D? BRUCKNER 0 MEDICO DA FAMÍLIA O MEDICO DA FAMÍLIA OU MANUAL DE HOMffiOPATHIA DOMESTICA P E 1. O Dr. BRUCKNER / / * -- 1 PRECEDIDO DE UM PROLOGO PELO Dr. E. SCHAEDLER Vertido e adaptado aos Tactos clínicos do Biazil Pelo Dr.*** 3a edição revista e augmeutada. EDITORES-P ROPRIETÀRIOS J. COELHO BARBOSA & C. - CHIMICOS-HOMffiOPATHAS 12 7, RUA JOÃO ALFREDO, 127 Antiga da Quitanda 1893 AO LEITOR Procurando prestar um pequeno serviço em prol da homoeopathia, traduzimos a excellente obra intitulada MeíZzemíz Homceopathica Domes- tica, escripta em allemão pelo Dr. Th. Bruckner, correcta e notavelmente augmentada pelo dis- tincto medico hespanhol o Dr. Paz Alvares, com todos os medicamentos modernos mais salientes da pharmacopéa de Hale. Neste pequeno trabalho, procurámos sempre, quanto possivel, harmonisar as indicações com os factos clinicos do nosso paiz. Si nenhum mérito nos cabe por este pequeno trabalho, comtudo prestamos aos leigos um im- portante serviço, dando-lhes no nosso idioma uma utilíssima obra de medicina pratica, um verdadeiro Medico da Família. Dr. *** PR0L0G0 DO DR. SCHAEDLER A publicação de um novo manual de medicina homoeopathica não está approvada por todos os partidários da homoeopathia. Com effeito, certo numero de médicos homocopathas creem que semelhantes publicações populares despresti- giama homoeopathia, já bastante desprezada por seus adversários. Não participamos da opinião d'esses professo- res, e ainda quando fosse fundada nos é bas- tante indifferente o maior ou menor desprezo da parte dos médicos allopathas, que costumam julgar nossa sciencia sem conhecer siquer seus dogmas fundamcntaes. Nosso objecto ó propagar nossa beneíica dou- trina, e alliviar assim a humanidade soffre- dora. E a homoeopathia se propagará tanto mais, quanto sejam as occasiões em que o publico te- 6 nha de recorrer ao tratamento homoeopathico ; quer pela facilidade de dirigir-se a médicos homoeopathas,quer, na falta d'estes, pela facili- dade de procurar bons manuaes, com cujo auxilio poderá curar por si mesmo as numerosas enfermidades, contra que tem-se mostrado im- potente a medicina official. Ninguém ignora que ha uma grande despro- porção entre o numero considerável de pessoas que desejam desfructar os benefícios que pro- portiona o tratamento homoeopathico, e o certo numero de médicos que exercem este systema. Entretanto, até que os médicos allopathas se curem de sua cegueira, e se dediquem ao estudo e pratica da homoeopathia, é de rigorosa neces- sidade e urgência que as pessoas que não tem medico homoeopatha em sua localidade, possam tratar-se por si mesmo consultando bons ma- nuaes populares. Existem já diversas obras d'este genero, e a publicação d'este manual parecerá talvez su- pérfluo. Mas não conhecemos nenhuma que contenha em tão poucas paginas tantos dados preciosos, e cujas indicações de medicamentos sejam tão precisas e fáceis de comprehender por pessoas que não tenham estudado medicina. Desde que Hahneman, o fundador immorlal 7 da homoeopathia, e seus primeiros discípulos publicaram suas obras, a homceopathia tem feito rápidos progressos scicnlificos, e d'elles somos devedores principal mente aos Estados- Unidos da America do Norte. N'este paiz, onde o numero de médicos ho- moeopalhas chega já á respeitável cifra de cinco mil, têm-se estabelecido varias faculdades de medicina homceopathica onde ensinam lodos os seus ramos illustrados professores. Entre os professores d'estas escolas e os novos médicos que d'ellas sahem, reina uma extraor- dinária actividade scientifica, a que deve a ho- moeopathia novas experiencias, e o conhecimento de um grande numero de novos medicamentos preciosos. Comtudo, os manuaes publicados até hoje, têm tido bem pouco em conta estas novas descobertas. O do Dr. Bruckner se distingue pelo contrario por uma notável innovação. Este auctor, profundamenle versado na litteratura homceopathica americana, pol-a ao alcance do leitor do sua obra; assim é que se encontram nella grande numero de indicações preciosas de todas os medicamentos novos, cuja efficacia tem provado a experiencia. O Dr. Bruckner tomou o trabalho de marcar com as iniciacs do nome dos auctores respecti- vos as novas recommendacões e indicações dos 8 medicamentos que não se encontram nos ma- miacs conhecidos. Deste modo verá o leitor estudioso quão con- siderave ó o numero d'essas novas indicações contidas no manual do Dr. Bruckncr. Sob este ponto de vista, pódc ser consultado, com resultado, este manual domestico pelo me- dico homoeopatha instruído. Julgamos prestar um bom serviço á causa da hoinoeopathia fazendo traduzir este manual. Si sua publicação tiver favoravel acceitação, e houver necessidade de segunda edição, fare- mos todo o possível afim de que seja a inais completa em seu genero. Dk. Schaedler. INTRODUCÇÃO 5 Para ter-se uma idéa exacta da homoeopa- thia, assim como dos princípios sobre os quaes ella se sustenta; para julgar com conhecimen- tos e valor d'esse systema medico, é indispensá- vel saber o que se entende por homoeopathia. 0 que é homoeopathia? Com este nome designa-se o tratamento medico descorberto e posto em pratica por llahnernann nos primeiros annos d'este século. Não admitte para a cura das enfermidades, outros medicamentos do que aquelles cuja acção sobre o organismo humano tenha sido anteriormente submettida a um exame detido, mediante experiencias exactas no homem são. Depois de haver passado por essas provas con- scienciosas, a applicação dos medicamentos faz-se segundo a lei denominada dos semelhantes [similia similibus}. E' dizer que em cada caso especial da doença, se exige prccisamento o medicamento cuja administração no homem são tenha produzido uma successão de symptomas da enfermidade, e que apresentem mais analogia com aquellas que se trata de curar. Mas a experiencia tem ensinado que estes medicamentos não pódem 10 dar-se por dóses ordinárias, como os que o me- thodo allopathico usa, pois que provocariam uma sensivei aggravaçãona enfermidade. Pelo contrario, esses mesmos medicamentos administrados em dóses mui pequenas (chama- das homoeopalhicas), estão préviamente dotadas de bastante virtude para excitara força dereacção nos orgãos enfermos, c manter nelles sua acti- dade, até que o organismo ou a natureza, por sua própria energia, tenham vencido a enfermidade. Em que differe a homoeopathia da allopathia Si examinarmos detidamente qual é a diffe- rença que existe entre a allopathia e a homoeo- pathia, encontraremos em presença de princípios que estabelecem entre ambas doutrinas, diver- gências essenciaesdas quaes se deduz que o me- thodo homceopathico leva vantagem incontesta- velmente a allopathia. 1) 0 medico homoeopatha, para empregar os medicamentos, não faz mais do que applicar um principio fixo, que tem consagrado a experiên- cia mil vezes; emquanto que na escolha dos medicamentos, assim como no tratamento de seus enfermos, o medico allopatha não tem nenhum principio fixo. Tem diante de si uma multidão de tratamentos diversos, que estão frequentemente em contradicção comsigo mesmo. Por qual se decidira? Por aquelle sem duvida em que se tenha mais confiança, ou pelo que um medico allopatha de fama tenha honrado com sua recommendação. Um grande numero de allopalhas de boa fé c penetração têm concordado n'isto publicamente; 11 e confessado que a medicina (a allopathia) è impotente para curar. 2) A homoeopathia administra medicamentos que obram directamente, assim como também especiíicamente, sobre os orgãos ou partes enfer- mas. Este é um methodo curativo directo, em- quanto que só indirectamentc tem a allopathia seus ensaios de cura, por exemplo, por deriva- tivos sobre o canal intestinal, por meio de pur- gantes, ou por revulsões sobre a pelle por meio de cáustico, sinapismos, etc., etc. A experiencia nos ensina lambem que os medicamentos appli- cados segundo a lei allopatbica dos contrários, não são medicamentos propriamente ditos, mas antes unicamente palliativos : isto é, que não produzem outros effeitos mas que fazem desappa- recer por algum tempos os symptomas da enfer- midade sem cural-a na realidade; antes pelo contrario, prolongal-a e fazer mais rebelde e incurável. JNinguem ignora que os purgantes energicos não curariam jamais uma prisão de ventre chronica de um modo durável; antes bem, o enfermo terá que augmentar as dóses d'elles constantemente, com objecto de conse- guir evacuações de ventre. 3) A homoeopathia, como já se tem dito, só administra seus medicamentos em quantidades tão pequenas que mesmo quando sua escolha seja perturbada, não resultará perigo algum directo para o enfermo, pelo facto de uma acção demasiadamente violenta, einquanto que os me- dicamentos allopathicos, ainda que escolhidos com o maior cuidado, produzem mui frequen- temente effeitos perigosos e também frequente- mente resultados bastantes desastrosos, para pôr 12 em perigo a vida do enfermo e acelerar seu fim. 4) A homoeopathia, prescrevendo medicamen- tos que obram directamenle assim como lambem especificamente sobre os orgãos enfermos, nas enfermidades agudas e perigosas, faz sentir seu effeilo benefico mais prompto que pelo methodo therapeutico allopathico que não obra mais que indirectamente. Si succcde que alguns medica- mentos homoeopathicos que parecem estar indi- cados, não têm produzido allivio algum no estado do enfermo, o medico homoeopatha sabe que deve escolher outro medicamento: ein- quanto que o allopatha não sabe de ordinário mais que augmentar suas doses que, com fre- quência, não têm outro effeito do que apressar a morte do enfermo. 5) A homoeopathia não prescreve medica- mento algum que debilite nem esgote as forças como a allopathia. O enfermo que se cura com o tratamento homoeopathico,se restabelecerá in u i lo mais promptamente e se entregará au seu tra- balho muito antes que aquellc que, tratado pelo methodo allopathico, vê seu estomago e orgãos digestivos com frequência completamente arrui- nados pelo elTeito dos abundantes e violentos medicamentos a que tem estado submetlido. 6) Demais, os medicamentos homoeopathicos não têm sabor algum, pódem-sc administrar a todos os enfermos com a maior facilidade; são de uma superioridade incontestável no trata- mento das crianças. Póde dizer-se verdadeiramente que o methodo homoeopathico reunc todas as vantagens que se 13 possam obter de um methodo therapeutico. Ve- rifica as curas com segurança e promptidão porque os medicamentos que prescreve exercem sua acção saudavel de uma maneira directa e especifica sobre as partes enfermas; estes medi- camentos são administrados por dóses pequenas, de maneira que não pódem offerecer perigo al- gum á vida do enfermo; e emíim, são tão bons de tomar, e tão fáceis de administrar, que sob este ponto de vista nada deixam a desejar. Exito e progresso da homoeopathia Triumphante de todas as perseguições que se tem exercido contra os médicos homoeopathas, desde sua proclamação até á actualidade, a ho- moeopathia tem seguido seu caminho e se tem espalhado por todo o m undo, graças a seus êxitos incontestáveis. Príncipes e Reis têm reconhecido suas venta- gens, e tem escolhido un medico homoeopa- tha para sua assistência. Mas como até agora a homoeopathia nao se tem ensinado senão em poucas universidades, e os estudantes, vendo con- linuadamente a repulsão ao estudo da medicina homoeopathica, tão profunda é a aversão que os professores lhe têm, a falta de médicos homoeo- pathas se deixa senlir por todas as partes. Com o plausível fim de remediar essa falta, tein-se publicado ha trinta e tantos annos uma multidão de obras populares, com objecto de instruir o ignorante, em falia do medico, no uso para si e os seus do tratamento homoeopa- thico; eaté para o tratamento dos animaes do- mésticos se tem publicado mais de uma obra instructiva. 14 Estas diversas publicações sobre a medicina homoeophatica domestica, têm favorecido sem duvida a homoeopathia, propagando-a mais a mais ; mas a têm prejudicado por vários mo- tivos. Em primeiro logar, porque varias dessas pu- blicações não tem tido outro movei sinão a especulação, encontrando-se n'cllas uma immen- sidade de asserções aventuradas, que não mere- cem confiança alguma; em segundo logar,por- que n'essas publicações se fundam os adversários para estender a crença de que a homoeopathia nada tem de commum com a sciencia, que não exige o menor estudo ; de tal sorte, dizem que basta um livro e uma caixa homoeopathica, para que qualquer forasteiro, por insignificantes que sejam seus conhecimentos em medicina, possa curar e tratar as enfermidades tão bem como um médicohomoeopatha instruído e experimen- tado. Esto asserção é completamente falsa. A ver- dade é todo o contrario. Seria imcomparavelmente muito mais facil a um homem sem estudos, mas inlelligenle, ad- quirir em pouco tempo todo o arsenal da thera- peutica allopalhica, do que familiarisar-se com os elementos de therapeuthicahomceopathica, e conservarem sua intelligencia as regras da direc- câo na escolha dos medicamentos homoeopathi- cos. Esta é precisamente a difíicullade que se apre- senta no estudo dos remedios homoeopathicos, e que faz retroceder a tantos médicos diante deste trabalho arduo, assim é que ninguém póde ser bom homoeopatha pratico, sem o profundo co- nhecimento da matéria medica homoeopathica. Allém disto, como todos os médicos têm que es- tudar á força aallopatliia, e submetter-se em se- 15 guidaao exame allopathico ao menos na Europa, si querem obter o titulo de medico pratico, é natural que o numero dos que mais tarde qui- zerem estudar a homoeopathia será escasso, tanto mais quando não haja para o medico ho- moeopatha nenhuma probabilidade de obter uma posição official retribuída pelo Estado. Da escolha dos medicamentos homoeopa- thicos Acabamos de consignar que, segundo os pre- ceitos da sciencia, émaisfacil tratar um doente allopalhicamente, que tratai-o conscienciosa- mente segundo o methodo homoeopatha. Com o fim de pôr isto ao alcance de todas as intelligencias, vamos submetter a um exame pro- fundo ambos os methodos de curar. Para o allopatba, como é sabido, o ponto es- sencial repousa no diagnostico, istoé, no conhe- cimento exacto e no nome da enfermidade. Si o medico está seguro no seu diagnostico, a therapeutica ou o tratamento se apresenta por si mesmo, pondo cada um em pratica as dou- trinasdeseusprofessoresouosystema maisusado. Si a enfermidade peiora de dia para dia, graças ao tratamento empregado ; si a morte é sua con- sequência, nenhuma censura póde ser attribuida ao medico allopatha, sobretudo si adoptou o tra- tamento mais usual. Longe d'isso, a autopsia proporcionará seu major triumpho : Com effeito, apenas a autopsias tem denions- tradoa verdade dcseudiasgnoslico, fica reputado como um excellente diagnosticador, o qual é 16 para um allopatha chegar ao seu fim mai« dese- jado. Outra cousa succede com o medico homoeo- patha. Para este, o principal é a cura do enfermo, e o diagnostico não occupa sua attenção sinão para o que lhe é precisamente indispensável, e con- siste em julgar com conhecimento de causa a gravidade da doença, sua duração e seu termo. Demais, na escolha dosmedicamentos, o medi- co homoeopatha não se deixa influir pelo nome da enfermidade, mas sim pelo conjuncto exclu- sivamente de todos ossymptomas que apresenta o exame do enfermo e o resultado que propor- ciona os que lhe cercam. Só a estes symptonias trata de oppòr o medi- camento que lhes corresponde : com a convicção de que beinescolhidoproduziráiinmediatemente um allivio sensivel. A arte de escolher com promptidão et intelli- gencia os medicamentos e a confiança segura que tem em suas virtudes, taes são os signaes ca- racterislicos de um medico homoeopatha intelli- gente e experimentado. Aquelleque substilue constantemente os me- dicamentos, ou que a quantidade, isto é, dose mais forte, póde supprir a qualidade, na boa escolha, segundo o seu modo de ver; aquelle que augmenta talvez toda a classe de medicamentos allopathicos, já externos ou internos, estes não são verdadeiros homocopathas, inlelligcntcs e experimentados. Havendoregrasprecisasque guiemos homoeo- pathas na escolha dos medicamentos, é preciso deduzir que, suppondo cm todos um conheci- mento igual desses medicamentos e igual talento de observação, todos deviam estar de accôrdo em 17 sua escolha, pelo menos nos casos em que os symptomas da enfermidade se manifestam clara- mente. Os primeiros discípulos de Hahnemann não tinham á sua disposição sinão medicamentos em limitado numero, porém experimentados perfeitamenle e repetidas vezes : assim os conhe- ciam com mais perfeição exactidão em geral do que se conhece actualmente, e está foráde duvida que se achavam mais unanimes na escolha que faziam delles. A riqueza de nossa matéria medica é immensa, posto que já abrange mais de 3 500 medicamen- tos dos reinos animal, vegetal e mineral; assim é que cada medico homoeopatha conhece natural- mente melhor certos medicamentos que tem tido occasião de empregar com maior frequên- cia, do que outros que nunca ou raras vezes, tem administrado, e sua escolha se limitará no cir- culo menos extenso dos medicamentos que melhor conhecem. Com tudo, hoje nossos melhores médicos ho- moBopathas estão admiravelmente de accordo na escolha dos medicamentos, desde que o carác- ter da enfermidade em questão se tenha carac- terisado com essa precisão que exige a homoeo- pathia. Como deve o medico investigar os symptomas da enfermidade e traçar seu quadro A boa escolha do medicamento e o exito do tratamento homocopathico, depende, cm grande parte, da pratica de reunir com intelligencia, MED. DA FAM. 18 os diversos symptomas da enfermidade em um quadro. E' necessário, pois, fallar disso mui especial- mente, tanto mais quanto o diagnostico que é o unico que basta ao allopatha, satisfará mui raras vezes ao homoeopatha, pois que este deve escolher o medicamento, segundo os preceitos da homceopathia. E' necessário antes de tudo estabelecer uma distincção essencial entre as enfermidades agudas e chronicas. Entende-se por enfermidades agudas as que se apresentam subitamente e seguem seu caminho n'um periodo de tempo breve e determinado, pela cura ou pela morte. As enfermidades chro- nicas, pelo contrario, são as que não têm perío- dos determinados, mas que pódem prolongar- se durante annos e mesmo durante toda a vida. Não é raro ver-se uma enfermidade aguda em sua origem, passar ao estado chronico, e em uma enfermidade chronica apresentarem-se com frequência ataques de caracter agudo. Póde dizer-se também que ha enfermidades chronicas que não são outra cousa mais do que a consequência ou continuação de ataques agu- dos como a epilepsia. As enfermidades agudas se dividem em duas principaes categorias : esporádicas e epidemicas. Chamam-se esporádicas as que reinam em qualquer época do anno e são effeito de in- fluencias perniciosas a que se expõe uma pessoa isoladamente; como, por exemplo, por ter-se molhado, por estar-se fatigado mais do que convém, e por se comer demasiado. Chamam-se epidemicas, as enfermidades agu- das contagiosas para a maior parte dos habitan- tes de uma ou mais localidades, as quaes doini- 19 nam ahi em certas épocas e durante um tempo mais ou menos extenso, para desapparecer em seguida repentinamente durante uma série de annos; taes são o cholera asiatico, a bexiga, a peste, a febre amarella, etc. Nas enfermidades agudas é necessário, antes de tudo, procurar com o maior cuidado a causa que as tem produzido ; porque, encerrado o mal em sua origem, sem ter-se ainda desenvolvido, podcráo medicamento homoeopathico correspon- dente á causa productora da doença, destruil-a ou pelo menos diminuil-a, até ao ponto de fazer com que seu curso e terminação sejam muito mais benignos. Nossa matéria medica apresenta uma multidão de indicações que todo medico homoeopatha, e qualquer outro que queira dedi- car-se ao exercicio da homoeopathia, deve co- nhecer a fundo, si deseja obter algum resultado do tratamento homoeopathico, assim, por exem- lo, nos casos de uma quéda, de um golpe, de uma contusão, se dará arnica; quando o corpo está suando, se ha molhado, rhus; contra as más consequências de um arrebatamento, de uma cólera, chamomilla,acon.,o\inux-vom., etc. Nos casos em que não seja possivel averiguar a causa occasional, é preciso ter muito cuidado na investigação dos symptomas da enfermidade, e dirigir-se por elles para e escolha dos medi- camentos. Nas enfermidades epidemicas é frequente- mente muito difficil ao medicOj quando se apre- senta os primeiros casos, escolher medicamen- tos especificos, proprios do caracter da enfermi- dade ; porque os symptomas da maior parte das enfermidades agudas deste genero são, ao prin- cipio, de uma natureza tão pouco determinada 20 e tão energica, que não é admissível a certeza na escolha do medicamento ou medicamentos. Mas, uma vez que o medico homoeopatha tenha tratado vários casos, e aprendido a conhe- cer os medicamentos que tenham demonstrado sua efficacia nas enfermidades mais adiantadas, em que os symptomas estão bastante pronuncia- dos para que seja possível escolher um medica- mento com segurança, o homem da sciencia está autorisado no principio desta classe de enfermidades, ainda que os symptomas não estejam bastante precisos, a prescrever aquelles mesmos medicamentos que se tenham mostrado efficazes nas enfermidades já adiantadas. Está provado pela expericncia que as epide- mias que se julgam idênticas, mudam frequente- mente de caracler, de tal modo, que os medica- mentos que têm sido excellentes n'uma primeira epidemia, não obram já na segunda; assim é que o medico estudioso deve, por meio do quadro de symptomas geracs da enfermidade epidemica, descobrir os medicamentos que correspondem ao caracler da doença que tem de combater. Eis aqui o mais essencial sobre as enfermi- dades agudas de que tratam com bastante de- talhe os bons manuaes de medicina homoeopa- thica domestica : em todos se encontrarão mais uteis avisos sobre as enfermidades agudas do que sobre as chronicas. Estas são muito mais difíiceis de tratar com exito; todos o médicos homoeopathas o reconhecem. Acabamos de ex- por os pontos que devem sero objecto das inves- tigações de todo medico solidamente instruído, e isto, como objecto de estabelecer com segu- rança o diagnostico e pronostico, como, por exemplo as enfermidades de familia hereditá- rias, as resultantes de certos generos de vida ou 21 dc occupaçôes, os medicamentos, as curas de aguas de que se haja feito uso, etc., etc. Ela demais outros vários pontos sobre os quaes deve fixar a attenção o medico homoeopatha. Taes investigações parecerão ridículas, por as- sim dizer, ao medico allopatha que quizer ser logico com seus princípios. Não faremos mais que menciona]-os brevemente, com o objecto dc que o homoeopatha possa ao principio com seus estudos ver a differença que separa a allopathia da homoeopathia, sob o ponto de vista do carác- ter da enfermidade. O medico homoeopatha dedicará seus esforços antes de tudo a dar uma conta exacla e deta- lhada da constituição do doente, seu tempera- mento, das disposições do seu espirito e humor. Considerará seus traços, sua tez, em uma pala- vra todas as particularidades apreciáveis. Terá cuidado de indagar as disposições mór- bidas do doente, assim como todas as particula- ridades que possam referir-se a ellas. Estes detalhes que se affirmam repetidas vezes ao pratico, como indicações caracterislicas do medicamento que se ha de escolher, se apresen- tam em tal numero em nossa matéria medica, que frequenlemente o symptoma menos appa- rente é o que determina a preferencia de tal ou tal medicamento; suppondo demais que os symplomas especiaes da enfermidade,confirmem a escolha do medicamento já indicado pelas par- ticularidades geraes e constitucionaes do doente. E' preciso também que o doente explique a especie de soffrimento e dôr que experimenta uma ou mais parles do corpo, n um orgão qual- quer; deve notar com cuidado a que hora do dia peiora sua doença, e si a acompanham outros soffrimentos. 22 E' de grande interesse que se observe quaes são as influencias externas que occasionam suas dôres ou ag gravam, ou que pódem diminuil-as ou fazel-as desapparecer. Na parte especial d'esta obra, demonstrare- mos até que ponto devem ter-se em conta essas considerações para a escolha dos medicamentos. Escolha das dynamisações ou attenuações Os médicos homoeopathas não estão concor- des, na actualidade, sobre as dynamisações. Uns dão só as atlenuações e triturações bai- xas, que repetem com frequência, emquanto que outros só administram e pretendem ser mais afforlunados com as attenuaões mais altas, que repelem com pouca frequência. Si comparamos as estatisticas que nos dão uns e outros, é preciso confessar que os últimos ob- têm resultados muito mais brilhantes e extraor- dinários, sobretudo nas enfermidades chronicas. Demais, a maior parte dos partidários das atlenuações baixas, não occultam que nas enfer- midades chronicas produzem mais effeitos as altas dos que as baixas. Nós, collocando-nos n'um termo medio, pro- poríamos- da 5a a 12a altenuação, cenlesimal nas substancias vegetaes ; c 12a 30a para os mi- neraes. Estas são atlenuações que empregam com grande exito a maior partes dos médicos homoeopathas francezes. Regras geraes 1) Empregam-se as attenuações ou deluições baixas em pessoas que não são irritáveis; em 23 enfermidades nas quaes a reacção ou a força vital são raras ; nas que são mui graves, que se desenvolvem rapidamente, é necessário repetir as dóses com muita frequência, até que se note um allivio cffectivo. Nos casos gravíssimos, como, por exemplo, no cholera, ha as vezes necessidade de repetir as dóses de cinco em cinco minutos', mas, nas enfermidades agudas ordinárias, basta repetil-as de tres au de quatro em quatro horas. Si se declarar um allivio visivel não se deve applicar mais medicamentos, porém logo que o allivio cesse deve dar-se de novo o medicamento. Si os caracteres da enfermidade se modificam, escolha um medicamento mais apropriado. 2) Si se empregarem as attenuaçoes elevadas, ou altas potências, como chamam alguns, tra- ta-se já de uma enfermidade chronica, ou enfer- mos mui sensíveis e irritáveis, e não épermittido repetir as dóses em intervallos curtos. Administra-se n'estes casos o medicamento dissolvido em agua, já dando uma colher de manhã e a noite ao dciter-se, durante tres dias, e descançando depois; ou bem dando uma colher todas as noites antes de deitar-se, durante dez dias (methodo de Boenninghausen, recommen- dado sobretudo para os doentes que não quiserem ou não possam acceitar uma dieta rigorosa); seja, emfim, dando uma só dóse (1 gotta ou 2 gló- bulos dissolvida em duas colheres de agua), de vinte e quatro ou quarenta e oito horas; admi- nistrada uma, duas ou mais dóses d este modo, demora-se o tempo que julgar necessário, espe- rando o effeito produzido por ellas para obrar em vista do resultado das mesmas. 24 Da fórma dos medicamentos Tinturas : - Quando houver necessidade de usar os medicamentos d'esta forma, como no cholera, crup e moléstias agudas graves, etc., etc., deta-se uma gotta numa colher d'agua pura ou tantas gottas, quantas forem as colheres postas em um vidro ou copo e dá-se de meia em meia, de 1 em 1, de 2 em 2 ou de 3 em 3 horas conforme a gravidade do caso, e logo que se note melhoras se espaçará os intervallos. Para as crianças e pessoas mui sensiveis, é preferivel deitar 4 gottas em meio copo d'agua pura; e esta solução dá-se ao doente, em colhe- res das de chá as crianças até 9 annos ou de sopa aos adultos. Triturações : - Dão-se nove centigrammas, já dissolvida em duas colheres de agua, já em secco sobre a lingua. Globulos : - Esta é a fórma mais commum de administrar os medicamentos homoeopathi- cos. Dissolve-se 12 globulos dos pequenos ou 2 globulos grandes (Pilulas) em duas colheres d'agua, para tomar de uma vez (Nas moléstias chronicas) ou em meio copo d'agua, para tomar uma colher de 3 ou de 4 em quatro horas, ou bem em intervallos mais ou menos curtos. OBSERVAÇÕES. - Quando o doente não possa engulir, ha necessidade de botar a secco o medicamento sobre a lingua, nestes casos, deve- se usar dos globulos pequenos posto sobre a lingua, ou de tintura dissolvida em pequena 25 quantidade de agua, e isto sendo repetido em inlervallos mais ou menos curtos. Nos ataques violentos, ha necessidade de dar o medicamento em tintura a cheirar. Tabella alphabetica dos medicamentos homoeo- pathicos mais importantes Julgamos que os quarenta medicamentos se- guintes, são os mais importantes. Aquelle que desejar uma botica mais pe- quena póde satisfazer-se com os vinte e quatro medicamentos marcados com um asterisco (*). Os numeros da ultima columna da tabella, indi- cam os grãos de altenuação que aconselhamos, sobretudo áquelles que não têm confiança na trigésima attenuação, aconselhada por Hahne- mann. Aquelle que preferir attenuações mais baixas póde adoptar a forma liquida; aquelle que pre- feriras altas, os globulos. Quanto ás triturações baixas, indicadas em alguns casos, póde escolher desde a terceira á sexta. Abreviaturas Nome latino Nome portuguez Attenuações * 1. Acon. Aconituin Na- Aconito napelo Da 5a á 12a pellus Veneno das ga jga *2. Apis. Apis melliíica abelhas *3. Arnic. Arnica monta- Arnica dos - 5a-12a na montes *4. Arsen. Arsenicum al- Arsénico - 5a-30a bum 26 Abreviaturas Nome latino Nome portuguez Atteuuações *5. Bell. Belladona (A.) tropa) Belladona Ba 5a á 30a *6. Bry. Bryonia alba Bryonia ga ]2a *7. Cale. c. Calcarea car- bónica Carbonato de cal - 5a-30a * 8. Cham. Camomilla vulgaris Chamomilla - ga J 2a '9. Carb. v. Garbo vegetalis Carvão vegetal - 5a-30a 10. Caust. Causticum Po lassa cáus- tica - 5a-30a 11. Chin. China oíT Quina ga J2a 12. Cina. Artemísia con- tra Semen d'Ale- xandria - 5a-12a 13. Coce. Menispermum. Cocculus Cocca do Le- vante - 3a-12a 14. Coff. Coffea arabica Café ga 12a 15. Coloc. Cucumis Colo- cyrthis Coloquintidas - 5a-12a 16. Con. Cunium macu- latum Cicuta maior - 5a-30a 17. Bros. Brosera rotun- di-folia Brosera - 5a-12a 18. Bule. Solanum Bul- cainara Boce amargo - 5a-30a 19. Hep. Hepar sulphu- ris Ligado de en- xofre - 5a-12a 20. Hyosc. Hyoscyamus niger Meimcndro ne- gro - 5a-30a '21. Tgn. Ignatia amara Fava de São Ignacio - 5a-12a 22. Tpec. Ipecacuanha Poaya - 5a-12a 23. Lach. Frigonocepha - lus Triconocéfalo - 5a-30a 24. Lyco. Lycopodium clavatum Lycopodio - 5a-30a 27 Abreviaturas Nome latino Nome portuguez Attenuações *25. Merc. s. Mercurius so- lubilis Hah- nemann Mercúrio solú- vel de llah- man Da 5a á 30a 26. Natr. ni. Natrum mu- riaticum Muriato de soda - 5a-30a *27. Nuxvom. Nux-vomica Nox-vomica - 5a-30a 28. Op. Opium Opio - 5a-30a 29. Plios. Phosphorus Phosphoro - 5a-30a * 30. Plios. ac. Phosphori aci- dum Acido plios- phorico - 5a- 30* *31. Puis. Pulsalilla ni- gricans Anémona dos prados - 5a-30a *32. Rhus. Rhus toxico- dendron Suinagre vene- noso ga j 2a 33. Samb. Sambucus ni- gra Sabugueiro - 5a-12a *34. Sep. Sepiae Succus Sueco de sepia - 5a-30a *35. Silic. Silicea Selicea - 5a-30a *36. Spig. Spigelia Espigelia - 5a-30a 37. Spong. Spoagia Esponja - 5a-30a *38. Sulph. Sulphur Enxofre - 6a-30a *39. Thuy. Thuya occi- dentalis Thuya do Ca- nadá - 5a-30a *40. Veratr. Veratrum ál- bum llellebero branco - 5a-12a Quem desejar possuir uma botica mais com- pleta, forneccr-se-ha de'uma Caixa com 60 medicamentos 1. Aconitum. 2. Antim. crud. 3. Antim. lati. 4. Apis. 28 5. Arnica. 6. Arsénico. 7. Belladona. 8. Borax. 9. Bryonia. 10. Calcarea carb. 11. Capsicuin. 12. Carb. veg. 13. Causlicum. 14. Chaminoniilla. 15. China. 16. Cina. 17. Cocculus. 18. CofTea. 19. Colocynth. 20. Conium. 21. Crocus sat. 22. Croton. tigl. 23. Cupr. acel. 24. Drosera. 25. Dulcainara. 26. Euphrasia. 27. Ferrum. 28. Glonoin. 29. Hepar. s. 30. Hyoscyam. 31. Inatia. 32. ípecauanha. 33. Kali bichrom. 34. Kreosól. 33. Laches. 36. Lycop. 37. Merc. sol Hahn. 38. Merc. subi, corros 39. Nartr. mur. 40. iNox moschala. 41. Nux-vom. 42. Opium. 43. Phosphorus. 44. Phosp. acid. 43. Platina. 46. Podophyllum. 47. Pulsatilla. 48. Rheum. 49. Rhus tox. 30. Sambucus. 31. Secale. 32. Se pi a. 53. Silicea. 54. Spigelia. 55. Spongia. 56. Satannum. 57. Staphysagria. 58. Sulphur. 59. Tbuya. 60. Veratrum. 29 Caixas para as crianças Além dos 24 medicamentos principaes, devem conter inais os seguintes : . Aethus. cynap. - Argent. nitric. - Borax. - Brom. - Camph. - Cina. - Corall. - Droser. - Jalapp. - Lycop. - Natr. mur. - Petrol. - PodophyH. - Senna. - Rheum. - Stann. - Tarantula. - Variolim ou Vaccinim. Os preços das diílerentes caixas encontrar-se- hão no appendice. Dieta ou regimen que se deve seguir com o tratamento homoeopathico Os médicos estão divididos em relação á neces- sidade-de uma dieta, mais ou menos severa, du- rante o tratamento homoeopathico. E' incontestável que Hahnemann e seus pri- meiros discípulos não attribuiam'effeito algum ás attenuações, quando não era observada res- trictamente a dieta homoeopathica. Era probibido absolutamente não só o chá, o café, toda a bebida alcoolica, toda a classe de fumo, mas ainda pretendiam que até a aspiração casual da fumaça do tabaco ou o perfume das flores podiam perturbar o effeito dos medica- mentos, e mesmo destruil-o. Felizmente a experiencia nos tem demons- trado que o effeito dos medicamentos homoeo- pathicos não está sujeito a ser tão facilmente alterado ou neutralisado e que póde-se mesmo obter boas curas seguindo uma dieta regular. Assim é que muitos médicos homoeopathas não 30 dão a seus doentes quasi nenhum preceito dietico, oque é uma tolerância censurável, como o excessi- vo rigor dos primeiros discípulos de Hahnemann. Nas enfermidades agudas o appetite é ordina- riamente nullo; é bastante, em muitos casos, prescrever uma dieta de caldos de arroz (sem o grão) caldos de gallinha sem gordura, mingáos de polvilho, chá preto e mate. Ao passo que a moléstia for declinando, dar-se-ha sopa de pão, canja, gallinha cosida, assada, bife de filei, marmellada, etc., etc. Nos velhos e nas crianças nunca se deixará passar mais que um ou dous dias de dieta de cal- dos, e sim dar-se-ha leite em pequenas porções, de duas em duas ou de tres em tres horas. Nas enfermidades chronicas : - E' necessário indagar primeiramente, si a enfermidade não foi occasionada, ou está pelo menos sujeita por um regimein anormal. Neste caso é absoluta- mente necessário que o medico prescreva uma dieta severa (homoeopalha), e até deixe de visi- tar o doente, quando se oppuzer a seguir a dieta, ta] como se lhe prescreve. Nas affecções chronicas cm que o rcgimen não tem nada que ver com a causa occasional da enfermidade, e nas aggravações temporias que se apresentam, póde-se suavisar o rigor da dieta. Mas primeiramente « deve-se proporcio- « nará constituição do doente. E' precisoprohibir « ao doente o que não supportaria estando são. « Comtudo, si o doente experimentar um desejo « irresistível por algum alimento, uma bebida «qualquer, deve-se satisfazer com o que seja « possível, esse instincto natural. Em geral, « nunca se deve obrigar a um doente tomar um « alimento que lhe cause repugnância. » 31 Alimentosproiiibidos : - Café, chá verde, vinho e todas as bebidas alcoólicas, todo alimento acido, salgado, gorduroso e hervas aromaticas. Alimentos permittidos : - Todos os alimentos ordinários, o café homoeopathico dé saude, o cacáo, o chocolate sem canella. Os que não pódein abster-se do café, chá, vi- nho, etc., etc., devem usar sobriamente, e tomar com muito maisagua ou leite do quede costume. Cousas totalmente prohibidas : O uso simul- tâneo que se faz de outros medicamentos e aguas mineraes ; todos os pós e aguas dentrificias, chei- ros fortes do toucador e toda classe de essencias. SYMPTOMAS CARACTER1STICOS GERAES DOSMED1CAMENTOS HOMOEO PATI1ÍCOS MAIS USUALES * 1. Aconitum «Medicamento principal no principio de todas « as enfermidades imflammatorias e acompa- « nhadasde febres, comcalafrios seguidos deca- «lor secco, muita sede, agitação, impaciência, « medo e deseio de despir-se. » O aconito é também bom noscasos seguintes : suor geral, continuo, sobretudo nas partes cobertas - Temor e aversão ás reuniões numerosas (G.)(*) B-Boenninghausen. Q-Quersey, de Philadel- phia. Ilg-llering, de Philadel- phia. (*) ABREVIATURAS DE NOMES PROPR1OS J.-Jahr, de Paris. L-Lippe, de Philadelphia. N-Nunez, de Madrid. R-Raue, de Philadelphia. 32 Sensação de angustia nas mulheres gravidas. - Co lera, a c o m p a n h a n d a d e m e do. Resfriamentoclu- rante un tempo secco ou porcorrentes do ar, prin- cipalmente no inverno sob a influencia dos ven- tos norte e éste. « Os soffrimentos que o aconito calma, agra- « vam-se ordinariamente durante a noite prin- « cipalmente á meia-noite, quando se vira ou se « levanta na cama, quando respira fortement '< ou se deita sobre o lado doente. » E' pois o aconito o primeiro remedio a empre- gar-se nas inflammacões do cerebro, dos olhos, da garganta, dos pulmões, dos intestinos, no rheumatismo, na variola, escarlatina, sarampo, e nos resfriamentos. Antídotos : - O vinho e ácidos vegetaes. Depois do aconito, mostram-se mais efficaz quando são indicados : Am., bell., bry., cham., nux-vom., rhus., sep. sulph. 2. Acetusa Cynapium Medicamento reconhecido principalmente contra os vomitos de leite nas crianças; c con- tra a ophtalmia dos recem-nascidos. i Antídotos : - Os ascidos vegelaes. 