a sèdee calor, tenhão diminuído de uma ma- neira sensivel. TRATAMENTO.—Nos casos agudos, 2 ou 3 gottas da 3a dynam. em 5 colhéres d'agua, para 2 colhéres de chá de meia em meia hora, de hora em hora, ou de 2 em 2 horas, espa- çando á proporção das melhoras; e nos casos menos graves 1 a 2 gottas, ou 6 a 8 glóbulos da 3a ou 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4 ou de 6 em 6 horas. Recom- menda-se a boa qualidade dos medicamentos, para os bons re- sultados, especialmente nas enfermidades graves ou gravíssi- mas, cuja acção demorada pôde prejudicar o doente, por isso recommendamos toda a attenção com a compra dos medica- mentos, hoje tão falsificados. A administração de bryon é seme- lhantemente á do acon.: os mais medicamentos se admi- nistrão com a prudência necessária em taes casos. Assim diminuida a febre pela influencia de acon., o melhor medicamento a empregar será bry., e na pluralidade dos casos poder-se-ha igualmente administrar este medicamento em uma dissolução aquosa, continuando-a até que a respiração se torne mais livre, e que todos os escarros adquirão um aspecto melhor. Finalmente, estando o enfermo restabelecido pela acção de bry. a ponto de poder entregar-se aos seus negócios, se restar ainda o som escuro nos pulmões, com oppressão e tosse, poder- se-ha de ordinário empregar com o melhor successo : phos. sulf., ou também: chin. lach. lyc. sil. TOMO II 89 702 CAP. XXII. PEITO No caso de ter a pneumonia chegado já ao segundo periodo (hepatisaçâo rubra), antes de ter emprehendido o tratamento, acon. e bry. prestarião de ordinário grandes serviços; porém o medicamento principal nesta época é sulf., administrado na dose de 3 a 6 glóbulos dissolvidos em 8 onças d'agua, to- mada ás colhéres de três em três horas. Muitas vezes, neste periodo, achar-se-ha também de grande vantagem : lach. lyc phos., mesmo depois da accção de sulf., recorrendo a um ou outro destes medicamentos, administran- do-os em uma só dose de 3 a 4 glóbulos , em uma colher de chá d'agua, cuja acção se deixará exhaurir sem repeti-la. Para a pneumonia chamada adynamtca (pneumonia bastarda), como as que algumas vezes se encontrão nas pessoas idosas, com tendência a degenerar em paralysia dos bofes, o medi- camento que se deve empregar é acon.; porém, logo que, depois de ser este medicamento administrado, houver novo ag- gravamento, convém recorrer a merc Se merc. produzio bom effeito, sem todavia ser inteiramente sufficiente,'bell. será de ordinário o medicamento mais conve- niente, se restar uma constricção espasmodica no peito com pequena tosse secca; ou também cham., se a respiração ficar sibilante. Depois de cham., convém freqüentemente nux-vom. No caso em que merc não produza mudança alguma, o melhor medicamento será então ipec, mormente se a respira- ção fôr anciosae rápida; ou também verat., se as extremidades se tornão frias, com constricção do peito e grande angustia; ou ainda ars., se o enfermo fica cada vez mais fraco, com ac- cessos de suffocação. Para a pneumonia typhoide, o medicamento a empregar em primeiro lugar é op., que muitas vezes convém ser seguido por arn. Se depois do emprego destes dous medicamentos não houver ainda mudança alguma, verat. (2 ou 3 doses) seria ordinaria- mente de grande utilidade, ou também ars., sobretudo se a fraqueza e estertor augmentão. Muitas vezes também seriãoúteis bry. e rhus., ou ainda ipec e ars., ou verat. e ars. administrados alternadamente. Se a melhora tiver lugar, sem comtudo ser durável, sulf. será um bom meio intercorrente, depois do qual poder-se-ha GAP. XXII. PEITO 703 muitas vezes., e com o melhor successo, tomar aquelle dos medicamentos antecedentes que se tiver mostrado mais efficaz. Havendo esfoladuras, produzidas por estar deitado, tornando- se gangrenosas estas feridas, chin. ou ars. serião os melhores medicamentos a consultar. Manifestando-se obscurecimento da vista, convém consultar de preferencia bell.; e se as forças diminuem cada vez mais natr.- m. fará grandes serviços. Finalmente, quanto aos resultados das pneumonias, se se declarão symptomas de uma phthisica em principio, ou se a pneumonia ameaça tornar-se chronica, mormente tendo lugar a supposição de existirem tuberculos, os melhores medicamen- tos serão sulf. stann. pheland., ou também : am.-e lach. lyc. phos., ou ainda: ars. aur. cale hep. iod. kal. nitr. ? nitr.-ae ol.-jee stann. sulf.-ac e tubercina. Havendo expectoração purulenta em conseqüência de uma pneumonia: chin. fer. hep. iod. lach.lact. lyc. merc. sulf., ou também : dros. dulc. laur. led. puls., ou mesmo ainda: bell.? hyocs. ? phos.-ac ? e tubercina. Além dos medicamentos que apontamos contra as diversas espécies de pneumonias, poder-se-ha algumas vezes consultar também: Arnica, se a pneumonia é em conseqüência de uma lesão mecânica. Arsenicum, se uma expectoração fétida de um verde sujo faz crer a existência de gangrena nos pulmões, e que chin. ou lach. não forão sufficientes contra este estado. Cannabis, se a pneumonia tem lugar por moléstias de cora- ção e dos grandes vasos sanguineos, ou se ha, além dos symp- tomas da pneumonia, vômitos esverdinhados e delirio. Capsicum, se ha ao mesmo tempo bronchitis, mormente nas pessoas fleugmaticas, gordas e de caracter susceptivel. Chlna, se precedentemente o enfermo perdeu muito sangue, seja por evacuações sanguineas, seja por excessivas hemor- rhagias pulmonares; ou havendo symptomas biliosos, ou também prodromos de uma gangrena nos pulmões. Mercurius, um dos principaes medicamentos, se a pneu- monia é complicada com bronchitis, principalmente nas pes- soas dispostas a fluxos mucosos, ou se ha expectoração abun- dante de mucosidades viscosas, ensangüentadas. 704 CAP. XXI1. PEITO Nux-vom., se ha ao mesmo tempo catarrho bronchico, ou se a pneumonia se manifesta nos bêbados ou nas pessoas sujeitas a hemorrhoidas. Phosphorus, freqüentemente depois de nux-vom., no caso era que a pneumonia seja acompanhada de um catarrho bronchico com tosse secca, ou também nas pneumonias que se manifestão no curso das phthisicas tnberculosas. (Neste ultimo caso kal. e lyc. serão freqüentemente utilissimos.) Pulsatilla, se a pneumonia se declarar durante as morbilias, ou em resultado de um catarrho bronchico obstinado, ou também ainda em conseqüência da suppressão das regras Squilla, se a pneumonia é acompanhada de symptomas gástricos, ou se foi tratada com depleções sangüíneas, e quando, neste ultimo caso, chin. não tenha sido sufficiente; ou também se desde o principio ha expectoração abundante de mucosi- dades. OBSERVAÇÕES CLINICAS PNEUMONIAS TRATADAS HOMOEOPATHICAMENTE Quando se diz da homoeopathia que ella não foi jamais admittida por médicos de nome, nem que jamais foi experi- mentada em hospitaes públicos, por tal maneira que provasse mcontestavelmente a sua efficacia, muito a propósito virá o resumo que vamos fazer das observações clinicas do Dr. J. P. Tessier, medico do hospital de Santa Margarida, annexo ao Hotel-Dieu de Paris. Estas observações são de pneumonia ; e ninguém dirá, como nota mui bem o Dr. Tessier, que a pneumonia abandonada a si mesma não terminará pela suppuração; quero dizer: ninguém affirmará que trinta e sete pneumonias, umas simples, outras duplas, forão curadas sem remédio algum; ou que os meios homoeopathicos com que ellas forão curadas erão inertes, ou que só as curas se alcançarão pela imaginação dos doentes. Os motivos que levarão o Dr. Tessier a experimentar os remédios homoeopathicos forão aquelles mesmos que têm servido até agora aos médicos todos para desculpa de sua injustificável negligencia, ou da sua criminosa pertinácia em CAP. XXII. PEITO 705 não os experimentar com áquella imparcialidade, critério e bom desejo de acertar, que melhores sejão para os enfermos ficarem mais cedo, mais seguramente e com maior suavidade curados. Honra ao Dr. Tessier e aos seus collaboradores Denucé, Timbart, Duhamel, Hatande Guyton. Nota o Dr. Tessier que os medicamentos mais vezes empre- gados no tratamento das pneumonias são: aconito, bryonia, phosphorus, sulfur, arsênico e iodo. Ver-se-ha nesta Pratica Elementar que muitos mais são os que se empregão; mas que em verdade os citados são os mais efficazes, accrescentando-lhe, lactuca-virosa,tartarus emeticus,phelandrium e talvez tubercina; mas, sendo entre todos o mais precioso a bryonia, tanto para as pneumonias como para as pleuro-pneumonias e pleurizes, devem muito evitar-se estas predilecções por este ou aquelle remédio, e olhar sempre cada caso de enfermidade como representado só por si, pelos seus symptomas fundamentaes e característicos, sem ligação nenhuma com outros quaesquer casos da mesma denominação ; e em cada um se deve estudar a pathogenesia dos correspondentes medicamentos, como se nunca se houvesse tratado de taes enfermidades. (Vede cap. 22, Phthisica Pulmonar.) As diluições ou dynamisações mais empregadas pelo Dr. Tessier forão 6a, 12a, 15a, 18a, 24a e 30.a Cumpre notar que os medicamentos do Dr. Tessier, assim como quasi todos os da Europa, e grande parte dos que ha em uso no Rio de Janeiro fora de nossa casa, são preparados á mão sem maior regulari- dade, e uns mais triturados que outros, e em proporções diversas da substancia medicinal para com o vehiculo; de sorte que uma 30a dynamisação pôde valer pouco mais ou menos uma 10a, ou quando muito uma 15a das nossas, preparadas em machinas de triturar tão regulares na marcha e na força das triturações como no numero de voltas que o pilão tem de dar, que são marcadas em um registro orario, invariáveis, etc. Por isso não é applicavel ás nossas observações o gráo de dynamisação dos remédios do Dr. Tessier e de outros sem que approximadamente lhe apreciemos as diffe- renças. Isto supposto, vamos dar um resumo abreviadíssimo das observações clinicas do Dr. Tessier sobre a pneumonia, e o acompanharemos nas suas próprias reflexões. Mas notaremos 706 GAP. XXII. PEITO desde já que muito repetidas são as doses dos remédios que elle emprega, os quaes, a terem a força dynamica alcançada para os nossos pela mais regular e muito mais prolongada trituração, havião de ter produzido necessariamente muito maiores aggravações, sem nenhuma necessidade para o restabelecimento da saúde dos enfermos, e talvez com incon- venientes maiores. E' verdade que forão pneumonias agudas quasi todas as que elle teve de tratar; e nas moléstias agudas pôde tolerar, e até justificar-se por mil razões a repetição dos remédios, digo, a repetição de muitas doses do mesmo remédio, porém menos justificável será a mudança de remédios, e muito menos ainda o emprego dos chamados intercorrentes, que ás vezes perturbão o melhor dirigido tratamento. Insistimos na parcimônia de doses de um remédio, e muito mais no emprego de um só, bem estudado, bem homoeopathico, repetindo-o só emquanto fortes razões, isto é,de um lado a provada inefficacia, e do outro a mudança bem caracterisada do quadro dos symptomas, não exigem uma mudança, salvo o caso de havermos reconhecido que evidentemente nos enganámos no exame do doente, ou fomos enganados pela sua historia. Muitas observações* podiamos resumir da collecção do Dr. Beauvais ; mas preferimos resumir só as do Dr. Tessier, pelas razões já ditas, e para não sobrecarregar esta obra com tantas observações que concluem da mesma sorte que estas; só o faríamos para tornar mais saliente esta concórdia em que todos os homceopathas se encontrão na escolha dos mesmos remédios para uma dada moléstia, se isto não fosse já hoje ocioso, principalmente depois dos frisantes exemplos da cholera-morbus e da febre amarella, e de outras quaesquer epidemias, contra as quaes, sem se ajustarem nem o poderem fazer a tantas distancias e na procella de inimizades que infelizmente os desligão, os homceopathas concordão perfeitamente na escolha dos remédios mais adequados, escolha que sempre é sanccionada pela experiência. l.a (Grippe em 1847.) Pneumonia intercorrente á direita e á esquerda; bronchite antes da invasão da pneumonia Bryonia 30a, precedida de aconito 15a c 6a, e seguida de phosphoro 30.a Caso grave: 120 pulsações; pulso molle e CAP. XXII. PEITO 707 cheio; ictericia; fraqueza; stomatite: o aconito apenas faz descer o pulso de 120 a 100 pulsações; a bryonia o faz descer logo a 70 e acalmar todos os outros incommodos ; phosphoro completou a cura no fim de vinte e um dias ; duração da mo- léstia, trinta e um dias. Tinha o doente 23 annos. * V. B. O pulso molle e cheio é característico das pneumonias, e não cede a acon., o qual melhor corresponde a pulso duro, vibrante, etc. 2.a (Grippe em 1847.) Pneumonia intercorrente á direita e á esquerda ; bronchite antes da invasão da pneumonia Bryonia, muito repetidas doses, intercaladas por phosphoro, belladona, sulfur e china. Caso mui grave com estomatite; delírios freqüentes, persistência do pulso de 130 a 150 pulsações, até ao sexto dia, diminuindo pouco depois de sulfur. Cura no fim de trinta e dous dias, duração da moléstia trinta e oito dias. Tinha o doente 36 annos. 3.a Pneumonia do lado esquerdo Bryonia. muito repetida, seguida de phosphoro, de iodo e de hepar-sulf. Pneumonia ordinária : o pulso abaixou no sétimo dia de 100 a 70 pulsações depois de phosphoro. Cura em trinta e quatro dias : duração da moléstia trinta e seis dias. Tinha o doente 28 annos. 4." Pneumonia do lado esquerdo, no ápice do pulmão Bryonia, precedida de aconito e seguida de phosphoro e de iodo, muito repetidos. Caso pouco grave : pulso persistente a 100 pulsações com acon.; desce logo a 75 com a bryonia : ictericia ; stomatite; expectoração amarella. Cura em trinta e quatro dias; duração da moléstia quarenta e dous dias. Tinha O doente 36 aunos. .V. B.—A ictericia não é symptoma constante das pneumonias, mas acompanha muitas, e a maior parte das phlegmasias dos órgãos parenchy matosos. 708 \:\t. XXII. PEITO 5.a Pneumonia dupla Bryonia, precedida de aconito e seguida de phosphoro, e com elle alternada. Bronchite ha muitos annos interpoladamente, sem symptomas de phthisica. Caso não muito caracterisado : pulso persistente a 120 pulsações; com acon. desce a HO, e logo depois a 80 e a 70 pulsações com bry., e depois phos. Cura em mais de nove dias; duração da moléstia não bem determinada (o doente ficou para enfermeiro). Tinha o doente 14 annos. N. #.—E notável a diminuição do pulso pela acção da bryonia : seria natural que a febre cedesse e que entretanto a hepatisação augmentasse ? 6.a Pneumonia do lado esquerdo Bryonia, precedida de acon. e seguida de phos. (antes do tratamento uma sangria, que faz apparecer uma pontada); durante o tratamento escarros de sangue e epistaxis. Cura em dez dias: duração da moléstia quatorze dias. Tinha o doente 18 annos. N. B.—Neste doente o acon. depois da sangria obteve a diminuição do pulso de 110 a 90 pulsações ; e com bryonia depois de uma epistaxis abaixou elle a 70 pulsações. 7." Pneumonia do lado direito. Bronchite Bryonia, seguida de sulf. acon. e ipec. Caso grave, aban- donado a principio: tosse com expectoração sanguinolenta e ralos crepitantes; febre forte com pelle secca e quente. O pulso a 124 pulsações, abaixou até 68 menos facilmente com a bry. Bronchite, que cedeu a sulf. e acon. : o resto de tosse cedeu a ipec. Cura em vinte e oito dias: duração da moléstia trinta e quatro dias. Tinha o doente 18 annos. N. B.—A bronchite deveattribuir-se a alguma imprudência do doente, comquanto fosse natural apparecer sem causa apreciável. Talvez este tratamento devesse começar por acon. ; pois dizendo-se que o pulso era freqüente se não diz que elle tinha a molleza própria nas pneumonias. GAP. XXII. PEITO 709 8.a Pneumonia do lado esquerdo Bryonia, precedida de acon., seguida de sulf. muito repetido» Casograve, pontada depois de acon., que não diminuo o pulso, o qual era de 80 a 84 pulsações: alguns signaes precursores de phthisica ; cephalalgia e congestões nas faces ; bry. provocou suores abundantes, diminuindo a cephalalgia e abatendo o pulso até 6í pulsações; sulfur repetido findou a cura em 35 dias,sendo só 13 os dias de tratamento effectivo. Duração da mo- léstia vinte dias effectivos, e mais vinte e dous de convales- cença. Tinha o doente 53 annos. V. B.— Tornado mais grave este caso pela falta de trata- mento por oito dias, logo que se lhe administrou remédio co- meçou a melhorar, não obstante dar indícios de suppuração em alguns pontos do pulmão esquerdo: se a resolução foi lenta depois e se bronchite persistio, deve attender-se á idade do en- fermo. Sem este tratamento a suppuração mataria o doente. 9.a (Antigos soffrimentos do coração) Pneumonia esquerda Bryonia repetida, intercalada por phos. Caso mui grave pela complicação de soffrimentos muito antigos de coração, os quaes não cederão a nada: mas, não obstante isso, bryonia teve a mesma acção na diminuição do pulso, que era de 112 a 116 pul- sações, e abaixou até 80 gradualmente. A cura de pneumonia se effectuou em 17 dias: não assim a da enfermidade do cora- ção, retirando se o doente no mesmo estado a este respeito: mas era elle um infeliz acabrunhado pela miséria, e tinha de idade 59 annos. >• 10." Pneumonia esquerda: metustase para o cérebro Aconitum, sem allivios, depois bryonia com exacerbação da febre ; delírios e meíastase para o cérebro : belladona muito re- petida cura a affecção cerebral, durante a qual cedem também Iodos os symptomas de pneumonia : cura em doze dias ; duração do tratamento trinta dias. O doente, alto, forte e de tempera- mento bilioso, tinha 40 annos de idade. .V. li.—Não se pôde affirmar a qual dos medicamentos será devida esta cura. tomo ii 9(i 710 GAP. XXI1. PEITO As observações 11a, 12a e 13» nada signiíicão : a primeira, em um individuo atacado de phthysica aguda, morto apezar de todo o tratamento ; a segunda, de uma pleuro-pneumonia, em que forão menos efficazes os remédios que o regimen, attenta a miséria do enfermo, que teve seis inezes de convalescença; a terceira, de uma pneumonia mui forte e complicada, contém uma mistura de sangrias, sinapismo e sudoriíicos, que prolon- garão o tratamento por um mez. Servio esta ultima observação ao Dr. Tessier para fazer-lhe apreciar pela primeira vez a des- cida rápida do pulso por effeito de bryonia, phenomeno cons- tante sempre que bryonia é bem escolhida. 14.a Pleuro-Pneumonia franca, intensa Bryonia, depois de aconitum, repetida e alternada com phos., e seguida por fim de sulfur repetido; aconito nada conseguio : bryonia exacerbou os incommodos; aproveitou melhor alter- nada com phosphoro; sulfur completou a cura em nove dias, com mais dez de convalescença, em um homem forte e sangüí- neo, com 35 annos de idade. Tinha estado seis dias sem trata- mento. 15.a Pneumonia á direita, franca, intensa Bryonia, depois de aconito, que havia sido inútil, curou sem aggravação esta pneumonia, precedida por quinze dias de de- fluxo e tosse, em um honieni forte e sangüíneo, cora 48 annos de idade. 16.a Pneumonia do lado direito; complicação com delírio; eno fim um ataque de epilepsia Bryonia, depois de aconito haver exacerbado os primeiros incommodos e provocado delírios. Cura em treze dias com mais dezanove de convalescença. Um ataque de epilepsia pòz o doente em estado de torpor e imbecilidade por um dia,a datar do qual seguio-se a convalescença. Nesta observação a melhora datou da administração de bryo- nia, e a resolução seguio-se promptamente. Depois da reso- lução um ataque epiléptico pôz em risco de vida o doente, GAP. XXII. PEITO 711 como acontece muitas vezes no fim de moléstias gravesáquelles individuos que são, como este, sujeitos a semelhantes ataques. Nota.—Daqui por diante, como até aqui, todas as observa- ções de pneumonias e pleuro-pneumonias concluem mais a favor de bryonia que de aconito. Nós julgamos supérfluo enu- mera-las, e apenas nos limitaremos ás poucas reflexões que ormos encontra ndo. Na observação 17a, de pneumonia dupla, nota o Dr. Tessier que aconito, depois de uma sangria, pareceu ter uma acção se- dativa, e que bryonia depois operou a cura com maior rapidez. Esta nota por certo que não autorisa o recurso ás sangrias, das quaes têm resultado tantas desgraças e tantas mortes. Na ob- servação 18a nota outra vez que bryonia fez abater o pulso de 120 pulsações a 44, gradualmente, mas em breve; a mesma nota faz a esse respeito até á observação 27a, accrescenlando que phosphorus auxilia muito a acção de bryonia. A observação 29a é muito honrosa para o Sr. Valeix, que, desesperado de curar o doente pelos meios allopathicos, manda-o para a enfer- maria do Dr. Tessier, não para que ahi morra; mas sim para que seja ahi curado, como effectivamente foi, de pneumonia no lado esquerdo no segundo gráo, só com bryonia. A obser- vação 32a prova que senão deve desesperar nunca de conseguir a cura de uma moléstia, pois é uma pneumonia do lado direito abandonada sem tratamento e ao rigor do tempo até ao sétimo dia, que foi curada com bryonia, phosphoro, belladona, ipeca- cunha. A observação 35a, comquanto seja de um doente que veio a morrer marasmatico, sendo de constituição mui deterio- rada, e tendo 59 annos de idade, mostra comtudo na autópsia que a pneumonia direita, de que fora atacado, havia desappa- recido pela acção de bryonia e phosphoro. A 38a observação é de pneumonia determinada por causa thraumatica em occasião de fazer o doente esforços : a sede da pneumonia não se havia limitado a um ponto do peito, mas abrangia toda a parte ante- rior e direita: arnica, phosphoro e bryonia, e por fim rhus, a curarão em dezasete dias. As observações 39a e 40a são de doentes que nenhum remédio podião ler, e que por isso mor- rerão. Agora transcreverei uma parte das reflexões do Dr. Tessier e a sua conclusão, e Analisarei com as memoráveis palavras com que elle finda a sua obra, monumento raro de boa fé, leal- 712 GAP. XXII. PEITO dade e amor verdadeiro ás sciencias e á humanidade, com dig- nidade e justo apreço da profissão medica : « Que dizem estes factos ? « i.° Em todos a doença marcha aggravando-se até ao ins- tante do tratamento. «2.° Logo que o tratamento começa sobrevêm uma aggrava- ção prevista, que dura em geral menos de vinte e quatro horas, e a remissão começa ou parcialmente ou de todo. A partir deste momento tudo converge para a cura. Algumas vezes, sem aggravação prévia, a melhora começa no fim de algumas horas c vai progredindo. « 3.° O pulso soffre uma influencia extraordinária da bryonia. Vê-se abater elle 20 e 30 pulsações de um dia para outro : de 110 e 120 passa no momento da resolução a 60, a 56, a 44. Eu o vi descer a 36 pulsações em um doente cuja historia não foi referida. Eu o vi descer de 120 a 80 no intervallo da visita de manhã á visita da tarde, para descer ainda a 60 na manhã se- guinte. « 4.° Em velhos, que passarão sete dias sem receber socor- ros therapeuticos, e nos quaes a terminação por induração (carnificaçãoou pneumonia chronica) parece que devia ser ine- vitável, esta terminação não teve lugar nem n'um só caso. Apenas é apreciável a lentidão um tanto maior no desappa- recimento dos signaes sthetoscopios da hepatisação. « 5.° Emfim, a suppuração não apparece em nenhum daquelles que no momento de começar o tratamento a não tinhão já. Em muitos ella parece reprimida; em um só caso ella é, ou não prevista ou não suspensa (a meu ver os dous agonisantes já não tinhão nenhum remédio). « Conclusão.—O methodo therapeutico de Hahnemann pa- rece exercer uma influencia a mais feliz sobre os symptomas, marcha e duração da pneumonia. Logo, este methodo deve ser submettido ao cadinho da observação e da experiência. « ....Cada dia confirmo por novos factos a efficacia de bryonia e de phosphorus nesta grave moléstia (a pneumonia),nesta molés- tia, em que, sobre cento e seis doentes,as estatiscas deMr. Louis dão trinta e dous casos de morte.... O homem não é dotado de intuição : nas sciencias naturaes elle nada conhece com certeza sem a observação: — L'homme, dit Pascal, n'est ni ange ni GAP. XXII. PEITO 713 bete, et le malheur veut que celui qui veut fait Tange fait Ia bete.— E'bom aproveitar-se o aviso.—Dr. Tessier.» Plithisica pulmonar.— O desenvolvimento da phthisica, pulmonar sendo um dos mais terríveis effeitos da psora interna é a enfermidade que mais precisa de um tratamento prophy- lactico, sem o qual os esforços da arte serião baldados as mais das vezes. Ninguém duvidará de que a atmosphera desta terra, cheia de princípios medicinaes, que a mesma natureza prepara nas immensas florestas virgens, comporta difficilmente a cura desta cruel enfermidade, quando uma vez ella se desenvolveu pela influencia reunida do clima e do virus psorico. Por isso tanto mais devemos lembrar aos pais de familia o emprego pro- phylactico dos medicamentos dynamisados, ajudado pelo uso dos meios hygienicos convenientes.—Dr. Mure. Faremos breves reflexões sobre a phthisica e suas differentes espécies. A phthisica é uma moléstia que figura pelo menos por um terço na mortandade da população do Rio de Janeiro; dizemos no Rio de Janeiro por ser o campo mais extenso nas nossas in- vestigações. Ao estudo da phthisica nos temos applicado com toda a attenção e cuidado; mil obstáculos se nos têm opposto, difficuldades mil nos apparecem todos os dias: temos lutado muito; mas não descansaremos até encontrar medicamentos que sejão paradeiros a tão graude mortandade. A phthisica é moléstia que não respeita idades ; ao contrario ella faz maior numero de victimas na idade de 16 annos, e até aos 30, quando existe maior cópia de vigor e os órgãos ainda não se achão tão deteriorados pelas moléstias que atacão de maior a velhice ; e vemos que nos velhos a phthisica faz menos victimas. Qual a causa? temo-la desconhecido, e ainda hoje a ignoramos. Será possível também que com trabalho e desvelos não che_ guemos a encontrar medicamento seguro para a phthisica ? Se é verdade que a natureza collocou ao pé de uma. folha ou semente venenosa o mesmo remédio que lhe attenuasse a acção, ou lha neutralisasse, qual a causa por que não havemos de achar re- médios par curar a phthisica ? Temos encontrado a vaccina, o mercúrio, a belladona, etc, etc, para as bexigas, para a syphilis, para a escarlatina, etc, etc; havemos de achar um remédio para a phthisica, á meicê de 714 CAP. XXII. PEITO Deos e dos esforços que não pouparemos; porque nós também dizemos com Laennec: « A cura da phthisica não está acima das forças humanas. » Muita e innumeraveis são as causas, porém desgraçadamente pouco conhecidas, que podem fazer desenvolver a phthisica, e estas podem tomar differentes espécies, segundo os órgãos que mais affectão: por isso não só a natureza da moléstia, suas differentes causas, bem como a sua importância e localidades, pedem um estudo particular; e por isso nos será desculpado tomar o tempo ao leitor com breves reflexões a respeito, certos de que muitas e maravilhosas curas se podem effectuar por esses lugares em que a medicina não tenha estendido ainda o seu domínio , curas aliás muito mais dignas de admiração, por se terem applicado medicamentos simplices. A palavra—phthisica—significa propriamente consumpçãoi qualquer que seja a causa delia. Têm-se admittido differentes phthisicas, segundo o órgão mais ou menos affectado; desi- gna-se particularmente debaixo do nome phthisica toda a lesão do pulmão que tende a produzir uma desorganisação progres- siva desta víscera, na qual em conseqüência sobrevêm ulce- ração. Esta definição pertence a Bayle; porém Laennec, que sem divida alguma foi quem tratou mais largamente desta affec- ção, e ao qual ninguém tem excedido em seus mui bem deta- lhados trabalhos, restringindo ainda a expressão phthisica pul- monar, tem-a reservado exclusivamente para a moléstia que resulta do desenvolvimento de tuberculos no pulmão, porque os symptomas racionaes da phthisica pulmonar são quasi sempre devidos a tuberculos. Como dissemos, as suas causas são tantas e tão variáveis, que por isso mesmo requerem um exame bem minucioso; e da mesma maneira a sua appariçâo é tão variável que muitas vezes não se reconhece senão quando toca á sua terminação fatal. Passaremos a offerecer um quadro symptomatologico, e depois a dizer ou apresentar os remédios que a pratica clínica tem mostrado de maior utilidade, e aquelles com os quaes temos conseguido até mesmo curas completas. Começa a phthisica de ordinário por uma tosse secca, que na linguagem do povo vem de um defluxo desprezado ou mal cu- rado. Esta linguagem do povo não deixa muitas vezes de ser verdadeira; porém ella só não deve servir de regra na investi- CAP. XXII. PElTo 715 gação da moléstia, assim como a confissão de um réo não seria bastante para investigação da verdade judicial: é pre- ciso mais discernimento e estudo. 5e esta tosse persiste por algum tempo, e depois apparece uma pequeno hemoptyse, estes symptomas devem chamar a attenção do medico e da pessoa que os soffre, e que de ordinário não faz caso delles. Depois se estabelece uma expectoração mucosa e uma febre continua, e respiração um pouco mais curta que o regular, acompanhada de suores de manhã, embora as funcções digestivas e as forças musculares persistão no seu estado normal; depois apparecem dous accessos no dia, um perto de meio-dia,outra perto das Ave-Marias ; depois vão apparecendo suores colliquativos, aos quaes se ajunta uma diarrhéa debilitante, ou porque existão já tuberculos desenvolvidos no canal intestinal, ou mesmo não havendo senão irritação ; por fim se estabelece a febre hetica, e o emmagrecimento se torna notável, mais ou menos, segundo a abundância das evacuações. Citarei, para maior esclarecimento, o quadro symptomatolo- gico por Areté, que sem duvida é de uma verdade incontes- tável na pratica: « O nariz fica afilado; as maçãs do rosto salientes e de uma côr livida, bem como o resto da face; as conjuncti- vas se cobrem de uma côr de perola-escura; os lábios livi- dos ; o collo parece qbliquo e seus movimentos são difficeis; as omoplatas são como unidas; as costellas se tornão salientes, tanto que os espaços intercostaes se profundào ; o peito parece que se estreita, e algumas vezes é realmente estreito : quando a marcha da moléstia é lenta, o ventre se torna achatado, as articulações ficão mais grossas, e as unhas se curvão. A's vezes, no momento em que os signaes stethoscopios annuncião que uma evacuação tuberculosa vai ter lugar, ha melhoramento no- tável, que pôde, segundo Laennec, conduzir a uma cura com- pleta ; mas de ordinário esta melhora não dura mais que alguns dias, ou algumas semanas, conforme os tuberculos produzidos por erupções secundarias são mais ou menos adiantados. Se ha dôres loeaes, são mui pouco perceptíveis, ou ao menos muito variáveis. A inspecção eanalyse dos escarros offerece pouca vantagem; os seus caracteres são os mesmos em geral que nos catarrhos chronicos ; são mucosos, e pouco solúveis na água, ou misturados de bolhas de ar, de um amarello-pallido, ou de 7n; GAP. XXII. PEITO um branco-amarellado. (Vede Tuberculos.) Com o auxilio parti- cularmente da ascultação e da percussão do thorax se pôde re- conhecer mais facilmente a phthisica: ouvidos ha de médicos que dispensão o stethoscopio; porém é fácil haver enganos. Os tuberculos accumulando-se ao principio no ápice dos pul- mões, os primeiros signaes se manifestão ordinariamente abaixo das claviculas, e sobretudo da direita ; neste caso, a re- sonancia é menor e desigual na parte antero-superior do peito até ao nível da quarta costella: uma bronchophonia diffusa se faz ouvir abaixo das claviculas, na fossa sub-spinosa, e debaixo da axilla; quando os tuberculos começão a amollecer os mesmos signaes persistem, e demais a tosse dá algumas vezes um gar- garejo de matéria espessa que bate á orelha; logo este garga- rejo torna-se mais de liquido, e mais semelhante ao ralo mucoso, e a tosse, tornada cavernosa, faz perceber que uma excavação se forma no tecido pulmonar; a respiração toma este caracter ca- vernoso; a bronchophonia diffusa é substuida por uma pecto* riloquia, ao pincipio imperfeita, freqüentemente interrompida, mas que se torna progressivamente mais evidente. Algumas vezes a resonancia do thorax, que até ahi era obscura, torna- se mais clara ; o que se poderia julgar uma melhora no estado do doente. Quando uma excavação tuberculosa se manifesta, a tosse e a respiração cavernosa o indicão evidentemente, e a pectoriloquia é inteiramente perfeita. » (Vede Tuberculos.) — F. A. Moura. ( Pectoriloquia é o écho da voz do doente na caverna deixada nos pulmões pelos tuberculos que se fundirão e forão expecto- rados. Applica-se o ouvido ao peito no lugar onde ha a ca- verna, faz-se alguma pergunta ao doente, e a resposta é ouvida no lugar cavernoso como se fosse dita ao ouvido distincta- mente.) ( Muilas vezes, no lugar aonde apparece uma caverna, reco- nhecida pela pectoriloquia, e n'outros lugares também, tem havido impermeabilidade ao ar. Essa impermeabilidade do pulmão conhece-se muito bem appücando o ouvido, que então é como se fosse applicado, por exemplo, sobre o hombro, que apenas muito ao longe daria idéa da entrada do ar nos pulmões. Esta impermeabilidade se dá por muitos motivos, mas sempre indica um estado enfermo, e ella se conhece em muitas circumstancias sem se applicar o ouvido ao peito, mas ef- CAP. XXII. PEITO 717 íectuando o que se chama percussão, a qual consiste em bater com as cabeças dos dedos de uma das mãos sobre as costas dos dedos da outra mão, estendidos e applicados sobre as costellas na direcção opposta a ellas, ou cruzando-se com ellas. Os sons que se obtêm com estas pancadas são mais ou menos análogos aos que se obtêm n'uma pessoa sã, e assim indicão pelas suas differenças o gráo de permeabilidade dos pulmões pelo ar, desde o que é natural até ao que provém de uma caverna; e quando o pulmão não é permeável em algum lugar o som que pela percussão se alcança é semelhante ao que uma pessoa sentirá quando com os quatro dedos maiores da mão direita, unidos e um tanto curvados até ficarem as suas cabeças todas quasi na mesma linha, bater com alguma força três ou quatro pequenas pancadas seguidas nos mesmos quatro dedos da mão esquerda, unidos e curvados igulmente da mesma maneira, isto é, polpas contra polpas. Este som é pouco mais ou menos o que os Francezes chamão son mat, e ao estado de impermeabilidade do pulmão, que se revela por este som, chamão elles matité. Nós ainda não temos palavras nossas para substituir estas, de que somos constrangidos a usar. Se não fosse arriscar-me de mais, eu proporia que substituíssemos o son mat por som polpar ou polposo, ou de polpa, vista a maneira por que eu faço ter delle uma idéa approximada, e matité ou nunca usara, ou lhe chamaria polpasonancia).—J. V. M. Phthisica pulmonar: os melhores medicamentos são em geral: ars. carb.-veg. chia- dulc. fer. hepar. kal.-carb. laches. lyc. merc. nitr-acid. phosph. samb. sep. silic. stan. sulf.; ou ainda: am.-e arnic. bell. bry. dros. guai. hyosciam. kreost. iod. laur. led. natr.-m. nit. nux-mos. puls. sen. zinc Para a phthisica aguda, tal qual se manifesta por vezes em conseqüência de uma pneumonia violenta e mal curada, ou em conseqüência de fortesjiemorrhagias pulmonares, achar se-ha muitas vezes de uma grande utilidade: chin. fer. hep.lach. lyc. mosc. sulf., ou talvez ainda: dros. dulc. iod. laur. led- puls. Asphlhisicaspurulentas, que sobrevêm algumas vezes depois do mercúrio, pedem de preferencia : carb.-v. guai. hep. lach. nit.-ae sulf.; ou ainda : cale hep. dulc lyc sil. As escrophulosas : cal. hep. lyc. sil., ou ainda : iod. lach. sulf. TOMO 11- 91 718 CAP. XXU. PEITO Para a phthisica tuberculosa, ou phthisica propriamente dita, os melhores medicamentos são, em geral: ars. cale. carb.-v. hep. kali. lach. lyc. mercur. nitr.-ae phell. phosph. sambuc. sulf. e tubercina, ou ainda: am.-c. arnic. bell. bry. dulc. hyosc. iod. natr. natr.-m. nitr. nux-mos. stan. Contra os symptomas do primeiro periodo, quando os tuber- culos são ainda no estado crú, ou que começão a inflammar-se e a amollecer-se, se achará muitas vezes de uma grande utili- dade: am.-c. cale carb.-v. lyc. phos. nitr.-ae sulf., ou mesmo ainda: acon. arn. ars. bell. dulc. fer. hyos. kali. merc. nitr. stann. sulf.-acid. No segundo periodo da phthisica tuberculosa, o periodo da expectoração purulenta, os medicamentos que melhor resultado têm oiferecido são: cale carb.-v. hyosc. lach. lyc. phell. phos. samb. sulf., ou ainda: chin. con. dulc. fer. merc. nitr.-ae zinc, e ultimamente a tubercina. Arsenicum: dyspnéa com accessos de suffocação, muitas vezes com suores frios, e com tosse ; apparecem estes soffrimentos de tarde, na cama, de noite estando deitado, bem como por tempo ventoso, ao ar livre, e frio; oppressão no peito, tossindo, caminhando, ou rindo; rouquidão, sensação de seccura e queimadura no larynge; tosse secca, algumas vezes profunda, fatigante de noite depois de estar deitado; tosse excitada por um aperto no larynge, como se estivesse respirando vapor de enxofre; impaciência repugnância para a conversa; fraqueza, indifferentismo; pouco somno pela tosse; muito calor para a noite ; accesso de febre para a tarde, porém pouco perceptível; ventre preso; ás vezes difficuldade nas evacuações com grande dôr, e ardor no ânus. TRATAMENTO.-l a 2 gottas ou 5 a 6 glóbulos em 4 co- lhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas, espaçando á pro- porção das melhoras: espere-se a acção do medicamento por 4 a 6 dias, para repeti-lo em dynam. mais elevada, no caso de me- lhoras, ou tomará outro. Calcarea-carbonica, é um dos principaes medicamentos no período da expectoração purulenta, sobretudo depois da acção do sumir e mtr.-acid., ou antes no primeiro periodo da molés- tia, sobretudo nos moços plethoricos, sujeitos a congestões sangüíneas, e ás hemorrhagias, nesses ordinariamente muito abundantes e mui freqüentes; respiração sibilante, oppre^ãn GAP. XXII. PEITO 719 no peito, anciosa, como se o peito estivesse mais estreito, o não pudesse dilatar-se; picadas no peito e nas costellas, sobre- tudo depois do movimento, respirando profundamente, e dei- tando-se sobre o lado affectado; tosse com expectoração de ma- térias purulentas, mui espessas, e ás vezes com estrias de sangue ; falta de regras; abatimento geral de manhã cedo ao levantar-se ;'obscuridade na vista; fastio; disposições a resfriar- se ao ar frio e humido; cabeça mui fraca; accessos de dôres de cabeça lateraes para a tarde; somno curto e agitado. (Depois da calcarea-carb. devemos estudar o lycopodium, silic. nitr.- acid.) TRATAMENTO. — 1 2 gottas ou 5 a 6 glóbulos da 15a ou 30a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 cdlhér de 8 em 8 horas, espaçando á proporção das melhoras; espere-se a acção do medicamento por 6 a 8 dias, para repeti-lo ou tomará outro. Carro-vegetabilis , medicamento que é muito preciso quando a tosse é mui violenta, espasmodica, secca, e dolorosa, já com expectoração de pús esverdeado, é as vezes amarellado, e mesmo misturado de matéria tuberculosa; rouquidão da voz; aggravação da rouquidão ao tempo humido e frio, ou pela conversação; tosse mui forte ao deitar, durando por muito tempo e ficando tal ou qual cansaço no peito; somno acompa- nhado de estremecimentos ; zunido nos ouvidos, como se hou-' vesse bichos ; cabeça atordoada; anxiedade, e enfarte no es- tômago. TRATAMENTO.—1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos em 4 co- lhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas. China , se o doente tem tido freqüentes hemorrhagias pulmo- nares, ou está muito debilitado pelas evacuações sangüíneas, ou quando tenha abusado do mercúrio, ou do chá da índia mui forte; grande magreza ; evacuações aquosas, amarelladas, muito abundantes e com máo cheiro; grande fraqueza depois das evacuações ; respiração difficil, e possível somente estando deitado com a cabeça alta; difficuldade de respirar com oppres- são no peito, pouca expectoração purulenta, porém com estrias de sangue; difficuldade extrema de lançar os escarros, voz baixa em conseqüência da difficuldade de lançar os escarros, febre lenta e continua, vontade de dormir de dia por fraqueza geral; as mãos e pés edematosose frios; suores no peito e pes- coço ; nariz pontudo; rosto abatido; olhos encovados; lábios 720 CAP. XXH. PEITO seccos, gretados; lingua fendida coberta do uma camada es- pessa, amarellada; máo hálito, fastio, aborrecimento a tudo que é alimento; as pernas mui finas como atrophiadas, bem como os braços; grande fraqueza que impossibilita a marcha, e grande disposição para a transpiração durante o movimento e somno. Depois da chin. o carb.-veg., ou mesmo simultanea- mente. Kali carbonicum , medicamento muito precioso e muito im- portante contra a phthisica começante ; quando ha respiração difficil, sibilo no peito, tosse secca de manhã e de tarde ; có- cegas na garganta tossindo; quando houver suppressão das regras, por se haver molhado, ou mesmo pela friagem nos pt'«s, elogo depois os symptomas do peito; ligeiras dôres no peito ; febres com horripilações; zunido nos ouvidos; cabeça ator- doada ; estômago cheio por muito pouco que-tenha comido. Este medicamento deve ser administrado depois de nitr.-acid. ou silic. TRATAMENTO— 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5' ou 15a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas, segundo o estado do doente, espaçando á proproção das melhoras • íodium. Têm os allopathas nestes últimos tempos dirigido outra vez a sua attenção para o iodo, e se tem maravilhado muito dos effeitos alcançados pelo emprego deste medicamento em olfatação ; mas, como sempre, o têm gencralisado ou empi- ricamente emprego em todas as phthisicas. Já vimos como elle foi útil em vários casos de pneumonia, já o indicámos na phthisica laryngea, onde nos parece que elle é mais proveitoso, eagora vamos aqui dar os symptomas que odevão fazer adoplar de preferencia a outro em caso dado. O Dr. Chartrolle é muito louvável no seu empenho de curar a phthisica pulmonar com este poderoso agente, que elle emprega cm vapores inspirados por meio de um instrumento como o que serve para chlorofor- misar; mas o emprego do iodo não é de moderna data, e as razões que ha para elle no-las deu Hahnemann, experimentando esta substancia em si próprio, em seus filhos e discípulos ; c as doses de iodo inspiradas, sendo á primeira vista pequenas (como indicio das modificações por que vai passando a pratica da allopathia), ainda são realmente muito grandes, e, o que é peior, são muito repetidas. Comtudo esperamos nós que o em- prego dos remédios pelas vias respiratórias em vapor, assim cat. xxu. PEITO 721 como os effeitos tão consideráveis dos differentes anesthesicos ou torpentes, como o ether, o chloroformio, etc, em doses tão pequenas, viráõ atlrahindo pouco a pouco os allopathas para as doses inlinitesimaes, e para a adoptação da homeoeopathia. Deos os traga em boa hora. Eis aqui os symptomas do iodium : Sobresaltos e outros symptomas convulsivos ; algumas he- morrhagias diversas; magreza extrema com inchações edema- tosas era algumas partes do corpo; febre de consumpção ; humor chorão ; desanimo e tristeza, alternando com exaltação, loquacidade c alegria immoderada ; conjunctivas de um amá- rellosujo; tremor convulsivo das palpebras, e dôr de excoriação nos olhos; epistaxis e defluxo; inchação nas glândulas sub-ma- xillares; hálito pútrido ; salivação; constricção permanente na gargante com difficuldade de engulir; ventre grosso, que op- prime a respiração, principalmente quando se lhe toca; incha- rão das glândulas inguinaes; exaltação do appetite venereo; inchação dos testículos; regras irregulares e methrorbagias ; muitos soffrimentos por todo o tempo das regras; leucorrhéa corrossiva ; flacidcz ou atrophia das mamas; inflammação da garganta e da trachéa artéria, com dôr contractiva de excoriação e secreção abundante de mucosidades ; tosse secca, matutina, ou tosse com expectoração de abundantes mucosidades, algumas vezes sanguinolentas e com dôres de peito, e ás vezes com có- cegas insupportaveis; oppressão da respiração, e até suffocações, com pontadas, principalmente no lado esquerdo, com palpita- ntes violentas do coração, e mesmo caimbras extremamente mcommodas pelo menor esforço; fraqueza extrema pelo exer- cicio ; inchação do pescoço, fallando ; caimbras e dôres nas ex- tremidades, etc; symptomas que mais concluem para a phthi- sica laryngea, do que para a phthisica pulmonar, e que por isso reservámos para este lugar, afim de se lhes apreciarem as differenças em presença do que os allopathas dizem da efíica- cia tão genérica desta substancia contra a phthisica. TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 6a 8 glóbulos da 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas, espaçando á proporção das melhoras: o mesmo medicamento deve ser repetido se convier depois de esgotada sua acção. Lagtuca virosa , medicamento que tem sido applicado na phthisica em principio com muito bom resultado; dôres no 722 GAP. XX11. PEITO peito respirando, sobretudo levantando os braços; tosse acom- panhada de suffocação e de dyspnéa; tosse com expectoração viscosa de manhã e de noite, ás vezes acompanhada de sangue vivo ; somnolencias, ás vezes somno curto ; os membros infe- riores, ou somente as mãos, se tornão edematosos e ás vezes mesmo toda a pelle se infiltra; grande anxiedade; palpitações do coração mui fortes, seguidas sempre de grandes dyspnéa ; ás vezes é pouco todo o ar para respirar. TRATAMENTO.—Como acima. Lycopodium, um dos mais importantes medicamentos, se a phthisica sobrevier depois de uma violenta pneumonia despre- zada, ou mesmo mal curada, e se manifesta com tosse hectica, expectoração purulenta, ou mesmo com symptomas de uma phthisica tuberculosa começante; ralo mucoso ; dôres no peito, mais sobre o lado esquerdo, principalmente arrotando ou tos- sindo ; impossibilidade de se deitar sobre o lado doente; tosse com escarros de sangue; tosse com expectoração esverdeada, abundante, de um pús de máo cheiro; pancadas na cabeça como se fossem golpes, com a força da tosse; seccura de boca; pouca sede; exhalação de um hálito pútrido pela boca. (Convém depois de cale-carb. silic. phos.) TRATAMENTO.-l a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a, 15a, ou 30a dynam. em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas, espaçando á proporção das melhoras. Mercurius solubilis , quando ha difficuldade de respirar, porém com necessidade de respirar profundamente, e mui principalmente quando deitado sobre o lado esquerdo ; rouqui- dão continua, perda da voz ; tosse secca epertinaze duradoura na cama, dôres de cabeça e do peito com a grande força da tosse, como se estas partes estivessem a quebrar-se ; prisão de ventre; fezes muito duras, que é mister grande esforço para lança-las; muito somno ; desanimo ; cócegas na garganta ; peso na testa. TRATAMENTO.—1 a 2 gottas da 3a ou 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas, espaçando á proporção das melhoras : o mesmo medicamento deve ser re- petido quando convenha depois de 4 a 6 dias. Nitri-acidum, se tem havido moléstias syphiliticas, e quando estas pareça que tenhão dado origem ao desenvolvimento da phthisica; aspereza nos bronchios, muita tosse ao deitar; dôres de cabeça com tosse; respiração sibilante; somno incompleto CAP. XXII. PEITO 723 e agitado; febre depois do meio-dia, hora determinada, com frio e calor; calor interior; tosse de noite com suffocação quasi como na coqueluche; suppressão das regras ; muita tris- teza ; emmagrecimento progressivo; ephelides sobre a pelle; tendo havido chagas venereãs ou mal tratadas, ou por excesso de mercúrio; ulceras com prurido corrosivo na vigina ; eva- cuações fétidas, denegridas; com sangue, e com colicas e tenes- mos : deve ser administrado antes de kali. Phellandrium aquaticum : medicamento que era pouco admi- nistrado na phthisica tuberculosa, ultimamente empregado por J. V. M. com grande proveito; sobretudo quando ha tosse acompanhada de rouquidão, aspereza na garganta, expectora- ção freqüente de mucosidades de manhã, ás vezes com estrias de sangue mui vivo; constipação, defluxo; dôr, oppressão no peito somente de um lado, a qual se dissipa quando deitado sobre o lado affectado; tonteira, vertigens a ponto de cahir, porém que allivião logo ao deitar-se; peso constante na cabeça e mesmo dôres, que se dissipão ao ar livre; accumu- lação continua de mucosidades na boca sem gosto algum; grande appetite para os alimentos ácidos ; pouca sede, porém com um gosto adocicado; regras demoradas, e mesmo fora das épocas; evacuações líquidas ; dôres nos membros inferiores ; frio nas mãos epés; estado febril para a tarde, acompanhado de somno; fastio, aborrecimento para todos os alimentos, desejando somente os ácidos; voz rouca; aphonia; tosse provocada como por uma cocega; tosse secca, sobretudo de manhã e de tarde; tristeza ; muita vontade de dormir de dia, e vigília para a noite; durante o somno ha sobresaltos ; sonhos de diabos e espectros , ao meio-dia sempre ligeira febre precedida de frios ; ou horripilações, porém sem transpiração; dôres de cabeça na região occipital; zunido como de um cantar nos ouvidos; prisão de ventre; fraqueza nos braços e nas pernas. TRATAMENTO.—1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a ou 9a dynam. em i colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas, espaçando á proporção das melhoras. Phosphorus : medicamento tão precioso como cale kali e sil., tanto na phthisica em principio, como na que se manifesta, so- bretudo nas pessoas magras, e principalmente nas moças de uma constituição delicada; respiração curta, compressão nopeito com lancetadas, sobretudo dn lado esquerdo, algumas de longa 724 GAP. XXII. PEITO duração; magreza pronunciada ; disposição para as diarrhéas e suores ; aphonia que mal se percebe o que falia ; sensibilidade e aspereza no larynge que não permitte fallar, tosse muito forte de noite, que impossibilita dormir; tosse secca, que dura muitas vezes horas, com dôres no estômago e no ventre ; tosse com expectoração purulenta de um gosto salgado, sobretudo de manhã e de tarde; ás vezes a expectoração vem rajada de sangue; respiração suspirosa; dôres no peito de diversas na- turezas e em diversas direcções ; regras mui tardias ; regras de côr de água de carne; tristeza ; suppressão de um dartro furfu- raceo, ou de uma erupção vulgarmente chamada pannos. TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 3a, 5a ou 15a dynam. era 4colhéres dágua, para l colher de 6 em 6 ou 8 em 8 horas, espaçando á proporção das melhoras: o mesmo medicamento deve ser repetido em dynam. mais alta no caso que convenha a sua repetição. Pulsatilla : medicamento que deve ser consultado também na phtliisica, principalmente quando ataca ao sexo feminino; quando ha suppressão das regras, ou quando ellas se têm des- viado das épocas marcadas, ou quando offerecem modificações na quantidade e côr; respiração apressada, com accesso de dyspnéa; tosse curta acompanhada de freqüentes palpitações de coração ; gargante secca com a força da tosse, acompanhada de vontade de vomitar, com sangue pelo nariz ; tosse com ex- pectoração de mucosidades com sangue; manchas vermelhas pelo corpo na época das regras ; dôres de cabeça com a força da tosse. TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5 ou 9a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 ou 8 em 8 horas, espaçando á proporção das melhoras, repetin- do-o em dynam. mais alta quando convenha a sua repetição. Silicea : medicamento que tem sido applicado com bom re- sultado na phthisica escrophulosa ; se tem havido tumores es- crophulosos, ou mesmo lymphaticos, ou se os individuos são de um temperamento lymphatico escrophuloso; tosse acompanhada de rouquidão, e de uma expectoração de mucosidades trans- parentes; tosse que se aggrava de dia c de noite pelo movi- mento, e de manhã ao levantar; necessidade de estar sempre a suspirar; convém mais se tem havido alguma erupção vesicu- losa supprimida. CAP. XXII. PEITO 725 TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5» dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 ho- ras, espaçando logo que haja {melhoras. Stannum: medicamento que se tem applicado com vantagem na phthisica pulmonar; quando apparecem hemorrhagias vio- lentas (que têm resistido a acont. millef. op. sulf.) no decorrer da moléstia: quando ha hemorrhagias pulmonares que sobre- vêm sem tosse, ou um sangue mui vivo em golfadas ; oppres- são do peito; ralo mucoso, e sibilo no peito; aperto no peito com afflicção; depois das hemorrhagias sensação de fraqueza no peito como se estivesse vazio; tosse secca, violenta até ao meio- dia, que parece que o peito vai arrebentar; pulso pequeno e accelerado. TRATAMENTO.— I a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da aa ou 5a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4, 6 em 6 ou 8 em 8 horas, conforme a gravidade do enfermo, espaçando á proporção das melhoras : o mesmo medicamento deve repetir-se no caso que convenha em dynam. mais alta depois de esgotada a sua acção. Sulfur : em muitos casos de phthisica purulenta em conse- qüência de freqüentes pneumonias, porém muitas vezes tam- bém contra a phthisica tuberculosa na época da expectoração purulenta; quando ha catarrho com corysa fluente, tosse e dôr no peito, aspereza na garganta, com grande quantidade de mu- cosidades ; voz rouca e quasi extincta, principalmente no tempo frio e humido; expectoração abundante de mucosidades es- pessas, esbranquiçadas, ás vezes de um amarello esverdeado, de muito máo cheiro, de um gosto salgado ou adocicado; tosse que faz apparecerem dôres na caixa do peito ; dyspnéa com ac- cessos de suffocação, principalmente de noite, quando deitado e mesmo durante o somno; impossibilidade de respirar, !como se o peito estivesse; apertado; respiração sibilante; ronqueira, ralo mucoso ; respiração difficil do lado esquerdo do peito, do esterno até ás costas, ou no lado esquerdo, tossindo, respirando profundamente, ou levantando os braços ; batimentos do cora- ção mui fortes e mui visíveis; regras supprimidas; vontade de dormir insupportavel, principalmente depois do meio-dia; me- lancolia, tristeza, sensibilidade dolorosa da cabeça; dôres de . cabeça quotidianas, intermittentes, apparecendo de tarde, de manhã, ou de noite; grande accumulação de saliva de um gosto tomo h 92 72tí GAP. XXtI. PEITO salgado ou amargo; dôr no estômago; náuseas, peso como se tivesse uma carga em cima ; ventre preso ; diarrhéa com eva- cuações freqüentes, esverdeadas, mais de noite. TRATAMENfO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 3a, 5a ou 15* dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 ou 8 em 8 horas: espere-se a acção do sulf. por 6 ou 8 dias para repeti-lo no caso que convenha em dynam. mais alta. Tartarus emeticus : respiração difficil, acompanhada de ralo mucoso ; difficuldade na expectoração, que é preciso um grande esforço para expectorar; tosse com calor nas mãos, e suor na testa; tosse com expectoração abundante de mucosidades, de gosto salgado. TRATAMENTO.—1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos em 4 co- lhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas, espaçando á pro- porção das melhoras. Pelo que diz respeito ás outras espécies de phthisica, que tomão o nome conforme o órgão que mais soffre, não erramos em chamar aattenção para os mesmos medicamentos acima des- criptos, e com o maior cuidado e desvelo entre elles devemos encontrar o que mais homoeopathico houver; não queremos dizer que os medicamentos mencionados são os únicos que devem ser administrados, porém são aquelles que na nossa longa clinica temos experimentado, e de que temos obtido resul- tados mais satisfactorios.—F. A. Moura. Tubercina. E' este um medicamento novo, descoberto de uma maneira tão singular, que publica-la eu seria arriscar-me a passar por supersticioso; e o que elle é essencialmente não me atreverei também por ora a publicar, com receio de que os adversários da homoeopathia ou os seus falsos amigos, obrigan- do-me a discussões intempestivas, ergão-me obstáculos á sua melhor apreciação, e venhão a privar-me, e meus collegas, da opportunidade de curar com elle alguns phthisicos, para os quaes nenhum outro remédio offereça a matéria medica. Só me cumpre dizer que os meus collegas, e alguns médicos allo- pathas, sabem o que é este remédio, porque eu lh'o disse, e comprehendem os motivos que eu posso ter para não o publicar já, e devem ter a certeza de que não farei da descoberta deste remédio um monopólio, pois que já pelos jornaes lh'o offereti, e já o mandei para a Bahia e para Pernambuco a entregar aOa Drs. Mello Moraes e Sabino, e para a França a entregarão Dr CAP. XX11. PEITO 737 Mure ea M. Catelan; e aos Srs. Revs. vigários deste Império, que se quizerem utilisar do offerecimento que lhes tenho feito de livros e remédios também o darei sempre que m'o exigirem para serviço dos pobres. Não é um remédio empírico a tubercina, e quando o fora já tinha a seu favor um precedente muito análogo nos annaes da homoeopathia. Não é empírico, antes a seu favor tem dados a priori nos mesmos fundamentos da doutrina homoeo- pathica. Não foi administrado sem experiências prévias em pessoas sãs, que forão, eu próprio e mais duas pessoas da minha familia. E a sua administração não tem sido insignifi- cante, mesmo nos casos em que não tem nada aproveitado, Tem sido administrado só em casos de reconhecida phthisica pulmonar tuberculosa no terceiro periodo, e tem acontecido que, nos doentes que pela idade e pelo temperamento ainda conservão algumas forças, a vida tem-se alongado bastante além do tempo em que devia suppôr-se que terminasse ; nos outros doentes, em que já quasi nenhumas forças existião, uma reac- ção breve, um ultimo esforço tem-se observado, e logo depois uma prostração muito maior, e o termo fatal da vida tem-se-lhe seguido ; em outros casos, por ora em verdade bem poucos, o effeito ha sido o mais lisongeiro, e em um caso particularmente esse effeito foi tão extraordinário que pessoas conhecidas do enfermo têm acreditado que elle nunca estivera phthisico, e que os médicos todos que o havião assim julgado tinhão-se en" ganado; e entretanto esses médicos são dos mais abalisados, e o enfermo em verdade que estava phthisico. Mas deverei eu aconselhar já um remédio que ainda a seu favor não tem um avultado numero de observações clinicas ? Não. Porém quando se trata de enfermos que não podem esperar mais remédio nenhum de toda a matéria medica conhecida, se eu já tenho alguns factos, deverei recusar-me a administrar este remédio ? Também não. Comtudo, o que eu sei dos seus effeitos pathogeneticos é muito pouco ; nem pôde enumerar-se para que sirva desde já como regra. Sei comtudo que elle é muito mais efficaz nas altas dynamisações sem produzir tão forte aggravamento como nas baixas ; isto é, nas baixas dynamisações produz symptomas pri- mitivos que aggravão mais a enfermidade, e nas altas dyna* 728 CAP. XXII. PEITO misações aproveita melhor por seus symptomas secundários ; o * que está nas condições de um bom remédio homoeopathico, e deve decidir-me a preferir as dynamisações mais altas. Verdade seja que no caso mais notável que tenho observado, nesse de um enfermo que a poucas semanas de tratamento offereceu tão extraordinárias melhoras, que fez suppôr engano no diagnos- tico, eu administrei 5a, 15a, 30a successivãmente; mas não julgo que deva servir isto de regra; porquanto, em outros doentes tenho visto aggravações muito fortes com as 5a e 15." Também nestes doentes, como elles têm vindo em deses- pero de causa, tenho-me afastado da minha regra de proceder, e tenho administrado o remédio em doses muito repetidas. Se esta repetição terá sido prejudicai a uns e útil a outros, cada qual conforme o seu estado, não o sei eu, sabe-o Deos; e por certo que me não pesa na consciência esta duvida, porque elle sabe como eu desejo acertar.—J. V. M. Tuberculos em gerale tuberculos pulmonares em par- ticular.—Emquanto nos não é possível publicar uma memória acerca do tratamento homoeopathico da phthisica pulmonar, transcrevemos litteralmente aqui parte de um artigo da Revista CRITICA E RETROSPECTIVA DA MATÉRIA MEDICA HOMOEOPATHICA, que julgamos dever ser útil a nossos leitores. E' escripto pelo Dr. Schroen e publicado pelos Drs. Chargé, Petroz e Roth. a A doutrina da affecção tuberculosa, depois de ter sido a principio recebida com desdém e rejeitada em parte, em pouco tempo, pelos esforços de excellentes observadores, entre os quaes citarei somente Laennec, Schcenlein, Bayle, Louis, Gendrin e Andral, chegou a resultados importantes, e nos for- neceu dados que podem ter felizes conseqüências no tratamento desta temível enfermidade. « Em verdade ha uma distancia immensa, muitas vezes in- vencível, entre os dados fornecidos pelo diagnostico e os effeitos que produz a therapeutica; mas nem por isso o diagnostico deixará de ser uma parte do terreno pelo qual pôde esta mar- char com passo firme. « A opinião que attribue a formação dos tuberculos á inflam- mação (Broussais, Magendie, Cruveilier) começa a ser abando- nada. A freqüência da inflammação nas moléstias tuberculosas, principalmente naquella que affecta os pulmões, podia muito bem conduzir a este erro; comtudo tem-se chegado á convic- CAP. XXII. PEITO 729 ção (Laennec, Schoenlein e outros) de que a inflammação, longe de ser causa, apparece como effeito. Debaixo deste ponto de vista deve-se a Schoenlein uma observação importante, re- lativa ao prognostico nas phlegmasias pulmonares das pessoas anteriormente não conhecidas do medico, a saber : não somente as inflammações dos pulmões atacados de tuberculos são muito teimosas, mas também não se dissipão ellas plenamente, atten- dendo a que lhes não sobrevêm senão crises muito incompletas para a pelle e sobretudo pelas ourinas. Posso assegurar que a exactidão desta observação se me apresentou de uma maneira brilhante em dous casos, cujo êxito me não deixou duvida nenhuma ; comquanto outros,, em que eu julgava os pulmões dos doentes igualmente affectados de tuberculos, a terminação forneceu-me contra-prova do facto importante descoberto pela sagacidade de Schoenlein. « Laennec, Morton, Gendrin e outros estão persuadidos de que a formação dos tuberculos depende de uma alteração par- ticular dos humores, e Schoenlein ajunta que ella se acompa- nha de uma tendência notável á formação do pigmento, de sorte que as pessoas predispostas a tuberculos fazem-se geralmente notáveis pela côr escura de seus cabellos e pela abundância de ephelide (sardas). « Emquanto Laennec attribue todos os tuberculos a uma só origem, Schoenlein crê que em cada individuo elles têm uma maneira especial de desenvolver-se. Assim elle admitte que o tuberculo chamado por elle menstrual depende de que n'um ponto da economia se extravase sangue, que não é absorvido, e torne-se o núcleo de tuberculos futuros; e que o tuberculo por elle chamado arthritico depende de que os saes, que devião ser rejeitados para as articulações, se depositão nos pulmões, e ahi se tornão centros deattracção, á roda dos quaes se desen- volvem tuberculos.(!...) « Os tuberculos pulmonares, os únicos de que me proponho a fallar, não se depositão primordialmente senão no tecido in- tersticial das vesiculas pulmonares e á roda dos vasos sangüí- neos. Póde-se ficar disto convencido, cortando uma pequena fatia de um pulmão tuberculoso no lugar onde se não perceba mais que um pequeno numero de pontos esbranquiçados e exa- minando-a ao microscópio. Quando as massas tuberculosas augmentão, as sedulas pulmonares se achão comprimidas. 