3. Allumina E' recommendado o Alumiam mel. na tisica dorsal (B). Demais, a se tem mostrado muito efficaz nas cólicas e nas prisões (lo ventre. Antídoto : -Bryon., citam., ipec. 33 4. Ammonium carbonicum Recommendado na diphteritis(R), naescarla- tina (L), e na constipação chronica. Antídoto: - Arn., camp., hepar., cal.,phos. 5. Antimonio crudum Desarranjos do estomago e diversas affecções da pelle. Dôres de cabeça por abuso do fumo. Dôres de dentes nas mulheres gravidas. Desejos de suicidar-se, urticaria, dyspepsias, pleurodynia, nevralgias no utero. * 6. Apis mellifica O veneno das abelhas é um medicamento im- portante em diversas affecções do tegumento cutâneo, com inflammação e dores lascinanles (Edemacias). Emprega-se também na escarlatina, diphthe- ria, fleigmão, urticaria, erysipela, rheumatisme articular agudo, escropbulas, keratite, glossite, anginas, cystites, affecções uterinas, febres in- termittentes, affecções do coração, hydropesia, etc., etc. 7. Argentum nictricum Os médicos allopathas usam frequentemente o nitrato de prata como cáustico. Si antes do MED. DA FAM. 34 tratamento homoeopathico o doente tem abusado deste medicamento, será necessário antidotal-o, antesde empregares preparadoshomoeopathicos. O antídoto por cxcellencia, neste caso, é natrum muriaticum. Emprega-se nas affecçôesda espinha, na clilo- rose, nodiabetis, naesperinatorrhéa, gonorrhéa, nas moléstias do larynge, na angina do peito, na gastralgia, moléstia dos olhos com purgação, c diarrhéa dos tisicos, etc. 8. Arnica montana « Medicamento principal cm todas as affecções r occasionadas por lesões mechanicas, quedas, « golpes, commoções ou contusões. » A arnica é indicada sobretudo nos casos de quédas, golpes ; commoções em que ha derrama- mento de sangue, tanto nas partes externas como nos orgãosinternos. Tambeméindicadanoscasos de arrhanhaduras, rachas dos peitos (quando são pequenas e dolorosas). Depois das opéraçõesci- rúrgicas e partos laboriosos. E', pois, a arnica um medicamento especifico paro esta classe de soffrimentos. Demais se em- prega com grande successo nos furunculos, no rheumastismo, nas affecções cerebraes, nascon- gestões com ou sem hemorrhagias cerebraes, paralysias, affecções gastro-intestinaes, hemor- rhagias internas ou externas, moléstias do cora- ção, tétanos, etc. Mododeusár: -Nas lesões externas usa-se a tintura de arnica, deitando 8 ou 10 goltas n'un. copo d'agua ; vascoleja-se bastante, e em seguida 35 molha-se um pedaço de panno, com o qual co- brese a parte enferma. Como a pelle é muito sensível e tenra é ne- cessário não empregar a tintura pura, porque corre perigo de provocar inflammações erysi- pelatosas, sobretudo quando ha feridas, ou partes em carne viva. Nas inflammações acompanhadas de febre, dar-se-ha antes algumas dóses de aconito, até que a inflammação e a febre, tenham perdido sua intensidade. Antídotos : - Camph., ignat., coccul. (O vinho aggrava os sentimentos). Póde-se dar, antes ou depois da arnica, Acon., ars., ignat., ipec., puis., sulph. ac. * 9. Arsenicum album Este medicamento heroico é indicado raras vezes noprincipio dasenfermidadesagudas; mas sim nos casosdescuidados. onde se teme um re- sultado funesto, e nas enfermidades chronicas. Os symptomas caracteristicos para o emprego deste medicamento, são : dures vivas mui in- tensas semelhantes ás que produziriam brazas ou fogo. (Todas as secreções são acres e quen- tes : as erupções e as ulceras são ordinariamente acompanhadas das mesmas dôres.) Anciedade e inquietação excessivas, o enfermo tem a sensa- ção de estar na agonia ou de haver commettido um crime. (Palpitações, vomitos, dôres de esto- mago, etc.) Grande debilidade, cansaço, abatimento das forças ; collapso e frequentemente grande indif- ferença, semblante pallido (physionomia hypo- 36 cratica, Grande sede; o doente pede com fre- quência de beber, mas bebe pouco de cada vez, porque muita agua, o faz peiorar. (Vomilos, dôres de estomago, frio.) E' ainda o arsénico empregado nas febres in- termittentes, gangrena, accesso pernicioso, cho- ]era, darlhros, atfecçôes nervosas, nevralgias, moléstias do peito e do pulmão, asthma, coryza secca, moléstias do coração, variccs, pblebite, chlorose, albuminúria, diabelis, hemorrhoidias, pustula maligna, ophthalmias, gastrite, gastral- gia, vomilos, sapinhos. Os symptomas que exigem arsénico, augmen- tam pela noite durante osomno, sobretudo depois de um prévio movimento ; o calor exterior e o movimento os acalma. Dóses : - E' preciso esperar sempre todo possível os effei tos das dóses, isto é, todo o tempo que dure um allivio verdadeiro ; não se podem repetiras dóses, sinão horas depois, e isso nos casos graves. Antídotos : -Depois do uso das fortes dóses allopathicas, oxydo de ferro hydratado; contra dóses excessivas homoeopathicas : ipec., ou chin., ou bem: Ferr., hep., lyc., merc., nux-v., sulph. * 10. Aurum metallicum Applica-se em diversas enfermidadcsmentaes, sobretudo as que predispõem ao suicídio ; enfer- midades syphiliticas dos ossos, complicadas com ouso do mercúrio (ozenasyphilitica); palpitações de coração com congestões. E' de grande vantagem ainda na hysleria, dô- 37 resde cabeça nos estudantes, na nephrite paren- chymatosa, nas paralysias geraes, na hypertro- phia das amygdalas, na angina granulosa, na queda do utero, na hemyopia, na ophlhalmia escrophulosa e na paralysia da bexiga, etc. 11. Baryta carbónica Este medicamento convém áspessoas deidade assim como aos meninos doentios, mal alimen- tados, e as pessoas que, por consequência de um resfriamento, vêm-se facilmente atacadas de uma angina com tumor e suppuração das amy- gdalas. Demais é com frequência empregada na oph- thalmia escrophulosa com feridas na sclerotica, na queda dos cabellos, nas irregularidades da menstrução, etc. Depois de bell. é quando a bargta se mostra mais efíicaz. * 12. Belladona Abelladona convém espacialmenle doentes de constituição sanguinia, aos que facilmente sóbe o sangue a cabeça ; nas dôres de cabeça que parecem querer rebentar o craneo, quando tem o olhar fixo e feroz; nas pulsações das carotidas visiveis e sensíveis. Emprega-se quando, em consequência de con- gestões sanguíneas cerebraes, sobrevier graves delírios, furor ou raiva que leva o doente a morder, agarrar e correr; quando em consequên- cia da mesma causa; se apresentam caimbraou convulsões que repelem-se facilmente com o mais leve tacto, ou por uma luz muito viva. 38 Segundo Guernsey, nota-se cm todas as enfermidades que exigem bell., certa predisposi- ção nos movimentos e actos do doente ; as dôres appareccm e desapparecem repentinamente. As crianças, por exemplo, põem-se a gritar de repente, sem que saibam por que, e acabam por gritos instantâneos. (G.). O Dr.Nunezdizque, nasenfermidadesinílam- matoriasem que está indicada, ossymptomas ner- vosos predominam sobre os inflammatorios. (N.). A bell. emprega-se especial mente nos casos seguintes : Affecções da madre de diversas clas- ses, acompanhadas de pressão sobre os orgãos genitaes, como si tudo quizesse sahir por baixo; dôres dorsaes, parecendo deslocar-se a espadua; nevralgias que provêm de congestões, sobretude no lado direito, forte resfriamento, principal- mente da cabeça (depois de cortar os cabellos), grande sensibilidade nas correntes de ar {por isso a usar a bell., é bom preservar cuidadosamente de todo resfriamento e corrente de ar\ Estas enfer- midades szaggravam ordinariamente pela tarde (ás 3 horas), e depois da meia-noite, com o mo- vimento e o contacto, com as bebidas, o vento e as correntes de ar, a luz viva e objectos bri- lhantes. 13. Borax v. E' um medicamento que é preciso ter em con- sideração para as enfermidades das crianças. Deve ser, pois, empregado em diversas stoma- tites, aphtas, flores brancas, etc., etc. Preconisam além disto como o primeiro reme- dio para a esterilidade. 39 * 14. Bryonia alba Medicamento indispensável nas affecções in- ílammatoriasdas membranas fibrosas.-Medica- mento principal no rheumatismo agudo com inchação erysipelatosa das articulações. - Pleu- risia. Inílammação do fígado.- Catarro pulmo- nar. - Sarampo difíicil de desenvolver-se ou outras moléstias eruptivas que se tenham reco- lhido depois de brotar; febre com tosse, hyste- ria, loucura, nevralgias, gastralgia, dyspepsia, cólicas hepaticas, icterícia, asthma, resfriamen- tos, etc. * 15. Calcarea carbónica Medicamento principal no ratichismo, nas di- versas enfermidades das glandulas e da pelle. Cale, convém sobretudo nas pessoas de uma cons- tituição lymphatica; ás mulheres cuja menstrua- ção é mui frequente, abundante e de muita dura- ção', assim como nas crianças escropliulosas e propensas á inchação das glandulas, ás erupções húmidas e ao rachilismo, assim como aos que padecem de lombrigas; estas crianças têm ordinariamente a dentição retardada e difficil, demoram paraandare as molleiras levam tempo para fechar-se. Segundo Guernsey, cale. carb. é indicada quando a cabeçadas crianças súa muito durante a noite, quando a almofada se ensopa de suor. Segundo Ilering, quando as crianças coçam fortemenlc a cabeça ao accordar. N. B. - Cale. carb. é um medicamento cujos effeitos são mui lentos; por isso é préciso espe- 40 rar o maior tempo possível. Ainda que produza effeitos excellentes, não se aconselha repetil-o, senão de pois de semanas ou mezes. 16. Camphora A camphora merece ser mencionada sobre tudo porque diminue ou destróe os effeitos da maior parte dos medicamentos do reino vegetal; por este motivo se emprega com frequência como antidoto; é antidoto principal do envenamento pelas cantharidas.(comp. urin.). Hahnemann foi o primeiro que a recommandou para o cholera. Demais é empregada a camphora no principio das constipações para fazel-as abortar; na dôr de cabeça nervosa, nascaimbras, na ophthalmia, nos soífrimentos da bexiga e na impotência. 17. Cantharidas Eis aqui um medicamento que é empregado frequentemente pelos médicos allopathas como vesicatório. Com muita frequência, ainda que empregado exteriormente, produz symptomas de uma irri- tação inflammatoria nas vias urinarias, taes como : urinar doloroso, urinar sangue, desejo continuo e inútil de urinar, etc. Assim é que, si um doente tem taes soffrimentos, é preciso inda- gar primeiramente si tem feito uso de vesicato- rios(ou outros medicamentos que tenham irritado as vias urinarias). Neste caso são recommendados como antídotos : Camph., ou acon., puis., etc. Na homoeopathia é a canlharida empregada nas moléstias dos rins e da bexiga, no diabetis, 41 no priapismo, na pleurisia, na agua do joelho, na pericardite, na coqueluche, na hydropesia, na dentição difficil, na loucura, na suppressão das urinas, na gonorrhéa, etc. 18. Capsicum Este medicamento convém principalmente ás pessoas de temperamento fleugmatico, ás que são muito sensíveis ao ar fresco (sobretudo nas correntes do ar). Os symptomas que indicam especialmenle o capsicum, são : nostalgia ou amor ao paiz, com rubor das faces - Febre intermittente- Cólicas flatulentas com respiração difficil. - Dysente- ria, com deposições sanguinolentas e mucosas com tenesmo. - Diarrhéa nocturna com ardor no anus. - Hemorrhoidias que sangram e causa ardor. - Gonorrhéa com fluxo branco como o leite, etc. 19. Garbo vegetabilis Medicamento indispensável em varias enfer- midades, quando ha falta completa de força de rcacção com symptomas de paralysia pulmonar e hálito frio, ou com symptomas de dissolução de sangue. Deve pois ser empregado no ultimo período da febre lyphoide, febres graves, gangrena, na perniciosa apoplética, no cholera, febre ama- rella, etc., etc. E' lambem applicado nas flautulencias, nas dyspepsias, na peritonite agúda, no prurido vulval e anal, etc. 42 20. Causticum Convém especialmente ás pessoas cujos ca- bellos são pretos e duros (em opposição a calc. carb.f Paralysias, relracções das aponevroses, epilepsias, rheumatismo chronico, affecções das vias respiratórias, caimbras, affecções das vias urinarias, amenorrhéa, dysmenorrhéa, nevral- gias facial, affecções da espinha, dos olhos e dos ouvidos, hysteria, beriberi, etc. 21. Allium Cepa 0 Dr. Hering foi o primeiro que experimen- tou este medicamento. E' mui efficaz nos soffrimentos catharraes e gástricos, sobretudo si os últimos são acompa- nhados de flatos. * 22. Chamomilla vulgar Medicamento principal nos meninos e mulheres cujo systeina nervoso eslá sobreexcilado. Cham., convém sobretudo aos doentes que, accommettidosdeinsupportaveisdores, gemem, gritam, se retorcem no leito ou correm como loucos; também aos doentes nosquaes a enfer- midade começa com dôres, symptomas de debi- lidade e de desfallccimento. O enfermo está de ordinário tão impaciente e irritável, que lhe é difficil dar mesmo ao medico uma conveniente resposta. (Gj crianças gritam continuada- mente e não póde-se as fazer calar senão fazen- do-as passeiar. 43 Ha outras indicações, como são : transpiração quente nos cabellos e fronte, e rubor na face de um só lado; aversão a musica. Deve ser applicado na febre intermittente, na dentição difíicil, eclampsia, na hysteria, na diar- rhéa da dentição, nas nevralgias do rosto e do ouvido, nas cólicas, nos partos difficeis, na pe- ritonite, nas indigestões, na perilonite puerpe- ral, nas melrorrhagias, no aborto, na coryza,na metrite, nos tumores do seio, do rosto e das gengivas, etc. * 23. China Medicamento principal nos estados de debili- dade e fala de forças, depois de enfermidades graves, de grandes perdas de sangue, suores ou diarrhéas, sangrias e qualquer outra causa de- bilitante. E' indicado nos casos de debilidade e sobreexcitações do systema nervoso em conse- quência de perdas de humores, e nas dores em que o maisligeiro contacto as provoca e augmenta ; convém ás pessoas que súam mui facilmente e nos casos de cólicas flatulentas; principalmenle quando estas cólicas não diminuem, ainda que os gazes escapem por cima ou por baixo. Deve ser dada ainda nas febres intermiltentes simples, na dysenteria,lyenteria, nas nevralgias, no rheumatismo, na erysipcla, purpura hemor- rhagica, hydropesia, surdez e vertigens. 24. Cina Medicamento principal para as crianças que soffrem de lombrigas, na coqueluche em se- 44 gundo periodo, na incontinência nocturna das urinas, na febre intermittente das crianças, etc. 25. Coculos Este medicamento assemelha-se muita a ignat. enux.v., mas convém principalmente ás pessoas que são de temperamento íleugmatico. Convém na epilepsia, nos vomitos pelo mar, nas caimbras do estomago, nas nauseas, na histeria, na choréa, no tétano, no sonambulismo, na paralysia dos lábios, na hemiplegia do lado esquerdo, nos soffrimentos uterinos, nas cólicas, na leucorrhéa, etc. * 26. Coffea cruda Medicamento principal na sobreexcitação do systema nervoso, si não provem do abuso do café. Coff. tem sido recommendado particular- mente nas consequências funestas de uma grande alegria, e si a sensibilidade (nas mulheres e nas crianças) está tão sobreexcitada que as mais pequenas dôres põem os enfermos como loucos. Emprega-se ainda nas dôres de cabeça e de dentes, na dysmenorrhéa, nas nevralgias chro- nicas, no priapismo, na insomnia, etc. 27. Colocynthis A coloquinthida está indicada em diversas en- fermidades mui dolorosas, como nas nevralgias, gotta, cólicas, sciatica, nevralgia facial, nas caimbras, nas affecções dos rins e da bexiga, na dysenteria, nas diarrhéas das crianças, na 45 peritonite, nas moléstias dos ovários com inflam- mação e dores, idem dos testiculos. 28. Conium Convém sobretudo ás pessas idosas, ás hypo- condriacas, hystericas em consequência de ex- cessos sexuaes ou desejos retidos, Emprega-se também no endurecimento das glandulas moti- vado por lesões mechanicas. E' ainda muito util no cancro, na escrophula, na ophtalmia, na otorrhéa ; nasaffecçõesdo cora- ção, do utero; na chlorose, na epilepsia, para- lysia e moléstias da espinha, nas caimbras, na choréa, na eclampsia, catalepsia, nas nevralgias faciaes, na asthma, bronchite, coqueluche, angina do peito, incontinência de urina, cystile, impotência, surdez, etc. 29. Crocus Con vém pri nci pal m en te ás m ul heres de h u mor caprichoso, mas que uma alegria excessiva tor- nase em uma profunda tristeza. Hemorrhagias de sangue prelo, viscoso e coalhado. Deve ser dado ainda na coqueluche e amblyo- pia. 30. Croton tiglium Medicamento muito efficaz em certas diarrhéas violentas, especialmenle si se declaram imme- diatamente depois de ter-se comido e bebido. Recommendado também mui efíicazmente contra o eczema. 46 31. Cuprum (Hahnemann preferia cuprum metallicum, outros médicos, cuprum aceticum). 0 cobre tem sua importância em diversas affecções espamo- dicas; si se apresentam periodicamente por gru- pos (Hahnemann). Demais, este metal é um me- dicamento mui precioso no cholera, na coque- luche, na epilepsia, nas caimbras, na paralysia, na asthma, nos vornitos nervosos, na laryngite slridulosa, no delirio febril, no cancro, na tisica, na diarrhéa chronica, no diabetis, no tico dolo- roso, na dysenteria c diarrhéa da dentição, na chlorose, no prurido geral. 32. Drosera rotundifolia Hahnemann foi o primeiro que empregou esta planta contra a coqueluche; durante muito tempo os médicos homoeopathas a tem tido em consideração como remedioespecifio desta enfer- midade. Mas experiencia nos tem ensinado que não ha medicamentos específicos contra os nomes da enfermidades, c que na coqueluche como em qualquer outra enfermidade (epidemica), é pre- ciso estudar cuidadosamente os symptomas de cada enfermidade, e da epidemia reinante para escolher bem os remedios efficazes. Entretanto dros. é sempre um medicamento que não se deve desprezar não só na coqueluche, mas lambem em outras aliecções do orgãos respiratórios, e principalmente no rouquidão chronica, na tosse espasmódica, depois do sarampo e no crup. Antídotos : - Camph., spong., veratr. 47 33. Dulcamara Medicamentoimportanteem diversas affecções provenientes do um resfriamento, ou depois de uma erupção recolhida, em que sobrevém secre- ções numerosas e abundantes (diarrhéas e vomi- tos mucosos, salivação ou catarrho da bexiga). Deve ser dado ainda na albuminúria. 34. Euphrasia officinalis Medicamento que não merece ser esquecido em differentes affecçoes dos olhos, c a corijza. 35. Ferrum metallicum O ferro é mui efficaz nos diversos soffrimen- tos causados pelo abuso da quinina, chá e bebi- das alcoólicas. - Debilidade geral depois de perdas de hu- mores - Hydropesia - O ferro deve ser em- pregado na chlorose, febre intermittente, hysle- ria, nevralgias, difficuldades da menstruação, hemorrhagias, asthma, tisica, voinitos e diar- rhéa, na fraqueza muscular, ophlhalmia, surdez, queda dos cabellos, incontinência de ourinas. Quando um doente tem tomado o ferro em excesso, em dóses allopathicas, dá-se phts., ou china; hep., e sulph. 36. Glonoino Excellcnle medicamento para as congestões repentinas da cabeça, pulmões e coração com grande acceleração do pulso, pulsação das arte- terias, enxaquecas. Em prega-se também nas ne- 48 vralgias provenientes de congestões. As dôres de cabeça, augmentam sacundindo-a, subindo uma escada, curvando-se ; alliviam-se compri- mindo a cabeça, tendo-a descoberta e passeiando ao ar livre. * 37. Hepar sulphuris Medicamento principal contra as más conse- quências do abuso do mercúrio e do iodo. Opéra especialmente sobre a pelle, sobre as mem- branas mucosa e as glandulas. - Ulceras. - Rouquidão chronica. - Tisica laryngica e ainda nas moléstias dos orgãos respiratórios, crup, moléstias dos olhos e dos ouvidos, das vias diges- tivas, escrophula, febre intermittentc simples, moléstias nervosas, affecções do orgãos uriná- rios, irregularidades da menstrução, etc. 38. Hyoscyamus O meimendro tem quasi a mesmo acção da belladona; é muito vantajoso nos casos em que a belladona não produz efTcito ou não faz mais do que aggravar a enfermidade; e também nos soffrimentos occasionados por ciúmes. Emprega-se pois,no delirio febril, na loucura, na eclampsia e especialmente na tosse convul- siva. * 39. Ignatia amara Este medicamento convém ás pessoas sensí- veis (principalmente ás mulheres), que tem o temperamento nervoso, genio muito variavel e in- clinações a concentrar em si os pezares que sen- 49 tem.. Emprega-se contra os soffrimentos que provêm de uma afflicção, de um pezar, de um amor infeliz; com a melancolia acompanhada de muitos suspiros involuntários, de uma sensa- ção incógnita e debilidade no estomago, e inclina- ção pela solidão. As convulsões e caimbras hys- tericas epilépticas, occasionadas pelo que fica dito, são também caracteristicas da Ignatia. Os syinptomas se aggravam com o café, o fumo, a aguardente, depois da comida, pela noite e depois de deitar-se, e pela manhã depois de accordar; são menos intensos quando o doente se deita de lado ou da parte dolorida, em geral, quando se muda de posição. AZymzízanão produz effeilos de larga duração ; ébom,portanto, repetircom frequência asdóses,siaprimeiranão tem sido bastante eí ficaz. Segundo Hahnemann, a ignatiab melhor ad- ministrar-se pela manhã (nífcc-v., pela noite). * 40. Ipecacuanha A ipecacuanha é muito apreciada contra as más consequências do abuso da quinina e do opio. - Repugnância a toda classe de alimentos, nauseas continuas. - Sensação de debilidade. - Hemorrhagias, vomitos de alimentos, de bilis, de agua. - Dores de umbigo. Este medicamento emprega-se com grande exito, principalmente nas enfermidadesdas mu- lheres e crianças, na asthma, nas febres inter- mittentes, nas affecções cartarrhaes, nas bron- chites simples ou graves, na coqueluche, no Io periodo das febres graves, nas hemorrhagias, nos vomitos enasdiarrhéas, nos embaraços gástricos, nas diversas moléstias nervosas com espasmo, nas affecções dos olhos. MED. DA FAM. 50 41. lodium Ainda que o iodo e seus preparados, são em geral mui pouco empregrados, não podemos deixar de fallar delles, porque o medico homoeo- patha tem que tratar com frequência enfermi- dades, contra as que desde ha tempos se tem feito uso do iodo (interno e externo) em dóses allopathicas. Taes enfermidades curam-se difficilmcnle, porque a má consequência do abuso ou envene- namento do iodo, não se trata nem se combate facilmente. Tem-se recommendado contra a má conse- quência do iodo : Hep. (B) bell.Qw phosph. N. B. Alguns médicos homceopathas recoin- mendam muito o iodo contra a pneumonia, (Kafka), assim como no avançado. O iodo é o primeiro remedio para o papo ou Bocio. 42. Kali bichromicum 0 Dr. Lippe recommenâa muito este medica- mento no sarampo, quando sahem pelo nariz pedaços de mucos endurecidos, verdes e nau- seabundos. - Crup ou coqueluche, com mucosi- dades viscosas. - Fluxo pclonariz; dores de ca- beça cm consequência da suppressão do íluxo. - Nos soffrimentoscausadospor uma indigestão, ou enfermidades dos bededores. - Sypbilissecun- darias com ulceras no pharinge. - Dysenteria. 51 43. Kalmia lactifolia Medicamento novo e bastante efficaz nas en- fermidades docoração, que alternam comorheu- matismo ou que são sua consequência. As dores rheumaticas que exigem Kalmia affectam de preferencia o ante-braço e a perna ; se dirigem de cima para baixo, ou mudam de logar rapidamente [Puis.') 44. Kreosotum Medica mento recominendado na dentição diffi- cil dascrianças(7'esí.); e bem assim contra ílores brancas abundantes, debilitantes, corrosivas ou malignas, que dependem de um cancro da madre. E' muito util nos vomitose cancro do estomago, nas diarrhéas e dysenteria, nos vomitos da gra- videz e nas dores de dentes, etc. 45. Lachesis Muitas enfermidades epidemicas, taes como: a febre typhoide e febre intermittente, a febre amarella, encontram no lach, seu remedio espe- cifico; assim como certa especie de agonia, sup- prcssãoda menstruação, palpitação de coração, e soffrimentos da idade critica nas mulheres. Demais é ainda empregrado com grandes van- tagens em diversas hemorrhagias, gangrena, escorbuto, variola hemorrhagica, erysipela ma- ligna, no chólera, dipbtheria, nevroses, affecções cerebro-espinhaes, moléstias do coração, do ti- 52 gado, do utero, do eslomago, aneurisma, ulceras de máo caracter, etc. 46. Lycopodium Es te i m po r tan te m e d i ca m e n lo co n vé m ás cr i a n- ças e pessoas idosas ; administra-se com vanta- gem depois de calc. carb., bry., op. owpuls. (se- gundo L, não convém nunca começar a tratar uma enfermidade chronica com lyc.) E'muitoutil no rheumatismo, heinorrboidias, chlorose, hysteria, hypcondria, na demencia simples, nevralgia facial, do peito, moléstias dos olhos, affecções dapelle, dos apparelhoscircula- tórios, respiratórios, digestivos e urinários. 47. Magnesia muriatica Este medicamento, ainda que bem experimen- tado, é geralmente pouco usado. No entanto, deve ser mencionado com especialidade para os vários soffrimentos hystericoseprisão de ventre. * 48. Mercurius 0 mercúrio deve empregar-se com muito cui- dado. Si o doente fez d'clle uso (em dóscs aHo- pathicas), é melhor começar o tratamento por um antídoto, como hep., chin.,lach., nitri-ac., etc , etc. E' o especifico das manifestações sy pliiliticas, do Io, 2o e 3o gráo. Emprega-se nos darthros, theumatismo, escrophula, nas febres das crian- ças, na escarlatina, sarampo, em diversas diarrhéas e dysenteria, no typho, nevral- gias, soffrimentos vcrminosos, bydropesia em diversos orgãos, ou soffrimentos do fígado, do estomago, doutero, dos olhos, da pelle, em diver- sas anginas, etc. 53 49. Mercurius sublimatus O mercúrio sublimadocorrosivo, produz effei- los muito mais intensos que as outras prepara- çõesmcrcuriaes. Emprega-se principalmente nos casos mais graves e dolorosos da dysenteria, opthalmia dos recem nascidos, soffrimentos in- testinaes, etc. 50. Mezerium Este medicamento é muito vantajoso em di- versas doenças da pelle (erupções na cabeça) ; assimcomo nas nevralgias do rosto, nasdoresde dentes, affecções dos ossos produzidas pelo abuso do mercúrio, no fluxo branco rebelde, etc. 51. Natrum muriaticum Nas suas altas attenuações, este sal produz cffeitos mais innegaveis nas enfermidades (chro- nicas) mais variadas ; especialmente na febre in- termittente, escorbuto, prisão de ventre, dores de cabeça, tisicas, escrophulas, cblorose, diar- rhéas chronicas, cataratas, etc., etc. 52. Nitri acidum 0 acido nítrico convém ás pessoas de cabellos pretos, tez morena, orelhas escuras ; nos doentes 54 que tem abusado do mercúrio, syphilis secunda- ria, na diatheseepithelial, vegetações, verrugas, na blenorrhagia, na chlorose, na epilepsia, para- lysia do motoroccularcommun, nahypocondria, na estomaliteulcerosa, na ulcerasimples doesto- mago, na asthma, na hemoptysia, nas affecções do coração, no apparelho genito urinário, na acnêa, etc., etc. 53. Nux moschata A noz moscada convém sobretudo as mulhe- res e crianças, assim como as pessoas cuja pclle fria e secca é muito sensível aoar frio. Incidada nos casos em que as dores vem acompanhadas de adormecimento ou desmaios, na hysteria, im- potência, flatulência no estomago, nas febres adynamicas, diarrhéas, rheumatismos, etc., etc. * 54. Nux vomica A nozvomica convém principalmente í\spes- soas de temperamento vivo, bilioso, mui inclina' das a raiva, que têm os olhos e os cabellos pretos ou morenos, estatura alta e delgada. Convém também á pessoas que comen e be- bem muito, que tem uma vida sedentária, sujei- tas a affecções hemorroidaes, a hypocondria e melancolia. E'util ás mulheres que têm as men- struações prematuras e abundantes, hemorrha- giasdo ccrebro, febre intermittente, dysenteria, ataxia locomotora, tétanos, caimbras, hemyple- gia, meningite cerebro-espinhal, myelitc, ence- phalite ; dorese nevralgias do estomago, do figado e dos intestinos, de cabeça, nevralgias intermitten- tes malinaes, nagastrite,dyspepsiaj vomilos ner- 55 vosos, prisão de ventre, hérnia, afifecçõesgeraes do fígado, diversas hemorrhagias passivas, asth- ma, angina do peito, metrite, affecções da bexiga, dos rins, etc,, etc. 55. Opium A allopalhia emprega frequentemente o opio como remedio calmante, sudorífico o narcotico; e tamben nos casos de diarrhéa e vomitos. - Em todasestas enfermidades, principalmentenas chronicas, nunca produz uma cura durável, pelo contrario, as enfermidades chronicas tornam-se rebeldes, e a sua cura é muito mais difficil. Na homoeopathia usa-se menos frequentemente. Nos casos em que está indicado, o opio é um medicamento efficaz eindispensável ;e consegue um allivioprompto nos casos mais graves. Com- vém especialmente nos casos seguintes : Som- nolencia com rouquidão e bocca aberta (por exemplo n'um ataque de apoplexia, nas febres typhoides). Prisão de vcntrecom excrementoem fôrma duro. Mãs consequências do susto. - En- fermidades dosbebedores e dos olhos. - Vomito bilioso. - Falta de reacção vital. - Si o doente tem abusado de opio em dóses allopatbicas, dá- se vinho, café, ou camphora ; ou então ; bell., merc., nux. v.,plumb. 56. Phosphorus Este importante medicamento exerce uma grande acção sobre o corpo humano ; deve em- pregar-se com cuidado, sobre tudo quando se trata de pessoas debeis e nervosas. Convém 56 principalmenle as pessoas delgadas e magras (constituição tisica). Convém especialmente nas hemorrhagias, nas affecções do larynge, dos pulmões, do fígado, da espinha e do tecidoosseo. Emprega-seainda nashemorrhoidias, nas molés- tias dos rins, edema pulmonar, escorbuto, pur- pura hemorrhagia, febre typboide, diversas he- morrhagias, febre lenta e nervosa, forma pútrida das febres graves, typho, febre amarella, diphthe- ria, paralysias diphtherica, dysenteria, somnam- bulismo, loucura, ataxialocomotora, paraplegia, meningite cerebro-espinhal, gastrorrhagia, ul- cera simples do eslomago, diarrhéa chronica, icterícia grave, affecções do nariz, affecções dos pulmões como a pneumonia, tisica, bronchites graves, tumores no seio, abalamento dosdentes, surdez nervosa, affecções de coração, etc., etc. A primeira cousa que ha que fazerem um en- venenamento pelo phosphoro, si se chegar a tempo, é fazer o doente vomitar quanto antes todo o conteúdo do estomago; para o qual se toca-lhe a compainha com as barbas de uma penna, ou se lhe põem tabaco ou mostarda na língua. Logo que se houver conseguido fazer-lhe vomitarse lhe dará café forte, e depois um pouco de magnesia. Evite-se sempre de dar azeite ou qualquer outra substancia gordurosa. Si despoisde haver tomado a magnesia houver ainda soffrimentos, o melhor medicamento énux que se deve dar com bastante frequência. Como um antidoto importante deve-se também considerar o vinho, sobretudo o generoso, si se o tiver em mão, dando-se ao envenenado com assucar. Nos casos em que nux v., não fôr sufíiciente para corrigir os symptomas, consulte-se : cal. c., camph.y coff.y owchin., e nas hemor- 57 rhagias que pelas aberturas naturaes se apre- sentam nos envenenamentos graves. * 57. Phosphori acidum O acido phosphorico é muito vantajoso contra as mãs consequências de uma intranquillidade, de um amor infeliz ; nos casos de debilidade pro- veniente de uma considerávelperda de humores, de um crescimento rápido, sobretudo nas pessoas de cabello castanhos, no vicio da mesturbação, no ultimo periodo das febres graves, etc., etc. 58. Platina Medicamento indicado principalmente nas en- fermidades das mulheres, quando as affecções moraes e physicas alternam-se entre si; quando umas se manifestam, e as outras dcsapparecem. Nahysteria, na loucura, eclampsia ; espasmo da glote, moléstia dos ovários, hemorrhagia symp- tomaticas do utero e na syphilis terciaria. 59. Plumbum metallicum (ou aceticum) 0 chumbo produz symplomas de envenena- mento muito particular, que se caracterisa por uma restricção de ventre muito tenaz, e por vio- lentas cólicas com forte pressão de ventre. Nos casos em que semelhantes symptomas se observam n'um doente, occasionados sem ser por uma intoxicação de chumbo, este metal (phimbiim) será um medicamento exceUente. Tem sido também recommendado contra as pa- 58 ralysias da lingua e pharynge, e ultimamente contra a diphteria e ainda na occlusã intestinal, vomitos incoercíveis, gaslralgias rebeldes, di- versas paralysias, especialmente na infancia, na atrophia muscular, na hysteria, na meningite tuberculosa, diversas affecções da circulação, no diabetis, na febre intermiltente, na asthma, no rheumatismo, etc., etc. 60. Phodophyllum peltatum Este medicamento é conhecido desde ha muito tempo na America do Norte, e se dá com grande exito nos casos de diarrhéas de certa classe, queda do anus; em diversas enfermidades das crianças, congestões do íigado, ictericia, cholera infantil, hemorrhoidias, prisão de ventre, febre biliosa, dyspepsia, gastrite, ptyalismo, hydro- cephalo agudo, abuso de mercúrio, etc., etc. * 61. Pulsatilla Este medicamento convém principal mente ás « pessoas de um genio suave e temperamento íleugmalico, de olhos azues e cabellos louros; as mulheres que têm as menstruações tardias ou irregulares e escassas, acompanhadas de câim- bras no baixo ventre. » « Os soirrimentos são acompanhados de cala- frios c falta de sêde, de uma inclinação a tris- teza e choro, de tal sorte que o doente não póde declarar o seu mal sem chorar : » (G) taes são os symptomas principaes que exigem a pulsat.: junta-selhe uma disposição á diarrhéa com de- posições mucosas. Convém ainda no rheuma- 59 tismo que muda de logar, nachlorose, loucura, nevralgias, affecções das vias digestivas como indigestões, saburra gastrica, etc. Contra os soffrimentos provocados por alimentos gordos e leite azedo, nas affecções das vias respiratórias, do apparelho circulatório, das vias ourinarias; no hydrocele, moléstias uterinas, affecções dos olhos c dos ouvidos, etc., etc. 62. Rheum 0 ruibarbo prescreve-se principalmente nas diarrhéas das crianças pequenas, quando as de- posições despedem um cheiro acre, e também nas diarrhéas chronicas. 63. Rhododendron Dores rheumaticas e gottosas, sobre tudo no fim da menstruação, nevralgia facial, glau- coma, orebite, hydrocele, moléstias do coração que tem por causa o rheumatisino. * 64. Rhus toxicodendron Opéra principalmente nos tendões e fibras do corpo. Este medicamento se tem mostrado muito efficaz nas consequências dé um resfriamento occasionado por banhos frios, ou quando se tem molhado, muito mais si o corpo eslava suado. Administrar-se-ha também com vantagem nas más consequências das luxações, esforços, etc., e nas de um cansaço, nas inflammações erysipela- tosas da pelle com vesícula, (Erysipela vesicu- 60 losa). Emprega-se rhus. principalmente nos casos seguintes : Dôres semelhantes as causadas por luxações (especialmente nas articulações); sensação de insensibilidade ou paralysia nos membros, ou sensação de dilaceração das carnes como se des- prendesse dos ossos. Nas enfermidades da pelle nota-se um ardor, picadas, coceira e uma aureola inflammatoria, que rodeia a parle da erupção. E' ainda um dos primeiros remedios nas febres continuas com delirio, notypho, nas febres intermittentes, lou- cura, nevralgia scialica, nas diarrhéas noclur- nas, na insomnia, na dysenteria grave, no ca- tharro vesical, nas nevralgias do peito e do pescoço, etc., etc. 65. Ruta A arruda é u til nas debilitações da vista cau- sadas por trabalhos visuaes excessivos; nas con- tusões e lesões dos ossos. Convém ainda como um dos primeiros remedios do rheumatismo, affecçoes uterinas, contra os vermes das crian- ças, verrugas, vegetações syphiliticas, etc., etc. 66. Sabina Medicamento muito importante nas hemor- rliagias da madre, principalmente depois de um aborto. A sabina é recommendada como medica- mentoprincipalparaimpedir o aborto, sobretudo quando tiver togar no terceiro mezda prenhez. E'também recommendado como especifico na 61 gotta e na podagra, nevralgia dos ovários, me- trite aguda, etc., etc. 67. Sambucus Este medicamento emprega-se principalmente contra uma especie de asthma (asthma miliar) e nos suores extraordinariamente abundantes, nas bronchites das crianças recemnascidas, na coqueluche, cm diversas hydropesias, no hydro- cele, etc., etc. 68. Secale cornutum A allopathia serve-se do centeio espigado para accelerar as dôres do parto. Na homoeopathia c um medicamento importante nas hemorrhagias da madre das mulheres cachelicas (G). Merece lambem uma attenção especial em certas para- lysias, e na gangrena das extremidades inferio- res (gangrena senil), nas menstruações acompa- nhadas de caiinbras, na diarrhéa, no cholera, etc. * 69. Sepia Medicamento importante e muito empregado, principalmente nas enfermidades das mulheres com congestão sanguínea nos orgãos do baixo ventre; nas mulheres que tem parido muito e tem o ventre muito volumoso ; para evitar o aborto em qualquer época da gravidez, nas mulheres em que o aborto já é, dixendo bem, costume. Administra-se especialmente as mulheres de 62 còres vivas, porém que mudam rapidamente; nas que tem no rosto manchas amarellas ou morenas, e cujos olhos, bocca e nariz estão cir- culados de uma cor amarella. Nas enfermidades da pelle. * 70. Silicea Importante medicamento em todas asenfermi- dades dos ossos, sobre tudo quando ha ulceras fistulosas. Ulceras atonicas com carnosidade. O Dr. Goullon prefere este medicamento a todos os demais, para activar a siippuração dos tumo- res ou abcesso, sua abertura espontanca e cura. A experiencia tem provado a pratica do Dr. Goullon. Não é menos vantajoso as crianças escrophu- lesas, nas dôres de dentes, principalmente nas occasionadas por lombrigas, nas crianças ma- gras descoradas e com symptomas febris, má evacuação. * 71. Spigelia anthelmintica Este medicamento é indispensável em diver- sas nevralgias (enxaqueca, nevralgia facial) ; affecções rheumaticas (quando o coração está affectado); nas enfermidades do coração; nas febres e cólicas com diarrhéa, frio c fome pro- duzido pelas lombrigas. 72. Spongia marina (tosta) Medicamento especial para o crup. -Enfer- midade do larynge e trachéa. Endocardites, bronchiles, etc., etc. 63 73. Stannum O estanho é muito vantajoso na tosse chronica com mucosidades abundantes e viscosas, em certas affecções abdoininaes das crianças, e nos padecimentos produzidos pelas lombrigas, ca- tharro uterino, lisica pulmonar, bronchite chro- nica, tenia, diarrhéa chronica, cólica hepatica, vomitos nervosos, etc., etc. 74. Staphysagria Emprega-se nas más consequência de uma contrariedade com indignação, das perdas de líquidos, sobre tudo de onanismo, na esperma- torrhéa, nos vomitos do mar, nos vomitos da prenhez, na gastralgia, no abuso do fumo e do café, nos dyspepsias, etc., etc. 75. Stramonium Este medicamento tem quasi idêntica acção da belladona e hyosc.,é frequentemenle indis- pensável em diversas enfermidades do cerebro e do systema nervoso. - (Delirio com fluxo de palavras, mania, delirium tremens, etc.) * 76. Sulphur Medicamento principal em todas as erupções chronicas [especialmente as seccas) da pelle. Sul- 64 phur é indicado contra a sarna, em todas as erupções da pelle que tem desapparecido com o uso de medicamentos externos ; ou quando as inflam mações erisypelatosas, os forunculos, pa- nariços, etc., se apresentam com frequência sobre tudo quando a comichão e mais soffri- mcntos aucjmentam com o calor da cama. Mas quando se tem abusado do sulphur, quer interior, quer exteriormente em dóses allopathas é preciso dar primeiro um antídoto (principal- mente mercurio\ Si se tem abusado do enxofre e mercúrio simultaneamente contra as erupções da pelle, os medicamentos principaes são (se- gundo B.) : caust., e se/)., para as crianças é ap- plicado o sulphur, quando tem muito medo de ser lavadas, e quando as evacuações de ventre são ardentes, que fazem deslocar o anus. O professor Guernsey dá as indicações seguin- tes para o emprego do sulphur : ardores fre- quentes em todo corpo, frio continuo nos pés, ou calor na planta dos pés, tão forte que é pre- ciso tiral-os da cama ou pôl-os n'um logar fresco da mesma. Frequentes accessos de debilidade ou sensação dedesfallecimentopelamanhãdas7 horas ao meio dia, de modo que o doente soffre muito emquanto chega a hora de almoçar. Somno curto e ligeiro com despertar continuo durante a noite, ou um somno profundo e pesado toda noite. Tosse todas as tardes antes de começar a menstruação. E' também um medicamento poderoso na tisica mensenterica ou lesão do ventre, no período de gravidade das febres typhoides, nas febraslentas, verminosas, na prisão de ventre, nas ophthalmias chronicas com manchas e ulceras na cornéa, no primeiro periodo da tisica pulmonar, etc., etc. 65 77. Sulphuris acidum Este medicamento se emprega nos casos cm que as dòres augmentan pouco a pouco e param repentinamente; nas mulheres que têm calor excessivo durante a sua idade critica; nas aph- tas das crianças, antes ou depois de borax; nas contusões, golpes, quedas, etc. Depois de arnica; nas diarrhéas chronicas, e nos casos em que a comida se azeda, e sobem arrotos acres na garganta, produzindo tosse e ardor. 78. Tarantula hispanica Ao Dr. Marques Nunez deve-se á experiencia e a publicação da pathogenesia d'cste tão impor- tante medicamento, que é muito efíicaz em varias enfermidades,taescomo: achoréa, lodaespeciede intermittente; ninphomania intensa; chloroses; cólicas menstruaes, sciatica; nevralgias e convul- sões, etc. « Toda a forma convulsiva cm que ha necessidade de mover-se continumente, cl á pe- riodicidade nos soffrimenlos, indicam a taran- tula, e o espanto, o terror, medo a próxima morte, com vertigens e anciedade precordial » indicam muito mais. As enfermidades de ca- rácter nervoso, assim como as de indole rheu- matica próprias da tarantula, alliviam-se com o movimento, o suor e ar livre, e acjgravam-se com o repouso e na cama; exasperam-se com o tempo frio e secco, e se amelhoram com as chuvas. As afílicções moraes alliviam-se com cl musica a distraeção e o ar do campo. MED. DA FAM. 66 * 79. Thuya Segundo o Dr. Wolf, a thuya é medicamento de mais importância na variola, em todas as enfermidades que se apresentam em seguida ou algum tempo depois da vaccinação c nas sycoses. A experiencia que se tem obtido deste medicamento, demonstra que muitas enfermi- dades agudas e chronicas, que hoje são mui communs, provêm de uma intoxicação em con- sequência da vaccinação obrigatória; e segundo o Dr. Wolf o virus da bexiga é idêntico ao da sycose. Entre as enfermidades agudas mui communs em consequência de intoxicação pela vaccinação citaremos a coqueluche, o catarrho, o grippe; demais a ophthalmia chamada do Egypto e a dos recemnascidos; entre as enfer- midades chronicas a chlorosis e diversas enfer- midades da madre, as escrophulas, etc. * 80. Veratrum album Medicamento muito importante nas enfermi- dades seguintes : Cholera e cholerina -Accesso de dores que provocam delírios e loucura de curta duração - Diarrhéas-Lombrigas-Febres len- tas - Coqueluche- Intermittentes - Beriberi. Diversas enfermidades com o frio na pelle, suores frios, especialmente na fonte, extremi- dades frias e grande protraçào de forças. 81. Zincum E' preciso ter em consideração o Zinco, so- bretudo nas enfermidades das vias urinarias e 67 pedra na bexiga, nas convulsões, epilepsias e diversas affecções histéricas, na loucura, para- lysia geral dos alienados, hypocundria, dôres de cabeça, febre intermittente, diabetis, varices, gastralgia, diversas affecções da pelle, prisão de ventre, blepharite chronica, etc., etc. INDICAÇÕES CLINICAS ABORTO (MÁO PARTO) Quando ha symptomas precursores de aborto, se recommenda o repouso absoluto, abstenções de toda excitação moral, e bebidas excitantes. Para o seu tratamento se escolherá os medica- mentos seguintes: Bell., cham.,croc.,ipec.,secal., sabin. (Comp. Hemorrhagias o Metrorrhagia). Nota-se especialmente a attenção nas causas occasionaes e dá-se: Aconitum. - Si o accidente é a consequência de um susto, terror, medo, etc. Arnica. - Si foi provocada por uma causa externa,umaqueda,umgolpe,uma contusão, etc. Chamomilla e Nux-vom. - Si depende de um accesso ou de uma violenta incomrnodi- dade, briga, raiva. China. - E' indicada para as mulheresdebeis e extenuadas por hemorrhagias abundantes. 70 Dulcamara. - Si um resfriamento apanhado n'um sitio frio e húmido é a causa provável do accidente. Ignatia. - Si é consequência de uma pena, tristeza, afflicção, onde uma cólera comprimida. Rhus. - Nos casos em que precederam es- forços corporaes, movimentos demasiadamente violentos dos membros. Cinnamomtm. - Si um passo em falso foi a causa e tem produzido una hemorrhagia de sangue roxo-claro. Os medicamentos se administrarão segundo a intensidade dos symptomas, de hora em hora, ou de 2 em 2 horas; e logo que começa o alli- vio se augmentarão os intervallos. Para evitar com antecedencia o aborto nas mulheres predispostas a isso, logo que a mulher concebe a até ao 8o mez dã-se : Calcarea. - Nas mulheres plethoricas, de menstruçào mui abundante e adiantada, com disposição a fluxo branco, congestões frequentes de cabeça e varizes nas partes genitacs. Kali carbonicum. - Aborto ao terceiro ou quarto mez de gravidez com indisposição do ven- tre, caracterisado pela sensação especial seguinte: ao fazer esforços para evacuar, uma apparencia como se todo o conteúdo do ventre fosse impul- sado para baixo e obrigado a sahir pela vagina ou pelo rccto. Vomitos tenazes de manhã acompanhados de grande prostração, profundas e intensas dôres de ventre que se aggravam cada vez mais, com temor de abortar (G). Lycopodium. - Convém as mulheres gravi- das que costumam ter a menstruação mui abun- dante e muitos dias de duração : ás que se quei- 71 xam de prurido c ardor nos orgãos genitaes apresentando varizes; dor de cabeça, tristeza, lamentos, leucorrhéa ou bem sequidade consi- derável da vagina com dôr nos rins. Sabina. - Si o aborto tem logar no terceiro mez da prenhez. Este medicamento dá-se de 15 en 15 dias, uma gotta pela manhã, hora de meia antes do almoço em duas colheres de agua, desde o prin- cipio até passado o quarto mez de gravidez. Sepia. -Nas mulheres herpeticas, e nas que se verifica o aborto n'uma época mais ou menos fixa da gravidez, por causa já conhecida ou não. Este medicamento é o principal que ha a consultar e a administrar nos casos indicados, e deve-se dar como o anterior, dous ou mais mezes antes da época em que sobrevem o aborto acostumado, ou desde o principio da gravidez, nos casos em que se verifica nos primeiros mezes (Alvarez). Sulphur. - Nas mulheres em que a predis- posição aos catarrhos hemorroidaes e outros fluxos mucosos, erupções, e que tem a mens- truação escassa são causas do aborto. O Dr. Guernsey recommenda a sabina, quando os abortos se verificam no terceiro mez da gravidez. Kalicarbonico, desde o segundo ao quarto mez. Sepia, desde o quinto ao sétimo mez; e sobre tudo quando á gravida padece com frequência dôres de cabeça, que se aggra- vam no sétimo mez, tornando-se então insup- portaveis. ABSCESSO Veja-se : Fleimões. 72 ACINÉA Definição : - Esta enfermidade, conhecida vulgarmente com o nome de espinhas, etc., do rosto, é uma affecção de pelle, de caracter chronico, que se apresenta em fórma de pús- tulas que suppurando ás vezes deixam cicatrizes lineares ou oblongas ; de crostas pardas ou ama- rcllentas, ou bem de pequenos corpos brancos, ás vezes cylindros e negros em seu vertice. Causas : - Puberdade, idade critica, hemor- rhoides, excessos scxuaes e alcoolicos. Tratamento : - Para combater a fórma pus- tulosa [acnêa pustulosa) prescrever-se-ha Hepar com insistência, e se não bastar, se recorrerá a Rhus tox. Os homceopalhas norte-americanos recom- mendam ~Nux jziglans., expecialmente para as pessoas de constituição escrophulosa. Quando a pelle que rodeia os botões ou pús- tulas se tem endurecido (acnêa indurata). con- vém administrar lodium, comum ou clematis; nos casos mui rebeldes podem proscrever-se Phosphorus ou Silicea. Se o espaço da pelle que ha entre os botões ou endurecimento esti- ver reluzente dá-sc natrum mur. Contra a fórma escamosa (crostas ou escamas pardas ou amarellentas) se dará em primeiro logar : Sulphur, e si este não fôr sufficiente, recorre-se ao ars., merc. sol., natr-m., phosph., e sepia. A quarta fórma, que consiste em pequenos 73 corpos ou elevações brancas com um ponto ne- gro em seu vertice [acnêa punctata) se tratará com sulph. e depois com bell. ou pulsat. Si estes não forem sufíici entes, recorra-se a graph., hep., natr.-mur., nitr-ac., selen., sepia e thuya. Contra a variedade rosacea (a mais difficil de curar) se dará petroleum quando não for grande a vermelliildão c o frio aggravar a erupção. Alumina. - Si a vermelhidão se puzer li vida e as veias injectadas c varicosas. Calcarea-carb. - Quando ataca de prefe- rencia o nariz e é consequente das alterações da menstruação na idade critica, e demais, si hou- ver plelhora e a cabeça estiver congestionada. Sulphur. - Si a vermelhidão toma uma côr azulada nos bebedores; si sulphur não bastar, dá-se Nux-vom., ou carb. veg. Hepar. - Se empregará si se complicar com a fórma pustulosa. Além destes medicamentos principaes, póde empregar-se ars., carb.-veget., carboli acid., kreosot., mezer., rhus tox.,ruta e sepia. Raue recommenda contra a acnêa produzida por excessos sexuaes : Cale, carb., phosph. acid. e sulph. Outros auctores recommendam para a acnêa resultante de excesses alcoolicos : ars., lach., ledum., pulsat. e sulphur. Contra a que se apresenta quando cessa a menstruação, ou seja a idade critica da mulher: lach., sepia e lambem bry., bell., ars., pulsat., coccul., e sanguinaria. Modo de dar o medicamento. - Veja-seapag. 24. 74 ANEMIA Causas : - Esta enfermidade tem por causa uma má ou difficiente alimentação, hemor- rhagias consideráveis ou frequentes enfermida- des agudas e prolongadas, paixões que abatem, onanismo, irregularidades da menstruação. Symptomas : - E' caracterisado por uma debi- lidade geral com palidez da pelle e das mem- branas mucosas sobretudo as dos lábios, gen- givas e olhos, palpitações de coração, falta de appetite, tristeza mais ou menos profunda, e outros symptomas diversos. Tratamento : - Para combater com exito esta enfermidade, removam-se antes de tudo as causas, que a tem occasionado, e administrem- se os medicamentos segundo aquellas que se- jam conhecidas. Si a anemia foi produzida pelas sangrias ou hemorrhagias, dê-se china com insistência, c si não fôr sufficiente, consultem-se : Calc-carb., carb.-veg., cina.,nux-vom.,phosph.-ac., e sulph. Si fôr por fortes e prolongadas enfermidades agudas : Coccul. e veratr. Por paixões que abatem: Ignat.,phosph. acid. e sulph. Pelo onanismo : Phosph. acid., ou chin. e staph. Quando se desenvolve na puberdade : Acon., puis., sep., sulph., ou ferr. m., Igc., natr. m., nitr. acid. 75 Si não fôrpossivel averiguar-se a causa, come- ça-se o tratamento por Conium, e si este não curar a enfermidade, recorra-se a Cale, carb., china, ferr. m., kali. c., natr. m., nux-vom., phosph.,puls., staph., sulph., e vera/r., medica- mentos estes que podem ser dados para as outras causas quando os indicados não derem resultado. Dóses: - 1 colher de sopa de 6 em 6 horas. ANGINA Amygdalitis 1NFLAMMAÇA0 DAS AMYGDALAS-DOR DE GARGANTA - ESQUINENCIA, ETC. Tratamento: - Os medicamentos principacs contra esta enfermidade tão frequente e dolo- rosa, são : Aconitum. - Na maior parte dos casos tem que começaro tratamento por este medicamento, especialmente si a causa foi um resfriamento, um incommodo, um encolerisamento, uma queda, susto ou golpes, haja ou não febre. Os symptomas que exigem seu emprego, são: dõr de cabeça, na fronte e sobre os olhos ; dõr geral do corpo, máo estar geral, lingua coberta de uma capa branca ou aniarellenta, com ou sem nauseas e vomitos; febre rnais ou menos intensa precedida ou não de frio e calafrios, deglutição difficil e dolorosa, sensação de ardor e contracção na garganta. Este medicamento 76 basta por si só em muitos casos para evitar o desenvolvimento completo das anginas, e deve dar-se pondo seis globulos em meio copo d'agua para tomar uma colher de 3 em 3 horas. Si o Aconitum não contiver o desenvolvimento das anginas, e o doente se aggravar ou não tiver allivio algum nas 24 horas de seu uso prescre- va-se : Ajozs. - Si o doente tiver calor sem sêde: lín- gua e bocca quentes, garganta secca, as amygda- las roxas e inchadas, com ardor, comichão e ras- gaduras. O doente não póde estar n'uma habitação quente. Si houve anteriormente urticaria com febre. Belladona. - Forte inflammação da garganta com uma cor roxa subida das partes inflamma- das ; inchação exterior do collo. O doente ao en- golir vê-se accommettido de caimbrase espasmos na garganta : o que bebe sahe pelo nariz. Desejo continuo de engolir. Abscesso no garganta que sobrevém com rapidez. Bryonia. - Dòr de garganta depois de ter to- mado uma bebida gelada, quando o corpo estava suado ou quente. Hepar sulphur. - Convém depois áe Mercúrio ou belladona (N) ou nos doentes que tem abu- sado do mercúrio, e quando ha, sequidão, sen- sação de uma rolha na garganta, dôres picantes como produzidas por espinhos, e especialmente ao engolir, ao tossir, ao respirar e virar o pes- coço, e que se estende até os ouvidos e glandulas cervicaes, deglutição quasi impossível, com te- mor de suffocação. Lachesis. - Si as amygdalas estão inchadas, 77 sobretudo do lado esquerdo. A garganta resen- te-se ao mais ligeiro contacto. A deglutição dos líquidos é mais difficil e mais dolorosa do que a dos solidos. A inflammação mostra-se de preferencia na uvula ou campainha, e torna-se alli mais intensa. Todos estes symptomas se aggravam depois do somno. Mercurius. - Quando apparece na lingua os vestígios dos dentes, e o doente tem uma saliva- ção abundante. Especifico quando na garganta se apresentam diversos pontos brancos. Dôr de garganta com abscessos dolorosos, que se formam lentamente. Anginas ulcerosas. Rhus. - Dores de garganta com muitos grãos esbranquiçados nas amygdalas. Dôres pungentes ou rachaduras nas partes doentes, et as vezes inchação edemalosado véu do paladar (como na escarlatina, grippe, etc.) Dr. Dunham. Si Mercúrio e hepar não apressarem a suppu- ração das amygdalas inílammadas, dá-se Silic. de 4 em 4 horas. Contra a predisposição á padecer de anginas com frequência e com suppuração, se recom- menda : Baryt. carb., graph.y hep., lyc., sulph. Além dos symptomas anteriormente ditos, deve se ter em conta as indicações seguintes: Si a deglutição acalma as dôres, dá-se: Ignat. ou alum. Si a deglutição da saliva é muito dolorosa: Lach. Si a deglutição dos solidos é dolorosa: Hepar. Si a deglutição dos liquidos é dolorosa : phosph. 78 Si a deglutição dos liquidos diminue as dôres: Alum., nux-vom. Si as calma a deglutição de bebidas quentes : Alum., nux-vom. ANGINA LARDACEA Veja-se : Diphtheritis. ANUS Fistula 0 melhor medicamento para curar a fistula anus é Poenia. Si este medicamento não fôr sufficientc, con- sulta-se em primeiro logar, Caust., silic., e sulph., em segundo logar, Antim., calc. c., graph.. licop., nitri-ac., e phosph. Fluxo de mucosidades Algumas pessoas padecem mais ou menos constantemente deste fluxo incommodativo e de- sagradável, motivado por varias causas, sendo a principal o vicio herpetico. O medicamento que melhor o combate é Nux-v., e si não basta, prescreva-se Merc. sol. Si nenhum dos dous conseguir a cura, con- sulta-se em primeiro logar, Antímon., caps., dulc. graph.,alum., ars., borax., lach., sabina., e spigelia. 79 Si as mucosidades forem sanguinolentas ou saniosas, dá-se Natr. mur., ou merc. subi. cor. Rachaduras As rachaduras do anus combate-se muito bem com graphites, e se este não obtiver a cura pres- creva-se agnus c. ou arn. Si estes também não obtiverem melhoras em- prega-se : Alum.,aur.,ca,lc. c.,cham. Jiep ar. ,lyc., nitri. salsap., sulph., e zin. m. Si as rachaduras são profundas e se ulceram, dá-se peenia, e si não bastar kali-c. Paralysia Para a inércia ou paralysia do instestino recto e anus, o melhor medicamento é alum; - ou bem depois deste si não fôr sufíiciente, dã-se Nux-v., plumbum, bell., coloc., kali-c.,hyocs., mur. ac., ruta e veratr. Comichão A comichão no anus é produzida pelas he- morrhoidias ou lombrigas (Veja-se : hemorrhoi- dias e lombrigas.} Prurido Esta erupção papulosa quando se apresenta nas margens do anus produz uma cosseira in- supportavel. Os medicamentos que melhor a combatem são: Sulph., sep., merc. sol., thuya, baryta. c., graph., nitr. ac., e zinc. 80 Queda do recto Com este nome distingue o vulgo o prolapso, descida do intestino recto. Causas : - Diarrhéas agudas ou chronicas e hemorrhoidias. Tratamento : - Depois de ter procurado in- troduzil-o por meio de um panno fino impre- gnado de oleo commum, e fazer guardar a tran- quiJlidade possivel ao doente, se dará ignat.;e si este não fôr sufficiente, nux-v., recorrendo depois a Sulphur, e merc. sol. Nas diarrhéas chronicas se tratará esta dispo- sição ou vicio do intestino, com Mar. ac., po- doph., sep. e sulph. Si a sahida verifica-se ao ourinar, applique- se : Mur. ac. Si tem togar devido a puxos; Lach. e também ârs, cale., ign.,merc.,mez.,ruta., sep. e sulphur, depois de ter feito de ventre, Merc. sol., ign. Para evitar a propensão de padecer tal doença se dará : Ars. cale. c., lyc., ruta., sep., silic., e sulphur. Modo de dar o medicamento : - Vej. pag. 24i APPETITE Falta de appetite E' a consequência de um desarranjo das vias digestivas. 81 Si a anorexia está isenta de complicações, es- colha-se entre: China., nux. v., sep., silic. ou bem : Antim., ars., arn., calc., ign., merc., puis., sulphur. Fome canina 0 appetite excessivo ou fome canina se corri- girá com: Cale., china, cina.,nux. v.,silic., sul- phur., veratr. Si não satisfazer promptamente esta fome em seus desejos excessivos se tornará frequente- mente em uma debilidade que póde causar a angustia. Neste caso dá-se: calc., e iodo., lyc., sylic. (B). O appetite com desejo ardente de certos alimen- tos e certas bebidas, é um symptoma que nos guia com frequência na escolha dos medicamentos. Dá-se n'um caso em que houver desejo pela cerveja: Acon., bry., merc., nux. v.; Por cousas amargas : Natr. m.; Pela aguardente: ârs., hep., nux-v., opio., sep sulph ; Por alimentos gordurosos: Nux.v.-por cousas doces: China, rhus.-por leite: Merc., silic. -por fructas: Veratr., ign. - por alimentos salgados : Veratr., thuya - por alimentos ácidos: Veratr., antimonio,arn., ars., bry., cham.,hep.,phosphor - pelo vinho: Sep., sulph. -pelas ostras : Lach. - pelo mel: Sabad. -pelo queijo: Ignat. - pelo pão duro : Arn. -pela manteiga : Merc. - pelos ovos: Cale. - pela carne secca : Caust. A falta de appetite ou repugnância a certos alimentos e bebidas que se appetecia ou gostava MED. DA FAM. 82 muito n'um estado de saude, é tamben um no- tável symptoma que nos servirá de guia na escolha dos medicamentos. Dá-se nos casos em que ha repugnância a cer- veja: Nux-v., coccul.- áaguardente : Ign. -ao pão: Nair. m., nux. v.,puls., sep. - aos alimentos gordurosos: Petrol., carb.v., natr. mur.,puls. - á carne : Cale, carb., rhus., sep.,sulph.,silc. - ao caldo: Arn. - ao café:Bry., calc.,cham., coff., nux-v.,phosph. -ao lei te: Bry. ,calc. ,puls., sep., silic.-as cousas doces '.Sulph.- á agua, Bell., nux. v., stram. -ao vinho : Merc. Boenninghausen administra : - Cale, além das indicações seguintes : repugnância á vitella •-aos ovos duros: Bryonia-ao repolho: Ilelleb. - ao queijo : Oleand. - aos arenques: Phosph. '- a carne de vacca : Merc. ASPHYXIA Morte apparente Em todos os casos de asphyxia ou morte appa- rente, se reccorrerá antes de tudo aos meios me- cânicos; mas evitem-se sempre as sangrias e evacuações sanguíneas, que só causam prejuízos. Na asphyxia por uma queda Deve dar-se Arn. si o doente não for sangrado. Si por infelicidade o for, ou bem pela grande perda de sangue por causa do golpe soffrido, se dará primeiro china, e depois arn. Demais se cuidará em accominodar o doente e conserval-o com a cabeça levantada. 83 Na asphyxia por congelação Se porão doente entre palha e esteira, nas pal- mas das mãos e planta dos pés, pedaço de neve, gelo, ou agua fria. Si não houver neve nem gelo, se o envolverá em pannos molhados cm agua fria, deixando a cabeça descoberta, e assim se continuará até que se o tenha voltado á vida. Para combater os soffrimentos consecutivos estão indicados : Arn., camph., carb. v., ou bem acon. si sobre vem uma forte febre, bry., si não fôr sufíiciente «con., e si apresentarem dôres em todo o corpo. Na asphyxia produzida por um raio Si procurará collocar o enfermo meio sentado em um buraco meio cavado, cobrindo com terra todo o corpo excepto a cabeça e cara que se vol- tará para o sol, até que se lhe volte a vida, o entretanto se lhe daráTVkr. u., que se continuará até que se ache bem. Si não fôr sufíiciente este medicamento, consulte-se bell., merc. e puis. Na asphyxia do recemnascidos Os principaes medicamentos são: tart. em., op., ou acon., china e ipec. Asphyxia por suffocação Póde ter logar pelo calor, estrangulação, gazes ou submersão. 84 Pelo calor Levar-se-ha o doente a um logar fresco, si o deitará com a cabeça elevada e si lhe farão fric- ções com pannos molhados em agua fria, agua de Colonia, álcool ou aguardente, si esfregará fortemente os pés, a espadua, e as mãos, si insu- flará ar nos pulmões, até tornar a si. Para os symptomas consecutivos consulte-se : acon., bell., glonoin., hyosc. Por estrangulação Si deitará o enforcado sobre o lado direito do corpo ; e em uma habitação bem quente, ou pelo menos que não esteja fria, si he farão fricções com fortes esfregações, se taparão as narinas, se insuflará ar nos pulmões, se applicará ammo- niaco ao nariz e lavagens de sal dissolvido em agua e umas gottas de vinagre, e se evitará cui- dadosamente o fumar ao lado do doente, e fazel-o beber forçosamente emquanto tenha difficuldade de tragar. O medicamento principal n'estes casos é opium, si não fôr sufíiciente, recorra-se a Carb. veg., acon., laches. Por gazes Esta asphyxia é produzida pelo carvão, falta de ar respirável, os gazes das latrinas, os vinhos em fermentação e os fornos de cal. Collocar-se-ha immediatamente o doente ao ar livre e fresco, deixando-lhe bastante espaço 85 em seu derredor; se lhe porá a cabeça levantada, e solhe farão fricções com agua com vinagre, agua de Colonia, álcool ou aguardente, enxugam-se as partes molhadas, e tres minutos depois deve dar-se novamente as fricções, esfrega-se forte- inente os pés, as mãos, as espaduas, e appli- cam-se, si for necessário, banhos de agua salgada e umas gottas de vinagre; fecha-se o nariz e se lhe chegará á bocca um vidro de ammoniaco, e se insuflará ar nos pulmões. Aos asphyxiados nos poços immundos ou la- trinas y galerias se lhes applicam meios que os anteriores, si hão bebido porcaria, se lhes pro- move o vomito, se lhes enxuga perfeitamente as partes molhadas pela porcaria e se os fará res- pirar chloro, mas que não seja em excesso. Os medicamentos principaes na asphyxia por gazes, são : Opium, si não for sufíiciente, acon., bell., ipec. Por submersão Si deitará o afogado sobre o lado direito do corpo e em uma habitação mui quente, se o enxugará bem, e se aquentará lenlamente o corpo com tijollos, e garrafas d'agua - se lhe applicará ammoniaco ao nariz, e se fecharão as narinas, procurando melter o ar nos pulmões, e se friccionarão com esfregações os pés, mãos e cspadua : também se lhe pode applicar as laxagens anteriormente ditas. 0 medicamento principal para esta asphyxia é Lachesis, e si não fôr sufflciente, acon., beíl., e ipec., especialmente para as nauseas e mesmo vomitos que se apresentam. Também póde-se 86 obter bons effeitos com Bry., puis., e rhus., nos symptomas consecutivos. Dóses : - Os medicamentos homoeopathicos se administram n'estes casos, quer pondo os gló- bulos sobre a lingua do doente, quer dissolvidas n'agua e dado ás collieres. ASTHMA Suffocação - Respiração curta - Puxamento - Chieira do peito Deve-se investigar primeiro a causa occasio- nal, especialmente nos casos agudos. Si a asthma depende de uma congestão san- guinea pulmonar, dê-se acon., bell., glon., nux. v., phosph., sulph. Na asthma produzida por accumulação de gazes no estomago e intestinos, se dará : Carb. v., cham., china., nux. v., op., phos., sulph., ou caps., lyc., zinc. Si a asthma é produzida : Pela inhalação do pó de pedra, como por exemplo nos esculptores, canteiros, ou pedreiros, etc., se dará : Cale., hep., silic., sulph. Pala inhalação de vapores sulfurosos : Puis. Por uma emoção : Acon., coff., cham., ignat., nux-v., staph. Pelarepercuçãode uma erupção : Ipec.,puls., veratr., ars., sulph. (O professor Rapp recom- menda carb. v.). Si não se descobrir nenhuma causa occasional, dê-sc no principio, ipec. em dóses repetidas (de meia ou de unia em uma hora uma colher). 87 Si não se obtiver allivio algum, veja-se entre os remedios seguintes : Ars., apis., bell., china, glon., nux-v., puis., tartr. em., veratr., nos ca- sos mais ou menos agudos ; mas nos casos chro- nicos se dará: Carb. v., cupr., hep., lyc., phosph., sep., sulph. Eis aqui algumas das indicações mais impor- tantes. Arseme&m. - Asthma dos velhos, quando os accessossão devidos a um resfriamento repetido ou supprimido; si houver aggravação á meia noite; a respiração vem acompanhada de gemi- dos, suspiros, movimentos involuntários e des- ordenados do corpo, os symptomas seaggravam quando o doente se move, e mesmo quando se move na cama (Hg.). Depois de «rs., convém ipec., e nux.-v. Apis. - Sensação como si o pescoço estivesse fortemente opprimido. A região das costellas falsas está como magoada, sobretudo a do lado esquerdo. A temperatura da habitação é insupportavel por cosa do calor e das dôres de cabeça que se experimentam (Hg.). Belladona. - Tosse secca. - O movimento aggrava o estado do doente, que com tudo isso não pode permanecer tranquillo (Hg.). Glonoin. - Os ataques se declaram subita- mente, com oppressão de peito, angustia e sus- piros. A oppressão do peito alterna-se com a dôr de cabeça. (Hg.). China. - A respiração é sibilante e ruidosa, as mucosidades ameaçam suffocar o doente que transpira facilmente, e não póde respirar mais a não ser com a cabeça mui elevada. Lachesis. - Os ataques de asthma se apresen- tam depois da comida, andando-se, fazendo-se 88 um esforço com os braços e estando-se deitado. Respiração curta depois das comidas com calor no rosto e suores geraes ou parciaes; oppressão considerável no peito; respiração lenta e sibi- lante. A oppressão do peito vem acompanhada ás vezes de uma cor azulada no rosto. Lobelia inflata. - Asthma chronica com affec- ção do estomago também antiga, caracterisada esta por ajuntamento de gazes, no dito orgão, más digestões, prisão de ventre e outros sympto- mas.Osataquesd'asthma começam por umaforte oppressão na região do estomago, e d'alli se es- tendem ao peito, obrigando a respirar profunda- mente, apresentando-se as vezes diversos sym- ptomas gástricos, entre os quaes nota-se uma sensação de debilidade no estomago. Convém este medicamento nos casos de asthma que se declaram nas mulheres hystericas e nos anciões. Moschus. - Convém ás mulheres hystericas e sobretudo aos meninos. Os accessos começam por uma considerável oppressão no larynge, que se estende logo ao peito, respiração difficil com temor de suffocação e dor no peito, tão intensa que faz perder a respiração. Nux vomica. - Asthma nas pessoas que to- mam muito café e vinho, assim como nas de vida sedentária. Depois de excessos no trabalho intelleclual o doente se vê obrigado a sentar-se, inclinando o corpo para diante. Pulsatilla. -A respiração é difficil quando o doente esta deitado de espaduas (B.); não res- pira mais que com a parte superior do peito. A asthma vem acompanhada de vertigem, somnolencia, debilidade de cabeça, palpitações de coração, calor no peito. (Hg.). Tartarus emet. - Estertores mucosos. -Sym- ptomasetemores de suffocação pelo ajuntamento 89 de mucosidades e paralysia dos pulmões. (Tam- bém se póde dar Baryt., carb. v. ou phosph.}. Veratrum. - O doente está proximo á siiffo- cação, se lhe apresenta um suor frio, o rosto e braço se lhe resfriam, com profunda tosse e dores nas costas. (Hg.). Si o doente parece que está na agonia, póde- se dar com o exito, segundo o Dr. Hayne : Am., china., coff., op., carb. v. Si a asthma se allivia com um trago de vinho dê-se: Acon. Si, pelo contrario, houver aggra- vação: Bell. Na asthma dos meninos se tem dado com muito exito: Acon., ars., ipec., tart. em., e sobretudo moschus e sambucus. Sambucus.- O menino (havendo tido durante o somno os olhos e a bocca meio abertos) se disperta depois de meia noite com accessos de suffocação, durante os quaes o rosto e as mãos incham e tornam-se azues (comp.: Enfermidades dos meninos). Nos casos graves se administra os medicamentos de meiaem meia hora, ou de hora em hora ; desde que principia o allivio, se os administra de 3 em 3, 4 ou 6 em 6 horas. Ainda quando o ataque tenha terminado, o doente deve continuar tomando alguns dias medicamento, pela manhã e pela tarde. BANHOS Para as doenças que algumas vezes resultam dos banhos, os principaes medicamentos são : Antim. cr., bell., calc., carb. v., nitri, ac., rhus., sep., sulph. Antim.-cr. - Dôres de cabeca ou soffrimentos 90 de estomago, com falta de appetite, nauseas, diarrhéa, mal humor. Bell. - Dôr de cabeça frontal; vista affectada, dôrde garganta eouvkíos, soffrimentosgastricos, defluxo, calor febril. Calcarea. - Dôres pertinazes nas extremida- des, sobretudo nas pernas, que seaggravam com a mudança de tempo ou trabalhando n'agua. Carbo veg.- Tosse grossa, rebelde, vomitos, diarrhéa; febre lenta, soffrimentos asthmaticos, muitos gazes no estomago e intestinos, dôr de peito. Nitri, ac. - Grande cansaço c debilidade geral, tremor nas extremidades, pesadez nas pernas, desejo de estar deitado, suores quentes, facilidade de resfriar-se, fluxo de ouvidos, diarrhéa, dôres de cabeça com nauseas e vomitos. Rhus. - Dôres nas juntas e por todo corpo, paralysiasparciaes, aggravação dos soffrimentos na cama e com o socego, excitação geral, tre- mores com o menor movimento, movimentos convulsivos depois de um banho frio, debilidade e cansaço geral. Sepia. - Dôres geraes, por accessos com frio glacial, frio que alterna com calor, allivio com o movimento, dôres edemaissoffrimentos. grande sensibilidade ao frio e predisposição á resfriar-se, dôres de cabeça semilateraes, com nauseas e vomitos, e ao mover a cabeça. Sulphur. - Dôres tenazes nas extremidades ; cólicas; diarrhéa mucosa ; defluxo e catarrho com secreção mucosa abundante ; dôrde ouvidos, dentes e cabeça; vista affectada, andar encurvado pelas dôres; grande sensibilidade ao vento e ao frio; grande facilidade das extremidades ao dor- mir-se entumecerem-se. 91 BACO 5 Esplenitis aguda Definição : - Inflainmação aguda do baço. Symptomas:- Esta enfermidade, caracterisada pela febre, dôres pungentes, oppressivas, que as vezes impedem a respiração, na região que occupa o baço (lado esquerdo abaixo das costellas), por augmento de volume d'este, sôde, agitação, ás vezes diarrhéa, etc., se combate commummente com os seguintes medicamentos : Tratamento : - Acon. - Nos casos de inílam- mação agudíssima, com muita febre, sêde, agi- tação e dôres mui vivas. Ars. - Sêde ardente, diarrhéas sanguíneas, grande prostação e debilidade; lambem está in- dicado se a enfermidade toma um caracter in- lermittente, e quando china não tem obtido bom exito do tal estado. Arn.-Um dosprincipaes medicamenlosn'esla enfermidade, quando ha : dôres pungentes, op- pressivas que difficultam a respiração ; ou bem quando se declaram symptomas typhoides, com apathia, estupor, egrande indiíTerença no doente. Bryon. - Prisão pertinaz de ventre, dôr na região do baço que se augmenta á qualquer movimento do doente. Caps. - Nos doentes que têm abusado da quina e quinina, dôres intensas, tensão e prisão no ventre, grande ajuntamento de gazes nos intestinos. China. - E' o principal medicamento que ha 92 que se consultar depois do acon., ou dal-o antes se a febre não for considerável ou si não a houver, e quando houver dôresoppressivas, lacinantes,ou se a enfermidade tomar um caracter intermit- tente. N'este ultimo caso consulte-se depois ars. Nux v. - Depois de arnica ou china quando estes medicamentos não podem ababar a cura e continua a prisão de ventre, dor de estomago c de baço. Depois de nuxv. convém bry. Infarto do baço INDURAÇÃO DO BAÇO - INFLAMMAÇÃO CHRON1CA DO BAÇO ESPLINITIS CIIRONICA Esta enfermidade que é a consequência de uma inflammação aguda, do abuso do quinino, ou das febresinlermittentes que hão persistido por m ui to tempo, se trata com mui bons resultados, com os medicamentos seguintes : Agnus. c.,arn., caps., china., ignat., iod., mezer., e sulph. Quando é produzida por enormes dóses de quinina para combater as febres terçãs, con- sulte-se Ipec., ars., calc., [er. m., puis., veratr. BEBIDAS ALCOOL1CAS As doenças resultantes do abuso de diíferentes bebidas alcoólicas, exigem os medicamentos seguintes : Do abuso da cerveja Calor na cabeça ou dor na cabeça : Rhus, ferr. e bell. 93 Congestão sanguinea e somnolencia : Sulph. Come canina : Nux. v. Embriaguez ligeira: Coloc.,ign. Nauseas: Ars. Cólicas: Coloc. Affecções do estomago e do fígado : Kali, bi- chrom. (L.) Do abuso da vinho Congestão sanguinea : Silic. Calor da cabeça: Carb. v.,ars.,natr. m., nuxv. Dor de cabeça : Cale., nux. v.,ars., silic., zinc. Caimbras no estomago : Lyc. Vertigens : Zinc. Vertigens com nauseas: Lach. Dor nas juntas : Nux. v. Contra o delirium tremens LOUCURA DOS BÊBADOS O melhor medicamento é Stram., e logo opio, laches ou«rs., bell., calc., coff., hyosc., nux. v., e também digit. BOCCA Inflammação da bocca ST0MAT1TES - AFTAS Os medicamentos principaes contra esta doença são: Aconitum. - Deve-se começar o tratamento por este medicamento, sempre que a causa tenha sido um resfriamento ; um susto ou encolerisa- 94 mento e calor excessivo, a bocca está muito inchada c encarnada, haja febre ou não e dor de cabeça ; fortes dores e comichão. Arsenicum. -Numero considerável de peque- nas ulceras na lingua, gengivas e faces (aftas), com dores vivas e abrasadoras : grande inchação das partes com exudação sanguinolenta ; com cheiro fétido, grande debilidade com sêde ar- dente, e ás vezes febre continua ou á certas horas com pelle quente. Belladona. - Deve dar-se nos mesmos casos que aconitum e depois deste, (piando não tem sido sufliciente para deter o progresso da en- fermidade ou sómente tenha alliviado. Grandedordecabeça, insupportavel pela tarde e noite ; forte inflammação da bocca, com gen- givas cobertas por uma capa esbranquiçada ; céo do paladar intlammado e mui rubicundo, diffi- culdade ao engulir e saliva espessa e pegadiça. Carb. v.- A bocca deita um odor muito fedo- rento, as gengivas estão ulceradas e feridas e sangram em abundancia mesmo sem tocal-as; os dentes se movem, e a lingua o faz com muita dif- ficuldade por causa das pequenas ulceras que a cobrem; recahidas de febres, ou tebre continua com grande debilidade. Convém depois de haver empregado ars. Mercurius. -Cavidade bocal inflammada, es- coriada, ulcerada ou coberta de aftas com odor fétido, cadavérico ; fluxo abundante de uma sa- liva fétida, esbranquiçada, sanguinolenta ou espumosa ; gengivas roxas, que se escoriam e saiigram facilmente, com dores abrasantes, impossibilidade de comer, desejo de bebidas frias, diarrhca ardente e pelle ardorosa com augmento febril pela noite. Nux. v.- Dorespulsativas, urentes, nabocca; 95 inchação dolorosa dos gengivas e faces, ulceras, das que se ostentam por toda bocca eo paladar ; com salivação espumosa, fétida e as vezes san- guinolenta ; uma capa esbranquiçada, espessasse estende as vezes por toda a bocca, esta exhala um odor pútrido, prisão de ventre, máo humor, co- lora facil, rosto pallido, e enfraqueci mento rápido. Também pode cônsullar-se : Borax. - Ulceras, aftasou vesículas nas gengi- vas, faces, lingua e paladar, que deitam sangue com grande facilidade. Este medicamento con- junclamente com o mercúrio são os especiíicos para as aftas das crianças de tenra idade. Nitri, ac. - Nos casos produzidos pelo abuso do mercúrio e seus preparados. Staph. - Escrescencias esponjosas fofas nas gengivas e faces, pallidez da bocca com ulceras ou inchação dolorosa das glandulas do pescoço e vacillamento dos dentes mollares, que se des- carnam facilmente. Sulph. ac. - Aftas, inchação, ulceração e exudação facil de sangue nas gengivas, saliva- ção abundante e dores lascinantes. Inflammação das gengivas Se combate com os medicamentos anterior- mente expostos. Para as demais affecções das gengivas consultarão os medicamentos seguintes : Se são produzidos pelo abuso de alimentos salgados: Carb. veg., ou bem camph. ou nitriim, sp.. Pelo abuso do mercúrio : Hepar, ou carb. china., nitri ac., staph., e sulph. Contra a facilidade de deitar sangue, se pres- 96 creverão em primeiro logar : Carb. v., merc. s., natr. m., staph. e thuia ; em segundo lugar. Borax., calc. c., nitri, ac., nux.-v., phosph., salsap., e silic. As ulceras se combatem com: Sulphur ac., e se estes não forem sufficientes, consulte-se: Alam., borax., carb. v., merc. s., natr. m., staph. A escrecencias ou vegetações se tratam com staph. ou bem nitri, ac., e thuya. A retração e separação das gengivas dos dentes se combaterão com carb. v., e thuya. Si estes não forem sufficientes, empregue-se: Iod.,merc., e thereb., ou bem antim., arg. nitri., dulc., phosphor., phosph. ac. e sulph. Respeito a sua coloração, se prescreverão ; se tem uma cor azulada : Oleand. sabad.; livida, merc. s. ; pallida, plumb., staph.; roxa, aur., merc., ou também carb. an.,kreos.; roxopallido, baryt. c., china. Inflammação do paladar Tanto a inílammação do véu do paladar como do céo do paladar se tratarão com acon. em pri- meiro lugar, e se este não bastar, se daráóe//a</. Estes dous medicamentos curarão ambas enfer- midades; mas se não forem sufficientes, consul- te-se os demais consignados no artigo Angina. Contra as ulceras, escoriações e inchação com ulceras do véo do paladar como do céo do mesmo se dará e si este não fôr suffi- ciente, recorra-se á : Lach., merc. s., silic., sulph. ou asa foet. Si são produzidas pelo abuso do mercúrio, iodurelo de potássio e salsaparrilha, dê-se Hepar ou nitri, ac., e também Bell., baryt. m., cal. c., silic. 