730 CAT. XXII. PEITO « E' portanto verosimil que Scharlau tenha razão quando sustenta, contra Schoenlien c Laennec, que os tuberculos não são envoltos n'uma membrana própria. Póde-se ficar conven- cido de que ao microscópio elles apparecem sem fôrma deter- minada, como deposito pathologico de sangue. Schoenlien pois se engana admittindo que elles constituem ao principio vesi- culas cheias de um liquido gelatinoso. Elle também não está em caminho de verdade quando diz que o tuberculo é um corpo orgânico particular, uma espécie de formação parasita, tendo a maior analogia com os exanlhemas cutâneos. Emfim, também não parece que os tuberculos, até os mais desenvol- vidos, tenhão nunca vasos próprios, como o pretendem Schroen e Mecrel ; longe disso, elles são productos mórbidos de espé- cie inferior; os vasos á roda dos quaes elles se formão parecem quando não são muito volumosos, e a massa tuberculosa que se ajunta constantemente, por juxta-posição (!...) á existenta afasta pouco a pouco e progressivamente o parenchima pulmo- nar ambiente. « Se em tal caso a diathese tuberculosa de sangue vem a cessar, pôde acontecer que á roda do tuberculo segregue-se uma serosidade plástica, que dê origem a uma falsa membrana envoltoria ; mas este kisto será o producto de um esforço cu- rativo da natureza, e não um phenomeno necessário á forma- ção dos tuberculos. Se então o pulmão contém apenas um pe- queno numero destes tuberculos enkistados, pôde acontecer que o organismo os supporte sem perigo por tcda a vida. Mas a natureza ainda pôde ir mais além desta formação salutar de um envolucro kistoso; ella pôde actuar também sobre o tuberculo, assim garantido das influencias exteriores, até ossifica-lo em certos casos, sem que os phenomenos consecutivos estejão li- gados necessariamente á marcha da affecção tuberculosa. Se, pelo contrario, a. diathese tuberculosa do sangue persiste, os tu- berculos engrossão de dentro para fora (!...) e sobrevêm a phthisica tuberculosa, mas não se formão kistos. « Comtudo, não seria possível pôr em duvida que certos tuberculos são excepcionalmente providos de um kisto desde o principio, e não podemos recusar-nos, de uma maneira abso- luta, aadmittir que todos os outros, que podem desenvolver-se na economia, tenhão tal envolucro. A infiltração tuberculosa não tem envolucro, mas os tuberculos que sobrevêm nas CAP. XXII. PEITll 731 glândulas bronchiaes são, pela maior parte, providos de um, o que fez que Baile lhes desse o nome de tuberculos en- kistados. « Emquanto á freqüência dos tuberculos nos diversos órgãos, as partes que se movem menos parecem ser as affectadas mais freqüentemente. Assim é que nos pulmões se encontrão, sobre- tudo na porção superior, e notavelmente no lado esquerdo, e semelhantemente nos pontos em que por causa da pleurisia se estabelecerão adherencias entre as pleuras pulmonar e costal. No estômago é o pyloro que elles atacão mais, no fígado é a su- perfície concava, no cérebro é o rego de Sylvius á esquerda, no canal intestinal é a válvula ileo-colica; e nos rins é a sub- stancia tubulosa. « E' muito difficil reconhecer ao certo a existência dos tu- berculos pulmonares; não ha completa certeza delles senão quando estas producções mórbidas estão amollecidas ou fun- didas, e quando o doente expectora a matéria tuberculosa. « Mas nestes últimos tempos o microscópio e os reagentes chimicos têm feito descobrir os meios com os quaes se pôde re- conhecer precisamente a massa tuberculosa expectorada. Na verdade este conhecimento vem tarde sempre, u'uma época em que é raro já poder esperar-se a cura. Nós devemos, portanto, apreciar todos os signaes que annuncião a existência de tuber- culos pulmonares, afim de poder, n'um caso dado, adquirir a certeza de sua presença, e, se é possível, antes de seu amol- lecimento. « Estes signaes ou phenomenos são uns subjectivos, outros objectivos. « Os signaes subjectivos só têm um valor muito secundário. Com effeito, a displicência geral, a pressão, o peso e as pica- das passageiras nas regiões claviculares e mamarias, sobretudo do lado esquerdo, uma sensação no peito semelhante á que soffreria quem tivesse excoriado as vias respiratórias, e emfim a oppressão da respiração, não podem ser signaes pathognomo- nicos. (Para a homoeopathia são elles muito importantes.) «Os phenom-nos objectivos têm muito maior importância. Podem dividir-se da maneira seguinte : 1,° Signaes tirados do exterior do enfermo «Não é a compleição phthisica a que sempre indica a forma- 732 CAP. XXII. PEITO ção de tuberculos ; sabemos unicamente que as pessoas de pelle fina, cobertas de ephelides, com olhos negros e cabellos da mesma côr, são as mais expostas a esta enfermidade. Mas não ha nada concludente que deduzir destas circumstancias. (Muito menos no Rio de Janeiro.) 2.° Signaes tirados da mensuração do peito « Estes signaes são igualmente devidos a observações dos médicos de nossos dias (?...) No estado normal o peito repre" senta um cone cuja base está para ei ma. A' medida que a affec- ção tuberculosa do pulmão progride e torna a parle superior destes órgãos inaccessivel ao ar, o cone se estreita em cima, e se converte por conseqüência n'um cylindro. Mais tarde o fígado, órgão encarregado de substituir o pulmão no seu officio de emunetorio descarbonisador, distende-se por effeito do sangue que o engorgita, e o cylindro thoracio se converte n'outro cone cuja base fica então para baixo. A este respeito muito se deve ás investigações de Hirtz. Depois de multiplica- das medições, o perímetro do peito foi achado ser, no homem são, de vinte e nove pollegadas, termo médio, abaixo dasaxillas, de vinte e cinco pollegadas acima da cartilagem xifoide (es- pinhella). Na moléstia tuberculosa já adiantada, a circumphe- rencia do peito é de vinte e quatro pollegadas, termo médio, na parte superior, ede vinte e duas pollegadas na inferior; depois estas duas dimensões vêm a ficar pouco mais ou menos iguaes. Nas mulheres o perímetro inferior torna-se umae meia pollegada maior que o superior. Mudança tão notave* sem duvido provém de que a gordura deve desapparecer pro- porcionalmente mais da parte superior que da inferior, attento o seu modo de distribuição. 3.° Signaes tirados da percussão « Quando existe um só pequeno numero de grossos tuber- culos, ou certo numero de muito pequenos, resta ainda muito parenchyma pulmonar são, e a percussão não dá resultado nenhum, Mas quando certos pontos dos pulmões, como acon- tece quasi sempre logo a principio no ápice, destes órgãos estão penetrados de matéria tuberculosa, o som torna-se obs- curo e fácil de distinguir do som que se obtém quando o paren- GAP. XXII. PEITO 733 ehyma está são. Comparando o som dos mesmos pontos de um e do outro lado do peito, descobrem-se muitas vezes differen- ças importantes que permittem fazer um juizo certo da mo- léstia. « A polparidade (matité) do som pôde existir ainda que não haja tuberculos, porque as encephaloides, as melanoses, as exsudações pleuriticas, a hepatisação, etc, a dão igualmente. De outra parle os tuberculos, muito afastados uns dos outros ou complicados, quer de emphyseuma, quer de hydrothorax. podem exigir, ainda que a percussão dè um som claro. Este signal não é, portanto, perfeitamente seguro, e não pôde escla- recer o diagnostico senão pela coincidência dos outros sympto- mas. í.° Signaes tirados da auscultação «A presença de tuberculos pouco numerosos ou muito pe- quenos não altera muito a hulha vesicular. Eu não saberei dizer se acaso, como o pretende Cowan, esta bulha é áspera ou si- bilante durante a inspiração, porque é muito raro que se possa em geral notar esta ultima. Não é menos penoso distinguir se em taes circumstancias a respiração é pueril; mas em todo o caso a substancia do pulmão sendo mais firme, transmitte melhor as pancadas do coração, que se ouvem ainda muito bem no ápice do pulmão esquerdo, o até do direito. Comtudo ainda é possível que haja aqui uma hepatisação. « Mas os tuberculos em grande numero e volumosos des- troem a bulha vesicular; se além disso elles estão próximos á superfície c a pleura pulmonar está inflammada, espessa, ouve-se uma bulha de fricção. 5.° Signaes fornecidos pelo microscópio «Da mesma maneira que os signaes cbimicos, de que logo fallarei, estes não podem manifestar-se senão quando os tuber- culos têm passado ao estado de amoUecímento. O doente nunca expectora matéria tuberculosa pura, mas sim uma mistura desta matéria e de muco bronchico e tracheal, no qual a pri- meira se apreséfeta debaixo da fôrma de estrias, e de parcellas amarellas de itm volume variável. tomo ii 93 T.5i GAP. XXII. PEITO « Quando se lança esta mistura na água, forma-se um sedi- mento polvorolento em flocos, que, levado á objectiva, parece- se com uma massa de queijo de mui pequeninos grãos. Essa é a matéria tuberculosa que se não pôde confundir com outra, sendo os grãos mais pequenos que as granulações do pús, e não offerecendo tuberculos como estes. Além disto, percebe-se igualmente ao mesmo tempo um numero mais ou menos con- siderável de cellulas de epithelium. « Esta ultima experiência é já assaz concludente; mas ella tem pouca utilidade pratica, visto que muitos médicos carecem de um bom microscópio e de habilidade para servirem-se delle. A seguinte experiência pôde ser de applicaçào mais geral, posto que lhe faça perder muito de seu valor a triste circumstancia de ser ella possível somente quando a massa tuberculosa tem já soffrido a fusão ou amollecimento. 6.° Signaes fornecidos pela analyse chimica dos escarros « Scharlau fez a este respeito uma descoberta muito impor- tante. Elle achou que a massa tuberculosa expectorada se apre- senta, na analyse chimica, de maneira bem differente dos lí- quidos mucosos. O muco que se faz ferver n'um tubo de vidro, com água e ácido sulf urino diluído, ou com uma solução de carbonato de potassa, dissolve-se completamente, emquanto a matéria tuberculosa, por mais pequena que seja em quantidade com elle misturado, fica sem dissolver-se, de maneira que pôde ser separada do liquido que sobrenada. Toma-se uma parte de ácido sulfurico inglez para cinco partes d'agua, porque o ácido sulfurico concentrado dissolve também a massa tuberculosa. Durante a ebulição esta massa toma uma côr acinzentada, e desce ao fundo debaixo da fôrma de pequenos grãos incoheren- tes. Separados pela filtração, estes grãos se dissolvem na po- tassa cáustica c os ácidos os precipitâo de sua dissolução al- calina. « Fazendo-se f.-rver a matéria expectorada com carbonato de potassa, o muco tracheal se dissolve e a massa tuberculosa fica igualmente no fundo do vaso. Esta pôde dissolver-se na po- tassa cáustica, de onde o ácido chlorhydrico a precipita em flocos. « Fiz ferver com ácido sulfurico diluído os escarros de dous CAP. XXII. PEITO 73o individuos que, a julgar por todos os outros signaes, estavão affectado» de uma phthisica pulmonar tuberculosa, e obtive cm ambos um sedimento que ao microscópio offereceu os caracteres da matéria tuberculosa. Estes resultados forão confirmados pela repetição da experiência com tuberculos amollecidos, tirados do pulmão de um cadáver. A experiência parece já agora ser muito própria para eonfirmar o diagnostico ; porque, ainda que ella não possa ser feita senão em uma época já avançada da moléstia, a cura nem sempre será impossível, quando mesmo os tuber- culos pulmonares tenhão já soffrido uma fluktificação parcial. 7.° Signaes tirados da respiração, da tosse, dos escarros de sangue e da circulação « Estes signaes têm um valor subordinado. Assim, a respi- ração é muitas vezes ainda bastante livre, apezar da presença dos tuberculos, ao mesmo passo que era ella bastante oppressa em doentes, á abertura de cujos cadáveres os pulmões não apresentarão traço algum de qualquer lesão orgânica. Affec- ções do coração, aneurismas, ossificações, anomalia da artéria subclavia esquerda, inchações glandulares, etc, podem aqui figurar como causas. Comtudo, segundo Schoenlein, ha razão muitas vezes para suppôr a presença de tuberculos nas mu- lheres que soffrem dyspnéa durante as regras, sendo ao mesmo tempo atacadas de uma pequena tosse secca. « A tosse sobrevêm durante o segundo e terceiro periodo da affecção tuberculosa, só differe da tosse n'uma bronchite chro- nica, quando muito, pela sua tenacidade, e pela freqüência dos seus accessos; não é portanto pathognomonica. « Os escarros de sangue também não têm este caracter, quer elles provenhão da membrana mucosa tracheal, quer dos vasos pulmonares, supposto que justifiquem a supposição de uma formação de tuberculos já effecüva, ou pelo menos incipiente. « A circulação igualmente só fornece signaes accessorios. Como os tuberculos pulmonares são muitas vezes acompanha- dos de uma irritação inflammatoria, e o coração procura com- pensar a impermeabilidade parcial dos pulmões pela freqüência maior de seus movimentos, a circulação é quasi sempre acce- lerada nas pessoas atacadas de phthisica pulmonar, e até mesmo ellas chegão a ter febre; mas quantas outras circum- 736 CAP. XXII. PEITO stancias pathologicas ha que podem produzir o mesmo effeito ?» —Dr. Schroen. Concluiremos daqui que só a verificação physica e chimica da matéria tuberculosa expectorada é a prova positivamente pathognomonica da existência da phthisica pulmonar tuber- culosa ? e que, obtida esta prova, também quasi positivo é que a doença não será curada ? Mas o que nos cumpre anos fazer, para não Gear, como os allopathas, satisfeitos só por alcançar todas as provas de um diagnostico seguro, do qual se deduza também um seguro prognostico, embora fatal? Cumpre-nos não esperar por essas provas tão positivas, nem, quando se nos offerecem, deduzir dellas esse tão invariável prognostico fatal: a nós cumpre, desde o mais insignificante defluxo até ao ter- ceiro periodo da phthisica pulmonar, tuberculosa ou não tuber- culosa, trabalhar sempre, e sempre em Deos esperar que de nosso trabalho resulte o encontrarmos não só um, porém muitos remédios, que curem a phthisica pulmonar e as outras moléstias todas.—J. V. M. OBSERVAÇÕES CLINICAS PHTHISICA PULMONAR Julgamos dever a nossos leitores ainda mais um breve re- sumo de observações clinicas, feito com a intenção de os escla- recer na escolha dos remédios mais apropriados á phthisica pulmonar e á phthisica laryngea. Na collecção de observações clinicas feita pelo Dr. Beauvais se encontrão os casos de que aqui damos resumo. Faremos preceder este breve resumo por duas observações que encontrámos, tão bem feitas que as julgamos dignas de servirem de modelo. Quem assim fizer as historias dos seus doentes, com tanto critério, adaptando a cada pequeno grupo de symptomas os medicamentos que lhes correspondem, para finalmente sommar os que podem corresponder mais vezes ao quadro geral da moléstia, e quem pelas differenças caracterís- ticas entre elles encontradas, e pelos symptomas fundamentaes se decidir, pôde ficar certo de poucas vezes errar. duas observações clinicas, pelo Dr. WIDENHORN l.a Um homem de 20 annos, filho de pais phthisicos, tinha GAP. XXII. PEITO 737 dulles herdado uma compleição de phthisico. Nos seus primeiros annos teve de soffrer todas as moléstias próprias da infância, como escarlatina, sarampo, etc. Teve até um principio de escrophulas, de que foi curado por um allopatha, segundo elle disse. Aos 12 annos tomou a profissão de alfaiate. Emquanto aprendiz, por duas vezes teve sarnas, que forão curadas do modo ordinário (allopathicamente). Aos 17 annos teve também uma peripneumonia que parece ter sido tratada pelo methodo de Rasori. Na primavera de 1834 foi atacado de uma affecção catarrhal, contra a qual invocou os socorros da allopathia, mas inutilmente. Esta affecção foi crescendo de dia em dia até ser declarada incurável por muitos médicos, e apresentar o quadro seguinte: Symptomas da affecção local.—Tosse coceguenta provindo da garganta (cale sulf.) Tosse com expectoração purulenta e fétida (de matérias tuberculosas) (cale sulf. hep. phos. lyc. stan., etc.) Tosse duraute a noite (sulf. cale lyc, etc) Tosse secca, quasi sempre de tarde e á noite, estando deitado (sulf. cale lyc.) Respiração e symptomas do peito. — Difficuldade de respirar caminhando ao ar livre (sulf.) Sentimento de fraqueza no peito, fallando (sulf. stan.) Picadas no peito, movendo-se, no lado esquerdo (cale. lyc. phos. sulf.) Calor no peito (cale sulf. lyc phos.) Symptomas sympathicos. — Falta de appetite, repugnância para a carne (sulf. silic) Diarrhéa com dôres no ventre por muitos dias (sulf. cale lyc.) Fraqueza, cansaço, repuxamentos nos membros, principalmente pelas mudanças do tempo (sulf. cale lyc.) Vontades continuas de dormir de dia, com insomnia de noite (sulf.) Febre continua com horripilações, sobretudo á tarde (cale sulf. hep.) Calor passageiro, grande freqüência de pulso (cale sulf.) Emmagrecimento, falta de forças (cale sulf. lyc.) Máo humor, irascibilidade, propensão a assustar-se, melancolia, disposição para chorar (cale sulf. lyc. phos.) A este quadro da moléstia correspondem, pouco mais ou menos, de quinze a vinte medicamentos, três ou quatro dos quaes concorrem ainda juntos, não se tomando senão os symptomas principaes. Seria pois difficil a um principiante, com este quadro tão resumido, mas que nada contém inútil, escolher o remédio conveniente ; digo sem indicações inúteis, 738 CAI'. XXII. PEITO porque os doentes e os homceopathas principiantes marcào demasiados symptomas, e fazem assim que muito difficil seja distinguir o que é importante daquillo que o não é. Sabe-se que são as causas e os symptomas, quer do tempo, quer das circumstancias, os que decidem a escolha. Aqui as causas são uma disposição hereditária, uma cons- tituição phthisica e uma sarna mal curada. O sulfur lhe corresponde. Os escarros e os symplomas da tosse têm analogia com muitos meios, com quasi todos os que se têm recommendado para a phthisica pulmonar; a tosse, quando deitado, é produzida ao menos por vinte remédios. Portanto, nada ha decisivo! nem pelos escarros, nem pelos symptomas fornecidos pela tosse. Os symptomas do peito e da respiração correspondem a phos. lyc. cale. sulf. O que aqui se mostra decisivo é a favor de sulf.; é o senti- mento de fraqueza no peito, fallando, que se encontra também em phos.-ac. rhus. e sulf.-ac.; mas não acompanhado dos outros symptomas. As picadas no lado esquerdo pelo movimento depõem também a favor de sulf. A repugnância para a carne é também symptoma muito favorável a sulf. Corresponde também a cale. lyc. e silic, mas cm menor gráo; ha nestes medicamentos, á excepção de silic. desgosto da carne, mas não repugnância para ella. Outro symptoma muito favorável a sulf. consiste no repuxa- mento dos membros com aggravação pelas mudanças de tempo. Os symptomas moraes são todos a favor de sulf., principal- mente a irascibilidade e a melancolia. A 15 de Março á tarde ministrei acon. °/30a para combater os movimentos febris. Na manhã seguinte fiz tomar sulfur °[30a, primeiro para atacar a affecção psorica, a qual neste caso estava manifestamente em acção, e em segundo lugar porque este medicamento estava indicado por todos os symptomas circumstanciados, como: tosse de noite, estando deitado; sentimento de fraqueza no peito, fallando; picadas no lado esquerdo, pelo movimento:; repugnância para a carne ; dôres nos membros, pelas mudanças de tempo ; além dos symplomas CAP. XXII. PEITO 7.Í9 moraes. Aqui a causai Sarna só por si podia determinar a escolha de sulfur; porque cale phos. e lyc. correspondem tão bem como sulf. ás indicações principaes. E' de regra começar por sulf. quando é provada a existência da Psora. No fim de oito dias, a 23 de Março, tornei a ver o doente. Queixava-se muito do effeito do remédio. Um dia depois que o tomou tinhão-se-lhe aggravado consideravelmente todos os symptomas, e tinhão assim persistido três dias, e só nos últimos três dias é que se achava melhor. As picadas no peito tinhão cessado ; a tosse era menos freqüente ; sobretudo ella não lhe vinha estando deitado; não sentia as dôres dos membros, apezar das muitas variações do tempo; tinha algum appetite, e os suores nocturnos diminuião. Esperei ainda seis dias, e a 29 de Março dei-lhe calcarea em razão do quadro seguinte: Tosse curta, secca com cocega na garganta como se ahi tivesse poeira. Tosse de tarde. Falta de respiração abai- xando-se. Asthma e tensão no peito, que diminue quando revira as espaduas para trás. Diarrhéa com excrementos não digeridos. Excitabilidade nervosa; grande fadiga depois de ter caminhado pouco ; disposição a inquietar-se. Todos estes symptomas, e principalmente a diarrhéa, a excitabilidade, a fadiga e a inquietação, correspondem a calcarea. O medicamento obrou de uma maneira heróica; todos os symptomas desapparecêrão completamente no espaço de dezoito dias. Não se ouvia mais nem ralo cavernoso nem pectoriloquia. Mas os symptomas febris não cedião, posto que a tosse tivesse consideravelmente diminuído e o doente houvesse tomado, an- tes de calcarea, duas doses de aconito. Verdade seja que não era ella tão forte, mas sempre era uma febre lenta. Por vezes, sequidão da pelle e das mãos. Além de que o doente tinha sem- pre uma tosse secca, em verdade menos forte, mas que se mani- festava principalmente depois de ter bebido. Prisão continua no peito com palpitações de coração durante as digestões. Melancolia tranquilla; pezares e desespero. Posto que calcarea tivesse produzido bons effeitos, conclui deites symptomas que lycopodium estava melhor indicado. A 18 de Abril dei lyc. °/30a: o effeito foi sorprendente. No fim de quinze dias o doente não tinha mais nem tosse, nem dôr alguma 740 GAP. XX1J. PEITO no peito : o appetite, as forças, o somno, a tranquillidade tle espirito, voltavào perfeitamente, e dez semanas depois a cura podia dar-se por completa. 2.a Um homem de 28 annos, de uma constituição de phthisico, tendo pescoço comprido, larynge saliente, peito estreito, espa- duas em fôrma de asas, pelle branca, etc, muito dado a bebi- das espirituosas, e gostando também muito de café, tinha sido curado, dizia elle, de muitas inflammações de peito, sempre tratadas por abundantes emissões sangüíneas; isto é, as dôres tinhão diminuído, mas tinha-lhe ficado uma affecção catarrhal, com tosse de manhã e oppressão na respiração. Em 1834, no mez de Fevereiro, esta tosse* começou a ser mais forte, e o doente invocou os soccorros da allopathia. Até ao mez de Setembro applicárão-lhe vesicatorios sobre o peito, abrirão-lhe fontes, e derão-lhe diversos medicamentos internos, mas em vão; o mal augmentou de dia para dia ; a cura foi de- clarada impossível, porque havia tuberculos e pectoriloquia. 0 doente veio consultar-me a 12 de Outubro para ser tratado homoeopathicamente. Observei nelle os symptomas seguintes. Symptomas de affecção local: Percussão. — Som mat (som polpar) na parte superior do lado direito do peito na região da clavicula, tanto aspirando como sustendo a respiração. Som mat do lado opposto, atrás, na região da omoplata. O resto dos pul- mões não offerecia nenhum signal apreciável. — Stetoscopio. Ausência de rugido respiratório na parte superior do pulmão esquerdo; porém ralo sibilante na parte inferior, na região do coração ; e no lado direito, abaixo da mama, ralo cavernoso e na extensão de uma moeda de 5 francos. Pectoriloquia no mesmo lugar; e cm cima cabaixo ralo mucoso. No dorso ru- gido respiratório fraco em todo o lado esquerdo, e ralo cre- pitante no direito. Tosse continua augmentando notavel- mente de tarde e de manhã (quasi todos os medicamentos.) Tosse com sentimentos de oppressão do sternuni (caust. carb.-v. phos. stan. sil. sulf.) Tosse com expectoração con- siderável, sobretudo de manhã (quasi todos os medicamen- tos.) Tosse excitada principalmente rindo ou fallando (chin. stan. phos.) Tosse com escarros sanguinolentos, de tempo em tempo CAP. XXII. PEITO 741 (arn. bry. cale lyc. ferr. merc natr.-mur. phos. puls. rhus. sulf.) Oppressão da respiração durante o movimento (ars. can- led. phos. stann. verat. nux-vom.) Interrupção da respiração de tarde e de manhã, mesmo na cama (caust. coce cale ferr. graph. kal. nux-vom. phos. puls. samb. sep. stann. sulf., etc.) Oppressão de peito (phos. com trinta outros.) Palpitações de co- ração a cada emoção. Sensação de dôr pungnente no peito, principalmente por baixo do sternum (phos. e rhus. também, mas a dôr não é sentida precisamente depois de ter escarrado.) Pressão e dôr lancinante nos dous hypocondrios, e na região do estômago, tossindo, de sorte que é obrigado muitas vezes a calcar ahi com as mãos (phos. bry.) Cansaço e fraqueza no peito (bry. phos. cale lyc. staph. stann., etc) Affecções sympathicas.—Fome canina com náuseas depois de ter coimdo, alternante com falta de appetite (bry. cale chin. hep. hyos. iod. kal. lyc. merc natr. nux-vom. phos. sab. sil. staph. sep. squill. sulf., etc.) Forte sede (bry. hyos.) Diarrhéa com emissão de ventos e mucosidades (mais de vinte medica- mentos.) Perda geral das forças (alum. lyc. cale phos. etc.) Suores nocturnos, principalmente no peito (cale phos. lyc. kali sulf.) Somno agitado por sonhos inquietantes (chin. lyc. puls. sep. phos. sil., etc.) Propensão a enfadar-se e encolerisar- se pela menor cousa (nux-vom. phos. natr-mur. rhus. sulf. etc) Anxiedade na boca do estômago, pensando em cousas desa- gradáveis (phos.) Augmento das dôres nas mudanças de tempo e durante as tempestades (cale phos. sulf. rhus. veratr. sil. mang. merc. graph.) Neste quadro de moléstias, que é sem duvida um dos mais complicados, vêm-se concorrer ao menos quarenta ou cincoenta meios. Porém neste numero não ha senão três que correspon- dem aos symptomas característicos da enfermidade, porque ha aqui somente um symptoma que pôde ser olhado como carac- terístico, a saber : tosse excitada pelo riso e fallando. Este symp- toma é da maior ponderação : Io, porque se refere á lesão local e é causado por ella; 2o, porque elle constitue aqui o principal soffrímento e engloba em si as circumstancias em que a tosse se manifesta. Os três meios correspondentes são china, phosphorus e stannum. Todos os outros meios nada offerecem de circumstancial, ou tomo ti 94 742 CAP. XXIT. PEITO as suas circumstancias entrão em concurrencia com as de outros meios. O phosphorus foi julgado a substancia que melhor convinha aqui, porque estava de accordo tanto com o symptoma prece- dente como com o estado moral, e com a influencia exercida pelas mudanças de tempo e pelas tempestades, o que não tem lugar com os outros dous. O doente recebeu, no dia 18 de Outubro, phophorus da 30a em um pequeno frasco, com a recommendação de somente o cheirar, de manhã, precaução que me pareceu necessária, com receio de que o medicamento obrasse com muita força. E foi com effeito o que teve lugar: porque sobreveio um escarro de sangue em regra; augmento de oppressão do peito; dôres no peito, e principalmente exaltação dos symptomas moraes, tor- nando-se o doente excessivamente colérico, muito agitado, e, por assim dizer, fora de si. Fui chamado no segundo dia. Como o doente estava muito fraco, eu não podia deixar o medicamento obrar e lhe fiz cheirar vinho muitas vezes,o que calmou notavelmente os accidentes e a cólera. Deixei por quinze dias o doente debaixo da influencia do phosph. No fim deste tempo houve augmento das dôres do peito, com febre apresentando o caracter inflammatorio. Pres- crevi duas doses de aconito de dous em dous dias; no fim de quatro dias verifiquei o estado seguinte : Tosse secca, de noite, com dôr de peito. Tosse depois de rir. e ás vezes também depois de ter comido. Palpitações de coração. Falta de appetite : sensação de enchimento no estômago. Diar- rhéa , dejecção de alimentos não digeridos. Fraqueza em con- seqüência de freqüentes evacuações sangüíneas. Dei china como meio intercorrente, porque phosph. não tinha ainda esgotado a sua acção. O doente tomou chin. °/24a a 5 de Novembro. No fim de oito dias encontrei o son mat (som polpar) muito diminuído, ouvia-se uma espécie de ralo no pulmão esquerdo. Mas o ralo mucoso tinha inteiramente desapparecido no pulmão direito, onde a pectoriloquia se fazia ouvir ainda muito. Tosse secca de noite. Tosse de manhã, com escarros fétidos, amarellos. Dôr de excoriação, principalmente no lugar onde havia pectoriloquia. Palpitações de coração depois de ter comido. Diarrhéa; dejecção de matérias não digeridas. Dispo- CAP. XXII. PEITO 743 sição a enfadar-se; repugnância a ver outras pessoas que não sejão as que de ordinário lhe assistem. Dei calcarea °/24.a O êxito foi sorprendente. No fim de quinze dias o son mat (som polpar) do lado esquerdo havia completamente desappare- cido, e ouvia-se um ralo mucoso bem pronunciado em todos os pontos que estavão d'antes sem resonancia. A pectoriloquia era mui pouco pronunciada e limitada a muito pequeno espaço. Os escarros muito havião diminuido de quantidade, côr e cheiro; e em grande parte se compunhão de mucosidades. Não mais palpitações, nem dôr pungente, nem peso de estômago, nem diarrhéa. Restabelecimento do appetite, serenidade moral4 disposições mais sociaveis. Não perturbei a acção de calcarea. No fim de quinze dias as melhoras suspenderão-se. Não encontrando porém novas indi- cações repeti calcarea °/12.aNofim de quinze dias não percebi mais nem pectoriloquia, nem son mat, e nem ralo, a não ser no lugar onde existia a caverna; ahi com effeito ouvia-se ainda ralo mucoso. Bom appetite, restauração de forças, ne- nhuma oppressão de peito, quasi nenhuma tosse. Para destruir a natureza psorica da moléstia, dei sulfur °/24.a Três semanas depois o doente podia julgar-se perfeitamente curado, porque não se queixava de nada, e o ruido respiratório se ouvia em toda a extensão do peito. Como elle linha perdido muito sangue, ainda lhe dei chin. °/l 2a, que de ordinário termina os tratamentos deste gênero. Desde então este sujeito tornou para suas costumadas occu« pações sem resentir-se de incommodo nenhum. Todo o tratamento durou três mezes. Por estas duas observações já vemos que, para nos decidir- mos a administrar tal ou qual remédio, é mister ver bem se elle corresponde aos symptomas fundamentaes e a uma circum- stancia característica do caso individual que se trata. Ha nestas observações uma cousa com a qual não podemos concordar, é a administração de remédios chamados intercorrentes, que aliás também não condemnamos absolutamente; reconhecendo com- tudo que tal pratica muitas vezes pôde ser nociva, e poucas é justificável.... Passemos aos factos. Aconitum. No decorrer de uma phthisica combate as reca- hidas ou as inflammações do pulmão que sobrevêm, e não altera o effeito dos outros remédios.—Dr. ITartumành. 714 CAr. XXII. PEITO N. B— Não partilhamos totalmente esta opinião. Arsenicum, cinco doses de oito em oito dias, seguidas de uma dose de belladona. Uma moça mui fraca e sempre adoen- tada, com frios pela columna vertebral e sensação de suor frio, que não tinha, extremamente magra e sem forças, com tosse secca exacerbada todas as manhãs, com outros symptomas de phthisica laryngea. Melhorou pouco a pouco conservando uma dôr sobre o sacro, que cedeu ubelladona.— Dr. Wolf. iV. B.—Esta doente, curada de phhtisica laryngea, ficou su- jeita todos os annos a uma ou outra moléstia grave. Arsenicum, três doses precedidas de sulf. con.-macul. e stann. sem resultado positivo, seguidas por fim de carb.-veg. Phthisica com diarrhéa pertinaz e grandes suores e edemacia dos mem- bros. Um tecelão com 52 annos, e desde muito tempo asth- matico.—Dr. Rau. Belladona, uma dose. Um menino de 4 annos, escrophuloso, com todos os symptomas de phthisica incipiente; curado: tendo-se-lhe inchado depois as glândulas do pescoço e da man- dibula.—Dr. Stegemann. Calcarea carbônica, uma dose °/30a, seguida de lycopodium. Uma camponeza de 36 annos, que tinha sido forte e robusta, e mãi de oito filhos. Tosse e outros symptomas de phthisica desde o ultimo parto, seis annos antes; peior desde que teve um panaricio depois de um frio violento, havendo algumas se- manas antes soffrido de febres intermittentes, contra as quaes havia tomado arsênico allopathicamentc Com uma só dose de calcarea melhoras extraordinárias, e restabelecimento da saúde com outra dose de lycopodium.—Dr. Rucrert. Calcarea, uma dose "/24a, precedida de aconit. bry. e nux- vom. contra febre e incommodos do estômago e fígado, os quaes fizerão apparecer uma erupção de botões pelo peito, exacerbada depois por uma dose de sulf. tintura. Um moço do campo, cujos symptomas de phthisica persistindo depois dos remédios indicados, desapparecêrão em pouco tempo com uma dose de calcarea.—Dr.—Ruckert. Calcarea carbônica, três doses °/30% precedida de bell. e acon., que restabelecerão a menstruação supprimida, mas que a tornarão mais abundante e mais freqüente ; a segunda dose in- terrompida na sua acção salutar por nux-vom. staph. e cham., empregadas contra uma odontalgia ; a terceira doso de CAP. XXII. PEITO 745 cale restabeleceu completamente a doente. Uma moça de 20 annos, mui fraca desde pequena, e tendo crescido com extraordi- nária rapidez, soffria havia quatro annos; antes da menstrua- ção tinha abundantes flores brancas que a enfraquecião muito. Todos os symptomas de phthisica ; um seu irmão tinha mor- rido desta enfermidade, e outro irmão soffria do mesmo mal. —Dr. Ruckert. Calcarea, e depois silicea, precedidas de sulf. lycop. e stannum.—Dr. Arnold. *V. B. — Conta que tem obtido muito bons resultados,mas não os especifica. Calcarea, uma dose, precedida de sulf. e seguida de lyc (acon. recorrente contra os symptomas febris): cura perfeita em dez semanas. Phthisica em um moço de 20 annos, filho de phthisico e com todas as disposições para esta enfermidade, e havendo recolhido sarnas.—Dr. Widenhorn. N. B.—Observação modelo (vede pag. 736.) Calcarea, duas doses, precedidas de phosph. e chin. c seguidas de sulf. e chin. Phthisica com cavernas curada em três mezes n'um homem de 28 annos, com todas as disposi- ções antecedentes para a phthisica.—Dr. Widenhorn. N. B.—Observação modelo, vede pag. 740. Calcarea, e antes sulfur, e depois silicea como perservativos, ou para combater os primeiros symptomas da phthisica, apparecendo em successivos ataques de pneumonia em um moço de 16 annos, cujos pais, irmãos e irmãs tinhão morrido phthisicos. Bom resultado.—Dr. Malaise. Calcarea, uma dose, depois de tratamentos allopathicos inúteis. Um homem de 46 annos, muito dado a prazeres venereos, sem jamais ter sido infectado de syphilis, adoeceu por suppressão de transpiração, apresentando symptomas de phthisica laryngea e grande quantidade de pús fétido, que lhe obstruía o nariz ; incommodos da garganta, do estômago, dos rins, com as glândulas do pescoço inchadas; tosse secca, maior e mais incommoda de noite; respiração difficil e dolorosa» fraqueza, abatimento, com anxiedade e desespero. Oito dias depois de uma dose de calcarea grandes melhoras; e no fim de um mez o doente, julgando-se perfeitamente curado, não quiz tomar mais remedio,e continuou a passar bem.—Dr. Schreter. Calcarea,uma dose.precedida de nux-vomica c de lycopodium. 746 CAP. XXII. PEITO e seguida de phosphoro e de lycopodium. Uma mulher solteira, com 30 annos, alegre e espirituosa, soffrendo com as menstrua- ções, etc, dôres e oppressão no peito, peiorando pelo trata- mento allopathico (tinha soffrido muito de sarnas, que lhe cura- rão com misturas de enxofre; havia tido o gosto depravado de comer cal, o qual perdera com difficuldade substituindo a cal pela magnesia); uma dose de nux-vomica lhe deu consideráveis allivios immediatos. Deu-se-lhe depois lycopodium, não se querendo dar calcarea, que estava mais indicada, com receio de que não fizesse bem, visto haver delia abusado tanto. Melhorou do peito; mas seu estado moral e nervoso se affectou muito, e teve pensamentos de morte,visões medonhas, desespero de curar-se. Recorreu-se a calcarea, que produzio grandes melhoras, exacerbando aliás alguns incommodos; terminou-se a cura por phosphoro, que se mostrou muito efficaz, seguindo- se-lhe lycopodium.—Dr. Boenninguausen. Ar. B.—Esta foi a primeira cura homoeopathica deste medico depois tão celebre ; não a julgo de uma simples phthisica; mas é notável por ter sido calcarea o remédio mais efficaz, havendo tido a doente um tão depravado gosto por esta substancia. Carbo vegetabilis, doses repetidas: grandes serviços Jem prestado este medicamento nas phthisicas pulmonares resul- tantes da passagem da phlegmasia á suppuração.—Dr. Knorre. N. B. — Apresenta três casos quasi idênticos em que os symptomas são característicos desta phthisica pulmonar. Drosera rotundifolia, uma dose, precedida de belladona, de sulfur, de calcarea, e seguida de spongia. Uma menina de 12 annos. Phthisica laryngea bem caracterisada, depois de um defluxo; melhorou com belladona, que teve aliás curta acção; curou-se com drosera, seguida afinal de spongia, para combater um resto de tosse.—Dr. Spoher. Dulcamara, uma dose 0/24», precedida de tartaro estibiado °/6a, e seguida de stann. silic. sep. c phos. Phthisica no 2o para 31 gráo bern caracterisada, em um marchante de gado, tratado inutilmente pela allopathia; restabeleceu-se, que nem lhe reapparecêrão uns furunculos que na primavera sempre o atormentavão.—Dr. Rau. Guaiacum, duas doses; colocynlhis intercalada. Uma moça de 23 annos, que sendo gorda resfriou-se. e scntio logo dôr CAP. XXII. PEITO 747 n'um tornozelo, e foi tratada allopathicamente, peiorando de dia em dia até estar sacramentada e próxima á morte, havendo- lhe sobrevindo uma phthisica formal durante o tratamento, e soffrendo horríveis dôres na perna : o medico a tinha abando- nado por incurável. A expectoração, assim como todas as excreções, erão de cheiro insupportavel. Uma dose de guai.ico minorou todas as dôres, e a doente dormio, o que não fazia havia semanas; outra dose de colocynthis fez desapparecer os vômitos e restabeleceu o appetite; segunda dose de guaiaco restabeleceua doente de todos os seus incommodos,ficando-lhe só alguma fraqueza no joelho : tudo isto em menos de um mez. —Dr. Schellhammer. Hepar sulflris calcareum, doses repetidas, com pequenos intervallos, alternadas com mercurius em baixas attenuações ; bons resultados.—Dr. Schmidt. Ar. B. — Não refere os factos. Hydragirum oxidulatum nigrum, uma dose : uma mulher casada, com 36 annos ; falta de menstruação (que por costume era mui dolorosa e com espasmos, e seguida de flores bran- cas) ; tosse secca ; expectoração mucosa ; não podia dei- tar-se do lado direito; muita fraqueza ; melhoras de manhã ; fraqueza ao meio-dia ; calor fugaz de tarde com pal- pitações de coração ; mais tosse da meia-noite ás duas horas da madrugada. Depois de um tratamento allopathico, sempre inú- til, grande exacerbação de todos os incommodos com o remé- dio homoeopathico por sete dias, e desde então melhoras com restabelecimento da menstruação até á cura.—Dr. Loescher. Kali-carbonicum, uma dose em olfatação, seguido de nitri- acidum, também em olfatação, e precedidos de acon. bell. puls. e sep. Uma Judia de 52 annos, extremamente magra; expectoração muito abundante de mucosidades brancas e fila- mentosas. Depois dos dous últimos remédios, abandonada sem esperança, voltou cinco mezes depois a agradecer ao seu me- dico, tendo melhorado de dia para dia.— Dr. Schreter. Kali-carbonicum, precedido de arnica, nux-vomica, digitalis e sulfur, curarão um phthisico de quem o pai e dous irmãos tinhão morrido phthisicos em tratamento allopathico.—Dr. Des- Guidi. N. B.— Não conta como o tratou. Kali-carbonicum, uma dose °/30a, precedida de acon. e nux- 748 GAP .XXII. PEITO vomica, que pouco effeito produzirão. Phthisica no segundo gráo em um menino maior de 10 annos, muito cachelico: cura terminada por uma erupção nos pés.—Dr. Kirsch. Kali-carbonicum, muitas doses, precedido de lycopodium e entremeiado com chin. puls. sep. Phthisica muito antiga e no ultimo periodo ; caso desesperado ; tratamento seguido por mais de um anno ; cura, ou pelo menos tanta melhora, que parece uma cura perfeita.—Dr. Schwarze. N. Z?.—Boa observação por medico não muito decidido então pela homoeopathia. Kali-nitricum, °/30\ E' de todos os remédios homoeopathicos aquelle que alcança o mais prompto allivio aos phthisicos, e lhes minora mais depressa a dôr lancinante.—Dr. Weigel. Lachesis, repetidas doses, precedidas de sepia (que parecia convir muito, mas que fez peiorar a moléstia com segunda dose) e de stanum e outros inutilmente. Um moço tratado de pneu- monia pelas sangrias ficou phthisico, e seu symptoma caracte- rístico era exasperação da tosse depois de dormir ; depois de varias exacerbações e accidentes restabeleceu-se. — Dr. Hering. N. B.—Pela circumstancia da escolha de lachesis em razão de corresponder elle ao symptoma caracterisco — exacerbação da tosse depois de dormir —pôde ser esta experiência collocada depois das duas que para modelo adoptámos ; não obstante a escolha de sepia não ter sido justificada, ou por isso mesmo que o não foi, tendo-lhe faltado sem duvida essa condição, que valeu para lachesis o bom resultado obtido. Ledum palustre, seguido de chamomilla, e por fim de ópio. Phthisica em conseqüência de pneumonia desprezada, com ex- pectoração abundante, fétida, esverdeada, difficil, com esforços como de asthmatico para expectorar ; muitas dôres no peito e no fígado, e magreza extrema.—Dr. Kammerey. Licopodium. Fez reapparecer uma erupção supprimida ha- via doze annos; silic. sulf. cale carb.-v. e sep. íizerão desap- parecer todos os symptomas da phthisica pulmonar em um pre- ceptor de Alzey, com 41 annos de idade, phthisico havia mais de um anno.—Dr. Rau. Licopodium e mais sep. stann. e silic. obtiverão bons resulta- dos ; e ainda depois n'uma recahida forão efficazes licop. e sep. seguidos de stann., e por fim de con.-macul., n'uma mu- CAP. XXII. PEITO 749 lher de 38 annos, a quem] tinhão morrido phthisicos três irmãos.—Dr. Rau. N. B.— Não falia da menstruação. Licopodium, duas doses intercaladas por sulf., seguidas de duas de aconito. Um homem de 41 annos, pedreiro de pro- fissão, que muitas vezes tocava clarineta. Muito fraco, expe- etorava sangue e pús ; tomou lycop. e melhorou ; depois sulf. passou melhor ; mas depois teve tão abundante expectoração de pús com sangue que fez suspeitar a rotura de uma vomica: tomou outra dose de licopodium, e, apezar de insistir em tocar clarineta, logo que se achou melhor restabeleceu-se.—Dr. Ru- ckert. Licopodium, uma dose, precedido de sulfur, que alguma me- lhora conseguio, e seguido de sepia, duas doses intercaladas por phosphorus e seguidas de arsênico, e por fim kali-carboni- cum °/30a Uma mulher de 32 annos, soffrendo do peito havia dez annos ; violentos accessos de tosse com expectoração ama- rella ou acinzentada, mui fétida, parecendo vir do lado es- querdo ; dôr nos rins ; dormencia nos membros, com as mãos como mortas; fraqueza e magreza geral. Quasi curada dentro de um anno, tomou ainda kali-carbonicum, e restabeleceu-se- —Dr. Ruckert. Licopodium, duas doses °/30a, precedido de arsênico e de nux. vomica, e seguido de acon. e bry., contra uma exacerbação, e de stannum inutilmente, contra a expectoração e a tosse, que tinhão augmentado, e que depois de puls. chin. nux-vom. e sulf. só vierão a ceder a sepia. A mulher de um barbeiro, com 37 annos, mãi de muitos filhos, phthisica, soffreu um tumor que diminuio quando a expectoração mais augmentou debaixo da acção do arsênico; começou a sentir melhoras com duas doses de licopodium; teve exacerbações, etc, e veio arestabel- cer-se com sepia.—Dr. Ruckert. Mercurius, doses repetidas com pequenos intervallos, e al- ternadas com hepar sulf. cale cm baixas attenuações. Bons re- sultados.—Dr. Schmidt. A. B.—Não refere os factos : Nux-vomica, uma dose precedida de pulsatilla e seguida de stannum. Uma criancinha de dous annos, dada por phthisica in- curável pelos allopathas, muito magra e definhada, vomitava os alimentos, tinha diarrhéa, muita tosse, febre, suores muito tomo n 95 750 cap. xxn. peito abundantes de noite ; a diarrhéa era mucosa, e ás vezes de alimentos não digeridos : com puls. vomitou só uma vez ; com nux-vom. começou a melhorar sensivelmente ; com stann. desappareceu a diarrhéa e restabeleceu-se— Dr. Croserio. Nux-vomica, uma dose, precedida de três doses de aconito que fizerão bem, e seguida de três doses de sulfur que curarão uma erupção de botões sobre vindos á testa. Phthisica incipiente, com symptomas febris e de irritação na garganta. Soffrimentos que datavão de um anno, e inutilmente tratados pela allopa- thia : uma mulher de 27 annos, mãi de cinco filhos.—Dr. Chio. Phosphorus, uma dose, depois de inúteis tratamentos allo- pathicos e de uma dose de menianthes trifoliata, que parecia ter sido de algum proveito. Um marceneiro, com todas as dis- posições para phthisica, e abusando de bebidas espirituosas, padecendo do peito havia mais de três annos : em desespero de cura pelos meios allopathicos, uma dose de phosphoro o pôz em convalescença dentro de cinco semanas. A cura não se julgou completa. — Dr. Bethmann. Phosphorus, uma dose 18a, e três no fim °/30A ; petroleum, sepia e sulfur intercalados. Homem de 55 annos, bilioso, dado a violentos trabalhos e abusando de bebidas espirituosas. Phthisico declarado sem remédio pelos allopathas ; soffria grande dyspnéa, não podia deitar-se, não dormia, nada lhe sabia bem, tendo aliás fome ; soffria do estômago, dos rins e dos membros ; febre, calafrios mesmo ao calor do sol ou bem coberto; palpitações, sobresaltos, fraqueza extrema, tosse muito violenta com expectoração amarella espessa; ameaços de suf- focação. Dentro de anno e meio curado.—Dr. Tietze. Psorinum, alternado com sulfur, seguido de aconito em doses repetidas (depois arsênico contra effeitos accidentaes do fumo do enxofre). Hemoptyses, dous annos depois de um resfria- mento, aggravadas com o tratamento allopathico, e seguidas de todos os symptomas de phthisica tuberculosa: cura em pouco mais de um anno, emum homem de 20 annos.—Dr. Griesselich. N. B.—Este doente nunca teve sarnas..... O mesmo Dr. Griesselich conta ainda algumas historias de tratamento pela psorina, combinada com sulfur, ou por este ultimo só, com resultados incompletos ou menos felizes. Psorinum, muitas doses, seguido de sulf. e hep.-sulf. Cura incompleta no fim de quatorze mezes. Phthisica tuberculosa com CAP. XXII. PEITO 751 expectoração de coágulos e concreções cartilaginosas, e em fôrma de annel, em um padeiro, com 50 annos ; as melhoras mais notáveis começarão na terceira semana de tratamento, e progredião.—Dr. Brenflech. Pulsatilla, duas, doses, precedidas de drosera, e seguidas de phosphoro, sepia e china. Uma menina de 14 annos, ainda não menstruada, declarada phthisica incurável pelos allopathas: havia tido expectoração purulenta, amarga, muito abundante, que se suspendera havia quatro dias. Drosera pareceu nada ter feito ; no dia seguinte pulsatilla reanimou todas as forças quasi extinctas, fez reapparecer a expectoração, e desde então as me- lhoras progredirão até á cura em menos de um mez. China foi dada em razão da grande fraqueza que restava. — Dr. Rosen- thal. Sambucus niger, doses de meia gotta da tintura repetidas de dous em dous ou três em três dias. Em dous doentes de phthisica incipiente prompto restabelecimento. Em outro, que nada melhorou com acon. puls. bell. kali. nitr.-ae e sulf., obteve sambucus niger grandes allivios. — Dr. Schreter. Sepia, uma dose, precedida de sulf. tintura, e de acon. seguida de phos., de nitr.-ae; repetida sepia, seguida de carb.- veg. Um moleiro, com 30 annos, tendo soffrido sarnas, curadas com remédios externos, passou bem alguns annos, até que sentio incommodos de peito e respiração curta, e dôres pelo movimento. Havia soffrido um abcesso acima da clavicula esquerda, que deitou considerável quantidade de pús, e deixou por muito tempo uma íistula até ao interior do peito, na direcção do sternum. Tinha alliviado do peito por se ler aberto o abcesso; mas recahio com maiores incommodos, até que tomou sulf. tintura com algum proveito, depois acon. que lhe deu allivio, e sepia que lhe occasionou uma forte reacção seguida de melhoras consideráveis. Depois tomou phos., que exacerbou os incommodos e fez apparecer salivação, a qual cedeu a nitr.- ae, continuando então as melhoras até que, estacionando ellas, tomou outra vez sepia, e depois, para remediar os effeitos da uma falta de regimen, tomou carb.-veg., e se restabeleceu, ficando forte e gordo, e passando melhor que nunca.— Dr. Ruckert. Sepia, uma dose, precedida de chin. e seguida de amonia- carbonica e de licopodium, e por fim repelida. Depois de um 752 CAP. XXII. peito exanthema geral, supprimido com remédios externos, todos os symptomas de phthisica com diminuição da menstruação, marasmo, etc: melhoras progressivas até á cura.—Dr. Schultz. Silicea, quatro doses repetidas, dia sim, dia não, precedidas de três doses quotidianas de china. Um ecclesiastico de 21 annos, depois de grandes estudos, tosse forte e copiosa, expectoração verde, purulenta, accessos inlermittentes de febre, grande fraqueza e marasmo : convalescente em três inezes.— Dr. Weith. Silicea, doses repetidas por quatro semanas, precedida de chin. Depois de inútil tratamento allopathico, cura completa em três mezes de uma phthisica incipiente em um moço de 18 annos, cujo pai soffria de tosse chronica e hemoptyse, tendo- lhe já morrido phthisica uma irmã.—Dr. Malaise. Silicea, uma dose cada dia por duas semanas, °/30a: um moço de 20 annos, com o pulmão esquerdo muito atacado, restabeleceu-se progressivamente desde aprimeira dose.—Dr. Gross. Stannum, de oito em oito dias. Tosse de noite e de dia com expectoração muito abundante : mulher solteira com 36 annos; extrema magreza, havendo bom appetite; calor ardente nas palmas das mãos; muita diarrhéa; melhoras com um mez de tratamento; constricção de garganta curada com bell.: me- lhoras persistentes.—Dr. Bernhardi. Stannum, uma dose, precedido de china, seguido de belladona. Homem occupado de trabalhos intellectuaes, com 33 annos. Tosse apresentando grande diversidade de caracteres, e com expectorações varias muito abundantes (ao menos duas libras por dia); larynge sempre cheia de mucosidades viscosas; fastio e extraordinário abatimento, e polluções nocturnas com sonhos voluptuosos. Febre todas as tardes, com muito calor geral e mais nas palmas das mãos; suor de noite e de manhã com cheiro de palha podre. Exaltação das faculdades intellectuaes com grande lucidez de espirito; desespero de cura. China e sete dias depois stann.: melhoras sem reacção por um mez, continuadas por quinze mezes, depois de uma dose de bell.— Dr. Stape. Stannum, precedido de pulsatilla e seguido de china. Um carregador de fardos, com todos os caracteres de phthisico: muita tosse com dôres no peito; expectoração muito abundante CAP. XXII. PEITO 753 amarella, esverdeada; muita magreza e prostração; fastio; aversão ás bebidas ; medo de morte próxima, muitas melhoras com stannum; perfeitamente curado depois de china.—Dr. Gross. N. /?. —ODr. Gross affirma que curou muitos phthisicos empregando os remédios que Hahnemann chama antipsoricos. Stannum, duas doses. Um homem de 30 annos. Phthisica incipiente.—Dr. Ruckert. Stannum, três grãos e meio. Um homem de 36 annos. Phthisico em segundo gráo com grande constricção no peito ; diarrhéa e suores abundantes ; expectoração esverdeada e doce; grande magreza; aborrecimentos e falta de coragem. Curado em três semanas.—Dr. Schreter. Stannum, duas doses ; uma dose de arsênico intercalada i Uma moça de 19 annos, muito magra e com a pelle tão branca como leite, e as faces de um rubro roxeado; com tosse e expectoração amarella fétida e de gosto pútrido ; melhor com a primeira dose; ficando-lhe oppressão no peito tomou arsênico, e doze dias depois segunda dose de stannum. Curou-se no fim de um mez.—Dr. Bethmann. Stannum, uma dose, seguido de nux-vomica. Uma mulher de 36 annos, solteira, atacada de um catarrho pulmonar, que no fim de dous mezes apresentou todos os caracteres de phthisica pituitosa acompanhada de horríveis dôres de cabeça e vômitos de mucosidades todas as manhãs. Dez dias depois de tomar stann. °/6a estava muito melhor: tomou nux-vomica, e restabeleceu-se em poucos dias.—Dr. Diehl. Stannum, duas doses; arsênico intercalado. Uma moça de 20 annos, esbelta, mui clara, faces de rubro roxeado ; tosse com suffocação e expectoração amarella com cheiro desagradável e gosto infecto; melhorou em cinco semanas, resentindo-se aliás quando fazia algum movimento mais violento.—Dr. Bethmann. Stannum, duas doses °/(5% seguidas de duas doses de phos- phorus 12a: melhoras consideráveis e progressivas desde a primeira dose. Cura não completa. Um conego, com todas as disposições para a phthisica, e soffrendo do peito por três annos; estes soffrimentos se aggravarão mais por um catarrho epidêmico, e desde então fora julgado phthisico. Dentro de seis mezes suas melhoras forão taes que se pôde julgar que ficou curado.—-Dr. Ruckert. 754 CAP. XXII. PEITO Stannum, duas doses 6a, precedidas de uma dose de bell. Melhoras progressivas. Cura incompleta. Uma mulher casada, com 50 annos, atacada de violento catarrho pulmonar, apre- sentou logo symptomas de phthisica incipiente com incommo- modos do estômago, febre, emmagrecimento rápido, desanimo, receio da morte.—Dr. Ruckert. Stannum, três doses 18a, 28a e 18a : cura completa em três mezes. Um penteeiro com 30 annos, disposição physica heredi- tária para phthisica; soffria, havia dous mezes, symptomas desta moléstia.—Dr. Schubert. Stannum, varias doses, precedido de lyc. e de phos.-ae, e seguido de chin. Phthisica muco-purulenta, dada por incurá- vel, em uma mulher de 38 annos, que seis annos antes havia soffrido um catarrho pulmonar ; curada radicalmente dentro de alguns mezes.—Dr. Schwarze. Stannum, doses repetidas, seguido de sulf. merc. cale puls. bell. e lyc. alternadamente. Cura inesperada em uma mu- lher de 20 annos, que soffria desde os 17, quando se casou, soffrimentos que parárão durante a gravidez, e reapparecêrão aggravados depois, constituindo uma verdadeira phthisica, que não podia dar esperança alguma. Contra a espectativa do próprio medico, desde a primeira dose de stannum melhoras até á cura, confirmada depois do segundo parto. —Dr. Molin. Sulfur, uma dose. Uma mulher phthisica de muito tempo, suspendeu-se-lhe a moléstia durante a gravidez, foi atacada de novo logo que deu á luz : sentio muito allivio com uma dose de sulfur, mas não quiz seguir o tratamento.—Dr. Attomyr. Sulfur, uma dose de tintura, seguida de lycopodium. Um cortador de carnes tinha repercussão de sarna antiga : sympto- mas de phthisica do primeiro para segundo gráo : curado em mez e meio.—Dr. Ruckert. Sulfur, muitas doses. Phthisica no segundo gráo (?) prove- niente de sarnas recolhidas com unguentos : cura perfeita den- tro de dous mezes em um sapateiro com 18 annos : as melho- ras datarão da appariçâo de um exanthema muito pruriginoso, que por fim cedeu com todos os outros incommodos.—Dr. Hei- CHELHEIM. Sulfur, depois calcarea, depois silicea, como preservativos ou para combater os primeiros symptomas de phthisica, appa- recendo em successivos ataques de pneumonia em um moço CAP. XXII. PEITO 755 de 16 annos, cujo pai, irmãos e irmãs morrerão phthisicos. Bom resultado.—Dr. Malaise. Sulfur, tintura 730a, uma gotta, três doses com intervallo de oito dias. Um homem de 20 annos, soffrendo de tosse, es- carrando a miúdo e com suores nocturnos ; perda progressiva de forças, e inquietação de espirito ; no fim de um mez me- lhoras seguras.—Dr. Peschier. Sulfur, tintura °/30a, uma gotta em três onças d'agua para tomar por três noites ; depois mais seis doses para tomar de manhã. Um-homem casado e com filhos, com 26 annos, muito magro e fraco, melancólico, inclinado ao suicídio ; tosse con- tinua, noite e dia, escarros puruientos ; oppressão no peito ; estando muito adiantada a phthisica ; repugnância ao trata- mento homoeopathico, e por isso necessidade de lhe repetir as doses, e dar-lh'as debaixo de outra fôrma, e de o illudir dan- do-lhe assucar de leite, á espera do effeito do sulfur. Dentro de um mez consideráveis melhoras ; e dias depois o doente pôde sahir e caminhar uma légua pequena, e está alegre e esperan- çado.—Dr. Peschier. X. B.—Outras observações se seguem do Dr. Peschier, todas a favor da tintura de sulfur, mas nem todas de phthisica, e por isso as não mencionamos. Sulfur, doses repetidas de duas em duas, ou três em três horas, tintura da primeira trituração de sulfur puro, prece- dida inutilmente de sulf. em dose ordinária; melhora rápida e cura. Um phthisico tuberculoso, no maior gráo de violência pelo emprego dos meios allopathicos, com grande congestão no peito e escarros de sangue.—Dr. Schmidt. Sulfur, três doses. Phthisica incipiente ; falta de menstrua- ção por seis mezes, por causa de sarna recolhida : cura com- pleta em dous mezes n'uma moça de 18 annos.—Dr. Char- riere. Sulfur, duas doses, a primeira em olfactação, a segunda em tintura,'precedidas de bell. e drosera, que parecerão úteis, e seguidas de merc. hep. e cale, contra engorgitamento das glândulas do pescoço. Phthisica incipiente consecutiva a coqueluche rebelde, tratada allopathicamente, em uma menina de 10 annos: curada em três mezes.—Dr. Bigel. Sulfur, varias doses, interrompida a sua acção por uma sangria, repetirão-se outras doses, seguindo-se-lhes cale. ars. 756 CAP. XXII. PEITO bry. lyc. (acon. foi dado depois de sangria para uma hemoptyse que sobreveio.) Phthisica bem caracterisada n'um homem de 32 annos, ao qual já tinhão morrido phthisicas duas irmãs: prognostico fatal: seis mezes depois, examinado por dons allopathas, foi declarado são perfeitamente.—Dr. Molin. ADD1TAMENTO AO CAPITULO XXII Moléstias da pelle do peito Bossas : natr. Bostelas, com dôr de queimadura, ardor no rosloe calafrios nas outras partes: argil. Botões e furunculos sobre o peito: hep. Comichão : led. Dartros: ars. petrol. staph.— insensíveis, pequenos, ver- melhos, um pouco elevados, lisos, terminando por descamação: magn.—vermelhos, pruriginosos: ipec. Efflorescencias dolorosas ao tocar: con.—espalhadas sobre o peito das mulheres, com prurido alliviado pela coçadura; bell.--finas, cheias de pús na ponta: aur. — insensíveis, da grandeza de grãos de milho, amarellas na ponta, ardentes depois de coçar-se: graph.—isoladas, que se enchem de pús e secção espontaneamente : cocul. — pequenas, no peito e baixo-ventre, com prurido moderado: dulc. —no peito, braços e costas, vermelhas, seccas, pruriginosas a principio : iod. — pequenas, violentamente pruriginosas, e ardentes depois de coçar-se : canthar. mang.-m. nicot. — pruriginosas e grossas: canth. natr. — sobre o alto do sternum com aureola vermelha : zinc. — no sternum (duas) com dôr mui sensivel, semelhante á de chaga, com pús na ponta : hep. — vermelhas, sensíveis só ao tocar: phos.-a. — vermelhas, com a ponta cheia de pús : stront. Empolas grossas no peito e costas, com anxiedade, calafrios, calor e suor: caust. Ephelides, com prurido á tarde: sulf. Erupções: gratiol. hep. led. lycop. staph. tabac. valer.— ardentes, depois de coçar-se : gratiol. heracl. —de botões : CAP. XXII. PEITO 757 tabac. valer.—dartrosas, de pequenas efflorescencias vermelhas e unidas sobre os lados inferiores, com lancinação fina, ardente pruriginosa como de ortigas: squil.—dartrosas nas ultimas cos- tellas com prurido: staph. —dolorosas: lycop. —ao tocar: hep. phos.-a.—duras: valer.—de efflorescencias, com dôr de excoria- ção, como se a pelle fosse arrancada, e com picadas finas dentro e fora, no lado direito do peito: rhus.—de efflorescencias grossas como lentilhas, vermelhas, duras, ardentes, mui pruriginosas: bor. — de efflorescencias miliares, vermelhas, com prurido e calor: cocul. — miliar, com prurido e vermelhidão : staph. — de nodoas vermelhas, grandes como lentilhas, cobertas de efflo- rescencias, com ligeiro prurido : silic. —de nodoas vermelhas, insensíveis, circumscriptas, côr de vinho, sem calor, por todo o peito : cocul. —de pústulas : evon. hep. — seccas : heracl. — suantes : lycop. — vermelhas: staph. —de vesiculas: grapb. Exanthemas, unidos em uma só nodoa vermelha, formando- se depois uma multidão de pequenas nodosidades brancas, duras, elevadas: valer. Formigação : colch. ran. s. rhus. Furünculo : lycop. phos.—pequeno ao lado do peito : magn. Miliar : led. staph. tart. Nodoas amarellas : phos. — azues : carb.-v. sep. —grandes, de um vermelho claro, no epigastrio e boca do estômago, com prurido e ardor : lycop. — hepaticas: lycop. — pequenas. em grande numero, que não são salientes nem pruriginosas : magn. — pequenas, tornando-se em efflorescencias escabrosas, semelhantes á sarna humida, com prurido ardente : squil. — vermelhas: cocul. led. sabad. —vermelhas, semelhantes á mordedura de pulgas, com ardor violento : daphn. Nodosidades pequenas ao lado do peito: mang. Pontos pequenos, finos, vermelhos, com comichão côr de purpura : antim. —vermelhos: sabad. Prurido : led. mezer. Purpura : amon. — com oppressão do peito e prurido : calad.—vermelha, pruriginosa, ardente, desapparecendo ao calor da cama : bry. Pústulas grossas, vermelhas, semelhantes a bexigas, cercadas de aureola vermelha, cobrindo-se de uma crosta e deixando profunda cicatriz : tart.—vindo á suppuração na clavicula: magn.-m. tomo n 96 CAPITUIjO XXIII AFFECÇÕES DAS COSTAS, LOMBOS, NUCA E PESCOÇO Affecções da* gfandufas d© pescoço.—Póde- se empregar, quando ha endurecimento: bar.-c carb.-an. dulc. kal. spig.—Quando ha inflammação: bar.-c. bell. cham. kal. merc nitr.-ae sulf. — Quando ha suppuração : bell- nitr.-sil. TRATAMENTO.— 1 a 2 gotUis ou 6 a 8 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 ou 8 em 8 horas: espere- se a acção do medicamento por 6 a 8 dias para repeti-lo no caso de melhora. ILu:s»I»ago.— Os melhores medicamentos contra as dôres nos Io nbossão : bry. nux-vom. puls. rhus sulf. (Vede também cap. Io Rheumatismo.) TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas, espaçando á proporção das melhoras: o medicamento capital para esta enfermidade é o murex-purp. tomado da mesma fôrma. Marasmo dorsal. — Não possuímos ainda observação alguma directa acerca do tratamento desta moléstia: temos porém toda a razão para crer que, emquanto o mal não está muito avançado, achar-sc-ha em muitos casos ser de uma grande utilidade: cale coce nux-vom. sil. sulf. itüyelâte ou inflamai uçao da medulla espi- aíial. — Poder-se-ha consultar, na maior parte dos casos: acon. bell. bry. coce dulc petiv., ou também: ars. dig. ign. puls. verat. Se a febre fôr intensa, com forte calor, agitação e sede, acon. merece a preferencia, qualquer que seja a sede da in- llammação. Se a inflammação occupa particularmente a parte inferior da columna vertebral, bry. coce nux-vom. petiv. convirão de preferencia, ou talvez mesmo rhusesecale. Se ao contrario a parte da columna correspondente ao peito se acha atacada de preferesicia, com accessos de palpitação CAT. XXIII. COSTAS, LOMBOS, ETC. 759 do coração, etc, os melhores medicamentos serão: ars. dig. lep.-bon. puls. Se fôr a parte correspondente ao abd men a que mais soffre, com frio e caimbras no ventre, achar-se-ha convir mais freqüentemente : coce ign. nux-vom. verat. No caso em que a parte superior da medulla espinhal seja a sede principal do mal, é bell. a que de preferencia se poderá consultar, ou talvez também dulc. petiv. lep.-bon. Um caso de myelite, em conseqüência de sarampo, com grande disposição das partes aflectadas á exsudação, foi de uma maneira sensivel melhorado por dulc. TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5", ou 15a dynam. em 4 colhéres d'agua, para l colher de 6 em 6 horas, ou com maiores ou menores intervallos conforme a gra- vidade do mal : um dos grandes medicamentos para esta em- fermidade é strichininum, administrado da mesma fôrma. NoStafgia, DÔR DORSAL,DÔRES NOS RINS,RIJEZA DA NUCA, etc —Agar. bell. cale nux.-vom. rhod. sulf. vip.-c são os medi- camentos que se deverião consultar. (Vede e comparai : Rheu- matismo, Hemorrhoidas, Lumbago, Myelite, Nevralgia, etc, em seus respectivos capitules.) TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a, 15a ou 30a dynam. em 1 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas, espaçando á proporção das melhoras. Papo. — Os medicamentos empregados com melhor suc- cesso aào : am.-c cale canth. carb.-veg. caus. hep. iod. kali.-c. lyc. natr. natr.-m. spong. staph. (Vede o cap. 13.) TRATAMENTO.—1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a ou 15a dynam., em 4 colhéres d'agua, para 1 colhérde 12 em 12ho- ras : repita-se no caso de melhora depois de 5 a 6 dias. Psoite.— Os medicamentos que de preferencia se podem consultar são : acon. bry. nux.-vom. puls. rhus. staph. (Vede cap. Io Rheumatismo.) TRATAMENTO.—1 gotta ou 5 glóbulos da 5' dynam. em 3 colhéres d'agua, para 1 colher de 8 em 8 horas. Sciatica.—Poder-se-ha cora preferencia consultar: acon. ars. bry. cham. ign. (coíf. coloc.) nux.-vom. puls. rhus. staph. (Vede cap. Io, Nevralgias e Rheumatismo.) TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas, ou 6 a 8 glóbulos da 5a, 12a c 18a dynam. cm 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 cm 4, ""60 GAP. XXIII. COSTAS, LOMBOS, ETC. 6 em 6 ou 8 em 8 horas, conforme a gravidade do doente, espa- çando á proporção das melhoras : o mesmo medicamento deve repetir-se quando convenha depois de esperar sua acção, ou tomará outro. ADDITAMENTO AO CAPITULO NXIII Moléstias da nuca Contracção de caimbras : asar. Dôres em geral : acon. anac. agar. amon.-e antim. barit.-c bell. berb. bry. cale carb.-v. caust. chin. cina. con. cyclam. dulc. graph. lach. puls. sabin. sep. staph — de caimbras : antim. arn. natr.—de deslocação : agar. cale cin. con. nux.-v. — de excoriação : cyclam. — por esforço : rhus. — incisivas. graph. —de pisadurae contusão : acon. agar. arn. nux.-v. sa- bin. thui. — rheumaticas : antim. bary.-c berb. bry. carb.-v. con. merc nux.-v. puls. rhus. sulf. (Vede cap. Io, Rheuma. tismo) — tossindo : lac—tractivas : berb. bor. carb.-v.' daph- lac. puls.—nos ossos : bary.-c—violentas: graph.—vivas: bor. Fisgadas : bary.-c. bry. carb.-v. magn.-s. stan. Fraqueza : acon. kali silic sulf. verat. Inchação das glândulas : amon.-e bar.-c. bell. merc silic. staph. sulf. Havendo dureza : bar.-c. bell. con. dulc. — inflammação : bar.-c. bell. bry. dulc. iod. merc. phos. sulf. — molleza : hep. lach. merc. — suppuração : assaf. cale hep. merc. silic. sulf. (Vede cap. Io, Glândulas ; e cap. 2o, Ulceras.) Pressão : bar.-c. cupr. samb. sassap. staph. Rasgadura (sensação de) : berb. carb.-v. chin. graph. zinc Rijeza : acon. bar.-c bell. bry. carb.-v. kali. lycop. magn.-e natr.-e nitr.-a.phos. rhod. rhus. spong. squil. sulf.—dolorosa: acon.—paralytica : silic. - rheumatica : bry. rhus. Sacudidura, repuxamentos: angust. carb.-v. chin. sep. thui. Tensão: bry. con. chin. lact. magn.-s. ol.-an. plat. puls. staph. Tragção : amon.-e carb.-v. chin. puls. Moléstia da pelle da nuca Ardor : bar.-c. merc Botões vermelhos e purulentos : bell.—pruriginosos: staph. CAP. XXllí. COSTAS, LOMBOS, ETC. 761 Comichão : cyclam. graph. sulf. Dartros : clemat. lycop. petrol. sep. sulf. — pruriginosos e humidos : caust. Efflorescencias com dôr de ulceração : silic. zinc. —como grãos de milho com ardor : amon.-e—indolentes : hep. — in- sensíveis: magn. — que se assemelhão a tumores urticarios : hep. — que se enchem de pús e cobrem se depois de crostas : bell. — pruriginosas : bar.-c caust. kali. sep. silic. staph. — vermelhas : arn. bell. lycop. magn.-carb. Empolas : silic. Erupções em geral: antim. bell. caust. petrol. secai, silic. sulf. verat.—miliar : caust. sassap. tart. Exanthemas : cham. Frio : cale Furungulos : natr.-m. phos. sep. silic. sulf. (Vede cap. 2.°) Miliar : antim. caust. secai. tart. Nodoas dartrosas: hyosc. — hepaticas: lycop. • -vermelhas : carb.-v. Nodosidade dura : natr.-m.—pruriginosa: silic Purpura : caust. (Vedecap. 2o, Purpura.) Pústulas suppurantes: berb. natr. (Vede cap. 2o ib., Abcessos abertos, suppurações.) Steatoma : amon. (Vede cap. 2o, Steatoma.) Transpiração fácil: chin. Tumor purulento: silic. (Vede cap. 2o, Tumores.) Ulceras: ars. phos. silic. (Vede cap. 2o, Ulceras.) Vesiculas : amon. Moléstias do pescoço Contracção, ou dôr de encurtamento : acon. alum. amon.-e asar. cocul ignat. nux.-v. phos. sep. sulf.—de caimbras :asar. Convulsões : amon.-m. asar. spong. —abaixando-se : canth. ipec.—depois de ter bebido: amon.-m. Difficuldade de mexer o pescoço : electr. aur.-fol. Dôres de caimbras: antim. arn. asar. magn.-car. phos.-a. squil. —de contusão: arn. puls. sabin.—de deslocação : cin.— de excoriação: cícut.—por esforços: rhus cale sulf.—espirrando arnic.—de estremecimentos : tart.—das glândulas: alum. arn. bell. caust. lycop. merc. — de inchação: anlim.-c carb.-v. 762 cap. xxm. costas, lombos, etc lach. nitr.-a. puls. rhus. — por movimento: elect. —nos mús- culos: carb.-v. — de paralysía: cyclam. — pressivas : ambr. bar.-c.cupr. samb. sassap. staph. — rheumaticas: bry. carb.-v. cyclam. merc. puls. rhus. squil.—tensivas : carb.-v. cyclam. hep. phos.-a. rhod.—de ulceração : puls. Estalido das vertebras do pescoço polo movimento : cocul. puls. stan. Excessiva sensibilidade: lach. Fisgaoas : carb-v. hep. sassap. Fraqueza dos músculos: arn. cocul. kali. lycop. sulf. tart. verat. Glândulas havendo endurecimento: bar.-c bell. bry. cale carb.-v. con. dulc hep. iod. kali. merc nux-v. rhus. silic spig. spong. sulf. — inchação: arn. bar.-c. bell. bor. carb.-a. dulc. graph. iod. kali. merc. phos. staph.—inchação dolorosa: alum. antim.-cr. arn. bell. cale canth. lycop. merc. nitr.-a. nux.-v. — sendo a inchação dura : antim. con. kali.-c nux.-v. Grossura das glândulas : bar.-c. carb.-a. con. dulc. phos. puls. rhus.—sendo fria: assaf. cocul. lach. Inchação da glândula tyroide (nó da garganta) : aur.-s. cale hep. iod. lycop. natr.-c natr.-m. spong. staph. —das vêas : bell. op. thui. Inflammação das glândulas: bar-c. bell. carb.-v. cham. dulc. merc. sulf. Paralysía : lycop. (Vede cap. Io, Paralysía.) Rasgadura: carb.-v. zinc. Rijeza: bell. dig. spong.—rheumalica : bry. dig. merc rhus. — paralytica : lycop. silic. Sacudidura, repuxamentos : carb.-v.—nos músculos : rhod. Tensão : bry. chin. cicut. coloc. dig. iod. natr.-s. Tracção : rhod. Moléstias da pelle do pescoço Ardor e sensação de queimadura : ars. carb.-v. merc. phos. rhus. Borbulhasamarellas : iod.—pruriginosas: puls.—vermelhas phos.-a. spig. Bossas, ou inchação : hep. «AP. X2U1I. COSTAS, LOMBOS, ETC. 763 Botões: argil, bell. puls. spig.—vermelhos, lisos, insensíveis, com dôr de excoriação ao tocar: phos.-a. Comichão : caus. cocul. con. graph. phos. rhus. sep. spong. Dartros (comichão dos): nitr.-a.—(mordicação dos) : argil —(reapparição dos): ambr.—humidos, pruriginosos : caust. Efflorescencias cercadas de aureola vermelha: zinc. — dolorosas, duras : antim. spong.—finas, com pús na ponta : aur.—com prurido: bor. magn. puls.—semelhantes a verrugas: pheland.—vermelhas: daph. phos.-a. spig. Empolas: berb. graph. hep. spig. squil. Erupção dolorosa: bry. lycop.—mordicante : ars.—vermelha côr de purpura . bry. Fürunculo : indig. magn. natr.-m. sep. Miliar: berb. bry. carb.-v. phos.-a. sep. stan. tart. Nodoas amarellas: iod. — dartrosas, pruriginosas : lycop. sep.—pequenas, isoladas,com prurido: carb.-v. —vermelhas: bell. bry. carb.-v. cocul. sep. stan.—vinosas : cocul. sep. Nodosidades: argil.—grossas, cobertas de efflorescencias: lycop. sep. — vermelhas, insensíveis ao tocar : phos.-a. — ver- melhas : acid.-m. phos.-a. berb. Pústulas, com aureola vermelha : berb. tart.—pruriginosas: clemat. Suppuração : assaf. cvst. hep. lach. merc. nitr.-a. puls. silic. sulf. Tumores por todo o pescoço : hep.—pequenos, pruriginosos: bor. lach. (Vede cap. 2o, Tumores.) Ulceras, com dôr de excoriação lancinante: alum. Vermelhidão corao por ecchymosis : iod. — com bolhas purpureas : verat. Vesiculas pruriginosas: argil. magn. Moléstias das costas Em geral: alum. anac. angust. ars. bell. bor. bry. caust. hep. ignat. lact. lycop. magn.-c. natr.-m. nitr.-a. nux.-v. phos.-a. plat. puls. rhus. rut. secai. sep. verat. vip. cor. zinc Caimbras : bry. con. euphr. iod. sep. Calafrios : guiae sep. 764 CAP. XXIII. COSTAS, LOMBOS, ETC. Compressão : con. Constricção : canth. nux.-v. sabad. Convulsões revirando as costas e cabeça para trás : angust. canth. cham. cicut. ignat. ipec. nux.-v. op. rhus. stram. Dôres abaixando-se, levantando um peso: lycop. rhus.— ardentes, violentas: alum. ars. baryt.-o. bry. lach. nux.-v.— de caimbra: euphr. phos. plat. rut. sep. veratr.—de contracção: bry. graph. guiac. mezer. — de contusão : agar. arn. carb.-v. dros. magn. merc nux.-v. phos. plat. rut. verat.—depois de estar curvado : puls.—de deslocação : agar. arn. bell. cale nux.-v. sulf.—de excoriação: castor. sulf. —por esforços: rhus. veratr.—incisivas : sep.— que inpedem fallar e respirar : caust. — que impedem o movimento : petr. — estando assentado : tart.—nocturnas : natr.-m.—de paralysía: arn. bell. bry. caust. cocul. lycop. nux.-v. rhus. silic.—de quebradura: alum. arn. dros. magn.-c merc. phos. plat. rut. verat. —rheumaticas : bell. cycl. nux.-v. puls. rhus. zinc.—tractivas: anac. ars. bell. carb.-v. caps. cham. chin. coloc. lycop. puls.—depois de um resfriamento: dulc. nitr.-a. puls. Estremecimentos : chin. cin. Fraqueza : agar. lach. nux.-v. petr. silic. zinc. Marasmo : cale coloc nux.-v. sulf. Ossos em geral: arn. ars. bell. cale caust. chin. cocul. coloc diad. kreos. lycop. merc. natr.-m. nux.-v. puls. rhus. sep. silic sulf. Picadas, dôr aguda: alum. bry. hep. lycop. nitr.-a. nux.-v. puls. spig. sulf. Pulsação patente: bar.-c. Rasgadura : carb.-v. canth. caps. chelid. nux.-v. sep. Rijeza : cham. led. oleand. oi.-a. sep. sulf. Sacudidura, repuxanientos : carb.-v. hep. natr.-m. Suor: chin. lycop. secai. sep. Moléstias da pelle das costas Borbulhas pruriginosas: carb.-v.—vermelhase purulentas : bell lach. Carbúnculo, ou anthraz maligno: hyosc. lach. lycop. nitr.-a. silic. (Vede cap. 2o, Carbúnculo.) Comichão : acon. angust. arn. caust. graph. phos.-a. CAP. XXIII. COSTAS, LOMBOS, ETC. 765 Dartros : ars. lach. zinc.—vermelhos: lach. Efflorescencias com dôr pressiva de excoriação ao tocar: zinc.—railiares : cocul.—com pús : rhod. Empolas, pequenas, vermelhas e constantemente pruriginosas caust. lach. led. — seccas, vermelhas : iod. lach.—vermelhas : bell. cocul. phos.-a. sassap. Erupções: bry. sep. silic. tabac.—cheias de pús: cale —dolorosas ao tocar: phos.-a.—de efflorescencias vermelhas, ou nodosidades com prurido : squil. — finas, apenas visiveis, e com prurido: con. mag.-m.—pruriginosas : bary.-c sep. squil. tabac. Formigação : arn. caust. graph. natr.-e phos.-a. secai. Furunculo : arn. bell. caust. elect. hyosc. merc. muriat.-a. sulf.-a. thui. (Vede cap. 2o, Furunculos) ;—com dôr lancinante: cale—grandes (espécie de cancro): hyosc lycop. nitr.-a. silic- (Vede cap. 2°., ib., Abcessos abertos, suppurações.) Frio : bell. bor. ign. secai. sep. spong. Miliar : bruc. Nodoas dartrosas : lycop.—azuladas : sep. —duras: amon.— escarlates : bell. lach. Prurigo : angust. aur.-f. bismut. caust. daphn. mur.-a. Tumor : arn. bell. bry. (Vede cap. 2o, Tumores.) Vesiculas escarlates: bell. lach. Moléstias das omoplatas (não comprehende os hombros) Em geral : anac. amon.-m. antim. ars. bar.-c. bell. bor. cale canab. caust. chin. cocul. coloc fer. graph. helleb. merc. nux.-v. phos. rhus. rut. silic. sulf. Batimento abaixo da omoplata esquerda : zinc.-ox. Dôres em geral: anac asparg. bell. cist. graph. nitr.-a. tarax. —de tracção: ars. bor. cale camph. chin. rut.—de caimbras: argent. —de contusão: arn. granat. helleb. merc. ranunc. silic —que cortão a respiração: canab. nitr. sulf.—de constricção nux.-v. sabad.—de deslocação : bell. nux.-v. magn. carb. - lancinantes: anac. cale — rheumaticas: bell. valer. (Vede cap. Io, Rheumatismo) : — tractivas: «anac. cale—vivas, tractivas entre as omoplatas: ars. bor. cale—de ulceração : cicut. 97 TOMO II ° 766 CAP. XXIII. COSTAS, LOMBOS, ETC. Picadas: amon.-m. anac camph. fer. ginj. mur.-a. natr.-s. nitr.-a. nux.-v. bar. phos. sulf.—debaixo da omoplata esquerda: bry. lach. Pontadas: lach. Pressão : anac. cale chin. gran. seneg. Queimadura, ardor : silic. sulf. Rasgadura : anac. argent. ars. bor. chin. fer. phos. rhus. silic. rijeza entre as omoplatas : mang.-sep. cocul. kali. nitr. Tensão, repuxamento lancinante : colch. coloc Tracção : cale seneg. silic. Moléstias da pelle das omoplatas (idem) Comichão, com pequenas eminências e dôr mordicante ao tocar : daph. Dartros : ars. lach. Efflorescencias isoladas que se enchem de pús : cocul.— grandes, vermelhas : bell.—largas entre as omoplatas : lycop.— ou nodosidades reunidas e com prurido de cocega: squil. Erupção dolorosa: phos.-a.—miliar entre as omoplatas : antim. caust. Furunculo:led.lycop. Nodoa vermelha, dolorosa ao tocar, seguida de erupção erysipelatosa com dôr ardente : cist. Papulas e vesiculas, nodoas escarlates: bell. lach. Purpura entre as omoplatas com prurido : caust. Tumor entre as omoplatas : cale merc. (Vede cap. 2o.) Vesicula vermelha dolorosa ao tocar : ars. bell. cicut. Moléstias das espaduas (comprehende os hombros) Em geral: bell. bry. calc-ph. carb.-v. cocul. con. fer.-galv, granat. lact. led. lycop. magn.-c. magn.-m. merc. nitr. puls. ' rhus. rut. sulf. zinc. — nas articulações: cale fer. ign. kali. puls. rhus. staph. sulf» Batimentos : puls. silic tart. thui. Dôres em geral: ars. bell. bor. bry. cale con. granat. lach. lact. lycop. magn.-c. nitr. puls. rhus.—ardentes: ars. —artri- ticas : acon. bell. bry. cocul. coloc. hep. led. puls. sulf. — de cap. xxiii. gostas, lombos, etc 767 caimbras : argent. - de deslocação : agn. ambr. arn. asar, bell. croe magn.-m. mezer. mur.-a. rut. sep.—de excoriação \ cicut. con. —que fazem estremecer : acon. menyant. mezer. puls. tart.—de pisadura : acon. arn. coloc merc—pressivas : bell. bry. cale carb.-v. caust. coloc. crot. phos. puls. staph. sulf. zinc. —nas articulações : led. nitr.-a. graph. hep. rhus. stan.— de quebradura: coloc. granat. verat.—de queimadura : elect.—rheumaticas : ph.-nux.-v. — de sobrecarga : granat.— tractivas : bell. bry. carb.-v. phos. puls. -de ulceração : berb. thui.—vivas : bor. merc. puls sulf. Esforço : fer.-mag. rhus. verat. Espaduas dolorosas, excoriadas, e como pisadas : arn. con. Fraqueza : acon. arn. kali. lycop. merc nux.-v. rhus. sep. sulf. — paralytica: alum. amb. ars. cale. carb.-v. caust. chin. puls. plumb. valer. Inchação inflammatoria : acon. bell. bry. cale hyosc. kali. sulf. Picadas : ars. bry. cocul. fer. led. hyosc. phos. sulf. Pressão : crot. Pulsação, batimentos : galv. silic. tart. thui. Queimadura, ardor : ars. carb.-v. electr. galv. rhus. Rasgadura : alum. amm.-m. chenop. Rijeza : galv. Sacudiduras, repuxamentos : ambr. bell. galv. lycop. puls. sep. sulf. zinc.—á noite : castore. Sensação ardente : ars. rhus. Tensão : bry. coloc. euphor. kali. zinc Tracção : tabac. — rheumatica : zinc Torpor : bell. puls. Moléstias da pelle das espaduas (idem) Borbulhas, pintas vermelhas com pontas amarellas, termi- nando por descamação : antim. Efflorescencias pequenas, vermelhas, insensíveis : antim. —com picadas : kali.-nit.— mui pruriginosas, ardentes depois de cocadas: mag.-m. Erupção, com pús : rhod. — mordicante : ars. — de nodosi- dades vermelhas, tendo no meio uma vesicula ardente: argil.— semelhante ao carbúnculo ou anthraz maligno : zinc. 768 GAP. XXIU. COSTAS, LOMBOS, ETC Formigaçáo, como por insectos : crot. Frio : bell. Nodoas ardentes, ao tocar, e vermelhas: tabac.—azuladas, semelhantes a ephelides, manchas um pouco menos carrega- das : antim. Poros negros : dros. Tumores. (Vede cap. 2o.) Moléstias do sovaco do braço Dôr aguda, tractiva : ars. baryt.-c—de excoriação: carb.-v. —viva : bell. lact. Dureza das glândulas : ammoniac-c. bar.-c. chin. kali. iod. nitr.-a. rhus. sep. staph. sulf. Picadas no sovaco direito como por instrumento agudo : la- ches. lact. natr.-s. phos, raph. staph. Pressão : chelyd. muriat.-a. Roedura e rasgadura (sensação de): bell. natr.-s. Sensação de peso : cupr. Moléstia da pelle do sovaco Comichão, prurido: carb.-v.; phos. rapham. Crostas : ammon.-c Dartros : carb.-v. lycop.—humidos : sep. Excoriação : carb.-v. Furunculos : bor. lycop. phos.-a. Hümidades : carb.-a. Nodosidades subcutaneas com dôr lancinante : magn. Suor : bor. carb.-a. carb.-v. phos. sep. sulf. thui. Tumor enkystado : bar.-c. (Vede cap. 2o, Tumores enkis- tados.) Moléstias da columna vertebral Carie nos ossos : angust. assaf. aur. bell. lycop. merc. sep...... silic. sulf. Desvio dos ossos : bell. cale plumb. puls. rhus. silic. sulf. (Vede cap. Io, Rachitismo, ou Corcundismo.) DistorsIo, torcimento : sulf. (Vôde art. Costas, ibi, Convul- sões.) GAP. XXUI. GOSTAS, LOMBOS, ETC 769 Dôres nos ossos: assaf. bell. bry. cale caust. hep. mer. phos. puls. rhus. rut. Fisgaduras: bell. gins.—nos ossos: bell. Formigação : electr. Inchação : assaf. cale phos.-a. puls. silic. staph. sulf. Inflammação : acon. merc. puls. silic. staph. rut. Molleza : assaf. cale merc. silic. Necrosis : ars. carb.-v. chin. lach. Roedura : bell. Sensação de contricção : canth. Suppuração : cale coloc. hep. merc. nitr.-a. petr. silic. sulf. Moléstias do espinhaço (comprehende até ás falsas costellas) Ardor, dôr incisiva abaixo do espinhaço : lobel. Curvatura dos ossos: assaf. cale silic. sulf. Dores aguda, tractiva : bell. berb. daph. lact. —decaimbra: euphorb.—incisiva : lobel, Espinhaço voltado para trás. (Vede artigo Costas, ibi, Convulsões.) Estremecimentos : magn. daphn. Repuxamentos violentos: angust.-spur. Medula (commoção da): ars. cale cicut. cin. hep. lep.-bon. merc. vip.-cor.—dôr: lact. Infammação : acon. ars. bell. bry. cocul. cupr. digit. dulc ignat. nux.-v. petiv. phos. puls. rhus. verat. zinc—se a febre fôr intensa com forte calor, agitação e sede, aconitum merece a preferencia, qualquer que seja a sede da enfermidade; se porém a inflammação occupa particularmente a parte inferior da columna vertebral, bry. cocul. nux.-v., ou de preferencia petiv. rhus.—se ao contrario o peito se acha atacado de preferencia, com accessos de palpitação do coração : ars. digit. lep.-bon. puls.—se fôr o abdômen o que mais soffra, com frios e caimbras no ventre: cocul. ignat. nux.-v. verat.—no caso em que a parte superior da medula espinhal seja a sede principal do mal: bell. dulc. lep.-bon. petiv. —um caso de inflammação da medula, em conseqüência de sarampos, com grande disposição das partes affectadas á exsudação, foi de uma maneira sensivel melhorado por dulc. Picadas : helleb. meph. sabin.—nos músculos: clemat. Pressão no meio da espinha: samb, 770 GAP. XXIII. GOSTAS, LOMBOS, ETC Quebradüra e roimento (sensação de): natr.-s: Rasgadura : aur.-s. mang. sabin. Rijeza : carb.-v. Roedura : bell. helleb. natr.-s. Torpor : plat. Tumor : lach. (Vede cap. 2.°) Moléstias dos rins Aperto : seth. graph. lob. Batimentos : sep. Calor : berb. Comichão : bor. phos.-a. sassap. Dôres em geral: acon. agar. alum. amon -e angust. arn. bary.-c. berb. bell. bor. bry. graph. hep. kali. lach. lycop. magn. natr.-m. nitr. nux.-v. petr. phos. plat. puls. rhus. silic. sulf. verat. zinc—agudas: bry. cale carb.-a. carb.-v. cocul. dulc. nitr. puls.— ardentes, pressivas, estando assentado, abaixando-se: bor.—de caimbras: bell. granat. lobel. magn.-m. plat. silic.—de contusão : acon. agar. alum. amon.-m. angust. arn. graph. hep. magn. natr.-m. natr.-s. nux.-m. nux.-v. phos. plat. rhus. rut. verat.—de deslocação: agar. cale lach. oi.-a- rhod. sulf.—de excoriação: caust. colch. natr. sulf.-a. —como por esforço : rhus. staph.—que fazem estremecer, sobresaltar: chin.—que impedem andar: caust. phos.—que impedem andar direito : bry. lycop.—que impedem levantar-se: phos. silic— que impedem estar de pé : petrol. —que impedem respirar : rut. sulf. tart.—lancinantes : hep.—de paralysía: acon. coccul. natr.-m. ran.-s. silic. zinc.—como de parto : croe cin. kali. kreos. merc. puls.—de pisadura : acon. agar. alum. amon.-m. angust. arn. chin. graph. hep. kali. merc. natr.-n. nux.-v. phos. plat. rhus. rut. verat. — de quebradüra : phos. rhus. staph.— de queimadura, ardor: berb. bor. mag.-caus. phos. sep.—de rasgadura: led. lycop. plumb. sep. spong. stram. sulf. zinc. — depois de um resfriamento : nitr.-a. — rheumaticas : bry. cycl. rhus. rut. sulf. tart.—tractivas : chin. lycop.—de ulcera- ção : natr.-s. prun. —que vêm de repente : ignat. Esforço : arn. bry. cocul. led. nux.-v. puls. rhus. Fxtensão : amon.-c. bary.-c. berb. puls. sassaf. sulf. Fraqueza : merc. nux.-v. petr. sep. silic. sulf. zinc CAP. XXIII. COSTAS, LOMBOS, ETC 771 Inflammação : acon. alum. bell. cannab. canth. nux.-v. puls. (Vede cap. 18, Nephritis.) Paralysía : natr.-m. Peso: berb. gent. magn.-s. Picadas : bry. cale carb.-a. coccul. merc. kali. puls. sulf.— dando um passo em falso : carb.-v. sulf. tart. Pressão : berb. bor. caust. granat. natr.-m. puls. sabin. samb. spong. sulf. verat. Rasgadura, estremecimentos : chin. coccul. —paralytica: coccul. Rijeza : acon. amon.-m. bary.-c. berb. puls. rhab. rhus. silic—desde os rins até ás cadeiras : lach. Sacudidura, repuxamento : amon.-m. bary.-c. puls. rhab. rhus silic. sulf. — depois de ter estado assentado : ambr. — de manhã: thui.—aggravadas á tarde : baryt.-c Sensação de encurtamento dos músculos : lach. —de incha- ção : berb. Tensão: amon.-e bary.-c, berb. puls.sassap. sulf. tart. TerebraçÃo (sensação semelhante á que produziria a intro- ducção de uma verruma na parte affectada) : acon. Traccão: amon.-e chin. coccul. sulf. tereb.—de caimbras, que impedem levantar-se: silic. Moléstias das pelle sobre os rins Efflorescencias sobre a região dos rins : cale Erupção de pústulas dolorosas : ciem. Formiga cão : phos. Furunculo pruriginoso com larga borda vermelha : thui. Frio : laur. Ulceração : natr.-s. prun. Moléstias dos lombos Dôres em geral: bry. lact. murex. nux.-v. puls. raph. rhus. sulf. (Vede cap. Io, Rheumatismo) — incisivas : murex: — de quebradüra e deslocação nas vertebras: magn.-s. caus. — de ulceração: kreos.—violentas : dulc Picadas amon. silic. stan. Pressão : nitr. 772 CAP. XXIII. COSTAS, LOMBOS, ETC. Psoite, ou inflammação dos músculos psoas: acon, bry. coloc. hep. merc. nux.-v. puls. rhus. silic. staph. (Vede cap. Io, Rheumatismo.) Esta moléstia principia com dôr nos rins, cadeiras e pernas, que o doente não pôde estender sem grande dôr; differença-se do lumbago porque nesta ha geralmente maior gráo de febre, e da nephritis por não haver perturbação do systema ourinario. Muitas vezes fórma-se pús, que se descarrega internamente na cavidade do ventre, e abrem-se abeessos nas virilhas, no ânus, perineo e coxas, casos em que terá lugar merc hep., bem como silic. havendo carie, e staph. quando a sania é mui fétida em razão da carie. Moléstias da pelle dos lombos Abcesso inflammatorio : acon. ars. bell. puls. silic. staph. Comichão : crot. Empolas grossas mui dolorosas ao tocar : ciem. Erupção de pústulas : ciem. — de efflorescencias unidas e pruriginosas : cham. Tumefacção, inchaço doloroso : bry. coce led. rhus. Moléstias do osso sacro Comição : acon. borax. cale caust. coloc. nux.-v. puls. sep. sulf. Dôr, ao tocar : carb.-v. lact. zinc-ox: — incisiva : graph. tabac zinc. — depois de ter ourinado : graph. - de quebra- düra e deslocação das juntas : magn.-s. caus. Exostosis dolorosa : rhus, Formigação : bor. Pressão : cannab. Prurido : bor. bov. Rasgadura : zinc-ox. Sensibilidade dolorosa : magn.-s. amb. Moléstias do osso coxis Em geral, graphites : amon.-m. angust. antim. assaf. cale cannab. carb.-v. chin. hep. kali. lach. laur. merc phos.-.a plumb. rhus. staph. CAP. XXIII. COSTAS, LOMBOS, ETC. 773 Dôr ardente : carb.-a. Erupção secca com prurido ardente de manhã ao levantar-se: nicot. Moléstias do ânus Botões hemorrhoidaes: antim. ars. bar.-c. carb.-v. caust. coloc. graph. kali. lycop. nitr.-a. nux.-v. phos. puls. sulf.—ha- vendo grande inflammação: acon. (Vede cap. 17, Hemor- rhoidas.) Comichão : antim. dulc. gratiol. mur.-a. puls. verat.—no recto : ignat. mur.-a. natr.-m. phos.-a. puls. Dartros : natr.-m.—no perineo : petr. Erupção no ânus : cale kali. lycop.— ardente e em grupos : cale—pruriginosa : lycop. —ulcerada : kali. Excoriação no ânus : amon.-e ars. bar.-c. cale carb-a. hep. kali. merc. natr.-m. nitr.-a. sulf.—no perineo : carb.-v. rhod. Formigação : ambr. chin. granat. natr. nux.-v. rhus sep. Furunculo no perineo : antim. — no ânus : carb.-v. Prurido : merc. nitr.-a. sep. sulf. thui. (Vede cap. 17.) tomo n 98 CAPITULO XXIV AFFECÇÕES DAS EXTREMIDADES SUPERIORES Artliritis, ou inflammação das articulações. — Póde-se empregar : bry. hep. led. lep.-bon. lyc. merc. petr. rhod. sab. sass. spig. — Quando ha nodosidades arthriticas: cale dig. graph. led. lyc. rhod. staph. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 5a dynam., em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4, 6 em 6 ou 8 em 8 horas, conforme o estado do doente: espera- se a acção do medicamento por 3 a 4 dias, para repeti-lo quando convenha, ou tomará outro. Atroplúa.—Ang. cale chin. nux.-vom. Bobas. — As bobas primitivas cedem facilmente aos re- médios homoeopathicos; mas quando desnaturadas (como quasi sempre se nos apresentão) pelo abuso do mercúrio, ou por al- guma dessas immensas composições de que cada fazendeiro sabe um cento de receitas, na maior parte das quaes o mercúrio entra em maior ou menor quantidade, é uma enfermidade, ou melhor, tantas e tão diversas quantos são os indivíduos delia atacados, cuja causa tem sido as bobas recolhidas ou mal curadas ; é uma enfermidade, dizíamos nós, na qual os médicos allopathas, depois de terem lançado mão de todos os seus remédios enérgicos (cujo resultado é em pura perda do doente), contentão-se com dizer que quem uma vez teve bobas as tem sempre. A homoeopathia mesmo, na maior parte dos casos, apenas consegue melhorar o estado do doente depois de mui longo tratamento. Nós temos nestes casos desesperados obtido curas muito importantes com o emprego da sucupira, que temos applicado com vantagem em todas as enfermidades de pelle, e nos rheumatismos, sempre que sabemos que o doente teve bobas. Apontaremos apenas alguns dos symptomas mais salientes que temos conseguido curar com esta substancia:—Ulceraschronicas e de máo caracter com bordos elevados, purgação corrosiva e fétida (três casos de cura); empigens furfuraceas em diversas partes do corpo; dôres nas articulações inferiores e superiores ; dôres nos ossos, rheumatismos artieulares ; botões (pequenos) pruriginosos e CAI'. XXIV. EXTREMIDADES SUPERIORES 77Ò' pelle secca ; ulceras cancrosas no nariz (dous casos de cura) edemacia das extremidades inferiores; pústulas no couro cabelludo; rheumatismo gotoso ; ascite ; dôr no peito, tosse e escarros de sangue ; excrescencias esponjosas ( semelhantes ás verrugas sycosicas, porém molles ); cravos de bobas, etc. Na maior partes destes casos temos dado doses repetidas, algumas quatro c cinco doses, porém com intervallo de 15 a 20 dias. Recommendamos o estudo deste medicamento importante a todos os homceopathas (*) TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da 2a ou 3a dynam., em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 12 em 12 horas ; espere-se a acção da sucupira, por 4 a 6 dias, para re- peti-la. O medicamento indígena equivalente é o gossipium, e muito bons resultados têm-se obtido com estes dous poderosos medicamentos, dando alternados de 8 em 8 dias, ora um, ora outro ; também o carobão, presta grandes serviços, todos em baixas dymnamisações. Caiaibras. — Ang. arg. cale cin. euphr. mang. men. merc. phos.-ac. plat. rut. sil. verb. vip.-c. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 horas. Kucurtaaaeiito dostendões.—Caus. crot. sulf. vip.-c. TRATAMENTO. — 1 gotta ou 5 glóbulos da 5a ou 15a dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 12 em 12 horas. frio.—Bell. cie dulc. ipec. kal. led. op. plumb. peti.-tetr. rhus. sec. sep. thui. verat. &ota nas mãos. — Os melhores medicamentos são : agn. ant. bry. caus. coce graph. led. lyc. nux.-vom. rhod. sulf., ou aur. cale carb.-v. dig. lach. phos. rut. sabin. sep. sil. zinc. (Vede cap. Io, Arthritis.) Dôres nas articulações das mãos, inflammação dos ossos das mãos : antim. bry. —havendo sensação de torpor e immo- bilidade : nux.-vom. —com movimentos convulsivos : opi.— com dôres na articulação scapular, peso dos braços, inchação e (*) Devemos as primeiras observações deste medicamento e de outros muitos ao zelo infatigavel do Sr. Rev. conego Manoel Felizardo Nogueira, do Paty do Alferes, na província do Rio de Janeiro. J. V. M. 776 CAP. XXIV. EXTREMIDADES SUPERIORES dôr no cotovello : puls. — com picadas no antebraço : nitr.-ac. -com paralysia e caimbra das mãos e dedos : merc e petiv.— com dôres vivas, picadas nas articulações e músculos dos bra- ços, e inchação destes: sulfur.—nos joelhos : arn. hep. TRATAMENTO.— 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos em 4 co- lhéres, d'agua para 1 colher de 6 em 6 horas. Panaricio.—Sil., ou também alum. caus. con. hep. iod. lach. merc. puls. sep. sulf. TRATAMENTO.—1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos em 4 co- lhéres d'agua, para 1 colher de 6 em 6 ou de 8 em 8 horas ; externamente fios embebidos em uma solução da silicia, sendo esta de 6 a 8 gottas da Ia dynam. em 4 colhéres d'agua. Paralysia das mãos.—São : fer. hyppo.-manc rut. e sil. os que parecem ler uma acção especial sobre a paralysia que de preferencia affecta o punho. (Vede além disso lambem cap. Io, Paralysia.) Suor.—Acon. cale mer. natr.-m. nux.-vom. petr. sass. sep. sulf. tab. thui. — Suor quente : ign. — Suor frio : acon. cin. iod. ipec. nux.-vom. rhab. sass. tab. Tremor das mãos nos bêbados.— São: ars. lach. e sulf. os que de preferencia merecem ser consultados. (Vede também cap. Io, Bebedice.) Verrugas. — Berb. bor. cale dulc. jac-bras. lach. lyc. nitr.-ac. rhus. sep. thui. — Também foi usada empiricamente a preparação do caramujo (Agathina gigantea). TRATAMENTO. — 1 gotta ou 5 glóbulos da 5« dynam. em 3 colhéres d'agua, para 1 colher de 12 em 12 horas : o mesmo medicamento deve ser repetido passados 4 a 6 dias, se houver melhoras. ADDITAMENTO AO CAPITULO XXIV Moléstias dos braços Articulações em geral: acon. ant. arn. bry. cale caust. elect. ign. kali. lact. led. lyc. merc mur.-a. natr.-m. phos.-ac. raph.-s. rhab. sep. sulf. valer, verat. Atrophia : angust. cale chin. nux.-v. (Vede cap. 1", Atro- phia.) Braços em geral: acon. amon.-e arn. ars. bell. bry. carb.-v. GAC XXIV. EXTREMIDADES SUPERIORES 777 cham. chin. coccul. lact. lycop. mang. meph. puls. sep. silic staph. sulf. — rijos como mortos: amon.-e amon.-m. cale* carb.-a. carb.-v. caust. cicut. coccul. dros. ign. nitr.-a. rhod. sassap. Caimbras : ambr. bell. bry. cale cannab. caust. cupr. lycop. secai, silic. sulf.—á noite: nux.-v. sulf. Calor : galv. Contração de caimbras : lycop. secai, stram. sulf. Convulsões : asa. bell. cham. cicut. cin. ign. iod. op. stram. Dôres em geral: bry. carb.-v. chin. coccul. colch. ign. lach. lycop. merc. puls. sep. silic. sulf. — agudas com fraqueza paralytica : aur. — ardentes : bry. phos. — nas articulações : amon.-e bry. sulf. (Vede cap. í°, Artritis) : — nos braços com inchação das glândulas do sovaco : bary.-c.—de caimbras : cale — gotosas : antim. aur. bry. carb.-a. hep. mang. merc. (Vede cap. Io, Artritis) — nos ossos : asa. bry. carb.-a. chin. coccul. coloc. ign. iod. lycop. natr. rhus. staph. sulf. — lancinantes : coccul. coloc.—paralyticas : colch. (Vede cap. Io, Paralysia) — nas articulações: bov. lact. puls. — que fazem estremecer: chin. lach. phos.-ac. puls. rhus. — de pisadura : acon. arn. cyclam. hep. kreos. rut. sabin.—nas articulações: dros.—nos ossos: coccul. hep.—pressivas: cyclam. merc—de quebradüra, paralytica: verat.—tensivas :■ nux.-v. rhus.—nas articulações : mang.—tractivas com inchação vermelha: bry.— por máo tempo: rhod. — paralyticas : sep. — de ulceração : berb. thui. — violentas, insupportaveis nas articulações : bry. hyosc. ign.—vivas : elect. merc puls. sulf. Encurtamento»dos tendões: amon.-e caust. coloc crot. graph. lach. natr.-m. sulf. vip.-c Engorgitamento com adormecimento e torpor dos braços : ambr. asa. coccul. croe fer. kali. lach. lycop. mag.-ra. mur.-a. nux.-v. silic. —quando deitado sobre elles : silic. Estremecimentos : âmbar. asa. bry. cicut. croe kali. lach. —dos músculos: acon. bell. bry. coccul. iod. kali. mezer. nitr.-a. nux.-v. puls. — nos ossos : chin. — convulsivos, violentos: âmbar. asa. asar. bell. cicut. cupr. ipec. op. Estalido das articulações : chin.-s. lact. merc. rhus. Extensão spasmodica : chin. Falta de energia: agar. arn. cale carb.-v. chin. kali. nux.-v. rhus. 778 G.AP. XXIV. extremidades slteriores Fervura de sangue : acon. arn. ars. aur. cannab. caust. spong. Fraqueza : anac. cale chin. kali nux.-v. phos.-a. sep. sulf. tabac. — paralytica : acon. alum. anac. asar. carb.-v. chelid. chin. coccul. granat. merc. natr.-m. nux.-v. puls. rhus. stan. Frio, paralysia, insensibilidade : rhus. Inchação : acon. ais. bry. calc-ph. rhus. sulf.—erysipelatosa: rhus : — escarlate : bell. — dos ossos: aur. bry. chin. dulc silic sulf.—com pústulas negras : ars. Inflammação arthritica ou gotta: acon. bry. bor. bov. cale. caus. hep. kali. led. lep. lycop. merc. petr. rhus. sabad. sassap. sep. spig. sulf. — erysipelatosa : bell. crot. petr. puls. rhus. sep. (Vede cap. 2o, Erysipela.) Paralysia : cale cale-ph. chelid. colch. dulet. elect. fer. nux.-v. op. rhus. sep. stan. veratr. Peso: acon. bary.-c. crot. mur.-a. nux.-v.teucr. —paralylico : alum. bell. natr.-m. plat. silic. stan. — pressivo com sensação de torpor: puls. Picadas: bry. dulc. fer. rhus. sabin. sassap. sep. staph. sulf.-a.— nas articulações: amoniacbry. fer. lycop. phos. puls. sulf. sulf.-a.—nos ossos : dros.—paralyticas : amb. Pressão: cyclam..phos.-a. sabin. sasap. staph. Rasgadura : alum. bry. cin. colch. merc mur.-a. plumb. sasap. silic. staph.—nas articulações: sulf. teucr.—de caimbras: cin.—nos músculos e ossos : chin.—rheumaticas : phos.—com repuxamentos pressivos : led.—tractiva nos ossos e articulações: teucr. Rijeza : asa. cham. hyos. kreos. merc. — arthritica : bry. cale coloc. caust. guiae rhus. silic. sulf. —tetanfca: galv. (Vede cap. Io, Tétano.) Curarina. Sacudidura, repuxamentos: acon. ars. ign. lact. lycop. mur.-a. plumb. puls.—nas articulações: ciem. kali. puls. rod. sulf.—nos ossos : rhod. thui. valer. Sensação ardente: plat. puls.—de paralysia com. difficuldade de levantar os braços: granat. — dolorosa : calc-ph. zinc. — de quebradüra: agar. bor. —como se o sangue não circulasse : rhod. Tensão: bry. crot. galv. prun.—nas articulações : kali. lach. mang. phos. sep. stram. zinc. CAP. XXIV. extremidades superiores 779 Traccão: nitr.-a. ol.-an. oleand. petr. phos.-a. plumb. puls. silic. thui.— rheumatica : zinc. Torpor: alum. bell. calc-ph. nux.-v. plat. puls. Tremor, cansaço: amb. anac elect. iod. kali. meph. op. phos. stram. sulf. tart. Moléstias da pelle dos braços Bolha depois de coçadura : lach. Bostella grossa na parte superior de cada braço, com prurido ardente: sep. Botões ou cmpolas brancas epequenas: agar.—pruriginosos: tart. Comichão : caust. plat. Dartros : lycop. — furfuraceos: phos.—seccos, elevados por todo o corpo, braços, peito, mãos, entre dedos e pernas, com prurido ardente : merc. Efflorescencias dartrosas, amarelladas,um pouco redondas, com cuja coçadura sabe um humor seroso : helleb.—dartrosas, escabiosas, ua superfície anterior dos braços acima dos coto- vellos : gratiol. — pequenas, vermelhas, seccas, pruriginosas a principio : iod. — pruriginosas, ardentes pela coçadura na superfície interior dos braços : canth. Erupção e ardor pela caçadura: dulc—de efflorescencias semelhantes á sarna na parte superior dos braços : tart. — de empolas : phos.-a. como gafeira : led. — miliar: tart. — de pequenos botões brancos: agar. — de pequenas eminências vermelhas, sem inflammação, com ponta branca, pruriginosa, ardente pela coçadura: merc—de pequenas nodosidades duras: valer.—semelhantes a tumores urticarios brancos com aureola vermelha, com prurido lancinante e ardor depois de cocadas : dulc. Erysipela : antim. bell. camph. merc. rhus. — uma espécie de erysipela com dôr de queimadura : petr.—com tumefacção, pústulas, ardor e prurido: rhus. ( Vôde cap. 2o, Erysipela.) Exantiiemas, que a principio se reúnem em uma só nodoa vermelha, formando-se depois muitas pequenas nodosidades brancas, duras e elevadas : valer. Frio : bell. cicut. dulc. ipec. kali. led. op. petiv. plumb. rhus. secai. sep. thui. veratr. 780 CAr. xxiv. extremidades superiores Formigação : sulf. Furunculo : lycop. silic. sulf. Miliar, pruriginosa : merc. nux.-v. sulf. (Vede cap. 2.°) Nodoas amarellas : petr. — azul-claro como cabeça de alfi- nete : antim. — darlosas, redondas, pruriginosas: natr.-m. —marmóreas com comichão ardente: berb.—pequenas, verme- lhas, insensiveis, na superfície interior : led. — vermelhas : bell. rhus. sabad. sulf. —vermelhas, redondas da grossura de lentilhas : bry. Nodosidades : cale digit. graph. led. lycop. rhod. staph. (Vôde cap. Io, Arthritis) — debaixo dos braços com dôr lancinante ao tocar, e de ulceração quando se comprime : caust. Pelle gretada: silic. Placas vermelhas com alguns pontos da mesma côr: sabad. Prurido : laur. — titillante com efflorescencias purpureas : bry. Purpura nos braços, na parte anterior do peito e acima dos joelhos : bry.—com corrosão penivel: sulf. — pruriginosa com dôr de rachadura depois de cocada: nux.-v. puls. rhus —que á tarde torna-se vermelha, pruriginosa, ardente, e desapparece com a coçadura : bry. Pústulas, tumefacção com ardor e prurido : rhus — negras: ars. — vermelhas no lado exterior dos braços : daphn. Tumor e borbulhas depois de coçar-se : lach. — erysipelatoso com empolas: chin.—com humor amarello: euphorb.— urticario, branco, pruriginoso: natr.-m. Ulceras crustosas: elect. — malignas no alto do braço : lach.—com pús sanioso : rhus. (Vede cap. 2o, Ulceras.) Vermelhidão : ant. bell. Verrugas : caust. natr.-e nitr.-a. silic. sulf. Vesiculas pequenas com humor seroso na superfície interior dos braços, com prurido ardente ao calor e no leito : chin.— pruriginosas daph. — purpureas sobre o músculo deltoide ( o que dá movimento aos braços e fôrma o hombro) : antim.— transparentes como água fervendo e um pouco pruriginosas: daph.—vermelhas: antim. CAP. XXIV. extremidades superiores 781 Moléstias do cotovello Articulação em geral: bry. caust. elect. kali. lact. lyc mur.-a. phos.-a. puls. rhab. raph.-s. rhus. sep. sulf. Ihui. valer, verat. Atrophia: angust. cale. chin. nux.-v. (Vede cap. l.°) Corcova posterior do cotovello: alum. ant. cale carb.-v. caust. hep. hyosc. puls. Dôres em geral: acon. amb. cocul. fer. hep. kali. led. puls. rhus. rut. sep. spig. staph. tabac. Dôr abaixo do cotovello : murex. — arthritica: vede cap. Io —de caimbra : kreos. ratan. — de contusão: arn. plat. rut. sulf.—incisiva : phos.-a. — nos ossos, á noite: lyc. tab. — de paralysia : ambr. angust. samb. zinc-ox. — na articulação : valer.—pressiva na articulação: valer.—de quebradüra: amon. nux.-v.—de rasgadura : carb.-v.natr.-s. nitr.-a. rhod. sassap. — rheumatica: am. rhod.— tensiva: sulf.—tractiva, aguda : ars. bar.-c. Encurtamento dos tendões : caust. lach. mang. sep. Estalido nas articulações : thui. Extensão : lach. mur.-a. puls. sep. Fraqueza : sulf. —paralytica : angust. Inchação : acon. bry. lach. merc. Inflammação erysipelatosa: lach. — dolorosa nos tendões: antim. Lado interno, ou sangradouro : antim. carb.-v. caust, colch. coloc. dulc. kali. Palpitação muscular nas articulações : rhab. Peso : samb. zinc-ox. — paralytico nas articulações : samb. —nas rugas do cotovello : zinc-ox. Perfuração : crot. Picadas das articulações: bry. lact. lycop. — no cotovello esquerdo: raph.-sat.—paralyticas: ambr.— nas rugas : spig. Pressão : camph. led. zinc-ox. Rasgadura: natr.-e—com repuxamento: rhus—nas articula- ções : lact. lycop. natr. Rijeza arthritica: lach.—nas articulações : kali. sep. (Vede Cap. Io, CONTRACTURAS.) TOMO II " 782 CAP. XXIV. EXTREMIDADES SUPERIORES Sacudidura, repuxamento das articulações: lact. tour.-a natr.-m. phos.-a. — paralytica : amb. — como por faiscas electricas: verat. Sensação como por encurtamento dos tendões desde o coto- vello até os dedos: lach.— de inchação e de dôr de deslocação nas articulações : puls. Tensão : tabac—nas articulações, como se os tendões fossem mui curtos : mang.— dolorosa : sep. Traccão nas articulações : mur.-a. Tumor branco: assaf. nitr.-a. phos. sep. silic. staph. Moléstias da pelle do cotovello Bostelas, em differentes pontos,semelhantes á bexiga volante, com pús na ponta, e cercadas de uma roda vermelha : thui. Dartos : kreos. Efflorescencias, que no íim de pouco tempo se enchem de pús: bell.—debaixo da articulação, de um vermelho carregado, sem suppuração, insensiveis por si, e com dôr de excoriação ao tocar: bell. — debaixo do cotovello, com dôr lancinante ao tocar : bell. — com dôr de excoriação ao tocar: hyosc. — pruriginosas sobre o cotovello : staph.—nas rugas do cotovello: ol.-an.-vermelhas, visíveis de manhã, e de tarde, com o calor da cama, com prurido finalmente lancinante, e ardor pela coçadura nas rugas do cotovello : dulc Empolas nas rugas do cotovello, cheias de pús e violenta- mente pruriginosas : sulf. Erysipela : lach. (Vede cap. 2.°) Erupção de efflorescencias pequenas, vermelhas, sem in- flammação, com ponta branca, pruriginosas, ardentes pela coçadura, e debaixo do cotovello : merc. Nodoas azuladas,grandes como lentilhas, com a pelle dartrosa á roda: sep. -da grandeza da mão, semeada de muitos pontos vermelhos, cora prurido corrosivo nas rugas do cotovello • phos Nodosidades grossas sub-cutaneas, com dôr lancinante debaixo das articulações do cotovello • magn. JliT0 T rugfs d0 cotòvell°com aPPariÇao de ™<»s vermelhos, depois de cocadas, e muitas nodosidades: phos - efflorescencias pruriginosas nas rugas do cotovello • sep" ' CAP. XXIV. EXTREMIDADES SUPERIORES 783 Purpura, com vesiculas brancas, pruriginosas ao calor, e ardentes depois de cocadas : calad. Tumores pequenos sub-cutaneos, dolorosos ao tocar, abaixo, das articulações do cotovello : puls. — abaixo do cotovello, e dolorosos, com inflammação : lycop. Vesiculas purulentas : sulf.-a.—suppurantes : sulf.—verme- lhas, cheias de liquido : natr. Moléstias do ante-braço Dôres : arthritica (Vede cap. Io, Arthritis) — de caimbras: angust. cale phos.-a. rut.—incisivas nas articulações : mur.-a. —lancinante*s : caust. — paralyticas : acon. ambr. bism. bor. kali. staph. — de pisadura croe—de quebradüra. crot. rut.— rheumatica: granat. —de sacudidura e repuxamento : elect.— tractivas, agudas : carb.-v. Engorgitamento : nux.-v. Estremecimento de caimbras ; angust. Furunculo: lycop. Fraqueza : nitr.-a. rhus.—paralytica : silic Inchação : antim. merc nux.-v. sulf. inflammação : lycop. (Vede artigo Braços.) Paralysia : acon. ambr. bor. bry. silic staph. Peso : anac croe mur.-a. spong. Picadas: anac. caust. croe guiae nitr.-a. nux.-v. sabad. sabin. sassap. -de caimbras : angust. Pisadura: cicut. cyclam. Pressão : oleand. phos.-a. sassap. Rasgadura : carb.-v. natr.-s. nitr.-a. rhod. sassap. staph. Rheumatismo : amb. angust. antim. bell. bry. dulc. granat. nux.-v. rhod. staph. tart. valer, verat. Sacudidura, repuxamento : ambr. angust. antim. carb.-v. croe electr. rhod. staph. - dos ossos: rhod. teucr. thui. valer. Sensação de queimadura : agar. berb. sulf. Sobresaltos, estremecimentos : muriat.-a. spig. staph. Tensão : antim. bry. crot. lach. natr. sep. Traccão : antim. 784 GAP. XXIV. EXTREMIDADES superiores Moléstias da pelle do ante-braço Bostelas em differentes pontos, semelhantes á bexiga, com pús na ponta e cercadas de uma aureola vermelha; thui. Botões pequenos, vermelhos, lisos, cercados de vermelhi- dão, insensiveis, com dôr de excoriação ao tocar: phos.-a. Dartros : alum. con. magn. merc — custosos : alum. —que depois de três dias tornão-se violentamente pruriginosos : magn.—que se excorião e causão um prurido voluptuoso: merc.—furfuraceos, ardentes: merc.—humidos, ardentes, crustosos . con.—pruriginosos : mang. Efflorescencias dartrosas sem prurido, na parte interior do ante-braço : nux-v.—como grãos de milho, com ardor : amon.—indolentes, muitas e pequenas, e cheias de pús : rhod.—pequenas, com prurido ardente era ambos os ante- braços : sabad.—pruriginosas na superfície interior : magn. sulf.—vermelhas, com prurido violento : sulf. zinc. Eminências da grossura de lentilha, violentamente prurigi- nosas, tornando-se duras pela coçadura, sobre a pelle do ante- braço : daphn.—de ulceração ao tocar : staph.—vermelhas, tendo no meio uma vesicula cheia de pús, com dôr de quei- madura por si e de ulceração ao tocar: staph. Empolas grandes no ante-braço : spong. Erisipela : antim. lyc. merc. Erupção ardente : alum. bry. spong.—granulosa : carb.-v. graph. hep.—lancihante : puls. — miliar: bry. led. merc. nux-v. sulf—pruriginosa: ant. carb.-v. caust. merc. nux-v. rhus sep. sulf.—sarnosa : lach. merc. sep.—vermelha : lach. Furunculo : cale petr. silic. Miliar vermelha : bry. sabin. Nodoas: berb. euphr. thui.—azuladas como ecchymosis: sulf.-a.—grandes, vermelhas, excoríadas, escamosas, com dôr ardente : merc—indolentes, marmóreas, vermelhas : thui.— pruriginosas, como petechias : berb. Nodosidades brancas, grossas como grãos de milho : agar. —dolorosas passando-lhes a mão por cima : cocul.—duas, mui dolorosas, semelhantes a furunculos: merc—duras, grandes como ervilhas, semelhantes a empolas, com fundo vermelho, GAF. XXIV. EXTREMIDADES SUPERIORES 783 prurido ardente desde o punho até o cotovello : silic.—com prurido e ardor : agar. mur.-a. Prurido, com cuja coçadura apparecem efflorescencias que logo desapparecem : laur.-c—cora comichão e ardor depois de cocado: caust. Purpura com comichão e ardor, deixando na desapparição violenta oppressão do peito : calad.—pruriginosa: merc.—com vesiculas brancas, pruriginosas ao calor e ardentes depois de cocadas: calad. Pústula s : ars. rhus sassap. secai. sep. spig. sulf.—escamo- sas : agar.—negras : ars. secai.—urticarias : natr.-s.—verme- lhas : antim. cyclam. sulf.—vesiculosas: amon.-m cyclam. natr. puls. rhus spong. Suppuração : hep. lycop. (Vede cap. 2.°) Vesiculas fundas, pruriginosas, na face interna do ante- braço: phos. (Vede cap. 2o, Ecthyma, Eczma, Erysipela vesicu- losa, Miliar, Pemphigus, Prurigo, Rupia, Strophulus. Zona.) Vincos, ou raios escarlates : electr. Moléstias dos pulsos Dôr arthritica ou gotosa : bell. cale carb.-v. hep. lach. sa- bin.—de caimbra : anac. aur.—de contusão: amon.-e arn.— paralytica : kali.-e—de quebradüra : amon. dros. rut.—rheu- matica : granat. lach. Fraqueza : euphr. raph. secai.—paralytica : carb.-a. Inchação : amon.-m. merc. sabin. Peso.: raphan. Picadas : alum. helleb. kali. sep. sulf. Pressão argent. bell. sasap. stan. Pulsos ardentes: natr. Rasgadura : ars. amon.-m. aur. bell. carb.-v. sasap. sulf. — nos ossos : chin. cupr. Rijeza : bell. lyc. merc sabin. sep. sulf.— arthritica: lyc. — com inchação das articulações: sabin.— paralytica : rut. Roimento : cist. Sacudidura, repuxamento das articulações: asar. carb. cy- clam. sujf. 786 CAP. XXIV. EXTREMIDADES superiores Sensação como se a carne se destacasse dos ossos: bry. ignat. rhus sulf. thui. Tensão : aur.-m. carb.-v. kali. lach. led. mag. rhus. Moléstias da pelle dos pulsos Dartros ardentes, furfuraceos, com prurido, seccos : merc Efflorescencias grandes: antim.—pruriginosas : bar.-c. Empolas brancas, no lado interior, purulentas, ardentes, cu- brindo-se de crostas : sassap.—urticarias : hep. Erupção : amon.-m. hep. led.—vesiculosa, em fôrma de ca- chos ou grupos: rhus.—miliar, pruriginosa : led. Nodoas azuladas : petr.—vermelhas : magn.-m. Nodosidade arthritica : cale—pruriginosa : magn. Purpura pruriginosa: led.—no carpo, com visiculas brancas, pruriginosas, ardentes depois de cocadas: calad. Pústulas duras sem liquido, semelhantes a nodosidades, com circulo vermelho e dôr ardente : cocul. Terebração ou sensação de perforamento : cocul. helleb. Tumor urticario no carpo : fer.-mag. Verrugas: sulf. Moléstias das mãos Articulações : bov. bry. lepid. rhod. sep. spig. sulf. Atrophia : angust. cale chin. nux-v. (Vede cap. 1.°) Caimbra: angust. cale cin. euphr. mang. menyant. merc phos.-a. plat. rut. silic. verb. viper-e Contracção de caimbras: lycop. merc. nux-v. sol.-oi. stram. sulf. Convulsões: bell. iod. mosch. plumb. Dôres: bar.-c. bry. cale cist. chin. cocul. dros. elect.— nas articulações com inflammação dos ossos: anac. antim. bry. — com contracção de caimbras e rijeza dos dedos: merc. petiv.— com fraqueza e sensação de paralysia: merc— com movi- mentos convulsivos : assaf. op.— com repuxamentos e rasga- dura: rhod.— de caimbra: angust. cale chin. coloc. euphr. phos.-a. — de deslocação nas articulações: bryon. — incisiva : mur.-a.natr.—paralytica: cale. chin. tabac—de quebradüra: CAP. XXIV. EXTREMIDADES superiores 787 acon. arn. rut.— rheumatica: bell. bry. croe gent. granat. lach. merc. rod. tart. valer, verat. zinc— que faz estremecer: chin.— nos ossos : anac. chin. Dureza dos tendões: amon.-m. caust. crot. coloc graph. natr.-m. nux.-v. sulf. viper.-c. Engorgitamento : cham. croe bar.-c. nux-v. sulf. Estremecimento dos músculos: assaf. Fraqueza: acon. angust. arn. carb.-v. caust. chin. natr.-s1 nux-v. tabac.— paralytica: acon. asar. merc. silic Inchação: acon. amon. bar.-m. bell. bry. cale cham. coccul. elect. hep. lycop. stan.— dolorosa: antim. bry. chin. hep. kali. nux-v. sep. sulf.— dura: ars. lach. sulf.— edematosa: secai. — com erupção de vesiculas : sep.— escarlate: bell. electr.— fria: lach.— indolente: lycop.— inflammatoria: acon. — lan- cinante mosch. sulf.—pallida: bry. nux-v.—quente: coccul.— suppurativa: nux-v. — vermelha : antim. bry. hep. lycop. merc. sep.— das vêas: amon. arn. bar.-c. cale puls. thui. (Vede cap. 2o, Varizes.) Mãos ardentes: acon. carb.-v. coccul. fer. lach. nux-v. phos. sep. stan. staph.-- fechadas: stram.— frias: chin. ipec. nux-v. phos. — mortas: cal. lycop. (Vede Engorgitamento.) Ossos em geral: assaf. aur. chin. coccul. merc. rhus. silic. staph. Palma das mãos : lycop. phos. puls. sep. stan. Paralysia : fer. hip -mane rut. silic ( Vede cap. Io, Paralysia.) Peso : bry. magn.-car. nitr. puls. Pressão: argent. cham. phos.-a. puls. rut. Rijeza : assaf. cham. hyos. kreos. merc—paralytica : cham. —das articulações : sep. Roimento : bar.-c. plat. ran.-s. Sacudidura, repuxamentos das articulações: asar. caust. mang. nitr.-a. ol-an. rhod. sulf. Sobresalto, estremecimento: bell. cicut. cupr. ignat. lact. lycop. rhab. sulf.—das articulações : bell. cupr. electr. stan.— dos músculos: assaf. tart. Suor : cale. dulc natr.-m. nux.-v. sulf. thui.—frio : acon. cin. iod. ipec. nux.-v. rab. sassap. sep.—quente : ignat.—na palma das mãos : anac. con. lach. led. merc. nux.-v. 788 cap. xxrv. extremidades superiores Tensão : argent. chin. fer.-mag. kali. lach. Terebração nos ossos : daph. mang. natr. rhod. Tremor:agar. cale lach. op. phos. stram. sulf. tab. tart.— nas mãos dos bêbados: ars. lach. nux.-v. (Vede cap. 1°, Bebedice.) Torpor: acon. assaf. bry. carb.-a. cicut. lycop. hyosc. puls. Moléstias da pelle das mãos Botões com prurido : kreos. Calor : coccul. Côr azulada depois de lavar-se em água fria : amon.-e Comichão : acon. amon.-m. cale colch. granat. sulf. verat.— ardente : spig.—nas costas da mão : berb. rhus. Crostas : sep. Dartros: kreos. lycop. natr.-c sassap. staph. — ardentes: merc. — crostosos: con. — escamosos : merc — furfuraceos : merc phos.—humidos: bov. con. —pruriginosos: caust. mang. staph. — seccos : verat. — nas costas da mão : sep.—na palma : ran.-bul. Desgamação, seccura, gretas :**sulf. — furfuracea : alum. — da pelle das costas da mão : bar.-c. Empola á borda da mão no fim do dedo mini mo, ecom serosidade : coccul. — nas costas da mão : sulf.— pruriginosa : natr.-m. Efflorescencias nas costas da mão : canth. — confluentes, formando uma só crosta : mur.-a. — grossas como lentilhas : bor. — inflammadas nas costas da mão : agar. —pruriginosas : sep. tarax.—seccas, vermelhas : bov. Eminências nas costas da mão : sulf. Espaços, ou pontos brancacentos, pruriginosos, na palma da mão esquerda: electr. Excrescencia : lach. Exfoliação da pelle : amon.-e Frieiras : agar. bell. croe lycop. nitr.-a. Frio: acon. bar.-c. bell. cham. chin. con. dig. ipec kali. merc. natr.-m. nux.-v. rhab. sassap.—na cama : carb.-v.—na palma da mão: anac con. dulc. led. merc nux.-v. CAP. XXIV. extremidades superiores 789 Furunculos: cale lach.—nas costas da mão: cale—muitos e pequenos com dôr lancinante : lycop. Ganglião : (tumor) nas costas da mão: amon. phos.-a. plumb. silic. Gota : agnus. antim. aur. cale carb.-v. caust. dig. graph. lach. led. lycop. nux.-v. phos. rhod. rut. sabin. sep. silic. zinc. (Vede cap. 1°, Arturitis.) Humidade na palma da mão : led. Nodoas azuladas nas costas da mão : natr.-m. —dartrosas : natr.-m. zinc—como ephelides: fer.-magn.—duas nas costas da mão, por detrás do dedo pollegar e do index : natr. —lisas, vermelhas na palma da mão : coral. — pequenas, vermelhas, indolentes, como mordedura de pulga: tart. — sarnosas com prurido : squil. — urticarias nas costas da mão : natr.-m.— vermelhas, indolentes, nas costas da mão : stan. — vermelhas, largas, e como cabeça de alfinete: sabad. — vermelhas nas costas da mão: bell. berb. stan. — vermelhas, do tamanho de lentilhas: dros.—vermelhas, unidas : elect. natr.-e Nodosidades arthriticas: cale dig. graph. led. lycop. rhod. staph.—brancas depois de cocadas, e nas costas da mão: carb.-v.—duras, e com prurido lancinante: rhus.—duras na palma da mão : con. spig.—semelhantes a humores urticarios com prurido de ortiga : stram.—vermelhas nas costas da mão: merc. Pelle secca: lycop.—secca e gretada: amon.-e hep. kali. Pintas vermelhas, pruriginosas: antim. Prurido roedor, insupportavel, na palma e costas da mão : daph. granat. ol.-a.—nas articulações: sulf.—titillante cora efflorescencias purpureas : bry. Purpura, insensível nas costas da mão : digit. Pústulas escamosas: agar.—negras: ars. secai.—verme- lhas : antim. cyclam. sulf. Rachaduras: alum. hep. merc. nitr.-a. petr. rhus sassap. sulf.—sangrantes: alum. petr. merc nitr.-a. Sensação ardente: secai. stan. Tuberosidades duras : rhus.—urticarias : berb. hep. natr.-s. Tumor urticario, branco, pruriginoso : natr.-m. Ulceras : ars. sep. silic. —nas costas da mão : silic. Verrugas : berb. bry. cale dulc. j;.car. lach. lycop. natr.-e natr.-m. nitr.-a. rhus sep. thui.—nas costas da mão: fer.-mag* tomo n UM.) 790 CAP. xxrv. extremidades superiores —na palma: natr.-m.—na parte carnuda da mão debaixo do pollegar: berb. (Também já foi usada empiricamente a prepa- ração do caranguejo.) Vermelhidão: bary.-c. berb. natr.-s. phos. Vesiculas brancas com aureola vermelha e prurido : bov. — muitas e pequenas, que secção pouco a pouco : natr.-m.—pru- riginosas nas costas da mão : daph. lycop. sep.—na palma da mão: cant. kali.—purulentas nas costas da mão : sep.—roedo- ras: ciem. chin. graph. magn. magn.-c. nitr.-a. Moléstias dos dedos das mão* Articulações em geral: anac. antim. cale carb.-a. caust. graph. hep. led. lycop. puls. sep. silic. spig. sulf. Batimento, pulsação : amon.-m. magn. caus. plat. Caimbras : amon.-e ara. ars. cale cannab. coccul. coff. cupr. helleb. nitr. nux-v. phos. staph. sulf. Carpolagia : acon. bell. hyosc. merc. nux-v. plum. verat. Contracção : argent. lycop. phos. rhus.—de caimbras : bell. caie carb. coccul. graph. lycop. merc—edistorsão, o volta dos dedos: secai.—e rijeza dos dedos da mão direita : gins. Convulsões : cham. cupr. ignat. iod. mosch. staph. Dedos ardentes : agar. alum. bor. kali. hep. natr. plat. silic —fechados nos accessos convulsivos : hyos.—frios : sulf.— mortos: amon.-e cale chelid. cicut. hep. nitr.-a. phos.-a. sulf.—rijos : amon.-e lycop. merc. Dôr ardente com prurido e vermelhidão : agar. bor.—ar- thritica : antim. anac. aur. bry. cale carb.-a. euphr. graph. hep. lycop. oleand. phos.-a. rhod. silic. staph.—de caimbra: cale euph. oleand. phos.-a. rhod. silic. staph.—nas. articula- ções : anac magn. nitr.-a.—no dedo pollegar : cale phos.—de deslocação: graph. hep. natr.-m. nitr. phos. puls. sulf.—que faz estremecer: amon.-e chin. phos. puls. staph. — nas articulações : anac. natr. rhus.— incisiva: galvan.—nos ossos: anac. aur. — de paralysia nos músculos: acon. asar. aur. carb.-v. chin. cyclam.—nas articulações : aur. bar.-c. verb. — rheumatica: merc. rhod. tart. valer, verat. — nas arti- culações: amon. aur. granat. lach. — no index: amon.— tensiva: nitr.-a,. — tractiva, com fraqueza paralytica nos CAP. XXIV. extremidades superiores 791 ossos e articulações: aur. puls. - de ulceração na ponta dos dedos: amon.-m. berb. merc. puls. sassap. sulf. thui. — viva, lancinante : puls. sulf. Engurtamento e dureza dos tendões : caust. sulf. Engorgitamento: acon. amon.-e bary.-c. cale carb.-v. cham. dig. iod. lycop. nux-v.—na ponta dos dedos : lach. Falta de agilidade e flexibilidade: cale caust. graph. natr.-m. plumb. Fraqueza : amb. cale carb.-v. lact. nitr. rhus silic. Inchação: amon. ars. graph. hep. lach. lycop. merc thui.— nas articulações: amon.-e bry. chin. hep. lycop. merc. Ingiiagão e inflammação na ponta dos dedos, com ulceração e dôres nocturnas : sulf.—ardente : mur.-a. oleand. sulf.—do- lorosa : ant. chin. hep. lach. nux-v.—dura, negra, azulada e fria, nas costas dos dedos : lach.—escarlate : bell.—fria : lach. —inflammatoria: acon. magn.—lancinante: merc. sulf.—luzen- te: sulf.—pallida : nux-v. -pruriginosa: elect.—quente: antim. bry. coccul. hep.—vermelha: lycop. magn.-c. merc thui.—vo- lumosa : sulf. Inflammação: con. kali. lycop. magn. nitr.-a. puls.—erysi- pelatosa : bell. lach. rhus.—de pisadura : arn. oleand. Inflexibilidade, rijeza, difficuldade de mexer os dedos e dis- torção : carb.-a. chin. digit. graph. muriat.-a. plumb. secai. silic Paralysia : cale phos.-a. Peso : bar. magn.-car. Picadas : amon.-m. bry. carb.-v. natr.-m. natr.-s. sulf. thui. verb.—nas articulações : helleb. natr.-m. nitr.-a. sep. sulf.— na ponta dos dedos : lach.—no dedo direito do meio : amon. Pressão nas articulações : ang. sassap. stan. Pulsação : sulf. teucr. Rasgadura: chin. colch. magn. ol.-an.— nas articulações: digit. lycop. sassap. sulf.—nos músculos e ossos : chin. Rijeza : digit. graph. silic— arthritica : carb.-a. graph. lycop. petr.—paralytica : granat. Sacudidura, repuxamento : ambr. ang. asar. carb.-v. crot. ignat. lycop. ol.-a. rut.—nas articulações: anac antim. asar. caust. kali. phos.-a. sulf. Sensação ardente na ponta dos dedos : silic—de seccura : anac. 792 GAP. XX1V. EXTREMIDADES superiores Sensibilidade dolorosa na ponta dos dedos : lach. Sobresaltos, estremecimentos de tendões : iod. Suor : cale. Tensão: íeth. elect. kali. lach.—das articulações : croe kali. magn. Terebragão nas articulações : helleb. magn. Traccão arthritica na ponta dos dedos: puls. sep. sulf. Tremor : bry. iod. oleand. rhus. Torpor : anac. carb.-a. cale caust. colch. cupr. electr. l.vcop. sulf. thui. Moléstias da pelle dos dedos das mãos Calafrios: angust. chelyd. menyant. sulf. tart. thui. Calor, ardor: bor. galv.lactue magn. Dartros em geral: ars. carb.-v. caust. kreos. nitr.-a. phos. ran.-b. sep. — ardentes : con. merc. — crustosos : con. — escamosos : merc — entre os dedos : nitr.-a. — furfuraceos : merc. phos. — humidos : bov. con.—na ponta dos dedos: ars. carb.-v.—pruriginosos : caust. mang.—entre o dedo pollegar e o index: ambr. caust.— seccos : verat. DescamaçÃo: agar. bar.-c. merc. sulf.—á roda das unhas : sabad. Efflorescencias sobre a articulação posterior dos dedos do meio : bar.-c — confluentes : mur.-a. — entre os dedos, com humor seroso e dôr lancinante : bry. puls.—indolentes no dedo do meio e annullar: bov. - pequenas entre os dedos, sem liquido, com prurido excessivamente violento: magn. — pequenas, vermelhas, insensíveis, do tamanho de cabeças de alfinete: phos.-a. — pruriginosas na articulação anterior do index : viol.-tr. — nas costas do dedo annullar : caust.—detrás do pollegar, com prurido: kali.-entre o pollegar e o index, com dôr lancinante: arn.—.entre o dedo do meio e o annullar : zinc. —sobre os ossos do metacarpo do index e dedo do meio • bar -na superfície do minimo : canth.-vermelhas na ultima arti culação do dedo annullar, tornando-se depois brancas com aureola vermelha : cyclam. -vermelhas : cyclam - «obre a Phalange posterior do pollegar, semelhantes a sarnas, com dor lancinante: cyclam. CAT. xxiv. extremidades superiores 793 Empolas : ant. ran.-b.—no dedo rainimo: kali.-e—lançando uma lympha amarella, com ardor, e formando depois vesiculas profundas, transparentes, azuladas, com prurido ardente, insupportavel, e que depois de cocadas se cobrem de uma crosta dartrosa: ranunc. — no pollegar, com prurido : sep.— purulentas : spig. Erupção : bor. graph. hep. lach. mur.-a. rhus. silic. sulf. — de pequenos botões vermelhos com prurido : sulf. — crostosa na ponta superior dos dedos: mur.-a.—dartrosa entre os dedos: ars. graph. — de efflorescencias e ulceras nas articulações: daphan.—granular com vesiculas roedoras: graph. —sarnosa : graph. lact.—urticaria: hep. Erysipela ardente : natr. rhus spig. — nas articulações: cyclam.—branca : agar.—entre os dedos: puls. sulf.-a. Excoriação dartrosa entre os dedos : graph. Excrescencia : lach. Exfoliação dos dedos: merc—entre os dedos : amon.-m. Formigamento : cale chin. colch. secai, silic sulf. Frieiras: croe nitr.-a. petrol. sulf. Frio : sulf. Furunculo: cale lact. Gangrena : lach. secai. Inchação (Vede nas moléstias dos dedos) vermelha e quente do dedo do meio da mão direita, cobrindo-se de inchaços pruriginosos: magn. Nodoas amarellas : con. sabad. tart.—lisas de côr vermelha- escura : coral. — marmóreas de um vermelho carregado no terceiro dedo perto da unha : natr.-m.—sobre a articulação do pollegar com prurido e ardor : lycop.—com ephelides : fer.- mag.—vermelhas-claras, insensíveis, nas articulações superiores de alguns dedcs: zinc. — de fôrma redonda na borda exterior do minimo : zinc—de natureza de efflorescencias : phos.-a. Nodosidades arthriticas: cale chin. graph. led. lycop. slaph. sulf.—no index semelhantes a verrugas : lycop.—inflammadas com dôr ardente, pruriginosas, sobre a articulação média do dedo annullar : rhus. — vermelhas, indolentes, na superfície superior dos dedos entre a segunda e terceira articulação : veratr. — entre a segunda phalange e a anterior do dedo annullar com tumefacção e sem dôr: zinc. 791 GAP. XXIV. EXTREMIDADES SUPERIORES Panaricio : alum. cale bar.-c. fer .-mag. hep. lach. mang. sep. — com dôres lancinantes, pulsativas : lach. sep. silic — com vegetações : silic. Petechias : lach. plumb. Placas vermelhas, inchadas : lach. plumb. — excoríadas entre o dedo pollegar, formando empolas : magn. Prurido : agar. con. lach. lact. nux.-v. puls. sulf. — ardente como mordedura de pulga, sobrevindo entre os dedos efflores- cencias brancacentas, pontudas e com serosidade : ars.—com dôr ardente, calor e vermelhidão como de frieiras: agar. bor. —entre o dedo pollegar e o index : gratiol.—no lado posterior do pollegar, formando empolas pela coçadura e dôr mordicanle ao tocar: mang. — lancinante na segunda phalange do quarto dedo, sobrevindo no fim de dous dias uma efflorescencia vermelha com pús, dôr ardente e pulsativa : zinc. Pústulas : bor. cale — duras sem liquido, semelhantes a nodosidades, cora circulo vermelho e dôr ardente nas costas dos dedos : coccul. Rachaduras : alum. merc petr. sassap. — profundas: sassap.—sangrentas : meie petr. Roimento em redor dos dedos: ciem. graph. magn.-c. silic — na superfície exterior do index com dôr ardente: natr. — vermelho na articulação média do dedo pequeno da mão esquerda, apparecendo depois de forte comichão : cyclam. — pruriginoso nas articulações : cyclam. Seccura da pelle : laur, lycop.—ardente na ponta dos dedos: chin. Sphagelo ou gangrena secca : lach. Ulceração entre os dedos: graph. — na ponta dos dedos : amon.-c carb.-v.—abaixo das unhas : lach. Ulceras: ars. carb.-v. plat. ran.-b. sep. silic —nas articula- ções : sep. daph. Vermelhidão entre os dedos cora pequenas vesiculas e prurido ardente : laur.—com prurido de formigas : nux.-v. Verrugas : lach. laur. petr. rhus sulf. Vesiculas: ciem. graph. kali. magn. natr.-m. nitr.-a.— ardentes, pruriginosas e com ardor: natr.-e silic—brancas na primeira articulação do index com ardor semelhante ao de urtiga : natr.—cheias de liquido verde, sanguinolento : elect. —entre os dedos : puls. —humidas na articulação posterior do CAP. XXIV. EXTREMIDADES SUPERIORES 79o quarto e quinto dedo com dôr de rachadura: helleb.—humidas e indolentes na articulação média do quinto dedo com dôr de excoriação : helleb. — pruriginosas no dedo minimo : natr.-m. —purulentas: sassap. Moléstias das unhas Azuladas : aur. chin.—com dedos mortos: chelid.—descora- das : ars. — disformes : graph. sep. — dolorosas : mag.-m.— espessas: graph. — espigadas: natr.-m. sulf. — com nodoas braqcas : more nitr.-a. — com sensibilidade debaixo da pelle : antim.—que se quebrão facilmente quando se cortão : alum.— ulceradas merc. CAPITULO XXV AFFECÇÕES DAS EXTREMIDADES INFERIORES Arthrüis. —Ambr. bry. crot. conv. graph. led. rhod. rhus. são os mais recommendados. TRATAMENTO. — 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos da o1 dynam. em 4 colhéres d'agua, para 1 colher de 4 em 4 ou de 6 ein 6 horas, conforme o estado do doente, espaçando á proporção das melhoras: o mesmo medicamento deve ser repetido em dynamisação mais alta no caso de convir, ou tomará outro. Caimbras. — Carb.-an. hyos. merc. sec sil. stram. stau. magn. aur. são os mais vantajosos. TRATAMENTO. - 1 a 2 gottas ou 6 a 8 glóbulos em 4 colhéres d'agua, para dar-se com maiores on menores intervallos segundo as circumstancias. Callos. — Amon.