97 Cheiro fétido da bocca 0 odor fétido que exala a bocca de algumas pessoas, parece ser produzido pelo communi symploma de alguma enfermidade, mas também se observa que existe por si só, sem ser depen- dente de outra enfermidade. Das indicações desta ultima nos occuparemos exclusivamente. Si o odor fétido depende do abuso do mer- cúrio, dé-se : Aur., carb. v., lach., nitr. ac., sulph,., e também baryt. m. Si é consequência das lombrigas : Acon., calc., cina, ignat., merc., spig., sulph., ou cicut., fclijc veratr. Si sè manifesta só pela manhã :Am., nux-v., lyc., silic. sulph. Depois de comer : Cham., ipec., nux. v., ou antim. cr., e sulph. Pela tarde e a noite sómente : Pulsat , sulph., ou nux. v., c merc. Nas pessoas moças, na idade da puberdade : aur., principalmente, e lambem ; Bell., calc., lach., puis., sep. Si o odor é acido : Sulph. De alho: Petr., de queijo: aur., de peixe canth., de cebola : kali hyd; terroso : ngang.; de ourina : graph.; pútrido : agar., ambr., anac., arn.,ars., aur., merc.pnurac.,nitriac., nux. v.;sep., sulph. Salivação (PTIALISMO) Os principaes medicamentos contra esta en- fermidade são : Bell., calc., canth., cinn., colch., dulc. ,euphorb. ,lach. ,merc. ,puls. ,sulph.,zveratr. MED. DA FAM. 98 Si depende do abuso do mercúrio : Bell., dulc., carb. v., hep., iod., lach., nitri. ac.,puls., sulph. e cale. Si é acompanhada de dôres de eslomago : Euphorb.; de nauseas : veratr., zinc.; de nauseas e vomitos: euphorb., puis.; de frio geral: arg., euphorb.; si é doce : dig., plumb., puis, sabad. ; acre: merc., veratr.;espessa: nux-v.; fétida: dig., merc.; salgada : sulph.; sanguinolenta : merc., nux. v., sulph.;acida : calc., ign./amarga : ars., sulph., thuya.; de gosto metallico : bism., zinc. B0C10 (PAPE1RA) O bocio ou papeira, como vulgarmente se diz, é uma enfermidade que se cura perfeilamenle : e os medicamentos empregados com exilo até hoje são : lod., em primeiro logar, em doses re- petidas c de diluições altas, e depois Hep., si lod., não acabar a cura. No caso em que estes dous medicamentos se mostrem impotentes con- sulte-se : Amm. c.,calc., caust., lyc., natr. c., e mur., spong., staph., sulph. BRONGI11TES Catarrho bronchial Definição : - Affecção inflammatoria da tra- chéa e suas ramificações. E' uma enfermidade mui frequente e ás vezes epidemica. A trachéa começa por um lado immediata- mcnle depois que termina alarynge, e pelo outro pelos bronchios e termina nas pequenas vesícu- las pulmonares. Succede, pois, que nasaffecçõés 99 inflammatorias da larynge, assim como nas da substancia dos pulmões, a trachéa e suas rami- ficações, bronchios, sempre se affectaram simul- taneamente em maior ou menor escala. Symptomas : - Movimento febril maisou me- nos intenso, dòres por todo o corpo, especial- mente nas cadeiras e olhos, tosse curta e secca com dôr na parte anterior do peito, insomnia c agitação especialmente nas crianças que levam constantemente a mão á bocca, cócega e secura da garganta etc., etc. Pôde dizer-se em geral que a respiração será menos difficil, si a inflammação ou o catarrho não tem invadido maisque o tronco ou grandes ramificações da trachéa ainda quando a tosse, a sensação de erupção, ou o ardor das partes inilammadas sejam de uma grande violência. Quanto mais invade a inflammação as ultimas e mais pequenas ramificações mais difficil será a respiração c perigoso o estado do doente. Esta ultima forma da enfermidade é sobretudo fu- nesta aos meninos e aos velhos. Tratamento : -- Os medicamentos principaes contra a inflammação da trachéa ou catarrho bronchial ou bronchite são, entre outros: Acon., bell.}bry., cham., merc., puis., e sulph., assim como também para o catarrho laryngico. Aconitum. - Febre com o calor sede, dôr de cabeça, lagrimas, dòres por todo o corpo, defluxo, voz rouca, tosse curta secca, com dôr ao tossir na parte anterior do peito, somno agitado ou insomnia com agitação, ou também tosse húmida, rouca com especloração pouco abundante. Belladona. -Dôr de cabeça intensa, na fronte 100 e fontes que obriga a toros olhos fechados; dor de garganta, febre pela tarde e noite, tosse secca, curta, ou espasmódica, que não deixa dormir ao doente; a luz molesta aos olhos, sobretudo a ar- tificial; rouquidão e espirros frequentes. Bryonia. - Tosse secca, frequente, com dôres nas costas ou na parte anterior do peito, excitada por uma cócega continua na garganta : ou tosse suffocanle, excessiva que obriga a vomitar, tosse com espectoração sanguinolenta; facilidade do corpo para transpirar, sobretudo ao tossir, rou- quidão e estertor mucoso no peito; ardor da pelle ou febre ligeira, com recahida pela noite. Carbo vegetabilis. - Rouquidão considerável e voz rouca sobretudo pela manhã e ao começar da noite, com espectoração semelhante a um pús verde; prisão de ventre com grande ajun- tamento de gazes. Causticum. - Tosse violenta e fatigosa espe- cialmente pela noite; dôr como se houvesse uma ulcera na larynge e peito ao tossir; soltura invo- luntária de ourina ao tossir e ao querer espcclo- rar o que parece ter subido á garganta, se vê obrigada a engulil-o ; nauseas e vomitos de ali- mentos com a tosse. Dulcamara. - Este medicamento convém contra os catarrhos adquiridos quando reina um tempo húmido e frio e ha névoas e chuvas co- piosas. Chamomilla. - Grande íluxão pelo nariz e olhos, com tosse secca, produzida por cerramento continuo no peito e garganta; expectoração dif- ficil de mucosidades amargas, e facil pelas man- hãs ao despertar; quando a tosse é provocada ou excitada pelo pranto nos meninos, c por uma cólera; rouquidão, sequidão e ardor na garganta, 101 fortes recahidas de febres pela noite com agitação e abrasamento do rosto, sobretudo nas faces. Mercúrio. - Tosse secca, fatigante, excitada por uma cócega e sensação de sequidão nos bronchios ou húmida, com expectoração abun- dante de mucosidades espumosas; grande faci- lidade para suar, e suor abundante que não allivia o enfermo, antes bem o debilita; voz rouca, defluxo fluente, expectoracão, as vezes de sangue, dores nas costas e na cabeça, e aggra- vação de todos os symptoinas com a mais leve corrente de ar: febre com recahidas nocturnas, e as vezes diarrhéa mucosa. Nujc. vomica. - Tosse intensa, secca, com sequidão na garganta, titililamento na larynge e peito, e rouquidão não mui considerável. A tosse se aggrava pela manhã e a primeira parte da noite, e depois de tomar alimentos; das trez ás quatro da manhã a tosse desperta ao enfermo, e ao despertar se sente mui debil; somnolencia ao meio do dia; a tosse produz as vezes vomitos e hcmorrhagia pelo nariz, corysa secca com se- quidão da bocca; dor na região do estomago, como se a dita região estivesse magoada : hu- mor irascivel c prisão prolongada de ventre. Phosphorus. - Convém nos catarrhos que se prolongam, se têm alliviado com outros medi- camentos, mas que não adiantam em sua cura. Rouquidãocum tosse, febre pouca considerável mas continua, com recahidas nocturnas, voz quasi extincta, tosse secca produzida por uma titilação na larynge e faces, aggravadaou provo- cadas, rindo-se, bebendo ou lendo alto; tosse secca com expectoração sanguinolenta; aggra- vação com o ar da rua ; a expectoração se aug- menta pela manhã e pela noite. Pulsatilla.- Rouquidão com extincção quasi 102 lotai da voz; defluxo com fluxo de matérias ar- dentes, amarellas; calafrios geraes e febre ligeira sem sêdc, tosse com expectoração abundante de matérias verdes, esbranquiçadas, salgadas ou amargas; ás vezes sanguinolentas; lagrimas, dor de ouvidos; aggravação da tosse estando deitado o doente e pela noite, provocando ás vezes vomitos do que se ha bebido e comido; ou de matérias mucosas; sensação de suffocação ao tossir, e emissão involuntária de ourina; dores nos braços, espadua, cabeça e pés; ardor nas palmas das mãos e planta dos pés, com frio ou calafrio no resto do corpo. Sulphur. - Este medicamento convém pelo geral depois de bry., ou merc., quando estes me- dicamentos hão diminuído muito os symptomas, mas não têm podido acabar com a enfermidade, ou também depois dos demais medicamentos e com o mesmo objecto. Tosse secca e fatigante, com vomitos econstricção em fórma de caimbra no peito, e que se aggrava pela noite e na cama ; ou tosse húmida com expectoração abundante de mucosidades ; sensação de plenitude no peito, cancaço ao andar, palpitações de coração,dilíicul- dadede respirar c ruído dc mucosidadesno peito. Doses : - Veja-se á pag. 24. CABELLOS Alopecia QUEDA DOS CABELLOS - CALVICE Causas : -A syphilis, o typlio, moléstias pro- longadas, o abuso das preparações mercuriaes, etc., etc. 103 Tratamento : - Si os cabellos estão seccos : Kali-c., ou cale., lyc., phosph. ac., sulph. ac. Si a calvice provém do abuso do mercúrio : Hepar., principalmcnle, e se não bastar, carb-v. Si os cabellos têm uma grande tendencia á encanecer: Graph., lyc., phosph. ac., sulph. ac. Do abuso do quinino : Bell. De uma longa e debilitante na, ferr.,lyc., hepar., silic. calc.,phos. ac.esulph. De uma forte transpiração: Merc., china esilic. De uma afíliçãoou tristeza: Staph.,phos. ac., ou caut., graph., ign. De uma febre nervosa ou inílammatoria : He- par., silic., lyc., ou nitr. ac. De fortes dores de cabeça ou enxaqueca : Hepar., lyc., ou nitri.-ac. (Ilg); ou também, Antim., calc., silic. e sulph. Alopeciacom grandesensibilidade do couro ca- belludo : Calc., china., hepar., natr. m., silic. e sulph. Com muita comichão na cabeça : Graph., kali., lyc., silic., sulph. Com caspas abundantes : Ars., calc., graph., staph. Alopecia parcial das partes lateraes dacabeça : Graph., ou phos. Da parte superior da cabeça, formando uma especie de corôa : Baryt., lyc. e zinc. CABEÇA Apoplexia DERRAMAMENTO CEREBRAL - DERRAMENTO DE SANGUE CEREBRAL - HEMORRHAGIA CEREBRAL Symptomas : - De repente o indivíduo cahe, o rosto ora fica vermelho, ora pallido, ora azulado, 104 o olhar se fixa, a boca se abre, o queixo inferior as vezes pende para baixo, salie espuma pela boca, ronca, treme, as meninas dos olhos se dilatam, as vezes ha paralysia. Causas : - As bebidas, os desgostos, a raiva, embaraço gástrico, perturbações da digestão. Tratamento : Arnica. - Pulso forte, suores quentes, paralysia do lado esquerdo do corpo, especialmente : perda do conhecimento, rou- quidão, evacuação involuntária de urina e excre- mentos, gemidos, espuma na boca, c quando o ataque é a consequência de uma queda e se derifica em pessoas plelhoricas. Barita carbónica. - Nos casos de paralysia da extremidade superior do lado direito, e da lingua especialmente, já completa ou incom- vleta, e quando a ataque tem logar em pessoas fleugmaticasquese movem lentamenle e dormem facilmente em qualquer parte. Belladona. - Pulsação visivel das artérias do pescoço e das fontes; as veias desses logares di- latadas que parecem romper-se. Deglutição difficil ou impossivel; rosto mui encarnado e bem assim os olhos; a saliva que corre da bocca, é de uma côr verde azulada, c o doente suspira e geme de vez em quando. Lachesis. - Rosto azulado ou pallido; tremor das extremidades com estremecimento convul- sivo; pulso debil e accelerado; paralysia do lado esquerdo do corpo, indisposição do ventre. Este medicamento é preferível ás mulheres. Nux cómica. - Paralysia das extremidades inferiores; bocca aberta com a mandíbula in- ferior pendente; vomitos e nauseas, rouquidão 105 com salivação; indisposição do ventre, somno- lencia continua. Opium. - O olhar fixo, com os olhos mui abertos ; olhos fechados, com somnolencia, rou- quidão, rosto vermelho, suor na cabeça, rosto c pescoço, salivação branca, pupillas insensíveis, e dilatadas; respiração lenta, com espuma na bocca : tensão tetanica de todo o corpo; ou bem tremor geral; pulso lento e dilatado. Convém especialmente aos velhos e bebedores, aos que levam uma vida sedentária, têm a cabeça mui grande e si dormem em qualquer parte, dando trabalho a despertal-os. O aconito só se emprega em casos mui raros, e quando a enfermidade tenha sido causada por uma forte cólera, pelo medo ou por uma insolação. Depois de acon., deve dar-se bell. Doses : - Os medicamentos deve-se dar dis- solvidos n'agua, uma colher de meia em meia hora, ou de hora em hora, até que se note alli- vio. A paralysia consecutiva á conclusão do ata- que, se domina pouro a pouco com arn„ bary. c. coccul. bell., nux. v., laches., zinc., dados em dóses únicas, elevadas, e esperando com calma o effeitode sua acção, sem mudar com frequên- cia de medicamento, cuja pratica é muito má. A sangria é um procedimento therapeutico de resultados funestos, tendo entre outros o incon- veniente da necessidade de sua repetição, ne- cessidade, que traz promptamente a morte. O tratamento homoeopathico, pelo contrario, mesmo nos casos desesperados, é de uma effi- cacia admiravel. Entre outros casos citarei tres, assistidos por mim, muito graves; c nos quaes apezar dos prognosticos funestos dos médicos allopathas, se verificou a cura. 106 Congestão cerebral CONGESTÃO DE SANGUE NA CABEÇA. 0 medicamento principal contra a congestão cerebral é acon., que se dará emquanto se vè que o doente vai melhorando, mas si em 24 horas não se observa allivio algum, dé-se bell. Estes dois medicamentos bastam pelo geral para curar esta enfermidade; mas ás vezes, quando a con- gestão é considerável, com grande encendia- mento do rosto, rouquidão c immobilidade do doente, é necessário dar opio, ás vézeshaque se recorrer a glon., merc., puis. estram, E' preciso ter sempre cm consideração as causas occasio- naes, a idade e o genero de vida e dè-se : Si a causa é uma despeita : cham.;- um ale- gria : coff. ; - um susto : o/nou acon. ; - uma tristeza, pezar: ign. ; - uma cólera : nux. v. ; - um esforço corporal : calc, rhus. ; - uma inso- lação ou forte calor : glon., ou acon., bell., bry., camph. ; - uma prisão de ventre : bry., nux-v., opio., sulph., ou lyc. Si se declara depois de uma queda ou forte commoção cerebral, cicuta. ; et si não bastar, arn., merc. s. Depois de hemorrhagias e outras perdas de líquidos orgânicos : China ou veratr., e também cale, c., nux-v., e sulph. Depois de um grande resfriamento em tempo chuvoso: Dulc. A que se apresenta nas jovens na época das primeiras menstruações: Acon., bell., op.,puls., sulph. Aos meninos durante a dentição : Bell., carb., ou acon., sulph. 107 Aos bebedores: Lach., nux-v., op., ou ars., bell., calc. c., stram. As pessoas que têm uma vida sedentaria : Nux-v., ou acon., sulph. Noscasos chronicos: Calc.,phos,. silic.,sulph. Dores de cabeça e enxaqueaca Esta é indubitavelmente a doença a mais fre- quente de todas; difficilmentc haverá uma pes- soa que não a tenha soffrido. A dor de cabeça é raras veze uma enfermidade idiopathica : é pro- vocada ordinariamente por uma influencia fu- nesta anterior, ou bem éo symptoma accessorio de outra enfermidade. As diversas classes de dores que occasiona a de cabeça, o assento des- sas dôres, os soffrimentos e as circumstancias que provocam, augmentam ou diminuem a en- fermidade, são tão numerosas, e nossa matéria medica é tão rica em detalhes deste genero, que escreveríamos sómente sobre esta enfermidade u m t ra ta d o. N ós n os co n t e n tare m os i n vesti ga n d o as differentes causas das dôres de cabeça, indi- cando seus medicamentos principaes, e con- cluiremos com algumas particularidades carac- terislicas dos medicamentos que se relacionam especialmente com a dôr de cabeça nervosa, ou enxaqueca. Tratamento : - Em todos os casos se procu- rará sempre a causa occasional, e a se tomará por guia para a escolha dos medicamentos. Si a dor de cabeça provém de um banho, dê-se : Antim. cr. Do uso da cerveja : Rhus. Do uso de bebidas alcoólicas Nw-v., ou ign., lach., rhod., selen., zinc. 108 Por haver bebido agua gelada : Bell., glon., (Hg.), ou ars., bry., carb. v. Por haver bebido vinho : Nux-v., rhod., silic., zinc. Do uso do café : Citam., ign., nux. v. De uina cólera : Cham., ou Zyc., natr. m., phos., rhus. De uma congestão cerebral : Acon., bell., bry., glon., nux-v. De prisão de ventre: Nux-v. De uma corrente de ar : Acon., bell., cina., ou colch., nux-v., valer. Depois de haver ido em carro: Sep. (Hg). De um desarranjo de estomago : yDz/zm. cr., arn., bry., ipec.,nux., v. puis. De um calor ou suffocação : Carb. v., ou acon., bell., bry., silic. Depois de haver escripto : Borax., cale., natr. m. Por uma emoção: Kreos., ou acon., bell., cham., ign., phos. De fome : Silic. De ventosidade : Sulph. Da gotta : Bry., ipec., ign., nux-v., sep., sulph. (Si as dôres são excessivamente fortes, dê-se colocynthis (Hg). De uso do leite : Brom. Da leitura: Arn., borax., kali., cina., ign. Do uso de limonadas : Selen. Si provém da luz das velas : Croc. Do dia : Sep. Da mastigação : Sulph. Do abuso do mercúrio : Hep., ou bell., carb. v., china. Depois de haver sonhado : Sulph. Da musica : Ambr., phosph., e tarant. (N). De cheiros fortes : Ign., selen. 109 De um resfriamento de cabeça : Bell., sep., ou puis, (depois de haver cortado os cabellos : Ars., bell., glon.). Durante as comidas : Graph. Depois das comidas : Amm. c., arn., bry., cale., carb. an., carb. v., cham., graph., hyos., lach., lyc., natr., m., nux m. nux-v., phosph., puls.,rhus., sep., zinc. De uma constipação ou defluxo : Acon., bell., bry., cham., lach., merc., nux-v., sulph. (J.) ou ars., cina. (Hg). Por haver sorrido : Phos. De um estremecimento:Am., ou bell., cicut., sep., phos. ac. Por haver estado ao sol : Natr-c. selen., va- ler. (B). ou : Lach., nux v. (J). Do uso de fumo : Acon., a.ntim. c., ign., magn. De uma demasiada tensão do espirito : Nux- v., ou anac., aur., cocc., colc., lach., natr.-c., sabad., silic., sulph. Do uso do chá : Selen. Do uso da carne : Nitr. A dôr de cabeça rheumatica exige, Cham., ou bell., nux. v., puis. (Hg.) ou acon., bry., china., merc., mez., spig. sulph. (.1). Si apparece com o crepúsculo : Ign. Em uma reunião numerosa de pessoas: Magn. Ao baixar a cabeça : Nitr. Ao volver a cabeça : Bov. Olhando fixamente para um objecto : Mur. ac., spong. Si não se puder averiguar a causa com certeza, ou bem se houver muitos medicamentos indica- dos para a mesma causa, de maneira que a pessoa pouco habituada á homoeopathia não sabe 110 qual escolher, se deverão tomar por guia, para a escolha, as seguintes indicações. NATUREZA DAS DORES. Dôres com debilitação '. Acon., arn., bell., bry. » coin adormecimento : Bell., calc., hyosc., phos., sab. » com zunido de ouvidos : Aur., » com calor na cabeça : Acon., arn., bell., bry., calc.., ipec., lyc., merc., nux. v., puis., petr., rhus., silic., sulph. » como se proviesse de um prego mel- tido na cabeça : Coff'., ign., nux. v., ruta. r em fôrma de golpes (ou pancadas) : Bell., bry., natr. m., nux. v., puis., sep., spong. » como se a cabeça estivesse a rebentar : Bell., calc., caps., china., natr. m., nux.v., spig., silic. » formigantes : Puis., rhus., sulph. » com vibrações nos ouvidos : Caustic., sulph. » lancinantes : Acon., arn., ars., bell., bry., china., con., natr. m>, nux., v., petr., puis, selen., sulph. » como se a cabeça estivesse completa- mente magoada : China., coffe., ign., nux. v., puis. d rapidas como raio : Arn., bell., bry., iyn. Assento das dôres Si as dôres se fixam : Na parte anterior da cabeça ou na frente, dc-se : Acon., antim. cr., arn., ars., bell., bry., 111 china. ,coloc.,hyosc., ign., merc, natr-m.,nux. v., plat., puis., rhod., sabin., sep., silic. Nas fontes ; China., phos. ac., rhus. Na parte superior da cabeça : Ambr., china, cocc., cupr., lach., stram., thuya., veratr. No occiput (atraz) : China., colch., ign.,nux. v., puis., rhus., spig., spong. No lado direito da cabeça : Bell., bry., canth., cina., caust., dros., ign., sabina. No lado esquerdo da cabeça : Amór., arn., caps., china., croc., coloc., iod., nitri, ac., plat., rhod., samb., sep. Aconitum. - Dores lancinantes e de golpes. - Sensação como se a fronte estivesse pesada ou de uma bola que subisse a cabeça, ou dôres belliscantes e caimbrosas na raiz do nariz. AnZzmomwm crudum. - Congestão cerebral e hemorrhagia pelo nariz. - Dôres com nau- seas, que augmentam depois das comidas e pela tarde, e diminuem ao ar livre. - Depois de se haver banhado, fumado, ou depois de um desarranjo de estomago. Apis. - Parece que a cabeça está demasia- damente pesada ou é mui grande. - Nas pes- soas que padecem a urticaria. Arnica. - Depois de uma queda, \ingolpe, uma pancada. - A cabeça arde, emquanto o corpo está frio. Arsenicum. - Depois das comidas; allivio com emplastro de agua fria e como o ar quente. - Dôres quando se volve com zunido de ouvidos. Belladona. - Que provém de congestões san- guíneas com dôres contusivas como se a cabeça estivesse a estallar, ou sensação de íluctução de agua na cabeça, nervosas (enxaqueca), diaria- mente desde ás 4 da tarde até ás trez de manhã : peiorando-se com o calor de cama e estando 112 deitado. - Depois de um resfriamento da ca- beça. Inchação e pulsação das veias; calor e vermelhidão do rosto (também ás vezes pallidez), adormecimento, faiscas diante dos olhos. Bryonia. - Pesadez da cabeça com pressão penetrante, como si o ccrebro estivesse á sahir de seu logar. - Dôres dilaccrantes, unilateraes (á direita), que vão desde a cabeça ás faces. - Dôres oppressivas como se serrassem a cabeça, ou como se estivesse a cstallar. - Hemorrhagia pelo nariz. Cara encarnada, inchada : calor na cabeça (estando mesmo o corpo frio); sêde. - Nauseas ; sensação de dcsfallecimento quando andando. Calcareacarbonica.-De natureza paralysante e adormecedora, provindo de uma congestão sanguinea. - anémi- cas. - Provocadas por um esforço. - Dôres con- tusivas, com sensação de calor e frio : ou semila- teraes (enxaqueca). Arrotos inúteis; nauseas; vertigens : cara encarnada e inchada. - Sensa- ção de frio no interior ou ao exterior da cabeça. Capsicum.-Enxaqueca hysterica. Accessosde dôres de cabeça de um só lado e com atordoa- mento; nauseas e até vomitos. - Caps. convém principalmente ás pessoas íleugmaticas. Carbo vegetalis. - Produzidas pelo calor da luz. Tensão de caimbra no cerebro. - Dôres que vêm da nuca, com nauseas. Sensibilidade mórbida do exterior da cabeça, mesmo com a pressão do chapéo. Chamomilla. - Dôres semilateraes, dilace- rantes que vão desde a fronte ás mandíbulas. - Rheumaticas, depois de um suor supprimido. Dôres com vermelhidão de uma das faces. China. - Dôres de cabeça depois deperdas de sangue, ou depois de enfermidades debilitantes. 113 Insomnia durante a noite. Pancadas na cabeça e palpitações nas fontes. Grande sensibilidade do couro cabelludo. Coffea. - Enxaqueca, com dôres semilateraes e atordoamento. Sensação como si se introdu- zisse um prego, ou como si o cerebro estivesse despregado e triturado. - As dôres de cabeça são geralmenle causadas pela meditação; pela cólera; por um resfriamento, por umaindigestão. Colocynthis. - Dôres de cabeça goltosas ou nevrálgicas no mais alto grão. Accessos de dor, que reapparecem depois de todos as comidas ou todas ás tardes, com grande inquietação e angustia. Durante os accessos, ourina abun- dante e clara como a agua. Fora dos accessos é nauseabunda e pouco abundante; o suor tem c cheiro da ourina. Glonoin. - Dôres de cabeça congestivas que sobrevêm subitamente. Dôres unilateraes acima dos olhos; se fazem sentir durantes os grandes calores e durante todo o verão; augmentam e diminuem lodos os dias com o curso do sol; o doente é mui sensivel á seus raios. Pulso acce- lerado. Cara encarnada ; suor na cara. - Perda de conhecimento. Ignatia. - Dor de cabeça hysterica. Dôres que se fazem sentir de dentro a fóra; ou pan- cadas fronte e raiz do nariz. - Sensação como se as fontes estivessem traspas- sadas por um prego. Dôres de cabeça causadas por uma cólera ou um desgosto. - Nauseas : escurecimento da vasta, medo á luz; rosto pal- lido, ourinas fétidas. (Dg.) Convulsões nas mulheres debeis. (Goullon.) Ipecacuanha. - Dôres de cabeça gastricas; com nauseas e vomitos. Sensação como si o craneo estivesse magoado. MED. DA FAM. 114 Kali-bichr. - Accessos periódicos de dôres de cabeça semilateraes, circumscriptas á um pe- queno espaço. Completo escurecimento da vista, seguido de uma violenta dôr de cabeça que obriga deitar o enfermo, aversão ao ruido a medida que augmenta a dôr de cabeça, a vista se escurece. (L.) Lachesis. - Dôres de cabeça causadas por rheumatismo, são precedidas de tensão da nuca. Lycopodium. - Dôres com atordoamento, fraqueza, dilacerantes; sobretudo, pela tarde de 4 a 8 horas são mais fortes. Dôres de cabeça depois do almoço. (Nux. moscata.) Mercurius. - Dôres de cabeça congestivas, ca- tarrhaes, rheumaticas ou syphiliticas. - Sensa- ção como si a cabeça estivesse comprimida por uma faxa, ou como se estivesse a estallar. O assento principal das dôres é na fronte e fontes. Dôres d ila- cerantes que se fazem sentir nos dentes molares e no pescoço. Pancadas dolorosas no ouvido (esquerdo). Suores nocturnos que não alliviam. Natrum muriaticum. - O despertar pela manhã é acompanhado de uma violenta dôr de cabeça. (G.) Sensação de oppressão nas fontes e de pressão na parte superior da cabeça, de pulsação sobretudo na fronte, assim como si a cabeça estivesse a estallar. Nux moschata. - Dôres de cabeça depois de almoçar, acompanhadas de somnolencia. As fontes estão mui sensiveis á toda classe de pressão. Sensação como se o cerebro estivesse ou fosse sacudido. Este medicamento convém principalmente ás mulheres sensiveis e de humor inconstante. Nux vomica. - Dôres de cabeça congestivas, gastricas, catarrhaes, rheumaticas; nevrálgicas, nas pessoas que solTrem de hemorrhoides, nas 115 que levam uma vida sedentária. - Dôres de cabeça pelo abuso do vinho ou café, ou pela prisão de ventre. Sensação como se collocassem um prego na cabeça com pressão, pezadez, ou bem como si o cerebro estivesse dividido em pedaços e triturado. Nauseas e vomitos. Zuni- dos na cabeça. Cara pallida e alterada. Platina. - Dôres de cabeça nevrálgicas. Au- gmentam pouco a pouco e diminuem o mesmo (Stront). Dôres belliscantes ou picantes, como si ferissem as fontes e fronte. Sensação de ador- mecimento. Sensação como si a pelle do craneo se cortasse. Sensação como se houvesse agua na fronte. Frio nos ouvidos, olhos ou na cara: faiscas diante dos olhos. Os objectos parecem mais pequenos. Pulsatilla. - Dôres de cabeça gastricas, calar- rhaes, rheumaticas, que provém de anemia ou de um desarranjo de estomago e da menstruação. Dôres de cabeça nas pessoas cuja constituição reclamapulsatilla. Dôres dilacerantes, convulsi- vas, semilateraes, palpitações, etc. Vertigens; de- sejos de vomitar; zunidos ou dor nos ouvidos; carapallida; falta desède e de appetite; calafrios. Rhus tox. - Dôres de cabeça rheumaticas, ou causadas por um banho; ou bem calor na ca- beça causado pela cerveja. As dôres se sentem até nos ouvidos, a raiz do nariz e nos queixos. Sensação de vacillação de cerebro ã cada passo. Vermelhidão do rosto. Sanguinaria. - E' um dos primeiros medica- mentos que ha que dar em uma enxaqueca, si as dôres começam pela manhã cedo e duram até á noite. (Hg). A cabeça parece que está tão pesada que vai a estallar; dôres dilacerantes, pulsativas, em toda a cabeça; sensação, como si os olhos quizessem 116 sahir de suas orbitas; vem acompanhadas de calafrios, nauseas, vomitos, e obrigam ao en- fermo deitar-se, porque toda especie de movi- mento os aggrava. Segundo R. é conveniente sanguinaria si as dôres começam no occiput, si estendem em toda cabeça, e concluem por fixar- se ao lado do olho direito. Sepia. - Dôres de cabeça gottosas ou nevrál- gicas ; enxaqueca que provém de um pletora abdominal ou de um desarranjo de menstrua- ção. Dôres lancinantes, pulsativas, por cima de olho direito ou na fonte, são tão fortes que fazem gritar. Nauseas e vomitos. Silicea. - Medicamento principalmente em- pregado contra as dôres de cabeça chronicas de diversas classes, com atordoamento, dilaceran- tes, convulsivas. Dôres de cabeça que começam na nuca e se estendem pela cabeça ; ou dôres que se estendem até o nariz e a cara. Suores na cabeça; pesadez na cabeça com sensibilidade da pelle da mesma. - Queda dos cabellos Spigelia. - Dôres de cabeça nevrálgicas e rheumaticas, com peso, dilaceração e lanceta- das. Enxaqueca que se apresenta periodica- mente; que augmenta e diminue com o sol. Sulphur. - Dôres de cabeta causadas por con- gestões sanguíneas, por uma pletora abdominal (Hemorrhoidas), ou por erupções recolhidas; dôres de cabeça chronicas, gottosas e rheuma- ticas. Congestão com palpitações que sóbem do peito á cabeça, lancetada, magoamento, ou sen- sação como si a cabeça estivesse a estallar. Dôres oppressivas, dilacerantes, lancinantes, pulsati- vas; sensação de formigamento e zunidos na cabeça ; ou sensação como se um circulo ro- deasse a cabeça. As dôres de cabeça se aggra- vam pelo geral ao ar livre e se alliviam na ha- 117 bitação. Nauseas e vomitos. O doente é inclinado enrugar sua fronte. Delírios e loucura; desva- necimentos; frio (com sede); suores frios, nau- seas, vomitos e ourina abundante. Veratrmn. - Dôres de cabeça gastricas ou nervosas. Dôres oppressivas, pulsativas, sensa- ção como se uma cinta opprimisse fortemente a cabeça (de um lado), ou como si o cerebro es- tivesse triturado. Inflammação do cerebro ENCEPHALITES MENINGITE HYDROCEPHALO AGUDO Podemos tratar destas trez enfermidades con- junctamente, porque não se trata aqui de outra cousa mais que chamar a attenção do leitor so- bre os primeiros symptomas de uma enfermi- dade do cerebro, afim de que se possa buscar em tempo os auxílios de um medico. Symptomas: - Estas enfermidades começam porinsomnia ou por um despertar brusco e assus- tado, por gritos constantes e entrecortados, por grande medo á luz e ao ruido.O doente se assusta facilmente, range os dentes, é accommetlido de ligeiras convulsões e violentas dôres de cabeça. Desde que se manifestam estes symptomas nos meninos, ou nos adultos, c preciso buscar sem demora um medico homoeopatha. Só quando não ha na localidade, ou emquanto se vai bus- car e vem, pódem dar-se os medicamentos abaixo. Causas: - A tuberculose, as febres graves, sof- frimentos verminosos, insolação, sotírimentos 118 dos intestinos, congestões do cerebro, erupções recolhidas, etc., etc. Tratamento: Aconitum. -Quando ha febre, agitação ; insomnia, etc. Belladona. - E' mui efficaz quando o doente tem fortes dôres de cabeça, horror a luz, os olhos injectados de sangue, e um delirio vio- lento ; movimento convulsivo dos membros; con- tracção espasmódica da garganta ; calor intenso na cabeça com inchação das veias da fronte, fontes e pescoço; cara encarnada e inchada, somno soporoso e olhos meio abertos. Bryonia. - Calafrios prolongados, calor na cabeça e grande sede; dôres de cabeça, desejo continuo de dormir, delirio, gritos, sobresaltos. Bina. - Naspessoasquepadecem de lombrigas. Vomitos continuos, rangimento de dentes, pru- rido incessante no nariz e ás vezes no anus, com os demais symptomas da enfermidade cerebral. Opium. - Quando ha adormecimento, somno profundo com rouquidão, cara rubicunda, im- mobilidade, olhos meio abertos, prostração pro- funda, com extremo indifferentismo. Stramonium. - Delirio furioso, violento, com esforços para arrojar-se da cama, desejando morder, esfaquear e fazer damno a todos os que cercam o doente ; gemidos, inquietação inces- sante, insomnia, olhar fixo ; ou bem somno quasi natural, mas com gemidos, estremecimentos do corpo, gritos e agitação. Apis. - Convém sobretudo aos meninos que despertam gritando, quando o hydroccphalo é agudo e otem precedido uma erupção erysipcla- tosa ; quando ha prostração de forças com perda do conhecimento, quando está paralysado um lado do corpo, os dedos dos pés dobrados, os 119 olhos fixos, ha nauseas estando deitado ; o hálito é fétido e a lingua ferida. Sulphur. - Se prescreve nos casos em qne o hydrocephalo se desenvolve lentamente depois de erupções chonicas da pelle. A cabeça cahe para trás. 0 doente deseja estar deitado com a cabeça para baixo. Seu rosto está ora encarnado, ora pallido; quando levanta a cabeça tem nau- seas. Sua bocca exhala um odor acre. A ourina é como si estivesse misturada com farinha. (Hug.) Para o hydrocephalo chonico Granvogl indica como medicamento principal cal. carb., ou phosph. em triturações baixas. Si, por não haver medico homoeopathana lo- calidade, houver necessidade de consultar um medico allopatha, mzo deve-se permittir nunca applicar neve ou gelo sobre a, cabeça do menino ; este é um tratamento irracional que póde trazer a morte. Os emplastos de agua quente, como os tem recommendado o celebre Romberg, ecomo se empregam nas inflammações do ventre e outros orgãos, são muito mais preferíveis. Além dos medicamentos que acabamos de indicar, se póde fazer uso dos seguintes : Arnica. - Si a enfermidade provém de queda, um golpe, uma pancada, etc. Glonoin., bell., bry., contra as más conse- quências de uma insolação. Apis., bell., rhus., si a enfermidade se declara depois de uma erysipela ou escarlatina. Glonoin., laches (Hg.) e bry., quando se ha applicado gelo ou neve na cabeça. Bell., hep., merc., ou puis., depois de um íluxo de ouvidos recolhido. Dóses : - Veja se á pag- 24. 120 CADEIRAS Inflammação da articulação das cadeiras COXARTROCACE -COXALGIA. Definição : - Esta é uma enfermidade que se observa com alguma frequência na primeira e segunda infancia, e ainda na puberdade. Se des- envolve regularmente com lentitude depois de uma queda,depois de um golpe, um resfriamento, etc. ; mas no fundo póde descobrir-se uma dys- crasia. Geralmente é producto do vicio escro- phuloso, do syphilitico hereditário e também do herpetico, sendo o primeiro o mais frequente. Symptomas : -0 doente se quiexa ao principio de dores no sacro e começa a cossar. A inflam- mação da articulação das cadeiras, e do tumor mais ou menos pequeno, e ás vezes bastante grande que se fórmã (coxartrocace), a perna doente se alonga, e quando se aperta a cabeça do osso femur contra a sua cavidade (cotiloidea), se sentem fortes dôres. Se a enfermidade se adianta, a cabeça do femur se desloca e a perna se dis- tende. Mais ou menos tarde, c si a enfermidade não se cura, ou se estaciona, como succede ás vezes, sobrevém a suppuração e carie do osso, e o doente morre de extenuçao e inanição. Thatamento : - Ao principio da enfermidade deve dar-se principalmenle : 121 Belladona, depois merc., e si não bastarem sulph.; si não produzem effeito algum, coloc., e depois rhus. ; mais tarde calc., silic., ou kali. c., lyc., phos. Quando a suppuração é mui abundante, o doente está mui fraco, com augmento de febre pelas noites, suores, diarrhea, etc., consulte-se : Asa fa>f,., phos., silic., sulph. (Alvarez). Segundo o Dr. Jeanes, stram., é o medica- mento principal contra a inflammação das ca- deiras do lado esquerdo, (1{) recommenda em todos os abcessos que fazem soffrer ao doente. Se a perna se alonga dè-se : Coloc., kreos., rhus., sulph., (B) e thuya (Wolf). Si se entorta : Ambr., coloc., mez., oleand., phos., sep. (B). Para coxalgia, ou dores nervosas e rheuma- ticas, que invadem as articulações das cadeiras e regiões immediatas, pódem prescrever-sc os medicamentos consignados no artigo Sciatica, e si não bastarem, consulte-se : Bry., calc., canth., hepar., merc., sep., staph., sulph. A claudicação espontânea depende na maioria dos casos de uma affecção da articulação das cadeiras, mas ás vezes se apresenta sem outros symplomas geraes nem locaes. Se observa de preferencia nos meninos. Quando é verdadei- ramente espontâneo sem outros symptomas, dè-se : Merc. sol., e si não bastar, prescreva-se óe/Z., oubem calc. c., coloc., rhus., silic., sulph. Si depende de um coxartrocacc ou coxalgia prescrevam-se os medicamentos destas enfer- midades. Para a inflammação rheumatica ou rheumatismo agudo da articulação das cadeiras, consultem-se e vejam-se os medicamentos do artigo rheumatismo. 122 CAFÉ Soffrimentos pelo abuso do café Os medicamentos principacs contra os sym- ptoinas produzidos pelo abuso do café, são: Nux. v., cham., ignat. Nux. v. - Grande impressionabilidade de todo o systema nervoso; dôres de cabeça pene- trantes como se introduzissem um ou maispregos na cabeça, aggravadas com toda especie de mo- vimento, dôres violentas de estomago; humor irascivcl, colérico; insomnia, palpitações de coração, prisão de ventre, arrotos, e azias de estomago. Chamomilla. - Dôres de estomago que cessam por mais ou menos tempo com o uso do café; dôres de cabeça e nos dentes molares, sensi- bilidade excessiva de todo o corpo, com gritos, pranto e desesperação; cólicas intensas; aggra- vação de todos os symptomas com a quietação; allivio com o movimento, c desejo de estar em movimento continuo. Ignatia. - Dôres de cabeça oppressívas, pe- netrantes, com pulsações em toda a cabeça, e que se allivia abaixando-se, debilidade geral e localisada ás vezes no estomago; cólicas com prisão de ventre ; tristeza, melancolia e pranto continuo, alternando com desesperação, e ás vezes posto que raras, alegria. Póde-se também consultar no caso de neces- sidade: Canth., caustic., cócc., sep., ipec., lyc., merc., puis., sulph. 