-e antim. aur. bar.-c. cale lyc. nalr.-m. petr. phos. phos.-ac. sulf. são os que mais aproveitão. Callosi Vede também, em seus respectivos capítulos, as affec- ções particulares pelo abuso do mercúrio, taes como Cephalal- gia, Ophthalmia, Odontalgia, Colicas, Diarrhéa, etc. METAES. — Para os envenenamentos pelas substancias me- tallicas, vede os metaes particulares, quaes o Cobre, Arsênico, Estanho, Mercúrio, Chumbo, etc Nas affecções chronicas por abuso das substancias metallicas como remédios, sulf. é um dos medicamentos mais importan- tes, e mesmo no caso em que ha antidotos mais especilicos merece ser coxsultado, logo que depois da administração destes antidotos restão ainda padecimentos. MEXILHÕES e peixes venenosos. — O meio a empregar em primeiro lugar contra um envenamento por mexilhões é o car- vão de madeira em pó, misturado com xarope de assucar ou com água e assucar ; mais tarde far-se-ha cheirar camphora e tomar café simples. Contra os peixes venenosos, obrar-se-ha melhor adminis- trando carvão em pó misturado com aguardente; somente quando este meio não seja sufficiente, e que o café simples não allivie, CAP. XXVI. ENVENENAMENTOS 839 se fará comer um pouco de assucar ou beber água combastante quantidade desta substancia. Se este meio fôr também incffi- caz, o vinagre misturado com duas vezes a mesma quantidade de água fará bastante beneficio. Se após um envenamento por mexilhões ou peixes venenosos houver erupção ou rubor do rosto, dôr de garganta, etc bell. será de grande utilidade, ou também copaiv. (segundo Malaise). NITRATO DE PRATA.— Sal commum dissolvido em grande quantidade d'agua ; um pouco depois bebidas mucilaginosas. OPIUM. — O antídoto principal é o café simples ou o vina- gre ; mais tarde, algumas doses de ipec. farão grande serviços. Se depois do uso de ipec. restarem ainda padecimentos, poder- se-ha consultar merc nux-vom., ou bell., medicamentos que nos padecimentos chronicos pelo abuso do ópio como remédio merecem também ser com preferencia consultados. PEDRA-HUME. — Água de sabão ou água com assucar, até provocar vômitos ; mais tarde, puls, ou verat. PHOSPHORO. — O azeite e todas as substancias oleosas são muito perniciosas.— A principal indicação é fazer o doente vo- mitar o mais depressa possivel, applicando-lhe uma pitada de tabaco, ou um pouco de mostrada, sobre a lingua, se a titula- ção na garganta não fôr bastante. Em seguida dar-se-ha café, e passadas algumas horas uma colher de sopa de magnesia. Se depois do uso de magnesia restão ainda padecimenlos, nux-vom. será de ordinário o medicamento mais conveniente ; muitas vezes também se pôde dar algumas gottas de vinho ge- neroso com assucar, se o doente manifestar desejos de toma-lo. QUINA. — Os melhores medicamentos contra os padecimen- tos pelo abuso da quina, como remédio, são, em geral : arn. ars. bell. cale fer. ipec. merc puls. verat., ou também: caps. carb.-v. cin. natr. nart.-m. sep. sulf. Arnica, é sobretudo indicada quando ha : dôres rheumaticas, peso, frouxidão e grande dôr em todos os membros; sacudi- delas por todos os ossos ; impressionabilidade extrema em to- dos os órgãos, aggravamentos das dôres com o movimento, a falia e o ruido. Arsenicum, se ha : ulceras nas pernas ; affecções hydropicas; edema nos pés; tosse e respiração curta. Belladona, havendo : congestão na cabeça, com calor no 840 GAP. XXVI. ENVENENAMENTOS rosto, e freqüentes dôres de cabeça, no rosto e dentes ; — ou também se ha ictericia, não tendo merc. sido sufficiente. Calcarea, se ha : dôr de cabeça, otalgia, odontalgia e dôres nos membros, maxime se estas affecções se manifestarem em conseqüência de febre intermittente atalhada por doses enor- mes de quina, não tendo puls. sido bastante. Ferrum, havendo : inchação edematosa dos pés. Ipecacuanha, na mór parte dos casos, no principio do trata- mento. Administrando-se este medicamento, em uma solução de água na dose de três colhéres de sopa por dia, alliviara de ordinário a maior parte dos padecimentos. Mercurius, havendo ictericia ou outros padecimentos hepa- ticos ou biliosos. Pulsatilla, havendo otalgia, odontalgia, cephalalgia, ou do- res nos membros, principalmente se estes padecimentos appa- recêrão em conseqüência de uma febre intermittente combatida por doses enormes de quina. Veratrum, se ha Maldade de corpo ou dos membros, com suores frios, constipação ou diarrhéa. No caso em o que abuso feito pela quina fosse para combater uma febre intermittente, os melhores medicamentos são : Se a febre foi realmente destruida : arn. ars. bell. cale carb.-v. cin. fer. ipec. puls. sulf. Se a febre ainda existir : ipec, emais tarde : ars. carb.-v. ; ou também, porém raras vezes : arn. cin. verat., ou ainda: bell. cale merc. sulf. ^^ Vede além disso, em seus respectivos capitulos, os artigos : Febres intermittentes, hepatitis, splenitis, e todas as affecções que se puderem apresentar em conseqüência do abuso da quina. RHUIBARBO.— Dar-se-ha com o melhor resultado : Chamomilla, se ha colicas violentas, com dejecções de diar- rhéa, esverdeadas. Colocynthis, se as colicas com diarrhéa não cederem ao emprego de cham. Mercúrio, havendo dejecções de diarrhéa, esverdeadas, ou de cheiro agro, ou evacuações de matérias ensangüentadas. Nux-võm., se ha flatulencia com dejecções de diarrhéa mucosa. Pulsatilla, contra vômitos de matérias agras, diarrhéa de matérias fecaes, ou diarrhéas mucosas. CAP. XXVI. ENVENENAMENTOS 841 SALSAPARR1LHA.— São: bell. e merc. que na pluralidade dos casos farão desapparecer os padecimentos pelo abuso desta substancia como remédio. SPIGELIA.— Contra os primeiros symptomas assustadores : 1.° Camphora em olfacção. 2.° Café simples. Contra os padecimento consecutivos : merc STRAMONIUM.— Café simples ou vinagre (ou acido cifrico), ou sumo de limão em grande quantidade; e se os vômitos tardarem a se manifestar, um clystel de fumo de tabaco. (Vede primeira parte, Vomito.) Contra os padecimentos consecutivos: nux-vom. SULFATOS de cobre, ferro ou zinco.—Água morna com assucar, ou clara de ovo dissolvida em água, até fazer vomitar; mais tarde bebidas mucilaginosas. SUMAGRE VENENOSO.— Se o contacto imprudente deste vegetal produzio inflammações erysipelatosas, ou qualquer outra qualidade de erupção, a applicaçào de meios exteriores é mui perniciosa.— Os medicamentos que interiormente se devem administrar são : bry. ou bell. e hipp.-mancenilla. VALERIANA.- São: cham. coff. nux-vom., ou sulf., que se acharão mais freqüentemente convir contra os padecimentos chronicos pelo abuso desta planta como remédio. VEGETAES.— em todos os casos de envenenamento por vegetaes, a olfacção da camphora é um dos principaes meios, assim como o uso do café simples. As plantas narcóticas exigem particularmente o café simples e o vinagre diluido em água. As plantas corrosivas, ou aquellas cujos effeitos se manifes- tarem por dôres violentas, água de sabão ou leite. FIM. TRATAMENTO PRESERVATIVO E CURATIVO DA CHOLERA-IORBDS PELO DR. D. A. C DE DUQUE-ESTRADA medico homoeopatha, presidente da academia medica homoeo- pathica do brasil, e director do Io CONSULTÓRIO HOMOEOPATHICO Á RUA DE S. JOSÉ N. 59 DO REGIMEN E DOS MEIOS PRESERVATIVOS CONTRA A CHOLERA A cholera sendo uma epidemia cujo miasma não é fixo como o da peste, por exemplo, mas cujas causas existem no ar, o retiro o mais absoluto e o isolamento o mais completo não são sufficientes garantias, e no mesmo caso estão os cordões sani- tários, as fumigações e outras cousas que se têm imaginado para oppôr-lhe passagem. As únicas cousas verdadeiramente efficazes serão aquellas que tenderem a distruir esse miasma na própria atmosphera, e é por isso que Hahnemann desde a pri- meira noção que teve desta moléstia propoz o uso do espirito de camphora, que melhor que qualquer outra substancia, e infi- nitamente mais do que o chloro e o vinagre, possue a virtude de destruir os miasmas gazosos, e que ainda pela sua virtude como medicamento especifico contra a cholera o torna apto não 107 - 844 - somente para purgar a atmosphera desse miasma, mas ainda a destruir muitas vezes a infecção nos próprios individuos quando já começada. Poder-se-ha pois usar da camphora mesmo nos casos em que se receiar a propagação da moléstia por via do contagio, aspargindo com esta substancia os objectos dos doen- tes e das pessoas mortas pela cholera. Mas o que importa sobretudo observar para garantir-mo-nos, tanto quanto possivel, da infecção, é evitar todas as cousas que possão augmentar a receptibilidade do organismo para esta moléstia. Dever-se-ha pois empregar o maior cuidado no asseio não só do corpo como da habitação, e ter em grande conta a necessi- dade de um ar tão puro quanto possivel. Evitar-se-ha os exces- sos de todo o gênero, tanto no que respeita áalimentação como ao trabalho, como no que é concernente ás vigílias e aos gozos, preferindo-se antes o exercicio ao ar livre do que a demora nas casas fechadas e nos lugares muito populostfs, attendendo-se que o miasma concentrado em um pequeno espaço é sempre muito mais efficaz do que quando está espalhado-na atmosphera. Nenhuma necessidade ha de mudanças no regimen habitual, comtanto que conformado esteja ás regras da temperança e aos demais preceitos hygienicos. Devem todos preservar-se quanto possivel de toda a espécie de resfriamento, e abster-se do uso das substancias mui refres- cantes, fructos ácidos, gelados, evitando em geral tudo quanto fôr capaz de produzir em circumstancias favoráveis uma sorte de cholera artificial. Neste ultimo gênero estão as emoções mo- raes, particularmente o medo, o desgosto, o receio de ser infec- tado, etc. Quanta ao que respeita aos preservativos directos, isto é, sub- stancias de que se pôde fazer uso para tornar o organismo me- nos susceptível do miasma, e destruir, se é possivel, sua re- ceptibilidade para este ultimo, não existe de certo medicamento que possa prestar um tal serviço de uma maneira absoluta e infallivel. Todavia, se esta preservação pôde obter-se, os medi- camentos os mais próprios para este uso serão sem contradicção aquelles que a doutrina homoeopathica tem designado de ha muito como os principaes especificos contra a cholera, e cujo successo no tratamento da moléstia declarada tem até hoje completamente correspondido á espectação. Verdade é que em - 845 - muitos lugares esses medicamentos tem dado também bons re- sultados como preventivos, e ou seja em verdade por seu uzo, ou por outras circumstancias, é mais prudente usar delles do que despreza-los. A primeira destas substancias é o espirito de camphora que poderá ser tomado internamente 2 ou 3 vezes por dia na dose de algumas gottas postas em um torrão de assucar, ou a cam- phora pura usada por meio dos cigarritos. Mas é mister observar que a camphora como preservativo prolongado não convém se não ás pessoas robustas, vigorosas e na üôr da idade. Os individuos débeis, delicados, nervosos, e sobretudo os meninos, são muitas vezes mui fortemente affecta- dos pela menor quantidade que delia tomem, e mesmo as pes- soas mais vigorosas soffrem algumas vezes muito pelo abuso desta substancia, ao ponto de em alguns ter produzido uma verdadeira cholera artificial. É por isso pois-que deve haver toda a discrição em seu uso, sendo prudente substitui-la por outro preservativo logo que se observe o menor inconveniente. Entre os outros preservativos citaremos em primeiro lugar o verat.-álbum, o arsenicum e o cuprum., medicamentos que em suas preparações homceopathicas são em geral bem supporta- dos, não só pelas pessoas robustas, como pelas crianças e pes- soas delicadas. A dose a administrar de qualquer destas sub- stancias é de 2 a 3 glob. em 1 colhérinhade água, e tomada de uma só vez todos os 4 ou 6 dias durante todo o tempo que reinar a cholera. Dever-se-ha começar pelo uso do verat. 12a dynam. substi- tuindo-o depois da 2a dose por arsen. 30, que será succedido (depois da 2a dose) por cuprum 15, depois do qual se começará de novo por veratr., e"assim seguidamente. Não é fora de propósito aconselhar-se aqui o uso das asper- ções de espirito de camphora 2 ou 3 vezes por dia nos corredores e 'outros compartimentos das casas. CHOLERA, SEUS SIGNAES PRECURSORES E SYMPTOMAS DO SEU PRIMEIRO PERÍODO E TRATAMENTO Os primeiros signaes precursores da cholera são ordinaria- mente : moleza geral, fadiga, cabeça tomada e dolorosa, ver- - 84G - tigens, pallidez da face e dos lábios, contracção e pressão no estômago, mãos frias, sensação de enfraquecimento e torpor dos dedos, pés frios e pesados, disposição á diarrhéa, com de- jecções líquidas esverdinhadas. Este estado dura algumas ve- zes muitos dias, mas pôde durar somente algumas horas em certas occasiões, e se não é curado passa indubitavelmente ao 1° periodo da cholera. O medicamento especifico contra este estado é a camphora (spiritum camphoris), que póde-se administrar de 10 em 10 ou de 15 em 15 minutos (na dose de uma gotta lançada em um torrão de assucar), até que as dores do estômago cessem, e que o frio das extremidades seja substituido por um calor geral com suor. Na maioria dos casos o doente dorme durante esta transpiração e desperta em perfeita saúde. No emtanto, como a camphora não é igualmente bem sup- portada por todos os doentes, é necessário neste periodo do mal ser-se assaz sóbrio na administração deste medicamento. É mil vezes melhor administrar a camphora internamente de 15 em 15 minutos do que usa-la em fricções. Com as pessoas de- licadas e nervosas, assim como com as crianças, ganhar-se-ha muito fazendo-as passar de promplo a outro medicamento, tal como ipecac. ou veratr. logo que se perceba que ao depois da 2a ou 3a dose o estado não melhora, ou que se aggrava pela in- fluencia da camphora. Também a ipecac. e o veratr. produzirão muitas vezes a cura por seus effeitos somente durante este pe- riodo, e raramente se necessitará de recorrer ao arsênico, ou mesmo á camphora. Não é senão quando a moléstia passa definitivamente do pe- riodo dos prodromos ao primeiro periodo da cholera declarada que a camphora é muilas vezes indispensável, e que é ordina- riamente melhor tolerada do que nos outros períodos. Este periodo annuncia-se ordinariamente pelos phenomenos seguin- les : cahida rápida de todas as forças vitaes, impossibilidade de conservar-se em pé, ar perturbado, olhos encovados, lingua fria, frio glacial e côr azulada das mãos, da face e mesmo de todo o corpo, desanimo e desespero, oppressão do peito e do coração ; com grande angustia e temor de suífocar-se ; cabeça tomada, entorpecimento do cérebro e dos nervos cerebraes, gritos e gemidos com voz profunda e rouca, dôr ardente no es- tômago e na garganta, caimbras ou dôres tractivas nas barrigas - 841 - das pernas e em outras partes musculosas; sensibilidade mui dolorosa na boca do estômago ao tocar ; muitas vezes ausência de sede, de vômitos e de diarrhéa, muitas vezes também eva- cuações assaz freqüentes superior e inferiormente. Neste periodo administrar-se-ha : 1.° Camph. todas as vezes que os espasmos predominem, e que as evacuações sejão ou nullas ou mui pouco freqüentes. Póde-se dar uma gotta de espirito de camphora puro sobre um torrão de assucar, Iodos os 5, 10 e 15 minutos, e por tanto tempo quanto durarem os espasmos tetanicos e o frio glacial, o que não excederá da 5' ou 6* dose, que desafiará a manifesta- ção de um calor benéfico com transpiração. Mas quando os espasmos não predominão de uma maneira mais positiva exis- tindo já neste periodo symptomas gastro-intestinaes, a cam- phora é raramente indicada, pelo que dever-se-ha recorrer a outros medicamentos, taes como : 2." Ipecac quando os vômitos predominão, não existindo ainda a diarrhéa, ousendo mui pouco pronunciada. (Uma colher de chá de solução de 6 gl. em 1 calix d'agua Iodos os 15, 20 ou 30 minutos, conforme o caso.) 3.° Veratr. se aos espasmos tetanicos se juntão não somente vômitos, mas ainda diarrhéa (igualmente todos os 15, a 30 minutos uma dose). 4.° Arsen. se veratum não bastar para impedir a passagem da moléstia do primeiro periodo ao segundo. Em todos estes casos administrar-se-ha uma dose, isto é, uma colher de chá da solução aquosa de 6 glóbulos do medica- mento, ao principio todos os 15 a 30 minutos, segundo a vio- lência do caso, depois quando o melhoramento, se tiver pro- nunciado, todas as 2, 4 e 6 horas somente, afastando as doses sempre á proporção que a melhora fôr em progresso. Para bebida dar-se-ha água fresca em mui pequena quanti- dade década vez, três a quatro colhéres quando muito. SEGUNDO E TERCEIRO PERÍODOS DA CHOLERA E SEU TRATAMENTO Nestes períodos o doente apresenta ordinariamente o quadro seguinte : Vertigens, desmaios freqüentes, diminuição do tacto, do ou- - 848 - vido e da vista, angustia, temor da morte, grande agitação, frio glacial de todo o corpo, pallidez cadaverosa da face, olhos encovados, amortecidos, semi-fechados, vista exprimindo o sof- frímento, ar pensativo, lábios azulados, sede excessiva, inex- tinguivel, desejo de bebidas frias, calor ardente na garganta, vomito ao principio dos alimentos ingeridos, depois de matérias que, de mucosas e biliosas que são no começo, tornão-se logo leilosas ou semelhantes a água de arroz, pressão C dôres nos intestinos, voz fraca, enrouquecida, oppressão dolorosa do peito, do estômago c da região precordial, respiração curla, caimbra, ao principio nas extremidades inferiores, propagando-se depois ás extremidades superiores, assim corao ao dorV», nuca, mús- culos abdominaes, aos intestinos e ao peito, suppressão das se- creções da ourina, da saliva e da bilis ; cahida rápida das forças até completa prostração. Abandonada a si mesma, a moléstia ccnserva-se neste estado algumas vezes durante dous dias, mas em outras algumas horas somente, e senão é curada passa então ao terceiro e ultimo periodo, oflerecendo os seguintes symptomas : Insensibilidade geral, suspensão da respiração, pulso lento, fraco, pequeno, intermittente, ou ausência delle, face decom- posta, cadaverosa, lábios azulados, olhos encovados, vista lixa, frio de mármore, suor viscoso e frio de todo o corpo, voz rouca e fraquissima, e emfim a morte sobrevêm no meio de tremores convulsivos. Quer em um ou outro destes dous períodos a camphora será ainda de um soccorro immenso, sobretudo quando os espasmos predominão, e muitas vezes é o único medicamento capaz de salvar o doente de asphyxia, mesmo quando esta tem chegalo no momento dos symptomas tetanicos. E se em alguma oceasião a consciência, mais do que em ou- tras, prohibe-nos de mui depressa abandonar como perdidas as pessoas asphyxiadas, é seguramente na cholera. Muitos doentes que por 2, 4 e 6 horas forão tidos por mortos, porque não tinhão mais pulso, porque lhes não batía mais o coração, forão salvos por um tratamento tal qual a doutrina homceopathica o indica como verdadeiramente racional, pelo emprego da camphora e do carvão vegetal. Na maior parte des casos bastará introduzir na boca do doente, todos os 3 ou 5 minutos, uma gotta de espirito de camphora diluido em uma colher de chá de água — 84» — tepida, esfregando-se-lhe ao mesmo tempo a boca do estômago e as fontes conTeste medicamento, e seá 6a dose isto, é, ao fim de 30 ou 40 minutos, com isto nada se tiver obtido, poder-se- ha substitui-lo pelo carvão vegetal, dando-se todos os 5 ou 10 minutos uma colhérinha de um calix de água em que se tenha dissolvido 6 glóbulos da 9a attenuação deste medicamento. Mas por indispensável que seja a camphora em certos casos destes dous períodos, não se deve comtudo po-la jamais em primeiro lugar quando houverem vômitos e diarrhéa. Mes* sei casos, os melhores medicamentos são ordinariamente os seguintes, que se deverá igualmente pôr sempre em numero de 6 gló- bulos ou *£ gottasr* da 3aou 5a dynaan. em um calix de água. e da qual se irá adminis- trando ao doente 1 colher de chá todos os 15 ou 30 minutos, segundo o caso. 1.°. Verat., substanciaá qual se poderá sempre recorrer em primeiro lugar quando os vômitos e diarrhéa são acompanhados de espasmos e caimbras mui pronunciados, com Maldade e ca- lor e côr azulada dos membros ede todo o corpo. 2.° Arsen. quando veratr. não aproveite, sobretudo nos casos os mais graves, e quando, além das evacuações cholericas e os spasmos, observa-se como symptomas predominantes uma grande angustia com temor da morte, uma agitação extrema como na agonia, sede inextinguivel com precisão de beber muitas vezes, mas sempre pouco de cada vez, dôres ardentes anciosas na boca do estomogo e no ventre. 3.° Cuprum principalmente quando as convulsões começão nos dedos e nos artelhos, que os vômitos alterão com espasmos abdominaes ou thoraxicos, e que as bebidas descendo pela gar- ganta fazem uma bulha semelhante ao cacarejo. Estes 3 medicamentos bastaráõ inteiramente na maior parte dos casos ; somente em alguns complicados, e em pessoas que antes estivessem já doentes, ou por algumas constituições par- ticulares, a cura poderá exigir ainda outros medicamentos, en- tre os quaes citaremos de preferencia : 4.° Cicuta, quando ha violentas contracções nos músculos tho- raxicos, com convulsões dos olhos, diarrhéa nulla, ou mui pouco pronunciada ; ou ainda se com as evacuações superior e infe- 850 — riormente existem ao mesmo tempo congestões pulmonares e cere- braes mui pronunciadas, com forte oppressão e estado soporoso. 5.° Canthar.,se as vias ourinarias estão fortemente affectadas, se ha o sentimento de um fogo violento no hypogastrio, dejec- ções sanguinolentas com tenesmos, colicas e grande agitação. 6.° Chamom., quando ha diarrhéa aquosa, vômitos de matérias azedas, lingua carregada de uma camada amarellada, colica na região umbilical; pressão dolorosa no estômago e subindo ao co- ração, caimbras nas barrigas das pernas. 7.° Ipecac, quando a diarrhéa é nulla ou aquosa ou amarel- lada, mas que os vômitos predominão com espasmos somente nas barrigas das pernas, nos dedos e nos artelhos. 8.° ISux-vom., quando os symptomas os mais assustadores têm cessado, masque restão ainda desejos freqüentes de ir ao bacio, mas sem resultado, ou não sendo seguidos senão de pequenas dejec- ções mucosas, com caimbras do estômago, angustia precordial, pressão na fonte, pequenas horripilações, ou frio antes interior que exteriormente. 9.° Secule-corn., quando depois da cessação dos vômitos a diarrhéa pe?%siste, e que as dejecções não são coloradas, o que é annuncio da falta de* bilis nas vias intestinaes. CHOLERINA, SYMPTOMAS E TRATAMENTO Esta fôrma, a mais ligeira da cholera, annuncia-se de ordi- nário por uma diarrhéa freqüente, sem dôr, mas mui debilitante, e que, destercoral que é ao principio, torna-se depois aquosa e mucosa, branca e floconosa, algumas vezes mesmo esverdi- nhada e ennegrecida, passando emfim, se é desprezada, a lien- teria, ou mesmo a febre cerebral ou typhoide. Os medicamentos contra esta moléstia são, em geral : ipeca- cuanha, phosphoro, secale cornutum, e ainda china, hyosciamus, lachesis, lauro-cerusus, opium e sulphur. O doente logo que sinta o primeiro indicio deverá metter-se promptamente na cama, tendo cuidado que a temperatura de seu quarto seja moderada (15 gráos de Reaumur), não devendo cobrir-se nem muito, nem muito pouco, tomando contra a sede água fresca em pequena quantidade de cada vez, isto é, alguns goles somente. - 851 - A© mesmo tempo administrar-se-ha em todas as meias horas, ou de hora em hora, ou de trcs em três, ou de seis em seis, se- gundo o caso, uma colher de chá de uma so- lução, cm um pequeno copo d'agua, de seis glóbulos ou 2 gottas tia 3a ou 5* dynam., de um ou de outro dos medicamentos seguin- tes : 1.° Phosph.-ac (uma dose todas as duas ou três horas), so- bretudo quando ha diarrhéa sem dôr, de um branco esverdi- nhado, serosae mucosa, ou dejecções involuntárias, nocturnas, com evacuação de alimentos não digeridos; lingua coberta de uma camada viscosa e de tal fôrma tenaz, que o dedo que a toca como que fica grudado ; cabeça tomada, principalmente na frente, borborygmos, gargarejo no ventre ; secreção ourinaria diminuida. 2.° Phosph. (uma dose todas as 2 ou 3 horas), preferível ao medicamento precedente, se a sede é mui violenta, não se achando o doente muito enfraquecido. 3.° Secale cornut., igualmente todas as 2 ou 3 horas, sobre- tudo quando ha vertigens, angustias, spasmos ou tracções nas barrigas das pernas, borborygmos, náuseas, lingua limpa ou apenas coberta de uma ligeira camada esbranquiçada ; evacua- ções promptas, freqüentes, escuras ou desbotadas c floconosas, com perda súbita das forças e extremidades frias. 4.° Ipecac, uma dose todas as horas, ou de 2 em 2 horas se houver náuseas e diarrhéa, e que phosphoro-ac. não tenha po- dido vencer. 5.° Veratr., todas as 3 ou 6 horas, segundo o caso, quando as náuseas degenerão em vômitos e que a ipecac. se tenha manifes- tado impotente. 6.° Sulphur. (tintura sulphuris), se nenhum dos medica- mentos precitados á terceira dose parecer não produzir melhora sensivel. Depois de duas doses de sulphur., administradas de 2 em 2 horas, poder-se-ha então voltar muitas vezes com van- tagem a um ou outro dos medicamentos precedentes. Na maioria dos casos obter-se-ha a cura pelo só uso do phos.- ac. ou da ipecac.; mas muitas vezes também a moléstia se mos- tra mais rebelde, principalmente quando em seu começo foi 108 - 85» desprezada ou tratada de uma maneira contraria, como, por exemplo, por tônicos, evacuações sangüíneas, ou outros meios semelhantes. É em tal caso que ella degenera facilmente em moléstias mais graves. A mesma cousa acontece quando o doente, mesmo depois de um tratamento homoeopathico, commette imprudência cm seu regimen. Nestes casos haverá necessidade de outros medicamentos, entre os quaes serão de grande soecorro : 1.° China (todas as 6 ou 12 horas uma dose), quando a mo- léstia degenera em lientería, e que phosph.-ac. não tenha sido sufficiente para este estado. 2.° Carbo-veg. (todas as 2 ou 3 horas), e quando a diarrhéa continuar apezar do uso de phosp.-ac. e de china, e que a respi- ração do doente torna-se fria. 3.° Hyoscyam., quando sobrevêm um estado soporoso com estupor, ar desvairado, face rubra e quente 4.° Bellad., se no caso de somno soporoso ha rangido de den- tes, boca retrahida para um lado, espuma, face rubra e quente, e somno tal que difficilmente se desperta o doente. 5.° Ópio, quando nem bellad., nem hyoscyam., são bastantes para combater o estado typhoide, c que ha ao mesmo tempo sonhos delirantes com coma vigilante. 6.° Lachcs., nos casos cm que nem ópio, nem bellad., nem hyoscyam, se tenhão mostrado efficazes para produzir notável melhora. Dr. Duque-Estrada. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE Ao quanto dito fica acerescentarei que, no caso de manifes, tar-se a moléstia, como jatem acontecido, por um resfriamento geral do corpo (algidez), maior ou menor, de^.er-se-ha metter o — 85» — doente debaixo de cobertores de lã, depois de bem friccionados seus braços e pernas com aguardente quente, e por meio de uma escova, o que feito se lhe ministrará duas ou três doses de camphora de 15 em 15 minutos, bastando para cada uma dose uma só gotta (pingo) dessa substancia em um torrão de assucar ou colher de água. Será bom elevar a temperatura do quarto por meio de um brazeiro, tendo-se o cuidado de con- servar a renovação do ar durante sua estada no mesmo quarto e retira-lo logo que a transpiração se manifeste APPLICAÇÀO DAS DOSES Julgamos poder reduzir ás seguintes proposições aquillo que a pratica, escudada na opinião dos mais distinctos homceopa- thas, tem-nos proporcionado de melhores resultados. i.° Nas moléstias agudas convém as dynamisações mais baixas. 2.° Nas moléstias agudas, depois de bem escolhido o medica- mento, póde-se repetir as doses com freqüência até que pareça o doente melhorar, ou que se desenvolva reacção. 3.° Quanto maior fôr a intensidade da moléstia, menor deve ser o espaço de uma a outra dose: alguns mandão applicar mesmo de 5 em 5 minutos; porém geralmente o mais curto espaço deve ser de uma a duas horas. 4.° Se no fim de 48 ou mais horas parecer que o medicamento não aproveita mais, deve-se recorrer a outro que esteja indicado pelos symptomas actuaes, preferindo-se o que fôr mais seme- lhante ao primeiro, e especialmente algum daquelles que na pathogenesia vêm indicados como succedaneos delles. 5.° Emquanto a melhora faz progressos a olhos vistas, toda a applicação de novos medicamentos é prejudicial e perigosa, não serve senão para transtornar o que se tem feito. 6.° Quando no fim de algumas horas de applicação do remédio nem apparece reacção alguma e menos melhora, e a moléstia antes parece aggravar-se, deve-se suppôr que foi mal escolhido o medicamento e então procura r-se-ha outro mais adequado aos symptomas e ás- particularidades delia, e seguir a marcha já indicada. 7.° Quando no meio do tratamento de uma moléstia apparece uma nova ordem de symptomas differehte dos existentes, deve- — 85© - se mudar para o medicamento que seja mais homoeopathico com os phenomenos desenvolvidos. 8.° Nas moléstias chronicas deve-se escolher as dynamisa- ções mais altas. 9.° Não se deve repetir as doses sem que se esteja desen- ganado que a primeira não produzio effeito salutar: em taes casos deve-se repetir o medicamento em uma dynamisação ainda mais alta, se o applicado é bem indicado. 10.° Quando o doente seja pouco irritavel e que por conse- guinte não experimenta reacção alguma, nem melhora, deve- se applicar o medicamento em fracções de hora ou de 2 em 2 horas, vascolejando o vidro todas as vezes que se fôr dar o remédio, e parar com elle logo que appareça reacção, esperando, para dar nova dose, que a melhora não pareça mais progredir. il.° Se, depois de applicado o medicamento em uma moléstia chronica, esta não melhorar e nem apresentar phenomenos de uma peiora considerável, deve-se esperar pelo menos a quarta parte da duração da acção do remédio, e findo este prazo repeti-lo ou escolher outro mais apropriado. 12.° Quando á applicação do remédio seguir-se uma serie de pequenas alterações de melhora e peiora, não se deve mudar ' de remédio, nem repetir o mesmo, porque quasi sempre, no fim de alguns dias, se estabelece uma melhora considerável, e o doente cura-se : consegue-se sempre mais resultado de uma só dose de medicamento bem applicado, do que de repetições imprudentes, e ainda menos cte mudanças continuas. 13.° Nos casos graves cm que o doente se acha muito abatido, quer por causa da moléstia, quer por causa dos tratamentos excessivamente debilitantes da allopathia, deve haver a maior precaução na repetição de uma dose ; e para o individuo suecumbir era poucas horas basta dar-lhe um medicamento em freqüentes doses, o que acontecerá mais depressa se fôr um tísico, ou um individuo affectado de outra moléstia de tanta gravidade. 14.° Em muitos casos póde-se ajudar a acção do medica- mento administrando exteriormente pela applicação do mesmo em fricções: no engorgitamento chronico dos órgãos glandulosos esta pratica é de extraordinária vantagem ; nos rheumatismos — 85a — com inchação das juntas e mormente da do joolho ella produz effeitos miraculosos. 15.° Nas lesões traumáticas a applicação de compressas embebidas em água em que se tenha dissolvido algumas gottas de tintura mãi de arnica é summamente proveitosa, e só poderá contestar esta verdade quem uma só vez não tiver feito semelhante applicação. 16.° Nas moléstias chronicas da pelle, como sejão as sarnas os dartros e outras, póde-se repetir as doses freqüentemente até que appareça ou uma exacerbação da moléstia, ou melhora. O mesmo acontece a respeito das moléstias dependentes de outros virus, como a syphilis, etc, etc. Quando houvéssemos de tratar de cada moléstia em par- ticular, não poderíamos nunca determinar com precisão as doses que se deveria applicar a cada doente, por que a mesma moléstia pôde ter diversos gráos de intensidade, e custar mais ou menos a ceder: o muito estudo e a observação é quem pôde ministrar boas lições áquelles que com boa fé e consciência ilão-se ao mysterio de curar os soffrimentos de seu próximo. Escala proporcional e quantitativa das doses GLÓBULOS.—Se considerarmos a dose de 4 glóbulos como a mais conveniente para o tratamento dos adultos, teremos que: Para um menino, antes da primeira dentição, ella deverá ser geralmente na proporção de 2 glóbulos em certa quantidade d'agua (uma onça dágua) para 3 doses, ou quando muito nas urgentes de 1 glóbulo para cada dose. Para um menino, desde a primeira dentição até ao 2o anno, será na proporção de 1 glóbulo para cada dose, ou quando muito 3 glóbulos para 2 doses. Na idade de 2 a 7 annos, a proporção será de 3 glóbulos para 2 doses, ou quando muito de 2 glóbulos para uma. Para um menino de 7 a 14 annos, a proporção será 3 gló- bulos. TINTURAS. — Se tomarmos por exemplo para o tratamenlo dos adultos a dose de 1 gotta em 6colhérinhasd'agua teremos - 858 - que a gradação das doses em relação ás idades progressivas, como descrevemos, será de 1, 2, 3, 4 ou 5 colhérinhas da mesma solução. TRITURAÇÃO. — Se tomarmos como base nos adultos a dose de 1 grão para G colhérinhas d'agua, ou para dividir em 6 papelinhos com assucar de leite, regularemos a graduação das doses em relação ás idades como fizemos para as tinturas. Estas proporções são sujeitas a modificações : as circumstan- cias e condições, porém, que as podem modificar, são tão excepcionaes que só podem ser distinclas em cada caso pela pessoa que observa o doente. As susceptibilidades peculiares a certos individuos serão cuidadosamente observadas, e estarão constantemente presentes á imaginação, bem como as circum- stancias antecedentes. APPENDICE Á SEXTA EDIÇÃO OA PRATICA ELEMENTAR DA HOMOEOPATHIA 1 lutroduccSo Apresentando este trabalho em seguimento á tão conhecida e ulil obra do nosso finado amigo João Vicente Martins, forçoso nos é explicarmos as razões que nos levarão a emprehendê-lo. Extinctas as três primeiras edições da Pratica Elementar, J. V. Martins elaborou a quarta edição por um methodo novo que elle julgou mais apropriado: em lugar de descrever as enfermidades e seu tratamento por ordem alphabetica, como até então tinha-se seguido, organisou quadros das differentes partes, órgãos e funcções do corpo humano, e nelles abrangeu as enfermidades que lhes são inherentes. Para melhor orientar o leitor, juntou ao seu trabalho, nos lugares competentes, as observações clinicas de notáveis médicos homceopathas, a que ainda fez algumas annotações. Como complemento de toda a obra addicionou-lhe, servindo de introducção, a Doutrina da Escola Homoeopathica, em que o Dr. Mure desenvolveu largamente as theorias homoeopathicas, e principalmente a escolha dos medicamentos, administração e 2 ArPENDICE repetição das doses, a maneira de examinar o enfermo, para organisar a sua historia e formar um perfeito diagnostico, ou, para melhor dizer, um quadro sympthomatologico, que, corres- pondendo ao quadro pathogenesico, dê em resultado a fácil escolha do medicamento apropriado, segundo a lei dos seme- lhantes. Deste modo coordenada, parecia que esta obra deveria satisfazer a todas as exigências, e que ficaria ao alcance de todos; o tempo porém provou que essa idéa não era exacta. A Pratica Elementar foi considerada por uns como um compêndio da doutrina homoeopathica, o mais perfeito que pudesse orga- nisar-se, e por conseqüência reunindo em si todos os conheci- mentos pathologicos e therapeuticos, necessários á pratica da homoeopathia por qualquer pessoa, ainda mesmo sem mais noções médicas; outros julgarão que a Pratica Elementar não estava ao alcance de todas as intelligencias, porque a ordem seguida em sua organisação difficultava o estudo das moléstias ás pessoas de curta comprehensão, porque alguns artigos erão diffusos, porque a superabundancia de explicações confundia as intelligencias pouco desenvolvidas, e emfim porque não determinava para cada caso mórbido a quantidade e divisão do medicamento que se deve administrar. Ora, vê-se claramente que esta segunda opinião não destruía a primeira quanto ao valor da obra em si, nem quanto á utilidade que pôde prestar ao publico; comtudo, para satis- fazer todas as exigências, para estar de accordo com todas as opiniões, para facilitar o alcance de todas as intelligencias, a pedido da Sra. viuva Martins, emprehendemos este trabalho para servir de appendice á Pratica Elementar. Neste appendice nào iremos alterar as doutrinas, nem a ordem seguida na obra ; mas, para satisfazer os melhoramentos exigidos, procuraremos aclarar alguns pontos que são mais obscuros, determinar os que nos parecerem diffusos, augmentar em algumas moléstias as vantagens que a pratica tenha mos- trado, indicando o emprego dos medicamentos indigenas, e finalmente terminando por um indice alphabetico de todas as matérias contidas na Pratica Elementar. Assim organisado este appendice, julgamos preencherá todos os desejos e offerecerá todos os melhoramentos que, segundo algumas opiniões, são precisos á Pratica Elementar. APPENDICK 3 II 9$os Bãfiedicatneiiíos Sobre a escolha do medicamento, administração e repetição das doses, e em que quantidade deve ser applicado, já larga- mente trata a introducção da Pratica, no artigo Theoria das doses. Nós julgamos essa theoria perfeitamente desenvolvida ; porém, como ainda assim está fora do alcance de algumas intelligencias, resumiremos a matéria ao mesmo tempo que a tornaremos mais clara. A escolha da dynamisação em que se deve empregar o me- dicamento deve ser considerada pelo estado agudo ou chronico da enfermidade, e pela idade, sexo e temperamento do enfermo. As moléstias agudas exigem o emprego de baixas dyna- misações, de 3a até 6% e algumas vezes no decurso do trata- mento até 9a, porque estas dynamisações produzindo aggravações violentas, mas passageiras, são próprias ao tratamento dos casos em que a força vital apresenta uma reacção fácil sobre a acção tóxica que se lhe oppõe. As moléstias chronicas exigem o emprego de dynamisações elevadas, de 9a e 12a em diante, ainda que em alguns casos possão ser empregadas as 5as dynamisações, porque estas dyna- misações elevadas é que são próprias ao tratamento dos casos mórbidos em que a força vital succumbio á acção continua e illimitada da moléstia, e que só pôde desenvolver uma aggrava- ção ou reacção salutifera contra a acção latente, mas prolongada e tenaz, com que obrão essas dynamisações. A consideração das idades vem justificar ou corroborar a theoria emittida. A infância exige o emprego de dynamisações baixas, porque nessa idade todas as moléstias são agudas, e se o infante fôr atacado de uma affecção hereditária, convém então elevar uma ou duas dynamisações mais, de modo, porém, que da 3a até 10a sejão as dynamisações empregadas para a infância. Na velhice convém o emprego das altas dynamisações; porque nessa época da vida não só as enfermidades são quasi todas chronicas, como mesmo porque, estando gastas as forças vitaes, não se comportão com as aggravações violentas. A differença dos sexos também offerece considerações não menos importantes; comtudo, só julgamos que essas considera- 4 APPENDICE ções devem ser tomadas em conta na juventude e virilidade : então, attendendo-se ao estado chronico ou agudo da moléstia, deveráõ ser consideradas as forças individuaes de um e outro sexo, o que produz a regra de que o sexo masculino esteja mais em harmonia com o emprego das baixas dynamisações e o sexo feminino se harmonise mais com as altas. As mesmas razões militão quanto aos differentes tempe- ramentos : o temperamento sanguineo é o que exige o emprego de mais baixas attenuações; seguem-se depois os temperamentos bilioso e lymphatico, que já admiltem dynamisações um pouco mais elevadas; porém as dynamisações mais altas convém de preferencia no temperamento nervoso. Os medicamentos homceopathicos podem ser empregados por duas fôrmas differentes, pela olfacção e pela deglutição. A olfacção emprega-se nos casos era que ao enfermo lhe é impossível engulir, e então applica-se ao nariz, para o respirar, o medicamento preparado do mesmo modo como se fosse para tomar pela deglutição. Nos medicamentos empregados pela deglutição figurão os medicamentos em tintura e glóbulos ; sendo tinturas, a quanti- dade do medicamento deve ser de uma até três gottas ; e sendo glóbulos, podem-se empregar de uma até oito. O medicamento junta-se a uma quantidade d'agua que se julgar conveniente; mas esta água, quando não possa ser distillada ou filtrada, será ao menos a mais pura que se puder encontrar, e sempre corrente; as águas estagnadas não convém á preparação das doses homoeopathicas. Os medicamentos são sempre applicados em uma, duas ou mais partes, ou por colhéres, guardando-se sempre um inter- vallo regular de uma a outras fracções da dose Nos casos agudos e repentinos deve-se esperar a acção do medicamento querenta e oito horas, vinte e quatro, e mesmo doze se a violência do mal assim o exigir, e só depois deste tempo se repetirá o mesmo medicamento, ou se administrará outro, como melhor convier. Repetindo-se o mesmo medicamento, deve a dynamisação ser mais elevada; empregando um novo medicamento, deve ser administrado em duas vezes pelo menos, guardando-se um intervallo de hora, se puder ser, de uma porção á outra. APPENDICE 5 Esta regra pôde ser alterada pelas circumstancias da en- fermidade e do enfermo. Ha casos tão violentos que é preciso não hesitar na applicação dos medicamentos, sendo necessário, de duas em duas horas, e mesmo de hora a hora, convindo em alguns destes casos graves guardar menor intervallo, porque a intensidade do mal assim o exige, e mesmo administrar em seguida duas ou três doses do mesmo medicamento, principal- mente havendo melhoras de curta duração, porém sensiveis ; tome-se porém todo o cuidado e resolva-se com todo o sangue- frio, porque muitas vezes pela anxiedade de querer salvar o enfermo podem perdê-lo mais facilmente, produzindo inúteis e prejudiciaes reacções. Todo o medicamento applicado ás enfermidades chronicas deve esperar-se o seu effeito, ao menos a quarta parte do tempo que dura a sua acção ; por exemplo, se a duração de acção fôr de 40 dias, espere-se 8 dias, e só então se applicará outro medicamento, vendo que aquelle não apresentou nenhum resultado favorável. No caso porém que o resultado seja favorável, deve-se esperar todo o tempo da acção do medicamento, e só então se repetirá o medicamento ou administrará outro se fôr necessário. Nas repetições de medicamentos deve seguir-se o mesmo que nos casos agudos, elevando sempre a dynamisação á medida que se fôr repetindo. Nas febres intermittentes podem ser as doses administradas com pequenos intervallos, immediatas a cada accesso ; quando porém os accessos diminuirem de intensidade, deve espaçar-se mais o medicamento, e esperar mesmo um, dous e mais dias, se convier assim, para se repetir a dose. Se os accessos forem mais violentos a despeito do medicamento empregado, então escolha-se outro mais apropriado. Em todos os casos de cirurgia em que tiver de se applicar um medicamento externo (por exemplo, Arnica, Erithroxilon, Helianthus, Lepidium, etc.) não obsta a que internamente se administrem os medicamentos convenientes, comtanto que não se compliquem uns com os outros. Quando se manifesta uma aggravação produzida pelo medica- mento, e que o doente não tem forças para a supportar, deve- se dar o antidoto do medicamento administrado, e na falta deste, ou ignorando-se qual seja, faça-se o doente tomar alguns 6 APPENDICE goles de café ou aspirar qualquer essência aromatíca ; note-se porém que a reacção proveitosa não seja tomada por aggrava- ção nociva. III Generalidades Arthrites. — No tratamento desta moléstia, seja ella aguda ou chronica, temos empregado com successo, além dos medi- camentos já descriptos, os seguintes indígenas: armor. gyn.-jae jae-br. janiph. lep.-bon. pen.-quin. pet.-tet. plum.-lit. sol.- tub. sassaf. schin.-ant. De qualquer destes medicamentos em 5a, 9a, 15a, 18a e 30a dynamisações, uma gotta em 4 colhéres de água, uma colher de 8 em 8 horas. Hemorrhagias. — Além dos medicamentos indicados temos empregado vantajosamente : armor. crotal. elaps. erithr.-sat. mil-fol. tapy-tan. em 5», 6a, 9a e 15a dynamisações, uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Hydropisia.—Temos empregado com successo, além dos me- dicamentos já conhecidos, os indigenas : cal.-pend. e conv.- arv. em 5% 9a, 15a e 30a dynamisações uma até três gottas em 3 colhéres de água, uma colher de 12 em 12 horas. <- Indurações.—São também de grande utilidade, asclep.-acur. derm.-pend. elap. frag. guan. e schi.-ant. em 5a, 9a e 15a dyna- misações, uma gotta em 4 colhéres de água, uma colher de 8 em 8 horas. Marasmo.—Temos empregado com vantagem os medicamen- tos indigenas : abs. al-sat. amph. archan. art. ar-mae bil.- cor.-blatt. bry.-cord. cact.-op. cann.-ind. chioe-ang. convol.- duart. crot.-eleu. drup.-rae elaps. guan. hur.-br. jae-br. jae- pet. janiph. laur-cin. mir-jal. monoc. raor.-nort. paul. pen.- quin. pet.-tet. rhys. rosma-off. e tapy.-tan. em 5a, 12a, ioa e 30a dynamisações, uma gotta em 3 colhéres de agua| uma colher de 12 em 12 horas. Músculos. — Nas caimbras musculares são também empre- gados com utilidade : amph. archan. armor. blatt. citr.-acid chenop.-ambr. chioe-rae crotal. elaps. itu.-r. lep.-bon. pen - appendice quin., pet.-tet., e poson. Em 3a, 9a e 15a dynamisação, em 4 colhéres de água, uma colher de 6 em 6 horas. Nervosas.—Nos casos de fraqueza, sobre-excitação ou grande sensibilidade, também temos tirado vantagem de archan. arist.-cy. art. bil.-cor. bomb.-an. calen.-off. e-ang. citr.-acid. chioe-rac. crotal., crot.-eleu. drup.-rac. ele. geof. goss. gril. hur.-br. jae-br. jatroph. laur.-cin. monoc. nee-puch. onis.- as. ped. pen.-quin. perianth. plum.-cel. rhys. rosma.-off. e sol.- tub., em 5a, 9a e 15a dynamisações, uma gotta em 4 colhéres de água, uma colher de 12 em 12 horas. Nevralgias. —Muitos casos desta affecção têm cedido de prom. pto ao emprego de uma ou duas doses de chioc.-ang. crot.- carap. crot.-eleu. crot.-ful. derm.-pend. gyn.-jac. jae-br. jae. pet. nicot.-spur. pen.-quin. sassaf. schi.-ant. sol.-tub. stem.- camph. em 5a e 15a até 30a dynamisação, de uma até duas gottas em 3 colhéres de água, para uma colher de 12 em 12 horas. Paralysias. — Para os differentes casos de paralysia temos applicado com successo os seguintes indigenas : bomb.-an. crotal. elap. ped., e strech. de 5a a 30a dynamisação. Temos applicado uma gotta em 4 colhéres de água, uma colher de hora em hora. Rheumatismo. — Além dos medicamentos já descriptos, são ainda applicaveis com grande vantagem os seguintes indigenas: armor. arist.-cy. bry.-cord. calen.-off. chioe-ang. crot.-camp. crot.-eleu. crot.-ful. derm.-pend. guan. gyn.-jac. hur.-br. jae-br. jae-pet. jal. janiph. lep.-bon. mir.-jal. nicot.-spur. pen.-quin. pct.-ter. plum.-lit. sassaf. schi.-ant. sol.-tub stem.- ar. c stem.-campb. em 5a. 12a, K? e 30a dynamisação, ap- plicando-se uma gotta em 4 colhéres de água, para tomar uma colher da 12 em 12 horas. Scorbuto.—Dos medicamentos indigenas, o mais importante é armor. uma gotta em 3 colhéres de água, uma colher de 8 em 8 horas. Spasmos.—Para as differentes affecções spasmodicas que são todas comprehendidas sob este nome, como se vô no texto, os medicamentos indigenas mais efficazes, são: abs. amph. archan. arist.-cy. cal.-off. chioe-rac. greof. goss. helian.-an. laur.- cin. monoc. nee-puch. onis.-as. e rosma.-off. que têm sido applicados, uma até duas gottas em 3 colhéres de água, para 8 appendice dar uma colher de chá de meia em meia hora, durante o ac- cesso, e cessando a applicação ao momento que este vai ap- placando-se ; e nos casos de tratamento tem-se dado o medi- camento preparado do mesmo modo, para tomar uma colher de 12 em 12 horas. IV Das affecções de pelle e orgâos exteriores Acnéa.— Os medicamentos indigenas de que se têm obtido melhores resultados são: buf.-sahy. em 5a, 12* e 15a dyna- misação; chioe-ang. em 3a, 9a, e 13a; sang.-cor. em 5a, 9a, e 12a; sassaf. em 5a, 12a e 30a dynamisação; schin.-ant. em 5a, 9a, e 15a; stem.-ar. e stem.-camph. em 5a, 12a, 18a e 30a. De qualquer destes medicamentos temos empregado convenien- temente uma até duas gottas em 3 colhéres de água, para tomar uma colher de 12 em 12 horas. Callosidades.— As applicações de medicamentos indigenas que temos achado de maior vantagem são : e-ang. 5a, dynam.- contray. 3a e9a dynam.; ele. 5a e6a dinam.; hipp. 5a e 12a dy- nam.; hur.-br. 5a e 15a dynam.; e sol.-ar. 5a e 9a dynam,. dos quaes temos applicado uma gotta em duas colhéres de água, para tomarem duas vezes de 24 em 24 horas. Carbúnculo.— No tratamento desta enfermidade temos empregado exlernamente pranchetas embebidas em solução aquosa eum pouco concentrada de erithr.-sat. ou mesmo ceroto do mesmo erithr, o que nos tem sido muito vantajoso, facili- tando o tratamento cirúrgico. Carcinoma.— Nos medicamentos indigenas, os que se achão mais importantes para o tratamento desta enfermidade em geral são: derm.-pend. 5a, 12a e 15a dynam;. jae-br. 5a, 9a e 12;i dynam;. pen -quin. 3a, 9a e 15a dynam;. pedil.-tithy. 5a, 9a e 15a; e stem.-camp. 5a, 12a e 18a, dos quaes temos applicado de uma até três gottas em 4 colhéres de água, para tomar uma colher de 12 em 12 horas. Ecchymosis.- Além dos medicamentos indicados, temos em primeiro lugar entre os indigenas a arnica brasileira, que é appendice ü difficil de obter grande quantidade; mas para a supprir igual- mente e com tão bons resultados como a arnica européa possue a pathogenesia brasileira o helian.-an. eolep.-bon., queabundão muito em todo o paiz, e que se applicão igualmente interna e externamente. Elephantiasis.— Depois do que se acha dito no texto, só temos a recommendar que ainda nos medicamentos indigenas se empregue o pedil.-titby., o sang.-cor., o schi.-ant. ea stem.- camph. Da derm.-pend. já alguma cousa se tem colhido no primeiro gráo da moléstia. Erysipela.— Nos medicamentos indigenas encontrão-se, e têm sido empregados com vantagens, os seguintes: amph. em 5a, 9a e 12a dynam. ; buf.-sahy. em 5a e 15.a dynam.; jatroph. em 5a e 9a dynam.; dos quaes se tem administrado uma até duas gottas em 3 colhéres de água, para tomar uma colher de 8 em 8 horas. Escarlatina.— Os medicamentos indigenas ainda estão pouco em uso para o tratamento desta moléstia, e por conse- qüência deixamos de aponta-los, mesmo porque necessitão de serem mais estudados, para uma applicação segura; comtudo, estudando-se a pathogenesia brasileira, achar-se-ha mais de um medicamento perfeitamente homoeopathico para o tratamento desta enfermidade. Gangrena.— De todos os medicamentos apontados o que preferimos como mais útil e mais seguro, e de que temos tirado muitas vantagens, é o ars., e por isso o recommen- damos. Na gangrena dos hospitaes, em lugar da applicação externa de camphora, empregue-se o erithr.-sat. administrando ao mesmo tempo o ars. internamente. Herpes.— Nos Herpes circinatus, os medicamentos indigenas que mais convém são: derm.-pend. pedil.-tithy, e stem.- camph.; nos Herpes perfuraceos, convém aindabry.-cord. e-ang. e derm.-pend.; nos Herpes phlyctenoides convém principal- mente buf.-sahy. chioe-ang. e guan. Além destes póde-se ainda consultar cerv.-b. conv.-duart. jae-br., jae-pet. mur.- lei. lae-ag. ped. sang.-cor. sed. schi.-ant. sisyr. stem.- ar. e outros. De qualquer destes medicamentos temos sempre applicado uma até duas gottas |da 5a, 9a, :5a e 30a dynam. em 3 colhéres de água, para dar uma colher de 12 em 12 horas. 10 APPENDICE Ichthyosis.— Têm-se empregado com successo os seguintes medicamentos": al.-sat. archan. arist.-cy. bry.-cor. Buf.-sahy. chyoe-an. contray. conv.-arv. crotal. crot.-elen. drup.-rae- Elaps. erithr.-sat. helian.-an. jae-pet. lep.-bon. e perianth. em 3a, 12a, 15a c 30a dynam. De qualquer destes medicamentos, uma gotta em 3 colhéres de água, para uma colher de 12 em 12 horas. Impetigo.— Para esta affecção consultem-se os mesmos medicamentos que temos apontado para os Herpes; delles é empregado de preferencia a derm.-pend. Além desses ainda se podem consultar: amph. cal.-pend. hipp. hur.-br. jal. jatroph. lae-ag. e sassaf. A administração é a mesma dos Herpes. Intertrigo.— Em alguns casos em que temos empregado o medicamento indígena sol.-ar. 5a até 12a dynam. temos colhido o resultado desejado; temos administrado uma gotta em 3 colhéres de água, uma colher de 12 em 12 horas. Lesões mecânicas.— Além dos medicamentos indicados no texto, temos empregado interna o externamente o helian.-an. 3a, 5a e 9a e o lep.-bon. 3a, 5a e 15a. A arnica brasileira por nós colhida nas montanhas do interior do Brasil é um, senão o mais poderoso agente therapeutico, em qualquer lesão mecâ- nica. Fazemos empregar qualquer destes medicamentos ou externamente do mesmo modo que a arnica vulgar ou inter- namente uma até 3 gottas em 4 colhéres de água, para tomar uma colher de 4 em 4 horas, ou em menor espaço se o incom- modo o exige. Lichen, lúpus, manchas, miliar.— Em qualquer destes casos, além dos medicamentos indicados, temos empregado com feliz successo amph. hipp. mim. ped. sol.-ar. e sol.-oi em 5a, 9a 12a 15a dynam., uma gotta em três colhéres de água, 1 colher de 12 em 12 horas. Panaricio.— Dos medicamentos indigenas temos empregado com bom resultado : ind.-tinct. pen.-quin. sassaf. e stem.- camph. 5a, 9a e 13a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Phthyriasis.— O ped. é o medicamento mais homoeopathico para este incommodo, e depois delle são também apropriados o chenop.-amb. o colub.-jar. o jeof. e a jatroph. Destes^medi- carnentosem5a, 9a, 15a e30% uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colhei de 12 em 12 horas. APPENDICt 11 Picadas de insectos.—A chioe-rac. a mik.-olf. a petiv.-mir. e o perianth. são os medicamentos apropriados para as picadas de insectos ; porém o medicamento mais efficaz para qualquer picada de insecto réptil ou outro qualquer animal venenoso, é a plum. cel.; com este medicamento maravilhoso temos tratado in- dividuos mordidos pelas cobras mais venenosas, quando já não havia esperança alguma de salvação, e que as carnes no lugar da picada começavão a esphacelar-se, e ainda assim todos os enfermos forão curados. A maneira de empregar estes medica- mentos é em 3a até 5a dynam., 3 até 5 gottas em 6 colhéres de água, uma colher de hora em hora, ese ao fim de 12 horas não estiver feita a cura, repete-se de novo o medicamento. Coma plum.-cel. costumamos também applicar sobre o lugar da picada uma prancheta de fios, ou um pouco de algodão embe- bido na tintura. Nos animaes cavallares, muares e bovinos em que temos feito a applicação da plum .-cel. nos mesmos casos, temos sempre obtido igual resultado; a dose, porém é maior, empregão-se de 5 até 7 gottas de tintura. Psoriasis.—9s medicamentos que se têm mostrado mais effi- cazes são : a chioe-ang. a dern.-pend. a hipp., a mim. o schi.- ant. o Sisyr. gala, e o Stem. camph., em 5a, 9a e 15a dynam. uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Purpura.— O mil.-fol. erhys. têm dado excellentes resulta- dos no tratamento desta moléstia. A applicação faz-se em 5a, 12a e 15a dynam., uma gotta em 3 colhéres d'água, uma colher de 12 em 12 horas. Pústulas.— A erupção pustulosa é combatida com muito re- sultado pela amph. buf.-sahy. cal.-pend. derm.-pend. elaps. hipp. hur.-br. jae-pet. ped. pedil.-tithy. e stem.-camph. em 5a, 12a e 15a dyn., uma gotta em 4 colhéres d'agua, para tomar uma colher de 8 em 8 horas. Rupia.—Os mesmos medicamentos das Pústulas são lhe tam- bém applicaveis. Sarna. — Para esta enfermidade temos applicado com bom resultado o jae-br. o pedil.-tithy. o pen.-quin. e o sassaf., em 5a, 12a e 30a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua para uma colher de 8 em 8 horas. Syphilis.—Na gonorrhéa os medicamentos mais importantes são : chioe-ang. hedy. petrosel. pip.-odor. : no geral dos ca- B 12 appendice sos temos empregado a pip.-odor. logo em começo quando ha dôr e ardor,erecções dolorosas,difficuldade em ourinar, e corrimento abundante de pús ; ao desapparecerem estes symptomas inten- sos, e quando resta somente o corrimento, sem dôr, temos applicado a chioe-ang. ; este tratamento rarissimas vezes tem dado lugar a que sejão precisos mais medicamentos. Estes me- dicamentos empregão-se em 3a ou 5a dynam., uma gotta até 3, em 4 colhéres d'agua, para tomar uma colher de 8 em 8 horas. Nos cancros venereos (cavallos) são importantes a chioe-ang. o jae-br. o pen.-quin. e a stem.-camph. em 3a até 5adyn., com a mesma administração dagonorrhéa. Nos bubões syphiliticos são empregados com vantagem a chioe-ang. o jae-pet. o pen.-quin. stem.-ar. e stem.-camp. nas mesmas dynams., e pela administração acima expendida. Para os differentes casos syphiliticos, póde-se ainda mais con- sultar : bry.-cord. e-ang. jal. mir.-jal. pedil.-tithy. e sassaf. em 3a, 5o e9a dynam. Tumores.—Para os tumores inílammatorios ou Flegmões, os medicamentos que temos encontrado mais efficazes, d'entre os indigenas, são o pedil.-tithy. e o schi.-ant. em 3,a 5,a 9a e 13a dynam. Nos abcessos abertos, os mesmos medicamentos, e jae- br. jae-pet. mir.-jal. pen.-quin. stem.-ar. e stem.-camph. igualmente em 5a, 9a e 15a dynam. de uma a 3 gottas em 4 co- lhéres de água, uma colher de 8 em 8 horas. Ulceras.—Além das judiciosas indicações que vêm no texto, já têm sido applicados e aconselhamos que sejão consultados os os medicamentos indigenas, amph. bry.-cord. derm.-pend. erithr.-sat. jae-br. jae-pet. pen.-quin. tithy. stem.-ar. e stem.- camph. em 5a, 9a, 15a e 30a dynam., uma gotta em 4 colhéres de água para uma colher de 6 em 6 horas. O erithr.-sat. empre- ga-se também externamente, em solução aquosa, como a ar- nica, e applica-se pondo-se sobre a ulcera uma prancheta de fios embebida em uma solução bem saturada; esta applicação faz-se quando a ulcera fica estacionaria, quando se temer gangrena, e quando estiver esponjosa, porque o erithr. produz o effeito do nitrato de prata (pedra infernal), mas sem dôr. Urticaria. — Os medicamentos indigenas que são mais im- portantes nesta moléstia, são : al.-sat. buf.-sahy. chioe-rac. derm.-pend. e sol.-ar. em 5a, 9a e 15a dynam., uma até duas got- tas,em 3 colhéres de agua,para tomar em 4 doses de 6 em 6 horas. APPEiNDJCE 13 V Dos sofTrimeifctos do soiuuo A este artigo apenas accrescentaremos ao texto os sympto- mas principaes que sobre o somno offerecem os medicamentos indigenas, cuja pathogenesia publicámos. Como J. V. Martins, também entendemos que os differentes soffrimentos do somno são effeitos de uma causa a que se devem dirigir os esforços do medico ; comtudo ha casos em que o symptoma predomi- nante é o somno em qualquer de suas phases, e outras vezes mesmo é elle o único incommodo; porém estes casos são muito raros, e por conseqüência deve-se ter toda a cautela na administração dos medicamentos que têm de ser empregados, e sobretudo na formação do diagnostico. Insomnia de algumas horas, a que segue somno agitado por contínuos sonhos dos objectos em que se trabalhou de dia: abs. 5,% 9a el5a dynam.—Insomnia com dôres atrozes que descem do alto da cabeça até os ouvidos, ou com dôr no parietal esquerdo que se manifesta ao menor contacto : archan. 5a e9a dynam. — Insomnia com vertigens, dôr aguda no alto da cabeça, olhos vermelhos e lacrimosos, calor secco, e ardor na pelle do rosto : art. 5a elõa dinam.—Insomnia e agitação continua com peso na cabeça, olhos injectados, rosto angustiado, lingua secca e pulso febril: asclep.-acur. 5a, 9a e 15a dynam.—Insomnia prolongada, com pressão sobre afronte e nuca, pulso lento e frouxo : buf.- sahy 5a e 12a dyn.—Insomnia completa com vertigens, peso na cabeça, idéas incertas e penosas recordações do passado, cala- frios : chioe-rac. 5a, 9a e 15a dynam.—Insomnia com dôr forte sobre a testa, náuseas, dôres vagas nos intestino., anxiedade : coloe-paul. 5a, 12a e 13a dynam.— Insomnia com inquietação, humor irritavel e richoso, irritando-se á menor contrariedade, peso na cabeça com rijeza dos músculos do pescoço, zunido nos ouvidos como por uma mosca, ardor nos olhos como por arêa, pulso agitado ou febril : elaps. 5a, 15a e 30a dynam.—Insomnia com vontade de ralhar, dôr em toda a cabeça como por um mar- tellamento continuo, náuseas, má digestão, respiração op- pressa: ele. 5a 12a e 15a dynam.—Insomnia com dôr nos olhos, dores vagas pelo ventre, prurido e inchação do penis, movi- mento por todo o corpo: hedy. 5a, 12a e 30a dynam.—ínsomnias 14 APPENDICE com tonturas, melancolia profunda com idéas religiosas, peso no alto da cabeça com pulsação nas fontes : hur.-br. 5a, 12a e 15a dynam.—Insomnia com dôr pressiva sobre a testa, ruido nos ouvidos, seccura dos lábios, gosto amargo, pulso cheio e lento: jae-br. 5a, 9a e 15a dynam.—Insomnia com alquebramento do corpo, calor geral, tristeza e descontentamento, vertigens, sen- sibilidade do couro cabelludo: lep.-bon. 5a, 9a e 12a dynam.—In- somnia com visões extravagantes, vertigens, cabeça congestiva, estremecimentos convulsivos, anxiedade : monoc. 5a, 12a el5* dynam. — Insomnia com vertigens, dôr de cabeça como se um instrumento perfurasse de dentro para fora, idéa fixa sobre um objecto que desgosta, sede, peso no ventre : myr. 5a, 9a e 12a dynam.—Insomnia com dôr profunda e surda na parte superior do cérebro, peso nas palpebras, vista turva, suor frio: pet-tet. 5a 12a el8a dynam.—Insomnia com vermelhidão no rosto, dôr nos olhos, calafrios, pulso febril : sol.-oi. 5a, 9a e 30a dynam. —In- somnia com affluencia de idéas que se baralhão, disposição para ralhar, dôr latejante nas fontes, suor com cheiro de terra ou de batatas: sol.-tub. 5a, 12a, 15a e 30a dyn.—As dynamisações que apontamos são as que já forão empregadas nos casos indicados ; a administração de qualquer destes medicamentos tem sido uma até 3 gottas de tintura em 4 colhéres d'agua, para tomar uma colher de 8 em 8 horas. Pesadelos com anxiedade, gemidos, gritos e difficuldade de acordar : cann.-ind. 5a, 15a e 18a dynam.— Pesadelo com gemi- dos em uma senhora que soffre do utero, regras tardias e leucor- rhéa virulenta : rosma.-off. 5a 12a el5a dynam.— Pesadelo com agitação, suppressão de transpiração,faces arroxadas com azu- lamento em roda dos lábios : sassaf. 5a, 9a e 12a dynam. Somnambulismo com passeios nocturnos, em uma criança affe- tada de vermes :chenop.-amb. 5\9a e 15a dynam. —Somnam- bulismo fallando alto, e repetindo tudo o que se fez de dia : chioe-rac. 5a, 12a e 18a dynam. Somno de dia e insonmia de noite, somno sobresaltado por sonhos extravagantes: al.-sat. 5a e 15a dynam.--Somno interrom- pido por sobresaltos nervosos, com ligeira intermittencia febril: amph. 5a e 12a dynam.—Somno perturbado por contínuos sonhos de objectos ou pessoas desconhecidas : anis. 5a e 9a dynam. — Somno sobresaltado por tremores e estremecimentos de nervos: archan. 5" e 15a dynam. —Somno agitado por sonhos extravagan- APPENDICE 15 tos: arist.-cy. 5a e 9a dynam.—Sonhos de curta duração que se esquecem ao acordar : armor. 5a e 12a dynam.—Somno de dia com peso nas palpebras : art. 5a e 18a dynam. —Somno curto interrompido por sobresaltos e sonhos diversos: bry.-cord. 5a e 12a dynam.—Somno agitado e que só pôde ser conciliado sen- tado em uma cadeira ou deitado em uma taboa ou cama muito dura : cal.-pend. 5a e 15a dynam. — Somno irresistível mesmo de dia : cann. ind. 5a e 18a dynam. — Somno agitado, somno comatoso depois de comer: cerv. 5a e 12a dynam. — Somno agitado com rangido de dentes : chenop.-ambr. 5a e 12a dynam. —Somno curto e agitado por contínuos sonhos : chioe-rac. 5a e 9a dynam. — Somno com gemidos, sobresaltos, contorsões e gritos : crotal. 5a, 15a e 18a dynam. —Somno comatoso com difficuldade de acordar, agitando sempre os braços :crot.-elen. 5a e 12a dynam. — Somno curto e agitado despertando com muita fadiga : crot.-ful. 5a e 9a dynam.—somno agitado, inter- rompido por continuo acordar sobresaltado: delph. 5a e 12a dynam. — Somno inquieto, ancioso, despertando assustado e suando : derm.-pend. 5a e 15a dynam. — somno de dia com continuo bocejar, sendo á noite difficil de conciliar, acordando freqüentemente : drup.-rae 5a e 12a dynam. — Somno sobre- saltado, com rangimento de dentes e olhos semi-abertos : geof. 5a e 9a dynam.—Somno profundo, com gemidos, de difficil despertar : guan. 5a e 15a dynam.—Somno curto interrompido por sonhos assustadores, ou pela violência dos soffrimentos : gyn.-jac. 5a e 9a dynam. — Somno pesado e longo, principal- mente depois de comer: hipp. 5a e 15a dynam. —Somno ligeiro e sobresaltado, com estremecimentos dos membros : itu.-r. 3a e 9a dynam. — Somno pesado, mas interrompido por sonhos e sobresaltos : jae-pet. 5a, 15a e 30a dynam. — Somno penoso com máo humor ao despertar, difficuldade de conciliar o somno, apezar da grande vontade de dormir: janiph. 5a, 12a e 18a dynam.— Somno profundo, mas agitado por contínuos movimentos nervosos: mor.-alb. 5a e 15a dynam.—Somno curto o sobresaltado ou longo, mas igualmente agitado : mor.- nort. 5a e 9a dynam.—Somno agitado e com sobresaltos, diffi- cultando-se concilia-lo ainda mesmo que queira dormir : rayr. 5a, 9a e 12a dynam.—Somno curto e agitado por sobresaltos e sonhos : ped. 5a e 9a dynam.—Somno excessivo de dia, e difficil de conciliar á noite : plum.-lit. 5a e 15 dynam.— Somno inter- 16 APPENDICE rompido por sobresaltos, produzidos por sonhos agitados: rosma.-off. 5a e 12a dynam.— Somno agitado com roncos, gritos e sobresaltos: stem.-camph. 5a, 12a e 18a dynam. Sonhos desagradáveis e fantásticos com cousas sobrenaturaes ou não existentes: archan. 5a dyn. — Sonhos extravagantes com animaes e insectos: buf.-sahy. 5a e 12a dynam.—Sonhos pavorosos, com cavernas, perigos, etc. : calen.-of. 5a e 9a dyn. Sonhos de combates, lutas e perigos : cerv. 5a dynam.—Sonhos aterradores com sobresaltos nervosos: conv.-ar. 5a, 9a e 15a dynam. — Sonhos de brigas quando se dorme de dia : conv.- duart. 5a e Io* dynam.—Sonhos de perigos, precipícios, defun- tos, com gemidos durante o somno. principalmente quando se dorme de dia : crotal. 5a e 12a dynam. —Sonhos anciosos com objectos de que se não gosta: elaps. 5a e 15a dynam.—Sonhos tristes e afflictivos, principalmente quando, se dorme depois de comer : hipp. 5a e 9a dynam.—Sonhos com rios e plantações onde ha combates e lutas : hur.-br. 5a e 12a dynam.—Sonhos anciosos e afflictivos que esquecem ao despertar: ind.-tint. 5a e 9a dynam.—Sonhos extravagantes de grandes perigos, mortes e lutas: jae-br. 5a e 15a dynam. — Sonhos com pessoas já conhecidas, produzindo grande tristeza e medo mesmo depois de despertar : lep.-bon. 5a e 9a dynam.—Sonhos com cousas já passadas e com pessoas já fallecidas: mir.-jal. 3a e 12a dynam. — Sonhos com perigos e muitas vezes com envenenamentos: ocim. 5a e 9a dynam.—Sonhos com fomes, prisões e perigos : ped. 5a e 12a dynam.—Sonhos desagradáveis, com enfermos e lutas: pet.-tet. 5a e 9a dynam. — Sonhos de assassinatos e perigos : sed. 5a e 15a dynam. —Sonhos tristes, indefiniveis, mas que deixão grande impressãode terror: sol.-ar. 5a e 9a dynam.—Sonhos religiosos, eróticos, voluptuosos, sonhos que deixão impresso o terror : sol.-tub. 5a, 9a e 15a dynam. Somnolemcia comatosa, com entorpecimento de espirito e alguns accessos de febre: al-sat. 3a e 13a dynam.; ar-mae 5a e 12a dynam.—Somnolencia dediacom atordoamènto e peso de ca- beça : blatt. 5a e 9a dynam.—Somnolencia com peso e dôr sobre a fronte, despertando com oppressão de peito : bomb.-an. 5a e 12a dynam.—Somnolencia de tarde com impossibilidade de dor- mir á noite, com abatimento de espirito era que se manifestão sustos e receios de morte : bry-cord. o1 e 15a dynam. — Som- nolencia com impossibilidade de dormir na cama, assustando- appendice 17 se á menor bulha, dominando pensamentos religiosos, e medoda morte: cal.-pen. 5a e 30a dynam. ; contray. 5ae 15a dynam.— Somnolencia com sobresaltos, dôr e atordoamento : convol.- duart. 5a e 15a dynam.—Somnolencia de dia, comdelirios e dôr de cabeça : crotal. 5a e 15a dynam. — Somnolencia e vontade de dormir sem poder conciliar o somno, a que se succedem convulsões violentas': crot.-camp. 5a a 9a dynam.—Somnolen- cia com humor irritavel, agitação de espirito, idéas tristes, dôr sobre a fronte e vertigens : elaps. 5a, 9a e 15a dynam.; ele. 5a e 12a dynam. para os mesmos casos. — Somnolencia continua com languidez em todos os movimentos, em uma criança verminosa : geof. 5a e 12a dynam. — Somnolencia de dia, em uma pessoa nervosa, e que tem soffrimentos do cora- ção: mel.-ak. 5a, 9a e 15a dynam. — Somnolencia continua, com febre, em um individuo atacado de ictericia: onis.-as. 5a e 15a dynam. -Somnolencia ao mesmo tempo que se mani- festão soffrimentos do figado :paul. 5a e 9a dynam. — Somno- lencia de tarde, com dôr profunda sobre a cabeça, e falta de memória: pet.-tet. 5a, 9a 9 15a dynam. — Somnolencia exces- siva com alquebramento de forças : sassaf. 5a e 15a dynam. — Somnolencia, com dôr latejante nas fontes, sobresaltos, hypo- condria e accessos febris : sol.-tub. 5a, 15a e 30a dynam. — Somnolencia com peso e picadas no alto da cabeça : spig.-mart. 5a, 9a e 12a dynam. Em qualquer destes casos de Pesadelos, Somnambulismo, Somno, Sonhos e Somnolencia, a applicação é igual á que indi- cámos para a Insomnia . VI Das affecções febris Kebre amarella.—No tratamento desta enfermidade, não só na cidade de Santos, onde tratámos mais de 300 enfermos du- rante a epidemia em 1851, com perda de um só, como mesmo nesta corte, onde em 1852 tratámos mais de 200 enfermos do mesmo mal, perdendo apenas dous, applicámos sempre com 18 APPENDICE excellente resultado os seguintes medicamentos : acon. ars. bell. bry.-alb. carb.-veg. mere-viv. n.-voin. puls. e veratr. em 3a, 5a e 9a dynam. segundo convinha, e como melhor indicá- mos na nossa obra já publicada—Tratado de Medicina. Nas hemorrhagias, tanto de vomito de sangue, como de epis- taxis, além de outros medicamentos, aquelle de que tirámos mais vantagens foi o tapy.-tan., em 3a, 5a c 9a dyn., conforme as circumstancias, e administrando uma até duas gottas cm G colhéres d'agua, para tomar uma colher de hora em hora, ou de meia em meia hora, segundo a necessidade urgia. No vomito preto, ou mesmo somente muito escuro, além do ars., e do veratr., e mesmo do arg.-nitr., empregámos tam- bém com feliz successo o crotal., em 3a e 3a dynam. uma até duas gottas, em 0 colhéres d'agua, para dar uma colher de hora em hora, ou de meia em meia hora; e mesmo em alguns casos para uma colher de chá de 5 em 5 minutos. Ainda nos vômitos pretos obtivemos prompta melhora e sus- pensão dos vômitos em alguns casos, com o chlor. de cal., o deuto-chlor. de soda, o hydroc.-acid. e a strich.; mas forão casos isolados que não entrarão na ordem do tratamento geral. Febres catharrhaes e rheumaticas. — Além do que já se acha apontado no texto, indicamos mais o seguinte : Havendo dôres vagas em todo o corpo, prisão dos movi- mentos, ardor na pelle, difficuldade em deitar-se por muito tempo de costas, horripilações de frio; pulso cheio, ligeiro e um tanto tremulo ; dôr e peso no alto da cabeça, peso das pal- pebras : armor. 5a e 15a dynam. duas gottas em 4 colhéres d'agua, para tomar uma colher de 3 em 3 horas. Quando a menor bulha incommoda, havendo pelle secca e ardente, com impressão de ardor ao menor golpe de ar; dôr de cabeça violenta, olhar fixo ou agitado; lingua saburrosa, áspera e ponfaguda : sede, tosse curta e como passando atra- vés de um liquido, voz alterada, respiração sibilante, calafrios com suores, pulso elevado até 118 pulsações : chioc. rac. 5a, 9a e 12a dynam. uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 4 em 4 horas. Indisposição geral indefinivel, alquebramento de forças, pelle ardente e muito sensivel, dôr de cabeça sobre a fronte, olhos pesados e movendo-se com difficuldade, lingua coberta de uma camada branquicenta, náuseas, sede, respiração anciosa e dif- appendice 19 ficuldade, lingua coberta de uma camada branquicenta, náuseas, sede, respiração anciosa e difficil como em uma pessoa muito fatigada, frios, horripilações e febre: eleph.-mart. 5a e 9a dynam.; administra-se do mesmo modo que a armor. Falta de forças, mal estar indeíinivel, somno curto e in- terrompido por sobresaltos, dôr violenta gravativa do lado direito, olhos ardentes como tendo arêa, lingua saburrosa coberta de amarello, dôres por todo o tronco com rijeza dos músculos do pescoço, febre com exacerbação para a tarde, e durante os accessos, maior violência nas dôres : gyn.-jac. 5a e 9a dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 4 em 4 horas. Tremores nervosos, dôres mortificantes que percorrem todo o corpo, pelle secca e árida, insomnia ; dôr pressiva na cabeça, que se estende até aos olhos ; zunido nos ouvidos, tosse secca, dôr lancinante sobre o coração, fadiga fallando, frio interno, pulso febril e intermittente; jae-br. 5a e 9a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Indisposição indefinivel, com necessidade de estar deitado ; dôr violenta no alto da cabeça, com allivio á tarde, lingua saburrosa, pardacenta, constipação de ventre, tosse rouca, profunda, com oppressão sobre o coração e respiração offegante, febre e delirios: mor.-alb. 5a e 12a dynam.; a mesma applicação do gyn.-jac. Anxiedade e desanimo ; pelle áspera e rugosa, cabeça pesada, com dôr violenta que se exaspera na cama; lingua branquicenta orlada de rubro, seccura e desejo de bebidas ácidas, tosse com rouquidão que mais augmenta de noite; dôres nas costas, que se estendem aos rins e sacro; pulso febril, cheio e duro: nicot.-spur. 5a e 9a dynam.; a mesma applicação de jae-br. Humor irritavel com aborrecimento para tudo ; pelle ligeira- mente humida e viscosa; insomnia, dôr interna nos olhos ; corrimento de muco pelo nariz, rosto vermelho, falta de appetite, tosse secca, ou com ligeira expectoração mucosa, lingua estreita coberta de saburra branca, calafrios ; pulso cheio e grosso : sol.-ol. 5a e9a dynam.; a mesma applicação de chioe- rac. Dôres pressivas na cabeça, peso nos olhos, ardor e entupi - mento do nariz, lingua saburrosa e pardacenta, voz diminuta e difficuldade de fallar, tosse com expectoração mucosa ou c 20 APPENDICE sanguinolenta, pulso cheio e ligeiro, ou fino e intermittente : ven.-cap. 5a e 9a dynam.; a mesma applicação de jae-br. Febres gástricas e biliosas. — Em qualquer destes casos, além do tratamento já apontado no texto, indicamos mais os seguintes medicamentos indigenas : Havendo anxiedade, pelle secca e árida, insomnia ou somno agitado, dôr mortificante em todo o lado direito da cabeça, olhos rubros e entumecidos, face alternadamente rubra ou pallida ; lingua saburrosa, branco-amarellada, com os bordos claros, ardor no estômago, e dôr mais ou menos intensa; náuseas, vômitos de aguadilha e de mucosidade ; pulso cheio e ligeiro, ou grosso e intermittente ; más digestões: abs. 5a e 9a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Corpo moido, dôres pelos ossos, pelle secca e ardente, somnolencia, vertigens com fisgadas nas fontes e no alto da cabeça, vista obscura, coryza com corrimento de muco, pallidez da face, lingua secca e coberta de saburra branca, náuseas, vômitos com dôr e calor no estômago, vômitos biliosos, pressão sobre o figado, dejecções amarelladas com vermes; febre continua, com o pulso profundo e ligeiro; al.- sat. 5a e 9a dynam., uma gotta em 6 colhéres d'agua, para uma colher de 4 em 4 horas. Molleza e mal estar indefinivel, com atordoamento da cabeça, turvamento da vista, secreção de muco pelo nariz, lingua saburrosa com a ponta e bordos rubros, crescimento do estô- mago com náuseas, dejecções biliosas, febre com ligeiras inter- mittencias : anis. 5a e 9a dynam. em 4 colhéres de água, uma colher de 6 em 6 horas. Languidez, oppressão do peito com angustia, pelle árida e rugosa, insomnia, espirito agitado e impressionado com pensa- mentos de morte, dôr pulsativa e pungente do lado esquerdo da fronte, olhar abatido com olheiras arroxadas, pallidez do rosto com azulamento das palpebras, lingua rubra com uma camada branca no centro, gosto amargo, constricção na gar- ganta, sede excessiva; vômitos aquosos, biliosos e mucosos, dôr no ventre com peso sobre o fígado, ourinas amarelladas, pulso cheio, lento e entrecadente: archan. 5a, 9a e 15a dynam.; applicação igual á do abs. APPENDICE 21 Prostração de forças com torpor e accesso de desfallecimento, pelle quente e árida, peso nas palpebras, dôr no alto da cabeça estendendo-se para a nuca, olhos vermelhos e lagrimosos, rosto afogueado, lingua muito encarnada, pouco appetite, sensação de um buraco no estômago, com enjôos e náuseas, dejecções difficeis, ourinas poucas e em jactos alaranjados, pulso febril intermittente, com horripilações: art. 5a e 12a dynam., uma gotta em 3 colhéres de água, uma colher de 6 em 6 horas. Mal estar indefinivel, pelle secca com ardor e prurido, som- nolencia, dôr latejante nas fontes, lingua saburrosa ou secca e áspera, dôr ardente no estômago com náuseas, dôr sobre o figado, que não deixa conservar a posição horizontal, dejecções um pouco diarrheicas, pulso cheio e forte, com horripilações alternadas de calor; febre com delírio, sede e respiração freqüente e anhelante: contray. 5a e 9a dynam.; a mesma appli- cação de art. Peso e lassidão em todos os movimentos, dôres de cabeça que se estendem á nuca, olhos rubros, lingua pardacenta coberta de saburra, sede, anxiedade, náuseas, vômitos de bilis e dos alimentos, dôr sobre o epigastrio, dejecções biliosas mucosas com peso no recto; pulso cheio, grosso, com irregularidade nas pulsações: íil.-m. 5a e 9a dynam.; a mesma applicação de abs4 Alquebramento do corpo, ardor e comichão na pelle, in- somnia, ou somno com sobresaltos, vertigens e dôr de cabeça que mais se pronuncião sobre a fronte, ardor nos olhos e peso sobre as palpebras, ardor interno no nariz, calor ardente no rosto, lingua branca e espessa como se estivesse inchada; bocejos freqüentes, seccura de boca e garganta, dôr no estômago com anxiedade, náuseas e pressão, diarrhéa biliosa, febre com sede, calafriose delirio: lep.-bon. 5a e9a dynam., uma gotta em 4 colhéres de água, uma colher de 6 em 6 horas. Indisposição indefinivel com continua vontade de estar deita- do, dôr de cabeça que se estende até a nuca, lingua saburrosa, parda, com aponta rubra; sede ardente, anxiedade, peso e ardor no estômago, dôres violentas e pressivas sobre o figado, com pressão no hypocondrio; ourinas carregadas e amarel- ladas, febre com delirio, anxiedade e suor viscoso : mor.-alb. 5a, 12a e 30a dynam., uma até duas gottas em 4colhéres de água, para tomar uma colher de 8 em 8 horas. Além destes medicamentos, podem-se ainda consultar na 22 APPENDICE Pathogenesia Homoeopathica Brasileira os seguintes: arist.-cy. 5a dynam. asclep.-acur. 5a e 9" dynam. cact.-op. 5a dynam. bil.-cor. 5a e 12a dynam. citr.-ae 5a e 15a dynam. chenop.- amb. 3a e 13adynam. coe-cact. 5a dynam. crot.-eleu. 5a dynam. elaps. 5a e 15a dynam. laur-cin. 5a dynam. perianth. 5a e 9a dynam. rosma.-off. 5a dynam. tapy.-tan. 5a e 9a dynam. Febres hecticas. — Accrescentamos ao texto os seguintes medicamentos indigenas: Abatimento e falta de forças, desfallecimento, suor frio, insomnia ou somno sobresaltado, idéas tristes e choros, peso e dôr sobre a fronte, ardor das palpebras, lingua branca e pastosa, gosto amargo e salgado, falta de appetite, sede inex- tinguivel, náuseas, borborygmos no ventre, ourinas rubras e abundantes, tosse com alguns escarros de sangue, e ardor do larynge, dôr de peito com sensação como se estivesse aberto, tremores e horripilações, pulso febril: elaps. 5a, 12a e30a dynam., uma gotta em 4 colhéres de água, uma colher de 4 em 4 horas. Lassidão dos membros com dôres nos menores movimentos, e calafrios com tremores, dôres gravativas no alto da cabeça com latejamento que se estende á testa; ardor e dôr nas jjalpebras, inflammação dos olhos, dôres e estremecimentos no utero, tosse secca, ou com expectoração mucosa, com dôr e sensação de um corpo estranho na trachéa, pulso intermittente manifestando-se á tarde accessos de febre : eng.-jamb. 5a e 9a dynam., uma gotta em 4 colhéres de água, uma colher de 8 em 8 horas. Falta de forças e alquebramento do corpo, tremores de frio com pallidez, insomnia e sonhos tristes durante o mais ligeiro somno, tristeza e medo de morrer, atordoamento de cabeça e, dôr como se fosse apertada por um cinto de ferro, lacrimação dos olhos e peso das palpebras, calor das faces, lingua branca e espessa como se estivesse inchada, sede e repugnância para os alimentos, dôres pelo ventre, menstruo escuro e irregular, tosse secca sem poder expellir os escarros, ou tosse com escarros espessos, que são expellidos difficilmente, dôr no lado esquerdo, que difficulta a respiração, tremor convulso de coração, febre com sede e calafrios ou com delirio: lep.-bon. 5a, 10a e 15* dynam.; a mesma applicação de elaps. Fadiga excessiva, abatimento physico, pelle secca e árida, APPENDICE 23 somnolencia sem poder conciliar o somno, febre com suores, tristeza continua, dôr de cabeça com peso e rubor dos olhos, lingua saburrosa com a ponta vermelha, dôr no hypocondrio direito, câmaras difficeis com picadas no recto, ourinas de côr vermelha e carregadas, peso no utero durante o tempo da menstruação, tosse rouca e profunda com expectoração purulenta e ás vezes sanguinolenta, picadas no larynge, oppressão de peito com dôr profunda interna: lim. 5a, 9a e 12adynam., uma gotta em 6 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Desanimo e canseira ao menor excesso, pallidez geral, somno agitado, febre lenta com suores viscosos, dôr e vertigens na cabeça, olhos profundos e abatidos, com olheiras azuladas, lingua ponfaguda, coberta de saburra branca espessa, dôr aguda no estômago que não consente o menor contacto, com vômitos biliosos e saburrosos, dôres e borborygmos no ventre, câmaras com dôres e puxos, excitação do appetite venereo, menstruo descorado e menstruação diminuta, dôres no utero cora apparecimento de leucorrhéa, tosse rouca e profunda, com expectoração esverdeada, amarella e purulenta, ou tosse secca, vibrante, profunda, que mais augmenta de noite na cama, respiração oppressa e fatigante, com dôr no peito, que embaraça a respiração: mor.-nort. 5a, 12a e 15* dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Fadiga e molleza de corpo, abatimento de espirito, peso na testa e olhos, com dôres, somno agitado, com suores frios, pulso pequeno e irregular, humor rixoso, cora affluencia de idéas differentes, que se baralhão, pelle secca e ardente, dôr latejante nas fontes, com tonturas, pressão na fronte e peso como se a cabeça estivesse a cahir para diante, peso nos olhos, com lacrymação e rubor, vermelhidão nas faces, lingua coberta de uma camada branca no centro e orlada de vermelho, sede e falta de appetite, borborygmos e sensibilidade no abdômen, sentindo-se como um corpo elástico sobre o hypocondrio direito, dejecções duras e de difficil expulsão, ourinas espessas, carregadas de mucosidades brancas, dôres no utero, sendo o menstruo descorado e com máo cheiro, rouquidão e tosse secca, ou com expectoração de pequenos coágulos de mucosi- dades amarelladas, ou sanguinolentas, dôres no peito, com pressão, anxiedade e palpitações á noite, picadas como por agulhas no sternon, dôres mortificantes por todo o corpo, que 24 APPENDICE impedem o movimento: sol.-tub. 5a e 15a dynam. uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 4 em 4 horas. Além destes medicamentos, consultem-se mais na Patho- genesia Homoeopathica Brazileira : ind.-tinct. 5a e 12a dynam. mil.-fol. 5a, 10a e 15a dynam. paul. 5a, 15a e 30a dynam. plumb. lit. 5a, 12a e 30a dynam. rosm aoff. 5a, 10a e 18a dynam. sisyr. gala. 5a, 15a e 24a dynam. ven.-cap. 5a, 9a e 18a dynam. Febres inflammatorias. — Indicaremos para o tratamento destas febres, para accrescentar ao texto, os seguintes me- dicamentos, segundo os symptomas descriptos: Pelle secca, ardente, de côr rubra carregada, rosto afogueado, olhos brilhantes, tristeza e abatimento de espirito, grande sensibilidade nervosa, com sobresaltos ao menor choque, peso de cabeça e dôr sobre as fontes, seccura, gosto amargo, e ulceração da boca, sede com desejo de bebidas ácidos; dôr no estômago, com ardor continuo, ourinas ardentes, com sedimento rubro, oppressão da respiração, com palpitações no coração, dôres nos braços e pernas, que parecem quebrar-se, lingua rubra, secca, pont\aguda, pulso febril, ligeiro e forte: aryst.-cy. 5a e 15a dynam., uma até duas gottas em 5 colhéres de água, uma colher de 3 em 3 horas. Ardor e prurido na pelle, que apresenta manchas rubras cTesiguaes, calor na cabeça, com vermelhidão da face, som- nolencia, sem poder dormir, dôr intensa na cabeça, com latejamento nas fontes, peso e vertígens, delírios com as cou- sas usuaes com que todos os dias trabalha, lingua secca e áspera, branca no centro e orlada de vermelho; dôr ar- dente no estômago e náuseas, ourinas com ardor na ure- thra, dejecções difficeis, pontadas sobre o sternon e os la- dos do peito, dôres pelos membros, que ficão como entor- pecidos, pulso cheio e forte, com horripilações alternativas de frio o calor, pulso accelerado, tremulo, com delirios: contray. 5a, 9a e 12a dynam., uma gotta em 6 colhéres d'agua, uma colher de 4 em 4 horas. Delirios, somno sobresaltado, prostração de forças, face vermelha com ardor, olhar desvairado e tremor das palpe- bras, peso, vertigens e dôr sobre a fronte, pulso cheio e freqüente com irregularidade de 96 até 140 pulsações por minuto, lingua escarlate e ponfaguda, constricção na gar- ganta com fait i de voz, ourinas abundantes e vermelhas, A PPENDICE 25 suffocação e aperto no peito : crotal. 6a, 9a e 15a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 3 em 3 horas. Calor geral, com dôres de cabeça violentas, e vermelhi- dão do rosto, prostração de forças, com abatimentos mus- culares, lingua saburrosa, rubra com os signaes dos dentes, olhos profundos com um circulo azulado, pontada do lado direito, com difficuldade de respiração e palpitação do coração, ourinas muito vermelhas com sedimento no fundo do vaso, febre violenta, com accessos nocturnos, acompa- nhados de sede e suor: laur.-cin. 6a, 12a e 18a dynam.; a mesma applicação de contray. Além destes medicamentos, consulte-se também archan. 3a e 10a dynam. calen.-off. 6a e 12a dynam; crot.-eleu. 5a e 10a dynam. janiph. 5a e 15a dynam. lep.-bon. 5a, 15a e 24a dynam. mor.-alb. 6a e 12a dynam. pen.-quin. 5a e 15a dynam. perianth. 5a e 12a dynam. sol.-ar. 5a, 10a e 15a dynam. Febres intermittentes. — Accrescente-se mais os seguintes medicamentos indigenas: Calafrios e suores á noite, durante o accesso febril; ac- cessos febris, a uma hora certa todas as tardes, havendo sede antes do accesso; dôres de cabeça fora dos accessos com intermittencia de minutos, lingua pardacenta, coberta de saburra, difficuldade de evacuar, com peso no recto, repuxamentos e fisgadas no ventre, dôres vagas pelo tronco e membros : fil.-m. 5a e 9a dynam., uma gotta em 6 colhé- res d'agua, uma colher de 4 em 4 horas. Anxiedade indefinivel, dôres vagas por todo o corpo, melancolia, accessos febris duas vezes por dia, em horas in- certas, cóm suores e horripilações; ao terminar o accesso, dôr violenta que se estende á nuca, com peso no alto da cabeça; lingua saburrosa, dôr e peso no ventre, canceira e palpitação do coração, dôres nos rins e em toda a região lombar: helian.-an. 6a e 12a dynam., uma gotta em 4 colhé- res d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Calafrios excessivos, com frio glacial nos pés e pernas, durante 0 accesso, que sobrevêm quasi sempre de manhã; anxiedade, náuseas e vômitos biliosos, sede e gosto amargo, fraqueza e abatimento depois do accesso : hypt.-fase 5a e 9a dynam., uma gotta em 6 colhéres d'agua, uma colher de 3 em 3 horas. 26 APPENDICE Mal estar geral, prostração de forças, febre com tre- mores e calor interno e externo durante os accessos, bati- mento doloroso na cabeça, com dôres tractivas do lado direito, lingua saburrosa, sede ardente durante os accessos, ourinas vermelhas e pouco abundantes, calor nas palmas das mãos e nas solas dos pés com dôres nas pernas : inil.- fol. 3a, 6a e 9a dynam.; a mesma applicação do helian.-an- Calafrios e horripilações, frio glacial nas mãos e pés, somno sobresaltado, vertígens e dôr de cabeça, lingua sa- burrosa e secca, náuseas e vômitos de bilis, câmaras tar- dias e duras, ourinas turvas, oppressão de peito : tapy.-tan. 3a, 6a e 12* dynam.; a mesma applicação de fil.-m. Febre soporosa. — Consulte-se para esta febre o crotal. em 5a, 9a el5a dynam. e o sol.-tub. em 3a, 6a e 12a dynam.; a applicação tem sido uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Febre typhoide. — Nos indigenas o medicamento de que se tem tirado mais vantagens tem sido o contray. em 3a, 6a e 12a dynam., administrado uma gotta em 6 colhéres d'agua, para tomar uma colher de 3 em 3 horas. VII Das affecções moraes Designaremos neste artigo as principaes affecções mo- raes que são combatidas pelos medicamentos indigenas que já publicámos na nossa Pathogenesia Brazileira e de outros que ainda não fazem parte delia, mas de que já temos colhido resultados, e de que temos as competentes notas. Quando estes symptomas moraes facão parte do quadro sym- ptoma tologico da enfermidade de que se tratar, serão sub- mettidos ao tratamento indicado para todo o grupo em geral; qnando porém apparecerem por si só isolados de quaesquer outros symptomas, ou que forem os predominantes, serão especialmente attendidos, empregando-se os medicamentos que APPENDICE 27 lhe forem peculiares. A administração destes medicamentos é variável conforme o estado, temperamento e idade do individuo, e bem assim do caracter da affecção, agudo ou chronico; no geral de todos os casos, a administração pôde ser de uma gotta até duas, ou de 3 a 6 glóbulos, em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas, salvo porém os casos que exigirem uma excepção desta regra, o que fica ao juizo do pratico. Indicando agora as differentes affecções moraes, e os medicamentos que lhe convém, designamos as dynamisações que usualmente se empregão. Abnegação de si mesmo, em que o enfermo sacrifica o seu bem-estar, suas conveniências e seus interesses ao primeiro que lhe apparece, negligenciando sua saúde, e somente cuidando em tratar outros enfermos : crotal. 3a, 6a e 12a dynam. Alegria excessiva, sem causa: o enfermo entrega-se a constante hilaridade, achando engraçados todos os actos e ditos, até os seus próprios ; salta, canta continuamente, corre até cansar, e pratica outros actos idênticos que revelão desarranjo mental : ele. 5a, 10a e 15a dynam. ped. 5a, 9a e 18a dynam. Cuidados do futuro.—O enfermo negligencia o seu presente, e faz convergir todas as suas idéas para um plano futuro, que lhe deve trazer grandes bens; sua idéa dominante é esta ; entrega-se a ella com afinco, recusando fallar em outra cousa : sol.-tub. 3a, 6a e 12a dynam. Delírio com medo de mortos; o enfermo julga-se constante- mente perseguido por pessoas que já morrerão, que procurão fallar-lhe, que o querem agarrar, que o ameação e que lhe tirão todo o socego, impedindo-o que esteja tranquillo em qualquer parte: crotal. 5a, 9a e 12a dynam. hym.-cor. 3a e 5a dynam. Desassocego de espirito.—O enfermo fôrma mil planos e idéas extravagantes, que para logo destróe substituindo-os por outros que julga melhores; nesta luta continua não tera uma idéa lixa, nem se conserva por muito tempo no mesmo lugar, recusando toda a fixidade : elaps. 5a, 10a e 15a dynam. onis.-as. 3a, 6a e 12a dynam. Desejo de sociedade.—O enfermo julga que nunca está bastante acompanhado, e quer sempre ver á roda de si muita gente que lhe falle, que questione, e que o entretenha contra D 28 APIENDICE a solidão, que muito teme : arane-br. 3", 5a e 9a dynam. ele. 3a, 6a e 10a dynam. pap.-anth. 3a e 5a dynam. • Desejo de solidão. — O doente foge de conversar, e até de ouvir outras pessoas fallar, incommodando-se com a menor bulha; procura isolar-se nas matas ou mesmo em casa, de modo que esteja só: elaps. 5a e 10a dynam. ind.-tinct. 3a e Ga dynam. stem.-camph. 5a e 9a dynam. Desespero de cura.—O enfermo encarece muito o seu estado mórbido, ou mesmo julga-se affectado de uma moléstia que não tem, e em qualquer destes casos julga-se incurável, recusando por essa razão medicar-se de modo algum : archan. 3a e 6a dynam. bry.-cord. 5a e 9a dynam. cal.-pend. 5a e 9a dynam. derm.-pend. 3a e 5a dynam, ele. 3a e 6a dynam. hur.-br. 5a e 12a dynam. lep.-bom. 3a e 5a dynam. mir.-jal. 5a e 9a dynam. Disposição para assustar-se.—O enfermo assusta-se á menor bulha que ouve, e que o faz estremecer ; o apparecimento inesperado de qualquer pessoa produz a mesma cousa : cal.- pend. 5a e 9a dynam. platy.-coce 3a, 6a e 9a dynam. Disposição para cantar.—Ha uma espécie de desarranjo mental em que o enfermo continuamente está cantando, sua mania é a musica, chegando mesmo a suppôr-se um cantor celebre: arane-br. 3a, 6a e 18a dynam. pet.-tet. 5% 9ae 12a dynam. • Divagação do espirito. —'O enfermo falia sobre differentes cousas ao mesmo tempo, baralha as idéas, tem accessos de delirio em que vê objectos fantásticos : chioe-rac. 5a e 15a dynam. hipp. 5a e 12a dynam. sol.-tub. 3a, 6a e 9a dynam. Falta de idéas. — O enfermo quer tratar de qualquer matéria já conhecida, mas faltão os principaes elementos : lep.- bom. 5a, 10a e 15a dynam. pet.-tet. 3a, 6a e 18a dynam. Fraqueza de memória. — Algumas vezes, depois de um amollecimento de cérebro, manifesta-se a falta de reminis- cencia dos actos já passados; muitas vezes lembra-se o en- fermo de uma cousa e esquece outras, recorda-se de parte de um nome e esquece o resto, chega a desconhecer pessoas que vê todos os dias, e até pessoas de familia: al.-sat. 3a e 9a dynam. armor. 3a e 15a dynam. crotal. 5a e 12a dynam. lep.- bon. 6a e 12a dynam. pet.-tet. 5a e 13a dynam. sassaf. 5a e 10a dynam. appendice 29 Humor chorão. — Extrema sensibilidade que leva o enfermo a chorar sobre qualquer acontecimento desagradável que lhe contão tenha occorrido; o prazer ou o pezar igualmente lhe arrancão lagrimas ; o pensar sobre o futuro ou o recordar-se do passado occasionão largo choro, injustificável, chega mesmo a chorar sem o menor motivo unicamente por uma vontade irresistível que lhe faz correr as lagrimas: al.-sat. chenop. ambr. crotal. elaps. helian.-an. pet.-tet. e rosma.-off. em 3a, 5a, 9a, 18 e 30a dynam. Idéas eróticas. — O gozo dos prazeres venereos torna-se o pensamento dominante do enfermo, que se suppõe sempre cercado de todas as bellezas que povoão sua imaginação, chegando a ponto de entregar-se ao onanismo, com o pensa- mento em seres fantásticos que lhe despertão a sensualidade: chioe-rac. hym.-cour. myrosp.-sat. pap.-anth. e ped. em 3a, 6a, 18a e 24a dynam. Idéas fixas.—O enfermo é dominado por uma idéa qualquer que inlluio no seu passado, ou queaindainflue no seu presente,' seja esta idéa politica ou civil, de sua vida publica ou domestica ; entrega-se absolutamente a esse pensamento, tornando-se assim monomaniaco: chioe-rac. drup.-rae elaps. on.-as. em 5a, 10a e 15a dynam. Irascibilidade.—A menor contrariedade irrita o enfermo, que rompe em excessos de cólera; ralha sem motivo algum, nada acha bem feito, está sempre disposto a brigar com qual- quer pessoa que não adoptar suas idéas. Este estado mental altera também o physico, o doente chega á loucura, emma- grecendo extraordinariamente: al.-sat. armor. art. conv. arv. derm.-pend. elaps. ele. hur.-br. jae-pet. lep.-bon. ped.-sassaf.' sol.-tub. stem .-camph. 3a, 5a, 9a e 15a dynam. Irresolução. — O caracter principal que se manifesta no enfermo é a irresolução para todos os actos que deve praticar, ainda mesmo a seu favor, e por mais dignos que sejão: al.-sat. eleph.-mart. passif.-silv. em 5a, 9a e 18a dynam. Medo. — Tudo aterra o enfermo, que tem medo de tudo, principalmente dos entes sobrenaturaes, e até da sua sombra; em toda a parte vê perigos que imagina imminentes, e recusa entrar em qualquer parte onde não haja bastante luz : crot. e platy.-coce em 3a, 6a e 18a dynam. Melancolia.—O doente recusa toda a conversação, não ri, 30 APPENDICE falia pouco, concentra-se comsigo mesmo: ele. hur.-br. ind. tinct. lep.-bon. onis.-as sassaf. em 5ae 15a dynam. Pensamentos de morte. — As idéas que dominão o enfermo são todas de morte, pensa continuamente na morte e na eternidade ; o que não o priva de muitas vezes tentar o suicidio: archan. armor. bry.-cord. cal.-pend. chenop.-ambr. crotal. drup.-rae hur.-br. mir.-jal. em 5a, 9a, 18a e 30a dynam. Perda da memória. — Em conseqüência de um amolleci- mento do cérebro, ou de uma forte pancada na cabeça, o enfermo esquece-se de toda a sua vida passada, e de tudo o que se passa em roda delle; a conversação mesmo sustenta-a mal e imperfeita, porque acabando de fallar esquece-se de tudo quanto tem dito; neste estado chega a desconhecer até os próprios filhos, e os objectos de seu uso ordinário : elaps. ele. lep.-bom. myrosp.-sat. hypt.-fase passif.-silv. em 3a, 6a, 12a e 18a dynam. Temor religioso. — Os pensamentos religiosos predominão todos os outros; o enfermo reza constantemente, toma uma vida ascética, teme os castigos eternos, passa o dia nas igrejas, pratica o maior numero de actos religiosos que lhe são possíveis, esquecendo-se de todos os deveres de familia, encargos domés- ticos, ou sociaes, os quaes despreza: archan. art. cal.-pend, chioe-ang. chioe-rac. hur.-br. em 3a, 5a, 10a e 15a dynam. Tristeza. — A assistência dos actos mais apraziveis, os espectaculos públicos, os negócios de qualquer espécie, os prazeres domésticos, os carinhos dos filhos, as viagens, nada pode distrahir o individuo, que continuamente se sente possuido de profunda tristeza, sem causa, e sem achar motivo algum : drup.-rae hipp. lep.-bom. pet.-tet. stem.-camph. em 3a, 6a, 10a e 18a dynam. VIII Das affecções da cabeça e do couro cabeffudo Alopecia. —Nesta affecção indicaremos dos medicamentos indigenas aquelle que é o mais importante, podendo-se con- sultar a Pathogenesia Brasileira quanto a outros. APPENDICE 31 Dôr no lado esquerdo da cabeça, com picadas no vertex ; somnolencia de dia; descamação abundante da pelle, principal- mente na cabeça; ardor, lacrimação e picadas nos olhos : disposição para se irritar pelas menores cousas ; embranqueci- mento e queda do cabello em pouco tempo : spig.-mart. 3a, 6a e 12a dynam., uma gotta em 4 colhéres de água, para uma colher de 8 era 8 horas. Deve-se repetir este mesmo medica- mento por quatro ou seis vezes, como está prescripto, e com intervallos de 6 a 8 dias. Apoplexia. — D'entre os indigenas podem-se empregar os seguintes medicamentos : Vermelhidão e entumescencia das faces, com violentas dôres; pulso fraco e intermittente; pelle secca e coberta de uma erupção milliar; lingua arroxada e boca semi-aberta; desfalleci- mento e perda dos sentidos; precedendo-se violentas dôres latejantes na cabeça, com vertigens e atordoamentos : amph. 3a, 5a, 10a e 15a dynam. Pulso lento e profundo; entorpecimento dos membros; dôres paralyticas que se estendem do tronco aos membros; manchas vermelhas nas faces; intumcscencia da lingua que enche a boca; abatimento moral, perda dos sentidos ; atordoamento de cabeça, manchas vermelhas pela testa ; precedido de vertigens, inflammação de olhos, ardor sobre a região frontal: convol.- duart. 3a, 5a e 6a dynam. Prostração de forças, suffocação com aperto de peito, ver- melhidão arroxada da face; paralysia da lingua, que é vermelha e ponte-aguda; espuma sanguinolenta denegrida, nos cantos da boca; somnolencia, com gemidos; pulso cheio e freqüente; olhar desvairado, com perda de vista; suor viscoso; perda dos sentidos: crotal. 3a, 5a, 9a e 15a dynam. Amortecimento de todo o corpo, com perda de forças; manchas lividas pelo tronco e membros ; pulso abatido, lento e profundo; obscurecimento da vista, e diminuição da audição; lividez arroxada das gengivas, sangramento era roda dos dentes; entumescimento e torpor da lingua, que torna-se arroxada e denegrida; constricção da garganta, que impede a passagem das bebidas; cerramento dos dentes; espuma sanguinolenta na boca; inteiriçarnento dos membros, com as unhas lividas, arroxadas e denegridas: pet.-mir. 3a, 6a e 12a dynam. Tremor em todo o corpo, abatimento geral, somnolencia 32 APPENDICE profunda; pulso pequeno e fraco; dôr latejante na cabeça, com sensação de compressão no cérebro; olhos semi-fechados, e azulados ; calor da face ; difficuldade de engulir ; dormencia c inchação dos membros: pet.-tet. 3a, 5a e 15a dynam. Prostração e alquebramento de todo o corpo; manchas lividas, roxas, ou denegridas ; vertigens e peso na cabeça; olhos injectados de sangue, palpebras entumescidas e quasi cerradas, vista turva ; queda dos traços physionomicos, lingua tremula e denegrida, espuma sanguinolenta na boca, constricção de garganta que impede a deglutição, sensação de asphyxia- mento; emissão involuntária das ourinas; perda da voz; convulsões e entorpecimento dos membros: plum.-cel. 3a, 5a, 10a e 15a dynam. De qualquer destes seis medicamentos, póde-se applicar de uma até três gottas, em 6 colhéres d'agua, para administrar uma colher de 2 em 2 horas, e sendo necessário pela gravi- dade do mal, uma colher de hora em hora, ou de meia em meia hora, espaçando-se mais as doses á medida que forem apparecendo melhoras. Têm havido alguns casos em que a intensidade do mal tem necessitado a applicação de uma colher de chá de quarto em quarto de hora. Cephalalgia. — D'entre os medicamentos indigenas, são principalmente applicaveis ás dôres de cabeça os seguintes : Dôr e peso na cabeça, com fisgadas nas fontes e no alto da cabeça, havendo sensibilidade dolorosa no couro cabelludo, olhos cavos com circulo roxo, pallidez no rosto, rangimento de dentes; lingua chata, secca e saburrosa; náuseas, dôr etensão do epigastro; pulso profundo e ligeiro: al.-sat. 5a, 10a e 15' dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Dôres atrozes, que descem do alto da cabeça até aos ouvidos, manifestando-se mais no parietal esquerdo; dôr aguda em um pequeno espaço da cabeça, como produzida pela cravação de um instrumento agudo; dôr pulsativa e pungente, do lado esquerdo da fronte; pulso cheio, lento e entrecadente; enfra- quecimento da vista, e lagrimação involuntária; boca grossa, e com gosto amargo ; sede excessiva ; arrotos e regorgitação dos liquidos : archan. 5a e 9a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. ArPENDICE 33 Dôr, calor e compressão na cabeça, como por um circulo de ferro : cerv. 5a e 9a dynam., a mesma administração do al.- sat. Dôr sobre a fronte, com sensação de compressão no cérebro e ardor doloroso no couro cabelludo; pulso concentrado ; embaraços na vista, com tremor das palpebras, calor nas faces; boca pastosa com gosto salgado; sede, náuseas, ardor no estômago: crotal. 5;\ 9ae 15a dynam., a mesma administração de archan. Dôr violenta de manhã, com peso das orbitas, lingua saburrosa e anxiedade : delph. 5a, 12a e 18a dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Dôr na nuca, com martellamento continuo, vista enfra- quecida, calor no rosto, arrotos amargos e náuseas : ele. 5a e 10a dynam., a mesma administração de delph. Dôres latejantes e compressivas, estendendo-se á fronte, com martellamentos internos, vista embaraçada por lagrimação, bocejos freqüentes, lingua espessa, dôr e anxiedade no estômago: lep.-bom. 5a e 9a dynam., a mesma administração de archan. Dôr, com peso e pressão na nuca e nos parietaes; turva- mento da vista, por circulo de varias cores; bocejos, dôr no estômago: mim. 5a e 9a dynam., a mesma administração de delph. Dôres, como por grandes golpes contusivos, com lateja- mento acima dos olhos e nas fontes; rubor da sclerotica, lingua secca e gosto amargo, sede, peso no estômago : paul. 5a, 9a e 15a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Dôr na fronte que impede os movimentos da cabeça, com picadas no alto da cabeça e nas fontes; olhos pesados e semi- fechados; lingua rubra, lábios seccos e vermelhos ; enjôos de estômago: ped. 5a, 9a e 15a dynam. a mesma administração de paul. Dôr violenta nas fontes, que se augmentão com o movimento; dôres nos olhos; sabor amargo, má digestão : pen.-quin. 5a e 12a dynam., a mesma administração de delph. Dôres no alto da cabeça, que parecem atravessar o cérebro ; dôr nas fontes com latejamento e peso que se estendem até aos olhos ; dôr profunda na nuca, com sensação de compressão no cérebro; vista fraca e turva, com peso nas palpebras; pulso 34 APPENDICE pequeno e fraco; bocejos, máo hálito, seccura, lingua verme- lha e ardente: pet.-tet. 5a e 12a dynam., uma gotta em 3 colhéres dágua, uma colher de 12 em 12 horas. Dôr, com rubor e affluencia de sangue ao rosto, boca grossa e paslosa, sede, digestão difficil : sol.-ar. 6a e 12a dynam , a mesma administração de paul. Dôr no alto da cabeça, por onde parece que o cérebro quer sahir; dôr latejante nas fontes, com pressão sobre as orbitas; pulso duro e extenso; vermelhidão nas faces; boca grossa, pastosa, com gosto salgado; arrotos e náuseas com peso no estômago: sol.-tub. 5a e 12a dynam., a mesma administração de pet.-tet. Para mais clareza consulte-se a Pathogenesia Homoeopathica Brazileira. Commoções do cérebro.—Nos differentes casos desta lesão temos tirado vantagens com o emprego do helian.-an. em 3a e 6a dynam. e o lep.-bon. 3a e 5a dynam., mas com que ainda obtivemos mais promptos resultados tem sido com a arn.-br. em 3a, 5a e 10a dynam., administrando-se uma até duas gottas em 6 colhéres d'agua, para uma colher de 2 em 2 horas. Congestões de cabeça.—Neste caso podem-se consultar os seguintes medicamentos indigenas: amph. 3a e 6a dynam. arist.-cy. 3a e 6a dynam. buf.-sahy. 5a e 9a dynam. col.-jar. 6a e 12a dynam. col.-sur. 6a e 12a dynam. crotal. 5a e 10a dynam. hur.-br. 5a e 9a dynam. mik.-off. 3a e 10a dynam. pet.-mir. 6a e 9a dynam. rhys. 5a e 9a dynam. tapy.-tan. 3a, Ga e 9a dynam. Porém os medicamentos de que conhecemos mais vantagens, e que já tivemos oceasião de empregar, forão : cal.- pend. em 3a, 5a e 9a dynam. elaps. 5a, 10a e 12a dynam e monoc. em 3a e 6a dynam., uma até duas gottas em 6 colhéres d'agua, uma colher de 2 em 2 horas. Hydrocephalo. — Além dos indicados no texto, consultem-se também os indigenas: cal.-pend. em 3a, 6a e 12a dynam. e conv.-arv. em 5a, 10a e 15a dynam., que têm sido empregados vantajosamente em outros casos de hydropisia. Lobinhos da cabeça. — O jae-br. em 3a, 5a e 9a dynam. o monoc. em 3a, 6a e 12a dynam. e o schi.-ant. em 3a, 5a e 10» dynam. têm sido applicados com successo feliz em alguns casos. Nevralgias (da cabeça e das faces).—Amph. em 5a e 10a appendice 35 dynam. arch. em 6a e 9a dynam. ind.-tinct. em 3a, 5a e 9a dynam. e nee-puch. em 3a, 6a e 12a dynam. têm sido os me- dicamentos indigenas que melhores resultados têm dado, empregando-se uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. Tinha.—Para esta affecção encontrão-se os seguintes me- dicamentos indigenas : bry.-cord. em 5a, 9a e 12a dynam. buf.- sahy. em 6a, 9a e 18a dynam. dermoph.-pend. em 5a, 10a e 15a dynam. lae-ag. em 6a, 12a e 18a dynam. mur.-lei. em 6a e 12a dynam. ped. em 5a, 9a e 15a dynam. sang.-cor. em 5a, 10a e 15a dynam. stem.-ar. em 6a, 12a e 18a dynam. estem.-camph. em 6a, 9a e 15a dynam.; a administração destes medicamentos tem sido de uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para tomar 1 colher de 8 em 8 horas. Vertigens.— Este incommodo só por si nunca constitue uma enfermidade, porém é sempre um symptoma mais ou menos importante, que indica a existência de uma enfermidade, ou a perturbação de uma funcção animal qualquer. Ha casos, porém, em que o único symptoma apreciável que se manifesta são as vertigens, o que se dá nos casos em que o organismo é abalado por uma paixão violenta, pela cólera, por excesso da mesa, pelo balanço de um navio ou de um carro, por uma compressão em volta do pescoço, por affecções hemorrhoidaes, etc, etc. Notaremos também que nos jovens a vertigem é menos perigosa, mais rara e menos duradoura; porém nos velhos é mais freqüente e mais séria, sendo muitas vezes o annuncio de uma apoplexia, mais ou menos remota. Em razão destas observações, somos de parecer que se attenda á causa que desenvolve a manifestação desse symptoma, e que se combata essa causa, para que cessem todos os seus effeitos ; comtudo, indicaremos os medicamentos indigenas que têm mais acção nos casos de vertigens, para que mais facilmente possão ser consultados e estudados todos os outros symptomas que acompanhão os symptomas vertiginosos. Estes medica- mentos são : abs. al.-sat. amph. archan. asclep.-acur. bry.- cord. cal.-pend. calend.-off. c-ang. cann.-ind. citr.-acid. chenop. amb. chioe-ang. chioe-rac. coe cact.-contray. con- volv.-duart. crotal.-drup. rae-elaps. hipp.-itu. r.-laur. cin.-lep. bon. lim. mim. mir. jal. mor. alb. myr. nee-puch. pen.-quin. perianth. plum. lit.-plum. cel.-poly. hydr.-rhys. sang.-cor. e 36 appendice sassaf. sol.-ar. stem.-camph. tapy.-tan. e trad. A administração destes medicamentos tem sido em 3a, 5a, 6a, 9a, 10a, 12a, 15a, 18a e 30a dynam.; sendo de qualquer delles, conforme as circumstancias, de 3 a 8 glóbulos, ou de uma a duas gottas em 4 colhéres de água, para tomar uma colher de 4 em 4 horas. IX BDas affecções dos orgaos da vista Amblyopia.— Chama-se assim a fraqueza nervosa da vista, affecção que anda sempre ligada a differentes desordens do resto do organismo, queactuâo sobre os órgãos visuaes. Muitos autores notáveis são de opinião que a amblyopia é o começo do desenvolvimento da amaurose; porém nós afastamo-nos desta opinião, por muito simples e conhecidas razões. Concedemos que a amaurose comece o seu desenvolvimento pela amblyopia, mas negamos que esta seja sempre a precursora daquella, porque na máxima parte dos casos é simplesmente a manifes- tação de fraqueza dos órgãos visuaes, que muitas vezes dependem da desordem geral do systema nervoso; assim pois, tratando da amblyopia, é neste estado que a consideramos. Porém, dependendo esta affecção de outras causas, necessário é procurar destrui-las ou combatê-las, para se chegar ao fim desejado. Na allopathia póde-se prescindir desse cuidado, e applicar o tratamento á affecção mais saliente, ou que única se manifesta predominante. Mas na homoeopathia não é possivel empregar tal tratamento; os medicamentos homceopathicos abrangem todos elles um grupo de symptomas, maior ou menor, mas que se estende a tidas as partes do corpo. As pathogenesias fazem conhecer a acção e força dos medicamentos homceopathicos, em seus menores detalhes, demonstrando por esse estudo que um medicamento influe de tal modo no organismo, que apresenta em relevo os pontos mais minuciosos e que escapão á vista do observador. Por esse meio facilmente se conhece que differentes desarranjos orgânicos é que promovem ou concor- appendice 37 rem á existência da amblyopia, e que para remover esta affecção é necessário destruir aquellas causas. Firmes nesta opinião, julgamos desnecessário indicar um tratamento especial para a amblyopia, que pôde ser originaria de differentes causas; tanto mais que o texto já traz sufficientes indicações. Comtudo indicaremos os medicamentos indigenas que em sua acção pathogenetica sobre os órgãos visuaes têm mais analogia com a amblyopia, os quaes são: anis. rchan. cal.-pend. e-ang. chenop.-amb. crotal.-ele. hur.-br. ind.-tinct. janiph. lep.- bon. mim. ped. pet. mir.-rosma. off. Consultadas as patho- genesias destes medicamentos, se applicará o que melhor convier. Belidas.— Para esta affecção podem-se empregar os seguintes medicamentos indigenas : cal.-pend. em 5a, 10a e 15a dynam., guan. em 6a, 12a e 18a dynam., ind.-tinct. em 5a e 15a dynam., lep.-bon. em 6a e 12a dynam., plum.-cel. em 5a e 15a dynam,, e stem.-camph. em 5a e 9a dynam. A administração de qualquer destes medicamentos pôde ser feita appücando uma até duas gottas em 4 colhéres de água, para uma colher de 12 em 12 horas. Inflammação das palpebras. —Dos medicamentos indigenas, são próprios para combater esta affecção os seguintes : armor. em 5a e 15a dynam. art. em 5a e 9a dynam. bomb.-an. 6a el2a dynam. cal.-pend. em 6a e 18a dynam. chioe-rac. em 5a e 10* dynam. conv.-duart. em 5a e 12a dynam. crot.eleu. em 6a e 24a dynam. elaps. em 6a e 18a dynam. ele. em 5a e 10a dynam. hur.-br. em 5a e 15a dynam. plum.-cel. em 6a e 12a dynam. e sol.-oi. era 5a e 18a dynam. Administrão-se estes medica- mentos de uma até duas gottas em 6 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. Cataracta. — Nos medicamentos indigenas os que se en- contrão mais applicaveis nesta affecção são : itu.-r. em 5a, 10a e 15a dynam , janiph. em 6a, 12a e 24a dynam., mim. em 5a, 9a e 15a dynam. e pet.-tet. em 5a, 9a e 18a dynam.; a administração é de uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Pestanejamento continuo. — Têm-se empregado com van- tagem : bry .-cord. 5a e 9a dynam. cann.-ind. em 6a e 12* dynam. itu.-r. cm 5a, 10a e 15a dynam., uma gotta em 3 colhé- res d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. 38 appendice Fluxo de remela. — Este incommodo, que consiste na superabundancia de remela que apparece nos olhos pela manhã, ou que mesmo se desenvolve durante o dia, tem sido combatido com drup.-rae em 5a e 9a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Fungus. — Para esta affecção é indicado o hur.-br. 6* e 12* dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Hemorrhagias pelos olhos.—São indicados para este caso, o erithr.-sat. em 5a, 9a e 12a dynam. e a plum.-cel. em 6* e 12a dynam.. uma gotta em 6 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. Myopia.—Neste caso torna-se ulil o hur.-br. em 5a e 10a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Lacrimação. — Corrimento continuo de lagrimas, em conse- qüência de uma affecção que ataque todo o apparelho visual, ou só alguma de suas partes, ou que se limite somente ao saco lacrimal. Para esta affecção, em suas differentes phases, ou pelas differentes causas por que pôde dar-se,são recommendaveis os medicamentos indigenas que se seguem: abs. 5a e 9a dynam. amph. 6a e 12a dynam. armor. em 5a e 15a dynam. art. em 5a e 10a dynam. bil.-cor. 6a e 18a dynam. blatt. 5" e 12a dynam. drup.-rae em 6a e 18* dynam. heli.-an. em 5a e 15a dynam. lep.-bon. em 6a e 24* dynam. paul. em 5" e 10* dynam. plum.-lit. em 5a e 9* dynam. sol.-tub. em 6' e 12a dynam. e spig.-mart. em 5* e 15a dynam. Administra-se uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Nevralgia ocular.— As differentes nevralgias que atacão os olhos têm nos medicamentos indigenas applicaveis a amph. 5a e 15a dynam., armor. 6a e 12a dynam. chenop.-amb. 5a e 10a dynam. e crotal. 6a e 18a dynam., além de outros que podem ser estudados na Pathogenesia Brasileira. A adminis- tração é de uma gotta em 3 colhéres de água, para uma colher de 12 em 12 horas. Nyctalopia.— Para combater as differentes causas que produzem a cegueira de dia, são recommendaveis : nee-puch. 3* e 9a dynam. ped. 5a e 10a dynam. pet.-tet. 6a e 12a dynam. Administra-se uma gotta em 2 colhéres de água, para uma colher de 24 em 24 horas. appendice 39 Ophthalmias.— Nas differentes ophthalmias são recommen- daveis também os seguintes medicamentos indigenas, de que devem ser consultadas as respectivas pathogenesias: art. 5a dynam. asclep.-acur. 6a dynam. blatt. 5a dynam. bry.-cord. 9a dynam. chioe-ang. 5a dynam. conv-arv. 10a dynam. conv.-duart. 9a dynam. crot.-camp. 5a dynam. drup.-rae 6a dynam. elaps. 5a e 15a dynam. heli.-an. 9a dynam. hur.-br. 5 ae 10a dynam. jae-br. 6a e 9a dynam. jae-pet. 5a e 12a dynam. lep.-bon. 6a dynam. mim. 5a e 9a dynam. mur.-lei. 6a e 15a dynam. pet.-tet. 5a e 15a dynam. plum.-lit. 6a dynam. sassaf. 6a e 18a dynam. schi.-ant. 5a e 10a dynam. e stem.- camp. 6a e 18a dynam., administrando-se de uma até duas gottas em 4 colhéres de água, para uma colher de 8 em 8 horas. Olhos abatidos.— Dos medicamentos indigenas o que temos empregado com vantagem neste caso tem sido cann.-ind. em 6a e 9a dynam., uma gotta em 3 colhéres de água, para uma colher de 12 em 12 horas. Paralysia das palpebras.— São indicados para este caso o crotal. em 5a e 9a dynam. e o elaps. em 5a e 10a dynam.; mas nós já tirámos grandes vantagens, chegando a obter uma completa cura, em um caso desses que já tinha sido tratado infructuosamente, appücando strich. 5a, 9* e 12a dynam., uma gotta em 4 colhéres de água, para tomar uma colher de 12 em 12 horas, e repetindo o medicamento cora intervallos de 8 dias. Abatimento das palpebras.- São recommendaveis neste caso os seguintes medicamentos indigenas * buf.-sahy. 5* e 10a dynam. hipp. 5a e 9* dynam. hur.-br. 6a 9a dynam. ped. 5a e 15* dynam. pet.-tet. 6a e 12a dynam. plum.-lit. 5a e 12a dynam. plum .-cel. 9a e 18a dynam. sassaf. 6a e 12a dynam. e sol.-tub. 5* e 15a dynam., administrando-se de uma a duas gottas em 3 colhéres de água,'para uma colher de 12 em 12 horas. Olhar fixo.— Este phenomeno mórbido é mais um symptoma do que uma affecção local; comtudo algumas vezes é que predomina, e nesse caso deve-se consultar o medicamento que abrange esse symptoma em sua pathogenesia; por essa razão recommendamos chioe-rac. e onis.-as., que poderão ser admi- nistrados alternadamente, se assim convier, 40 appendice Olhar desvairado. — Também é um symptoma para que se deve consultar o crotal. e a strich., de que se tem obtido resul- tados satisfactorios. Pressão das orbitas. —A sensação de pressão que se sente nas orbitas, ííão sendo originada por uma causa externa qual- quer, é quasi sempre o effeito da alteração do systema nervoso, e como tal deve ser tratada : comtudo actuão immediatamente sobre estes symptomas os seguintes medicamentos, que recom- mendamos: buf.-sahy. era 5a e 15a dynam. crotal. em 6* e 12a dynam. itu.-r. em 6a e 18a dynam. e lep.-bon. em 5a e 9* dynam., dos quaes se administrará uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Tremor das palpebras. — Depois de uma affecção nervosa, ou de outra moléstia que interesse o apparelho visual, resta muitas vezes este incommodo, que principalmente se manifesta na velhice; para combater esse mal, são recommendados os medicamentos indigenas: amph. em 6a e 12* dynam. bry.- cord. em 5* e 15a dynam. cann.-ind. em 5a e 10a dynam. crotal. em 6a e 9a dynam. fil.-m. em 5a e 9a dynam. hur.-br. em 6a e 18a dynam., ind.-tinct. em 5a e 13a dynam.; de qual- quer destes medicamentos póde-se administrar uma até duas gottas em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Dôr nos olhos.—Muitas vezes as dôres que se manifestão nas palpebras e no globolo do olho não passão de symptomas que acompanhão uma outra affecção, como em varias febre-, na constipação, etc.: porém outras vezes é uma affecção idiopathica, causada por uma causa externa, ou por uma desorganisação intima do apparelho ocular, e para estes casos indicamos os seguintes medicamentos indigenas : crotal.-eleu. 3a e 10a dynam. delph. 5a e 9a dynam. elaps. 6a e 12a dynam. eug.-jam. 5a e 9a dynam. hedy, 6a e 18* dynam. heli.-an. 3a e 10a dynam. itu.-r. 5a e 15a dynam. janiph. 6a e 12a dynam. mil.-fol. 6a e 9a dynam. pen.-quin. 5a e 10a dynam. pet.-tet. 5* e 15a dynam. plum.-lit. 6a e 12a dynam. sassaf. 5a e 9a dynam. e sol.-oi. 6a e 18a dynam. De qualquer destes medica- mentos póde-se fazer a applicação administrando uma gotla em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Ardor nos olhos. — Qualquer das hypotheses que esta- belecemos para a dôr nos olhos, as apresentamos igualmente appendice 41 para este caso, indicando ao mesmo tempo os medicamentos indigenas que são mais recommendaveis; taes são : bil.-cor. em 5a dynam. bomb.-an. em 5a e 9a dynam. bry.-cor. em 6a e 12a dynam. chenop.-ambr. em 5a e 10a dynam. crotal. em 6a e 18a dynam. dermoph. em 6a e 9, dynam. elaps. em 5a e 15* dynam. eug.-jam. em 5a e 9* dynam. hur.br. em 5a e 10a dynam. itu.-r. em 6a e 12" dynam. lep.-bon. em 5a e 12a dynam. mil-foi. em 6a e 12a dynam. mur.-lei. em 5a e 12a dynam. e spig.-mart. em 6a e 15a dynam. A administração destes medicamentos será feita com uma gotta até duas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Terçol. — São recommendados amph. em 5a e 15a dynam. elaps. em 6a e 12a dynam. e sol.-oi. em 5a e 9a dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 era 12 horas. Photophobia.—Dos medicamentos indigenas, além de outros, são recommendados para este caso os seguintes : al.-sat. em 5a dynam. anis. em 5a dynam. cerv. em 6a e 9a dynam. chioe- ang. em 5a e 10a dynam. chioe-rac. em 5a e 12a dynam. mim. em 6a e 12a dynam. e nee-puch. em 5a e 15a dynam., ad- ministrando-se uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Prurido interno no olho. — E' quasi sempre um symptoma de lesão no apparelho ocular, e os medicamentos indigenas que mais se recommendão, por abrangerem este symptoma em suas pathogenesias, são : buf.-sahy. em 5a e 15a dynam. pet.- tet. em 5a e 12a dynam. e sol.-tub. em 5a e 9a dynam., dos quaes se administra uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Paralysia da pupila. — Esta paralysia pôde ser produzida por uma affecção do nervo motor ocular commum, ou por uma affecção nervosa geral no apparelho visual, que interesse este mesmo nervo ; é nesse caso que são recommendaveis os medica- mentos indigenas : chenop.-ambr. em 5a e 9a dynam. mir.-jal. em 5a e 10a dynam. nee-puch. em 6a e 12a dynam. ped. em 5a e 9a dynam., e sassaf. em 6a e 10a|dynam., empregando-se uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Em um caso destes, dado em uma moça de 22 annos, obtivemos a cura completa no fim de 70 dias, empre- gando alternadamente strich. em 5a, 9a e 15a dynam. e elaps. 42 APPENDICE em 6a, 12' e 18* dynam. pelo mesmo methodo de administração, com oito dias de intervallo de uma a outra dose. Ulceras das palpebras. — São quasi sempre o resultado das ophthalmias purulentas e syphiliticas ; são recommendaveis dermoph. em 5a e 9a dynam. erith.-sat. em 5a, 6a e 12a dynam. e sassaf. em 5a e 10a dynam., uma gotta em 2 colhéres d'agua, para uma colher de 24 em 24 horas; repetindo o medicamento com intervallos de 8 ou 10 dias. X Das affecções dos ouvidos e das orelhas Ruído nos ouvidos. — Rumor de sons confusos que não se distinguem bem, o que se dá com o estômago cheio : abs. em 5a e '9a dynam. Zoeira que parece continuamente ouvirem-se sinos: anis. 5a e 10a dynam. Murmúrio continuo como por embate de ondas, de pouca duração: archan. 6a e 9a dynam. Zunido como por um sybilo longe: bom.-an. em 5a dynam. Zunido parecendo ouvir tocar uma musica longe: bry.-cord. 5a e 9a dynam. Zunido e bulha como por louça que se quebra : chenop.-ambr. 5a e 12a dynam. Zunido e impressão como por uma mosca, sons contínuos como por tambores: chioe-rac. em 6a e 10a dynam. Zunido e ardor nos ouvidos : conv.-arv. em 5a e9a dynam. Zoeira continua : crotal. 6a e 15* dynam. Zunido continuo, como por um insecto: crotal.-eleu. em 5a e 15a dynam. Zunido como por uma mosca, com comichão e ardor: elaps. 6a e 12a dynam. Zoeira nos ouvidos, e zunido como por grande ventania: hipp. em 6a e 10a dynam. Rumor e zunido nos ouvidos, parecendo que continuamente se ouve o rufar de um tambor : hur.-br. em 5* e 15a dynam. De espaço a espaço parece ouvirem-se detonações de armas de fogo: itu.-r. em 6a e 10* dynam. Ruido nos ouvidos, como por um continuo bater de azas: jae-br. em 5* e 12* dynam. Zoeira, com picadas de espaço a espaço: lep.-bon. em 5a e 10* dynam. Zunido como por repetidos assobios : mim. em 5* e 9a dynam. appendice 43 Zoeira nos ouvidos, custando muito a ouvir o que se falia : nec.-punch. em 5a e 12a dynam. Zoeira nos ouvidos, como pelo continuo chiai* de um carro: ped. em 5a e 10a dynam. Zunido nos ouvidos, como pelo continuo roçar de um objecto metallico: plum.-cel. em 6a e 12a dynam. Zunido continuo que estorva a audição : rosm.-off. em 6a e 12a dynam. Rumor continuo, como conversas longinquas, impedindo ouvir perfeita- mente : schi.-ant. em 5a e 9* dynam. Som continuo de um assobio : sol.-tub. em 5* e 10a dynam. Zunido e bulha, como por uma tempestade ao longe : spig.-mart. e/n 5a e 9a dynam. De qualquer destes medicamentos emprega-se de uma até duas gottas, em 4 colhéres d'agua, para dar uma colher de 12 em 12 horas. Dôres no ouvido. —Dôr no conducto auditivo, com repuxa- mentos e fisgadas : al.-sat. em 5a e 10a dynam. Dôr no conducto auditivo como por um golpe de ar : amph. em 6a e 12a dynam. Ligeiras picadas e formigamento no conducto auditivo, que causa afflicção : armor. em 5a e 9a dynam. Dôr latejante nos ouvidos: bil.-cor. 5a e 15a dynam. Dôr no conducto auditivo com calor interno: crotal.-eleu. em 6a e 12a dynam. Dôr palpi- tante nos ouvidos : dermoph.-pend. em 5* e 9a dynam. Picadas dentro do ouvido, que se fazem sentir mais na cama:lep.-bon. em 5a e 9a dynam. Picadas no interior do ouvido esquerdo : mir.-jal. em 5a e 12a dynam. Dôr nos ouvidos que se estende aos ossos do nariz : rhys. em 6a e 12a dynam. Dôr e repuxa- mento nos ouvidos: sassaf. em 5a e 10a dynam. De qualquer destes medicamentos, administra-se uma até duas gottas em 3 colhéres d'agua, para dar uma colher de 12 em 12 horas. Surdez. —Embaraço da audição, que obsta a que se entenda uma conversação seguida: archan. em 6* e 9a dynam. Falta da audição, como por um embaraço interno que causa dôr : asclep.-acur. em 6a e 12a dynam. Inflammação do conducto auditivo, que occasiona a falta, ou perda da audição : crotal. em 6* e 15a dynam. Falta de audição occasionada por inflamma- ção do conducto auditivo, com dôr e prurido : elaps. em 6a e 12a dynam. Perda parcial da audição, sem dôr e apenas sen- tindo uma zoada: jae-pet. em 5* e 9a dynam. Embaraços no ouvido, onde os sons chegão confusos, havendo surdez in- completa : pet.-mir. era 5a e 10a dynam. Surdez como pro- duzida por uma rolha: pet.-tet. em 6a e 15a dynam. ou no v 44 APPENDICE mesmo caso: sassaf. em 5a e 12a dynam. De qualquer destes medicamentos, uma gotta em 4 colhéres d'agua, para dar uma colher de 8 em 8 horas. Othorrhéa. — Corrimento de pús pelo ouvido esquerdo com dôr, e prurido : art. em 3a e 9a dynam. Purgação do ouvido direito com dôr no conducto auditivo : chioe-ang. em 5a e 12a dynam. Purgação com dôr nos ouvidos: dermoph.-pend. em 5a e 15* dynam. Purgação com comichão nos ouvidos : drup.- rae em 6a e 12a dynam. Corrimento de pús, com ardor e co- michão : elaps. em 6a e 18a dynam. Purgação dos ouvidos, por inflammação interna: stem.-camph. em 5a e 9a dynam. De qualquer destes medicamentos, uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Hemorrhagias. — As homorrhagias pelos ouvidos, sendo cau- sadas por lesão mecânica (pancada, queda, etc), são tratadas com arn. heli.-an. e lep.-bon. 3a e 5a dynam.; e sendo a causa interna ou desconhecida, applica-se delph. elaps. erithr.-sat. pet.-mir. plum.-cel. e tapy.-tan. «A administração é feita com uma gotta em 6 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 0 horas. Obturação do ouvido por abundância de cerumen negro que causa dôres : elaps. 6a e 12a, ou jae-br. 5a e 9a dynam.; uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 24 em 24 horas: Inflammação da orelha.— Inchação, rubor e dôr na orelha : art. em 5a e 10a dynam. e crotal. 6a el2* dynam.; a mesma administração acima indicada. Dôr e prurido na orelha, sem inflammação, ou causa conhe- cida : buf.-sahy. em 5a dynam., e-ang. em 9a e 12a dynam., crotal em 6* e 12* dynam. guan. ind.-tinct. lep.-bon. mir.-jal. paul. plum.-lit. em 5a, 9a e 15a dynam.; administra-se uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Erupção e excoriação das orelhas. — Pústulas que oecupão todo o pavilhão, com grande prurido : buf.-sahy. 5* dynam. Inchação de toda a orelha, com excoriações e cheiro nausea- bundo : crotal. 6a e 12a dynam. Erupção de crostas em toda a orelha, estendendo-se á face, cora corrimento de um pús sa- nioso: elaps. 6a e 9a dynam. Orelhas grossas e inchadas, com pústulas dolorosas, que suppurão abundantemente : guan. 5a e 10* dynam. Empigens em roda das orelhas, com grande pru- rido : hur.-br. 5a e 9a dynam. Engrossamento das orelhas com APPENDICE 43 erupção pustulosa : sang.-cor. 5* e 9a dynam. Dartros em roda das orelhas e dentro do pavilhío, cora dôres e grande prurido : stem.-camph. em 5a, 9a e 12a dynam. Administrão-se estes medicamentos, uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma co- lher de 12 em 12 horas. XI Das affeccQes do nariz Coryza com corrimento de mucosidades. —Prurido nas fossas nasaes, com contínuos espirros e corrimento de muco amarel- lado : abs. em 5a e 10a dynam. Coryza com dôr no nariz, com corrimento de muco grosso eamerellado: al.-sat. 5a e 9a dynam. Secreção abundante de muco nasal : anis. em 5a e 12* dynam. Coryza com rubor e ardor, corrimento de mucnsidades mais ou menos espessas : art. em 5* dynam. Corrimento de mucosida- des aquosas : blatt. em 5a e 9a dynam. Prurido insaciável no nariz, com abundante corrimento de mucosidades : crotal em 6a e 12a dynam. Ulceração da parte interna do nariz, com cor- rimento de mucosidades, com ardor : drup.