123 CALLOSIDADES A consequência de fortes e continuadas pres- sões exercidas, por mais ou menos tempo, já por calçado estreito ou curto, já por pregas ou cos- turas, pelo contacto habitual de um corpo, por trabalhos rudes, ou emfim por outra causa qualquer, vê-se desenvolver na pelle das mãos c pés callosidades mais ou menos grossas, que produzem uma moléstia, pelo commum insup- portavel,e que são susceptiveis de inflammar-se e tornar-se mais ou menos dolorosas. Si descn- volvem-se mais commummente na palma das mãos e planta dos pés. Para combater com exilo as callosidades é preciso antes de tudo procurar a causa que as tem dado origem. Contra as callosidades das mãos: em primeiro logar: Graph., e si este não bastar: Sulph., e também : Amm. c., e lyc. Contra as callosidades dospés, o medicamento principal é : Antim. cr., que quasi sempre as cura, por grossas que sejam. Nos casos que assim não succeda e as callosidades resistam ao dito medicamento, se dará silic., e si este não bas- tar, lyc. Para as callosidades que se formam ás vezes entre os dedos dos pés, se prescreverá : Graph., e em caso que este não as cure, antim cr. Assim as callosidades como os callos (e n'cstes apezar de sua extirpação e de remover a causa que os sustém e ha produzido) apresentam em occasiões dôres e inllaminação, de que parti- cipam as regiões que os rodeiam, e requerem os medicamentos seguintes : 124 Contra as dôres em geral, que não se pódem classificar: Bry., calc., caustic., e dulc. Sensíveis ao lacto : Lyc., silic., ou bem bry., hepar., kali. c. Contra as que causam uma especie de ardor ou queimadura: Amm. cr., baryt. c., phosph. ac. rhus. t. Para as dôres como si houvesse uma escoria- ção ou ulceração : Ignat., sepia, em segundo logar : Amb., bry., calc. c., lyc. Dóses : - Veja-se á pag. 24. CARBÚNCULO Definição : -O carbúnculo é um tumor gan- grcnosode curso rápido, mui grave, que se apre- senta em diversos pontos da pelle. Ha duas classes de carbúnculos, o symptomatico e o idiopatico. Causas : - Padecem o primeiro, os que vivem com más condições hygienicas, como sâo : máu regiinem, uso de alimentos escassos ou máus, o trabalho excessivo em um dia de sol abrazador, o cansaço considerável, as aguas impuras, a miséria, etc. O segundo, ou seja o carbúnculo por inocula- ção, o idiopatico, é divido á acção do virus car- bunculoso dos animaessobre a pelle do homem, e o padecem de preferencia as pessoas que se acham em relação, constantemente com os animaes, como são os pastores, esfoladores, carniceiros, vaqueiros, etc. Esta enfermidade tão grave re- quer a assistência de um medico homoeopatha 125 experimentado; mas nos casos em que não haja ou resida distante da localidade, faça-se o que aconselhamos em seguida. Symptomas: - Esta doença desapercebida ao principio para alguns, começa pelogeral por uma diminuição considerável de forças, e ás vezes por uma sensação de miséria ou de terror profundo, inexplicável. Uma ou muitas pustulas se apre- sentam depois no ponto cm que se ha de desen- volveraenfermidade, se abrem derramando uma serosidade roxa, que vem acompanhada de um ardor e comichão insupportaveis. Se vai pouco a pouco ou rapidamente formando um tumor em cujo centro se manifesta um espaço negro como o carvão. A cutis torna-se reluzente, ha muita dureza, e do centro do tumorpartemdôres ferinas,intensas, que ás vezes produzem desmaio, e toda a pelle do corpo accusa um calor ardente. Segundo o processo da enfermidade, augmenta a gangrena das partes que rodeiam o carbúnculo, se formam novas pustulas ás vezes, o pulso se torna pequeno e concentrado, e se apresentam successivamente todos os symptomas da adynamia, com grande prostração de forças, o soluço, a suffocacão, suores frio, etc. Tratamento : - Se a enfermidade se trata em seus primeiros symptomas deve dar-se arn., uma colher de trez ou quatro em quatro horas, e logo nux. v. si a primeira não bastar. Quando se acha o doente com muita febre, sede, agitação, dores intensas, não havendo gan- grena, ou existe uma pequena extensão, prescre- va-se «cora., uma colher de duas, trez ou quatro em quatro horas, até que se hajam abatido ossympto- mas febris.Mas o medicamento principal, o especi- fico por dizel-o assim do carbúnculo é ars., que ha que administrar com muita frequência ao prin- cipio, até conseguir que o tumor adquira bom aspecto, se limite á gangrena, e diminuam ou desappareçam as dôres insupportaveis, que ex- perimenta o doente e não o deixam um momento de descanço; segundo se vai notando o allivio, se vão alongando as épocas de administrar o me- dicamento. Se póde dar depois da arn., onacon., segundo os casos e também segundo o periodo da enfermidade em que se começa a medicar o doente. Ha casos em que ha que recorrer a outros medicamentos, como são : apis., china,, hep., lach., lyc., merc., nitri, ac., rhus., silic., stram. Meios auxiliares : - Sobre o carbuncuio ainda por ulcerar-se collocará um pedaço de panno embebido em azeite dòce; aberto, fios do mesmo modo. 126 CAIMBRAS O medicamento principal contra as caimbras é veratr.; si não bastar dê-se cupr. m., si tão pouco este fôr insufficiente, consulte-se Camph.., colc., sulph. SCIATICA Dor sciatica - Nevralgia sciatica Definição : -A sciatica é uma verdadeira ne- vralgia do nervo sciatico, no que a articulação da cadeira nada padece. (O que se chama scialica 127 do lado anterior do musculo não é, propriamente fallando, uma verdadeira sciatica; mas sim uma nevralgia do nervo crural). Causas : - Esta enfermidade dolorosa e tenaz e pelo commum de naturaleza rheumatica, e é causada por um resfriamento. Tratamento : - O Dr. Ilering proporciona as indicações seguintes: Belladona. - Sciatica com dores nas cadeiras, sobretudo pela noite. As dôres obrigam o en- fermo a mudar de posição. Grande sensibilidade ao tacto, mesmo ao contacto dos vestidos. As dôres na perna não são supportaveis a não ser tendo-a suspensa. Camomilla. - Sciatica (do lado esquerdo). - Dôres tractivas desde as cadeiras ao joelho ou dôres desde o sacro ás plantas dos pés. Augmen- tam pela noite, e obrigam o doente a gritar com o inais ligeiro movimento. Depois dos accessos, ha uma sensação de adormecimento (nas partes doentes). Coffea. - As dôres se aggravam ao andar, se alliviam com a pressão. As dôres se apresentam por accessos, são dilacerantes e lancinantes, se aggravam pela tarde e durante a noite, com in- quietação e insomnia. • Colocynthis. - Sciatica (do lado direito), que obriga o doente a guardar o mais absoluto re- pouso,porque qualquer movimento asaugmenta. Dôres rapidas como o raio, desde o osso sacro até a planta dos pés ; os symptomas se aggravam pela tarde e noite; o doente tem grande desejo de beber agua. Quando cessam as dôres, cahe a parte affeciada como morta e insensivel. Ignatia. - Sciatica chronica, intermittente, 128 que diminue no verão, augmentando no in- verno. Palpitação violenta como se as cadeiras estivessem a saltar, frio e sède seguidos de calor, sobretudo na cara. Nux-v. - Sciatica com dòres da cadeira á curva. Augmentam ánoite, levantando a perna. O doente padece sobretudo quando tem necessi- dade de obrar de ventre. Pulsatilla. - Sciatica (esquerda) a todo o longo do nervo ; as dòres obrigam o doente a mudar de posição, ainda que o movimento as augmente se vê accommetido de angustias tão fortes, que chora frequentèmente ; não tem sêde. A enfer- midade augmenta pela noite. Quanto mais au- gmentam as dòres, mais calafrios ha. Rhus.-Sciatica por haver-se molhado o doente ou haver feito um esforço. Dòres com adorme- cimento, formigamento ou tensão paralytica do membro enfermo. Augmentam com o repouso. Dóses : - Veja-se á pag. 24. CHLOROSIS Cores pallidas das donzellas ANEMIA - FALTA DE SANGUE - OPILAÇAO Nesta enfermidade tão frequente nas jovens, é preciso ler muito em consideração a mens- truação. Si esta é ordinariamente escassa e irre- gular, e mesmo tardia, dê-se puis., ou sulph., ou bem : Kali. c., lach., sed., e ainda calc. c. Si é mui abundante ou se adianta, dê-se : Calc. c., ou nux. v., ferr., cina. bell. 129 Si está recolhida: Con. m., graph., bali. c., lach., puis., sep., sulph. Segundo o Dr. Wolf, thuya deve ser un medi- camento especifico contra a chlorosis. Nas anemias por diversas outras causas o Dr. Schsedler recommenda natr. m., quando as doentes têm com frequência accessos de debili- dade como si fosse o principio de um ligeiro desmaio acompanhado de nauseas. Si as doentes houverem feito abuso do ferro em dóses allopathicas, é preciso lhes dar com insistência pulsat., e, si este não bastar, hepar. Si não houverem feito uso do ferro, se lhes póde dar uma trituração baixa de ferr. m., ou agua mineral ferruginosa em pequenas dóses, durante duas ou Ires semanas tendo cuidado que as doentes passeiem meia ou uma hora depois de tomar agua mineral. CHOLERA Cholera morbus asiatico - Cholera epidemico Definição:- 0 cholera é como todo mundo o sabe, uma enfermidade mui perigosa, e que oc- casiooa um prompla morte ; se estende de tempo em tempo por diversos paizes em fórma de epi- demia. E1 um facto qui a medicina allopathica tem obtido resultados escassíssimos no seu trata- mento n'esta enfermidade, porque quasi sempre perde 50 por cento. A homoeopathia, pelo con- trario, perde tempo médio 10 por cento, e ainda menos como succcdeu na epidemia de 1855 e 65. MED. DA FAM. 130 Regímen : - Quando o cholera se declara, de- ve-se recommendar a todas á pessoas de preser- varem-se de toda classe de excessos, das bebidas alcoólicas, das verduras, dos refriamentos e mo- Ihaduras, e de evitar tudo o que não se poderia supportar no estado de saúde, e sobretudo deve recommendar-se que não se descuide a diarrhéa incipiente. Os partidários da homoeopalliia devem sempre prover-se em ume epidemia dos preservativos que logo indicaremos, porque em uma enfermi- dade que tem um curso tão rápido, é mui impor- tante não perder tempo, e que o doente não use medicamento algum allopathicoemquanto chega o medico homoeopatha. Preservativos : - Vários são os preservativos recommcndados pelos médicos homoeopalhas contra o cholera. Úns recommendam Ipec., ars., e veratr. Outros .Ars., veratr., e cupr. Outros Phosph. ac.,ars., e carb. v., e outros finalmente só a camph. cm tintura inãi. De lodos estes preservativos, os mais seguros e efficazes são : ylr,s'. c Veratr. e são os que re- commendamos efficazmcnte a todos os partidá- rios do systema homoeopathico, para que os usem do modo seguinte: De dons ou de trez em trez dias tomar-se-ha uma dose de duas gottasou quatroglobulos dissolvidos em duas colheres de agua, hora e meia antes do almoço, de ars. e de veratr., no outro segundo ou terceiro dia, isto c, que cm cada segundo ou terceiro dia tomar-se-ha uma vez ars., e outra veratr., e assim em seguida até que dcsappareça a epidemia, tomando-os alternados. Si a epidemia fôr mui intensa, póde-se tomar do modo acima indicado, um dia ars., e outro 131 veratr., até que vá diminuindo, em cujo caso tomar-se-ha de trez ou de quatro dias uma vez ars., e outra vératr. (Alvarez). Symptomas: - Caracterisa-se por nauseas e vomitos de matérias esbranquiçadas, diarrhéa com fortes dòres de ventre, aguada e parecida com a agua de arroz, sede intensa, frio, desfigu- ração do semblante, etc. Tratamento: - Ars., c o principal medica- mento, e si ao cabo de duas ou trez horas não houver allivio algum recorra-se á veratr. Estes medicamentos devem dár-se segundo a urgência do caso de dez em dez minutos, de quarto em quarto de hora, de meia en meia hora; demorando as dóses segundo se vai de- clarando o allivio. Cuprum. - Quando aos symptomas mencio- nase une a côr cionotica ou azulada do sem- blante.e fortes caimbras nas extremidades. Camphora. - Quando ha suinma prostração de forças, frialdade glacial da pclle, horror ao calor exterior c a todo abrigo, porque o doente cre que se vai asphyxiar. Carbo-veg.- Nos casos desesperados, quando se crê que o doente está a expirar, o pulso é apenas perceptivel ao tacto, o hálito é frio; ha insensibilidade completa. Quasi sempre produzirá na maioria dos casos uma reacçãosuf fiei ente, para que clle ou qualquer dos medicamentos já mencionados consigam a cura do doente. - Alvarez. Segundo o Dr. Lippe,secfl/6j-e. foi o especifico em uma epidemia de cholera em Philadelphia. As principaes indicações eram: grande desejo de bebidas acidas e grande aversão ao calor 132 exterior, de sorte que, os doentes não queriam deixar-se abrigar bem. 0 Dr. Boyce recom- menda aconit. em baixas diluições, como medi- camento principal contra o cholera e mesmo em seu ultimo periodo (algido). Si sobrevindo a reacçào apparecer o typlio, o que succede frequentamente com o tratamento allopathico, recommendamos principalmente : Rhns, ou bry. (veja-se esta moléstia). P. S. - Succede em geral com o cholera o que com outras enfermidades epidemicas : o caracter epidemico póde variar de tal modo, que medicamentos mui efficazes em uma epi- demia, não produzem effeito algum em outras. Todavia, em todas as epidemias até agora con- hecidas do cholera, ârs., et veratr. têm sido siempre os medicamentos principaes e que hão triumphado dos casos mais graves. Dóses : - Veja-se a pag. 24. CHOLERINA Diarrhéa cholerica ou cholera sporadico Esta enfermidade é pouco perigosa, e raro é o doente que morre, pelo menos com o trata- mento homceopathico. O medicamento principal para a cliolerina é ipec., medicamento que na maioria de casos bastará para cural-a: si a diar- rhéa for acompanhada de ruido de gazes, dê-se phosph. ac., ou bem podophyl. e croton tig. Nos casos em que nenhum d'esles medica- 133 mentos haja produzido allivio, recorra-se a «r.ç., ou veralr., que qualquer d'estes acabará a cura. COLIGAS Deve-se antes de tudo investigar a causa da cólica : por isso se classificam as differentes cóli- cas como se segue, indicando os medicamentos que respectivamente as convém. Cólicas por indigestão de alimentos Geralmente faz-se desapparecer com uma pe- quena chicara de café ; si isto não bastar, dé-se : Tratamento. - Arsenicum. - Si se houver tomado agua gelada. Ipecacuanha. - Depois de haver comido sa- ladas, fructas acidas, ou alimentos en grande quantidade e de difficil digestão. Nux-vomica. - Aos affeiçoados de manjares succulentos e bebedores. Pusatilla. - Depois de haver tomado alimen- tos, ou depois de um resfriamento de estomago. Cólicas nervosas O medicamento principaléco/oc.-SegundoR. podem ser indicados os medicamentos seguintes: Tratamento : - Belladona. - Quando houver dôres na região umbilical, como se ferissem ou arranhassem os intestinos. As dôres diminuem com a pressão exterior. Ignatia. - Quando as cólicas são a conse- quência de um desgosto ou susto. Opium. -Depoisde um susto grande esúbito. Plumbum. - Quando os accessos têm logar com retraeção do umbigo. O Dr. Baehr recom- menda além de plumb., cupr., e zzrs. 134 Cólicas rheumaticas Provêm de um resfriamento ou por haver se molhado todo o corpo. Tratamento : - Aconitum. - Depois de um resfriamento ao ar secco e frio, ou bem depois de um suor recolhido. Dulcamara. - Quando se houver molhado os pés. Rhus. - Quando estando suado o corpo houver sido completamente molhado pela chuva, ou depois de um resfriamento e sobretudo de um banho. Segundo o I)r. Baehr, cupr. é o medicamento por excellencia n'esle mesmo caso, de modo que parece inútil indicar outro, Cólicas ventosas Se caracterisam por inchação e ruido de ven- tre; os gazes estendem-se pela região superior d'aquelle e difficultam a respiração ou bem op- primem a bexiga e o intestino recto. Tratamento. - Belladona. - Quando na su- perfície do ventre se fórmaum tumor oblongo na direcção transversal, com congestão de sangue na ca boca. 135 Carb. v. - Si as cólicas forem acompanhadas de arrotos acres e fortes, sem produzir um allivio sensível (R). Cltamomilla. - Quando as cólicas forem con- sequência de cólera, e os arrotos frequentes são acres e penosos. China. - Si os gazes ao expellirem-se não produzem allivio. (G). Lycopodium. - Nas pessoas que padecem habitualmente prisão de ventre, quando os gazes comprimem a bexiga e o recto. (R). Nux-vomica. - Si os gazes comprimem for- temente o peito, a bexiga e o recto (Baehr). Opium.-Si os gazes comprimem em demasia a bexiga e o recto, sem que haja expulsão de gazes, nem evacuações de ventre nem de ourina (R). Para combater promptamente toda classe de cólicas, ou dores de ventre, recommenda- rnos as indicações seguintes filhas de nossa observação e pratica. Arsénico. -Quando houver frio geral, cornou sem caimbras nas extremidades, sêde ardente, bebendo pouco de cada vez, excessivas, como si atravessassem o ventre com brazas, dôres em fôrma de caimbras, voinitos aquosos ou biliosos com movimentos ás vezes dos intestinos ; ancie- dade extrema com preoccupação de que sua morte é segura. Belladona.-Quando as dôressão tão violentas, que o doente perde a razão e delira continuada- inente ; as dôres produzem uma sensação par- ticular como si todo o conteiido do ventre fosse impellido a sahir pelos orgãos gcnitaes ; estas produzem ás vezes uma sensação como si os in- testinos estivessem pegados por unhas de ferro, dôr de cabeça com abrazamenlo do rosto e cres- cimento das veias da fronte e do pescoço. 136 Carb. veg. - Quando houver crescimento grande do ventre, ruidode gazes eobstrucção dos mesmos, dores ferinas com difíiculdade de res- pirar e expulsão de gazes de máo cheiro (geral- mente alliviam as dôres), prisão de ventre. China. - Convém ás pessoas debilitadas por longas enfermidades, por perdas de sangue ou outras perdas debilitantes : o ventre esta tão sen- sível que não se póde tocar; cansaço de todo o corpoe desejo de estar sentado continuadamente. Colocynthis. - Quando as dôres são excessiva- mente violentas, incisivas, cortantes em fórina de caimbras, produzem uma agonia extrema no ventre, e obrigam o doente a estar constante- mente encolhido e encurvado para diante ; ás vezes, e para encontrar algum allivio se vê obri- gado o paciente a mover-se constantemente em derredor, e este movimento é incessante em- quantoas dôres subsistem; as dôres se aggravdam comendo ou bebendo por pouco que se a ; caimbras nas barrigas das pernas, frio ou cala- frios, sensação de desfallecimento no ventre e diarrhéa ou prisão de ventre, vomitos biliosos e grande inquietação moral. Lycopodium. - Si com as dôres de ventre, de caracter pressivo, o ventre se augmenta, e se accumulam gazes em sua parte superior, oppri- mindo o estomago; peito e a garganta e diffi- cultando a respiração ; prisão pertinaz do ventre, com enorme ruido de gazes no mesmo. Nux-vomica.-Dôres pressivasedecontracção; pressão considerável sobre a bexiga e o reclo, com esforços inúteis para ourinar e obrar, ou bem ourina e obra pouco de cada vez, sem que por isso se allivie a pressão, dôr de cabeça com mal humor, dôr de rins, nauseas e vomitos; as dôres se aggravam com o movimento de um modo 137 extraordinário ; o doente, para obter algum al- livio, tem que estar quieto, já sentado ou deitado, sêde e sequidão de bocca. Puis. - Dôres intensas, sem sèdc, que obrigam ao doente a mover-se sem cessar, pois o socego as augmenta; cara pallida, dôr de cabeça, gosto pastoso na bocca. (Alvarez.) Dóses: - Veja-se á pag. 24. DESMAIO Desfalleciment o Os medicamentos para combater um desmaio, se prescrevem, attendendo ás causas do mesmo e circumstancias que o acompanham. Recor- ra-se a : Opium., ou acon. - Depois de um susto ou terror. Coff. - Depois de uma grande alegria. Ign.,M\cham. -- Depois de uma forte emoção. China. - Depois de uma perda de sangue. Cocculos., veratr. - Quando sobrevém o des- maio e accessos de debilidade, depois do mais pequeno movimento. Nux moschata. - Si o desmaio tem sido pre- cedido de palpitações do coração e seguido de somnolencia. Nux. vom. - Nos bebedores, pessoas de vida sedenlaria, etc. Carb. veg. - Depois do abuso do mercúrio. Nux.v., ou phosph.ac. - Depois das comidas. Cham., hep. - Si o desmaio é precedido de vertigens. 138 Ipec. - Si for precedido de nauseas. Glonoin ou lach. - Nas mulheres gordas. CONSTIPAÇÃO Corysa - Defluxo Definição : -Aconstipação oudefluxopódeser agudo ou chronico. O agudo se apresenta ásvezes em fôrma de epidemia, tornando-se por sua intensidade uma verdadeira grippc. Pôde apre- sentar-se demais sob a fôrma fluente ou secca. Tratamento da fôrma fluente: -Arsenicum. - Fluxo nasal aquoso, acre, ardente, estando o nariz obstruido. Chamomilla. -Principalmente nos meninos; fluxo nasal aquoso, acre c que produz comichão, cabeça pezada, nariz ulcerado pelo fluxo, sede e calafrios, vermelhidão de uma face com palidez da outra. Dulcamara. - Quando houver névoas, e em geral em tempo chuvoso, frio e húmido. Voz rouca, obstrucção do nariz com fluxo aquoso, que se supprime facilmente com o maispequeno resfriamento, aggravação com o repouso, c fluxo de sangue pelo nariz. Euphrasia. - Constipação queaffecta também os olhos, com secreção de lagrimas acres e fluxo nasal ardente. Hepar. - Quando qualquer ar frio provoca o defluxo, c nos casos em que merc., não houver sido sufliciente, ou o doente tiver feito abuso deste medicamento. O defluxo não occupa pelo com m um mais que um lada do nariz, existe 139 com tudo dôr de cabeça que se aggrava com o movimento. Lachesis. - Fluxo abundantíssimo, aquoso, pelo nariz, com inchação e excoriação do nariz, labio superior, lagrimas e espirros frequentes. Mercúrios. - Medicamento principal contra o deíluxo epidemico ; si o calor molesta e não se póde supportar o frio, havendo suor e sede. Espirro frequentes, inchação, rubicundez e ulceração do nariz e labio superior, com fluxo abundante de mucosidades fétidas, acres. Si merc., não fôr sufficiente, ou si se houver abusado delle dê-se hepar. ou lach., e mais tarde bellad. Pulsatilla. - Constipação que faz perder o gosto e o olfacto, acompanhados de calafrios, falta de sêde, fluxo de um catarrho amarello, espesso. (Convém depois de citam. -Alvarcz.) Rhus. - Fluxo de mucosidade sem que haja umaverdadeiraconstipação. Espirros frequentes em tempo chuvoso. Sulphur. - Aos casos rebeldes. Secreção abundante de mucosidades espessas, perda do olfacto, excoriação do nariz. Tratamento da fôrma secca : - O Defluxo secco, caracterisado por falta de secrecção de mucosi- dade do nariz, com forte obstrucção deste, exige : Ammonium carb. - Constipação com o nariz completamente obstruído, sobretudo pela noite, grande seccura do nariz ; accessos de suffocação ao dormir-se, fluxo de sangue pelo nariz. Bryonia. - Defluxo chronico secco, com sec- cura do nariz e affccção dos maxilares. Calcarea carb. -Seccura mui incommoda do nariz, com fluxo de sangue ás vezes, olfacto ex- cessivamente sensível,espirros frequentes,cheiro 140 fétido diante do nariz, como de ovos podres ou polvora. Nux v. - Defluxo pelo dia eem uma habitação não quente, que é húmido ou fluente, mas que é secco aosahir e andar peia rua, e pela noite. Sihcea.- Defluxo secco chronicoou fluente e acre. Ulceras profundas no interior do nariz. Sulphur. - Obstrucção e grande seccura do nariz com fluxo de sangue, ás vezes perda do olfacto nos casos pertinazes. Si sobrevierem dôres de cabeça, em conse- quência da suppressão repentina de um defluxo, dê-se acon., puis., ou cinei espie/., quando as dôres são lentas, sobretudo no lado esquerdo. Belladona. - Dôres pulsativas, sobretudo no lado direito. Contra os symptomas que se desenvolvem no peito em consequência de um defluxo supprimido repentinamente, dè-sezyjec., «rs.,ou bry., ou si não bastar, sulph. Dóses : - Nos casos agudos devem dar-se os medicamentos em solução, uma colher de tres ou de quatro em quatro horas; nos chronicos, uma colher pela manhã e outra pela noite, e de altas dynamisacões. CONVULSÕES Definição : - Dá-se o nome de convulsão aos movimentos ou contracções involuntárias dos musculos. Distinguem-se duas classes de con- vulsões. 141 Ia - A convulsão tónica Na que é continua a contracção dos musculos. A convulsão ou espasmo póde atacaralguns mus- culos, como os da barriga das pernas, os do antebraço nos escreventes, ou bem se faz geral, e nesse caso existe o tétano. 2a - A convulsão ou espasmo clonico Nos que alternam rapidamente a contracção e relaxação dos musculos, e que produz movi- mentos convulsivos, tremor de certos membros ou de certos grupos. Tratamento resumido: - Nas convulsões dos meninos : bell., cham., ign., ipec., ou acon., cin., coff., cupr., op., sulph,., taran. Nas convulsões durante a dentição : bell.,cale., ou acon., cham., coff., glonoin., hyosc. Nas convulsões produzidas pelas lombrigas : calc., cicut., cina., ignat., silic., spigel. Nas convulsões que precedem a menstruação : cocc., tarant., ou cham., coff., cupr., hyosc., lach., merc., secai. Nas convulsões durante: a menstruação : cham., cocc., coff., cupr., puis., ou acon. Naeclampsia, convulsões durante o parto ou no sobre-parto, ; bell., cham., cicut., cupr., hyosc., ign., op., puis., stram., ou acon., arn., cocc., ipec., lach., nur. v., sec. (G). Na convulsão, espasmo ou caimbra do ante- braço direito nos escreventes : bell., caust., sec., silic., stram. 142 Nos tétanos depois de uma ferida : Veja-se : Trismo. Na coréa. - Tarant. (N.) e si este não bastar, consulte-se: bell., caust., cupr., hyosc., ign., op., sec., stram., sulph., zinc. Nas CA1MBRAS DAS BARRIGAS DAS PERNASí RllUS., veralr., ou cale., coloc., cupr., hyosc., mix. v., staph., sulph. Tratamento detalhado : - Como as convulsões dos meninos são as que são obrigados a cuidar com mais frequência as pessoas não medicas, nos contentaremos indicando os medicamentos principaes contra taes convulsões, com suas indicações especiaes. Aconitum. - Convulsões depois de um susto, terror, ou durante a dentição, acompanhadas de febre, inquietação, sede, calor secco e respiração difíicil. Si o acon. não produzir um prompto allivio, se prescreverá bell. ou glon. Belladona. - Convulsões durante a dentição, com congestão cerebral, delirios, etc. - Ador- mecimento depois do accesso. - Accesso de furor; o menino pega e morde.- Horror áluz e pupillas mui dilatadas. - O mais ligeiro tacto ou a contradiccão provocam novas convulsões. Chamomilla. - Convulsões nos meninos de peito, si a mãe houver se assustado muito. -* Convulsõesdosmeninosmui irritáveis e coléricos. - Movimentos convulsivos durante o somno. Ima das faces está encarnada, e a outra pallida. - Segundo as circumstancias, cham., pôde dar- se alternando com : acon., bell., coff., e ign. Cina. - Convulsões dos meninos que padecem lombrigas, com comichão no anus e nariz, ran- gimenlo de dentes durante o somno, tosse secca. 143 incontinência de ourina na cama, movimentos convulsivos dos membros. Coffea. - Convulsões dos meninos debeis, doentios, que dormem pouco, padecem insom- nias frequentes e são mui nervosos. Ignatia. - Quando não se sabe si as convul- sões são produzidas pelo trabalho da dentição ou pelas lombrigas. - Convulsões nas quaes os meninos têm espuma na bocca, movem viva- mente os pés, torcem a cabeça, volvem ou fixam os olhos, e a cara torna-se vermelha, ardente e suada. - Os ataques têm logar ás vezes todos os dias a mesma hora. - Gritos penetrantes du- rante ou depois do accesso, e tremor geral. Ipecacuanha. -Vomitos, nauseas, diarrhéa, e respiração curta durante as convulsões; du- rante o ataque os meninos se tornam rigidos, e sua cara azulada. Opium. - Convulsões logo depois de um susto ou terror profundo, com tremor geral, grilos intensos, ou bem estado de adormeci- mento com perda de conhecimento. Tarantula. - Oppressão da respiração e in- quietação geral, saltos, necessidade de movera cabeça lateralmente, confrontando-a com algum objecto. - Necessidade de mover constante- mente as mãos, pés, e cabeça. - Necessidade de variar a cada momento de posição. - Movimento incessante. Contracções musculares. - Prantos com inquietação agitação, desejo de morder-se c arranhar-se durante a convulsão, e até de arrancar os cabellos. - Somnolethargico depois da convulsão. - A convulsão augmenta sujei- tando-se o doente, e se allivia com o suor c ao ar livre. - Convulsões periódicas. (N). Tratamento auxiliar : - Cumpre desembara- 144 çar logo o ventre da criança dando clysteres com agua morna e oleo de ricino ou agua de azeito- nas, e isto repetidas vezes d nas a trez vezes por dia. COQUELUCHE Tosse ferina - Tosse nervosa - Tosse convulsiva Definição : - A coqueluche ou tosse ferina, é uma tosse espasmódica que reina em cerlas épocas de um modo epidemico entre os meninos, e ataca também com pouca frequência os adultos. Tratamento : - Aconitum. - Convém sobre- tudo quando no principio da enfermidade ha symptomas febris e inflammatorios correspon- dente aaeon. (O Dr. Fischer, deu em uma epi- demia durante oito dias, de manhã e de tarde, uma dose de acon. 200a obteve assim excellentes resultados). Arnica. - Principalmente si os meninos choram antes ou depois da tosse. Arsenicum. - Grande debilidade, cara côr de cêra e frio na pelle (G). Belladona. - Está indicada, quando durante a tosse a cara, e mesmo a sclerodica (o branco dos olhos) se tornam encarnados (G). Bryonia. - Quando os accessos de tosse têm logar principahnenlc depois de se haver comido ou bebido, e com vomitos do que se tem comido. Calcarea. c. - Sobretudoaosmeninos durante a dentição, e si a tosse se apresenta sempre depois que hão comido, e si vem acompanhada de vomitos (Hg). 145 Carb-v. - Grande prostração depois de cada acccsso de tosse, pellc azulada, cabeça e rosto quentes. 0 doente tem 3 ou 4 accessos de uma tosse espasmódica durante o dia, e pela noite não cessa. (B). Causticum. - Quando uma tosse secca persiste durante largo tempo depois da coqueluche (G). Chelidonium. - Quando persiste por largo tempo uma tosse húmida e grossa. Cina. - Convém aos meninos que coçam fre- quentemente o nariz; se tornam rigidos durante o accesso de tosse, e têm uma fome canina. Dè-se cina sobretudo aos que são caprichosos, têm os cabellos e olhos negros, (emquante que bell. convém aos meninos tranquillos que têm o coração sensivel e os cabellos ruivos (Hg). Depois de cin. deve dár-se merc. (Alvarez). Conium. - Os accessos de tosse têm logar á noite (G). Corallium rubr. - Accessos violentos de uma tosse espasmódica. - Tosse breve, continua durante o dia. Cuprum. m. - Durante cada accesso de tosse o menino se torna rigido, como si estivesse morto (G). Drosera. - Administra-se si o menino fica peior á meia noite, e si tem uma forte febre. A tosse vem acompanhada de violentos accessos espasmódicos, e o menino como suffocado, deita sangue também com frequência pela bocca e nariz (G). Dulcamara. - Si a enfermidade se aggrava quando a temperatura passa de calor ao frio, ou si o doente se tem resfriado com o ar frio e húmido. MED. DA FAM. 146 Ferrum. - Cada accesso de tosse obriga ao doente vomitar o alimento que tem tomado. Hyoscyamus. - A tosse augmenta muito quando o menino está deitado; diminue quando está sentado. Ipecacuanha. - A cada accesso de tosse sente o menino tal oppressão na garganta que fica quasi suffocado c seu rosto se torna azulado. Kali-bi. - Tosse suffocante acompanhada de mucosidades viscosas. Lachesis. - O menino ao despertar se vê ac- commetido de um accesso de tosse; parece muito doente e debil (G). Mephitis.put. -Parece ser um medicamento especifico para certas classes de tosse espasmó- dica (G). Mercurius. - O menino súa muito pela noite, e deita sangue pelo nariz e bocca a cada ac- cesso de tosse (G). Nux-v. -Tosse violenta, secca, que se aggrava depois das quatro horas da manhã, e vem acompanhada de prisão de ventre. A cara se torna azulada, o doente deita sangue pelo nariz e bocca (G). Phosphorus. - Grande rouquidão até a extinc- ção completa da voz, por causa da tosse. Pulsatilla. - Tosse grossa com espectoração e vomitos de mucosidades, e com diarrhéa que augmenta durante a noite. Sepia. - A tosse se augmenta durante as manhãs, mas é húmida e termina por vomitos. Silicea. - Excellcnte medicamento para os meninos que padecem de lombrigas, quando a não tem produzido eíTeilo. 147 Sulphur. - Quando ha recahidas frequentes sem que se possa averiguar a causa; dê-se lambem aos meninos cscrophulosos que têm uma losse secca e entrecortada, com suífocação. Squilla. - 0 menino espirra ao tossir. Lagri- mas, fluxo mucoso pelo nariz. Durante os ac- ccssos de loss.e, o menino coça continuadamenter o nariz, os olhos e a cara. Veratrum. - Depois de cada accesso de tosse o menino cahe rendido e sem forças; sua fronte cobre-se de um suor frio. Verbascum. - Tosse secca sobretudo pela (arde c pela noite sem cessar apenas um mo- mento, com oppressão de peito e suífocação, que desperta o menino. Máo humor e caracter iras- cível. Symptomas de lombrigas coçando conli- nuamente o nariz. Durante os accessos de tosse deita o menino a mão ao pescoço, como si qui- zesse arrancar uma cousa com a mão, e ás vezes até se arranha. (Alvarez). Dóses : - Todos estes medicamentos devem administrar-se dissolvidos em agua; e se darão durante vários dias, Ires ou quatro colheres ao dia. Caust., dros., kali. c., merc. ,phos., sep., sitie., e sulph., só se admisnitrarão pela manhã c á noite durante tres dias; si houver allivio, se esperará o eDeito delles. Quando se houver escolhido o medicamento especifico a cada caso individual, a coqueluche ou tosse ferina que dura ordinariamente de de- sesseisa vinte semanas, terá uma duração muito mais curta e nunca se tornara tão grave que possa comprometter a vida do menino. 148 CORACÂO Endocardite - Pericardite PALPITAÇÕES DO CORAÇÃO As pessoas que não têm estudado medicina não podem tratar as enfermidades do coração, porque lhes é impossível diagnostical-as como é necessário. Indicaremos comtudo, os medica- mentos contra as ditTerentes especics de palpi- tações de coração, segundo os diversos sympto- más que podem apresentar-se. Desta maneira não se tratarão de curar as enfermidades de coração, mas sim allivial-as. Nesta enfermidade, sobretudo nos casos agu- dos, é preciso si for possível investigar a causa occasional e tomal-a por guia na escolha dos medicamentos. Dar-se-ha, pois, contra as palpi- tações do coração. Tratamento resumido : - Em consequência de emoções moraes : acon., cham., coff., ign.. nux-v., op.,phos., puis., sep., veratr. Depois de um susto : opium ou acon., e coff. Depois do medo ou afílição : veratr., ign. Depois de uma alegria extraordinária : coff., nux-v. Depois de uma contrariedade : acon., cham.. coloc., ign., nux-v., e hyosc. Nas pessoas nervosas e hystericas : asa. fept., cham., cocc., coff., lach., nux-v.,puls.,spigel., veratr. 149 Nas fortes palpitações que precedem ás vezes a menstruação : acon., calc., lach., puis., sep.. (Alvarez). Em consequência de uma congestão sanguínea ou de pletora : acon., glon., ou aur., bell., coff., ferr., lach., nux-v., op., phos., sulph. Depois de perdas debilitantes. China ou calc., nux-v., op., phos., sulph. ac., puis., sep.. staph., sulph. Em consequência da suppressão de erupções ou ulceras antigas : «rs., calc., caust., lach., sulph. Tratamento detalhado : Aconitum. - Convém ás pessoas pletóricas quando as palpitações têm sido causadas por uma grande emoção. - Enfer- midades do coração chronicas, com pressão continua do lado esquerdo do peito, respiração difficil, ao andar demasiadamente depressa c ao subir uma escada. - Dôrcs pressivas no cora- ção. - Congestão sanguínea na cabeça. - Afílições com formigamento nos dedos. Arsenicum. - Palpitações sobretudo á noite, com angustias, calor no peito, respiração difficil. Aggravação deitando-se; allivio passeiando-se. Asa. foet. - Pressão no peito com ferroadas, sobretudo estando deitado, com respiração dif- ficil. - Pulsações e palpitações de coração, com respiração accelerada e pulso pequeno. Aurum. - Pressão permanente no lado es- querdo do peito. - Dòr incisiva e ferroadas na região do coração. - Palpitações de coração irregulares ou por acccsso; sem angustias e oppressão do peito. Belladona. - Fortes palpitações de coração 150 que se sentem na cabeça; nos ouvidos, estando- se deitado, e na garganta, andando-se (Alvarez). Calcarea. - Palpitações com angustias, so- bretudo á noite e depois das comidas. Coniitm. - Palpitações depois de haver co- mido. Ignatia. - Palpitações nocturnas com fer- roadas dolorosas no coração. Kali. c. - Palpitações pela manhã cedo, com congestão sanguínea. Lachesis. - Palpitações com ancicdade, exci- tadas ás vezes por dores de caimbras, com tosse e accessos de suffocação. Ferroadas na região do coração, com respiração curta, desmaios e suores frios. - 0 doente se senta rapidamente na cama por causa das palpitações e suffocação. Convém principalmente ás mulheres na idade critica (Alvarez). Lycopodium. - Palpitações sobretudo du~ ranle a digestão. Natrum. m. - Fortes palpitações; principal- mente estando-sc deitado do lado esquerdo. - Palpitações irregulares de coração, frequente- mente intermittentes, que commovem todo o corpo. Nux moschata. - Palpitações com desfalle- cimcnto. Nux vomica. - Ferroadas e golpes na região do coração. - Palpitações principalmente de- pois de comer, estando deitado, pela manhã cedo, e ás vezes com nauseas e desejo de vomi- tar, e sensação de peso no peito. Phosphorus. - Palpitações que se reprodu- zem a cada emoção, com congestão sanguínea no peito. Pulsalilla. - Palpitações estando deitado do 151 lado esquerdo. O doente fica triste e de ináo humor, ou é acommettido de tal angustia que se despe e deixa toda a roupa. - Palpitações violentas estando sentado. Rhus. - Palpitações violentas estando sen- tado. - Ferroadas na região do coração, com sensação dolorosa de paralysia e entorpecimento do braço esquerdo. Sepia. - Pulsações intermittentes do coração. - Agitação de sangue no peito e palpitações violentas de coraçao. Spigelia. - Fortes palpitações que augmen- tam senlando-se ou inclinando-se para diante. - Respiração opprimida. Staphysagria. - Palpitações causadas pela musica, ou que se apresentam depois de dormir á sésla. Thuya. - Palpitações violentas, sobretudo ao subir uma escada. - Congestão sanguínea no peito. Veratrum. - Palpitações violentas com res- piração accelcrada, ruidosa e frequentemente interrompida; grande oppressão do coração. REMEDIOS AMERICANOS NOVOS Entre os medicamentos novamente recom- mendos, ha tres que obram directamente sobre o coração, de modo especial, e são : Cactus grandiflorus, kalmia e madar; sendo este ultimo dado a conhecer pelo Dr. iNunez, de Madrid. Demais considera-se lach., mui vanta- joso nas inflammações e nos depositos sobre o lado externo do coração; e spong. nas inflam- 152 mações e depositos de lado interior do coração e suas valvulas. Dóses : - E' preciso não repetir com dema- siada frequência as dóses; é melhor empregar as diluições ou attenuações mais elevadas. COSTAS (DÔR DE) Pleurodynia Definição : - Esta enfermidade, conhecida vulgarmente com o nome de dòr de costas, é de caracter rheumatico. Symptomas : - Se distingue por uma viva dôr, pungitiva, lancinante, e ás vezes grave, fixa em uma das costellas do corpo, com febre umas vezes e outras sem ella, que se augmenta com a tosse, a respiração, o movimento dos braços e ao mover-se e incorporar-se na cama. Esta enfermidade, que assusta a muitos que a soffrem, julgando-se atacados de uma pneu- monia ou pleuro-pneumonia, é de curta dura- ção, e secura com summafacilidade e prompta- mente com os medicamentos homoeopathicos. Tratamento : - O medicamento principal contra a dôr de costa é arn., que na maioria dos casos é sufficiente para a cura. Si não bastar, dê-se bry. Mos casos em que a dôr vem acom- panhada de febre, recorra-se a acon., que fará cessar em breve, tanto a febre como a dôr. Nos casos bastante raros em que arn., e bry., 153 não bastarem para a cura da pleurodynia, con- sulte-se : merc., nux-v., puis., rhus., sabad. Ha casos em que a pleurodynia acompanha o catarrho bronchial ou pulmonar, e então ha que sujeitar o tratamento daquella ao do catarrho. CRCP Garrotilho Symptomas : - Esta enfermidade tão terrível nos neminos, começa ordinariamente pela noite, depois de meia noite ou pelo dia, com uma tosse bronchica, secca, semelhante ao latido de um cão enrouquecido. O meninoexperimenta umagran- dedifficuldade de respirar, e a respiração se torna sibilante e ruidosa. Movimento febril crescente. Examinando-se a garganta vê-se manchas aver- melhadas, pardas ou arroxeadas, e mais tarde for- mação de falsas membranas que são cxpellidas com a tosse. Os medicamentos homceopathicos são sempre mais efficazes e seguros no garrotilho que os allopalhicos. Todavia, c necessário que sejam administrados o mais promptamente pos- sível. Os pais pue não tiverem medico homoeo- patha á sua disposição, por viverem no campo ou localidade onde não o ha, deverão ler sempre os medicamentos recommendados contra o crup, que são : acon,, hep., e spong. Dá-se primeiro acon., que se repete de meia cm meia hora, de hora em hora, etc., segundo a urgência do caso. Si se recorrer nos primeiros momentos, este medicamento bastará para curar o garrotilho na immensa maioria dos casos. Nos que não bas- tar, recorra-se a hepar., ou spong. 154 Tratamento : - O professor Guernsey, dá as indicações seguintes para a escolha dos medi- camentos : Aconitum. - Deve empregar-se sempre em primeiro logar, e emquanto houver grande cxi- tação dos symptomas nervosos e sanguíneos, calor ardente com sede, tosse secca, frequente e curta, respiração accelerada com a inspiração facil e expiração difficil, voz rouca, agitação e insom nia. Spongia depois de aconito. - No crup violento, com tosse rouca, grossa, resoante, semelhanteao ladrar de um cão, com mucosidades difíiceis de expeclorar, respiração lenta, sibilante e imi- tando o ruido de uma serra em movimento, ou accessos de suffocacão com respiração impos- sivel volvendo para trás a cabeça. Vermelhidão da cara e côs azulada da mesma nos accessos de suffocacão. O menino está assustado, grita, cheio de terror e se agarra ás pessoas que o ro- deiam nos accessos de suffocacão e de tosse. Hepar. - Convém quando pela acção de spong., a tosse se torna inais facil, e a difíicul- dade da respiração não depende mais que de mucosidades accumuladas no larynge e trachéa. Nos casos graves, em que acon., spong., e hep., são inefticazes, consulte-se : Belladona. - Convém na tosse rouca accom- panhada de congestão sanguínea do rosto e olhos. (Crup espasmódico.) Bromum. - Deve dar-se quando hoiiveo es- pasmo do larynge. - A tosse é sibilante, Touca, mui dolorosa; a respiração ruidosa e difficil occasionada pela formação de falsas membranas no larynge. Chamomilla. - Tem dado mui bons resultados em casos desesperados de crup, quando nenhum outro medicamento dava resultado (o menino quer que se o leve em braços e faça-se-o passeiar). lodium. - Convém aos meninos obésos, cujo rosto está pallido e frio, e a dôr lhes faz levar a mão á garganta. A voz é baixa, rouca e aspcra. (Ilcring diz que iod. convém especialmente aos meninos cujos olhos e cabellos são negros; e brom., aos de olhos e cabellos ruivos.) Tart-em. ou kali bichromicum. - Quando houver muitas mucosidades viscosas. Lachesis. - Cada vez que se desperta o me- nino, a enfermidade se aggrava de tal modo que se julga estar á morte. Phosphorus. -Convém aos meninos delgados altos, pallidos, de constituição lysica, debil e lymphatica. Respiração difíicillima, ruidosa e anhelante, com bastante angustia. Cara disíigurada, extremidades frias e suor frio na cabeça (Alvarez). Contra a laryngitis, a rouquidão e as enfer- midades calarrhaes que persistem depois do crup, o melhor medicamento é phosph. Si este não bastar, consulte-se : bry., carb. v., dros., dulc., hep., ipec. Para prevenir as recahidas do crup : phosph., e lyc., são os melhores medicamentos. Eis aqni o tratamento chamado curativo do celebre L)r. de Boenninghausen nas epidemias de garrotilho: dava cinco papciscom medicamento. O primeiro e o segundo continham spong. 200a; terceiro e quinto hepar. 200a, e o quarto spong. 200a: fazia os meninos tomar um pela ordem de numcraçãodeduasemduarhoras. Pretende haver obtido um exito feliz com os ditos medicamentos, e emcenlenaresda famílias que os emprogou, ne- nhum menino morreu de crup., e isto em uma 155 156 larga serie de annos. Também prescrivia o acon. como preservativo, ea conselahava darumadóse de dois em dois dias aos meninos de uma locali- dade, em quanto nclla reinasse a epidemia do crup. DEBILIDADE A debilidade sóe ser commummente o symp- toma de uma enfermidade, que curada ella se vê desapparecer áquella. Muitas vezes, todavia, é a origem por si só de innumeraveis soíFrimentos, sobretudo quando deve sua existência aos exces- sos sexuaes, á enfermidades agudas, á pcrdas de sangue e outros líquidos de nosso corpo, aos trabalhos inlellectuas e corporaes levados ao excesso e á outras causas debilitantes. A debilidade causada pelos excessos sexuaes se combate principalmente com phosph. ac., calc. c., chin., staph., sulph. A devida enfermidades agudas graves ou de longa duração com chin., natr. m. ,phos. ac., silic. A produzida por perdas de sangue ou de outros líquidos do corpo, chin. é o medicamento de preferencia, ou ainda o ferr. A originada pela masturbação sede a : sulph., e calc.; e si estes não bastarem, dè-se : nux. v., phos. ac., c staph. A debilidade causada pelos trabalhos intel- lectuaes e corporaes levados ao excesso, se trata : a devida a trabalhos intellectuaes com : cocc., nux. v., phos. ac, silic., veratr.; aos corporaes : chin. con. m., rhus., sulph. ac. A produzida por um crescimento rápido do corpo : phos. ac., e sulph., e si não bastarem : calc. e phos. 157 A dos velhos combate-sc com 6«r. c., e con. m., si não são sufficientes, com aur., chin., op. A nervosa com mix. v., ou com coce., ign., muriat. ac.; phos. ac., puis., sep. Para a debilidade que se experimenta ao subir uma escada, anac. Depois de uma noite de vigilia : nux. v., puis. Depois de uma cólera ou indignação: bry., cham., coloc., staph. silic. DELIRIO O delirio não ó inais que o symptoma de uma enfermidade, como a febre typhoide, a menin- gitis, ademencia, etc. Os medicamentos princi- paes contra o delirio, são : acon., bell., hyosc., op., puis,, rhus., stram., veratr. EMMAGRECIMENTO Enfraquecimento MARASMO O emmagrecimento ou enfraquecimento é sempre a consequência de uma enfermidade. Ao escolher o medicamento para combatcl-a, é pre- ciso sempre ter em conta a enfermidade principal. Tratamento : - locl. - Emmagrecimento mui considerável, bom appetite. Podoph. - Emmagrecimento dos meninos com evacuações frequentes, mas naturaes, ou com diarrhéa, mas só pela manhã (G). Calc. - Emmagrecimento com fome canina e prisão de ventre. Ars. - Emmagrecimento sem appetitc, diar- rhéas aquosas e frequentes sobretudo noctur- nas, augmento de febre. Sulph. - Emmagrecimento com augmento de febre e prisão pertinaz de ventre, ventre duro e volumoso. Phosph.- Emmagrecimento com diarrhéas frequentes, augmento de febre, suores, oppressão de peito com o mais leve movimento. (Àlvarez). 158 DESEJOS SEXUAES Quando os desejos sexuas ou vencreos são exagerados, dê-se. Âos homens (sa tir iasis):c«///A., merc.,natr.,m., nux. v., ou : sulph.,hyosc., phos., stram., veratr. Nas mulheres (nymphomania): hyosc., phos., stram., tarant., e veratr. Contra as poluções nocturnas, quando os de- sejos sexuaes não estão mui excitados, c não ha somnos voluptuosos, dê-sc phos. ac., ou : con. m., sep., sulph. Si pelo contrario, o desejo venereo estiver for- temente excitado, dè-se : nux. v. ou : cale., carb. v., lyc., phos. sulph. (J); ou hem dig. recom- inendado pelo Dr. Baher. Dé-se : Contra a inclinação ao onanismo: calc., nux. v., plat., sulph.; ou bem : thuya. (Wolf.) Contra as más consequências deste vicio: calc., carb. v., chin., phosph., ac., puis., sep., staph. Contra a impotência: baryt.,calc.,cann., con., lyc., natr., sulph. (.1), thuya (Wolf). 159 Contra a esterilidade: borax., calc., cann., merc., phos. Quando houver aversão ao coito, empregue-se: eaust. ,kali.c.,lyc.,phos.,baryt.c.,cann.,natr.m.; esiocoitoé mui doloroso: sep.(medicamento prin- cipal segundo o Dr. Gucrnsey), demais ; ferr. ac., kali. c., kreos., lyc., nux. v», sabina. sulnh. DIARRHÉA Esta enfermidade tão frequente é muito mais importante que a prisão de ventre, que os médi- cos allopathas e o publico são tão dados á com- bater conseguindo por meio de purgantes. Como os medicamentos allopathicos empregados contra a diarrhéa, são frequentemente mais perigosos ainda do que a mesma enfermidade, faltaremos com mais detalhes dos medicamentoshomoeopa- thicos proprios para curar diarrhéas. Na diarrhéa aguda é preciso antes de tudo investigar sua causa. Quando esta é conhecida, escolher-se-hão os medicamentos em conformi- dade com os preceitos seguintes: Diarrhéa provocada : Por uma angustia ou susto, principalmente; ojo., si este não produzir effeito, acon., veratr., ou puis. Pov cólera: cham., acon. Si a diarrhéa é acom- panhada de calor, de sede e inquietação: bry., si houver calafrios e desejo de repouso, veratr. Pelo calor do verão : bry ou podoph. - Por transições bruscas do frio ao calor: bry.; si tiver logar o contrario: dulc. Por um desarranjo do estomago, sobretudo poralimentos:/m/s. Quando houver dôres violen- 160 tas, sobretudo depois do uso de gelo ou agua de neve, etc., ars. Pelo uso do leite : bry., lyc.,calc., sulph.; de- pois do uso do kite cosido, puis. sep. - Por uso de alimentos ácidos: ipec., puis., nux v. (diarrliéa sobretudo pela noite). Antim. cr. (diarrhéa pelo dia). - Staph. (diar- rhéa com puxo). Pelo abuso do fumo: cham. ou veratr. Pela agua que se tem bebido: caps., ars., duic. Si não se puder descobrir a causa e a diar- rhéa existir já ha tempo, observa-se o que se segue: 1, - Dores e outras circunstancias da diarrhéa Diarrhéa com puxo : ars., caps., merc., nux- v.,puls., sulph., veratr. Diarrhéa sem dores: chin., ferr., hyosc., lyc. phos., phos. ac., stram. Diarrhéa com prostração de forças: ars., cale., chin., ipec., phos., veratr. Diarrhéa com evacuações de alimentos sem digerir (lycnteria): chin., ferr., nux-v., sulph., ou : merc., phos., phos. ac. Diarrhéa com vomilos : ars., cham., ipec., merc., nux-v. puis. Diarrhéa chronica; cale.., chin., ferr., nitr. ac., phos., sulph., veratr. Diarrhéa dos meninos: cham., catc., ipec., merc., rheum., sulph. (Jalapa, senna). Diarrhéa durante a dentição : calc., cham., coloc., merc., sep., silic., sulph. Diarrhéa das mulheres paridas: Antim., chin., dul., puis., rheum.; si a diarrhéa é causada por 161 uma enfermidade chronica, lyc. merc., petrol., phos., sep., suph., thuya (B). A frouxidão de ventre, ou a disposição para fazer varias evacuações ao dia ; calc., graph., kreos.,natr. m., nitri, ac., petrol., phos., sulph., sulph. ac. veratr. II. - NATUREZA E COR DAS DEPOSIÇÕES Diarrhéa com evacuações aquosas e pretas : ars., chin., arn., graph., magn. c., nux. v. Verdes : cham., magn. c., sulph. ac. Amarellas : «rs., chin., hyosc., merc. Evacuações de côres vermelhas: merc., phos., phos. ac. Evacuações purulentas: merc., silic., ow.arn., canth., lyc., puis., sulph. Evacuações espumosas; chin., coloc. magn. c., rhus. Evacuações de mui máo cheiro : «?•$., carb. v., graph., lach., puis., sec., silic., sulph. Evacuações de cheiro acido : calc., cham., graph ,,heph.,magn.c., merc., rheum .,sep., sulph. Evacuações involuntárias : phos., phosph-ac., veratr., ars., china., carb. v. hyose., sulph. Evacuações gelatinosas: colch., helleb., rhus., sep. Evacuações arenosas: arg., eug. Evacuações esbranquiçadas : ipec., squill. Evacuações acres, corrosivas, que escoriam o anus e suas immediações: ars., cham., mers., puis., veratr., ou : canth., carb., v.. merc, cor., phos., rhus., silic. Evacuações com falsas membranas (que pare- cem pedaços de intestinos): canth., colch. Evacuaõoes como o peixe : ipec., lach., merc., nux. v., rhus., sulph. MED. DA FAM. 162 Evacuaçõessanguinolentas: aloes., ars., caps., carb. v., ipec., merc., v. nitri. ac.,phos., rhus., tart. em., veratr. Evacuações com lombrigas : (veja-se : lom- brigas). III. HORAS DA DIARRHÉA Pela manhã: apis., bry., caps., nux.,v.,rhus., podoph., sulph., thuya e se escolherá : Sulphur. - Diarrhéa que obriga a levantar- se mui cedo. Bryonia. - Diarrhéa depois de levantar-se. Podophyllum. - Diarrhéa pela manhã e antes de meio dia. Thuya. - Diarrhéa depois do almoço. Depois de meio dia : bell., chin., dulc., carb. v. e lyc. Pela tarde : dulc., lach., merc. Pela noite : ars., chin., lach., merc., puis., veratr., ou borax, bry., canth., caps., caust., cham., dulc., graph., ipec., nux-v., rhus., sulph. IV. - SYMPTOMAS CONCORRENTES Antes da evacuação : Cólicas : coloc., rheum., mayn. c., sulphur. e veratr. Durante a evacução: Cólicas: coloc., ou cham., caps., dulc., ipec., merc. , podoph., puis,, rheum, Puxo: Bell., canth., caps., merc., nux-v. e sulphur. Depois da evacuacão : cólicas: coloc., bell., merc., podoph., puis., rheum. Em seguida damos os medicamentos princi- pacs contra a diarrhéa, com suas indicações mais cssenciaes. 163 Antimonium crudum. - Diarrhéa depois de tomar alimentos ácidos. Diarrhéa alternante com prisão de ventre (nos velhos). - Diarrhéa com língua suja e esbran- quiçada. - Vomitos violentos, biliosos c mu- cosos. Arsenicum. - Evacuações verdes, escuras e mesmo negras, asperas e fétidas. - Diarrhéa sobretudo depois de um resfriamento do esto- mago (por fructas ou gelo), que se aggrava pela noite, sobretudo depois da meia noite, com pros- tração de forças. Bryonia. - Diarrhéa que augmenta ou se re- nova durante o calor do verão. - Diarrhéa cau- sada pelo leite. - Diarrhéa que se apresenta depois de levantar-se da cama. - Grande desejo de estar deitado e permanecer quieto. Calcarea carbónica. - Diarrhéa nos meninos obésosescrophulosos, quando os dentes começam a querer sahir. - Diarrhéa causada pelo leite.-• Evacuações amarellentas ou esbranquiçadas. Carb. vegetabilis. - Cholera ou diarrhéa dos meninos, que esgota as forças sobretudo quando o hálito se torna frio. Chamomilla. - Evacuações verdes, ou pitui- losas ou que se assemelham a ovos batidos ; ou bem evacuações mucosas, acres (durante a den- tição), acompanhadas de cólicas. China. - Evacuações aquosas, que contêm ali- mentos mal digeridos. - Diarrhéa chronica e sem dõrcs nas pessoas mui debilitadas. - Ag- grava-sc durante a noite, com o alimento, sobre- tudo com as fructas. - Diarrhée acompanhada de muitos gazes e de uma forte transpiração. Crotom tiglium. - Evacuações fréquentes, amarellentas ou verdes, aquosas, que sahem vio- lenlamenle depois de haver comido ou bebido. 164 Dulcamara. - Diarrhéa que se manifesta em consequência de um resfriamento, especialmente no verão e outomno. Ipecacuanha. - Ev a c u a çõ e s f r e q u e n te s, p o u c o abundantes. amarellentas,ou verdes. Vêm acom- panhadas de nauseas continuas, frequente- mente com vomitos de alimentos, ou de muco- sidades gelatinosas e verdes. Mercurius. - Evacuações mesentericas, mu- cosas, biliosas, com sangue, seguidas de grande debilidade, de anciedade, de suor. - Puxo an- tes da evacuação, com calafrios e calor que pas- sam por todo corpo. - Puxo que augmenta de- pois da evacuação. Nux. vomica. - Pequenas evacuações, fre- quentes, de differenles côres, com frequentes esforços para evacuar, commummente inúteis (puxo que cessa depois da evacuação), e com dôres nas espaduas. - Diarrhéa em consequên- cia de gulodices, de excessos nas bebidas alcoó- licas, trabalhos intellectuaes, como do abuso de purgantes e outro medicamentos. Phosphorus. - Evacuações aquosas, que sa- hem violentamente, e também involuntaria- mente. - Um symptoma mui caracteristico para o emprego do phosphoro, é o desejo que experi- menta o doente de bebidas geladas. Phosphori acidum. - Evacuações aquosas, esbranquiçadas ou amarellentas, que não cau- sam dôres, sinão mui ruido no ventre, como si contivesse agua. Podophyllum. - Evacuações mui frequentes, abundante que sahem com força. - Diarrhéa, pela manhã sómente ou antes do meio dia, ou também depois de haver comido e bebido. - Diarrhéa dos meninos durante a dentição, com soffrimenlos da cabeça. 165 Pulsatilla. -Diarrhéa de differenles especies, prod uzi das por ali m e nlos gord u rosos, agu a gelad a ou fruclas ; aggrava-se pela noite. -Evacuações mucosas que variam de côr de cada vez. (Hg). Rheum. - Diarrhéa principalmente das mu- lheres no sobreparto, ou dos meninos pequenos. - As evacuações têm um cheiro acre, e vêm acompanhadas de cólicas. - Un cheiro acre se desprende de todo o corpo do menino. Rhus. - Diarrhéa de differentes classes sobre- tudo pela noite e até ao no amanhecer precidida de ligeiras dores no ventre.-Diarrhéa produzida por haver-se molhado o corpo completa mente(G). Sulphur. - Desejo súbito, mas sem dôres de evacuar, obrigando o doente a abandonar a cama mui cedo. - Diarrhéa chronica de infinitas classes, sobretudo nas pessoas psoricas. D1PHTHERIA Angina diphtherica - Angina lardacea Angina maligna INFLAMMAÇÃO GRAVE DA GARGANTA Symptomas : - Esta enfermidade ataca sobre- tudo os meninos. E' de tempo em tempo epide- mica e contagiosa. As amygdalas inílammadas e as partes da camara posterior da bocca ficam co- bertas de uma capa esbranquiçada. Quando des- prega-se esta capa que se apresenta sob a fôrma de placas, jô grandes, já pequenas, vê-se a mem- brana mucosa escoriada e deitando sangue facil- mente. Outras placas porém se formam em lo- 166 gar daquellas, Muitas vezes declara-se a gan- grena das partes que cobrem. Aprimeira appariçãoda diphtheriaé na cam- painha, vulva e véo do paladar ; aquella está inchada e prolongada; suppressão da ourina ou ourina excessivamente albuminosa, deglutição dolorosa em extremo, grande agitação com de- sejo de estar em movimento continuo, intentos de sahir-se da cama. O hálito é sempre de más cheiro que até póde tornar-se insupportavel, (piando a enfermidade é mui intensa. Kdip/itheria é sempre idiopatica, e frequentemente acompanha a escarlatina e sarampo. As vezes ataca a trachéa : neste caso vem acompanhada de symplomas de garrotilho, e acaba-se commumente de um modo funesto. Prognostico: ■-A diphtheria, sem complica- ção em geral, se cura facil e promptamente com o tratamento bomceopathico, de maneira que os medicamentos sejam bem escolhidos desde o principio. Tratamento : - Aconito.-Aconselhamos si os symptomos que se apresentam no principio são os febris, com sêde, agitação, insomnia, dôr de garganta. Dè-se umacolherde trez emtrezhoras. Belladona. - Si não houver allivio durante 24 horas, ou não se apresentarem os symplomas febris no principio, tomando-a do mesmo modo que acon. Si durante 24 ou 48 horas não se notar allivio algum, deve dar-se merc. sol.; ou melhor merc. hydrac. (cianureto de mercúrio), umacolherde duas em duas ou de trez em trez horas. Este medi- camento tem sido especifico cm muitas epide- 167 mias e em innumeraveis casos julgados perdi- dos (Alvarez). Si omc., não conseguir destruir a enfermi- dade, e os symptomas se aggravarem mais a mais, ha dous medicamentos importantes para escolher, e são: apis. quando a inchação e a vermelhidão das partes vem acompanhadas de humidade, e vermelhidão não é de calor mui subido. Lach. - Convém pelo contrario quando ha grande seccura na garganta, e a vermelhidão é de cor escarlate bem caracterisada, a diphtheria apparece primeiro no lado esquerdo da gar- ganta, e se estende depois ao direito e outros logares; expectoração difficil e escassa; grande loquacidade; só a rouquidão o faz calar. Licop. - Está indicado quando a diphtheria começa no lado direito da garganta e dalli se es- tende a outras partes ; avultamento de todas as glandulas do pescoço, febre intensa, estupor, ourinas escassas, rangimento de dentes, já no estupor profundo, já quando estú dormindo. - Além destes trez importantíssimos medicamen- tos póde empregar-se em caso de necessidade. Ignat. -• Nos mesmos casos que lycop., si este houver sido insufficienle : delirio pela noite com accessos de medo, si o menino pede soccorro contra imaginários perigos e se esforça para fugir d'elles, pede gelo ou agua gelada e recusa o alimento; o cheiro que deita da bocca é tão fétido que não se póde supportar. Nitr. ac. - Quando laches não haja produ- zido o effeito desejado; si houver muita dôr ao engolir, obturação do nariz com expulsão de um liquido acre, rouquidão, e sobretudo si a capa diphlherica houver diminuído deixando a des- 168 coberto ulceras mais ou menos profundas e de extremidades mui encarnadas. Ha também outros medicamentos como boli. ac.,natr. m., phytolaca., etc., que estão in- dicados cm certos casos e que pódem consultar- se com proveito, ainda que os expostos ante- riormenle sejam os principaes (Alvarez). Temos observado com bastante frequência que em certas épocas cura-se facilmente com apis., toda classe de enfermidades de garganta, assim como a diphtherica, de tal modo, que se vêm desapparecer placas di phthericas bastante consi- deráveis no espaço de 24 horas, em pregando apis. Em outras épocas não faz<z/mefl'eito, e 0 fazem bell., lach., ou rawwi. mwr. ; sobretudo quando ha grande accumulação de mucosidades na bocca com cxpectoração semelhante á saliva. {Ammon. m. se tem mostrado também efficaz nos casos de tosse acompanhada de visosidades ou catarrho do estomago). O Dr. Fischer recommenda thuya (uma dóse, alta potência), seguida de acon. e apis. Para combater os symptomas de paralysia que se manifestam depois de um tratamento allopa- thico, os homoeopathas americanos têm recom- mendado , 30aou gelsem., em attenuaçãoes mais baixas. Também póde-se consultar: con., lach.ySilic.; ou bem ars., bell.,nitri. ac.,phosph. DYSENTERIA Gamaras de sangue Symptomas: -Esta enfermidade é com frequên- cia epidemica, e consiste em uma inflammação 169 dos intestinos grossos e sobretudo do recto. Vem sempre acompanhada de diarrhéa, mas as eva- cuações não se compõem mais que de uma quantidade mui pequena ou quasi nenhuma de matérias fecaes, e sim de mucosidades ou de sangue, ou de um forte desejo inútil de evacuar (puxo). Muitas vezes ha movimentos febris com calafrios e vomitos. Tratamento : - Aconitum. -Noprincipio dos symptomas, febris principalmentesiadysenteria se adquirir em dias calmosos seguidos de noites frias. Arsenicum. -Evacuações pútridas, involun- tárias, grande debilidade ; fétido da bocca, ourinas e hálito, estupor, e manchas roxas ou azuesem diversas partes. Belladona. - Está indicada nos casos em que acon. parece estar também, mas quando este ultimo medicamento nãoésufficiente, ou quando ha delirio, lingua secca e roxa na ponta. Bryonia. - Especialmente durante o calor do verão, e em consequência de um resfriamento por bebidas frias. Carb. v. - Si ars., não bastar para o estado de podridão, e sobretudo quando o hálito do doente é frio, frias estão suas extremidades, a cara desfigurada, se queixa de dôres abrasadoras. Chamomilla. - Quado ha grande agitação com sêde, dôres rheumaticas, máo humor com deses- peração. China. - Si ars., nem carb.v. servirem contra o estado de podridão, ou bem contra a dysenteria que se manifesta nas localidades pantanosas, e quando a enfermidade adquire o typo inlermit- tente. 170 Colocyntis. - Violentas cólicas que obrigam o doente a encolher-se. Evacuações mucosas e san- guíneas, ou amarellas, espumosas ou biliosas ; plenitude e pressão no ventre com borborigmos e inflammação do mesmo; calafrios que partem do ventre. Dysenteria causada por forte cólera. Ipecacuanha. - Especialmente convém na dy- senteria do outomno, com puxo fortíssimo, dôres, cólicas, evacuações primeiro de matérias biliosas e depois sanguíneas. Mercurius. - Violentas cólicas antes de eva- cuar, precedidas de um grande desejo e mais intenso ainda que antes; os esforços para evacuar não fazem sahir ás vezes mais que sangue puro, ou matérias misturada com sangue e mucosi- dades verdes, amarrellas ; gritos ao evacuar, c frio, calafrios; nauseas, arrotos, suor frio no rosto, grande debilidade e tremor das extremidades. Mercuriussubi. - Parece estar indicado prin- cipalmente si a bexiga da ourina se affecta as vezes, e si houver desejo continuo de ourinar. Nux. v. - Pequenas evacuações frequentes com puxo e evacuação de mucosidades sanguí- neas, dôres violentas na região umbilical; ou desejos de evacuar numerosos e inúteis, cessando com a evacuação. Pulsátil la. -Q u ando as e vacu ações n ão contêm mais que mucosidades estriadas de sangue, de- sejos de vomitar ou vomitos mucosos, calafrios frequentes, respiração difíicil e humor choroso. Sulphur. - Nos casos mais desesperados, quando nenhum medicamento produz effeito algum, e si houver respiração difíicil, puxo violento sobretudo pela noite, evacuações estria- das de sangue, desejo continuo de obrar que mo- lesta muito e canca. 171 Compare-se : Diarrhéa e consulte-se lambem podoph. DISFALGIA Difficuldade e impossibilidade de engolir A disfalgia ou difficuldade de engolir, que ás vezes se converte em verdadeira impossibilidade, depende ou bem de una paralysia da garganta, consequência de diversas causas, ou bem de uma contracção espasmódica da garganta ou do esopbago. Para seu tratamento separa-se antes de tudo a causa que as sustém. Quando depende de uma especie de paralysia da garganta, dê-se em primeiro Jogar lach. e si este não bastar, bell. ou caustic ; em caso de necessidade póde recorrer-se a con. m., nux-v., plumb., puis., silic. Si é motivada por uma contraccão espasmódica da garganta ou do esophago, o medicamento principal é hyosc., e si não fôr suííiciente dê-se zinc. m. ou stram. ou bem bellad., calc. c., con. m. lach., lauroc., lyc., nux. v.,plat., veratr. Si entre seus symplomasse destacam as pal- pitações do coração e nauseas, sedará coloc. AMTHRAZ Forunculo Todo inundo conhece este pequeno tumor tão doloroso. 172 Não deve nunca apressar-se a suppuração com cataplasmas ou unguentos irritantes, como o mel, cebolas cosidas, etc.; e é preciso sempre abster-se de toda incisão no forunculo. Os medi- camentos seguintes bastam sempre para acabara dôr e apressar a suppuração. Aconilum. - Quando liouver symptomas febris eas dôres são intensas. Apis. - Si as dôres são dilacerantes e quentes. Arnica. - Pequenosforunculosmui dolorosos. Arsenicum. - Si são quentes como si se appli- cassem brazas na parte enferma. Belladona. - Dôres, e o anthraz se torna tão encarnado que parece uma verdadeira erysipela sua superfície. Hepar. - Convém depois de bell. e quando ha dôres lancinantes e pulsativas, inchação consi- derável terminada em fôrma de ponta. Evita muitas vezes a suppuração e reduz o anthraz contendo seu desenvolvimento. Lachesis. -Si se declaram manchas ou peque- nas borbulhas de côr azulada. Mercurius. - Dôres pulsativas e lancinantes, inchação dura, roxa e reluzente, com prurido no anthraz ou em seu derredor. Silicea. - Medicamento principal para apres- sar a suppuração, ou esgotar a do anthraz já aberta e concluir sua cura. Stramonium. - Medicamento mui efficaz quando as dôres são tão violentas que volvem o doente do logar. Graças a stram. os soffrimentos diminuem quasi de repente e a suppuração se accelcra (R). Lycopodium. -Quando se formam abcessos e não se pôde supportar nada sobre o anthraz antes se augmenta consideravelmente a dôr (L). 173 O grande anthraz maligno que ás vezes se apresenta na espadua, exige, de preferencia silic. ou ars. si houver prostração e asdôressão insupportaveis, e a febre altíssima com grande sede e ardor ou hyosc., lyc., nitri, ac. (B) ; ou apis., lach., merc., stram. (R). Para combater a disposição cm padecer osan- thrazesconsulte-se : arn. ou ars., calc., sulph. (B). Os periódicos ou que se apresentam em épocas fixas : lyc. Os pequenos : rnagn. e zinc. Os volumosos: ars., hyos., lyc., nitri, ac., silic. PRENHEZ E' sabido que sobrevem durante a prenhez em muitas mulheres, umamultidão de padecimentos que antigamente, se combatiam com sangrias. A experiencia tem mostrado que não só cura a homoeopathia os padecimentos occasionados pela prenhez sem perigo para a mãie filho, como também graves enfermidades chronicas desap- parecem mais facilmente durante a prenhez, de sorte que com um tratamento cuidadoso eattento, a mãi e o filho se verão livres de enfermidades cuja cura houvera sido mais difficil, ou impos- sível, depois do parto. Não fatiaremos aqui senão dos padecimentos mais communs da prenhez, indicando os medi- camentos que a experiencia ha sanccionado. Para as veias dilatadas que se apresentam ge- ralmente na prenhez : ars. ou puis., ou carb. Vj lyc., sulph. Mos casos ligeiros de diarrhéa : antr. cr., chin., dulc., puis., rheum. Nos casos graves, producto de uma enfermi- dade chronica : lyc., merc., petrol. phos., sep., sulph., thuya (B). Manchas no rosto: con., sep., thuya. Desejo frequente e difíiculdade de ourinar : puis., ou : cocc., con., nux. v., phos. ac., sulph. Fluxo insensivel de ourina : phos. ac., rhus. Fome voraz: ars., magn. m.,natr. m., nux-v., petrol., rhus., sepia. Dôres de estomago, mas digestões, nauseas c vomilos : ipec., ou : con., kreos., lach., magn. m., nux.v., petrol., sep. (J). Prisão de ventre: bry., nux. v.,op.,alum., lyc. Dôr de ventre : arn., bry., cham., nux. v., ou : bell., lach. Dôres de dentes molares: chin., sulph., ou: apis., nux. v., staph., sep., bell., hyosc., merc. Para as convulsões e espasmos nervosos: bell., cham., cic., hyosc., ign., tarant. ; ou cocc. ; mosch., plat., stram. Para a dôr de cabeça : bell., bry., cocc., nux. v., puis. Para o somno pesado e tenaz que accommettc em certas horas : op. ou acon., bell., lach. Para o calor do rosto e cabeça com suffoca- côes ; acon., bell., lach., puis. Para a palidez geral, com horrorao movimento, culso cheio, desejo de estar deitada ou sentada con linuadamenle:«con., bell., nux-v., sep., ou op. Para a tristeza e pranto sem causa apreciável: ign., puis.; ou bem : bell., phos. ac., staph. Dóses : - Os medicamentos devem dar-se com circumspecção; não em dóses demasiada- mente fortes ou frequentes. 174 175 RESFRIAMENTO Si os soffrimentosem consequência do resfria- mento, forem agudos, febris e dolorosos : acon., bell., merc., nux-v., puis. Si as dores forem insignificantes e não existi- rem symptomas febris : dulc., ipec., puis. Si os soffrimentos forem rebeldes, chronicos: carb. veg., calc., silic., sulph., e ainda ars. Para o resfriamento da cabeça : bell., glonoin. O do estomago com gelo, agua fria, estando suado, e fructas: ars., bry., puis., veratr. O dos pés : silic., ou puis., cham. Depois de haver tido os pés molhados : silic., ou sep., rhus. Depois de ter estado com o corpo completa- mente molhado : acon., calc., sep., rhus., ou bell, bry., dulc.,nux. mosch. Resfriamento depois de haver-se molhado a cabeça : puis., ou bry., dulc., rhus. Os que se resfriam facilmente, e que o menor frio torna doentes: bry., calc., carb. v., merc., rhus., silic., veratr. Para as erupções supprimidas por um resfria- mento : ars., bry., sulph. Para os resfriamentos em tempo húmido e frio: dulc., mec., pids., rhus., veratr. Durante uma tempestade : rhod., bry., silic. Com o frio secco : ars., bell., bry., dulc., merc., veratr. EPILEPSIA Nos casos agudos, que sào os menos diíTiceis dè curar, investigue-se a causa da enfermidade ; e dê-se, quando a epilepsia provenha : De um medo ou susto: op ou ign., bell. De uma affliçãoou cólera '.ign., cham. Da suppressão da menstruação : lach., puis. Nos casos recentes recorre-se a : bell., ign., nux-v., op. Nos chronicos dê-se primeiro sulph., e depois si este não bastar, consulte-se '.calc., caust. ,cupr., silic., ou bem bell., seguidode/tfc/i.,/ze/9., tarant. Si um pouco de agua tomada antes do ataque, o evitar, dê-se : caust. ou cupr. Si os accessos só se verificarem pela noite sobretudo durante a lua nova : silic. A epilepsia depende frequentemente do ona- nismo; não se poderá curar si o doente não renunciar definitivamente este vicio. 176 ERYSIPELA Maldita Definição : - E' um exanthema de natureza inflammatoria, tendo por caracter distinctivo, rubor vivo da pelle na parle atacada com dureza e tumefacção maior ou menor desta. Symptomas : - Si a erysipela occupa uma grande parte, declara-se febre, vomitos> arripios de frio, agitação e delirio. A erysipela é simples sendo na superfície da pelle. - Flegmonosa se invade toda grossura do derma. Tratamento : - Aconitum. ■- Havendo febre. Belladona. - Havendo delirio, o rosto se torna brilhante e mui encarnado sobretudo no lado direito (R.) 177 Borax. - Quando a erysipela se tem declarado no lado esquerdo do rosto, e quando o doente soffre horrivelmente. Graphitis. - Quando a erysipela é vesiculosa, sobretudo si o doente houver soffrido outras iguaes. Lachesis. - Quando a pelle é de côr violacea; principalmente quando o doente temaccessos de delírio, desde que carra os olhos (R). Phosphori acidum. - Quando a erysipela se declara em consequência de uma ferida do pe- riosteo. Rhus. - Quando a erysipela se declara no principio no lado esquerdo e passa logo ao lado direito do rosto, formando vesículas, invade o couro cabelludo e outras partes do corpo; delírio, febre intensa, lingua secca, sede. Silicea. - Quando e erysipela sobrevem em consequência de feridas nos ossos. Stramonium. - Comdelirio mais ou menos fu- rioso, lingua secca, febre intensa, sêde e agitação continua. Quando a erysipela ataca as membranas cerebraes, quer por não ter facilidade para sahir a pelle, quer pela retirada mais ou menos repentin a depois de haver brotado, o medicamento prin- cipal é stram., e ainda bell.,rhus., lach., camph., ars. A erysipela pallida (encruada) cura-se bem e promptamente com : acon., bell., lach., rhus., e apis. A vesiculosa, com : graph., rhus., ou lach., stram. A ílegmonosa, que ataca general mente as ex- tremidades, com grande inflammação, e que se estende muito, se combate com acon. no prin- cipio, e depois com bell., graph., lach., puis., rhus., ou merc. MED. DA FAM. 178 Si sobrevier a suppuração : hepar ou silic. Se apresentar febre lenta com suppuração inexgo- tave]: graph. As que ulceras as regiões donde sahcm : cle- mat., rhus., e silic. Nas que se apresenta a gangrena : ars. carb. v., lach. ou chin. N. B. -Nós possuímos um medicamento es- pecifico para toda classe de erysipclas e é cassia m. (Veja-se o catalogo no fim desta obra.) ERUPÇÕES Darthros Impingens Herpes erupções da pelle Erupções com dores ardentes : ars., rhus. Erupções com exudação: carb. v., graph., lyc., rhus. Erupções acompanhadas de comichão ; rhus., sep., staph., caust., merc., sulph. Erupções dolorosas : arn., bell., dulc., hep., lyc., sep. Erupções sem dôres: cale, con., graph., lyc., rhus. Erupções com dôres como de feridas : graph., hep., sep. erupções de cabeça Escolher-se-ha enlre os medicamentos seguin- tes (Raue): cale. c.,ou Zyc., si a erupção produzir uma secreção espessa, mas não corrosiva. 179 Rhus. - Si a pelle que rodeiar a erupção es- tiver ulcerada e inflammada. Baryt. c., graph., nátr. m., phos., rhus, si a erupção fizer caliir os cabellos. Lyc. - Si a erupção exhalar máo cheiro maxime sendo produzida em pessoas pobres. Natr. m. - Si a erupção estiver circumscripta nas partes cobertas de pêllo e na nuca. Clemat. e petrol. - Si tiver principalmente séde no occiput e pescoço. Hepar. - Quando se ha empregado unguen- tos exteriormente. O professor Guernsey recommenda como mui cfficazes os medicamentos seguintes : Arsenicum. - A pelle da cabeça fica secca e aspera, e as partes cobertas de pêllo o estão de cascas seccas que podem estender-se até a fronte, cara e orelhas. Graphitis. - As erupções da parte cabelluda de cabeça seggregam um liquido claro e viscoso que forma cascas. Phophorus. - A pelle da cabeça fica branca e lisa; os cabellos cahem. Calcarea. carbónica. - Convém aos meninos lymphaticos com moleiras abertas : as cascas são tão grandes e grossas que toma frequentemente a metade da cabeça. Um púz espesso sabe destas cascas. Guernsey prescreve toda a classe de loções. ERUPÇÕES NO ROSTO Arsenicum. - Convém nas erupções seccas. Ars. é excellente também quando a erupção apresenta-se sob o forma de flores e pequenas vesículas, cheias de um liquido acre que causa ao doente dores e abrasamento. 180 Baryta. -Convém aos meninos mal nutridos, nos quaes se demora o desenvolvimento, ou que têm as glandulas engorgitadas e duras. Calcarea carbónica. - Dá-se aos meninos obesos e escrophulosos. Crostas grossas enco- brem um púz a ma rei lento. Dulcamara. - Quando ha crostas grossas e escuras no rosto ; quando suas margens são vermelhas c sangram facilmente quando se coça. Graphitis. -Quando a erupção seggrega um liquido claro como agua, viscoso, que faz cabir as crostas que se formam de novo. O assento de erupção é ordinariamente no queixo e detrás das orelhas. Hepar. - Quando a erupção é em forma de pequenas vesiculas. Lycopodium. - Quando tem um cheiro fétido e sangra facilmente. Mercurius. - Convém aos meninos cujas gengivaseslãoescorbulicase quando ha salivação. B/iustoxicodendron. - Si a erupçãoesliver ro- deiada por todas as partes de uma aureola rôxa e inflammada com forte comichão sobretudo du- rante a noite. (G). As glandulas do pescoço e queixo ficam engorgitadas e a nuca rigida (B). Sulphur. - Quando a erupção se estende por todo o corpo, e quando produz no doente uma grande comichão, (G). Quando houver erupções vesiculosas com grande comichão, e deitam sangue quando se coçam (B). MENTAGRA (HERPES NO QUEIXO) Exige : ars., e caust. Si os alterna de quinze em quinze dias. Demais: calc., mezer. (J). 181 CAPA-ROSA (PUSTULAS ROXAS NA CARA) Exige frequentemente : «rs., kreos., calc., carb. an., ou rhus., ruta, veratr. (J). Si fôr acom- panhada de febre é preciso empregar : ars., ign., nalr. m., e nux. v. lupus (especie de herpes que corróe a pelle e SE ESTENDE MUITO PELO ROSTO) O medicamento principal é ars.; si este não bastar, prescreve-se mer. pr. rub. em baixa tri- turação, e depois sulph., calc. c., sep., rhus., alam., cic., silic. As crostas de leite nas crianças. - Exige- se : Ars., barit., calc., dulc.,graph., mer., sulph. N. B. - Dóses : - Se dissolverão os medica- mentos em aguae se administrarão por colheres duas on tres vezes por dia durante tres ou cinco dias; depois suspender-se-ha por algum tempo : nunca se repelirá o medicamento sinão quando a enfermidade se aggravar. ESCARLATINA Definição : E' uma enfermidade da pelle mui conhecida, geralmente epidemica; não começa como o sarampo pela constipação e tosse mas sim por uma angina simples. Symptomas : -A erupção vem sempre prece- dia de forte febre com dòr de cabeça, e co- meça do segundo ao terceiro dia de enfermidade por manchas encarnadas, primeiro no pescoço, e 182 logo depois por todo o corpo. Estas manchas, de côr rôxa, já viva, já amortecida, se confundem geralmente, tanto que grandes porções da pelle vêm-se cobertas de uma vermelhidão erysipela- tosa. O delirio e asconvulsõesprecedem frequen- temente a erupção: ás vezes vem acompanhada de grandes symptomas cerebraes e somnolencia. A pelle descasca-se ordinariamente do sexto ao nono dia, e ás vezes antes, em pedaços maiores ou menores. A's vezes a inflammação da garganta se torna maligna, diphtheria. (Veja- se Angina diphtherica) Ha também epidemia nas quaes os rins se affectam gravemente, com ourina albuminosa e a hydropisia consecutiva. Hygiene : - Além do regimen appropriado das moléstias agudas e febris e de unia temperatura uniforme de 16° C na habitação onde está o doente, é preciso tel-o bem abrigado, que não se descubra, que não se levante da cama, e que a pelle transpire muito ao brotar a erupção, e emquanto subsista. No descascamento é quando ha mais perigo de que sobrevenham a hydro- pisia e outras enfermidades, si não se tiver cuidado de que o doente não se resfrie e com- metta algum excesso na comida ou bebida. Todo o cuidado c pouco ao considerar os peri- gos a que está exposto o doente por falta de obser- vação no regimen, e alimentar-se em demasia, mudar-se a roupa e levantar-se antes de tempo. Tratamento : - Aconitum. - Máo estar geral, inquietação, desassocego, insomnia, febre, sède, vomitos biliosos, dôr de cabeça, cara encarnada, vertigens, sahida de sangue pelo nariz, con- gestão ou inflammação da garganta. - A escarlatina vem acompanhada de 183 angina,diphtherica (veja-se esta angina), ou bem deanginacomgrandeinflammação da campainha e véo do paladar; agitação, inquietação, grilos, ourinas escassas e pouca ou nenhuma sêde; suor abundante,vermelhidão dasconjonclivas(branco dos olhos) e inchação das palpebras inferiores. Convém também quando a erupção se tem retirado lenta ou bruscamente, e apresenta-se a inchação geral com ourinas mui escassas e falta de sêde, apparecendo a pelle mui branca, seme- lhante a cêra, e quasi transparente (Alvarez). Arsenlcum. -- Perda total de forças, pros- tração com calor abrasante, rosto quente; suores contínuos ou nocturnos, desfiguração do semblante, mãos e pés frios; angina gangre- nosa, grande agitaçao e insomnia. Este medi- camento convém no ultimo periodo da escarla- tina maligna, e para a hydropisia que em muitos casos sobrevém depois de acabada a erupção. Belladona.