-rae em 5* e 10a dynam. Fluxo de mucosidades brancas com máo cheiro, elaps. 6a e 12a dynam. Inflammação da membrana mucosa das fossas nasaes, com ardor, comichão e corrimento fétido amarellado : heli.-an. em 6a e 12a dynam. Contínuos espirros com corrimento de fluxo aquoso: jae-br. em 5a e 9a dynam. Coryza com se- creção de mucosidades : mim. em 5a e 9a dynam. Coryza com corrimento abundante de muco amarellado, ardor e ex^ coriação no nariz : sassaf. em 5a e 10a dynam. Coryza violento com secreção abundante de mucosidades : tapi.-tan. em 5a e9a dynam. A administração destes medicamentos é uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Coryza secco.—Coryza com irritação e rubor das alas nasaes bom.-an. em 5a e 9a dynam. Espirros repetidos e coryza ar- dente : itú.-r. em 6a e 15* dynam. Inchação do nariz, com dôr^ ardor e sensação de frio, continuo espirrar e difficuldade de 46 APPENDICE olfação : lep.-bon. em 5a e 15a dynam. Espirros contínuos, ou com curtos intervallos e ardor no nariz : mel.-ak. em 6a e 12a dynam. Inflammação das fossas nasaes com ardor e prurido : ped. em 5* e 9* dynam. Rubor das alas nasaes, com espirros freqüentes, nariz inflammado e brilhante : pet.-tet. era 6* e 12a dynam. Ardor, prurido e peso no nariz, continuo espir- rar: poly.-hydr. 5a e 13a dynam. Espirros contínuos, a que se segue tosse fraca, com pressão no nariz : sol.-tub. em 6* e 9" dynam. Empregão-se estes medicamentos em uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. Epistaxis.—Hemorrhagias nasaes todos os dias á mesma hora: chenop.-amb. 5a e 9a dynam. Corrimento de sangue e de muco- sidades sanguinolentas pelo nariz, com prurido e dôres : crotal. em 6a e 12a dynam. Ligeira hemorrhagia nasal de sangue rubro, depois de violenta cephalalgia : drup.-rae em 5* e 9a dynam. Hemorrhagia de sangue rubro claro, que apparece com inter- vallo de dias ; elaps. em 6a e 15a dynam. Hemorrhagia de san- gue escuro e espumoso, cora dôres nos ossos próprios do nariz: erithr.-sat. em 5a e 10a dynam. Corrimento de sangue claro, estando dormindo : goss. em 5a dynam. Corrimento de sangue claro pelo nariz, em seguida a uma forte dôr de cabeça : heli.- an. em 5* e 9a dynam. Abundante corrimento de sangue vivo? que"se repete por algumas vezes, havendo dôres incisivas no nariz : ind.-tinct. em 6a e 9a dynam. Hemorrhagia nasal abun- dante, com vertigens e dôr constrictiva na cabeça: lep.-bon- em 5a e 12a dynam. Ligeira hemorrhagia, durante uma forte defluxão: nee-puch. em 5* e 9* dynam. Hemorrhagia abun- dante de um sangue vivo, que se torna mais escuro, e por fim quasi negro, ou perfeitamente negro e espumoso : pet.-mir. em 5a, 10a e 15* dynam. Corrimento abundante de sangue pelo nariz, de côr escura e viscoso, ou espumoso : plum.-cel. em 5*, 9* e 12a dynam. Larga hemorrhagia nasal, de sangue claro', que depois se repete mais escuro, havendo prurido pouco antes de manifestar-se o corrimento : rhys. em 5* e 9* dynam. Fraca hemorrhagia, que se repete, com pressão no nariz : sol.-tub- em 5a e 10* dynam. Hemorrhagia nasal de sangue turvo, escuro» denegrido, ou muito claro : tapy.-tan. em 5a e 12* dynam. Ad- rainistrão-se estes medicamentos uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas, ou menor intervallo, se a intensidade do mal o exigir. APPENDICE 47 Erupções.—Erupção de botões no nariz, com descamação da epiderme sobre as alas nasaes: armor. em 5a e 9a dynam. Eru- pção dartrosa, com descamação da epiderme: bry.-cord. em 5a e 10a dynam. Dartros em roda das orelhas e dentro do pavi- lhão, com grande prurido: stem.-camph. em 5a c 9a dynam. Administra-se uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Obturação.— A obturação das ventas, que impede tomar li- vremente a respiração, combate-se com elaps. jae-br. e sassaf. em 5a, 9a ou 15* dynam., uma gotta em 3colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Prurido.— O prurido continuo que se sente sobre os ossos do nariz, com peso, e como se fosse apparecer uma ulcera, tra- ta-se com crotal. guan. e rhys. em 5a e 15* dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 e» 8 horas. Dores. — As dôres que se manifestão nos ossos do nariz, depois de uma defluxão, ou em seguida a fortes cephalalgias, combatem-se com bry.-cord. cerv. guan. ind.-tinct. lep.-bon. on.-as. e pet.-tet. em 5a e 9* dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. XII Das aflecçoes do rosto Physionomia. — Comquanto a alteração dos traços physiono- micos não constitua um symptoma eminente, para por elle se formar um diagnostico, é comtudo um symptoma indicador do maior ou menor gráo dos soffrimentos do enfermo, e tendo os medicamentos homceopathicos uma acção especial sobre cada parte do corpo, como se manifesta nas experiências pu- ras, que se achão coordenadas nas pathogenesias, claro fica que não se deve desprezar essa indicação ; além disso ha casos em que o enfermo apenas deixa entrever os sym- ptomas mais apparentes, tal como acontece com um indi- viduo no estado de syncope, com alguns loucos, e mesmo com 48 APPENDICE alguns enfermos que queixão-se de um incommodo que não sabem definir, e que não se manifesta por symptoma algum externo, ou que esteja ao alcance do medico ; e bem assim nos doentes que não podem exprimir seus males, por mais que os sintão, como, por exemplo, os mudos e as crianças. Era todos esses casos, e em outros idênticos, a pbysionomia do individuo deve merecera attenção do medico ; a alteração e decomposi ção das feições lhe serviráõ de indicador, não só para o estado do enfermo, como mesmo para o medicamento que deva pro- curar, quando por falta de outros symptomas não possa deter- minar mais precisamente outro medicamento que abranja todo o quadro de soffrimentos. É por estas considerações que aqui descrevemos as principaes alterações que sobre os traços phy" sionomicos imprimem os medicamentos indigenas. Pallidez do roste, exprimindo a physionomia tristeza e sof- frimento, com circulos azulados em volta dos lábios e dos olhos : abs. Pallidez da face, ou côr branca embaciada, tirando a esverdeado, principalmente em volta dos lábios, com azula- mento das palpebras : archan. Afogueamento do rosto, ou côr arroxada até as orelhas, com os lábios li vidos: art. Rosto angus- tiado com expressão de dôr, olhos injectados e como sahindo das orbitas, corrimento de saliva pelos cantos da boca : asclep.- acur. Feições angustiadas exprimindo um profundo sentimento, havendo ligeiras convulsões e tremores : bomb.-an. Pallidez da face, tremor dos músculos da face até ao pescoço, com tremor das palpebras, e pestanejamento continuado : bry.-cord. Pal- lidez e inchação das faces, que tornão uma côr esverdeada ; entumescencia do rosto, que fica como balofo ; com tremor e paralysia dos membros : cal.-pend. Entumescencia das faces, que ficão como balôfas, adquirindo uma côr pallida esverdeada ; havendo dilatação das pupillas, convulsões e distensão dos mem- bros: chenop.-ambr. Physionomia decomposta eabatida, expri- mindo medo ; beiços pallidos, rosto cadavericoe ancioso ; afila- mento do nariz que toma uma côr quasi de cera,parecendo trans- parente ; accessos convulsivos : chioe-rac. Pallidez marmórea, tomando depois uma côr esverdeada ; convulsões e distensão dos membros, que tomão uma rijeza teta nica : geof. Rosto des- corado, tocando a livido ; olhos ternos, semi-fechados, com um circulo azulado ; espasmos, contorsões dos membros, e movi- mentos convulsivos: goss. Pallidez constante, com circulos appendice 49 azulados em roda dos olhos ; feições contrahidaseaugustiadas ; corpo tremulo : lin. Face livida, ou arroxada ; lábios denegri- dos, com espuma sanguinolenta ; olhos injeclados de sangue e palpebras entumescidas ; cabeça cabida a um lado: mik.-off. Rosto pallido, sombrio, desfigurado; olhos profundos, com um circulo azulado; pupillas um pouco dilatadas; tremor da columna vertebral : mir.-jal. Physionomia abatida com expressão de an- gustia ; olhos profundos, com a esclerotica amarellada ; estado comatoso ; boca aberta; convulsões e tremores : onis.-as. Fei- ções abatidas, com um circulo azulado em volta dos olhos e dos lábios ; olhos lacrimosos, e os bordos das palpebras inflamma- dos ; gritos e choros em uma criança de anno : palm.-ch. Queda dos traços physionomicos, expressão de dôr e angustia, faces cavas ; olhos semi-fechados, injectados de sangue, com as palpebras inchadas, e de côr livida arroxada ; manchas lividas, #ôxas ou denegridas em varias partes do corpo ; tremores con- vulsivos: plum.-cel. Face pallida, physionomia abatida com expressão de tristeza ; manchas pallidas por todo o corpo ; so- bresaltos nervosos, com adormecimcnto dos membros : rhys. Faces pallidas, cavas e embaciadas; olhos languidos, ternos, profundos, com circulos azulados; havendo ataques hystericos com convulsões, contorsões, enteiriçamento, rijeza, tremor das pernas e braços, e crispações das mãos : rosma off. Para mais explicações, consultem-se as pathogenesias dos medicamentos indicados. Erupções no rosto.—Descamação da epiderme em toda a face, pronunciando-se mais em roda do nariz, que toma um aspecto dartroso : abs. era 5a e 9a dynam. Erupção miliar no rosto, e que mais carrega nos lábios, com inchação dolorosa da face : amph. em 6a e 12a dynam. Prurido e descamação do rosto, com ardor e calor das faces : bil.-cor. em 5a e 10a dynam. Dartros que atacão a face até as orelhas, com descamação da epiderme, principalmente no nariz: bry.-cord. em 5a e 12a dynam. Eru- pção urticaria, com prurido excessivo, apparecendo ligeiras pús- tulas : buf.-sahy. em 6a e 12a dynam. Erupção dartrosa sobre a face direita, com ardor e excoriação : convol.-duart. em 5* e 9a dynam. Erupção de dartros na face, com apparecimento de pústulas que desfigurão o rosto : hur.-br. em 6a e 15* dynam. Appariçâo de pústulas na face, com dôr e prurido, eo nariz in- tlammado : pet.-tet. em 5* e 9* dynam. Erupção miliar, que 30 APPENDICE dentro em pouco toma o caracter de pústulas, engrossando as palpebras, lábios, nariz e orelhas, e seguindo-se a este estado a ulceração: sang.-cor. em 6a e 12a dynam. Erupção de pequenos botões pustulosos, com dôr e descamação : sol.-tub. em 5a e 10a dynam. Inchação do rosto.— Inchação da face direita, estendendo-se para o olho, com grandes dôres: calen.-off. em 5* dynam. In- chação das faces, com manchas vermelhas ou lividas : cerv. em 5*e9* dynam. Entumescencia da face, com calor ardente» vermelhidão arroxada e dôr que se estende até ás orelhas: cro- tal. em 6a e 12a dynam. Inchação erysipelatosa da face direita, estendendo-se até á orelha, com dôr e prurido: drup.-rae em 5* e 10* dynam. Inchação da face com rubor, dôr, calor e pru- rido : helian.-an. em 5* e 9a dynam. Inchação da face esquerda, com dôr, e côr vermelha carregada : ped. em 5a e 12a dynam. Inchação de ambas as faces, com calor, ardor, e descamação .: sassaf. em 5a e 10a dynam. Prosopalgia. — Dôres na face, com violentas dôres; dôres mortificantes no maxillar inferior, e nos nervos faciaes, que se augmentão com a humidade : amph. em 6a e 12* dynam- Dôr rheumatica na face esquerda, que ataca o maxillar supe- rior, e que passa algumas vezas para a face direita : gyn.-jac. em 5* e 9* dynam. Dôres nervosas insupportaveis na face es- querda, estendendo-se aos maxiUares, com tremores convul- sivos que se estendem até ao olho : ind.-tinct. em 5* e 10a dynam. Dôr e ardor na face direita, estendendo-se aos ouvi- dos : lep.-bon. em 5* e 12a dynam. Dôr nos ossos da cara, com ligeira inflammação : paul. em 6* e 12* dynam. Dôr no rosto todo, com ardor e prurido : sed. em 5a dynam. Dôr violenta, estendendo-se aos ossos : sol.-oi. em5a e 12a dynam. Adminis- tração : uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para dar uma colher de 8 em 8 horas. APPENDICE 51 XIII lias affecçffes dn foocn Inflammação da boca.—Ulceração e inflammação das paredes internas da boca, com aspereza e ligeiro entorpecimento da lingua : crot.-eleu. em 5a e 10a dynam. Excrescencias carnosas na parte interna das faces e dos laBios, com inflammação, seccura e sabor de fumo: hur.-br. em0a e 12a dynam. Inflamma- ção e desenvolvimento de empolas, como pústulas, em toda a juirte interna da boca: lae-ag. em 5a e 9a dynam. Administra- se uma gotta em 4 colhéres d'agua, para tomar uma colher de 12 em 12 horas. Inflammação da língua. —Inchação da lingua, com ardor e picadas, sem que se possão pronunciar quasi todas as palavras: bil.-cor. em 5a e 15a dynam. Inflammação e inchação da lingua, com salivaçâo abundante, dôres e difficuldade de fallar: crotal. em 6a e 15a dynam. Inflammação da lingua, que é pastosa, arroxada ou denegrida : elaps. em 6a e 12a dynam. Lingua vermelha e inílammada, com sensação de espessura como se estivesse dobrada, difficultando-se o movê-la para fallar : Itú.-r. em 5a e 9a dynam. Entumescimento e torpor da lingua, que torna-se arroxada ou denegrida, com dôres: pet.-mir. 5a, 9a e 12a dynam. Lingua tremula, aguçada e denegrida, com incha- ção que difficulta o contê-la na boca : plum.-cel. era 5a, 10a e 15a dynam. De qualquer destes medicamentos administra-se uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Inflammação do palatíno. — Inflammação e inchação do céo da boca, que difficulta fallar e engulir, ainda mesmo os liquidos: ar.-mae em 5a e 9a dynam. Inchação e inflammação do pala- tíno, com dôres como por um abcesso que quer suppurar: bry.-cord. em 5a e 10a dynam. Ligeira inflammação dolorosa no véo do paladar, com latejamento e fisgadas: janiph. em 6a e 12a dynam. No mesmo caso : petrosel. em 5a e 9a dynam. Administrão-se estes medicamentos uma gotta era 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Aphtuas. — Esta affecção, quer seja nas crianças, quer nos 52 APPENDICE adultos, pôde ser combatida com os seguintes medicamentos: ar.-mae frag.-v. perianth. sassaf. sisyr.-gala.. e sol.-tub. em 5a, 9*, 12* e 15* dynam., uma gotta para 3 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas; se fôr criança menor de quatro annos dê-se o medicamento em glóbulos. Excoriação dos lábios. — As differentes excoriações que affectão os lábios são tratadas com vantagem por abs. buf.-sahy. conv.-arv. mel.-ak. nee-puch. ped. e sol.-tub. em 5a, 6a, 9a e 15* dynam., com a mesma administração acima indicada para as aphthas. Inflammação das gengivas. — A inflammação parcial das gengivas, sem que se manifeste outro qualquer incommodo, pôde ser tratada com chenop.-ambr. crotal. crot.-fulv. e elaps. em 6* e 12a dynam., appücando uma gotta do medicamento em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 era 6 horas. Sangramento das gengivas. —Quando ha sangramento e dôr nas gengivas, com ligeira tumefacção, convém : al.-sat. Ardor, comichão e sangramento das genvivas, que algumas vezes tomão uma côr livida : armor. Sangramento das gengivas com salivaçâo abundante: mim. Sangramento das genvivas, com ligeira inflammação : perianth. Lividez e arroxamento das gen- givas, com sangramento em roda dos dentes: pet.-mir. Gen- givas lividas, com sangramento e abalo dos dentes :plum.-cel. Sangramento das gengivas com dôres nos maxiUares : spig.- mart. Administrão-se estes medicamentos em 5a, 9* e 12a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Dôres e rangimento dos dentes.—Dôres nos dentes cariados, com fisgadas vagas em alguns dentes sãos e nos músculos e - nervos faciaes: abs. Dôr nos dentes cariados ; dentes abalados, dolorosos, e como crescidos; continuo rangir de dentes durante a noite : al.-sat. Dôr em vários dentes, que mais se aggrava de tarde, ou andando; embotamento e dormencia dos dentes molares, como pelo contacto de um acido; sensação de alonga- mento dos dentes: amph. Dôres lancinantes nos grandes molares, estendendo-se aos maxiUares : archan. Dôres lanci- nantes nos dentes cariados; dôres nos grandes molares do lado direito, estendendo-se aos nervos da face, com inchação e dureza; sensação dolorosa nos dentes, ao contacto dágua fria • embotamento e dormencia nos dentes, como depois de ter appendice 53 tomado uma bebida ácida; crescimentos nos dentes molares e dôres nos incisivos : armor. Dôr nos dentes caninos e molares, com latejamento que se estende até ao ouvido: bil.-cor. Dôres vagas em todos os dentes, ora limitando-se a uns, ora a outros: buf.-sahy. Dôr nervosa nos dentes molares do lado direito, que alternativamente passa ao esquerdo, affectando toda a face até ao ouvido ; sensação como se os dentes crescessem: calen.- off. Embotamento e sensibilidade dos dentes; dôres nos grandes molares superiores, com inflammação nas gengivas: crotal. Dôr e repuxamento dos grandes molares, com inflammação das gengivas: crot.-fulv. Dentes abalados, com difficuldade de mastigar: elaps. Dôres que se aggravão com o calor da cama: geof. Dôres violentas, com sensação de crescimento dos dentes: hali.-an. Dentes abalados e dolorosos : hur.-br. Dôr de dentes que se estende até as orelhas, aggravando-se com o frio, ou bebendo água fria: itú.-r. Dôr nos dentes do lado direito; dôr nos dentes do maxillar inferior esquerdo, que se estende ao ouvido produzindo surdez ; violenta dôr de dentes, em que estes estão abalados e crescidos: lep.-bon. Dentes abalados, com dôr e picadas em todos elles : mel.-ak. Dôr e sensação de abalo nos dentes do maxillar inferior esquerdo: mir.-jal. Dentes dolorosos, e um pouco abalados, com calor na cara: mor.- nort. Dôres lancinantes em vários dentes alternadamente: mur.-lei. Dôr e sensação de crescimento nos dentes superiores: nee-puch. Dôres mais ou menos violentas nos dentes do maxillar superior, affectando o mesmo maxillar e os ossos da cara : onis.-as. Dôr em todos os dentes do lado direito : paul. Dôres de dentes com sangramento das gengivas: rhys. Dôres e sensação de crescimento dos molares: rosma.-off. Dôr e em- botamento dos grandes molares do lado esquerdo: sassaf. Dôr e grande sensibilidade em todos os dentes; dôr nos dentes cariados, augmentando depois de comer, e com sangramento das gengivas: sed. Dôr em quasi todos os dentes alternada- mente : sol.-ol. Dôr somente nos caninos e incisivos: spig.- mart. Dentes embotados e dolorosos, com ulceração das gen- givas : stem.-camp. Dôres tractivas e repuxantes nos dentes molares superiores, do lado direito, interessando também os ossos do rosto, do mesmo lado: tapy.-lan. Rangimento dos dentes, acordado, ou dormindo: chenop.- ambr. Rangimento dos dentes, com tremor da mandibula, a 54 APPENDICE \ ponto de morder a lingua c os lábios: chioe-rac. Rangimento de dentes com espuma branca: crot.-camp. Rangimento dos dentes em uma criança : palm.-ch. Todos estes medicamentos são empregados em 3a, 9a, 12" c 15a dynam., administrando-se de uma até três gottas, em 6 colhéres d'agua, para tomar uma colher de 2 em 2 horas isto nos casos de dôres de dentes ; quanto ao rangimento dos dentes, tomem-se somente quatro colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Nas dôres de dentes empregão-sc também os medicamentos immediatamente sobre o dente, embebendo um pouco de algodão (ou na tintura simples, ou em uma solução forte de unia ou duas gottas do medicamento, para uma colher dágua), e applicando-o ao dente cariado ; mas esta applicação só pôde ter lugar havendo carie, do contrario é preciso tomar o medicamento internamente, c no caso que a dôr seja muito violenta, c não se possa esperar pela acção do medicamento o tempo que acima marcamos, póde-se alterar essa regra, seguindo para isto o que deixámos dito quando no começo deste appendice tratámos dos medicamentos. XIV ÍDas affecções da garganta Inflammação da garganta. — Dôr com ligeira inflammação, cócegas como poeira, com esforços inúteis para lançar fora os escarros : al.-sat. Dôr, ardor e inflammação na garganta, com inchação para o lado externo : armor. Inflammação da garganta com difficuldade de engulir os líquidos : ar.-mae Dôr e prurido na garganta com irritação das amygdalas : bomb.-an. Ligeira inflammação e ulceração da garganta; anginasyphilitica : bry.- cord. Inllammação com difficuldade de deglutição ; engorgi- tamento das amygdalas ; aspereza da garganta, que parece ecr- rar-se á vista dos alimentos e bebidas; inchação e ulceração da garganta, com engorgitamento da campainha : chioe-rac. Dôr de excoriação na garganta, com ligeira inflammação, e inchação externa: conv.-arv. Constricção na garganta, com dificuldade APPENDICE 35 de engulir ; ardor e sensação como de poeira, ou como se um nó difficultasse a respiração : crotal. Inflammação da garganta com dôr, e cxcoriações na base da lingua : crot.-camp. Inflam- mação da garganta com dôres incessantes, inchação externa que estorva a deglutição até mesmo dosliquidos : crot.-eleu. Ligeira inflammação de garganta, com sensação de constricção : gyn.- jac. Dôr e inflammação interna, com pequena inchação externa: helian.-an. Inflammação da garganta, com dôres e difficuldade de engulir : perianth. Ligeira inflammação de garganta, com engorgitamento das glândulas sub-maxillares e linguaes ; sas- saf. Inflammação dolorosa com difficuldade de deglutição : sol.- ol. Ardor e prurido na garganta, como por poeira, seccura e sensação como se existisse uma excrescencia ; inflammação da garganta que impede a deglutição da saliva, havendo accumu- lação de mucosidades difíiceis de expellir, produzindo a água fria uma sensação como de constricção : sol.-tub. Administrão-se estes medicamentos em 5a, 6a, 9a, 12a e 15a dynam. ; empregando-se uma até duas gottas em 6 colhéres d'agua, para uma colher de 4 em 4 horas. Inflammação das amygdalas. — Irritação das amygdalas, com ligeira constricção, e picadas fortíssimas : abs. Inflammação das amygdalas, que torna difficil a deglutição, ainda mesmo da saliva : amph. Inflammação das amygdalas, com intumescencia, ardor e titulação como por um objecto que se acha adherido : art. Dôr nas amygdalas, com irritação que embaraça a deglu- tição : drup.-rae Inflammação das amygdalas, com dôr e sen- sação como se um corpo estivesse atravessado : itú -r. Inflam- mação das amygdalas, com principio de suppuração : nee-puch. Ligeira inflammação das amygdalas, que ao menor esforço san- grão : rhys. Administrão-se estes medicamentos em 5a, 9a e 15a dynam., applicando-se de uma até duas gottas em 4 colhé- res d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. Constricção da garganta. — Constricção na garganta, e sen- sação de um corpo estranho que existe adherido, e que provoca a tosse: archan. Constricção pressiva com dôr : elaps. Cons- tricção dolorosa na garganta, com gosto de sangue : hur.-br. Constricção na garganta com dôr e difficuldade de deglutição : .Jae-br. Dôr e constricção na garganta, com vermelhidão : ja- troph. Ardencia, dôr e constricção na garganta com ancias de vômitos : lep.-bon. Sensação de constricção na garganta, como 56 \PPEND1CE por um corpo que aperta externamente : mor.-nort. Difficul dade em engulir, por constricção do pharynx, e dôr que se augmenta progressivamente : myr. Sensação de constricção na garganta com dôr que impede a deglutição : onis.-as. Constric- ção do larynge, que impede a deglutição : ped. Constricção na garganta, com ardor, e difficuldade de deglutição : pet.-mir. Sensação de adstringencias como tendo engulido um fruclo acre c resinoso : pet.-tet. Constricção da garganta que impede a deglutição plum.-cel. Aperto como por ura nó, que parece im- pedir a deglutição : rosma.-off. A administração é em 5a, 9a, 12a e 15a dynam.; empregando uma até duas gottas, em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Dôr, ardor e ulceração da garganta. — Ardor, com anxie- dade, depois de comer: abs. Ardor e titulação, como por um objecto que se acha adherido: art. Ardor com sensação de poeira : crotal. Ligeira dôr e ulceração com inchação externa : ind.-tinct. Dôr na garganta, como por uma ulcera : itú.-r. Dôr c difficuldade de deglutição : jae-br. Dôr, ardor c- irritação da garganta: lim. Ardor c abrazamento na gar- ganta como pelo contacto de uma substancia estimulante, como pimentas : mir.-jal. Titulação, ardor, e seccura na gar- ganta : paul. Ardor e prurido na garganta como poeira, que se não pôde expellir : sol.-tub. A administração destes medi- camentos faz-se em 5a, 9a, 10a e 15* dynam., appücando de uma a duas gottas, em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. XV Do appetite Anorexia, ou falta de appetite.—Os medicamentos indigenas mais apropriados para este incommodo, que quasi sempre é um symptoma que acompanha differentes affecções, são : abs. al.- sat. archan. arist.-3y. ar.-mor. art. cal.-pend. can.-ind. conv.- duart.elaps. ele guan. lep.-bon. mor.-nort. mur.-lei. pip.- APPENDICE 57 odor. e rhys., em 5a, 9a e 15a dynam. Não descrevemos mais minuciosamente estes medicamentos, porque, como já dissemos, sendo a anorexia um symptoma, é apenas um dado diagnostico que orienta o medico, que nesse caso deve consultar as respe- ctivas pathogenesias. Bulimia.— Voracidade que acompanha algumas moléstias ; comquanto seja um symptoma de outra affecção, é comtudo muitas vezes o symptoma dominante, e até mesmo o único in- commodo que se offerece á queixa do doente; os medicamen- tos indigenas que mais convém neste caso são : Havendo muita voracidade e insaciabilidade, ou falta de appe- tite para o trivial, com desejos extravagantes : chenop.-amb. em 6a e 12a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Havendo extraordinária voracidade para os alimentos ordi- nários, e ao mesmo tempo desordenado appetite por todos os gêneros alimentícios que não são do trivial : geof. em 9a e 15a dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Fome continua, que os alimentos não sacião, repugnando comtudo os alimentos cozidos : lep.-bon. em 5a e 10a dynam., uma gotta em 4 colhéres d;agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Malacia. — Appetite desordenado para comer matérias não alimentares, como terra, carvão, arêa, etc. É um symptoma que acompanha varias enfermidades, manifestando-se nas mu. lheres durante a gravidez, e constituindo só por si uma affecção mórbida. Nos medicamentos indigenas, os mais applicaveis são : cal.-pend. geof. paul. rosma.-off. e sol.-tub. em 5a, 12a e 15a dynam. Administra-se uma golta em 4 colhéres d'agua para uma colher de 12 em 12 horas. Sede.—Nãoconstitue só por si uma moléstia, mas é um sym- ptoma que acompanha differentes affecções, e principalmente as febris, è muito digno de attenção, devendo-se consultar as res- pectivas pathogenesias. Os medicamentos indigenas que mais se manifestão influindo neste symptoma são : abs. al.-sat. archan. arist.-cy. armor. bomb.-an. chioe-rac. crot.-eleu. elaps. hipp. lep.-bou. 5» APPENDICE XVI B>o estômago Arrotos. —Os arrotos são sempre o effeito de uma causa mais remota, seja ella simplesmente uma má digestão, ou uma affecção do estômago, ou mesmo dos intestinos ; porém mani- festão-se muitas vezes sem outro incommodo, o qual mais tarde se desenvolve, ou que fica sempre "latente ; assim pois, o doente não apresentando outra queixa, é só este incommodo que se deve combater, e por essa razão tratamos delles com minuciosidade. Arrotos ácidos, acres, que causão grande incommodo, ha- vendo sensação de um buraco e fraqueza ; ou desenvolvimento de gazes no estômago, com arrotos pútridos, ou com gosto de ovos chocos : abs. em 5a e 9a dynam. Desenvolvimento de ga- zes no estômago, com arrotos azedos : anis. em 6a e 12a dynam. Arrotos com regorgitação de líquidos : archan. 5* e 10a dynam. Arrotos azedos, com regorgitação dos alimentos, e sobretudo de líquidos : art. em 5a e 9a dynam. Arrotos ácidos, com o estô- mago vasio : coe-cact. em 6a e 9a dynam. Arrotos ácidos, aze- dos ou sem gosto, em jejum : contrahy. em 5a e 10a dynam. Arrotos ácidos, ou com gosto de enxofre, como estômago cheio : crot.-eleu. em 6* e 10a dynam. Desenvolvimento de gazes com anxiedade, e arrotos ácidos, ou azedos: delph. em 5a e 12a dy- nam. Arrotos freqüentes, de gosto rançoso : drup.-rae em 6a e 12a dynam. Arrotos ácidos, amargos, ou de ovos podres, ha. vendo embaraço no esophago depois de comer, como se esti- vesse apertado por um annel: elaps. 6a e 15a dynam. Desen- volvimento de gazes, com arrotos contínuos: laur. cin. em 5a e9a dynam. Arrotos ácidos e pútridos, ou gazosos sem aci- dez: lep.-bon. em 5a e 12a dynam. Arrotos ácidos, com dôr que impede a respiração : mel.-ak. em 5a e 9a dynam. Arrotos freqüentes, com gosto amargo, azedo, ou pútrido : mir.-ja.- em 5a e 12a dynam. Desenvolvimento de gazes, com enfarte no estômago, e arrotos abundantes sem acidez : rhys. em 5a e 10a dynam. Arrotos ácidos c azedos, com enchimento de estômago e falta de appetite : sassaf. em 5a e 12a dynam. Arrotos acidu- APPENDICE 59 losos, e flatulencias depois de comer : sol.-tub. em 5a e 9a dy- nam. Arrotos freqüentes, muitas vezes com o estômago revolto havendo pressão, constricção e gargarejo no estômago : stem- camph. em 5a e!2a dynam. Empregão-se estes medicamentos, em uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Azia.—Este incommodo pôde ser co"mbatido com abs. arist.- cy. crot.-fulv. gyn.-jac. petrosel. e stem.-camp. em 5a, 6a, 9ae 12» dynam. uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 4 em 4 horas. Soluços.— Os medicamentos indigenas a empregar para este incommodo são : citr.-ae em 5a dynam. chioe-rac. em 5a e 9a dynam. drup.-rae em 6a dynam. itú.-r. em 5* e 10a dynam. jal. em 6a e 12a dynam. e petrosel. em 5a e 12a dynam. uma . gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 3 em 3 horas. Mas digestões. — Falta de acção do estômago para fazer prompta digestão : empregão-se neste caso os seguintes me- dicamentos: abs. 5a e 9a dynam., bil.-cor. 6a e 12a dynam., bry.-cord. 5a e 10a dynam., conv.-arv. 5a dynam., lep.-bon. 6a e 12a dynam., on.-as. 6a e 15a dynam., rhys. 5a e 9a dynam., rosma.-off. 5a e 12a dynam., schi.-ant. 6a e9a dynam., sol.-tub. 5a e 9a dynam., tapy.-tan. 5a e 12a dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 4 em 4 horas. Ardor. — O ardor que se manifesta no estômago depois de comer, e algumas vezes mesmo em jejum, sem ser acom- panhado de outro algum symptoma, pôde ser combatido com : abs. 5* dynam., calen.-off. 9a dynam., jae-pet. 6a dynam., laur.-cin. 5a e 9a dynam., lep.-bon. 6a e 12a dynam., mor.- alb. 5a e 10a dynam., pen.-quin. 5a e 12a dynam., de qualquer destes medicamentos emprega-se uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Caimbras do estômago. — Este incommodo pôde ser tratado com citr.-acid. 5a dynam., guan. 5a e 9a dynam., millefol. 6a e 10* dynam,, nee-puch. 6a e 12a dynam., sendo uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. Além destes medicamentos indigenas, aconselhamos muito especialmente o emprego da Paeon. (também medicamento indigena, mas que ainda não faz parte da Pathogenesia que publicámos), sendo a administração pelo mesmo modo que acima indicámos. h V 00 APPENDICE Cardialgia.—Dôr continua ou intermittente, mais ou menos viva, occupando o centro do epigastro, ou somente o cardia, e a que também se chama Gastralgia, ou Gaslrodynia. São applicaveis os seguintes medicamentos : Dôr ardente, violenta, continua, pungente, com peso e oppressão e tensão tympanica : abs. 5a e 9a dynam. Dôr, calor e pressão no estômago, com plenitude e tensão no epigastro, e sensibilidade dolorosa na boca do estômago : al.- sat. em 5a e 10a dynam. Dôr aguda que se estende para o figado, com crescimento e borborygmos do estômago : arist.-cy. 6a e 12a dynam. Dôr e ardor no cardia, que obriga a curvar-se para achar allivio, com picadas no epigastro, como por beliscaduras : armor. 5a e 9a dynam. Dôr que começa por ligeiro ardor, peso e pressão sobre o pyloro, causando ancias e suores : ar.-mac. 6a e 12a dynam. Dôr, peso, anxiedade e inchação do estômago, com enjôos : asclep.-acur. 6a e 9a dynam. Dôr e peso no estômago, estendendo-se para o baço, com grande sensibilidade ao menor contacto : bil.-cor. 5a dynam. Dôr e peso no estômago a qualquer hora, mesmo depois de comer : bry.-cord. 5a e 9a dynam. Dôr violenta no estômago, com muito suor e anxiedade: cact.-op. 6a e 15a dynam. Dôr mortificante no epigastro, com pressão no estômago, como por um peso enorme: calen.-off. 6a e 12a dynam. Dôres no estômago, com sensibilidade dolorosa em todo o epigastro,onde não se lhe pôde tocar: coloc.-paul. 5* e 10a dynam. Dôr e oppressão no estômago, sem poder supportar o contacto das roupas : conv.-arv. 6a e 9a dynam. Dôr lancinante como por um instrumento cortante, es- tendendo-se até ao esophago : convol.-duart. 5a dynam. Dôres no estômago, mais fortes no pyloro, com repuxamento e sensibilidade excessiva, que não deixa supportar os vestidos : crotal. 6a e 15a dynam. Dôr como por um peso que carrega o estômago, com sensa- ção de plenitude : crot.-camp. 5a e 9a dynam. Dôr aguda no epigastro, como por um instrumento ponte- agudo que se crava; dôr e calor ardente, como por enchimento: crot.-eleu. 5» e 10* dynam. APPENDICE 61 Dôr no estômago, com ardor como se houvesse um derrama- mento d'agua quente : dermoph.-pend. 5a e 12a dynam. Dôr e repuxamento no cardia, com contracção e picadas no epigastro, e sensação como se no estômago houvesse um buraco profundo; dôr e peso no epigastro, que impede respirar livre- mente: elaps. 6a e 12a dynam. Dôr lenta e mortificante no estômago, que mais se augmenta durante a digestão : erith.-sat. 5a e 9a dynam. Dôr ardente no estômago, com peso e náuseas, sendo mais sensivel pela manhã : eug.-jamb. 5a e 10a dynam. Dôr e ardor no cardia, com crescimento do estômago, peso, e anxiedade : frag. 6a e 9a dynam. Dôr e repuxamento no estômago, com crescimento e oppres- são de respiração: jae-br. 5a c 12* dynam. Dôr sobre o estômago, que augmenta á menor compressão : jal. 6a e 9a dynam. Dôr aguda, mortificante, com peso no estômago, principal- mente durante a noite: janiph. 5a e 10a dynam. Dôr no estômago, como por um ferro em brasa, com grande afflicção: jatroph. 5a e 9a dynam. Dôr profunda como se fosse produzida por um parafuso posto em movimento, e com sensibilidade que torna insupportavel o menor contacto : lag.-sil. 6a e 15a dynam. Dôr no estômago, com pressão e palpitação do epigastro; dôres violentas no cardia, estendendo-se ao seio esquerdo ; dôr no epigastro, como sendo cortado por um ferro em brasa: lep.-bon. 5a e 10a dynam. Dôr abrasante, cora sensação de contracção : millefol. 5a e 9a dynam. Dôr sobre o cardia com anxiedade e palpitação, e desfalleci- mentos como para desmaiar: mir.-jal. 5a e 10a dynam. Dôr, peso e tensão no estômago, qne não permitte que se lhe toque: monoc. 5a e 12* dynam. Dôr aguda que não consente o menor contacto no estômago, com fisgadas: mor.-nort. 5a e 9a dynam. Dôr, oppressão penivel, e angustia na boca do estômago, sem que se lhe possa tocar : nee-puch. 5a e 12a dynam. Dôr e oppressão como por uma pedra que está em cima do estômago: paul. 6a e 9a dynam. 62 APPENDICE Dôr aguda, e pressão anciosa no epigastro, com contrac- ções dolorosas no cardia : pceon. 5a e 9a dynam. Dôr e peso no estômago, com grande sensibilidade no epigastro, que não aceita o menor contacto : perianth. 6a e 12a dynam. Dôres lancinantes no epigastro, de dentro para fora, com sensação alternada de frio e calor, tornando a dôr mais intensa ao levantar da cama: pet.-tet. 5a e 9a dynam. Dôr e pressão no estômago, com sensação de um vácuo profundo: pip.-odor. 6a e 10a dynam. Dôr no estômago com anxiedade e peso, como se tivesse comido muito : poly.-hydr. 5a e 9a dynam. De qualquer destes medicamentos faz-se a administração empregando de uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Náuseas e enjôos. — Muitas vezes o doente apenas se queixa de enjôos náuseas, e um mal-estar indefinivel; este. estado é o precursor, ou o symptoma de outra affecção que se manifesta mais tarde, ou que se limita a fazer seus estragos internos, e de modo que o doente não os pôde explicar ; então é preciso combater o estado que único se manifesta, e por essa razão é que escrevemos sobre este ponto. Os medicamentos indigenas a empregar contra as náuseas e enjôos, são: abs. al.-sat. anis. armor. art. ar.-mac. citr.-ac. coloc.-paul. contrahy. crotal. crot.-eleu. elaps. ind.-tinct. jae-br. jae-pet. laur.-cin. lep.-bon. mir.-jal. monoc. mor.-alb. mor.-nort. rosma.-off. schi.-ant. sol.-tub. e spig.-mart. para o emprego dos quaes será bom consultar as respectivas pathoge- nesias. As náuseas e enjôos das mulheres grávidas têm sido com- batidas com successo com Perianth. em 5a, 6a e 9* dynam., uma gotta para 4 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Para os enjôos do mar, ou que são produzidos pelos balanços de um carro, são applicaveis: coe-cact. 5* dynam., hur.-br. 5a e 6a dynam., [itú.-r. 6a e 9a dynam., perianth. 3a, 6a e 9* dynam., applica-se de uma até três gottas em 4 colhéres dágua, para uma colher de i em 6 horas; ou de 3 em 3 horas, se fôr para tomar a bordo do navio em que se está enjoado. Anxiedade.—Quasi sempre é um symptoma que acompa- APPENDICE 63 nha diversas affecções ; comtudo algumas vezes manifesta-se isoladamente, ou ao menos é o symptoma predominante; é neste caso que recommendamos sejão consultados os seguintes medicamentos indigenas: fix.-m. erith.-sat. geof. helian.-an. jatroph. laur.-cin. lim. monoc. mor.-alb. nicot.-sp. perianth. pet.-mir. e plum.-cel. Vômitos. — Os vômitos denotão sempre que existe uma affecção gástrica e acompanhão outras moléstias; comtudo, algumas vezes são os vômitos o único mal de que o doente se queixa, ou são o principal symptoma a que o medico deva attender; nesta hypothese é que tratamos dos vômitos em seus differentes quadros, como se seguem. Vômitos biliosos, dos alimentos, de mucosidades, de agua- dilha, algumas vezes com raios de sangue: abs. 5* e 9* dynam. Vômitos biliosos, ou dos alimentos, com sensibilidade dolorosa no epigastro : al.-sat. 5* e 10a dynam. Vômitos aquosos ou mucosos; vômitos dos alimentos; vômitos biliosos; vômitos com dôr aguda no ventre : archam. 6a e 12a dynam. Vômitos biliosos com anxiedade e enjôos: art. 5a e 9* dynam. Vômitos dos alimentos ; vômitos biliosos; vômitos de agua- dilha espumosa; vomilos aquosos, claros e sanguinolentos, escuros, ou negros : asclep.-acur. 6a e 12a dynam. Vômitos de vermes, com anxiedade, dôr: chenop.-amb. 6a e 9a dynam. Vômitos brancos, ou biliosos esverdeados; vômitos de- negridos ; vômitos aquosos, espumosos, com irradiações sangüíneas : coe-cact. 6a e 12a dynam. Vômitos dos alimentos, com violentas dôres de ventre; vômitos biliosos, aquosos : coloc- paul. 5* e 9a dynam. Vômitos de bilis, vômitos dos alimentos ; vômitos aquosos de manhã : elaps. 6* e 12a dynam. Vômitos de bilis e dos alimentos, com expulsão de vermes: fix.-m. 5* e 9a dynam. Vômitos dos alimentos com mistura de vermes : geof. 5a e 12* dynam. Vômitos de bilis esverdeada ou amarellada : go.~s. 5a dynam. Vômitos de aguadilha por fraqueza do estômago: hipp. 5* e 10a dynam. 64 APPENDICE Vômitos de alimentos, com grande porção de bilis : ind.- tinct. 5a e 12* dynam. Vômitos fáceis e muito abundantes de matérias aquosas e biliosas ; vômitos aquosos muito abundantes, de côr e con- sistência de caldo de gallinha ; vômitos continuados de agua- dilha : jatroph. 5a e 12a dynam. Vômitos de aguadilha amarga e acrimoniosos : laur.-cin. 6a o 9a dynam. Vômitos biliosos e dos alimentos : mur.-lei. 5a e 10a dynam. Vômitos dos alimentos e de bilis : nee-puch. 5a e 10a dynam. Vômitos dos alimentos, ou vômitos seccos, com expulsão de lombrigas : palm.-ch. 5a e 9a dynam. Vômitos de alimentos, de bilis, de espuma branca ou esverdeada, com dôres e anxiedade do estômago : pet.-mir. 6a e 12a dynam. Vômitos de bilis, e de bilis sanguinolenta : rhys. 6a e 9a dynam. Vômitos dos alimentos e de bilis com dôres: tapy-tan. 5a c 10* dynam. De qualquer destes medicamentos emprega-se de uma até três gottas em 4 colhéres d'agua, para dar uma colhei' de 8 em 8 horas; mas, se fôr durante ou em seguida do accesso, dè-se uma colher de 2 em 2 horas. Vômitos de sangue.—Para este incommodo são applicaveis os seguintes indigenas: Vômitos de sangue claro, espumoso, ou mesmo denegrido : asclep.-acur. 6a e 9a dynam. Vômitos de sangue rubro, ou escuro, com dôres e fisgadas no estômago : crotal. 6a e 12a dynam. Vômitos de sangue vivo, claro, com alguma parte dos ali- mentos : vômitos de sangue espumoso, de envolta com bilis : erith.-sat. 5a e 9a dynam. Vômitos de sangue vivo ou escumoso, com dôr abrasanle e sensação de contracção: millefol. 5a e 10a dynam. Vômitos de sangue vivo, escuro, ou denegrido, com fortes dôres : perianth. 5a e 12a dynam. Vômitos de sangue vivo, denegrido, ou preto, com dôres atrozes : pet.-mir. 5a e 9a dynam. APPENDICE 63 Voraitos de sangue vivo, claro, espumoso e denegrido, com dôr e anxiedade : plum.-cel. 6a e 12a dynam. Vômitos de sangue puro, de côr clara ou escura; vômitos de sangue espumo so, que se renovão todas as manhãs: rhys. 5a e 9a dynam. Vômitos de sangue puro, claro ou escuro, com peso no estômago: tapy.-tan. 5a e 10a dynam. Empregão-se estes medicamentos de uma até três gottas em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas, para trata- mento; mas se fôr durante, ou logo em seguida ao accesso, dê-se uma colher de chá de hora e m hora, até cessar a emissão de sangue, e á medida que forem havendo melhoras vá-se espaçando mais o medicamento. Vômitos pretos. —São indicados os seguintes indigenas : Vômitos denegridos, ou pretos, líquidos, como tinta, com anxiedade e dôres : asclep.-acur. 5a e 9a dynam. Vômitos aquosos, denegridos : vômitos côr de café, com mistura de alimsntos mal digeridos; vômitos côr de tinta de escrever, com pequenos gr umos negros cact.-op. : 5a e 10a dynam. Vômitos denegridos e espumosos ; vômitos de matérias côr de café, ou côr de tinta de escrever, com ancias e dôr: coe- cact. 5a c 9a dynam. Vômitos aquosos, denegridos, pretos como tinta de escrever, ou como café : crotal. 6a e 12a dynam. Empregão se estes medicamentos do mesmo modo que indicámos para os vômitos de sangue. Cholera-morbus. — Quando cm 1835 se desenvolveu o cholera nesta corte, publicámos uma memória sobre tão ter- rível flagello, tratando da historia, existência, causas, desenvoloi- mento, propagação, contagio, medid as hygienicas, desinfectantes, preventivos, e o tratamento homoeopathico do cholera-morbus, e do cholera-sporadico. Esta mesma memória acha-se incluida por extenso na segunda edição do nosso Tratado de Medicina, que acabámos de publicar. Os medicamentos que indicámos, são os seguintes : acon. ars.-alb. bell. bry.-alb. camph. canth. carb.-an. carb.-veg. cham. cie cupr.-met. digit. dulc. hydroc.- ae hyosc. ipec. lach. laur.-cer. lycop. raere-viv. nitr.-ae nux.-vom. op. phosph.-ac. see-corn. sulf. tart.-emet. e veratr.- bla. e com estes medicamentos obtivemos grandes vantagens, 66 APPENDICE não só no tratamento dos cholericos que fomos ver em seus domicílios, nos quaes apenas perdemos quatro porcento, como mesmo na clinica da enfermaria homoeopathica de S. Vicente de Paulo, onde, apezar de se recolherem muitos enfermos em estado desesperado, e outros-já moribundos, apenas houve a perda de treze por cento; numero que não foi igualado por nenhum dos outros estabelecimentos que funccionárão por esse tempo, como demonstrámos nos mappas e relações que então publicámos. Porém, além de todos os medicamentos indicados, ainda empregámos mais dous indigenas que nos derão resultados maravilhosos, e dos quaes já fizemos menção no Tratado de Medicina ; são o crotal, e a Pceon. que têm a seguinte applicação : Prostração de forças, gelidez cadaverica em todo o corpo e principalmente nas extremidades; caimbras e tremores nos membros; diarrhéa amarellada, abundante e aquosa, que toma a côr d'agua de arroz ; tremor convulso, torpor e delirios. A algidez mais pronunciada tem cedido a este medicamento : crot. de 3a até 5" dynam. Diarrhéa aquosa, branca; peso e pressão no estômago e ventre; peso e atordoamento na cabeça; frio das extremidades que vai invadindo todo o corpo; caimbras violentas nos mem- bros e tronco. As mais violentas caimbras têm cessado com a applicação deste medicamento : Pceon. em 3* e 5* dynam. Recommendamos muito estes dous medicamentos. XVII Ei© abdoittcu Ascites. —Na hydropisia de ventre os medicamentos in- digenas que têm produzido melhor resultado são os seguintes : Tumefacção e distensão das paredes do abdômen, que augmenta de volume, cahindo com peso para baixo; abati- mento de forças, anxiedade contínua, canseira caminhando; inchações em varias partes do corpo, principalmente nos APPENDICE 67 membros ; adormecimento dos membros, devido á inchação; engrossamento da pelle no ventre; pallidez e inchação das faces, que tomão uma côr esverdeada ; pulso lento e entreca- dente ; lingua branca e gretada, inchação das mãos epés: cal.- pend. 5a, 9a e 15a dynam., uma até três gottas em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Tensão e distensão do ventre, que augmenta de tamanho; peso no vente, e movimento interno como de efluctuação de liquidos, quando se volta, deitado, para um ou outro lado ; inchação dos tegumentos do ventre; peso, cansaço e lassidão nos membros, mesmo sem o menor exercicio, abatimento de forças pela manhã ao levantar da cama, inchação do rosto, e sobretudo das palpebras; dejecções raras e diarrhéicas; ourinas poucas e turvas: conv.-arv. 5a, 10a e 12a dynam., uma até duas gottas em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Crescimento e peso do ventre, engrossamento da pelle, principalmente em volta do umbigo ; anxiedade e canseira ao menor movimento; peso nos membros, principalmente nas pernas, que engrossão adquirindo a pelle um brilho especial; crescimento das palpebras, que engrossão e cobrem os olhos; dejecções poucas e duras; ourinas diminutas, turvas, averme- lhadas, ou alaranjadas, deixando sedimento no fundo do vaso, e adherido ás paredes do mesmo : platy.-cocc. em 4a, 6a, 9a e 12a dynam., uma até três gottas em 4 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Bubões. — No tratamento dos bubões syphiliticos os prin- cipaes medicamentos indigenas que devem empregar-se são : stem.-ar. e stem.-camph. Com este ultimo medicamento temos feito applicações importantes em differentes casos. A applica- ção do stem.-camph. em 3a, 6a e 9a dynam. tem produzido em alguns bubões uma prompta resolução, operando-se pela urcthra largas emissões de matéria, juntamente com as ourinas, as quaes são vermelhas, algumas vezes sanguinolentas,e deixão sempre no fundo do vaso muito sedimento amarellado ecomo gomma-ç mas, nos bubões era que convém ou é inevitável a suppuração, tem-a facilitado em curto espaço de tempo, que ás vezes não excede a vinte e quatro horas. Tem-se feito a administração com uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. i 68 APPENDICE A stem.-ar. também se applica nos mesmos casos, e da mesma forma. Além desses dous medicamentos, são também applicaveis para os bubões syphiliticos os seguintes: bry.-cord. 5" e 9* dynam., chioe-ang. 5*, 6a e 10* dynam., crot.-camp. 6* e 9a dynam., crot.-fulv. 5* e 9* dynam., jae-br. 5* e 10* dynam., jae-pet. 5* e 9a dynam., pen.-quin. 6* e 9a dynam. A adminis- tração pôde ser a mesma. Colicas e enteralgia.—Para qualquerilestes casos, os medica- mentos indigenas mais apropriados são : Dôres no baixo-ventre, pungentes como por um corpo per- furante, com borborygmos dos intestinos; colicas violentas, que obrigão o doente a rolar, sem lhe dar o menor descanso : arist.-cy. em 5* e 9* dynam. Colica violenta em roda do umbigo, ou estendendo-se a todo o ventre ; borborygmos e encarceração de flatuosidades; peso no ventre: coe-cact. 6* e 10* dynam. Dôres lancinantes, vagas, em todo o ventre, com pequena interrupção; dôres violentas nos intestinos que obrigão a rolar pela cama, ou pelo chão ;^dôres atrozes em roda do umbigo, nos lados do ventre, correspondendo ao recto, prisão de ventre: coloc.-paul. 5a e 9a dynam. Dôr aguda em volta do umbigo, e que depois se estende a todo o ventre ; dôr sobre o fígado, que não deixa conservar a posição horizontal; fisgadas e repuxamento nos intestinos: contrahy. 5* e 10a dynam. Colicas depois de bebidas frias; colicas violentas que se estendem a todo o ventre, tornando-se insupportaveis : ele. 5* e 9* dynam. Dôres em todo o ventre, como por contusão; dôres pun- gentes no baixo-ventre; colicas com torcimento dos intestinos dôres nos hypocondrios : hipp. 6a e 12* dynam. Dôr forte no hypocondrio esquerdo ; dôres vagas no ventre até aos rins ; colicas na região umbilical; colicas verminosas no baixo-ventre ; dôr no ventre que se aggrava com a compres- são ; colicas violentas, com grande sensibilidade no ventre ao menor contacto ; dôr aguda do lado esquerdo, que mais se ag- grava de noite : lep.-bon. 5a, 9a e 12a dynam. Dôres e fisgadas no ventre, que só têm allivio estando de bruços; violenta dôr no ventre, com adormecimento da pelle ; APPENDICE 69 colica umbilical que não deixa o enfermo ficar tranquillo ; dôr de colica que occupa as regiões umbilical e hypogastrica, obri- gando a dar voltas e a torcer-se sem quietação ; dôres violentas sobre o baço, que augmenta de volume crescendo com rapidez ; colica hepatica com grande desasocego: mir.-jal. 5a e 9a dynam. Dôr violenta por todo o ventre, fixando-se mais sobre o um- bigo ; dôres lancinantes em differentes partes do ventre ; pica- das vagas em todo o ventre até ás virilhas; dôres fixas sobre o baço; colica violenta depois de comer frutas ; colica á noite com náuseas ; colica com convulsões ; colica que se desenvolve depois de uma indigestão ; colica e caimbras violentas no ven- tre, que arrancão gritos e gemidos: nee-puch. 3a, 6a e 9a dynani. Dôres como por pequenos golpes sobre o figado ; dôres no ventre depois de comer ; pequenas colicas que partem do estô- mago ; colicas de tarde, com tenesmos : sed. 5a e 9a dynam. Colicas atrozes, como se os intestinos se torcessem violenta- mente ; toda. a linha mediana do abdômen é sensivel c dolo- rosa ao menor contacto, colicas seguidas de diarrhéas, sendo a região umbilical extremamente dolorosa; colica ao despertar pela manhã; colica depois de jantar ; dôr pressiva na região hypogastrica, dirigindo-se aoj annel inguinal do lado^direito, com grande * intensidade, colicas mortificantes na região hypogastrica, durante a noite; dôr e sensação como se um objecto elástico comprimisse o hypocondrio esquerdo; colicas nocturnas, em que parecem os intestinosj torcerem-se uns sobre outros : sol.-tub. 5a, 9a e 12a dynam. De qualquer destes medicamentos, a applicação pôde ser feita com uma até três gottas em 3 colhéres d'agua, para tomar uma colher de chá de 2 em 2 horas, ou de hora em hora, se a intensidade do mal assim o exigir; mas no momento em que se vão manifestando melhoras vá-se espaçando o medicamento com mais intervallos. Colicas ventosas. — Neste incommodo, causado pela reten- ção ou desenvolvimento de gazes, e que vulgarmente se chama encalhe de ar, os medicamentos indigenas maisapplicaveis, são: Tympanismo em todo o ventre, com borborygmos, roncos de flatuosidades; impossibilidade absoluta de emissão de gazes; dôr violenta e mortificante em volta do umbigo; calor ardente sobre o ventre; constipação obstinada de ventre; anxiedade, gemidos, gritos: anis. 5a, 9a e 12a dynam. 70 APPENDICE Colica umbilical, com encarceração de flatuosidades que se não expellem; dôr e elevação do ventre, com sensibilidade dolorosa ao menor contacto; dôres agudas que parecem cortar os intestinos, e que obrigão a torcer-se na cama; peso e pressão sobre as virilhas, meteorição de todo o ventre, constipação obstinada : art. 3*, 5* e 9* dynam. Tensão e tympanismo do ventre, com roncos de flatuosi- dades ; falta de expulsão de gazes f colicas que se estendem até aos rins, com fisgadas insupportaveis: arist.-cy. 5* e 9* dynam. . Colicas era volta do umbigo, com borborygmos, flatulencias, roncos e fluctuação como por um liquido interno; colicas ventosas, com grandes movimentos dos intestinos; dôr violen- tíssima em todo o ventre, com fisgadas'sobre o fígado, epeso e tensão sobre os hypocondrios: crot.-eleu. 3a, 5* e 9* dynam. Tensão tympanica do ventre, com crescimento, peso e anxiedade; borborygmos e flatulencias, sem expulsão de gazes ; dôres vagas na região hepatica; picadas ligeiras na região splenica, dôres nos intestinos como por um peso que os fere, obrigando o doente a gemidos e gritos; constipação opiniatica do ventre, que chega a mais de 8 dias; ourinas turvas, ardentes, difficeis de expellir: poly.-hydr. 5*, 6a, 9a e 12a dynam. Dôres violentas com borborygmos e flatuosidades em todo o abdômen; som tympanico no ventre, que não supporta o menor contacto; anxiedade como por um peso que está sobre o ventre; dejecções difficeis de excrementos duros e negros e em pequena quantidade; ourinas vermelhas com mucosidades suspensas, adquirindo facilmente cheiro pútrido sol.-tub. 5a, 9a e 15* dynam. A administração de qualquer destes medicamentos pôde ser feita com uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uraa colher de 3 era 3 horas, ou de hora em hora, se o mal fôr muito intenso, mas assim que houver allivio espace-se mais o intervallo do medicamento ; e, se cessar á primeira colher, então continuem a dar-se as outras, com intervallo de 4 em 4 horas. Congestão de ventre. — Havendo diarrhéa aquosa, branca, amarellada, ou côr de café, com dôr e peso para o recto, como se uma bola de chumbo quizesse sahir por aquelle lugar, anxiedade como se nos intestinos existisse um corpo pesado, APPENDICE 71 e ao mesmo tempo grande fraqueza: bry.-cord. 5* e 9* dynam. Peso e pressão no ventre, com dôr e anxiedade; dejecções de mucosidades brancas, esverdeadas, ou ligeiramente raiadas de sangue; desanimo e falta de forças: crot.-eleu. 5*, 9a c 12a dynam. Pressão e dôr mortificante no ventre; diarrhéa aquosa, fétida, branca, ou esverdeada; abatimento moral, falta de forças, tremor do corpo : janiph. 5a e 10* dynam. Dôres pelo ventre, que se sente pesado ; suppressão de um fluxo hemorrhoidal sanguineo ; dejecções difficeis e raiadas de sangue com dôres no recto, que se estendem ás cadeiras e costas : pedil.-tithy. 5" e 9* dynam. Anxiedade, peso e pressão no ventre, com prisão obstinada, tympanismo, para o recto, e bexiga, fraqueza e desanimo: pely.-hydr. 5* e 9a dynam. Applicão-se estes medicamentos, uma até duas gottas em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Algumas destas congestões abdominaes, em pessoas que soffrem affecções hemorrhoidaes, e principalmente nas que se dão a trabalhos intellectuaes, terminão-se por largos fluxos sangüíneos, que debilitão o enfermo, affectando mesmo o systema nervoso, produzindo accessos febris, e outros desarranjos análogos; ha mesmo casos em que este estado congestivo, seguido da fluxão, se tem manifestado por varias vezes, em períodos regulares, ou irregulares, e com maior ou menor gravidade. Nestes casos aconselhamos o tratamento anti-hemorrhoidal, pelo emprego dos medicamentos apropria- dos ao grupo de' symptomas que se offerecer ; mas nos casos em que se manifeste a fluxão, e quando esta seja abundante a ponto de enfraquecer o enfermo, indicamos o emprego dos seguintes medicamentos: erith.-sat. 5a e 9a dynam. millefol. 6a e 9* dynam., poly.-hydr. 5* e 9* dynam., rhys. 6a e 12a dynam., e tapy.-tan. 6* e 12a dynam., uma até duas gottas em 4 colhéres d'água, uma colher de 8 em 8 horas. Enteritis. — Para combater esta moléstia os medicamentos indigenas mais apropriados são os seguintes: Dôr aguda por lodo o ventre, com intermittencia de minutos; constipação obstinada de dias; crescimento, tympanismo, e sensibilidade dolorosa no ventre ; vômitos biliosos e mucosos; 72 APPENDICE i pelle secca e árida; pulso cheio e ligeiro; calor ardente, sede : abs. 5* e 9* dynam. Constipação de ventre, com dôres e convulsões; ventre tympanico, inchado em volta do umbigo, e doloroso ao menor contacto; náuseas e vômitos dos alimentos, ede bilis ; pelle ardente, febre continua, sede : al.-sat. em 5a, 9a e 12a dynam. Dôr pungente, e constipação de ventre, com calor ardente no umbigo, augmento de volume no baço, o tympanismo : náu- seas, pulso intermittente, sêdej: anis. em 5* e 9a dynam. Dôres agudas que parecem cortar os intestinos; sensibilidade dolorosa ao menor contacto sobre a pelle da barriga ; meteori- sação de ventre, com peso para as virilhas ; pulso intermit- tente, calor, ardente sede : art. 5a e 9a dynam. Anxiedade, peso e dôres no ventre, vômitos, pelle ardente, lingua saburrosa e áspera, febre intensa : cact.-op. em 5a, 10* e 15a dynam. Dôr violenta em todo o ventre, com peso e tensão nos hypo- condrios ; constipação de ventre, com borborygmos ; náuseas ; pelle árida; pulso irregular e entrecadente, ou pulso cheio e intermittente ; lingua saburrosa e áspera ; calor abrasante : crot.-eleu. em 5a e 10a dynam. Dôres abrasantes e contractivas em todo o abdômen, com bor- borygmos ; calor excessivo, pulso cheio e ligeiro : ele. 6a e 9a dynam. Dôr em todo o ventre, em uma criança, obrigando-a a gri- tar, chorar, e rolar-se; dôr mortificante que afflige muito, com fisgadas, em uma criança de 18 mezes, forçando-a a dar saltos repentinos e a chorar; secura da boca, lingua carregada de sa- burra ; dejecções diarrhcicas, amarelladas ; ourinas vermelhas, ardentes, e sedimentosas : jal. 5a e 10a dynam. Alquebramento dos membros, pelle secca e árida, pulso fre- qüente e duro ; dôres e fisgadas no ventre ; tenesmos e esfor- ços inúteis de expellir as fezes : mir.-jal. 5a e 9a dynam. Sensibiüdade dolorosa no ventre, febre com anxiedade e suo- res viscosos ; lingua saburrosa, rubra na ponta ; dôr violenta c pressiva sobre o fígado, e pressão sobre os hypocondrios ; cons- tipação de ventre, ou câmaras difficeis e de excremento duro : mor.-alb. 6a e 12a dynam. Alquebramento dos membros, pelle secca e ardente ; pulso intermittente; lingua secca, espessa e pastosa, com [gosto APPENDICE 73 amargo na boca ; dôr e pressão no ventre, com engorgitamento do figado e baço; constipação de ventre, com ardor no ânus : paul. em 5* e 9* dynam. Moimento de corpo, pellesecca, pulso profundo e lento, lin- gua saburrosa, tympanismo de ventre, crescimento de ventre com anxiedade, borborygmos e dôres nos intestinos como por um peso cortante; constipação opiniatica de ventre : poly.- hydr. 5* e 9* dynam. De qualquer destes medicamentos a administração é uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Erysipelasdo ventre. — Dos medicamentos indigenas o que conhecemos mais efficaz, de que já vimos resultados, é o se- guinte : Havendo dôres abrasantes e contractivas em todo o abdômen, com a pelle vermelha e ardente ; inflammação dos intestinos, com dôres como se estivessem dando nós ; lingua rubra e saburrosa no centro ; náuseas, vômitos, febre com hor- ripilações, e suores viscosos : jatroph. 6a, 12* e 18a dynam. uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Flatulencia.—Os incommodos provenientes pelo desenvolvi- mento de gazes, e que geralmente chamão flatos, podem ser combatidos pelos seguintes medicamentos indigenas: al.-sat. art. hipp. mim. e laur.-cin. em 5* e 9* dynam., sendo uma gotta para 3 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Helminthiasis. — Os medicamentos indigenas que são mais applicaveis nos differentes casos de vermes são fos seguintes : al.-sat. 5* e 9* dynam. chenop. em 3a, 6a e 9a dynam. fil.-m. em 3a, 5* e 12a dynam. frag.-v. em 5a e 15a dynam. geof. em 6a e 12* dynam. e palm.-ch. em 3a, 5a e 9a dynam. sendo o geral da administração uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas, se fôr para seguir o tratamento em um doente affectado de vermes; porém se foro emprego do medicamento durante um ataque, então applica-se do mesmo medicamento como.está indicado uma colher de chá de 2 em 2 horas, ou cora menor intervallo, se a enfermidade assim o exi- gir. Consulte-se a Pathogenesia. Hérnias.— Dos medicamentos indigenas, os mais importan- tes para o tratamento das hérnias são : amph. delph. itú.-r. em 5*, 9* e 12* dynam. de uma até duas gottas em 4 colhéres 74 APPENDICE d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Nestes casos consultem- se as respectivas Pathogenesias. Ictericia. — São dous os medicamentos indigenas que têm applicação neste caso, e que têm dado resultados satisfactorios, os quaes são: blat. e onis.-as. em 5a, 6a e 9a dynam. uma até 2 gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Constipação de ventre.— Este incommodo é geralmente um symptoma que acompanha differentes enfermidades : comtudo, algumas vezes não^ó é o symptoma dominante, como mesmo se apresenta só por si, como único incommodo. É nessa hypo- these que indicamos os medicamentos que lhe podem ser ap- plicados d'entre os indigenas que temos publicado na Patho- genesia Brazileira, os quaes são : Constipação obstinada de dias, com dôres agudas por todo o ventre, peso na cabeça e vertigens : abs. 3a e 5a dynam. Prisão de ventre com dôres, flatulencias, tympanismo e ton- turas: al.-sat. 3a, 6a e 9a dynam. Constipação de ventre com dôres atrozes em volta do umbigo, peso na fronte e atordoamento : amph. 6a e 9* dynam. Prisão de ventre com borborygmos, flatuosidades, augmento de volume de baço, calor no umbigo: anis. 5a e 9a dynam. Prisão de ventre, com borborygmos e dôres agudas que pare- cem cortar os intestinos : art. 3a, 5a e 10a dynam. Prisão de ventre, com meteorisação e dôres atrozes cm volta do umbigo, nos lados do ventre : coloe-paul, 5* e 9a dynam. Constipação de ventre, com dôres e calor interno ; dôr ator* doanle na cabeça: convol.-duart. 5a e 10a dynam. Constipação de ventre com anxiedade e dôres, havendo aug- mento de volume de fígado : drup.-rae 5* e9a dynam. Prisão de ventre com dôres que se estendera ao estômago, peso na nuca, perturbações da vista : jae-pet. 5* e 9a dynam. Constipação de ventre com dôres pressivas sobre o figado, pulso febril e vertigens : mor.-alb. 3a, 6a e9a dynam. Prisão de ventre por mais de dous dias, com borborygmos, dôr nos hypocondrios, picadas lancinantes no figado, dôr alor- doante na cabeça : paul. 5'e9* dynam. Constipação de ventre de mais de três dias, com dôr aguda e lancinante que atravessa o baço, dôr no alto da cabeça, e peso nos olhos : pet.-tet, 5*, 9* c 12* dynam. APPE.NDICE 75 Constipação opiniatica de ventre, por mais de oito dias, em conseqüência de affecções hemorrhoidaes, com dôres e bor- borygmos pelo ventre, vertigens, c peso na cabeça: poly.-hydr. 3% 5* e 9* dynam. Prisão de ventre, com dôr e crescimento, dôr sobre o baço, dôr latejante na cabeça, peso, e tonturas: rhys. 5a, 6 e 9* dynam. Constipação de ventre por muitos dias, apezar da sensação que as fezes produzem no ânus, e dos esforços empregados para as expellir ; pulso intermittente, e cephalalgia intensa : rosma.-off. 5* dynam. Prisão de ventre cora peso para o recto, dôres e fisgadas por todo o ventre : schi.-ant. 3a e 6* dynam. Constipação de ventre, com colicas e dôres pressivas, bor- borygmos, peso e dôr de cabeça : sol.-tub. 5a, 6* e 9* dynam. Constipação de ventre com dôres sobre o baço, borborygmos e picadas : 3*, 6* e 9a dynam. De qualquer destes medicamentos póde-se applicar de uma até três gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Hepatitis. — Nas differentes affecções do figado, dos me- dicamentos indigenas, os mais efficazes são : Dôr e sensação de uma bola sobre o fígado, que parece distender-se para o hypogastro; tympanismo do ventre com peso sobre o recto ; difficuldade na emissão das fezes, sem que haja constipação; ourinas carregadas e ardentes, com cheiro nauseabundo ; anxiedade e dôr no estômago, fadiga mesmo sem trabalhar; somnolencia sem poder conciliar o somno, pela excessiva dôr de cabeça, que existe quasi continua; peso e pressão sobre o pyloro, com ancias e náuseas ; accessos febris a hora incerta: ar.-mae em 5a, 6a, 9a e 12a dynam. Dôres pressivas sobre o figado, que augmenta de volume, causando dôres no estômago ; sensibilidade dolorosa em todo o ventre, com dôr e pressão para o recto; difficuldade nas dejecções, sendo os excrementos como de cabra, com ardor no ânus; ourinas poucas e com ardor; abatimento moral e physico; anxiedade, canseira, aedemacia dos membros in- feriores ; febre e lingua suburrosa; latejamento nas fontes : bil- cor. em 5* e 9a dynam. Dôr sobre o figado, que aumenta de volume, comprimindo j 76 APPENDICE o estômago, que se torna doloroso ; sensibilidade dolorosa no ventre; ourinas albuminosas, sedimentosas, e amarelladas; abatimento geral, febre com calafrios, dôr pressiva sobre as fontes, lingua saburrosa: blatt. 5* e 9a dynam. Augmento de volume no figado, com dôres que se estendem ao ventre todo; dôr, náuseas e anxiedade no estômago? mal estar indefinivel, com molleza e perda de forças; inaptidão para o trabalho, e amor á solidão; pulso febril, ou febre intermittente ; lingua saburrosa, com gosto ferruginoso ; falta de dejecções, que quando tora lugar são as fezes duras, pro- duzindo ardor no ânus : chioe-ang. 5a, 9a e 15a dynam. Hôr sobre o figado, que não deixa conservar a posição horizontal; fisgadas nos intestinos, náuseas: difficuldade de dejecções, com peso e dôr no recto ; febre com intermittencias, delirio, sede, c respiração freqüente; lingua saburrosa no centro, orlada de vermelho, secca e áspera; entorpecimento das pernas : contray. em 5a, 10a e 15a dynam. Dôr no ligado, como por uma cavilha que o estivesse par- tindo, com peso para o hypogastro, e sensibilidade dolorosa em todo o ventre ; dôres no estômago com náuseas ; canseira e suffocação com aperto do peito, dôr e anxiedade; febre inflammatoria, com delirios e secura ; peso e vertigens na cabeça; lingua escarlate, ponfaguda e secca; diarrhéa amarellada, ou tocando a verde; ourinas vermelhas: crotal. 6a, 12a e 15a dynam. Pressão e dôr sobre o figado, estendendo-se para o estômago, havendo ao mesmo tempo tensão e peso nos hypocondrios, e constipação de ventre; abatimento e cansaço, febre inter- mittente quotidiana, cephalalgia intensa, lingua saburrosa e áspera, sede ardente com desejo de bebidas ácidas, diarrhéa de mucosidades brancas escumosas: crot.-eleu. em 5a, 9a e 12* dynam. Augmento de volume do fígado, com peso para o hypogastro, e dôres no ventre, que se estendem ao estômago; vontade inútil de ir á bacia; ourinas vermelhas e com sedimento; febre com calafrios, delirios e suores: drup.-rae 5a, 12* e 15a dynam. Dôr lancinante na região do figado, que se aggrava em caminhando, ou abaixando-se; febre, vertigens; diarrhéa APPENDICE 77 clara e abundante; aedemacia dos pés : itu.-r. em 5a, 9a e 15* dynam. Figado alguma cousa elevado, com dôres que se estendem ao estômago ; prisão de ventre, peso para o recto, e ourinas vermelhas, sedimentosas: jae-pet. 5a dynam. Inflammação de figado, que se torna extremamente doloroso, augmentando de volume, com distensão para o estômago; dôres no estômago e nos intestinos, com diarrhéa biliosa, com aios de sangue ; febre, e lingua saburrosa : jatroph. 5a e 9* dynam. Dores e fisgadas sobre o figado, que está como engorgitado; anxiedade e peso no estômago; difficuldade de dejecções, ourinas vermelhas e ardentes ; accessos febris : monoc. 5a, 10a e 15a dynam. Inchação e dôres violentas sobre o figado, que mais se augmentão em respirando ; peso nos hypocondrios, evacuações de fezes como arèa, ourinas carregadas e escuras ; febre com delirio, lingua saburrosa, parda: mor.-alb. 5a e 9a dynam. Dôres na região hepatica, com crescimento do figado, pressão do estômago, peso e borborygmos no ventre, difficul- dade de expellir as fezes, que são duras e côr de terra, ourinas vermelhas ou amarelladas; febre inflammatoria, lingua sabur- rosa,com bordos e ponta vermelha : onis.-as. em 5a e9a dynam. Dôr contusiva sobro o figado, aggravando-se com o movi- mento ; engorgitamento e augmento de volume no figado, com picadas lancinantes ; inflammação e dôr em todo o fígado, que está distendido; peso e dôr no estômago ; dôr nos intesLinos; prisão de ventre por dias, a que se seguem diarrhéas biliosas, aquosas; alquebramento e fraqueza; febre, lingua áspera e grossa : paul. 5a, 9a e 15a dynam. A administração de qualquer destes medicamentos pratica-se empregando de uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 cm 8 horas. Splenites e outras affecções do baço. — Nas lesões do baço os medicamentos indigenas mais indicados são os seguintes : Dôr e arlor no baço, com ligeiro engorgitamento, cresci- meuto do ventre, tympaniiino, impossibilidade de expellir os gazes : anis. 5a, 6a e 9a dynam. Dôr aguda no baço, com grande sensibilidade que não consente o menor contacto; augmento considerável do volume 78 APPENDICE do baço, que se distende pelo ventre impedindo o menor movimento, e produzindo grande canseira; anxiedade, febre com calafrios, lingua saburrosa, difficuldade nas dejecções ou dejecções sanguinolentas : bil.-cor. 5* e 9a dynam. Dôr fixa sobre o baço, que se torna tensa e doloroso; sensibilidade dolorosa era todo o ventre, com borborygmos; diarrhéa sanguinolenta, ourinas albuminosas ; pallidez da pelle que toma uma côr de terra; febre e calafrios; lingua saburrosa, ponfaguda e áspera: chioe-rac. 5*, 9a e 12a dynam. Sensibilidade dolorosa sobre o baço com elevação do ventre, peso para o recto sem poder expellir os gazes, pelle secca e ardente, febre com ligeiras intermittencias, lingua saburrosa : jae-pet. em 5a, 9* e 12a dynam. Dôr violenta no baço, que augmenta de volume crescendo com rapidez, encontrando-se algum allivio somente de bruços; fraqueza e desfallecimento como para desmaiar; febre com ligeiros suores; lingua coberta de saburra parda ; respiração difficil: mir.-jal. 5a, 10a e 15a dynam. Dôres fixas sobre o baço, embaraçando os movimentos, e difficultando o commodo em qualquer posição que se procure ; anxiedade, canseira, pelle de côr baça, febre, lingua branqui- centa, dysenteria com tenesmos e ardor no recto, ourinas ardentes e vermelhas : nee-puch. 5*, 9a. e 15* dynam. Augmento de volume do baço, com dôres, fadiga, andar vacillante, febre intermittente irregular, lingua saburrosa, ligeira diarrhéa: paul. 5* e 9* dynam. Dôr aguda e lancinante no baço, que augmenta de volume, com crescimento do ventre, dôres de cabeça, pallidez da face, accessos febris de curta duração; lingua vermelha, secca e ardente; diarrhéa mucosa de côr carregada: pet.-tet. 5*, 9* e 12* dynam. De qualquer destes medicamentos emprega-se uma ou duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6, ou de 12 em 12 horas, segundo a enfermidade o exigir. Zona. — Esta erupção apparece quasi sempre no ventre, tomando as fôrmas de uma cobra estendida, d'onde lhe vem o nome de cobreiro. Dos medicamentos indigenas os mais applicaveis para combater esta moléstia são : dermoph.-pend e-ang. ind.-tinct. jae-br. lae-ag. pedil.-tithy. e stem.-camph. APPENDICE 79 em 3', 5», 6*, 9*, e 15* dynam.? administra-se uma até duas gottas em três colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. XVIII Dejecçtles, auus e recto Blenorrhéa do recto. — Dos medicamentos indigenas os que parecem convir mais nesta affecção são : al.-sat. chioe- ang. petrosel. poly.-hydr. e pedil.-tyth. em 5* e 9* dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Diarrhéa.—Os principaes medicamentos a indicar d'entre os indigenas são os seguintes: Dejecções corrosivas cóm ardor no ânus; diarrhéa abundante clara e espumosa ; diarrhéa dos alimentos não digeridos, diarrhéa violenta, amarella, verde, escura, espumosa, aquosa e preta como tinta de escrever; qualquer destes incommodos e acompanhado de maiores ou menores dôres por todo o ven- tre, febre e calor ardente, peso e dôr na cabeça, lingua secca, ardente'e saburrosa; • muitas vezes manifestão-se ao mesmo tempo vômitos violentos e crescimento ou inchação do ventre: asclep.-acur. em 5*, 6a e 9a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Diarrhéa aquosa, branca, amarellada, ou escura côr de café ; diarrhéas sanguinolentas e muitas vezes dejecções de sangue puro, rubro ou escuro ; ligeiras dôres no ventre, com tympa- nismo ; lingua coberta de saburra amarella ; accessos febris : bry .-cor. 5a, 9a e 12* dynam. uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Diarrhéa aquosa com espuma como água de sabão; diarrhéa biliosa, esverdeada ou amarella, com peso e ardor no ânus; diarrhéa aquosa, escura, com dores e ardor no ânus ; peso e sensibilidade no ventre ao menor contacto ; lingua saburrosa e áspera ; pelle ardente, suores viscosos : cact.-op. em 5* e 9* dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. 80 APPENDICE Diarrhéa aquosa, amarella ou branca como água de arroz ; diarrhéa sanguinolenta, ou emissão de jorros de sangue claro pelo ânus, com anxiedade, dôr ou caimbras no ventre, lingua branca, febre com pelle secca : citr.-acid. em 5a, 9a e 12* dy- nam. uma até duas -gottas era 4 colhéres d'agua, para uma colher de 4 em 4 horas ; ou sendo muito violento o mal, uma colher de chá de 2 em 2 horas. Diarrhéa-biliosa, esverdeada, ou amarella, com dôres violen- tas por todo o ventre, borborygmos, lingua coberta de saburra branca, queda de forças, accessos febris á noite ou pela manhã : coe-cact. em 5a, 9a c 15* dynam. uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Diarrhéa amarellada ou negra cortada como pólvora, com dôres no baixo-ventre, peso de hypogastro, lingua escarlate e aguda : em 5a e 9a dynam. uma gotta em 3 colhéres d'aguu, para uma colher de chá de 2 em 2 horas. Dejecções de mucosidades brancas, misturadas com sangue claro ; diarrhéa aquosa, esverdeada, ou sanguinolenta ; dejec- ções freqüentes, com corrimento abundante de sangue claro e espumoso ; dôres no ventre, que mais se pronuncião em roda do umbigo ; lingua saburrosa e áspera, e gosto amargo ; febre intermittente quotidiana, a uma hora fixa : crot.-eleu. em 5a, 9a e 12a dynam. uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher 12 em 12 horas. Diarrhéa violenta de mucosidades sanguinolentas e bilis ama- rella ; diarrhéa de alimentos não digeridos; diarrhéa aquosa amarellada ; diarrhéa denegrida e escumosa; dejecções sau- .guinolentas ; dôres por todo o ventre ; dôres no epigastro, com náuseas; lingua branca e pastosa; febre com horripila- ções : elaps. em 5a, 9* e 15* dynam. uma gotta cm 3 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Diarrhéa abundante, sem dôr, e de côr amarellada ; diarrhéa clara que não se pódc conter, com dôres agudas pelo ventre, náuseas, soluços, lingua vermelha e saburrosa, dôr de cabeça e vertigens, accessos febris com intermittencias : itú-r. em 5', 6* e 9* dynam. uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Diarrhéa aquosa, fétida, clara ou esverdeada, com dôr no ventre, dôr no estômago, máo hálito, lingua saburrosa, pulso íebril, cheio c grosso : janiph. em 6a c 12a dynam. APPENDICE 81 Diarrhéa abundante biliosa, aquosa, expulsa com violência : diarrhéa branquicenta, raiada de sangue ; diarrhéa branca como gomma, fria e fétida ; dôres abrasantes e contractivas em todo o ventre, com inflammação de intestinos ; anxiedade no estômago, dôr e náuseas; lingua saburrosa, rubra, febre com horripilações : jatroph. em 6a e 12a dynam. uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Diarrhéa amarellada ou esverdeada, pouco abundante ; diar- rhéa violenta, aquosa, e de alimentos mal digeridos; diarrhéa acre, deixando ardor no recto e ânus; dôres violentas no ventre, pronunciando-se com mais força sobre o baço; náuseas, dôr no cardia com fraqueza; lingua coberta de saburra branca, espessa, febre com suores: mir.-jal. em 5a, 6a e 9a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. Diarrhéa sanguinolenta, biliosa, aquosa, com dôres e ardor; dôres em todo o ventre, fixando-se mais sobre o umbigo; náuseas, enjôos, e vômitos biliosos; lingua saburrosa com seccura ; febre com horripilações: nee-puch. em 6a, 9* e 12a dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Diarrhéa pouco abundante, amarella ou esverdeada ; diar- rhéa que debilita, aquosa e verde como sumo de plantas; dôres no ventre com ancias: febre: sisyr.-gala. em 5a e 9a dynam., uma gotta em 3 colhéres d'água, uma colher de 8 em 8 horas. Diarrhéa violenta, aquosa, dolorosa, com froxos de sangue : diarrhéa de sangue vivo, claro ou escuro, náuseas, lingua saburrosa, febre : tapy.-tan. em 5a, 6a e 9" dynan., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Desenteria. — Os medicamentos mais importantes, d'entre os indigenas, para combater este incommodo, são os seguintes, nos casos que indicamos. Tenesmos e dôres para ir á bacia, sem resultado, havendo continuo peso no recto como por uma bola de chumbo que tende a sahir pelo ânus : dysenteria de sangue, abundante: desejos de ir á banca, e depois de muitos esforços e puxos, sahe uma pequena quantidade de fezes, envoltas em muco branco, com raios sanguinolentas : bry.-cord. em 5a, 9a e 12a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. 82 APPENDICE Tenesmos com grande difficuldade de expellir os excremen- tos, dando em resultado algum sangue, junto com as matérias fecaes, ou mesmo depois de alguns esforços, emissão de jorros de sangue claro pelo ânus : citr.-acid. em 5a, 9a e 12a dynam. a mesma administração de bry.-cord. Tenesmos e vontade inútil de ir á banca, produzindo muitas vezes a sahida do recto, ou havendo pequenas dejecções san- guineas ; estes incommodos são acompanhados de náuseas, vômitos, crescimento do estômago, dôres de cabeça, lingua saburrosa, gosto amargo, febre com pelle ardente: coe-cact. em 6a, 9a e 12a dynam. uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Dysenteria de sangue e muco, com pressão e dôr no reclo, ou também corrimento de sangue alguma cousa espumoso, depois de muitos puxos, havendo dôres pelo ventre e es- tômago, lingua saburrosa, sede, dôr de cabeça, pelle secca e árida, accessos de febre intermittente : crot.-eleu. em 5*, 10a e 15a dynam. a mesma administração de coe-cact. Tenesmos e esforços inúteis de expellir as fezes, havendo emissão de sangue denegrido, ou vivo, com dôres pelo ventre arrotos freqüentes, náuseas, lingua coberta de saburra parda, vertigens, e pulso duro e freqüente : mir.-jal. em 6a e 12» dynam. a mesma administração de bry.-cord. Dysenteria sangüínea, com puxos violentos, dôr no ânus, e sahida do recto, acompanhada de dôres lancinantes no ventre, sensibilidade dolorosa no estômago com náuseas, lingua sabur- rosa, seccura e febre com horripilações : nee-puch. era 5a, 10* e 15a dynam, a mesma administração de coe-cact. Dysenteria branca, ou sanguinea, com tenesmos e dôres ; ou dysenteria de sangue puro, durante um ataque hemorrhoi- dal ; ou ainda vontade inútil de ir á banca, com puxos, dôres no annus, sahida de botões hemorrhoidaes que sangrào, e algumas vezes sahida do recto ; dôres nos intestinos, como por um peso que os fere; dôres no estômago, como eructa- ções abundantes de ar; peso na cabeça e vertigens; pelle secca, pulso cheio e accelerado: poly.-hydr. em 5* 9* e 12a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 noras. Hemorrhoidas.-Nos differentes soffrimentos hemorrhoidaes são applicaveis os medicamentos indigenas : al.-sat. bry.-cord'. APPENDICE 83 crot.-eleu. mil.-fol. petrosel. poly.-hydr. e pedil.-tithy. em 5a, 6*, 12* e 15* dynam., empregando-se de uma até duas gottas em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. De todos estes medicamentos, o que nos tem dado mais promptos resultados, operando rápidas curas, tem sido o poly.-hydr., e por isso o recommendamos especialmente, mesmo porque abrange quasi todos os symptomas das affecções hemor- rhoidaes. Queda do recto. — Os medicamentos indigenas que de preferencia se devem consultar são: coe-cact. crotal., elaps. nee-puch. palm.-ch. petrosel. sed. e sol.-tub. em 5a, 9* e 15* dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Prurido no ânus. — Consultem-se para terminar este in* commodo os seguintes indigenas: bomb.-an. buf.-sahy. delph. geof. jae-br. mel.-ak. onis.-as. sassaf. e sol.-tub. em 5*, 6a, 12a e 15a dynam., para administrar uma gotta em 3 colhéres d'agua, para tomar uma colher de 12 em 12 horas. Tenia. — Nesta enfermidade tem produzido bons resul- tados o íilx.-m. a frag. e o geof. em 5a, 10* e 15* dynam., em- pregando-se uma gotta até duas em 3 colhéres d'agua, para tomar uma colher de 8 em 8 horas. XIX Affecções das vias ourinarias Cálculos e áreas.—Os medicamentos que de preferencia devem ser consultados para estes incommodos, além daquelles que indica o texto, são nos indigenas: abs. archan. arist.-cy. ar.-mae bry.-cord. cal.-pend. elaps. eug.-jamb. frag. mel.-ak. mor.-alb. perianth. petrosel. sassaf. e sed. em 5*, 6a, 9*, e 15* dynam., tem-se administrado uma gotta até duas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Catarrho da bexiga. —Neste caso consultem-se os seguin- tes indigenas: cact.-op. chioe-rac. derm.-pend. elaps. frag. K 84 appendice laur.-cin. mel.-ak. ocim. poly.-hydr. rhys. sol.-tub. stem.- camph. e trad. em 6*, 9a e 12a dynam., administra-se de qual- quer destes medicamehtos uma até 2 gottas cm 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 era 12 horas. Cystitis. — D'entre os medicamentos indigenas, os mais apropriados para o tratamento desta moléstia sãc os seguintes: Febre cora alguns apparecimentos de intermittencia, dôres nas costas e rins: dôres na bexiga, com fisgadas fortíssimas nos rins, que mais se augmentão quando se tosse, espirra, ou faz qualquer movimento forte; difficuldade em ourinar, com dôres, consegui ndo-se por fim pequena emissão de ourinas carregadas, sanguinolentas e ardentes, ou com cheiro nausea- bundo, e depositando sedimento branco : ar.-mae 5a, 9* e 15* dynam., de uma até duas gottas em 4 colhéres.d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. ^ Febre, pelle secca e ardente, lingua saburrosa o pastosa, sede, peso na bexiga e nos rins, ardor e prurido na urethra; emissão de ourinas em pequenos jactos, turvas, um pouco grossas e tocando a vermelhas, ou perfeitamente escarlates, depositando sedimento, ou sanguinolentas e ardentes : cact.- op. em 6a, 9a e 12a dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Excitação nervosa com sobresaltos e contracções ao menor susto, abatimento e cansaço ao menor exercicio,* pelle árida e secca, accessos de febre intermittente que se repetem todos os dias a uma hora fixa, lingua áspera e coberta de saburra branca, sede ardente, dôres sobre a bexiga ao menor contacto oua qualquer movimento, difficuldade em ourinar, com dôres agudas na próstata, ourinas turvas, avermelhadas, ardentes em pequenos jactos: crot.-eleu. em 5a, 9a e 15* dvnam à mesma administração de ar.-mae Accessos febris, com calafrios alternados de calor ardente • lmgua branca e saburrosa, sabor amargo, sede ; ourinas claras', espumosas, com sedimento branco, e cheiro acre ; ou carrega- das tocando a vermelhas, produzindo ardor na urethra, cora coágulos de sangue, e cheiro acre e nauseabundo, ficando no ourinol com uma apparencia gordurosa : mel.-ak. em 5* 10* e 8°em sTras.11111" 8°Ua *" * ^^ ***»> Uma col^r de Dôres e peso sobre a bexiga, que mais se aggrava ao menor APPENDICE 85 contacto; dôres nos rins e virilhas quando se retarda a ourina; ourinas ardentes, muito vermelhas, acres, sanguinolentas, com peso na bexiga mesmo depois de ourinar : nee-puch. em 5a e 9* dynam., a mesma administração de mel.-ak. Dôres nos rins, com vômitos, gemidos e difficuldade de ourinar; ourinas turvas cora sedimento branco albuminoso, ou amarellas assafroadas, ou vermelhas e com sangue, ou espessas e purulentas com cheiro insupportavel, produzindo ardor na urethra : ocim. em 5a e 9a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Dôr pressiva na região hypogastrica, dirigindo-se ao annel inguinal direito com grande intensidade; dôres sobre a bexiga, não podendo supportar o menor contacto; ourinas espessas, vermelhas, carregadas de mucosidades brancas como clara de ovo, ou turvas e amarelladas, e que se cobrem de uma pellicula oleosa, produzindo ardor na urethra: sol.-tub. em 5a e 10a dynam., a mesma administração de ocim. Dôres na bexiga e virilhas, que se estendera aos rins e coxas; ourinas purulentas, sedimentosas, um pouco sanguinolentas, de cheiro acre, penetrante, e estimulante, corrompendo-se em pouco tempo: stem.-camph. em 6*, 12a e 15a dynam., a mesma administração de mel.-ak. Dôres pungentes nos rins correspondendo á urethra; peso e dôr na bexiga, com irritação dos intestinos; difficuldade em ourinar, sahindo a ourina em pequenos jactos, com dôr e ardor na urethra; ourinas poucas e sanguinolentas com dôres que se estendem até ao recto, ou amarelladas e vermelhas, de cheiro acido, produzindo ardor na urethra: trad. em 5a, 9a e 15a dynam., uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, uma colher de 4 em 4 horas, se o mal fôr intenso, ou de 6 em 6 e de 8 em 8 horas, sendo mais moderado. Diabetis. — Os dous medicamentos indigenas mais apro- priados são : hipp. e hur.-br. em 5a, 9* e 15* dynam., de que se poderá administrar uraa gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Compare-se, no tratamento desta moléstia, os medicamentos que acima indicámos para o tratamento da cystitis. Dysuria, ischuria, e Stranguria.— Para o tratamento destes casos, podem ser consultados os seguintes medicamentos indigenas : gril. frag.-vese heli.-an. mel.-ak. petrosel. e poly.- 86 APPENDICE fcydr. em 5», 6a, 9*, 10* e 45* dynam., podendo-se administrar de uma até duas gottas em 4 colhéres çTagua, para uma colher de 12 em 12 horas. Estreitamento da urethra. — Sendo a causa syphilitica, podem ser empregados os seguintes medicamentos: chioe- ang. jae-br. pen.-quin. petrosel. pip.-odor. e stem.-camph. em 5*, 9* e 15* dynam. A applicação destes medicamentos não obsta a que se recorra ao emprego de meios cirúrgicos adequa- dos, principalmente quando o estreitamento já é antigo. Hematuria. — Os medicamentos indigenas que mais convém nesta moléstia são: coe-cact. cae-op. heli.-an. e mil.-fol. em 5*, 9*, 12* e 15* dynam., administrando-se de uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Nephritis e nephralgia. — D'entre os medicamentos indi- genas os mais vantajosos são os seguintes, nos casos que indicamos. Dôres nos rins, estendendo-se para as costas, com estre- mecimentos na região lombar, peso na bexiga, e ligeira febre: al.-sat. Dôres nevrálgicas sobre os rins e sacro, estendendo-se á região lombar, e mesmo á columna vertebral, impedindo caminhar, com ligeira febre : arist.-cy. Dôres e inchação nos rins, estendendo-se para o sacro, com peso sobre a bexiga, e ourinas poucas, carregadas e ardentes, havendo alguma difficuldade na emissão : cal-pend. Dôres sobre os rins, que não deixão conservar uma posição direita, e que se estendem para o sacro e região lombar, com dôr e peso na bexiga: crot.-eleu. Dôres violentíssimas sobre as cadeiras, com latejamentos no sacro e na bexiga, tensão e rijeza na região lombar, dôres lancinantes e repuxamentos nos rins: dermoph.-pend. Dôres lancinantes nos rins, com sensação de uma barra de ferro que alli comprime continuamente; dôres nos rins que se estendem até ás vertebras dorsaes e á bexiga, havendo difficul- dade era ourinar, febre, lingua saburrosa e pastosa : elaps. Dôres nos rins e nas costas, com difficuldade de ourinar como por paralysia da bexiga; dôr epeso nos rins, que oc- casiona dormencia nas pernas, cora febre : gril. Dôres nos rins e costas, impedindo os movimentos, com APPENDICE 87 difficuldade de ourinar, sensibilidade dolorosa sobre a bexiga, ligeira febre: gyn.-jac. Dôres crampoides nos rins, estendendo-se até as costas, com diminuição das ourinas, que se tornão vermelhas e ardentes : jatroph. Estes medicamentos são applicados em 5*, 6*, 9*, 12* e 15a dynam., e administrão-se tomando de qualquer delles uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Incontinencia da ourina.—Para este incommodo, e principal- mente na incontinencia nocturna, o único medicamento que temos encontrado nos indigenas é o crotal. em 5*, 9* e 15* dynam., de uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. XX AÍIccçoes das partes viris Balanitis. — Os medicamentos mais applicavcis d'entre os indigenas são: arist.-cy. bry.-cord. chioe-ang. crot.-eleu. crot.-fulv. hedy. hur.-hr. jae-br. jae-pet. mir.-jal. pen.-quin. e stem.-camph. Estes medicamentos são applicados em 3*, 5*, 6», 12* e 18* dynam., administrando-se de uma até três gottas em 4 colhéres d'agua, para tomar uma colher de 6 em 6 horas. Bubões, Cancros venereos, Gonorrhéa. — Veja-se o artigo Syphilis, a pag. 14 deste mesmo appendice. Hérnia escrotal. — Consultem-se neste caso os medica- mentos indigenas: delph. e itú.-r. que se poderão applicar em 5a, 9* e 15" dynam. Hydrocele. — Consulte-se o cal.-pend. que já produzio efffeito em um caso isolado, e para què foi applicado irregular- mente : poderá ser applicado em 5a e 9* dynam. Impotência. — Entre outros indigenas, o medicamento que de preferencia deve ser consultado é" schi.-ant, em 5* e 9» 88 APPENDICE dynam., empregando de uma até duas gottas em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Lascívia. — Consultem-se buf.-sahy. delph. onis.-as. e petrosel. em 5a, 9a e 15a dynam. Orchitis.—0 medicamento que já tem produzido effeitos importantes é trad. em 3a, 5a e 9a dynam., foi applicado uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Phimosis e paraphimosis. — Os medicamentos mais 'apro- priados nestes casos são : chioe-ang. em 6a e 12a dynam., jae- br. em 5a e 9a dynam., pen.-quin. em 5a e 10a dynam., pedil.- tithy. em 6a e 12a dynam., sassaf. em 5a e 15a dynam., e stem.- camph. em 6a e 9a dynam. Administrão-se destes medicamen- tos de uma até três gottas em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Prostatitis. — Os medicamentos indigenas que parecem mais apropriados são: ar.-mae e petrosel em 5a e 9a dynam., sendo applicados uma gotta em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Sarcocele. -Nos medicamentos indigenas, os que se en- contrão mais próprios a combater esta moléstia são : col.-sur. lag.-silv. e mim. em 5a, 9a e 15a dynam., uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. Spermatorrhea e polluções. — Para- estas affecções os.mais importantes medicamentos indigenas são : mor.-nort. nee- puch. ped. petrosel. sang.-corv. e . gchi-ant. em 5a, 9a e 15" dynam., de. uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Consulte-se também: arist. calen.-off. chioe-rac. elaps. hur.- br. e jae-br. XXI Moléstias próprias das mulheres Amenorrhéa.-Os melhores medicamentos indigenas para combater a ausência, interrupção, ou suppressão do fluxo menstruo, são os seguintes, e nos casos indicados APPENDICE 89 Falta total de regras por mais de dous mezes, ou regras irregulares, muito tardias e de pouca duração, e quando apparecem tendo uma côr denegrida, e com máo cheiro, acompanhados estes symptomas de fortes dôres uterinas : art. em 5a e 9a dynam., uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Begras tardias, pouco abundantes, descoradas, ou com côr um pouco carregada, com dôres uterinas durante a menstrua- ção : contray. em 5a e 9* dynam., a mesma administração de art. Suppressão das regras, ou apparecimento tardio das mesmas, com côr escura e em pequena porção : goss. em 5a e 9a dynam., uma até duas gottas em 3 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Desapparecimento das regras por um susto, tornando a reapparecer irregularmente, em porções denegridas, e com máo cheiro. — Suppressão dos menstruos por muito tempo, e quando reapparecem é com um sangue viscoso, escuro, misturado com serosidades brancas e amarelladas, ou como lavagem de carne, e com muito máo cheiro : monoc. em 5a, 9a e 12a dynam., uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Suppressão das regras por muito tempo, com peso e tensão no utero, e dôres que se , estendem do utero á vagina; se as regras reapparecem, são de côr escura, ou como lavagem de carne, acompanhadas de serosidades purulentas, e com máo cheiro : platy.-coe em 6a, 9a e 12a dynam., a mesma adminis- tração de goss. Além destes medicamentos, consultem-se proair. e sol.-oi. e também archan. asclep. bom.-an. cal.-pend. e drup.-rae Chlorosis. — D'entre os medicamentos indigenas, os mais importantes são : archan. e rosma.-off. em 5a, 12a, 15a e 30a dynam., uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma de 8 em 8, ou de 12 em 42 horas. Colicas uterixas, ou menstruaes. — As dôres que se ma- nifestão no utero durante as regras, antes ou depois dellas, ou mesmo fora desta época, podem ser combatidas com os seguin- tes medicamentos indigenas. Dôres vivas no utero, estendendo-se até á vagina durante as regras: armor. 90 APPENDICE Dôres crampoides no utero, e tensão tractiva como nas dôres de parto; ou colicas uterinas durante a menstruação que obrigão a rolar na cama : art. Colicas uterinas durante as regras, havendo menstruação tardia: chenop.-amb. Dôres no utero, que forção a deitar-se de bruços rolando sobre a barriga, apparecendo principalmente durante as regras, que são irregulares: coloc.-paul. Dôres uterinas, insupportaveis, durante a menstruação ou antes delia: contray. Colicas uterinas durante as regras, cóm sensação de frio, calor e peso no utero, picadas como por golpes: crotal. Dôres violentas no utero, estendendo-se até ás virilhas, havendo suppressão de menstruação: crot.-eleu. Colicas uterinas, todas as vezes que tem de apparecer a menstruação : drup.-rae Colicas menstruaes, que se estendem até á vagina, e umbigo, com peso no utero elaps. Colicas uterinas no tempo das regras, que se tornão mais intensas ao levantar da cama: goss. Dôres violentas no utero, que se estendem ao canal vulvo- uterino, havendo menstruação tardia e irregular: jae-pet. Dôres uterinas antes das regras, com peso no utero, que parece dirigir-se para a vagina : lim, Dôres uterinas durante as regras, ou depois de uma sup- pressão de menstruo: proair. Dôres violentas no utero, antes ou durante as regras, que forção a doente a dar gritos, e a rolar na cama, com tremores e horripilações : platy.-coe De qualquer destes medicamentos, emprega-se uma até três gottas de 5a, 6a, 9a, 12*, ou 15* dynam., em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 3 em 3 horas. ^sterilidade. — Dos medicamentos indigenas, o que parece mais apropriado, e que aconselhamos seja consultado, é o filx.-m. em 6* ou 9a dynam. Gravidez. — Para os incommodos que acompanhão a gra- videz, taes como: Affecções moraes, Convulsões ou espasmos, Diarrhéa, Dôres de barríga, Dôres de dentes, Dysuria, Fome canina, ou Bulimia, Náuseas, Prisão de ventre, e Vômitos, APPENDICE 91 vejão-se os artigos que vêm com essa epigraphe, que nelles se encontrão indicações convenientes. Queda da madre e queda da vagina.—Para qualquer destes incommodos o medicamento indígena mais apropriado, e de que conhecemos resultados satisfactorios, é o tapy.-tan. em 3a, 6* e 9a dynam., de uraa até três gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 4 em 4 horas. Hvsterismo. — D'entre os indigenas os melhores medica- mentos para os incommodos hystericos são: archam. earist.- cy. em 5a, 9a e 12a dynam. Leucorrhéa. —Dos medicamentos indigenas são applicaveis no tratamento das flores brancas os seguintes : Flores brancas abundantes, líquidas como uma forte solução de gomma, ou da consistência de clara d'ovo; flores brancas grossas, purulentas, abundantes, e com máo cheiro: drup.- rae em 6a, 9* e 12a dynam. Flores brancas abundantes, corrosivas e amarelladas, da consistência de pús : lae-ang. em 5a, 9a e 15a dynam. Flores brancas acres, amarellas, corrosivas, de consistência de clara de ovo; ou flores brancas corrosivas, que produzem excoriações nos grandes lábios da. vulva: raonoe em6ae 9a dynam. Leucorrhéa virulenta, branca ou amarellada, serosa ou aquosa : nee-puch. em 6*. 12a e 15a dynam. Flores brancas corrosivas, com calor e prurido na vagina e no utero : ped. em 5a e 10a dynam. Flores brancas abundantes, com ardor, picadas, e excoria- ções na vagina e no canal vulvo-uterino: proair, em 6a e 9a dynam. Flores brancas abundantes, com ardor e excoriaçãcrna vulva: rosma.-off. em 6a, 9a e 12* dynam. Flores brancas abundantes, aquosas ou purulentas, que apparecem antes ou depois das regras, que são irregulares ede curta duração : sol.-oi. em 5a, 10a e 15a dynam. Flores brancas da consistência de clara de ovo, e com cheiro purulento, mais abundantes nas proximidades das regras, antes ou depois: tapy.-tan. em 6a, 9a e 12 dynam. De qualquer destes medicamentos, administra-se uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. L 92 APPENDICE Consultem-se mais al.-sat. crotal elaps. filix.-m. e mor.-nort. Metrite. — Para o tratamento desta enfermidade, além dos medicamentos indicados no texto, consultem-se mais as Patho- genesias de al.-sat. art. contray. crotal. drup.-rae elaps. filix.- m. goss. lae-ag. monoc. mor.-nort. nee-puch. ped. plat.- coce proair. e tapy.-tan. que principalmente são applicaveis ás moléstias do utero. Metrorrhagia. — Os medicamentos indigenas mais re- commendaveis para este incommodo são: Metrorrhagia de côr viva ou denegrida, formando peque- nos coágulos escuros ou denegridos, com dôres no utero e vagina: armor. em 5a, 9a e 15a dynam. Metrorrhagia de um sange denegrido, espesso, e em grumos sahindo coagulado : chioe-rac. em 5a e 9a dynam. Corrimento abundante de sangue claro, com picadas e ardor no utero e canal vulvo-uterino, havendo algumas vezes desarranjo mental : crotal. em 6a e 12a dynam. ^Corrimento de sangue negro, abundante, e coagulado, com dôre peso no utero: elaps. cm 5a e 9a dynam. Metrorrhagia abundante, de côr rubra, ou denegrida, serosa, com prostração, e desejos de coito: laur.-cin. era 6a e 12* dynam. Corrimento de sangue abundante, claro e seroso, depois de um excesso qualquer : perianth. 6a e 9a dynam. Corrimento abundante de sangue claro e seroso, ou escuro e espumoso, com cheiro pútrido, e formando coágulos negros : rhys. 6a, 9a e 12a dynam. Fluxo abundante de sangue claro e puro, ou denegrido e com máo cheiro, com fraqueza e abatimento: tapy.-tan. em 5", 9a e 15a dynam. De qualquer destes medicamentos administra-se uma até três gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Aborto.—Os dous medicamentos indigenas que julgamos mais importantes neste caso são os que em seguida in- dicamos. Quando o aborto se manifesta em conseqüência de um susto, ou de forte emoção moral, com estremecimentos nervosos, violentas dôres nos rins, dôres na região hypogastrica, corri- mento sangüíneo mais ou menos abundante, desfallecimento : APPENDICE 13 archan. 3a, 5a e 9a dynam., uma gotta em seis colhéres d'agua para uma colher de 2 em 2 horas. Dôres violentas semelhantes ás do parto, com perdas sangüí- neas, ou de serosidades ; dôres nos rins, no baixo-ventre, no sacro, nas partes genitaes, tremores, calor, pressão e peso no utero : col.jar. a mesma administração de archan. Nymphomania.—Os medicamentos indigenas que nos pa- recem applicaveis nesta enfermidade são : archam. crot.-fulv. delph. hur.-br. lira. monoc. mor.-nort. nee-puch. plum.-lit. e sang.-cor. para o emprego dos quaes se devem consultar as competentes pathogenesias. Parto. — As indicações do texto, para facilitar o trabalho da parturição, preenchem perfeitamente o tini desejado, e mesmo dentre os medicamentos indigenas não conhecemos algum que lhes seja superior, ou que mesmo tenha applicação segura neste caso, e por isso deixamos de tratar delles. Quanto porém aos inconvenientes que sobrevêm ás mulheres paridas, já nos medicamentos indigenas encontramos alguns que podem ser applicaveis, e por essa razão os indicamos. Affecções moraes. — Consulte-se a pag. 26 e seguintes deste mesmo appendice, que se encontrarão medicamentos conve- nientes a qualquer caso desta ordem que se desenvolva nas paridas. Colicas. — No art. XVII deste appendice, e seguintes, achão-se descriptos os differentes medicamentos indigenas próprios ao tratamento das colicas em geral, e esses mesmos devem ser consultados nos casos que sobrevierem depois do parto. Diarrhéas. — Consulte-se o art. XVIII deste appendice, onde, se trata deste incommodo em geral. Febre do leite—Dos indigenas o medicamento que nos parece mais apropriado é o sol.-ol. era 5a e9a dynam. Galactirrhéa.— Fluxo abundante do leite, que sobrevêm em algumas mulheres paridas de pouco tempo, e que também se pôde manifestar mais tarde durante a amamentação, e algumas vezes mesmo apparece fora desta época. De todos os medica- mentos conhecidos até hoje na homoeopathia, o mais impor- tante para supprimir a secreção do leite é o sol.-ol., que temos applicado neste caso em 3", 6* e 9* dynam, uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. 94 APPENDICE Insomnia. Prisão de ventre. Queda dos cabellos. Alopecía.— Vejão-se os artigos que neste appendice tratão desta matéria. Peitos. —Os peitos ou seios, nas mulheres, estão sujeitos a varias enfermidades, para alguma das quaes são applicaveis medicamentos indigenas, e de que vamos tratar. Cancro.— O cancro dos seios, ou qualquer affecção carcino- matosa, ou scirrosa, que nelles se manifeste, pôde ser tratada com os medicamentos indigenas : crotal. em 5a, 9*e 15a dynam. dermoph. em 6a, 12a e 18a dynam. pedil.-tithy. em 6a, 10* e 15* dynam. e stem.-camph. em 5a, 9* e 12* dynam. Inflammação. — Para a inflammação dos seios podem ser applicados os medicamentos indigenas : conv.-duart. itú.-r. sol.-ar. sol.-ol. e sol.-tub. era 5*, 9a, 12* e 13a dynam. Excoriação e ulceração.— Estas affecções dos bicos dos peitos podem ser tratadas com e-ang. cerv. helian.-an. sed. stem.-ar. e stem.-camph. em 5a, 9* e 12a dynam. XXII Moléstias próprias das crianças Aphthas. — A applicação da lae-ag. em 5* e 9* dynam. tem produzido effeito em alguns casos. • Asthma.— Desta moléstia temos curado varias crianças ap- pücando o bomb.-àn. em 4a, 6a e 9a dynam., três glóbulos ao deitar, de cinco em cinco dias. Azia. - Em muitos casos tem sido deprompto effeito a ad- ministração do abs. em 3a e 6a dynam., um glóbulo de 3 em 3 horas até cessar o incommodo. Colicas.—A administração do anis. col.-paul. contrahy mir.-jal. ou nee-puch. em 3a, 6a ou 9a dynam., dous glóbulos de 2 em 2 horas até cessar o mal, tera sido efficaz em muitos casos. Coryza. - Sendo fluente, com corrimento de mucosidades, na maior parte dos casos, cede promptamente a helian.-an ou mira. em 3* e 6* dynam. um glóbulo de 4 em 4 horas. Sendo APPENDICE 95 coryza secco, convirá de preferencia bomb.-an. lep.-bon. ou pet.-tet. na mesma administração e dynamisação. Em muitos casos, seja o coryza secco, ou fluente, tem desapparecido só com o emprego do eleph.-mart. em 3a, 4a e 6a dynam. um gló- bulo de 2 em 2 horas. Dentição.— Differentes incommodos se originão deste acto, sendo próprios para cada um delles medicamentos differentes, motivo por que os especificamos. Insomnia.—É applicavelo elaps. em 4a e6a dynam. hur.-br. em 4* e 9a dynam. pet.-tet. em 3a e 9a dynam. e sol.-ol. em 4a e 6a dynam. um glóbulo de 12 em 12 horas, por 4 vezes. Febre. — A febre da dentição tem cedido muitas vezes a eleph.-mart. 3a e 6a dynam. palm.-ch. em 3a e 5a dynam. e sisyr.-gala. em 3a, 6* e 9* dynam. um glóbulo de 3 em 3 ho- ras, por seis vezes. Prisão de ventre.—Vários incommodos desta natureza têm-se terminado com a applicação de mor.-alb. em 3* e 6* dynam. paul. em 3* e 5* dynam. e sol.-tub. era 4* e 6* dynam. dous glóbulos de 6 em 6 horas, por quatro ou seis vezes. Diarrhéa. — Os indigenas mais apropriados são : helian.-an. era 4a, 6* e 9a dynam. palm.-ch. em 3a e 5* dynam. e sisyr. gala. em 3a, 6* e 9a dynam. um glóbulo de 4 em horas, por cinco ou seis vezes. Tosse. — Têm aproveitado em muitos casos : eleph.-mart. em 5a e 9a dynam. eug.-jamb. em 3a e 6a dynam. sicyr.-gala. era 3a e 6a dynam. e ven.-cap. em 4a e 6a dynam. um glóbulo de 8 em 8 horas, por seis vezes. Convulsões e spasmos. — Em qualquer desses incommodos convém dos medicamentos indigenas : archan. goss. laur.-cin. nee-puch. e rosma.-off. em 6* e 9a dynam. um glóbulo de 6 em 6 horas. Estes são os incommodos que mais coramummente traz comsigo a dentição ; outros que appareção deveráõ ser trata- dos pela que fôr indicado sob as respectivas epigraphes, para onde enviamos o leitor. Diarrhéa. —Nas diarrhéas das crianças convém em geral, dos medicamentos indigenas, os seguintes : bry.-cord. crot.- eleu. jal. mir.-jal. palm.-ch. sisyr.-gala. e tapy.-tan. em 3a, 6a e 9a dynam. de quatro até seis glóbulos, em cinco colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. 96 APPENDICE Dysuria e Ischuria.— D'entre os medicamentos indigenas os mais apropriados a estas enfermidades, e de que já temos co- lhido bons resultados, em algumas crianças, são gril. frag. e petrosel. cm 3a, 5a e 6a dynam. seis glóbulos em 6 colhéres d'agua, uma colher de 2 em 2 horas. Erysipela.— Nas erysipelas das crianças, o medicamento in- dígena mais conveniente é jatroph. em 4a e 6a dynam. um glóbulo de 8 em 8 horas por seis vezes. Escropiiulas. —Os medicamentos indigenas mais apropria- dos são : armor. pedil.-lithy. rosma.-off. e stem.-camph. em 3a, 6a e 9a dynam. Febres.—Veja-se o tratamento geral das febres, neste mesmo appendice, de pags, 17 a 26. Frambcesia', Bobas.—Para o tratamento das bobas nas crian- ças, os medicamentos indigenas mais applicaveis são : jae-br. ebowdichea major. (Sucopira), em 3a, 5a, 6* e 9* dynam. uma gotta em 8 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Re- pete-se o medicamento por quatro ou seis vezes com inter- vallos de 8 dias. Fraqueza muscular. — Na fraqueza muscular das crianças, que lhe impede o susterem-se nas pernas, e andar, convém a arane-br. cm 3a e 6* dynam, administrando-se um glóbulo ao deitar, por alguns dias. Gastrosis. — Para esti affecção nas crianças são applicaveis os indigenas : abs. em 4a e 6" dynam. e arist.-cy. em 5* e 9* dynam., de quatro até seis glóbulos em4 colhéres d'agua uma colher de 12 em 12 horas. Hérnias.—Nas hérnias umbilicaes, ou inguinaes das crianças, são quasi sempre,bastante para operar a cura: amph. ou itú.-r. em 3a e 5a dynam. de quatro até seis glóbulos era 4 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Ictericia. — Para esta moléstias nas crianças, o melhor me- dicamento indígena é blatt. em 4a e 6a dynam. um glóbulo de 8 em 8 horas por quatro vezes. Insomnia. — Veja-se neste mesmo appendice, de pags. 13 a 17, os differentes soffrimentos do somno. Ophthalmia.— Dos medicamentos indigenas os mais appli- caveis ás ophthalmias das crianças são : hur.-br. e helian.-an. em 6a e 9* dynam. APPENDICE 97 Prisão de ventre..— Os mesmos medicamentos que indicá- mos tratando da dentição. Soluços. — Algumas crianças são sujeitas a contínuos so- luços, que muitas vezes cedem somente á applicação do citr.- acid. em 3* e 6* dynam., um glóbulo de 4 em 4 horas por três vezes. Pôde ser repetido o medicamento por mais vezes, com intervallo de dous ou três dias. Spasmos e convulsões. — O mesmo que deixámos dito tratando da dentição. Vermes. — Os medicamentos indigenas mais apropriados para combater as differentes affecções verminosas são: al.-sat. chenop.-ambr. filix.-m. frag. geof. epalm.-ch. em 3a, 5*, 6a e 9a dynam., de três glóbulos até 8 em 6 colhéres dágua, uma colher de 6 em 6 horas. XXIII Affecções do larynge e dos bronchios Aphonia. — Dos medicamentos indígenas os mais apro- priados para o tratamento desta affecção são : Suffocação e perda da voz, produzida por constricção do conducto aéreo, que parece obstruído por um corpo espherico : archan. em 5a, 9a e 12a dynam. Constricção do larynge com perda da voz, anxiedade, suf- focação, palpitações do coração: crotal. 5a, 10a e 15a dynam. De qualquer destes medicamentos, uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 ein 8 horas. Bronchitis.—Encontrão-se nos medicamentos indigenas os seguintes medicamentos, que convém no -tratamento desta affecção: Febre, rouquidão, oppressão do peito, tosse secca ou com expectoração difficil, lingua rubra com uma camada de saburra branca no centro, constipação de ventre, abatimento e fraqueza geral: archan. 3a. 6a, 9a e 12a dynam. Difficuldade de respirar, parecendo que a respiração passa através de um liquido que a estorva; tosse secca com titulação 98 APPENDICE no larynge, ou tosse curta e secca, com expectoração difficil de mucosidades; voz tremula, alterada e rouca, entrecortada por respiração sibilante; palpitação e oppressão do peito, com estertor depois da tosse; pelle secca e ardente, febre, peso na cabeça, delirios, abatimento geral: chioe-rac. em 5a, 9a e 15* dynam. Respiração curta, oppressa e vibrante, produzindo uma bulha semelhante a um liquido que ferve; tosse rouca, profunda, secca, vibrante, augmentando quando se endireita o corpo, ou se estende na cama; ou lambem: tosse violenta com expectora- ção mucosa; febre, lingua saburrosa, ponfaguda, com os bordos rubros : mor.-nort. em 3a, 6* e 9a dynam. Respiração oppressa e fatigante, com estertor e rangimento; voz diminuta, e com difficuldade de exprimir os sons; tosse continua com ardor no larynge e expectoração mucosa; anxiedade, peso e tontura de cabeça; febre : ven.-cap. em 3a, 5* e 12a dynam. De qualquer destes medicamentos, uma até três gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. Rouquidão. — A rouquidão é sempre um symptoma que acompanha varias enfermidades; consultem-se nesse caso os seguintes medicamentos : al.-sat. archan. armor. bil.-cor. chioe-rac. crotal.-eleu. elaps. geof. lira. mir.-jal. pet.-tet. sol.-tub. e ven.-cap. Tosse.—A tosse acompanha muitas das affecções das vias aéreas, e do peito; por essa razão não tomamos propriamente como uma moléstia, mas sim como ura symptoma, e symptoma muito importante; damos pois dos medicamentos indigenas os que mais convém nesse caso. «. Tosse suffocante com expectoração difficil, tosse abalante de curta duração: abs. Tosse com ligeira rouquidão, com dôres vagas nos mús- culos do peito: al.-sat. Tosse secca, ou com expectoração difficil e rouquidão com sensação de constricção : archan. Tosse com expectoração raiada de sangue, tosse violenta, com rouquidão : armor. Tosse curta com pouca expectoração, ardor e dôr no larynge: art.-vulg. APPENDICE 99 Tosse com expectoração esverdeada, com titulação no larynge: bil.-cor. Tosse secca e convulsa, tosse rouca, sibilante, com expectora- ção clara e espumosa, ou amarellada e viscosa, a que se segue respiração sibilante : bom.-an. Tosse secca, profunda, sibilante, com dôr nos pulmões durante o accesso, tosse com expectoração purulenta : bry.-cor. Tosse curta, abalante, produzindo ardor na garganta : cal.- pend. Tosse ligeira, com expectoração branca e adocicada : e-ang. Tosse suffocante, com titulação da garganta, como por um corpo estranho alli existente: chenop.-amb. Tosse com expectoração mucosa e rouquidão, tosse curta e secca com titulação no larynge, tosse secca, fatigante e violenta: chioe-rac. Tosse secca com titulação na garganta, escarros esverdeados, ou de sangue puro, ou misturado com mucosidades : crotal. Tosse com expectoração mucosa, provocada por cocega no larynge : crot.-camph. Tosse com titulação no larynge e rouquidão aphonica : crot.- eleu. Tosse curta com expectoração clara e ardor no larynge: drup.-rae Tosse violenta com dôres desde o pulmão á trachéa, tosse secca, quasi continua, com expectoração de sangue negro, tosse com escarros de sangue e dôr nos pulmões : elap. Tosse secca, ou cora pouca expectoração, e dôr lancinante do lado direito : ele. Tosse secca com ardor no larynge, tosse com expectoração mucosa e de serosidade acre, cora dôr e sensação de um corpo estranho na trachéa : eng.-jamb. Tosse com dôr no larynge, tosse violenta com expulsão de pequenos vermes lombricoides: frag.-vase Tosse com rouquidão, e expectoração grossa e mucosa. provocada por cócegas no larynge : geof. Tosse com expectoração sanguinolenta e dôr no larynge: helian.-an. Tosse violenta com dôr na garganta, expectoração branca e abundante: hipp. Tosse com expectoração considerável, amarella, ou escura M 100 APPENDICE côr de chocolate, com cheiro pútrido, tosse com ardor e constricção no larynge, e expectoração sanguinolenta : hur.-br. Tosse com expectoração amarellada, tosse secca com ardor e titulação no larynge, tosse com dôr de cabeça : ind.-tinct. Tosse secca com expectoração branca mucosa : jae-br. Tosse com escarros de sangue, de difficil expulsão, tosse secca de noite, sem poder expellir os escarros e apenas sahindo saliva salgada, tosse secca com voz rouca e perda da respiração, que mais se aggrava de noite : lep. bon. Tosse rouca, profunda, que augmenta quando se falia, tosse com expectoração purulenta, ás vezes irradiada de sangue, aggravada pelas bebidas frias, tosse de noite que impede o somno por muito tempo : lim. Tosse de tarde e de noite, cora expectoração abundante de sangue claro e espumoso: millef. Tosse que abala o peito e mesmo o utero, tosse freqüente com palpitação do estômago durante o accesso : monoc. Tosse rouca, profunda, com expectoração grossa, amarella, ou esverdeada: mor.-alb. Tosse rouca, profunda, com expectoração esverdeada, ama- rellada, ou purulenta; tosse profunda, secca, vibrante, que augmenta de noite na cama ; tosse freqüente, com expectoração verde sem poder deitar-se; tosse com grandes intervallos, e ex- pectoração gelatinosa com irradiações sangüíneas : mor.-nort. Tosse com ligeira expectoração amarellada, com algumas dôres no peito : nect.-puch. Tosse com rouquidão, que mais se pronuncia de noite, ou apanhando qualquer golpe de ar, ou rindo muito : nicot.-spur. Tosse com escarros- brancos, cscumosos,ou brancos com estrias de sangue : onis.-as. Tosse continua, profunda, com expectoração branca, es- pumosa : palm.-ch. Tosse com expectoração amarellada, amarga, difficil e tenaz ; tosse secca, curta, sibilante, com voz rouca; tosse violenta com affluencia de sangue para a cabeça: paul. Tosse rouca com expectoração sanguinolenta; tosse com dôr no peito; tosse abalante, violenta, com forte palpitação. Tosse violenta com escarros sanguineos e dôr no .peito: rhys. Tosse rouca, profunda, com escarros amarellados, tosse sibilante, violenta, que abala o peito: rosma.-off. APPENDICE 101 i Tosse com expectoração de mucosidades sanguinolentas sed. Tosse como por um embaraço da garganta: tosse nas crianças semelhante á coqueluche; tosse depois de comer, com vômitos dos alimentos: sisyr.-gala. Tosse secca ou acompanhada de expectoração mucosa, com rouquidão, ou sem ella; tosse sibilante, com expectoração branca, viscosa, ou espumosa : sol.-ol. Tosse com expectoração mucosa amarellada; tosse secca á noite; tosse fraca depois de contínuos espirros; tosse ao acordar de manhã, com expectoração de pequenos coágulos de sangue vivo, ou de mucosidades sanguinolentas : sol.-tub. Tosse secca com dôr no peito, e expectoração de mucosidades branquicentas: spig.-mart. Tosse secca, com rouquidão aphonica; tosse com expec- toração fácil,-mucosa, sanguinolenta: tosse excitada por ardor continuo no larynge : ven.-cap. Qualquer destes medicamentos pôde ser applicado em 5* 6*, 9a, 12a, 15a, e 30a dynam. de uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas: mas tornamos a lembrar que se consultem as respectivas patho- genesias, afim de combinar os outros soffrimentos que acompa- nhão a tosse, para então administrar o medicamento que convier. XXIV Das affecções do peito e do coração Asthma. — Estudando as pathogenesias dos medicamentos indigenas, encontrão-se diversos, que são próprios ao trata- mento desta moléstia: comtudo o mais efficaz dentre elles, e de que já temos colhido muitas vantagens em differentes trata- mentos, é o bomb.-an. em 5a, 9a, 12a, 15a, e 30a dynam. os symptomas que indicão o seu emprego são os seguintes : Embaraço da respiração com aperto de peito, oppressão e 102 APPENDICE difficuldade de respirar que obriga o doente a curvar-se para diante, ou a estar de pé para fazer largas aspirações que o não satisfazem; respiração anhelante, sibilante e anciosa, com aperto e pressão do peito, peso e dôr sobre a fronte, zunido nos ouvidos, feições angustiadas, sede excessiva, constipação de ventre, dôr entre as espaduas, extremidades frias, curvatura dos pollegares para a palma da mão, uma gotta em 4 colhéres d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Carditis e outras moléstias do coração. — Para o trata- mento destas affecções consultem-se: abs. al.-sat. archan. arist.-cy. bil.-cor bry.-cord. calen.-off. chenop.-ambr. chioe- rac. crotal. drup.-rae elaps. eug.-jamb. helian.-an. hipp. hur.-br. Jae-br. Jatrop. lep.-bon. mel.-ak. milefol. onis.-as. pet.-tet. plum.-lit. plum.-cel. rosma.-off. sassasf. schi.-ant. sol.-tub. stem.-camph. e tapy.-tan. Hemorrhagia pulmonar, e hemoptysia. — Dos medicamentos indigenas, os mais importantes nestes casos, são : armor. elaps. erith.-sat. milefol. myrosp.-sat. passif.-silv. perinth. rhys. e tapy.-tan. em 5a. 9a e 15a dynam. de uma até três gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 6 em 6 horas. Phthisica.— Dos medicamentos indigenas, os que temos conhecido mais apropriados são: elaps. eleph.-mart. hel.- pomat. hym.-cour. lim. e mor.-nort. em 5a, 9a, 12a e 15* dynam. de uma até três gottas em 4 colhéres d'agua, uma colher de 8 em 8 horas. Além destes medicamentos, consultem-se também, todos os que temos indicado para a tosse. Com os primeiros medica- mentos que indicámos temos colhido importantes vantagens; mas recommendamos muito, que tanto para a applicação desses como dos outros, seja estudada a pathogenesia, para fazer uma boa applicação em uma enfermidade tão importante. APPENDICE 103 XXV Affecções do tronco Affecções das glândulas do pescoço. — Dos medicamentos indigenas, os que parecem mais apropriados, e que devem ser consultados são: chioe-ang. crot.-camp. crot.-fulv. jac.br. pen.-quin. stem.-ar. e stem.-camph. Lumbago.—Neste caso temos tirado proveito da applicação de gyn.-jac. em fricções e internamente, uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Myelite, — Consultem-se archan. lep.-bon. pet.-tet. e rosma.-off. em 5a, 9a e 12a dynam. Nostalgia. — Temos empregado para esta moléstia chioe- ang. jae-br. nicot.-spur. e sassaf. em 6a, 9a e 15a dynam. de uma até duas gottas em três colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Papo. — Consultem-se os seguintes medicamentos indigenas: janiph. e sch.-ant. em 6a, 9a e 12a dynam. uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Paralysia.—Os medicamentos mais apropriados são: archan. elaps. e strichn. em 3a, 5a, 6a e 9a dynam. que já têm sido applicados com successo feliz. Psoite. — Os medicamentos indigenas quede preferencia são applicaveis são: jae-br. lep.-bon. plum.-lit. e sol.-tub. em 6a, 9a e 15a dynam. uma gotta em três colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Sciatica. — Já temos applicado com vantagens os seguin- tes : bry.-cord. chioe-ang. mir.-jal. e pedil.-tithy. em 6a, 9a ' e 12* dynam. uma gotta em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. 104 appendice XXVI Affecções das extremidades superiores Arthritis. — Os mais efficazes nos indigenas são : armor. gyn.-jac. jae-br. lep.-bon. nicot.-spur. pen.-quin. sassaf. e stenr-camp. em 5a, 6a, 9a e 15a dynam., uma até três gottas- em 6 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Caimbras.—O medicamento mais importante para este incom modo é apoeon. em 3a e5a dynam. de uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 8 em 8 horas. Consul- te-se também amph. Frio ou gelidez. — O melhor medicamento a empregar é o crotal, em 3a, 5a e 9a dynara., uma até duas gottas em 6 colhé- res d'agua, uma colher de 6 em 6 horas. Gotta.—São applicaveis os mesmos medicamentos indicados para arthritis. Panaricio. — A applicação externa de erithr.-sat. e interna- mente o emprego do ars. tem sido um poderoso meio com que temos tratado vários panaricios, que em poucos dias ficarão completamente curados. Suor.—Osuorcopioso é diminuidopela applicação de janiph. em 3a e 5* dynam., uma gotta em 3 colhéres d'agua, uraa co- lher de 12 em 12 horas. Verrugas. — Os mais apropriados medicamentos indigenas são : buf.-sahy. lim. jae-br. e pedil.-tithy. que podem ser applicados em 5a, 9a ou 12* dynam. XXVII Affecções das extremidades inferiores Arthritis, caimbras, frio ou gelidez, gotta, suor.—Os mes- mos medicamentos indicados para estas moléstias nas extre- midades superiores. APPENDICE 105 Callosidades e callos nos pés. — O emprego do erith.-sat. externamente tem produzido vantagens em alguns casos. Entorpecimento, ou dormencia dos membros. — O medica- mento indígena que mais convém neste caso é arist.-cy. em 5a e 9a dynam. uma gotta em três colhéres d'agua, uma co- lher de 6 em 6 horas. Erysipela. — São indicados para este caso crotal, guan. ja- troph. mim., em 5*, 9* e 15a dynam. uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, para uma colher de 3 em 3 horas. Fraqueza das pernas. — Para este incommodo, em que o doente não pôde andar, nem suster-sede pé, não sendo em con- seqüência de uma longa enfermidade e quepornimia debilidade seja levado a esse estado, póde-se applicar : arane-br. em 3a, 6a e 9* dynam. uma gotta em 4 colhéres cfagua, uma colher de 12 em 12 horas. Para o mesmo caso, ecom a mesma applica- ção, póde-se ainda empregar mais: bry.-cord. chenop.-ambr. contray. elaps. ele. lep.-bon. pen.-quin. plum.-lit. rhys. e tapy.-tan. OEdema.— No tratamento dessa affecção são empregados os indigenas : cal.-pend. conv.-arv. ele. guan. jatroph. mim. ped. lag.-silv. e nicot.-spur. em 5a, 9* e 15a dynam. de uma até duas gottas em 4 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. Paralysia. — Podem-se empregar dos indigenas : crotal. crot.-eleu. elaps. ped. estrych. em 6a 9a e 12a dynam. uma ou duas gottas em 3 colhéres d'agua, para uma colher de 12 em 12 horas. Ulceras, — No tratamento das ulceras que apparecem nas pernas, podem-se empregar : erith.-sat. jae-br. jacpet. sassaf. stem.-ar. e stem.-camp. em 3a, 6a, 12a e 15a dynam. uma golta em 6 colhéres d'agua, uma colher de 12 em 12 horas. FIM DO APPENDICE. INDICE ALPHABETICO DAS MATÉRIAS CONTIDAS NESTA OBRA INDICE M PRATICA Vol. Pag. Abcessos internos...................... I 1 Acido bydrocianico.....................II 827 » sebacio........................II 827 Ácidos mineraes c corrosivos................II 827 Achorcs, ou crostas láctea.................II 554 Àchéa............................I 63 Adypsia ou falta de sêdc.................1 3i7 Affecçòcs do abdômen................... I 387 » do ânus...............%........I 410 » da bexiga......................I 443 » do baço.......................I 407 » dos bronchios................... . II 580 » o » e do larynge................II 580 » da cabeça e couro cabelludo............. I 223 » do peito internamente................II 656 » do » externamente................II 658 » das costas......................II 758 » cutâneas....................... I 21 » dos dentes c gengivas................ I 310 » do estômago....................1 359 II ÍNDICE Vol. Pag. Affecções das extremidades superiores............II 771 » » « inferiores.............II 796 » febris........................ I J^ » da garganta..................... I 337 » das glândulas do pescoço..............II 758 » do larynge.......................H 580 » dos lombos.....................11 ~58 » moraes....................... 1 201 » do nariz c do olfato................. 1 287 » dos órgãos abdominaes e verilhas.......... I 387 » das orelhas e ouvidos................ I 276 » da pelle e dos órgãos exteriores........... 1 63 » da nuca........,..............II 758 » dos órgãos da vista................. í 253 » das parles viris.........,........ I 452 » da boca....................... 1 323 c do pcilo c do coração................II 652 » da pelle c dos órgãos exteriores. ........\ l 63 » do perineo..................... I 410 » do pescoço.....................II 758 » do rosto, das laces c dos queixos.......... I 297 • » do tronco......................II 758 » das verilhas.................... I 387 » das vias digestivas (estômago).......... I 359 » das vias ourinarias................. I 443 Augmento de appetite................... 1 348 Álcool e elher........................ [[ 828 Alcalis........ ...................u 828 Alienação mental, mania, etc................ I 211 Alopcia, ou queda dos cabellos............... I 225 Amblyopia, ou fraqueza da visUu............. I 253 •Amêndoas amargas.....................II 829 Amenorrhéa.........................\[ 473 Amamentar.........................\\ 475 Amamentação (escolha de uma ama)...........II 537 Ammoniaco (sal)......................H 829 Amygdalile......................... I 337 Anasarca. ......................... I q $ Aneurismas....................... j 3 Anemia....................' I 3 Angina, ou inflammação c dôres de garganta........ 1 337 Animaes (substancias)................, H 829 INDICE III Vol. Pag. Anorexia ou falta de appetite................ I 347 Anosmia........................... I 287 Antidotos contra envenenamentos............. II 823 Apoplexia.......................... I 226 Aphonia e rouquidão....................H 630 Aphtas na boca....................... I 323 Aphtas ............................II 517 Aphtas das crianças.....................II 554 Arêas (vide cálculos)................... I 4i3 Appetite e influencia dos alimentos............. I 347 » desordenado (vide bulimia)............ I 348 Arrotos............................ I 347 » • •..................'........ I 359 Arthrites...........................\[ 796 » ou gotta....................... L 3 u ou inílamniação das articulações.......... . II 774 Arthrocace.......................... I 4 Arsenicum..........................II 829 Aspbyxia ou morte appnrenle.....,.......... I 4 » das crianças.....................11 517 Assucar (como antídoto).................. II 823 Asthma...........................II 661 » das crianças ou de miliar..............II 555 Asciteou hydropesia do ventre................ 1 387 Asseio das crianças.....................II 542 Alrophia das crianças.................... I 6 » ...........................II 774 Augmento de appetite.................... I 318 A/ia (vide pyrosis).....................I 381 » das crianças.......................II 518 Azeite doce..........................II 823 Balanites ou inílamniação da glandc............. 1 453 Balanorrhóa ou gonorríiéa bastarda............. I 453* Bebedice. .......................... I 9 Belidas e escurecimento da cornea.............. I 259 Bexigas ou varíola...................... 1 98 » doudas. .......................II 556 Blenorrhéa do recto..................... 1 410 Blepharilcs ou inflammação das palpebras.........•. 1 250 Bobas............................. I 297 » .............................II 774 Borborygmos. . c...................... I 388 IV INDICE VoI.Pag. Bronchites (vide catarrho bronchico)...........H 594 Bubões............................ I 388 >> syphiliticos...................... I 433 Bulimia, verocidadc, fome doentia............. I 348 Café (como antídoto)....................II 824 » (dôres pelo abuso do)................ 1 12 Caimbras...........................\\ 775 » ............................II 79G » das crianças.....................11 55(5 Calor (cansaço pelo)..................... I 43 Callos.............................II 796 Callosidades......................... I 64 » e callos nos pés.................u 795 Cálculos e arêas....................... 1 443 » dos rins...................... I 443 Camphora..........................H g^ » ..........................II 830 Cancro............................ j g» » venereo ou syphilitico................ I 453 » do nariz....................... j 287 Congestão do peito.....................U c-jg Cantharidas..................... jj §34 Carbúnculo........................ I q^ Caroinoma ou scirro.................. I ç*> Cardialgia (vide contracção dolorosa do cardia)......l 365 » das crianças...................U 553 Cardiles, e outras alTecções do coração...........II 675 Carie (vide osteites).................. j i, » dos dentes.................... j 34Q » do nariz...................... ^ 907 ~ do queixo.................# 1 907 Catalepsia (vide spasmos)............... I r* Cataracta................... \ c>c\ Catarrho da bexiga................ 1 .,* » bronchico, pulmonar, bronchites ou defluxo de cabeça II 594 » do cérebro........ 1, P.-, , ..................11 5>7 » chronico.................. .* „.,_ » epidêmico................... II 613 Caxumbas (vide parotile)............. " { 28o Cegueira de nascença............... ' It ...g Cephalalgia ou dores de cabeça.......... .... " { 399 Chá da China (dôres pelo abuso do)........'.'.'. I \< INDICE V Vol. Pag. Chagas envenenadas.....................II 831 Chamomilla (abuso da)...................II 830 Cholera e cholerina.....................I 359 Cholera, tratamento pelo Dr. Duquc-Estrada........II 843 Cholerina.......................... I 359 Choréa (vide spasmos).................... I SI Chlorosis...........................II 483 Chumbo...........................II 833 Cyslitis, ou inflammação de bexiga............. I 443 Clara de ovo.........................H 824 Cogumellos.........................II 833 Cobre............................II 833 Coito.............................II 483 Cholera das crianças.....................H 558 Claudicação espontânea...................H 79G » » das crianças............II 519 Colicas, enleralgia, ou dôres de barriga........... I 388 » das crianças.....................II 519 » >, » ....................II 558 Colchicum..........................II 833 Commoção do cérebro.................... 