-G r a n de i n fia m m a ção d a ga rgan ta com impossibilidade de engolir e dôres vivas e lancinantes; grande dôr de cabeça, sêde violenta; olhos congestionados e dolorosos, com horror á luz, acujo brilho se fecham involuntariamente; vertigens com escurecimento da vista; lingua encarnada e secca ; insomnia com inquietação, grislos e impossibilidades de estar muito tempo em uma mesma posição; visões raras, que assustam, fechando os olhos e ás vezes até tendo- os abertos, sobresallos, e extremecimentos ge- raes ou locaes de alguma parte do corpo. Capsicum. -• Escoriação da garganta, con- traeção e espasmo na garganta; accumulação de mucosidades espessas na garganta, bocca e nariz, com difíicultade para arrojal-as, vesí- culas na bocca e lingua; dôres quentes ao ouri- 184 nar, somno inquieto, cheio de sonhos, pros- tração e repugnância a cama. Mercurius.-Um dosprincipaes medicamentos quando predominam os symptomas de inflam- mação da bocca, com salivação, ulceras na bocca que está coberta ás vezes de uma capa branca, juntamente com a lingua (inflammação cremosa); angina diphthcrica, engorgitamente das glandulas do pescoço, e ulceras na garganta. Muriatis acidum. ■- Medicamento que deve ter-se em consideração nos casos de escarlatina maligna com hálito fétido, lingua e lábios seccos, ás vezes negros; exudação de sangue das gen- givas; faces de côr roxa; còr livida da erupção, especialmente no pescoço, ourinas involuntá- rias; o doente se chega pouco a pouco aos pés da cama, prostração, vista extincla, fraqueza dos sentidos; ulceras na bocca, garganta e mucosas do nariz com fluxo fétido ou corrosivo. Phosphorus. - Exudação frequente de sangue pelo nariz, e ás vezes pela bocca, ouvidos e olhos; lingua e lábios seccos, ásperos, tostados, cobertos de cascas negras; perda da palavra e audição; grande seccura da bocca e garganta; incontinência de ourina ; sede ardente e calor excessivo, delirios tranquillos; quéda dos cabellos durante a enfermidade ou na convalescência. fíhus. - Emprega-se só nos casos raros em que a erupção se converte em erysipelas vesi- losas com somnolencia, sobresaltos, agitação, grande sêde e febre intensa; ou nos casos em que a erupção se complica com symptomas typhoides, com grande prostração e debilidade, ourinas sangrentas com difficuldade de ourinar; delirio furioso ou baixo, com palavras incohe- rentes e entrecortadas. 185 Stramonium. - Um dos primeiros medica- mentos para fazer brotar a erupção, quando é difficil conseguir isto ou nos casos de retirada brusca da mesma, com delirio furioso, desejo de morder, cuspir, arranhar e arrojar-se da cama; medo de pessoas imaginarias, sède vio- lenta, geral frio ou febre intensa, cantos e risos ás vezes involuntários, seccura da bocca, faces e olhos e nariz (Alvarez). Sulphur. - Nos casos complicados com sym- ptomas typhoides, com lingua secca, encarnada e coberta de mucosidades escuras; sêde com febre ardente; delírios contínuos ou som no sopo- roso, olhos convulsos; rosto de um roxo vivo com grande seccura e obstrucção do nariz pelas crostas que contêm; ourinas escassas e roxas. Hahnemann foi o primeiro que recommendou a belladona como preservativo da escarlatina. Mais tarde comprehenden (pie as epidemias de escarlatina náo têm sempre o mesmo caracter, e que a belladona servia portanto sómente para a escarlatina As experiencias conlradic- torias dos médicos homoeopathas têm demons- trado que a belladona não é um medicamento especifico absoluto contra todas as classes de escarlatina, pois podem haver casos epidemias em que a belladona não produza effeito, produ- zindo-o qualquer dos medicamentos seguintes : apis., hyosc., rhus., stram. As vezes se apresentam vomilos tão tenazes, com ou sem diarrhéas, ou ás vezes esta. Nestes casos o medicamento indicado em pri- meiro logar é ipec., uma colher de duas ou de trez em trez horas. Si ipec., não bastar dê-se ars. Si houver grande difíicultade em ourinar, a ourina sahe em gottas, dê-se canth.; e si este não bastar recorra-se a cannab., con., dulc. 186 A insomnia é frequentemente um symptoma que molesta muito os doentes, o melhor medi- camento contra a insomnia é coff., e si este não bastar, consulte-se : acon., bell., nux. v. Tanto coff., como os outros medicamentos se dão por uma ou duas vezes e sem interromper o medicamento que toma o doente para combater a enfermidade, esperando só que passem trez ou quatro horas depois de haver tomado coffea ou qualquer dos outros, para dar-lhe o medicamento que tomava antes. A insomnia é um symptoma ás vezes grave, e que não se deve descuidar. Nos casos de repercussão ou brusca retirada da erupção, situação gravíssima que occasiona a morte do doente, ni não se acóde a tempo de remedial-a, consegue-se fazer reapparecer a erupção com : bry., ou phosph., stram., sulph. Si se apresentam symptomas cerebraes com delirio furioso, bell., c si este não allivia prom- p ta mente dê-se : stram. Opium. - Convém quando um somno sopo- roso acompanha os symptomas cerebraes. Na terminação da escarlatina apresenta-se a inflammação de uma ou ambas as parotidas; os principaes medicamentos para combatel-a são : bell., merc., rhus.; e se estes não bastarem : carb. v., phos., silic., sulph. Também apresenta-se o lluxo purulento de ouvidos (otorrhéa), que se combaterá com he- par., merc., puis., silic. ou sulph. Si sobrexir a inflammação de um ou ambos os ouvidos, dê-se bell., cham., hep., pulsat. Para a hydropisia geral {anasarca) que sobre- vém depois da erupção, o medicamento prin- cipal é ars. Os médicos americanos de nossa escpla recommendam apis. 187 Si ars. \\Qmapis. dominam ahydropisia, con- sulte-se : baryt. m., bell., silic. Para as hydropisiasparciaes do ventre (asczVzs), da cabeça [hydrotorax)', dos pés, mãos, rosto (edemas), etc., consulte-se os mesmos medicamentos que para a hydropisia geral, e demais \arn.,bell., digit.,senna.,squilla. ESCORBUTO Symptomas:- Esta enfermidade póde começar por symptomas geraes ou locaes. Si começar pelos primeiros, o doente perde gradualmente suas forças e actividade, seus olhos se encovam e se cercam de um circulo elevado ; dôres fortes nas extremidades e articulações e grande abati- mento. Os symptomas locaes quer precedam ou sigam os geraes, são os seguintes: entumecimenlo das gengivas, reblandecimento ulceroso com hemor- rhagia das mesmas; hálito extraordinariamente fétido; manchas e echimosis na pclle; tumores sanguíneos no trajecto dos musculos, que se ul- ceram e exudam sangue com inais ou menos profusão. Summa debilidade com repetidas syn- copes, constante oppressão, diarrhéa fétida ás vezes sanguínea; si a enfermidade não se conti- ver, a ulceração destróe as gengivas, os dentes se movem c cahem, e até os ossos maxillares se chegam a quebrar; a febre lenta e as hemor- rhagias acabam por fim pouco a pouco com a vida do doente. Causas : - As causas desta enfermidade que devem evitar-se ou remover-se para seu trata- 188 mento são : os alimentos salgados, a falta de vegetaes frescos e agua fresca, o frio, e o calor húmido, habitações humidades e mal ventiladas, trabalhos rudes e excessivos com alimentação escassa e impressões moraes tristes. A enfermidade é sporaclica quando ataca in- divíduos afastados; epidemica, quando ataca um grande numero ás vezes, como succede nos na- vios, guarnições, prisões, cidades sitiadas, etc. Quando o indivíduo é mais debil por sua constituição physica, mais a enfermidade o atacará. Tratamento : - Os medicamentos principaes para combater esta enfermidade com prompto e seguro exito, são : kreos., merc., muriat, ac., nux. v., sulph. Kreosotum. - Ve r m elh id ão i n fia m m a to ri a d as gengivas; dôres tractivas e dolorosas nas gen- givas que se estendem até as fontes; ulceras e fungosidades fétidas na bocca e gengivas, com hemorrhagias sanguinease fétidas ;accumulação de saliva cerosa na bocca; ulceras pútridas na lingua, gengivas e bochechas internas e paladar; augmento de todos os symplomas na metade superior de bocca, aggravação notável com a menstrução, depois desta, e com o fluxo branco, que é lambem fétido e sanguíneo, ás vezes diarrhéa pútrida; febre com prostração; emmagrecimento, frouxidão e peso, sobretudo nas pernas; melancolia com desejo da morte. Mercurius. - Prurido e vermelhidão das gen- givas fungosas, esponjosas e que sangram facil- mente ; sède ainda que haja muita saliva; a bocca exhala um cheiro fétido ; gosto salgado, pútrido; grande débilidade nas articulações ; 189 perda de palavra por causa da inflammação ou ulceração da bocca e lingua; tremor desta; o cheiro que exhala a bocca é cadavérico ; aggra- vação de todos os symptomas da bocca pela tarde e noite; suores abundantes que não alli- viam ; todo o corpo fica como magoado, grande cansaço e debilidade com perda das forças e tremor de todos os membros, emmagrecimento geral; abatimento moral, apprehensões, morosi- dade e repugnância pela conversação. Vacillação e queda dos dentes. Miiriatisacidum. - Grande ulceraçãodabocca e sensibilidade das partes ao tacto; ulceras pútridas, ennegrecidas, que exudam sangue ne- gro, dôres pulsativas nas gengivas e lingua, aggravadas bebendo agua fria ; a bocca em sua totalidade apresenta um aspecto mui escuro ou negro, seccura da bocca com impossibilidade de engoliragua; aggravação de todos os symptomas no repouso; prostração excessiva com ourinas e evacuaçõesinvoluntarias; horror ao movimento ; tristeza, taciturnidade e concentração com an- ciedade. Nuxvomica. - Ulceras de cheiro fétido, grãos e vesiculas dolorosas na bocca, na lingua e pa- ladar ; vacillação e quéda dos dentes (depois do merc.}: inchação pútrida e dolorosas das gengi- vas, às vezes com dôres pulsativas como quando ha um abcesso, ardor, exudação facil de sangue; as bebidas e alimentos quentes, assim como a agua fria, o vinho e o café, aggravam todos os symptomas da bocca; os alimentos não têm gosto; fome com aversão aos alimentos, lingua ennegrecida, escoriada com margens rôxas; ag- gravação pela manhã e noite, ao tragar os ali- mentos, e comendo e bebendocousasfrias ; prisão de ventre ou evacuações frequentes, pequenas e 190 fétidas; humor hypochondriaco, inquietação, desespero, máo humor e temor á morte. Sulphur. - Inchação das gengivas com dores pungitivas; exudação de puz e sangue, saliva sanguinca ou salgada, ou acida eamarga ; vesícu- las, aftas e empolas na bocca e lingua, com ardor e dor de escoriação ao comer; tumores duros e redondos nas gengivas com exudação do sangue cheiro fétido, ás vezes acido da bocca, pela ma- nhã, de tarde e depois das comidas, perda de appetile, sêde, e seccura da garganta, grande sensibilidade das gengivas e lingua ao lacto ; aggravação ao engolir a saliva e alimentos, fal- hando, comendo e bebendo cousas frias, grande debilidade en enfraquecimento, desejo de estar sempre deitado, febre lenta; diarrhéa fétida, prisão pertinaz de ventre, marcha impossível pela grande debilidade e impressionabilidade ao ar; tomor de uma próxima morte. Si estes medicamentos não forem sufficientes, consulte-se em primeiro Jogar : ammom. c., caust., carb. v., nitri. ac., sulph., eein segundo, ammom. m., canth., hep., nat. m. ESCROPHULAS Alporcas Os medicamentos empregados até agora com mais exilo contra estra .enfermidade, são : sulph., calc. c., baryt. c., bell., merc., silic., e depois des- tes : ars., asa-foet., con., hep., iod., rhus., ou aur., carb. an., dulc., graph. Todos se darão em doses unicamente de altas atlenuações e se espe- rarão seus effeitos, antes de passar a dar outro 191 medicamento, ou repetir o mesmo si houver allivio com elle. Para as affecções da pelle que acompanham as escrophulas, como são erupções, herpes, ulceras, etc., dê-se : ciem., dulc., hep., lyc., merc., rhus., sepia., silic., staph., sulph. Si houver suppuração das glandulas engorgi- tadas deve-sc as curar ás vezes necessárias no dia com franchetas de fios, limpal-as antes com agua morna e enxugando-aó com pannos limpos de linho. Os medicamentos principaes neste caso são : merc. ou silic. e se estes não forem sufficientes, consul-se : asa-foet., hep., phosph., sulph. Si houver dores intensas nas glandulas engor- gitadas com ou sem vermelhidão da pelle, febre, sêde, etc., dê-se em primeiro logar acon. para di- minuir a febre, e depois bell. Si esta não bastar e as glandulas tenderem á suppuração, dê-se para evital-a hepar. ; e si este não fôr já sufficiente, re- corra-se a silic. e depois a merc. As vezes acompanha as escrophulas, especial- mente nas pessoas mui lymphaticas e debeis, uma febre lenta com augmento e até suores no- cturnos, falta de appetite, morosidade, tris- teza, etc. Nestes casos deve-sc dar ao principio ars. e si este não fôr sufficiente para combater tal estado : nhos., silic. ou sulph. ESTOMAGO (MOLÉSTIA 1)0) Ainda que vamos nos occupar da major parle das enfermidades que se desenvolvem ns esto- mago, não épossivel em um manual popular dar amplosdetalhes sobre os diagnósticos das diversas doenças do dito orgão. Quando a enfermidade é aggravada, é preciso investigar antes de tudo a causa que de ordinário a tem provocado ou aggravado. Assim é : Que depois de uma cholera, se dará : acon ou cham. Quando predomina a calor : óry ou veratr. Quando predomina o frio : cham ou coloc. Quando a enfermidade vem acompanhada de diarrhéa, depois do uso de alimentos assucarados, m an lei ga e al i m e n tos gord u rosos '.p u Is. o u carb. v. Depois do uso de cerveja azeda : acon. Depois do uso de alimentos que incham (ver- duras; favas) : bry., lic. Depois do uso do pão e pasteis demasiada- mente quentes : bell. Depois de haver bebido ou comido cousas de- masiadamente quentes : caust. Depois de haver bebidoou comido em demasia: antim. cr.,ow puis. (Serábom tomar uma chicara de café). Depois do uso do vinagre ou alimentos mui ácidos : antim. crud.,o\x ars., bell., ferr., sulph. Depois do uso do gelo (ou agua de neve): ars., puis. Depois do uso das batatas : alum.,sep., veratr. Depois do uso do leite : calc., chin., con.,sep., sulph. Depois do uso de fructas: ars., bry., chin.,puis., veratr. Depois do uso do repolho : bry., ou chin., lyc., puis. Depois do uso de alimentos doces : ign. ou cham. Depois de beber vinho (nos bêbados): lyc., ou ars., carb. v., nux. v. 192 193 Depois de beber vinho acido : antim. cr. Depois de beber vinho de enxofre '.puis. Depois de haver comido cousas salgadas : carb. v., ou ars. Depois de haver fumado : cocc., merc., ipec., nux. v., puis., staph. Depois de apanhar um calor excessivo : bry., ou síZtc. Depois de um resfriamento : ars., bell., cham., cocc., dulc., ipec. Depois de lesões mechanicas, como contusões, golpes, quéda sobre o estomago e ventre : arn., bry., rhus. ou puis., ruta., sulph. ac. Depois de vigilias prolongadas ou estudos for- çados : arn., nux. v.,puls.,sulph. oucarb. v., cocc., ipec., vèratr. Depois das causas moraes : cham., coloc., ou acon., bry., chin., nux. v., sulph. Depois de excessos sexuaes : calc., merc., nux. v., phos. ac., staph. Si não se poder supportar a carne : ferr., ruta., silic., sulph. Si tudo o que o doente tomar causar-lhe soffri- mentos:cózrô.t'., chin., lach.,natr., nuxv., sulph. Dyspepsia DIGESTÃO D1FFICIL Definição : - Esta enfermidade se distingue pela debilidade da digestão. Symptomas : - Poucoou nenhum appetite,arro- tos, flatulência, mão humor, somnolençia, prisão de ventre, ou diarrhéa, e outros incommodos de- pois das comidas, disposições ás indigestões, azias J1ED. DA FAM. 194 e saburra gastro-intestinal. Palpitações de cora- ção, temor da morte, suppõe-se sotírer de todas as moléstias conhecidas, vertigens. Tratamento : - Os medicamentos principacs contra a dyspepsia, são : Hepar sulph., cujas dóses dar-se-hão a largos intervallos e de diluições altas, esperando sempre que uma nova aggravação da enfermidade indique repetir adóse ou dar outro medicamento. Si o dito medicamento não bastar, consulte-se : Arnica.- Arrotos frequentes e semelhantes ã ovos podres ; desejo de ácidos ; depois das co- midas plenitude e peso na bocca do estomago ; vertigens; cabeça pesada; tez amarella, terrosa; nauseas frequentes com vontade de vomitar, so- bretudo pela manhã e depois de se comer; humor hypocondriaco. Convém especialmente nos casos produzidos por golpes, commoções, pancadas, es- forços, trabalhos intellectuaes e insomnia com ir- ritação nervosa. Bryonia. - Repugnância aos alimentos até o ponto de não poder supportar o cheiro, delles ; arrotos frequentes, sobretudo depois da comida e ainda mesmo em jejum; sensibilidade da bocca do estomago ao tacto, e imposibilidade de sup- portar vestuários apertados ; prisão de ventre ou evacuações duras; desejo de vinho, café e ácidos; indigestão facil pelo pão ou pelo leite. Calcarea. - Gosto acido e amargo, séde conti- nua com appetite debil, accessos de fome voraz, repugnância á carne, dores de estomago e ventre, desejo de dormir depois das comidas, calor, ruido de gazes, evacuações de ventre de dous, Ires ou quatro em quatro dias, debilidade geral, bocca pastosa, secca 195 China. - Convém não só na dyspepsia por can- sas debilitantes como lambem na produzida por habitação em terrenos pantanosos. Indifferença pelos alimentos e bebidas, indigestões frequentes e fáceis sobretudo ceiando tarde, plenitude do estomago, desenvolvimento de gazes, humor hy- pocondriaco, grande debilidade com desejo con- tinuo de estar deitado. Hepar. - Indigestão facile frequente, nauseas frequentes pela manhã ou vomitos de matérias a ci d a s, ac c u m u 1 a ção de m u c osi d a d es n a gar ga n ta, evacuações duras, difficeis e seccas, repugnância á gordura, sêde pronunciada, desejo de vinhos, cousas acidas; nos casos em que ha havido abuso do mercúrio, e noschronicos antes ou depois de sulph. ou depois de merc. Lachesis. - Nos casos chronicos : repugnância ao pão e desejo de vinho e leite, que ambos pre- judicam, arrotos e vomitos depois de haver co- mido; depois de cada comida, máo estar, pleni- tude, somno, vertigens, doresde estomago, prisão de ventre, evacuações duras, dilficeis, rosto ter- roso e amarello. Mercurius. - Gosto pútrido, ou amargo, sobre- tudo pela manhã, repugnância aos alimentos so- lidos, carne, com desejosódecousasfrescas, leite; depois de comer pão, pressão na bocca do eslo- mago, arrotos, azedume, desejos frequentes de vomitar. Nuxvomica. - No principio do tratamento das dyspepsias recentes e nas pessoas que padecem de hemorrhoidas, gosto acido e amargo do bocca e alimentos, sobretudo do pão; desejo de cerveja e repugnância aos alimentos, depois das comidas ; nauseas, arrotos e regurgitação azedos ; calor e vermelhidão do rosto durante a digestão, prisão 196 de ventre e evacuações duras, frouxidão : desejo sempre de estar sentado ou deitado. Pulsatilla. - Nas mulheres ou pessoas de tem- peramento lymphatico,de caracterdoce e aíTavel, com disposição ao choro, saburra gastrica e aze- dumes, falta desède, respiraçãodifficil, desejos de vomitar, arrotos de gosto dos alimentos comi- dos ; soluço frequente; evacuações de diarrhéa ; o pão causa soffrimentos: tristeza, melancolia e pranto. Sulphur. - Na dyspepsia chronica deve come- çar-se por este medicamento, e nas pessoas mui irritáveis; gosto pútrido, repugnância á carne, leite e gorduras; desejo de cousas acidas; depois das comidas, respiração trabalhosa,nauseas,dores de estomago, frouxidão, calafrios, azedumes, flatulência einercia no ventre; sede pronunciada, humor triste, hypocondriaco, moroso e irascível. Si estes medicamentos não bastarem consulte-se depois : carb v., h/c., natr. mur.,rhus., ruta, sep., sitie. Gastralgia DORES DE ESTOMAGO - CAIMBRAS DE ESTOMAGO - NE- VRALGIA DO ESTOMAGO Diagnostico : - As verdadeiras dores de estô- mago nevrálgicas, que não dependem de uma enfermidade organica do estomago, se distin- guem por accessosperiódicos, ein cujosintervallo não tem o doente dôres. Causa: - Agastralgia é em geral ligada a outra enfermidade. Está frequentemente combinada 197 com a anemia e se declara depois de fortes perdas de sangue, enfermidades debilitantes e uma lac- tancia prolongada; ou ainda ; é observada em pes- soas chloroticas ou luberculosas.Agaslralgiapóde sertambem a consequência de outra enfermidade localisada no ventre. Vem frequentemente acom- panhada de enfermidades da madre, de mens- truação mui abundante e adiantada, de irritação da medula espinhal, etc. Em todos estes casos é preciso ter em conta a doença fundamental, por- que fazendo-a desapparecer, a gastralgia cede completamente. Mas ha gastralgias terríveis que acompanham as alterações organicas do esto- mago ; são incuráveis, ou pelo menos mui dif- ficeis de curar. Tratamento : - Em todos os casos consultem- se os seguintes medicamentos : Belladona. - Convémsobrctudo ás mulheres e pessoas delicadas e sensíveis. - Dores que pare- cem corrosivas. - Diminuem quando o doente curva-se ou retém o hálito. -Sêde, mas asdôres augmentam depois de haverbebido. -Insomnia pelanoitecom somnoduranteodia. - 0Dr.Well pretende que bell. é um medicamento especifico contra as caimbras do estomago, quandoasdôres se estendem ámedula espinhal. Quando nos casos chronicosnãobastabell., àè-sealropitimoucal. c Bryonia. - Dôrcs oppressivas ou lancinantes. - Todos os movimentos aggravam as dores : a pressão exterior as allivia. - Dôres de estomago com prisão de ventre. - Pressão nas fontes, fronte e occiput, como si o craneo estivesse a es- tallar, e que se allivia comprimindo a cabeça. Calcarea carbónica. - IN as pessoas pletóricas, nas mulheres com menstruação mui abundante, e depois de bell. c atrop. quando estes não tenham completado a cura. - Sensação de arranhadura e contracção no estomago, com anciedade. Aggra- vação das dores pela noite e depois das comidas, com vomitos dos alimentos. - Prisão de ventre com hemorrhoides dolorosas, ou hem diarrhéa chronica. Carb. vegetabilis. - Si nux. v. houver alliviado mas não curado. - Ajuntamento excessivo de gazes no estomago com dilatação deste. Chamomilla. - Sensação como si uma pedra estivesse sohre o estomago. - Grandes dôres com anciedade, inquietação, que obrigam o doente a dobrar-se.- Neste caso, si cham. não produzir allivioalgum,recorra-se a vação das dôres depois das comidas e á noite, com grande angustia e movimento incessante. Allivio momentâneo tomando café o encolhen- do-se muito. - Gritos, desesperação, humor iras- cível. N. B. -A gastralgia durante a menstruação cura-se ordinariamente com cham. ou nux. v. Si for abundante : com cocc.. ou puis., si for es- cassa. Cocculus. - Mui vantajoso nas pessoas deca- ractcr sombrio, descontente e fleugmatico. - Dôres pressivas, lancinantes, sobretudo depois das comidas. - Sensação de plenitude e beliscos no estomago com respiração opprimida. Dôres de estomago com nauseas; a agua vem ã bocca (mas sem pirosis). -A sahida de gazes allivia. Coffea. - Utilem pessoas excessivamente ner- vosas, impressionáveis, e que padecem frequen- temente insomnia.- Dôres lancinantes, pressi- vas, tão intensas, que fazem gritar, arrastar-se 198 199 pelochãoerelorcer-se. - dè-se bell. Ignatia. - Dôres de estomago principalmente nas mulheres depois de um desgosto, e de ha- ver-se soffrido fome largo tempo. -As dôres di- minuem comendo; vêm geralmente acompa- nhadas de uma sensação de debilidade e vasio na bocca do estomago, ou como si o estomago esti- vesse suspenso. Soluço, regurgitação dos alimentos ingeridos. - Repugnância aos alimentos, bebidas efumo. Nuxvomica. - Medicamento principalcontra as caimbrasde estomago das pessoas que tomam muito café e aguardente, das que padecem he- morrhoides, etc. Caimbras ou pressão no estoma- go, pela manhã em jejum ou depois das comidas. - Dôres quentes no estomago, oppressão e pressão. Estende-se frequentemente pela espa- dua, entre os hombros, ou até os rins. Vêm acompanhadas frequentemente de nauseas e a agua sobe a bocca, ou então os accessos de dôres terminam-se por um vomito. Prisão de ventre, ventosidades e hemorrhoides. - Os vestuários molestam a bocca do estomago. Arranhamento e conlracção no esto mago. - Caractervivo, moroso e irascivel, com apprehensão sobre a enfermi- dade.-Palpitações de coração com anciedade.- Depois de r., dê-se cham. ou cocc. Pulsatilla. - Dôres de estomago depois de tomar alimentos gordurosos, pasteis, ou de um resfriamento de estomago. -- Dê-se também as pessoas de constituição de puis. - Caimbras com nauseas que desapparecem depois de vomitar. - Pressão no estomago depois de haver comido pão. - JNenhuma sêde exccpto quando as dôres são mais fortes. Aggravação das dôres pela tarde 200 e entrada da noite, com calafrios que augmentam em propurção das dôres. -Dôres que se aggra- vam andando. - Humor triste e caracterdoce e tranquillo. Sulphur. - Dôres pressivas como por uma pedra, .principalmente depois das comidas, com nauseas e vomitos. - Azedumes. - Repugnância aos alimentos gordurosos, ácidos e cousas assu- caradas. -Vertigens,hemorrhoides, liumorme- lancolico, com disposição tão prompta a incom- modar-se como a chorar. Em todos os casos em que os medicamentos assim expostos não produ- zem allivio ou é passageiro, é de temer uma en- fermidade organica do estomago. Então é neces- sário consultar um bom medico homoeopatha. Si isto não for possivel, se pôdem experimentar as seguintes medicamentos : carb., bism., canst., graph,., kreos., lach., lyc., magn., mez., phos., sitie., stann., staph., stront. Não se repetirão os medicamentos emquanto haja allivio; e não se mudarão emquanto não haja uma aggravação ou mudança de symptomas. Gastrite INFLAMMAÇAO DO ESTOMAGO Causas : - A verdadeira inflammação doesto- mago é geralmente causada por matérias acres (venenos) introduzidas no estomago ; sem em- bargo, um forte resfriamento, o uso da agua gelada, sorvetes, tendo o corpo mui quente, ou emprego excessivo de certos eslimulentes, pódem causar uma irritação inílammatoria do estomago. Symptomas : - Os principaessymptomas desta enfermidade são dôres no estomago, continuas, 201 violentas, aggravadas com o lacto ea pressão, a ingestão de uma substancia qualquer, calor e pulsação na bocca do estomago; vomitos de tudo o que se toma e grande angustia; extremidades frias, espasmos, grande debilidade e prisão de ventre. Aí dores são geralmentes quentes. Tratamento : - Escusado é dizer que ha que tratar a enfermidade segundo a sua causa. Si a gastrite fôr occasionada por um abuso de bebidas alcoólicas, dê-se : ars., nux. v. Pela agua de neve ou gelo : ars.,puls. Por be- bidas frias (estando ocorpo suando): bry. Demais, escolha-se entre os seguintes medicamentos : Aconitum. - No principio do tratamento, forte febre inílammatoria. - Dôres violentas com vomitos e muita sêde. ârsemct/m. - Perda rapida das forças, com rosto pallido, extremidades frias. Si ars. não bastar, dê-se veratr. Belladona. - Si aos symptomas ordinários se unem os cerebraes, com estupor, perda do conhe- cimento e delirio. Si não bastar bell. dê-se : hyosc. Ipecacuanha. - Si predominam os vomitos, e a enfermidade houver sido causada por uma indigestão, com dôres violentãs. Si estes medicamentos nãobastarcm, consulte- se : bry., carb. v., cham., mtx. v., puis. OBSERVAÇÃO: - Os que não têm estudado medicina farão bem em empregar acon. 30a, ad- ministrado de hora em hora ou de duas em duas horas, sempre que a gastrite não seja a conse- quência de um envenamenlo ou venha acom- 202 panhada de diarrhéa, de frio e prostração de forças. (J) Pirosis Symptomas :- Caracterisadaesta enfermidade por uin forte ardor de estomago, com gazes e lí- quidos acres, que sobem á garganta ásvezcs, quei- mando, por dizel-o assim,as partes por ondepas- sam, sobretudo durante e mesmo depois da di- gestão, com prisão de ventre em geral, humor triste ou desesperação. Tratamento : - Combat-se perfeitamente com : sulph. ac., e si este não bastar, com puis., ou depois com ars., carb. v., nux v. e sulph. Nos casos rebeldes, nos que nenhum dos me- dicamentos anteriores fôrsufficiente, consulte-se be.ll., cale., caps., cham., chin., e staph. Pituitas AGUAS DO ESTOMAGO Symptomas : -Esta doençanãoé em geral mais que um symptoma de outra enfermidade, mas ulgumas vezes apresenta-se por si só. Em ambos os casos se distingue pelo ajuntamento o expulsão de uinacerta quantidade d'agua,ás vezes enorme, que sabe do estomago e sóbe abocca sem nauseas, nem vomitos, insípida ou de diversos sabores. Os principaes medicamentos para combatel-a, são : ipec., zpuls., e depois, si estes não forem suffi- cienles, os seguintes : bry., calc., hep., merc., nux. v., sep., silic., sulph. 203 Pituitas, depois de comer cousas acidas\phos. » depois de tomar leite : cupr., phos. » depois de beber agua : nitri. ac.,sep. » pela manhã : sulph. » » tarde : anac., cyclam. » » noite : carb. v., graph. » depois das comidas : silic., sulph. » de dous em dous dias : lyc. » acres : carb. an. » amargas e que se vomitam : lyc., ou anac., natr. m., silic. » com angustia, tremores e calor: euphorb. » com dores de ventre : sulph. » com dores de estomago : natr. m., sep., silic. » com nauseas : cyclam. » com frio : silic. Retracção do orifício do estomago e esofago No principio se allivia ordinariamente com m/a?. v. ou rtfmme. bulb. si os alimentos se detêm pouco no orifício do estomago. Nos casos inveterados, (B.) tem obtido grandes êxitos com zinc, carb. v. ou phosph. Guernsey recommenda baptisia, si o doente não puder tra- gar mais que os líquidos. Temos prcscripto também com exito este me- dicamento em um caso semelhante. Os alimen- tos solidos, por mais escassos que fossem se deti- nham no esofago e provocavam terríveis angus- tias. Na retraeção ou espamos, do esofago, o princi- 204 pal medicamento é hyoscyam.; e si este não com- bater completamente a enfermidade dê-se : nux. v. ou bell.; e si ainda for necessário, consulte-se : ars., bry., phos., rhus. e sulph.; ou lach., plumb., stram., veratr. Indigestão SABURRA GASTRICA OU INTESTINAL - EMPACHO GÁSTRICO OU INTESTINAL GASTROSIS SACIEDADE DO ESTOMAGO OU INTESTINOS. Definição : - Debaixo de lodos estes nomes se comprehende a saburra gaslrica, que provém sempre de um resfriamento ou de haver-sc tomado alimentos em excesso ou nocivos, e que pódelimitar-se só ao estomago ou comprehcndcr ás vezes os intestinos. Tratamento : - Para combater esta enfermi- dade tenha-se sempre presente a causa que a tem produzido, si fór possível sabel-a, dê-se o medicamento ou medicamentos necessários se- gundo aquella, tendo em conta os medicamentos de causa exposta no principio deste capitulo. Os principaes medicamentos que devem-se consultar nesta enfermidade são os seguintes : zlconzZwm. - Só nos casos em que sobrevenha febre com sede, lingua amarellenta com gosto excessivamente amargo, vomitos verdes ou mu- cosos, nauseas excessivas, forte dòr de cabeça e grande angustia. Antimomum. - Soluço frequente, lingua branca com ajuntamento de saliva ou mucosi- 205 dades na bocca, arrotos fétidos ou do gosto dos alimentos tomados, vomitos de alimentos, mu- cosidades ou agua, sede, diarrhéa com gazes c sem dôres, dôr de cabeça com fortes vertigens, sobretudo ao andar. Arsenicum. - Depois de haver bebido agua fria ou de neve, gelo e outras substancias frias, sede intensa com desejo continuo de beber, mesmo pouco de cada vez, nauseas continuas c excessivas, vomitos alimentícios,biliosos, verdes, dòros atrozes do ventre e estomago, com frio ou calafrios geraes e ás vezes caimbras nas barrigas das pernas, grande ardor no estomago, prisão de ventre ou diarrhéa aquosa e verde, amarella ou escura, com ou sem puxos, os vomitos e a diar- rhéa se produzem bebendo ou movendo o corpo, suores frios. Bryonia. - Quando o corpo se tem resfriado, no verão e em tempo quente e húmido, lingua secca, amarella ou branca, sede com sensação de seccura na bocca e garganta, cheiro fétido na bocca. Chamomilta.- Quando a cólera, raiva concen- trada, fortes disputas, etc., têm sido a causa do desarran jo do estomago, gosto amargo, nauseas e vomitos amarallentos, verdes ou acres, grande anciedade e angustia, evacuações de ventre em fórma de diarrhéa, verdes ou matérias acidas. Si os doentes têm tomado já chamomilla cm infusão e em excesso como chega a acontecer, não se deve dar cham., a sim pulsat. Ipecacuanha, - Medicamento que convéinso- bretudo quando predominam as nauseas e vomi- tos, com ousem diarrhéa, semsymptomasgeraes. Nos casos duvidosos onde não é possível averi- guar a causa da indigestão se começará sempre 206 por este medicamento, escolhendo depois, si não o bastar, o que está mais indicado. Mercurius. -Linguahumidae brancaouama- rella ; lábios seccos, ardentes; vomitos muco- sos ou amarellentos e verdes ; somno diurno com insomnia nocturna ; sêde com repugnância ás bebidas. Mui conveniente quando ha lom- brigas. Nux vomica. - Lingua secca e branca, ou amarella com margens e ponta rôxas ; sede ar- dente; nauseas frequentes, sobretudo andando ; vomitos dos alimentos ingeridos : forte dôrde es- tômago e pressão dolorosa na bocca do eslomago e lados do ventre; prisão de ventre com desejo, ainda que inútil, de depor ; vertigens ; prostra- ção; desejo de estar continuadamenle deitado e não mover-se, caracler inquieto, irascivel, Pulsatilla. - Lingua fortemente cheia de mu- cosidades brancas, pastosidade na bocca, gosto pútrido, repugnante; forte repugnância aos ali- mentos, com desejo de cousas acidas, piluitas, azedumes, regorgitação, nauseas e desejos de vomitar insupportaveis, sobretudo depois de comer e beber; vomitos alimentícios ou mucosos, acres, amargos, diarrhéa mucosa, calafrios com cansaço, tristeza, pranto, ou disposição de in- commodar-sefacilmente, nas pessoas decaracter doce e tranquillo. Tartarus emeticus. - Nauseas continuas com desejo de vomitar e grande angustia; vomitos violentos, sem resultado, parece que o eslomago e intestinos vão sahir pela bocca, e tem assim evacuações mucosas por cima e por baixo. Si os medicamentos anteriores não bastarem, consulte-se : «nz., caps., carb. v., c/iin., cocc., colocyn., hepar., rheum., rhus.,veratr. 207 PRISÃO DE VENTRE Regímen : - Gomo a prisão de ventre é uma en- fermidademuicommuineospurgantesquesedão geralmente para ella não conseguem outra cousa sinão fazel-a mais tenaz e difíicil de curar, é ne- cessário fazer observar ao publico, que não é uma doença tão perigosa como se crè ordinariamente. Ao contrario, as pessoas que padecem de prisão de ventre, são em geral mais ageis e vigorosas que as que padecem diarrhéa, ou que usam pur- gantes continuadamente para vencer a prisão. Um regimen apropriado, alimentos vegetaes e fructas, em logar de carne, leite e manteiga, serão mui uteis. Em caso de necessidade se poderão usar pe- quenos clysteres de agua fria pela noite, que se deverão conservar dentro do intestino durante toda noite. Si isto não fôr sufíiciente, se tomará pela manhã outro clyster dagua fria mais abun- dante, e ao qual póde-se ajuntar um pouco de sal commum nos casos mais rebeldes. Tratamento. - Os medicamentos principaes para curar radicalinenle a prisão de ventre, são os seguintes, segundo o professor Guernscy : Alumina. - Evacuação difíicil, ainda que seja de evacuações brandas, de sorte que ha que fazer grandes esforços, por causa da inactividade do recto. Belladona. -Congestão de sangue na cabeça, cara e olhos encarnados, calor nacabeça, pulsação das artérias do pescoço, perceptivelásimples vista, sensibilidade á luz e ruido. O professor Guernsey 208 diz que teni curado com bell. (em altaattenuação) prisões de ventre taes, que não haviam sido vencidos pelos purgantes mais energicos. Bryonia. - Evacuações escuras, seccas e duras, como que tostadas. Graphitis. - As evacuações se compõem de grandes bolas unidas entre si por fios mucosos. De tempo em tempo as evacuações são delgadas como lombrigas. [Graph. convém sobretudo ás pessoas sujeitas a erupções que seggregam um li- quido aquoso e viscoso.) Lycopodium. - Sensação de bolo no ventre. Borborigmos, sobretudo no lado esquerdo do ven- tre, debaixo das costellas. Ourino encarnada. - Violentas dores dorsaes antes da emissão da ourina. Magnesia mur. - Evacuações difficeis de grande calibre, que cahem em pedaços desde que sahein do anus. Nux. vomica. - Prisão de ventre das pessoas cuja constituição indica nux. v. - Evacuações grandes e difíiceis, ou pequenas e dolorosas. Opium. -As evacuações formadas de grandes bolas redondas e negras. (Diz-se que o;;, em atte- nuação alta é um medicamento especifico neste caso.) Phosphorus. -Evacuaçõessemelhantesaoses- crementos dos porcos, ou seccas, largas e delga- das que sahem difficilmente. Platina. - Evacuações viscosas que se pegam no anus. Plumbum. - Prisão de ventre com cólicas vio- lentas, e o ventre fica como que pegado ás costas. As evacuações se compõem de bolas pequenas se- melhantes a escrementos de carneiro. Sepia. - Sensação como si houvesse no anus bolas pesadas. Os escrementos ficam cobertos de 209 mucosidades e não sahem, apezar dos maiores es- forços. Nos meninos é preciso tiral-os com fre- quência com os dedos. Sepia. - 200a está recommendado como medi- camento especifico contra a prisão de ventre das mulheres. Silicia. -Evacuações compostas de massasdu- ras que á força de violentos esforços, sahem em parte, mas entram de novo. Sulphur. - A primeira pressão que se faz para depôr é tão dolorosa que não se atreve o doente a inlental-a de novo. Thuya. - Dôres excessivas quando os escre- mentos chegam ao anus. Zincum. - Escrementos mui seccos, arenosos; são insufficicntes e sahem difíicilmcnte. Àesculus hyposcatanum. - E' um medica- mento importante contra a prisão de ventre e que se póde dar com bom exito, si existirem ossym- ptomas seguintes : prisão de ventre com dôr vio- lenta no anus depois de evacuar eque seextende as cadeiras e rins; ardor e contracção no recto; evacuações duras, seccas e volumosas, como bolas e de difficil sahida, com esforços para eva- cuar ; parece que o recto quer sahir(o intestino); neste parece que ha um corpo estranho esfor- çando-se por sahir. (Alvarez). A prisão de ventre nos meninos pequenos se cura com nux. v., bryop., sep. [nux. v., sobre- tudo quando a mãi ou a ama de leite toma muito café, ou alimentos com demasiadas espe- cies, etc.) A prisão de ventre que alterna com diarrhéa, cura-se com nux. v., ou bem : ant., lach , tart. Depois de haver tido uma polução ou varias (estreitamento pertinaz): thuya. MED. DA FAM. 210 Prisão de ventre viajando : plat. Prisão de ventre com suores : bell. Com desejo frequente de ourinar : salsap OBSERVAÇÕES: - Só se obterá mel lior a cura de uma prisão de ventre chronica com poucas dóses de altas attenuações. pois que com dóses fortes e frequentes das baixas: so produzirão um effeito palliativo. FEBRES Damos nos casos de febre catharral : bry., cham., nux. v., ou Bell., dulc., puis., sulph. Inflammatoria : acon., bell., bry., merc., nux. v.,phosph., sulph. Pútrida : ars., bry., rhus. Biliosa : acon., ars., bell., cham., coloc., nux. v., staph. Causada pela dentição : acon., calc., cham. Gastrica : bry., ipec., nux. v., puis. Hectica : ars., calc., kali., lyc., phos., puis., sulph. De leite : acon., puis., sep., ebry. Mucosa : calc., phos., puis., sulph. Puerperal : acon., arn., bell., bry., cham.