1 2&0 Cundiçoes das evacuações c dos symplomas do ânus .... 1 437 » e sensações pelas quaes é a tosse excitada .... II 586 Congestão de sangue na cabeça............... I 240 » » » das crianças.......II 559 » » no peito das crianças.........II 559 » abdominal, e estagnação de sangue no ventre. . I 395 Conselho hygienico para as crianças............II 530 Constituição c temperamento................ 1 1'* Contorsòes nos cantos da boca............... 1 297 Contusões das crianças...................H 560 Contracção dolorosa do cardia c do csophago........ I 365 Coqueluxe ou tosse convulsa................II 6u3 Convulsões ou movimentos convulsos na cabeça......I 244 » no rosto . .'................... I 297 » na lingua...........^........ 1 323 Corysa ou catarrho [cerebral................. 1. 2S7 » das crianças......................II 519 Corrosivas (substancias).................II 833 Coxalgia...........................H 796 Coxartlirocace........................II 797 Craneo nimiaraente volumoso................ I 244 VI INDICE Vol. Pag. Crostas do leite....................... * ^9' Croup, ou angina membranosa...............H 616 Cuidados que se deve tomar com os reccm-nascidos .... II 531 Cura preventiva das amas..................U *77 Desfallecimento....................... I ^° Desmamar..........................II 477 Dentição...........................U 519 » ..........................II 500 Desorganisação do utero (vide monopausc)........II 497 Diaphragmiles......................... I 395 Diarrhéa........................... I 410 » das crianças....................II 520 d » i>....................II 561 Diabctís............................ I 446 Discernimento........................ I 216 Dôres de dentes ( vide odontalgia)............ I 311 » no nariz........................ I 291 » nos ossos da cabeça.................. I 244 » nos queixos...................... I 297 Dysmcnorrhea........................ 11 685 Dysmenia..........................II a85 Dysecca, ou dureza do ouvido................ I 27G Dysenteria.......................... I 416 Dyspepsia.......................... I 343 Dysuria, stranguria................\ . . . . I 446 » nas crianças.....................II 52] Ecohymosis.......................... I 65 Eclampsia..........................I 53 Eclhyma........................... I 65 Eczema.......................... . i 65 Edema dos pós............;...........II 797 Elephansia.......................... 1 66 Elephaniiasis, mal de S. Lázaro, morphéa......... I 66 Emoções moraes....................... I 17 Encurtamento dos tendões................ . . 14 775 » » » na curva das pernas......II 797 Enjôo no mar........................ I 3^ Enteriles........................... I 3^^ Entorpecimento......................\ \\ 797 Envenenamentos.......................II 822 Enxofre............................ü 83i Epilepsia (vede spasmos)................... I 51 INDICE VII Vol. Pag. Epistaxis, ou hemorragia nasal............... I 291 Erisipelas.......................... I 70 » nas crianças....................II 521 » nos pés......................II 798 » no rosto........•.............. 1 298 » no ventre..................., . I 396 Escarlatina..........................I 71 Escolha de uma ama....................II 537 » da vigia para as crianças..............II 540 Escoriação dos meninos...................II 563 Esophagites, ou inflamação do csophago.......... I 345 Espasmos do utero......................II 495 Espirros............................ I 292 Escrophulas........................ I 20 Estanho............................II 834 Esterilidade.........................II 490 Estreitamento da urelhr.i...................I 448 Estremecimentos na cabeça................. 1 244 Evacuações alvinas.....................I 419 » » ânus, recto e perineo.......... I 410 Exercicio dos meninos....................II 546 Exoslosis........................... I 244 Exposição dos antidotos mais uteis.............II 823 Fadiga por esforços corporaes................I 25 » por trabalhos intellectuaes..............I 244 Falta de sede (vede adypsia)................I 347 Falta de leite.........................H 676 Febres amarella....................... I 116 » biüosa.......................... I 118 » Catarrhal e rheumatica................ I 117 ». Gástrica......................... I H8 » bélicas......................... I 124 » nervosa......................... I 1*2 » inflammatoria..................... I 126 » intermittente......................I 131 » » quotidianas................ I 132 » » terças................... I 132 » » quartas.................. I 132 » » duplas quotidianas............ I 132 » » duplas terças.......-.......I 132 » de leite.........................II 477 » puerperal........................II 490 VIII INDICE Vol. Pag. Febres das crianças.....................II 522 » rheumalicas...................... I H" » soporosas....................... I 1*2 » typhoides....................... I 142 Fedor da boca...........'.............I 323 Ferro e preparações.....................II 831 Ferida nas crianças.....................II 563 Fervor de sangue...................... I 27 Figado (affecções do).................... 1 400 » de enxofre.......................II 834 Fistula lacrimal....................... I 262 Fistula ourinaria....................... I 418 » do recto....................... I 419 Flatos............................ I 396 Fluxo de remela...................... I 262 Fluxão na face........................I 29S Fome doentia (vede bulomia)............... I 348 Fôrma e consistência das evacuações............I 435 Fraqueza........................... I 28 » dos músculos das crianças............II 522 » de memória.................... I 244 » das articulações.................. I 28 Frio.............................II 775 Frio.............................II 778 Frieiras............................ I 74 » ...........................II 79S » nas crianças.....................II 563 Fungos............................ I 75 » bemaloide...................... I 262 » medular....................... I 262 Forunculos.......................... I 75 » nas crianças.....................II 564 Gaguéira das crianças....................II 522 Gangrena.......................... I 75 Gastro-enterites....................... I 373 Gastralgias, ou dores de caimbras no estômago...... I 306 Gaslrosis, ou obstrucção gástrica............... I 373 » nas crianças....................H 593 Gastrilis ou inflammação do estômago............ 1 372 Gazes mortíferos.......................II 334 Generalidades........................I \ » nas affecções febris.............. I 443 ÍNDICE IX Vol. Pag. Generalidades nas affecções do lannge........... II 580 » nas » do peito............II 656 Gengivas (afiecções das)...................I 310 Glândulas (affecções das).................. I 29 » inguinaes enfartadas............... I 39/ Glaucoma........................... I 2«2 Glosistis, ou inflammação da lingua............. I 323 Gonorrhéa.......................... ! 454 Gonite, ou inflammação dos joelhos.............II 798 Gosto da boca........................ I 355 Gota nas mãos.....,..................H 775 » nos pés.........................II 798 Gravidez...........................II 693 Gritos das crianças.....................II 564 » dos recém-nascidos..................II 523 Grossura do ventre.....................I 397 Ilelmialhiasis, ou üíiecções verminosas........... I 397 Hemalocele, ou sangue nos escrolos............ I 456 Hematuria..........................* f 4*8 Hemeralopia, ou cegueira nociurna............. I 263 Ilemoptisia, ou hemorrhagia pulmonar............H 6/9 Hemorrhagias........................ I 31 bocal..................... I 324 » ocular..................... ' 2G3 » nasal (vede epistaxis)............. I 291 » pulmonar................... I 32 Hemorrhagia uterina, ou froxo............... I 32 Hemorrhoidas................... .... I 420 Hepatites, ou affecções de íigado............• • I ^00 » agudas.........•............. I 400 o chronicas..................... I *Ü2 Hérnias........................... ' 403 . cruraes....................... » 403 » encarceradas.................... I 403 » estranguladas.................... ' 403 » escrotal....................... ' 45G » uinbilicaes...................... I 403 » nas crianças......•............... I 403 ..................... II 524 Herpes circinalus...................... I 76 » furfuraceo...................... ' 76 » plilycteuoide.......... •........ ' ,G li X INDICE Vol. Pag. Herpes prceputialis.....................1 456 Ilydrophobia......................... ' 216 Hydropesia.......................... I 32 » na cabeça (vôde hydrocephalo)..........1 245 » nos escrotos (vede hydrocele)........... 1 456 »> no ventre (Vede ascites)............. I 387 u do peito (vêdc hydrolhorax)...........II 688 Hydrocele..........................1 456 Hydrocephalo, ou hydropesia da cabeça.......... 1 245 Hydrolhorax.........................H 688 Hypertrophia.........................II 675 Hypocondria......................... I 218 Hystcria...........................H 494 Iehthyosis.......................... I 76 Ictericia........................... I 405 » das crianças.....................11 524 » dos recém-nascidos.................II 564 Illeos, ou paixão illiaca...................I 406 Imbecilidade......................... 1 221 Impeligo, ou impigcns crustáceas.............. I 76 Impigens no rosto...................... I 299 » nas orelhas..................... 1 279 Impotência.......................... 1 457 Inchação..........;................U 798 » dos beiços..................... [ 299 » da cabeça...................... I 265 » do nariz....................j §92 » das glândulas...................U 555 Incontinencia das ourinas.............. 1 449 Indigestão e seus resultados................ £ 3*55 » das crianças....................U 565 Induração ou dureza................ I 3^ Inflammações............. . ,. Inflammação da bexiga (vede cystites).......! . ! ! ! 1 443 » dos bronchios (vede bronchite). . •.......' u 594 » cerebral, nas crianças............'.'.". H 568 » do coração (vede cardile)........ . . . . H 675 » do estômago (vede gastrite)......... . ' j 372 » do figado (vede hepatite).........' ' ' ' | 400 » da glande (vede balanite)............ ^ » das glândulas, (vede glândulas)..'.'...... j 09 » dos intestinos (vede cnlerile)...... ' * ' f 396 ÍNDICE XI Vol. Pag. Inflammação dos joelhos (vede gonile)...........II 798 » do larynge (vedo laryngites)...........H 628 » da lingua (vede glossites).............1 323 » dos membros do cérebro (vede miningites), . . I 245 » dos olhos, das crianças..............11 568 » dos ouvidos (vede otites)............. I 281 » das palpebras (vede blepharites).........I 259 » do peritoneo (vede peritoniles).........I 406 » da pleura (pleurisia)...............11 688 » dos pulmões (pneumonia).............II 704 » catharral da garganta...............II 566 » do seio das mulheres (vede peitos ou mamas) . . II 511 » dos testículos (vede orchile) ...........I 459 » da urethra (burelrilc).............. 1 450 » do utero (vede melrites)............ . II 497 » do ovario (vede ovarites).............II 507 Intertrigo........................... I 77 » nos adultos.................... I 77 » nos doentes.................... I 77 » nos bicos dos peitos.............. * 1 77 » nas crianças....................1 77 Insomnia........................... I 106 » nas crianças...................II 569 » dos recém-nascidos...............II 524 Insectos venenosos.....................II 835 Iodo.........'...................II 836 Ischuria........................... I 449 »> das crianças.....................II 524 Lagrimas abundantes....................I 263 Laryngites, ou phthisica laiyngca..............II 628 Lascívia e exaltação do appetite venereo.......... I 457 Laureola...........................II 836 Leite como antídoto.....................II 825 Lepra........ ................... I 77 Lesões mecânicas...................... 1 77 Leucorrhéa.........................II 494 Lobinhos na cabeça..................... I 245 Lumbago...........................11 758 Lichen............................ I 82 Lycopodium.........................11 836 Lúpus ou empigera roidora................. I 82 Maculu............................ I 428 XII INIUCL Vol. Pag. Madre (ailccçõcs da).....%...............II 695 Malcna, ou moléstia negra.................. I 380 Mamas............................II 497 Malícia, ou appetite de cousas extraordinárias.......I 358 Manchas (as sardas).................... I 82 Mania (vede alienação mental).............. I 211 Marasmo........................... I 35 » dorsal........................II 758 Matérias lançadas pelas evacuações............. I 435 Masturbação......................... I 458 Melancolia.......................... I £21 Mel venenoso........................II 837 Meningites c ensephalites.................. 1 245 Mcntagra........................... I 300 Menochesia (vede dysminhorréa)..............II 478 Menopesia, ou idade critica das mulheres.........II 497 Menstruação.........................II 497 Melaes............................ II 838 Melriiis#...........................II 497 Mercurius e preparações................... II 837 Mexilhões..........................II 838 Miliar......................'....... I 83 » das crianças de peito.................II 525 d purpurea........................ I 83 Myelite, ou inflammação da espinha dorsal.........II 758 Miopia............................ I 263 Moléstias dos seios das mulheres..............II 529 » do ante-braço...................II 783 » dos beiços..................... 1 328 » da boca...................... I 333 » da lingua..................... 1 335 » dos queixos.................... I 336 >> dos braços •...................11 776 » das articulações..................II 799 » das cadeiras....................II 799 » do calcanhar..........•.........II 815 » da canolla (tíbia)................H 813 » da columna vertebral...............II 768 » das costas................*.....H 763 » dos lombos....................II 771 » do cotovello................... 11 781 » das coxas ....................II 803 INDICE XIII Vol. Pag. Moléstias das crianças, principalmente dos recém-nascidos II 515 » dos dedos das mãos................II 790 »> » » dos pés................ 11 819 » das espaduas...................II 766 » do espinhaço................... 11 769 » dos joelhos....................II 806 » das mãos.....................II 786 » das nádegas...................II 801 »> da nuca......................II 760 » do pescoço....................II 761 » das pernas....................II 809 » dos pulsos.....................II 785 » dos pés......................H 816 » dos omoplatas . . ................11 765 » do osso coccix................... II 772 »> do sacro.....................II 772 » das partes sexuaes da mulher..........II 528 » dos rins.....................II 770 » do sovaco do braço................II 768 » do tendão de achilles...............II 814 » dos tornozellos..................II 814 » das unhas das mãos...............II 795 » das unhas dos pés................II 821 » do ânus. ....................II 773 » da pelle do braço.................11 779 » » » do ante-braço..............II 784 » » » das cadeiras.............'. • II 801 » » » do calcanhar...............II 815 d » » dacanella.................II 814 » » » das costas.................II 764 » » » do cotovello...............II 782 n » » das coxas.................11 804 » » » dos dedos das mãos...........II 792 » » » » » dos pés............11 817 » » » das espaduas.............* . II 767 » » » dos lombos................II 772 » m » dos joelhos................II 808 » » » das mãos.................II 788 » » » do peito.................li 756 » » » das nádegas...............II 802 » » » da nuca.................H 760 » » » do pescoço................U 762 i XIV INDICE Vol.Pag. Moléstias da pelle das pernas................N 811 a » » dos pulsos................II 786 a » » dos pés..................I' 820 » » » dos omoplatas..............II 766 o ►» dos rins....................II 771 o o» dos tornozellos..............11 815 n o » das partes sexuaes da mulher......H 528 Mouopause ou idade critica da mulher...........II &97 Morbillias........................... I 83 Morphéa ........................... I 66 Movito (aborto)......................H 502 Mucilagem..........................H 825 Músculos, caimbras em geral................ I 36 Nephryles e nephralgia.................... I 449 Nervosas, fraqueza, sobre-excitação, etc, etc........ I 36 Nevralgias......................... . 1 37 » nas fontes.................... 1 247 Nevralgia ocular....................... I 263 Nitrato de prata.......................H 839 Notas sobre febre amarella.................I 150 Noctambulismo....................... I 108 Nostalgia........................... 1 223 »^ ..........................II 759 Niclalopia, ou cegueira diurna............... I 263 ' Nymphomania........................H 507 Observações clinicas sobre brouchiles agudas........II 606 » » » » cbrouicas.......II 609 » « » croup............II 617 » » » coqueluche.........II 647 » » » aslhma...........II 670 ►> » » pleurisia...........II 689 » » » laryngite...........11 629 >> » » a tosse............II 632 » » » phthisica..........II 736 » » » pneumonias.........II 706 » » »> tosses diversas........II 632 » »> » hemorrhoidas........ 1 623 » » » hemoptyse..........11 683 Odontalgia, ou dôres de dente?............... I 311 Olhos abatidos........................ I 271 IflDICÍ XV Vol. Pag. Onanismo..........................H ggj » ( vAde masturbaçôes, )...............I 453 » nas donzellas.................... [ 45^ Ophtalmia.......................... I 264 » do recera-nascido.................H 525 Oppilaçôes do baço..................... I 406 OP1»™ - •..........................II 839 Orchites........................... 1 459 Orthopnéa..........................|| 688 Osteiles........................... I 41 Otalgia............................ I 279 Otorrhéa........................... I 282 Otites............................ I 281 Ovarites, ou inflammação do ovario.............H 507 Ozena............................ , 293 Paladar (inflammação do).................. j 324 Palavra (defeitos da) ........... ,....... I 323 Palpitações nas crianças................... [[ $69 Paixão illiaca (vede ileos)......,...........I 406 Panaricio.......................... I gg ■»..........................II 776 » nas crianças...................H 570 Papo ou bocio........................ I 345 » ............................II 759 Paralisias........................... I 42 » na bexiga.....................I 450 o das extremidades inferiores...........I| 798 » da garganta.................... 1 345 » da lingua..................... 1 325 » das mãos....................II 776 » dos pulmões (vede orthopnéa)..........II 688 »> dos músculos do rosto..............I 300 Paraphimosis (vede phimosis)................ I 459 Partii ularidadcs acerca das evacuações........... I 433 Parotitis................ . . . •....... I 283 Parto.............................II 507 » (estar de)........................II 510 Pectoroiloquia........................ II 716 Pedra hume.........................H 839 Peitos (seios das mulheres)..................II 5H Pemphigus.........................I 86 Pesadelos.......................... I 408 XVI INDICE Vol. Pag. PeríloDites.......................... l 406 Percussão.........................." 716 Pétechias.......................... l 8G Plelora............................ l 43 Pharyngites......................... ' 345 Phimosis e paraphimosis.................. I 459 Phosphoro..........................II 839 Phthyriasis.......................... I 86 Pholophobia......................... 1 272 Picadas de insectos..................... I 86 Pituilas do estômago.................... I 381 Pyrosis e azias....................... . I 381 Pleuriz............................II 688 Plelora........................... 1 43 Pleurodynia. . . . :....................II 689 Plica polaca......................... I 247- Pneumonia.........................II 701 Polysarcia..........................I 43 Polluções (vede spermatorrhéa)............... I 461 Polypo da bexiga...................... 1 450 » do coração......................II 675 n da madre......................II 49g » do nariz....................... I 293 » dos ouvidos..................... I 284 Precauções relativas aos olhos e ouvidos das crianças. ... II 533 Presbiopia.......................... I 272 Priapismo.......................... I 460 Prisão do ventre....................... I 406 » » ....................... I 429 » » das crianças................. II 570 » » dos recém-nascidos............. II 525 Prostatitis.......................... I 460 Prosopalgia, ou dôres no rosto............... I 300 Prurigo........................... I 87 ........................... I 432 » escrotal........................ | 4(}u Prurido no ânus....................... I 43^ » na rubra....................... I 87 Psoriasis........................... I 87 Psoite............................U 759 Piyalisrao, ou salivaçâo................... I 325 Pthisica pulmonar.....................H 713 INDICE XVII Vol. Pag. Pulsações ou batimentos pelo recto.............1 302 Purpura...........................I g7 Pústulas.................,..... j g^ Quadro symptomatologico da phthisica..........H 714 Quebraduras, (vede hérnias)................. I 403 Queda da madre.......................II 495 Queda do recto....................... I 432 Queimaduras nas crianças..................H 571 Quina...........................'. H 839 Rachilis...........................I 43 Ranula, tumor debaixo da lingua............. I 325 Reflexões sobre os filhos naturaes..............II 543 » u as pneumonias................II 711 » » a phtisica...................H 713 Regras............................H 5^3 Resfriamento (resultados de um)..............I 43 Resonancia de sinos......,..............I 284 Retraídos nos ouvidos ....................I 284 Rhagadas...........................I 37 » no ânus.......................I H32 Rheumatismo........................ I 46 » nas crianças...................H 572 Rhuibarbo..........................H 840 Roseola...........................I 88 Rouquidão..........................II 574 » e aphonia....................H 630 Rominadura.........................I 381 Rupia............................I 88 Sabão como antídoto....................H 825 Salivaçâo........................... I 326 Salsaparrilba.........................II 841 Sangue pelo nariz nas crianças...............11 575 » novo (vede urticaria)................I 97 Satyriasis........................... I 461 Sarcocele........................... I 461 Sarna............................ I 88 Sciatica...........................II 759 Scirro............................ I 302 » ou cancro no estômago................I 381 Scorbuto........................... I 51 Scrophulas.......................... I 91 Sede inextinguivel...................... I 358 G XVIII INDICE Vol. Pag. Sensibilidade á musica........,.......... 1 284 Signaes para reconhecer os tuberculos pulmonares .... II 728 Sycosis............................ I 91 Syphilis........................... ' 91 » e venereo...................... I 461 Symptomas concomitenles da tosse............II 589 » do larynge e dos bronchios...........II 580 » do ânus, recto, e pirenéo............ I 440 » concomitentes das evacuações......... I 438 Somnambulismo ou neclambulismo............. I 108 Soluço............................ I 382 Somnos e soffrimentos a que elle se refere........ I 106 Somnolencia......................... I 109 Sons de tambor....................... I 284 Spasmos........................... I 51 » e convulsões nas crianças.............II 526 » das palpebras.................... I 272 Spermatorrhéa e polluções................. I 461 Splenites, ou outras afiecções do baço............ I 407 Spigelia...........................H 841 Slomacace.......................... I 326 SU-abismo.......................... I 272 Stramonium.........................II 841 Slrophulas.......................... I 91 Suicídio........................... I 223 Sulfatos de cobre......................II 841 Sumagre venenoso.....................II 841 Suor.............................II 776 » dos pés.........................II 799 Suppressão das regras (vede amenorrhéa).........II 478 Suppuraçòes......................... I 91 Sustento do menino depois da dentição...........II 539 » » com leite de animaes.........II 538 Sustos em crianças.....................II 575 Tabaco ( padecimento pelo abuso do ).......... I 61 Tenesmo........................... I 432 Tenia............................ I 432 Tersol...............'............. I 273 Tetanos........................... I 53 Tinha............................ I 247 Tympanites......................... I 409 Torcedura nas crianças...................II 576 INDICE XIX Vol. Pag. Tosse............................ II 631 » nas crianças......................II 576 » convulsa, coqueluche.................11 643 o conforme sua natureza................II 583 Tratamento homoeopathico da infância........... II 554 Tremor............................II 799 » das mãos nos bêbados................II 776 Trichiasis e districhiasis................... I 273 Tubercina..........................II 726 Tuberculos.........................II 728 '» abdominaes.................... I 408 » pulmonares....................II 728 Tumefacção das glândulas nas crianças...........II 577 Tumores........................... I 94 » branco........................11 799 Ulceras...........................1 95 u na garganta..................... I 346 » nas pernas......................II 799 Ulceração da cornea..................... I 273 » do rosto e beiços.................I 303 Urethrile........................... I 450 Urticaria (vulgarmente sangue novo)........... I 97 Vaccina........................... I 100 Valeriana..........................U 84l Varicellas ou bexigas doudas................ I 98 Variolas ou bexigas..................... I 98 Varioloide..........................I 103 Varizes........................... 1 98 Vegetaes...........................II 841 Vermes intestinaes.....................II 577 Verrugas........................... 1 *0° „ ...........................II 776 Vertigens.......................• • • • I 248 Vesiculas debaixo da lingua................. I 328 Vestuário para as crianças..................II 545 Vinagre, como antídoto.................. . II 825 Vômitos e náuseas...................... I 382 d nas crianças....................II 578 „ ...........................II 826 Zona.............................I 1°3 » ou cobreiro...................... I 609 Zunido nos ouvidos..................... I 284 XX INDICE INTRODUCÇÃO Vol. Pag. Basta applicar um remédio de cada vez........I XII Cactus grandiflorus....................» LVXIII Das doses iníinitesimaes................ » X Das doenças agudas e das doenças chronicas.....» XIX Dynamismo vital e lei physiologica...........» XIX Experiência no homem são...............» V Glossário dos termos médicos............. » HIC Interrogatório que se deve fazer aos doentes .... » XXXVII Machina de triturar.................. » XXVII Matéria medica homceopathica............. » LXXV Physionomia symptomatica e moral.......... » LV Preparação dos medicamentos............. » XXIII Regras para experiências puras............. » XXIX Regimen adoplado pelo instituto homceopathico do Brasil......................... d XXXII Tabeliã dos nomes dos medicamentos.........» CXIVI Theoria das doses................... » XL1I Temperamentos.................... » LXV1 INDICE XXI índice do appendice Vol. Pag. Abatimento das palpebras..................II 39 Abnegação de si mesmo................... . H 27 Acorto............................II 92 Abnéa............................11 8 Affecções do abdomem...................H 66 » do ânus......................II 79 » da boca......................II 51 » dos bronchios...................II 97 » da cabeça e couro cabelludo...........11 30 » do coração....................11 101 » das infermidades superiores...........II 104 » » » inferiores............II 104 »> febris.......................H 17 » da garganta....................II 54 » das glândulas do pescoço.............II 103 » do larynge.....................II 97 » moraes......................Il 26 » das mulheres paridas...............II 93 » do nariz......................II 45 » dos órgãos da vista................II 36 » dos ouvidos e orelhas...............II 42 » das partes veris..................II 87 » do peito.......................II 101 » da pelle e órgãos exteriores...........II 8 » do recto e ânus.................II 79 » do rosto......................II 47 »> do tronco.....................II 103 » das vias ourinarias...............II 83 Alegria excessiva......................II 27 Alopecia...........................II 30 Amblyopia.........................II 36 Amenhorréa.........................II 88 Anorexia..........................II 56 Anxiedade............... ..........II 62 Aphonia...........................II 97 Aphthas...........................II 51 » nas crianças.....................II 94 Apoplexia..........................II 31 Appetite...........................II 56 Ardor no estômago.....................II 59 XX11 INDICE Vol. Pag. Ardor nos olhos.......................II 40 » na garganta. ..................• . . II 56 Arêas na bexiga.......................II 83 Arrotos...........................II 58 Arthritis...........................H 6 Ascilis............................II 66 Asthma...........................II jfjl Asthma das crianças....................II 94 Azia.............................II 59 Balanilis.......................... U g7 Belidas..................... ... II 37 Blenhorréa do recto..................... II 79 Bertoeja (vede urticaria)..................H 12 Bôbas............................II 96 Bronchites......................... H 97 Bubões.......................... II 67 Bulimia....................... H 57 Caimbras...........................H !04 » do estômago...................II 59 Cálculos e arêas......................U 33 Callos nos pés......................U jq5 Callosidades................ U g Cancros dos seios......................II 94 » vencreos.................. \\ \\ Carbúnculo............. g ^rdialgia.......................... H 60 Cardites...........................H 102 Carcinoma.............. « R Calaracla............ II 37 Catarrho da bexiga.................... II 83 Cephalalgia.........*;......... n 32 Cholera morbus.................[ ' n 65 Colicas e entcralgia...............'. \ \ n 68 » nas crianças.....................H 94 » das mulheres paridas................ II 93 » menstruaes....................H 39 » uterinas................ H o9 » ventosas.................... H 6g Clorosis.................. j[ 09 Commoção do cérebro................ , H 34 Congestão da cabeça................ II 3^ » do ventre.....................H 70 ÍNDICE XXHI Vol. Pag< Constipação do ventre .................... n 74 Constrição da garganta..................II 55 Convulsões (vede spasmo).................II 7 » nas crianças...................H 95 Corysa humida.......................II 45 » secco.........................II 45 » nas crianças.....................II 94 Cuidados do futuro.....................II 27 Cystiles...........................II 34 Dejecções..........................H 79 Desenteria.........................II 81 Delirio com medo de morte................II 27 Dentição...........................II 95 Desasocego de espirito...................II 27 Desejo de sociedade.....................II 27 n de solidão......................II 28 Desespero da cura.....................II 28 Diabetis...........................II 85 Diarrhéa..........................II 79 » nas crianças....................II 95 » nas mulheres paridas...............II 93 Disposição para assustar-se.................II 28 » para cantar...................II 28 Divagação do espirito....................II 28 Dôr de dentes, e rangimento................II 52 » de garganta.......................11 56 » nos olhos.........................II 40 » nas orelhas.......................II 44 Dôres nos pssos do nariz..................II 47 d nos ouvidos......................II 43 » nos rins (vede ncrphites)...............II 86 Dysuria...........................II 85 » nas crianças.....................II 96 Ecchymosis.........................II 8 Elepbantiasis ........................II 9 Enteralgia..........................II £8 Enterites..................;.......II 71 Entorpecimento dos membros...............H J05 Enjôos............................II 62 » no mar........................II 62 » nas mulheres grávidas...............,11 62 Epistaxis...........................II 46 XXIV INDICE Vol. Pag- ; . ..........ii 9 Erysipela................. . g6 » nas crianças.................... » no ventre......•.............. Erupções........................... .. „ das orelhas....................." ^ » do rosto...................... Escarlatina.................. ' ^ ^ Escrophulas......................... Espinhas (vede acnéa)...................jj » Estômago................ * n gQ Esterilidade......................... Estreitamento da uretra................... »° Excoriação das orelhas...................[J ** » dos lábios....................." 5Z » dos seios nas mulheres..............H 9i Faltadeidéas........................J1 f » de appetite.......................ll J° Febre amarella........................ [ 1 p beliosa........................ll M » catarrhal.......................Il iS n da dentição......................H 9S » gástrica........................H 20 » hectica........................H 22 » inflammatoria....................II 24 o intermittente.....................11 25 » de leite........................H 93 d rheumatica..............•........II 18 » soporosa.......................II 26 » lyphoide.......................H 26 Flatulencia..........................II 73 Flores brancas........................II 91 Fluxo de remella......................II 38 » de sangue nas mulheres...............II 92 Framboesia.........................II 96 Fraqueza de memória....................II 28 n muscular.....................II 96 » das pernas.....................II 105 Frio.............................II 104 Fungus...........................II 38 Galacterrhéa.........................II 93 Gangrena.........'.................II 9 Hepatites ...•..*.....................II 75 ÍNDICE XXV Vol. Pag. Gastrosis...........................II 96 Gelidez............................II 104 Gonhorréa..........................II ll Generalidades........................II 6 Gotta.............................II 104 Gravidez...........................II 90 Helminthiasis........................II 73 Hematemese (vômitos de sangue)..............II 64 Hematuria..........................II 86 Ilemoptisia..........................II 102 Hemorrhagias........................II 6 » pela boca.....................II 64 » pelo nariz....................II 46 » pelos ouvidos..................II Uí » pelos olhos....................II 38 » pulmonares....................II 102 Hemorrhoidas........................II 82 Hepatites..........................II 75 Hérnias..........................II 73 » nas crianças.....................II 96 » escrotal.......................II 87 Herpes...........................II 9 Humor chorão.......................II 29 Hydrocele..........................II 87 Hydrocephalo........................II 34 Hydropesia.........................II 6 Hyslerismo.........................II 91 Ichlyosis............................II 10 Ictericia...........................II 74 » das crianças....................H 96 Idéas esolicas........................II 29 » fixas.........................II 29 Inchação do rosto......................II 50 Infl ammação das amygdalas................H 55 » do coração..................II 102 « da garganta..................II 54 » das gengivas.................H 52 » do figado...................H 75 » dos intestinos.................II 71 » da boca....................II 51 » da lingua...................H 51 » da orelha...................H 44 D XXYI INDICE Vol. Pag. Inflammação do palatino.................." _ Inflammaçlo das palpebras................." 3/ » dos seios....................II 9a » do utero....................I' 92 Impeligo...........................N '® Impotência.......................... II 37 Insomnia.......................,• • • • H 13 » das crianças...................II 95 »> das crianças durante a dentição.........II 95 » das mulheres paridas...............II 94 Inchação do rosto......................II 50 Incontinencia da ourina...................II 87 Indurações.................-.........II 6 Intertrigo..........................II 10 Introducção.........................II 1 Iracibilidade.........................II 29 Irresolução..........................11 29 Ischuria...........................II 85 » das crianças....................II 96 Lacrimação.........................II 38 Lascívia...........................H 8S Lesões mecânicas......................II 10 Leucorrhéa.........................II 91 Lichen...........,................11 io Lobinhos da cabeça..................... II 3i Lurabago..........................II 103 I^upus............................U io Malacia........................... U 57 Manchas...........................H jq Marasmo..........................\\ q Más digestões......... .............H 59 Medicamentos...................... II 3 Medo............................H 99 Melancolia....................... H 29 Melrile..........................' H 92 Metorrhagia ........................H <^ Moléstias das crianças....................\\ 94 » das mulheres.................. \\ 88 Miliar.................'..'.'.'.'.'.'.'.'.. II 10 Músculos................ u ç Myelite.................. K Myopia.................. II INDICE XXVII Vol. Pag. Náuseas...........................II 62 Náuseas nas mulheres grávidas...............H 62 Nephralgia......................... . n 86 Nephritis..........................II 86 Nervosas....................,.....n 7 Nevralgias......................... II 7 » da cabeça.....................II 34 » ocular......................H 38 Nectalopia..........................II 38 Nolalgia..........................H 103 Nvmphomania.......................II 39 Obturação do nariz.....................II 47 » do ouvido....................II 44 OEderna...........................H 105 Olhar desvairado......................II 40 » fixo..........................II 39 Olhos abatidos.......................H 39 Ophlalmia..........................II 39 » das crianças...................II 96 Orchilis...........................H 88 Otorrhéa..........................II 44 Panaricio..........................II 10 »............................II 104 Papo............................II 103 Paralysias..........................II 7 » ..........................II 103 » das palpebras...................II 39 i) da pupilla............,.......II 41 Paraphimosis........................II 88 Parto............................II 93 Peito das mulheres.....................II 94 Pensamentos de morte..................II 30 Perda da memória.....-»................II 30 Pesadelos..........................II 14 Pestanejamenlo continua.................II 37 Phimosis..........................II 88 Phlisica...........................II 102 Photophobia.........................II 41 Phthiriasis..........................II 10 Pliysionomia.........................11 47 Picadas de insectos.....................II 11 Pressão das orbitas.....................II 40 XXVIII INDICE Vol. Pag. Prisão do ventre......................II 74 » » » nas crianças................H 95 » » » nas mulheres paridas........... II 94 Polluções..........................II 88 Prosopalgia.........................II 50 Prostatites..........................II 88 Prurido no ânus......................H 83 » no nariz.......................II 47 » nos olhos.......................H 41 » na orelha........................II 44 Psoile............................II 103 Psoriasis...........................II H Purpura...........................II H Pústulas...........................II H Queda da madre ,.....................II 91 » do recto........................II 83 » da vagina.......................II 91 Rangimento dos dentes...............t. . . . II 52 Rheumatismo........................II 7 Rouquidão..........................II 98 Ruido dos ouvidos.....................II 42 Rupia............................II 11 Sangramento das gengivas..... ...........II 52 Sarcocellc............•.............II 88 Sarna............................II 11 Sciatica...........................II 103 Scorbuto..........................II 7 Sede.............................II 57 Somnambulismo......................II 14 Soffrimentos do somno...................II 13 Seios.............................II 9/i Somno............................11 14 Somnolencia comatosa....................II 16 Sonhos desagradáveis....................H 16 Soluços................../..........II 59 » nas crianças.....................II 97 Spasmos...........................H 7 » das crianças....................II 97 Splenites...........................H 77 Spermatorrhéa........................ II 88 Stranguria..........................II 85 Syphilis...........................II ll INDICE XXIX Vol. Pag. Suor.............................II 104 Surdez............................II 43 Temor religioso.......................II 30 Tenia.............................II 83 Terçol............................II l\\ Tinha.............................II 35 Tosse.............................II 98 » nas crianças......................II 95 Tristesa...........................II 30 Tremor das palpebras. . . ,................H 40 Tumores...........................II 12 Tympanismo (vede colicas ventosas)............11 69 Ulceras............................II 12 » ...........................II 105 » das palpebras....................II 42 Ulceração da garganta....................ll 56 Urticaria...........................II 12 Vermes............................II 97 Vertigens...........................II 35 Verrugas..........................II 104 Vômitos...........................II 63 » prelos.................... ... II 65 » de sangue......................II 64 Zona.............................H 78 FIM 59 ^vÉKl 59 RUA DE^Jf S. JOSÉ BOTICA CEOTBAL HOMOEOPATHICA ANTIGA CASA DO DR. BENTO MURE E JOÃO VICENTE MARTINS HOJE PROPRIEDADE DA ¥IF¥á 1AÜT!1S â (5/ Neste grande laboratório encontrará sempre o Puhlico o mais completo sortimento de caixas homoeopathicas, de todos os ta- manhos, tanto em glóbulos como em tinturas : bem assim to- dos os medicamentos até hoje conhecidos, tanto exóticos como Indigenas, sendo todas as substancias primas da primeira quali- dade. PREÇOS FIXOS Bo&icas Bionficeopathicas eisi glóbulos De 12 medicam. em 5." dynan i. 10$ ( 12 tub. » 12 » 5." e 15." » m ( 24 )> » 12 » 5.\ 15.° e 30/ » 20$ ( 36 » » 24 » o.a )) 15$ ( 2i )) » 24 » 5.a e 15.a » 20$ ( 48 » » 24 » 5.a, 15.ae30.a» m ( 72 d » 30 » 0.a )) 20$ ( 30 » » 30 d o.a e 15." » 30$ ( 60 » » 30 » 5.% 15."e30.°» 40$ ( 00 » » GO » 5.° i, 30$ ( 60 d » 00 » 5." e 15.° » 50$ (120 d d 00 » o.a, 15." e30.*» 70$ (180 d » 120 » 5.' » 50$ (120 o -» 120 n o.* e 15.* » 80$ (240 d » 120 » 5.", 15.'e30."» 100$ (360 » u 240 » 5." » 80$ (240 d » 210 » 5." e 15." » 140$ (480 » » 240 » 5.", 15."e30.a» 200$ ( 720 » 18 Boticas cm tintura» c glóbulos De 12 medicam, em 5 24 30 60 120 240 Boticas em tinturas. medicam, em 5.a De 12 24 30 60 120 240 dynam. 25$ ( 21 vidros) 40$ (48 » ) 50$ (60 » ) 83$ (120 » ) 120$ (240 » ) 200$ (480 » ) dynam. vidros «le 3 oitavas 15$ ( 12 vidros) 25$ ( 21- » ) 30$ (30 » ) 55$ (60 » ) 70$ (120 » ) 120$ (240 » ) MEDICAMENTOS AVULSOS Tinturas Uma onça.................................... 4$000 Meia onça.................................... 2$000 Uma oitava................................... 1 $00;) Tintura mãi «1c arnica para uso externo Uma onça ............. 2$000 | Quatro onças.. 6$0í)0 Duas onças............. 4$000 j Meia libra..... 1Ü$000' Uma libra............. 16$000 Glóbulos Um tubo..................................... I$000 Toda a qualidade de cerotos que se empregào na homoeopa- thia. Tubos de todos os tamanhos. Vidros quadrados com ro- lha de vidro, desde uma oitava até uma onça ; redondos com rolha de corliça, de meia onça até oito libras: emfim um com- pleto sortimento de tudo quanto se possa desejar no systema homceopathico ; sendo todos os objectos os mais perfeitos e da melhor qualidade que ha na Europa. Ha mais, além destas, muitas outras caixas com glóbulos e tinturas, por preços variáveis, conforme o tamanho e qualidade das caixas e a quantidade dos remédios e suas dynamisações. Nem despezas, nem sacrifícios de tempo, nem trabalho, se tem poupado para conseguir em resultado que a BOTICA CEN- TRAL HOMOEOPATHICA satisfaça ao credito que tem devida- mente adquirido. O fim único que se tem em vista neste esta- belecimento éo credito dahomceopalhiapelo bem que ella pode lazer aos doentes sendo os medicamentos homceopathicos os mais perfeitos. Os esforços e sacrifícios para elevar este estabelecimento ao ponto de perfeição a que tem chegado não tem sido poupados," e é por isso que, possuindo na maior escala possivel preciosas collecções de preparações de medicamentos tirados dos três rei- nos da natureza, entre os quaes existem remédios indigenas de grande utilidade, tem alcançado o pleno conceito dos médicos, quer da corte, quer das províncias. Única que no paiz possue as machinas de trituração, vasco- lejação e extracção do ar, pôde por isso esta pharmacia assegu- rar que todas as preparações que offerece ao publico achão-se nas verdadeiras condições homoeopathicas, e é por todas essas considerações que não podem seus productos ser expostos á venda por preços menores do que os indicados. PRATICA ELEMENTAR t Esta obra já bem conhecida pelo muito que tem prestado não so aos médicos, como a todas as pessoas não professionaes que se tratao pelo novo systema, acaba de sahir a luz em sua «».:1 cdicção. Grandes são os melhoramentos que se lhe imprimirão, taes como sejão : a discripção nhysio^no- monica symptoinatica e moral dos principaes me- dicamentos pelo Dr. Prost Lacuson ; o quadro dos medicamentos consagrados pela experiência ás diversas condic- çoes de temperamento, idade, sexo, caracter etc. etc. ; a pathogenesia do Cactus grandiflorus, e o tratamento do Cholera-morbus pelo distinclo medico homceopatha Dr. Duquc-Estrada : da matéria me- dica homoeopathica, duração da acção dos medicamentos^ seos antídotos : de 20 estampas de anatomia, mostrando com as precisas explicações, os principaes órgãos do corpo humano vendo-se por meio d'ellas e mui facilmente, nas d Sn es moléstias quaes do mesmos órgãos se achão affectados A« ?'i1™r.J|SÍS2aS qUe ^J?0. 0S P™Priet™os da Botica Central Hoinceopatbica, a rua de S. José 59 nara levarem a effeito estes importantes melhoramentos os òlíb a a elevarem a 20$000 o preço desta obra ; que é de 2 fortes £ iTe^^tte' MaXf ™ °S " AtoB ^ *»' ^ 59 RUA DE S. JOSÉ' 59 riFOGRAPHIA DE PINilE,R0 E COMP., RuA SETK DE^.TEMBKO X. 1*). ESTAMPA A. Fig. Ia OLHO DIDEITO. —PALPEDRAS, ETC, 1 SlipOrciÜOS.— 2 pelle. — 3 tecido cellular sub-cutaneo. — h músculo orbicular.— 5 ligamento largo das palpebras.—6,G pon- tos lacrimaes. — 7 caruncula lacriinal. — 8 membrana pcstanejante. Fig. 2a continuação das palpebras, 1 músculo eleva- dor da palpebra superior. — 2 porção desse músculo que se vai ligar ao lado externo do bordo orbitario sepa- rando as duas porções da glândula lacrimal. — 3 porção orbitaria da glândula lacrimal. — h Porção palpebral. — 5 e 6 íibro-cartilagens tarsas das palpebras. — 7 e 8 pontos e conductos lacrimaes. — í) sacco lacrimal. Fig. 3a RETALHO DE PALPEBRA LEVADA PARA TRAZ PARA MOSTRAR AS GLÂNDULAS DE MEIBOMIUS, 1 CÍIÍOS. — 2 glan- dulas de Meibomius. — 3 um dos orifícios dessas glân- dulas. Fig. /ia PALPEBRA DO LADO DIREITO, VISTAS PELA FACE POSTERIOR. —APPARELHO LACRIMAL, 1 milSCUlO OrblClllar. — 2 membrana conjunctiva das palpebras e do olho. — 3,3 cartilagens tarsas e gladulas de Meibomius. — 4 glân- dula lacrimal. — 5 orifícios dos conductos excretores da glândula lacrimal. —6 canal do eseorrimento das lagrimas formado pela reflexão da conjunctiva da palpebra inferior sobre o globo occular. — 7,7 conductos lacrimaes. — 8 sacco lacrimal. —9 canal nazal. Fig. 5a canal nazal, A parede externa da fossa nazal direita está separada do rego e uma parte da cometa inferior levantada. 1 cometa media. —2 cometa inferior. — 3 canal nazal. h orifício inferior desse canal. Fig. 6a OLHO DIREITO VISTO EXTERIORMENTE.—SECÇÃO VER- TICAL das palpebras. — 1 golpe oblíquo do bordo livre das palpebras. — 2 pelle. — 3 tecido cellular. -- 4 mús- culo orbicular. — 5 íibro-cartilagens tarsas. — Gconjuncti va. — 7 músculo lcvantador da palpebra superior. — 8,8 músculos rectos reunidos para a parte anterior por sua aponevrose de inserção. — 9 aponevrose de envoltório do globo-ocular. — 10 nervo óptico. V.Skil !M \U< , A 3 ESTAMPA B. Fig. 1* OLHO VISTO PELA PARTE ANTERIOR, 1 SClerOÜCa. — 2 iris vista atravéz de sua cornea transparente. — 3 abertura pupillar. Fig. 2a MEMBRANAS DO OLHO, 1 lierVO OplÍC0. — 2 SCle- rotica. — 3 cornea transparente. — h folhado externo da choroide. Aasos turbilonados.—5 folhado interno,mem- brana Ruyschienne. — 6 ligamento ciliar. — 7 iris c abertura pupillar. — 8 um nervo ciliar. — 9 retina. — 10 membrana hyaloide atravéz da qual se percebe o pigmentum da choroide. Fig, 3a SEGMENTO ANTERIOR DAS MEMBRANAS DO OLHO vistas pela parte anterior, 1 sclerotica. — 2 choroide. — 3 processos ciliares formando por sua reunião o circulo ciliar. — h face posterior da iris, guarnecida por uma ca- mada de matéria negra que se chama membrana uveia. Fig. /ia vista da parte posterior da retina. A parte anterior do olho está levantada. 1 terminação do nervo óptico. — 2 prega da retina. — 3 divisão da artéria central da retina. — A mancha ama- rella de Síemmering com um ponto central negro. Fig. 5a 1 humor vitrio encerrado na cápsula cristallino. — 2 processos ciliares do corpo vitrio, zona de Zium. — 3 cristallino. Fig.6,7,8e9 divisões e engastanento successivo christallino, Fig. 10 GOLPE VERTICAL DE UM OLHO AUGMENTADO. A conjunctiva, o envoltório accessorio dos músculos e a aponevrose do envoltório do globo ocular estão levantados. Envoltórios, 1 nervo óptico. —2 sclerotica. — 3 cornea transparente. — 4 canal de Fontana. — 5 choroide. — G ligamento ciliar.—7 processos ciliares (circulo ciliar). — 8 iris. — 9 retina. —10 membrana de Jacob. Humo- res do olho. — 11 câmara anterior do olho. — 12 câmara posterior. — 13 mambrana do humor aquoso, dita de De- mours. — 1/i humor aquoso. — 15 membrana hyaloide. — 16 canal hyaloide. Vè-se, no seu interior, a artéria do envoltório christallino. — 17 canal de Petit formado pela divisão da membrana hyaloide em 2 folhas. Destas folhas a anterior parece se confundir com a cápsula própria do christallino; a posterior passa por traz e fica disüncta. — 18 humor vitrio encerrado nas cellulas da membrana hva- loide.— 19 cápsula própria do christallino.—20 humor* de Morgagni.—21 humor christallino formado de muitas cama- das superpostas. rjstnmpfl R Fiol Km 2 Fio 7 F.o 10 ESTAMPA C Fig. 1 PHAUYNX ABERTO PELA PARTE POSTERIOR — Está separado da columna vertical. 1 músculo pterygoidiano interno. — 2 stylo-pharyngiano — 3 e h aberturas posteriores das fosses nazaes. — 5 véo de palladar e lucta. — 6 pilar anterior — e 7 pilar poste- rior do véo do paladar, formando entre elles e a base da lingua. — 8 a escavação amygdaliana. — 9 abertura poste- rior da boca. — 10 base dá lingua. — 11 abertura supe- rior do larynx. — 12 face posterior do larynx. — 13 co- meço da trachea-arteria. Fig. 2 cartilagem thiroide, — 1 linha oblíqua. — 2 grande corno. — 3 pequeno corno Fig. 3 cartilagem cricoide. Fig. h cartilagem arithnoide vista pela parte poste- rior. Fig. 5 epiglotte. Fig. 6 LARYNX CORTADO VERTICALMENTE E VISTO INTERI- ORMENTE. — 1 ligamento superior da glotte, do lado es- querdo. — 2 ligamento inferior da glotte ou corda voccal. — 3 ventricolo de larynx. Fig. 7 LARYNX TRACHÉA-ARTERIA E BRONCHIOS VISTO POR diante. 1 — osso byoide — 2 menbrana-thyoidianna. — 3 cartilagem thyroide. — h menbrana crico-thyroidianna. — 5 cartilagem cricoide. — 6 trachea-arteria. — 7 e 8 duas redes cartilaginosas. — 9 menbrana que os separa. — 10 bronchio direito e divisões. — 11 bronchio esquer- do. Fig. 8 LARYNX, TRACHEA-ARTERIA E ORIGEM DOS BRONCHIOS vistos pela parte posterior. — 1 abertura superior do larynx. — 2 e 3 goteiras lateraes do larynx. — A menbrana fibrosa da trachéa semeada de grãos glandulo- sos; abaixo delia, vê-se: — 5 a membrana carnosa;« abaixo desta ultima, vê-se;— 6 e 7 pequenas bandas fibrosas que dobrào. — 8 a membrana mucosa que entre ellas se vê. Kstan?pa ESTAMPA D. Fig. 1 CORAÇÃO DIREITO VISTO POR DIANTE. 1 Auricula direita em cujo alto se vê a veia cava supe- rior. 2 Ventriculo direito. 3 Artéria pulmonar. Fig. 2 CORAÇÃO ESQUERDO VISTO POR DIANTE. 1 Auricula esquerda e veias pulmonares. 2 Ventriculo esquerdo. 3 Artéria aorta. Fig. 3 golpe vertical transverso do peito destinado a mostrar o trajecto das pleuras. 1 Coração e pericardio. 2 e 3 Substancia dos dous pulmões. A A pleura direita, tomada na união das costellas e das cartilagens costaes, guarnece essas cartilagens, reflecte sobre os bordos do sternum, e fôrma com a pleura esquer- da, por traz desse osso, 5 O mediastino anterior, guarnece depois o pericardio. 0 A parte anterior do pediculo pulmonar, toda a super- fieia do pulmão direito. 7 A parte posterior do pediculo pulmonar, se reflecte para guarnecer os lados da columna vertebral, formando com a do lado. 8 O mediastino posterior em o qual vê-se o esopbago, e muitos vasos, guarnece depois toda a superfície interna das costella e volta ao ponto da partida A Formando assim um sacco sem abertura Fig. A larynx, traciiea artéria pericardio e pulmões vistos por diante. 1 Larynx. 2 Trachea-arteria. 3 e 4 Pulmões. 5 Pericardio. C Veia cava superior e veias subelavias que a terminão. 7 Tronco bronco-cephalico. 8 Artéria carótida premitiva esquerda. 9 Artéria sub-clavia esquerda. tísta roupa L>. ESTAMPA E. Fig. 1 Coração vísto por diante. 1 Auricula direita. > 2 Appendice dessa auricula. 3 Veia cava superior. A Veia cava inferior. 5 Auricula esquerda. 6 Appendice dessa auricula. 7 o 8 Veias pulmonares. 9 Rego euriculo-vcntricular em que se vê vasos. 10 Rego que separa os dous ventriculos. 11 Ventriculo direito. 12 Artéria pulmonar. 13 Ventriculo esquerdo. l/t Artéria aorta. Fig. 2 CORAÇÃO direito aberto de maneira a deixar VER O INTERIOR. 1 Cavidade da auricula. 2 Fossa oval. 3 Válvula dEustacbio. h Orifício da grande veia cardíaca. 5 Cavidade do ventriculo olíerecendo dilferentes espécies eolumnas carnosas. 6 Um dos lanços da válvula tricurpida. 7 Artéria pulmonar com duas de suas válvulas sigmoides. Fig. 3 Coração esquerdo aberto. 1 Cavidade da auricula no alto da qual se vê as veias pul- monares. 2 Cavidade do ventriculo. 3 Válvula auricolo-ventricular. 4 Aorta em cuja origem se vê duas válvulas sigmoides. Fig. A Coração do qual se tem levantado a membrana SEROSA E A GORDURA PARA FAZER VER AS FIBRAS CARNOSAS. 1 Fibras eommuns das duas auriculas. —'2 Fibras pró- prias da auricula direita. — 3 Fibras próprias da auricula esquerda. — \ Fibras eommuns dos dous ventriculos. — 5 Buracos que dão passagem aos vasos cardíacos. — 6 Ponta do coração onde se vê as libras eommuns, superfíciaes no come- ço de ajuntarem em redomoinho, penetrar no interior do coração e profundarem. — 7 Raphe onde se vê as fibras eommuns superfíciaes,anteriores e posteriores se entrecruzar e profundarem. — 8 e 9 Orifícios das artérias pulmonares e aorta. Kslampa 1 § • ESTAMPA F. Peritoneo.—O abdômen aberto do lado direito. 1 Umbigo. 2 Peritoneo guarnecendo a parede anterior do abdômen. 3 Fouce da veia umbelieal. h Liga^nento suspensorio do ligado. 5 Diaphragma suspenso pelas erignas. G RchVxão do peritoneo do diaphragma sobre o figado, constituindo o que se chama ligamento coronario do figado. O figado está cortado verticalmente, e a vesicula beliaria acha-se levantada. 7 Estômago continuando com 8 O epiplon gastro-splenico do lado do baço ; com 9 O epiplon gastro-hepatico do lado do fígado ; inferior- mente com 10 O epiplon gastro-colico ou grande epiplon. 11 Hiatus AVinsIow, limitado : na parte superior pelo fí- gado ; na inferior pelo duodeno : na anterior pelos canaes biliarios, etc, na posterior pela veia cava inferior guarnecída pelo peritoneo. 12 Cavidade posterior dos epiplons. 13 Porção reílectida de grande epiplon. 14 Desdobramento do grande epiplon para abraçar o colou transverso (cortado.) 15 Reunião das duas folhas para formar e mesocolon transverso: sua folha superior recobre. 16 0 duodeno em parte. 17 0 prancreas, esobe ao hiotus de AVinslow, sua folha inferior vai formar. 18 0 mesenterio ; este envolve. 19 As circumvoluções intestinaes. 20 As duas folhas do mesenterio e o intestino delgado (cortado.) 21 Mesorectum. 22 Relleção do peritoneo do recto sobre a vagina, for- mando uma prega similunar. 23 Ligairuento largo cortado ; abaixo vè-se o colo da ma- dre e a vagina aberta. 24 Reflexão do peritoneo da madre sobre a parede poste- rior da bexiga, formando um ligamento similunar. 23 Peritoneo seguindo o uraco Aé o umbigo e formando uma das pregas chamadas íigameiilossuspensorios da bexiga. l'í\uimj.)(i U ESTAMPA Cr. Fig. 1 Porção do oesophago e do estômago vistos pela SUA face interna. 1 Mucosa do oesophago lisa. 2 Superfície do estômago. 3 Linha de separação do oesophago e do estômago notáveis pelas desigualdades defendentes do orifício cardíaco. Fig. 2 Válvula pylorica do estômago. Fig. 3. 1 Circumvoluções do intestino delgado. 2 Cego recebendo a inserção do intestino delgado e apre- sentando o appendice vermicolar. 3 Colon ascendente. 4/ Colon transverso. 5 Colon descendente. 6 Seliaco do colon. 7 Começo do recto. 8 Um dos appendices gordurosos do grosso intestino. IvsUunpa Cx Fí»3 \ ESTAMPA 11. Splanchnologia.—órgãos genitaes e itjnarios do homem. Fig. Ia structura dos rins, 1 substancia cortical, con- ductos de Fcrrein.— 2 substancia medular, tubos de Bellini. —3 abertura desses tubos no apsede um mamelom era um cálice. Fig. 2a órgãos pei.vianos. A metade direita do osso da bacia está levantada por uma secção vertical do sacro e da symphise do púbis. 1 aponevrose superior do perineo, fascia pelvia, formando o ligamento pubio-prostatica, e dando nas- cimento a um prolongamento que separa a bexiga do recto e vai-se terminar no cú do saco intermediário a estes 2 órgãos. —2aponevrose mediado perineo, ligamento de Carcassone. — aponevrose inferior do perineo.—4 prolongamento do dartos.—5 scroton.—6 dartos.—7 testículo coberto pela membrana commum a elle e ao cordão spermatico.— 8 cordão spermatico.—9 vasos spermaticos.—10 conducto deferente. — 11 vesicula seminal. — 12 próstata.— 13 glândula de Cooper.—l/i prepucio (a pelle da verga está levantada do lado direito).—15 freio da verga.—IG ligamento suspensor da verga.—17 corpos cavernosos (a raiz direita está cortada).— 18 canal da uretra ( vê-se posteriormente a porção membra- nosa entre a aponevrose superior do perineo e a aponevrose media, e a porção bulbosa ou o bulbo entre a apenevrose media e a aponevrose inferior ; na anterior aglande).-—19 uretra.—20 bexiga.—21 uraco.—22 recto (vê-se o peritoneo continuar da bexiga sobre o iecto ; na parte inferior o ânus e seu músculo constrictor. Fig. 3a A bexiga está trazida para diante e o recto para traz, 1 face inferior da bexiga—2 conducto deferente.—3 vesicula seminal.—A próstata.—5 folha aponevrotica que separa a próstata e a bexiga do recto.—G recto. Fig. 4a Ella mostra os lugares onde a uretra e um dos conductos ejaculatores penetrão na próstata, 1 próstata.— 2 collo da bexiga (está cortada a membrana que delia se des- taca para ir envolver a próstata. — 3 entrada de um conducto ejaculator. Fig. 5a 1 conducto deferente.—2 conducto ejaculator re- sultando da anastomose do conducto deferente coma vesicula seminal (a parte inferior da próstata. está incisada para a deixar melhor ver).—3 vesicula seminale parte despregada. ■!■ 'síaitipa. H t.STAMPA I. Fig. Ia ÓRGÃOS GENITAES DA MULHER, 1 Um dos liga- mcntos largos ou azas da madre.—2 e 3 ligamentos redondos terminados cm pé de pato.—A ovario e seu ligamento.—5 trompauterinaou de Fallopio terminada por uma expansão franzida, focinho franzido, ou pavilhão da trompa.—6 corpo da madre.—7 collo.—8 extremidade inferior da madre ou focinho de lenca. Fig. 2a MADRE DIVIDIDA EM METADE ANTERIOR E METADE POSTERIOR FICANDO ESTA ULTIMA CONSERVADA, 1 Cavidade do corpo da madre : ella continua com—2 a cavidade das trompas uterinas e—3 a cavidade do collo (nesta ultima ca- vidade vè-se uma saliência arborisada, arvore da vida da madre.—4 ligamento do ovario. Fig. 3a MADRE DIVIDIDA EM DUAS METADES LATERAES : FI- CANDO conservada a metade esquerda, 1 labio anterior do focinho da tenca. —2 labio posterior. Fig. 4a BACIA DIVIDIDA EM 2 METADES LATERAES : FICAN- DO CONSERVADA A METADE ESQUERDA, A BEXIGA, O CANAL DA URETRA, A VAGINA E O RECTO ESTÃO ABERTOS, 1 bexiga. —2uraco.—3 ligamento anterior da bexiga.—A canal da uretra.—5 recto.—6 Lâminas da extremidade inferior do recto.—7trompa.—8 ovario. —9 madre.(vê-se o peritorio envolvel-a seguindo depois sobre a bexiga e sobre o recto.— 10 vagina.—11 e 12 columnas anterior e posterior da vagina. —13 clitoris. Fig. 5a PARTES GENITAES EXTERNAS, PUDENDAS, 1 monte deVenus.—2 grande labio.—3 pequeno labio (em sua ex- tremidade superior elle se divide em 2 folhas das quaes uma se termina á baixo do clitoris, unindo-se a outra com uma folha semelhante do pequeno lábia opposto para formar uma sorte de prepucio ao clitoris de qual apenas se vô. a extremi- dade anterior.—5 espaço vertibular.—6 mesto urinorio.—7 entrada da vagina.—8 forqnilha.—9 fossa navicular —10 ânus.—11 perineo. Fig. 6a 1 e 2 pequenos lábios.—3 clitoris, raiz, corpo e glande.—A ligamento suspensor do clitoris.— 5 corpo car- vernoso ou bulbo da vagina indo terminar-se na glande do clitoris. Fsí&m|>a. 1 + \r>cn- ^ ESTAMPA J. Coração, crossv da aorta, artérias braciho-cepíivlk^as, carótidas, sub-clama, etc, etc. O sternum está cerrado verticalmente, e o peito aberto pela esquerda. 1 Coração. 2 Artéria cardiaca anterior. 3 Artéria cardiaca posterior. A Artéria pulmonar cortada. 5 Crossa da aorta. 6 Tronco brachio-cephalico. 7 Carótida primitiva esquerda. 8 Artériasub-claviaesquerda. 9 Divisão do tronco brachio-chepbalico em carótida pri- mitiva direita e sub-clavia direita. 10 Divisão da carótida primitiva cm carótida externa e carótida interna. 11 Artéria thyroidiana e ramos principaes. 12 Artéria lingual. 13 Artéria facial. 14 Artéria palatina inferior. 15 Artéria sub-mental. 16 Labial inferior. 17 Labial superior. 18 Um dos ramos dorsaes do nariz. 19 Artéria occipital e ramo mastoidiano. 20 Pharyngeana. 21 Divisão da carótida externa em maxillar interna e tem- poral superficial. 22 Artéria transversa da face. 23 Um dos ramos auriculares anteriores. 24 Artéria temporal media. 25 Artéria thyroidiana inferior ecervical ascendente, 2G Artéria vertebral. 27 Lugar onde a artéria vertebral penetra no canal dos apo- pbyses transversas. 28 Artéria intercostal superior. 29 Scapular superior. 30 Scapular posterior. 31 Art-ria mamaria interna. 32 Mediastino anterior. 33 Diaphragmatica superior. Estampa w * !