> merc., nux. v., puis., rhus. Rheumatica i acon., bell., bry., cham., rhus. Traumatica : acon., arn. Venninosa (de lombrigas): acon., calc., cin., merc., silic., sulph., veratr. 211 Febre amarella - Typho ictheroide Definição : - Este azoto dos tropicos é uma enfermidade epidemica e contagiosa, ainda que seu contagio não seja directo sem que proceda dos fócos de infecção; quasi nunca a padece duas vezes um mesmo indivíduo. E' endemica nailha de Cuba, Veracruz, Americaingleza, vá- rios pontos dos Estados Unidos, Cartagena, índias, no Brazil, etc., c não accommette mais que ás populações do littoral destes paizcs, propagan- do-se ás de outras de diversos paizes da America e Europa, por causa de ser importada pelos na- vios que arribam em seus portos, especialmente quando levam mercadorias dos pontos infectados, e sobretudo couros e lãs. Retirando-se á alguma distancia da costa, duas ou tres léguas a dentro, fica-se livre completamente de seu influxo. Nos paizes em que é endemica, ataca de preferencia os estrangeiros, atacando sobretudo nos proce- dentes de climas frios, e nos que abusam das be- bidas alcoólicas, prazeres vencreos e se resfriam estando suados e ao sereno. Reina nos mezes de calor, desde Abril ou Maio até Outubro, na Eu- ropa ; e de Dezembro o Maio no Brazil, que é quando faz mais estragos, e se attenúa e desap- parece em fins de Maio commummente. A duração média da enfermidade é de uma semana, e a morte tem logar geralmcnte entre o quarto e sétimo dia. A convalescença é ás vezes mui lenta. Symptomas: - Esta enfermidade apparececom ou sem symptomas precursores. No primeiro caso, dous ou Ires dias antes de começar o primeiro periodo, ha inapetência, dôr 212 de cabeça, dôres nos rins e costas, e uma frou- xidão e consaço tão grandes, que os doentes apenas pódem mover-se. Primeiro período : -Afebreamarella apresen- ta-se muitas vezes de um modo brusco, come- çando por um frio repentino, geralmente á meia noite, que é seguido de febre intensa, ardôr na pelle, grande sede, forte dor de cabeça e na es- padua, braços e pernas. Os olhos tournam-se en- carnados, chorosos; o paciente apresenta um symptoma especial quasi sempre, que consiste em vertigens ao sentar-se. A lingua torna-se grossa,ponteagudae com as margens encarnadas, com capa grossa, branca e amarella em seu centro; vomitos biliosos ou mucosos, nauseas te- nazes, sensação de oppressão, agitação e inquie- tação, suppressão da ourina, faces coradas, transpiração biliosa da pelle, ás vezes deixando manchas amarellas na casima do doente, e ex- pressão triste, melancólica, abatida ou dura de semblante. Este periodo dura de 24 a 48 horas, e si houver attendido a tempo, faz-se desappa- recer a enfermidade na maioria dos casos, o que se verifica cedendo a febre e demais symptomas. que terminam por abundantes suores e somno, verificando-se uma rapida convalescença. Segundo período: -Si a enfermidade passar ao segundo periodo, o executa de um modo terrivel- mente enganador, e por uma especie de abati- mento. A febre desapparecc inteiramente, á lingua torna-se quasi natural, o doente tem fome e de- seja vestir-se, emquanlo que na realidade veriíi- cam-se as mudanças mais temíveis: prescrcva-se 213 a mais rigorosa dieta, e tenha-se um cuidado mui sollicito. Os symptomas que se desenvolvem immediatemente depois dos anteriores e indicam a approximação do terceiro periodo, são : fome voraz, sensação dolorosa, picante, no estomago, insomnia constante, frequentes esforços para lançar as gosmas da garganta, acres que sobem á bocca, flatulência e ruido de ventre, peso e debi- lidade no abdómen, capa ligeira de côr de limão na sclcrotica (branco dos olhos), pulso lento, irregularidade nas idéas, delirio furioso ás vezes, ou bem uma grande apathia com torpor nos mo- vimentos, e aspecto notável de anciedade ou tristeza. Os vomitos são ás vezes verde escuros e de consistência oleaginosa, ou com manchas de sangue ; a pelle se cobre de suor viscoso e de um cheiro especial, respiração agitada, e evacua- ções pequenas o repetidas de matérias iguaesás dos vomitos. Terceiro período : - A transição do segundo ao terceiro periodo é rapida. Os symptomas princi- paes são : forte ardor na garganta e estomago, dores violentas no estomago e ventre, diarrhéa de côr escura ou negra; ourinas escuras, negras ou amarellas; côr da pelle amarella intensa, arrotos e soluços, prostração profundo sem poder-se mo- ver a cabeça nem os pés, delirio baixo, desejode sahirdacama, o pulso torna-se debile frequente, confusooulentoebrando; hemorrhagiasdasgen- givas, garganta e estomago, anuse nas ourinas ás vezes, agitação continua com insomnia ; suores e extremidades frias; o delirio baixo ou de musi tação se converte em furioso ; vomitos frequentes de um liquido amarelloescuros, ou de uma espe- cie deaguadecõr do vinho tinto, de um muco ou preto misturado com pequenas porções ou man- 214 chas mui escuras, semelhantes ao rapé, borra de vinho, e ás vezes de sangue já puro ou mais ou menos misturados com as matérias anteriores. Si a enfermidade mio se detiver ao chegar a este ponto, ha que temer os terriveis vomitos negros um pouco semelhante ao pó do café, ou rapé, precipitados na agua e da consistência da borra do vinho. A suppressão de ourina, o estupor e a inamovi- bilidade e as convulsões precedem ordinaria- mente a morte. Em alguns casos e sangue dashe- morrhagias pelabocca e nariz, é podre, e infecta a habitação do doente. As evacuações do ventre se assemelham aos vomitos com dores violentas de estomago e ventre ; o doente grita nos accessos das dores, e morre ordinariamente em uma delias. As vezes se desenvolve o typho o febre ty- phoide; sendo uma transição da febre amarella, com irritaçãogastro-intestinal e cerebral em cer- tas occasiões, com abatimento grande de forças e outros symptomas do typho. Dieta : - Deve submetter-se o doente a uma dieta rigorosa, e que não tome mais que substan- cia leve de arroz ou agua de pão até que o estado geral do doente indique poder-se dar caldos de arroz,gallinha,etc.maisisto nunca antes de 3 dias. Tratamento do 1°periodo : -E' um facto reco- nhecido por todos os auctores e médicos que têm tratado os doentes de diversas epidemias de fe- bre amarella, que acon. é o medicamento especi- fico do primeiro periodo, quando ha frio, febre mais ou menos violenta, calor secco e ardente da pelle e os demais symptomas do primeiro pe- riodo; muitas vezes acaba com a enfermidade, produzindo-se em benificio suores copiosos, dei- 215 xando logo uma debilidade ou inapetência que cedem com algumas doses de chin. Belladona.-E'o medicamento que substitueo acon., si este não fizer diminuir a febre e seus symptomas concorrentes, e houver grande exci- tação,delirio, forte dôr de cabeça, abrasamento do rosto, olhar scintillante, pulso variavel, dôres fortes por todo o corpo, etc. Si acon., nem bellad., corrigirem o estado fe- bril, recorra-se a bry., sobretudo quando houver fortes dôres de estomago e ventre e em todo a corpo; e si óry. ainda não bastar, reccorra-se e gelseminum. Ipecacuanha. - Convém quando os vomitos e as nauseas são os symptomas que predominam e não tem cedido com acon., e não alliviam o doente. Quando são violentos e incessantes e não têm cedido com ipec., dê-se tart. em. Alguns auctores aconselham puis., depois de acon., si as dôres nos rins são mui fortes, jun- tamente com os vomitos, ou argentam nitricum. Estes medicamentos são geralmente os do pri- meiro periodo e os que salvam na immensa maio- ria aos pacientes, evitando que a enfermidade passe ao segundo periodo. Tratamento do 2o periodo. - Si a enfermidade passar ao segundo periodo, existe já o verdadeiro perigo. Deve cuidar-se em que o doente esteja quieto na cama e bem abrigado. Não deve atten- der-se a nenhum de seus pedidos, que são: levan- tar-se, mudar de habitação e de cama, diversos alimentos, etc.; neste periodo como no anterior sô se lhe dará substancia de arroz. O medicamento principal neste periodo, reco- nhecido assim por todos os auctores, é ars., ou 216 merc. s\ars., não dér resultados e o doente sentir dôres agudas no ligado, anciedade, insomnia, e cor amarella da pelle. Si a insomnia fôr constante, juntamente com grande inquietação e estado nervoso pela noite, dê-se : coffea. Tratamento do 3o período. - Si a enfermidade passa infelizmente ao terceiro periodo, tres medi- camentos existem principalmente para comba- lel-a ars., veratr., chin.; e em segundo togar, lach., crotal. e carb. v. Arsenicum.-E' o primeiro medicamento a que se deve recorrer, para a côr amarella ou azulada do rosto, olhos fundos e sem brilho, nariz afilado, frialdade e suor viscoso, lábios e lingua negros, vomitos violentos negros ou de substancias escu- ras, com gritos e lamentos ; pulsoirregular, acce- lerado, debil, grande prostração de forças, dôres urentes no estomago, caimbras, diarrhéa seme- lhante aos vomitos, grande medo de morrer e sêde ardente. FeraZrwm. - Nos mesmos casos que «?•.$., e de- pois deste, quando o frio e os suores não têm sido dominados por ars., antes pelo contrario têm augmenlado, mãos e pés frios, assim como as orelhas e nariz, tremores e caimbras, sêde in- tensa, evacuações negrascoin vomitos debilis, in- quietação, perda de conhecimento ou madorra. Alguns auclores dizem que é preciso dar lach. quando acon., não corrige os symptomas, e si lach. não bastar, dê-se crotal. Laches. - Quando predominam os symptomas nervosos, com agitação, inquietação, lamentos, insomnia, seccura da lingua, que apenas se póde tirar da bocca e isto com temor. 217 Crotalus.- Quando predominam a m agrem, as hemorrhagias e a icterícia. O Dr. Ilolcombe, de Nova-Orleans, na epide- mia que soffreu esta população em 1867, curou a maioria dos doentes que tratou com lach. e ero- tal. China. - Convém para combater a debilidade profundo que deixam as perdas causadas pelos vomilos e sobretudo pelas hemorrhagias e con- tribue para diminuil-as. Carb. veg. - Dá-se já nos casos desesperados, em que nenhum dos medicamentos anteriores têm produzido effcito algum, desfiguração do semblante, extremidades e hálito frios, pulso im- perceptivel, olhosmeioabertos, cmfim parece que o doente está na agonia. Uma ou varias dóses deste medicamento produzem com frequência uma reacçáo saudavel, que dá logar ao emprego e acção dos medicamentos anteriores. Segundo o Dr. Castro Carreira, do Rio de Ja- neiro, argenta e ergotina da 5a são um poderoso correctivo dos vomitos negros. Consulte-se mais : Para a diarrhéadolorosa?escuraou sanguínea : phosph.. podoph.., veratr., merc. Para a dysuria dolorosa ou suppressão da ourina : canth. Quando predominam as hemorrhagias e chin. não bastar dê-se : ergot., ou carb. veg. Para ametrorrhagia(sangue da madre) com ou sem aborto : sabina, secale. hamamelis. Quando coff. não puder combater o estado ner- voso, a este chegar á um ponto extraordinário, dê-je : ign., ou hyosc., houver demais delirio ou convulsões. Quando a febre amarella passa de repente ao estado typhico, com os caracteres de uma febre 218 lyphoide intensa, o principal medicamento que ha que dar-se, é rhus. Seus symptomas são : lingua secca e negra, lábios seccos, pardos e re- quebrados, pulso débil, delirioou modorra, respi- ração ruidosa, diarrhéa, nauseasevomitos, perda de conhecimento, palavras incoherentes e ina- movibilidade sem desejo algum. Si rhus. não bastar consulte-se : ars., natr. m., ou carb. v. Si predominarem os symptomas nervosos, dè-se hyosc. ou bell.. e ainda coff. Na convalescença é mui facil a recahida, si o doente commette excessos no regimen alimen- tício, ou si se levanto e sahe antes de haver recu- perado as forças. Chin. em solução, duas ou tres colheres ao dia, accelera a convalescença. Febre intermittente Symptomas : - Consiste em accessos regulares de frio, calor e suor, que se apresentam em pe- ríodos regulares e fixos, isto é, de 24 em 24, de 48 em 48 ou de 72 em 72 horas. 11a caso em que a febre se apresenta de 4 em 4 ou de 7 em 7 dias. Assim se chamam quoti- dianas, terçans, quartans; e semanaes as que se apresentam de 7 em 7 dias. A's vezes se apresentam os accessos mais tarde ou mais promptamente que de ordinário, ou bem se verificam dons accessos no mesmo dia, e inde- pendente um do outro. A allopathia não conhece outro medicamento contra a febre intermittente que a qual em verdade cória ordinariemente os accessospor algum tempo; mais a febre apparece commum- mente no 19°, 21° ou no 28° dias, quando não se 219 seguem tomando dóses de quinina como preser- vativo. A homoeopathia não tem semelhante remedio universal contra a febre intermittente ; e para en- contrar para cada caso particular o verdadeiro medicamento especifico homoeopathico, é preciso ter em conta as circumstancias seguintes : 1) Asdifferenles phases da febre : frio, calor, e suor, estão perfeitamente desenvolvidas? Falta algumas delias? Predomina alguma sobre as de- mais? 2) Em que momento se apresenta a sêde? E' antes da febre ou durante o frio? E' unicamente durante o accesso do calor ou do suor? E' nos inlervallos que separam as diversas phases? 3) Quaes são os symptomas concorrentes que se apresentam antes, durante ou depois das dif- fercntes phases da febre? Iríamos demasiadamente longe se quizessemos inserir neste livro um repertório da febre inter- mittente ; não fazemos mais que indiquar os medi- camentosprincipaes, e sobretudo seus symptomas mais caractéristicos. Tratamento : - Arsenicum. - Febre intermit- tente irregularmente desenvolvida (diaria ou de tresemtres,oudequatro em quatro dias). -Frio e calor simultâneos ou alternantes, ou frio interior e calor exterior, e vice-versa, ou ainda frio pela tarde e calor á noite, e depois suor. Grande debilidade. Dores violentas de estomago. -• Predisposição ás inchações hydropicas. Sede : O doente não bebe mais que noperiodo do calor; bebe com frequência, mais pouco de cada vez, - Sêde inalterável durante o suor. 220 Symptomas concorrentes (sobretudo durante o frio e o calor) : inquietação, angustia, dores nos ossos e rins, nauseas, respiração difíicil. Depois da febre : Violenta dor de cabeça. China. - Medicamento preservativo, sobre- tudo nas localidades pantanosas, ou nas que se produz a febre por agua podre. Antes da febre : Nauseas, sêde, fome canina, dòr de cabeça, angustia, palpitações de coração, espirros, etc. Frio: Alterna com o calor (comp. com ars.), ou calor que sobrevém muito tempo depois do frio. Suor : Tão sómente em algumas partes do corpo, ou mui abundante (sobretudo á noite). Sède : Ordinariamente entre o frio e calor, ou depois do calor e do suor. O frio augmenta de- pois de se haver bebido. Durante a febre : abatimento. Depois da febre : Som no agitado e tez ama- rei la (*). Jgnatia. - Medicamento principal quando houver lombrigas, grande tristeza, pranto e op- pressão de coração. Frio : Nauseas e vomitos, tez pallida, dòr na cspadua; allivio do frio com calor exterior; frio parcial ou horripilação interior, com calor no exterior. (*) China alternado com ars., no intervallo dos ac- cessos de 3 em 3 horas, e acon., no acesso de 1 em 1 hora é uin tratamento especifico em grande numero de casos. 221 Calor : Durante o calor, dor de cabeça,ver- tigens, delírio, rosto pallido ou alternativamente pallido e roxo, ou vermelho em uma das faces. Sede : Só existe durante o frio, e desapparece com o calor. Antes ou despois da febre : Dor de cabeça e na bocca do estomago, grande' cansaço, somno profundo com rouquidão. Ipecacuanha. - Frio interior que augmenta ao approximar-se o calor. Pouco ou nenhum somno durante o frio; forte sêde durante o calor. Symptomas concurrentes : Nauseas e vomitos com lingua suja ou limpa, oppressão de peito antes ou depois da febre. N. B. - Este medicamento tem de bom, ainda que não convenha em algum caso, operar todavia uma mudança favoravel para que logo chin., ign., nux.v.,cn\ ars., façam desappareccr os accessos mais facilmente. Lachesis. - Renovação dos accessos pelos ali- mentos ácidos. Frio: Apresenta-se gcralmente depois de co- mer ou pela tardo, com dôr nas extremidades e rins, que impedem o doente de estar quieto, ou oppressãode peito com estremecimentos convul- sivos. Calor : Violenta dôr de cabeça, delirio loquaz, rosto encarnado, grande agitação, ou frio interior com calor violento no exterior: apparição de ca- lor principalmente pela noite, substituindo-o o suor paraoamanhecer. - Sède ardente durante o calor. Depois dos accessos : Tez descorada, terrosa, 222 de um roxo amarello ; dor de cabeça, grande de- bilidade e falta de forças. Natrum muriaticum. -Frio continuo, calor com atordoamento e dor de cabeça fortíssima, dôrcs de ossos, atordoamento, escurecimento da vista, vertigens e rosto encarnado. Sêdc : Grande sêde durante o frio e o calor. Symptomas concorrentes ; Ângulos dos lábios ulcerados, grande debilitade,bocca doestomago, dolorosa ao tacto, gosto amargo, e perda total do appelite. Nuxvomica. --Frio ecalorsimultaneos, ouca- lor antes do frio, ou calor exterior o frio interior e vice-versa, frio que não se allivia com o calor exterior. -Temor de despir-se, mesmo durante o periodo do calor e do suor. - Dôres lanci- nantes nas costas e ventre com vertigense ancie- date durante o frio. - Somno durante o rio, as unhas dos dedos das mãos tornam-se azues (Rowley). Grande abatimento e debilidadepara- lytica já antes do acesso. (B.) Pulsatilla. - Está principalmente indicada quando um excesso no comer tem provocado re- cahidas da febre. - Dôres de eslomago, gosto amargo, vomitos de mucosidades, de bilis ou cousas azedas -- Frio, seguido de calor com sêde (ordinariamente á entrada da noite) diar- rhéa durante a febre. - Calafrios que sobrevém também durante os intervallos. Sulphur. - Convém sobretudo nos casos tena- zes, á pessoas psoricas, ou quando a febre tem sido precedida por erupções supprimidas da pelle. Tenham-se tambempresentesos medicamen- tos seguintes : 223 fíelladona. - Forte congestão sanguínea na cabeça, delírio ou somnolencia, medo áluz, etc. Bryonia. -Predomina o frio ; é acompanhado de tosse com pancadas no peito ou debaixo das costellas. O movimento aggravas os symptoinas. Calcarea carbónica. - Convém nos casos chro- nicos e tenazes, ás pessoas escrophulosas, e ás que o abuso da quinina tem posto surdas. Carb. vergctabilis. - Accessos de febres re- beldes ou completamente irregulares. - Dôres dilacerantes nos dentes c extremidades antes da febre. - Sede só durante o frio. Cina. -Vomitos e fome canina, antes, durante e despois da febre. Rhus. - Erupção urticaria durante a febre, ou cólicas com diarrhéa, pressão na boccado esto- mago, palpitações de coração com angustia. Sabadilla. - A febre se apresenta sempre á mesma hora. -Frio seguido de calor com dôr de cabeça.- Febre com symptoinas gástricos, tosse secca e espamodica durante o frio e sêde, só entre o periodo do frio e do calor. Staphisagria. - Febre intermiltente que quasi se limita ao frio. - Fome canina antes e depois do accesso. - Symptoinas de escorbuto durante a febre. Tarantula. - Febre terçan chronica, rebelde a todos os demais medicamentos e com sympto- mas moraes raros, com movimento continuo da cabeça e membros; menstruação difíicil. Veratrum. - Frio exterior, suor frioe desejo de bebidas frias. -Frio com nauseas, seguido de calor e sede inextinguível, delírios, rosto en- carnado, somnolencia continua. - Suor sem sêde, com grande pallidez no rosto. 224 Eucalyptus-globiilus. - E' um medicamento usado ultimamente, para as intermittentes, so- bretudo quotidianas e mesmos terçans colhidas em terrenos pantanosos ou húmidos. Quando as intermittentes, têm sido tratadas com grandes quantidades de quinina, dê-se : em primeiro lugar se ainda existir a febre, pulsat. ; si já não existir ars., ou ipec.; esi estes não bas- tarem, carb. v., natr. mur. Dóses. - Não se dãomedicamenlosduranteos accessos da febre, esim immediatamente depois; também se dá uma dose algumas horas antesdo accesso. As pessoas que quizerem dar os medi- camentos dissolvidos em agua ou em fórma de gottas, os farão tomar aosdoentes nosintervallos dos accessos, uma colher de tres ou de quatro em quatro horas. Dieta. - E' mister igualmente observar-se uma dieta severa, e abster-se de alimentos gor- durosos e ácidos, como também de toda sorte de pasteis. Febre puerperal Symptomas. - Desenvolve-se geralmente nos primeiros oito dias que seguem ao parto, distin- guindo-se pela violência da febre, fortes dores de ventre, suppressão completados lochios (pur- gação), symptomas cerebraes, vomitos, mais ou menos violentos, desejo de ourinar e evacuar, e até movimentos convulsivos, convertendo-se ás vezes em typhoide. Esta enfermidade exige muito cuidado e é sem- pre gravíssima, necessitandopara seu tratamento 225 a assistência de um medico homceopatha experi- mentado. Nos casos em que nãofôr possivel encontral-o, ou emquantonão vier, consultem-se os medica- mentos seguintes : Tratamento:-Aconitum. -E'o medicamento que ha para dar-se no principio e muitas vezes impedirá quea enfermidadepasseadiante. Calor violento, secco e ardente ; rosto encarnado, vo- mitos biliosos, sêde inextinguível, sensibilidade excessiva da parturiente ãs dôres; angustia in- consolável com grande medo de morrer; agitação e gemidos. Si a enfermidade estiver já adianta- da é inútil e mesmo prejudicial dar acon.; neste caso dê-se um dos medicamentos seguintes: Belladona. - Ventre elevado, com dôres lan- cinantes, ferinas, como si os intestinos estives- sem agarrados com garfosou unhas, pressão vio- lenta nos orgãos genitaes como si tudo quizesse sahirporelles, difíicultade de engulir e espasmos de garganta, rosto e olhos encarnados, bocca secca com sêde e lingua rôxa, symptomas cere- braes, como por exemplo, delírios furibundos e somno profundo ou insomnia, hemorrhagias da madre, com sangue coalhado e fétido, peitos vasios e inchados ou inflammados. Bryonia. - As vezes convém depois de acon. Ventre excessivamentesensivel ao maislevemo- vimento ou contacto, com prisão ; dôres lanci- nantes no ventre, exasperadas pela pressão ; febre intensa com calor geral, sêdeardentecom desejo de bebidas frias, humor irascível, appr£- hensão, temor á morle e inquietação sobre o exito da enfermidades. Ryoscyamus. - iNoscasos em que bell. nãofor sufficiente contra os symptomas cerebraes e ty- MED. DA FAM. 226 phoides. Visão que assusta ou perdacompleta do conhecimento, tremor nas extremidades sobre- tudo das superiores, convulsões e espasmos na garganta, hemorrhagiade um sangue coalhado pela madre. Mercurius. -Nos casos em que bell. não bas- tar, mas quando os symptomas cerebraes não existirem ou forem pronunciados. Symptomas de derramamento no ventre (de agua) comdõres lancinantes e pressivas, gemidos contínuos, suo- res geraes, abundantes, sêde ardente, inextin- guível, rosto dísfigurado ou amarello, salivação abundante, evacuações mucosas e sanguíneas com puxo, ourinas mui fétidas e aggravação nocturnade todos os symptomas. Nux vomica. -Suppressão repentina dos lo- chios (purgação), pesoeardor no ventre e orgãos genitaes, ou pelo contrario, os lochios são ex- cessivamente abundantes e são acompanhados de dôr nos rins, difficuldade de ourinar e ouri- nas ardentes, prisão de ventre com nauseasevo- mitos, rostoencarnado, dôr de cabeça com verti- gens, zunidos de ouvidos, accessos de desvaneci- mento ou escurecimenta da vista. Rhus. - Indispensável nos casos de sympto- mas cerebraes e typhoides, grande prostração, lingua, gengivas e lábios seccos, negros; aggra- vação dos symptomas com a mais pequena con- trariedade : os lochios brancos se tornam san- guíneos ; hemorrhagias pelo nariz e madre : estas ultimas em forma de coalho. Sulphur. -Nos casos mais desesperados e nas mulheres sujeitas a erupções chronicas. Cólicas violentas com crescimento excessivo do ventre e dôr de rins ; lochios supprimidos ou quasi sup- primidos ; puxo para evacuar e ourinar, dores 227 violentas no baixo ventre, calor, frio e convul- sões. Além destes medicamentos dá-se também ars. nos casos em que merc. não houver feito nada contra o derramamento d'agua no ventre. Grande debilidade, rosto pálido, terroso e desfi- gurado ; desejo incessante de bebidas frias, mais a doente bebe mui pouco de cada vez ; suores frios. Alguns preferem apis. a ars. Também dá-se carb. v. em ultimo extremo, quando nem merc., ars., nemapis, houverem sido efficazes contra o derramamento excessivo d'agua no ventre. Dóses : - Veja-se á pag. 24. Febre typhoide - Typhus - Febre gastrica - Febre adynamica - Febre ataxica Definição : - Debaixo de todos estes nomes se comprehende a entidade mórbida chamada ty- phoide, segando as formas e gravidade qne reves- te. Não apresenta sempre o mesmo grão de inten- sidade, nem as mesmas fôrmas, e por isso se tem chamado e se chama como deixamos consignado, e demais/eór<? mucosa, febres dosvapores, febre de lazaretos, acampamentos, etc. A febre typhoi- de desenvolve-se ás vezes lentamente e pouco a pouco; outras se declara súbita e violentamente. Segundo affecta ocerebro, o pulmão ou os in- testinos, assimse designa cornos nomes de febre typhoideou typhus de fôrma cerebral, pulmonar ou abdominal. 228 Esta ultima é inais frequente; a enfermidade tem sua sede na membrana mucosa dos intes- tinos ; produznellesulcerasquecausamdiarrhéa, eás vezes hemorrhagias mui perigosas. Todas as enfermidades podem tomar um ca- rácter nervoso, ou typhoide, ou fazer-se typhoi- des, como acontece dizer-se, si as circumstancias forem desfavoráveis para o doente, ou o trata- menta estiver mal dirigido. Symptomas : - Em geral vem precedida de um periodo maisou menos largo de frouxidão, abati- mento e falta de appetite. Então sobrevem cala- frios seguidos de calor, ou um grande frio seguido de um calor persistente com delírios e insomnias que debilitam. O doente jaz sobre a cama e fica como paralylico; os lábios e os dentes tornam-se negros como se estivessem cobertos de tinta, a lingua fica secca. Diarrhéa ás vezes com evacua- ções semelhantes a borrado vinho e outras, com prisão pertinaz do ventre. O typho apresenta-se isolado (esporádico), ou em fórma de epidemia. Causas : -Suas causas são mui variadas : as- sim, uma má alimentação ou insufficiente, o can- saço, ou um esgotamento de força, já physico, já moral, assim como os grandes desgostos e as desgraças que sesoffrem, são as mais fáceis para produzil-o. Acausa principal desta enfermidade, para alguns, e provavelmente a mais frequente, parece provir de substancias organicasque cor- rompem a agua que se bebe, ou transformação de outras moléstias graves. Tratamento : - Apis. -- Parece que este me- dicamento possue em certas épochas effeitos 229 específicos contra as epidemias mais diversas, cmquanto que em outras, ainda quando pareça que a epidemia é a mesma, não produz eff ilo algum. Uma indicação essencial de apis é a seccura da lingua (ou bem vesículas na lingua com sen- sação de feridas ou aspereza); a pelle fica sccca c quente; falta de sêde. Arnica. - Somnolencia, debilidade, hálito fétido, pelle coberta de grandes manchasverdes; o doente assegura que está perfeitamente bem (77y.); delirio, rouquidão e evacuações involun- tárias. Arsenicum. - Symptomas de grande debilida- de ou de forte dissolução de sangue. - Evacua ções escuras, pútridas, que sabem sem que o do ente as note. - Sobresaltos frequentes e gemi- dos ; queixo inferior pendente, com os olhos meio abertos ; si ars., não produzir um promptoallivio, recorra-se a carb. v. Baptisia. - Lingua coberta de uma capa ama- rella escura, mão gosto na bocca, gosto pútrido, lingua inchada easpera, tanto que o doente falia com difficuldade, cabeça tonta, ventre doloroso ao tacto, rosto encarnado, olhos in jectados, pros- tração considerável, indifferença ; fallando-se ao doente elle cahe em um som no profundo em meio das respostas ; o paciente leva as mãos por toda a cama como quem vai recolher o corpo que crê está feito em pedaços; agitação, outras vezes com mudança de posição, por crer que a cama está dura como uma ta boa. Belladona. - Vermelhidão e calor ardente no rosto, olhar brilhante, olhos encarnados, sêde ardente com repugnância ás bebidas; agitação, insomnia ousomnointranquillo com sobresaltos; 230 murmurios, delirio baixo ou violento, com desejo de arrojar-se da cama e visões assustadoras; dôr de cabeça violenta, sobretudo de fonte a fonte, lábios, dentes e lingua seccos, e esta roxa ; ouri- nasescassasemuiencarnadas ;respiração rapida e pulso frequente. (Depois de bell., dar-se-ha hyosc., ou stram.) Bryonia. -Medicamento dos maisimportantes cm lodosos períodos dolypho. -Língua coberta de uma capa branca, espessa, amareilenta ou língua secca. Indicações principaes : grande debilidade com desejo de repouso, dores nas extremidades e na cabeça, dôres lancinantes no peito e na região do figado, aggravação das dôres com o movimento. - Prisão de ventre. - O doente têm delirio, quando se move na cama tem nauseas ou desva- necimentos. - Bocca secca sem sêde, ou bem forle sêde, o doente bebe muito de cada vez. (Ars., tem os symptomas contrários). Depois de bry., na maior parte dos casos está indicada rhus. Chelidonium. - Mui vantajoso em certos casos de typho epidemico. -Evacuações de côr clara, vermelha ou esbranquiçada que sahem com fre- quência insensivelmente, ainda quando o doente está em todo seu conhecimento. - A ourina, apezar da secreção imperfeita da bilis, é pouco escura, frequentemente branca. Cocculus. - Mui eflicaz em certos casos no principio da enfermidade. - Grande abatimento que, com o mais pequeno esforço, pode chegar até o desfallecimento ; a cabeça íica affectada, ha atordoamento, apathia, somnolenciasem verda- deiro sonino, dôrde estomago, paralysia das ex- tremidades. Convém também nos casos adian- tados e depois de rhus. 231 Hyoscyamus. - Perda do conhecimento com delirio. (O delicio não é tão violento como ode bellad.; émaisum murmurioincomprehensive], mas ha saltos e palpitações de tendões e múscu- los). O doente responde perfeitamente ás per- guntas, mas em seguida perde de novo o conhe- cimento ou cahe no delirio. Lachesis. -Todo os symplomas se aggravam ao despertar. - Queixo inferior pendente, lingua secca, roxa ou negra, com ponta azulada. - Lin- gua tremula ao tiral-a, ou bem a ponta cahe por detrás dos dentes inferiores. Olhar estúpido, os olhos parecem estar cheio de somno ; vertigens ao volver-se na cama, ourinas abundantes e de um roxo escuro. Mercurius. - Quando predominam os symp- tomas gástricos, e pouco ou nada os cerebraes; grande sensibilidade da bocca do estomago ao tacto; lingua coberta de uma capa espessa ama- rella, gengivas que deitam sangue, diarrhéaama- rella, verde, suores abundantes, debilitantes e que não alliviam. Muriat. ac. - O doente escorrega na cama pouco á pouco até os pés delia; ourinas suppri- midas ; odôr fétido da bocca que está toda negra ; grande debilidade e prostração, o doente suspira e geme durante o somno. Nux. vomica. -Adormccimentocomoporem- briaguez, com pedra do conhecimento ; faces e palmas das mãos roxas e ardente, lingua secca, com margens e ponta encarnadas, lábios seccos, gosto amargo e pútrido das bebidas, pressão e tensão dolorosa na bocca do estomago e nos lados do ventre, extremidade como que paralysadas, humor irascível e impaciente, prisão de ventre. Phosphoriac. -Grande apathia, indifferença, sentidos enfraquecidos; grandeinflammação dos 232 intestinos. Diarrhéa não dolorosa, com evacua- ções aquosas, brancas ou amarellentas (feculen- tas). Laconismo e repugnância á conversação; olhar fixo, estúpido, somnolencia invencível e somno cheio dedesvarios; ou delírios com mur- múrios ; surdez ; evacuações de diarrhéa, ourina roxa escura, ou prisão de ventre e ourinas de côr roxa; suor frio no rosto, mãos e bocca do es- tômago com anciedade. - (Convém antes ou depois de op.) Rhus. - Como bry., é um medicamentoessen- cial em todas as classes do typho. - Indicações principaes: dores nas extremidades que augmen- tam com a quietação; o doente move-se con- stantemente ou muda de posição. Sangue pelo nariz sobretudo á noite ; vermelhidão em fôrma de triângulo na extremidade dalingua. -Diar- rhéa (evacuações que sahem involuntariamente) que augmenta pela noite. Somno agitado ou delirio ; o doente falia comsigo mesmo, mas em geral de um modo incoherente. Grande debilida- de e prostração que não permitte quasi mover-se na cama, somnolencia com murmúrios e rouqui- dão ; delírios loquazes com desejo de fugir da ca- ma, e que alternam com momentos lúcidos; olhos encarnados; lingua rôxa e tremula com forte sède ; ourinas sanguínease diarrhéa, ás vezes suor viscoso, com angustia. Stramonium. - O doente levanta a cabeçacom frequência do travesseiro (G). Delirio violento, sendo preciso sujeitar o doente, porque quer ar- rojar-se da cama, morder, arranhar, ou fugir im- pellido por visões assustadoras, canta, assovia, ou atira o que tem na mão, não reconhece parentés nem amigos,pupillas dilatadas, insensí- veis evacuações de ventre e ourinas supprimidas, 233 estado de adormecimento com rouquidão que alterna com os delírios. Além destes medicamentos, convém outros, e ainda que aquelles sejam os principaese estejam quasi sempre indicados em uns ou outros casos; indicaremos ainda tres que também o estão, ainda que não com tanta frequência. Opium. - 0 doente dorme continuadamente, tem umaespecie de somnolcncia comatoza ; nada o chama a attenção, desperta á força de o chama- rem ouo ameaçarem, olha estupidamente e volta a cahir profundamente dormindo, bocca aberta com forte rouquidão. Pulsatilla.-0 doente se queixa e lamenta con- tinuadamente, não pode estar quieto, chora com frequência e ás vezes desespera-sc. Diarrhéa, falta de sêde, bocca pastosa, perda do conhe- cimento com delirio e com gemidos. Sulphur. - E' o especifico em alguns casos, so- bretudo nos que recahem em pessoas escrophu- lasas, sujeitas a erupções ou que estas se tem supprimido. Convém quando a enfermidade es- tiver quasi adiantada e depois de nu.x. v., ás vezes. Calor continuo sobretudo á noite, com rosto pallido,pulso cheio,accelerado, forte sêde,lingua secca, ourinas mui escassas de um rôxo escuro, insomnia, delírios com olhos abertos, e prisão de ventre. Regímen : - Quanto á convalescença da febre typhoide, diremos que é preciso ter uma grande prudência na alimentação,que é preciso abster-se de cousas doces, das de pastelaria e gordurosas, Quanto aos medicamentos indicados para fazer 234 adiantar a convalescença escolha-se : chin., phosph., ac., ou nux v. Dóses : - Veja-se á pag. 24. Febre urticaria (URTl CARIA) Definição : - Consiste esta erupção, a maior parte das vezes acompanhada de symptomas febris, sobretudo a variedade aguda, naapparição devesiculas ouborbulhas(elevações)lenliculares, disseminadas por toda apelle, ou circumscriptas em certas partes, e que se parecem com as que produzem as comichões das urtigas, produzindo uma comichão irritante e insupportavel. Causas : - Esta enfermidade provém de exces- sos no regimen, de um forte calor, de estar ao sol abrasador ou de um exercicio violento. Existem duas fôrmas, uma aguda e outra chronica. Symptomas de fôrma aguda : -Naaguda, geral- inente acompanhada de febre, a erupção esten- de-se instantaneamente por todo o corpo, e sua duração é curta. Tratamento :- Os medicamentos que ha para se empregar, são : acon. si houver febre com muita agitação e sède. Camph., si não houver febre. Apis., si a febre não cede com acon. 235 Bry., si apis., não houver acabado e erupção. Dulc., si bry., não fôr sufficiente, ou bem rhus. Symptomas da fórma chronica : - Na fórma chronica, chamada assim porque dura varias se- manas, nunca vem acompanhada de febre, e ás vezes só acontece haver augmentos febris pelas noites. Occupa a erupção geralmente o ventre, peito e orgãos genitaes, ainda que possa tam- bém occupar outras regiões. Tratamento : - Os medicamentos principaes que se devem consultar pela ordem de sua enu- meração, são : lycop., calc., carb. v., ars., rhus., e caust., e ainda urtica., urens. Si apparecer ou si se aggravar ao ar livre : nitri, ac. Com o ar frio : calc., carb. v. Com exercicio violento : con. e natr. m. FLATULÊNCIA Ventosidades Definação ecausas : - A flatulência e ventosi- dades são quasi sempre o symptoma de alguma enfermidade, como a dyspepsia, o hysterismo, etc. Todavia pódem também subsistir por si sós, sem depender de outra enfermidade. São um symptoma mui molesto, eque ás vezes produzem dores e até cólicas (veja-se Cólicas). Tratamento : - Os principaes medicamentos para combater com exito a flatulência e vento- 236 sidade, são : carb. v., chin., lycop., nux. pitls.iSiilph., zasafoet., nas mulheres hystericas. Si se desenvolverem em consequência de ali- mentos flatulenlos, dê-se chin., e si não bastar: carb. v. Depois de bebidas repetidas nux. v., e si não bastar : puis. Depois de haver tomado alimentos gordurosos: pulsat., ou chin., si aquelle não bastar. Nos meninos : cham. Si se augmenlarem estando deitado: phosph. Pela manhã : nux. v. Pela tarde : puis. A noite : carb. v., nierc. Si se augmentarem com o movimento : natr. Com a tosse : cocc. Si se alliviarem com a pressão helleb. Inclinando o corpo para andiante : bell. Arrotando : natr. carb. Ventoseando : carb. v., natr. Quando vierem acompanhadas de angustia : nux. v. De calafrios : mez. De nauseas : gratiola. De oppressão da respiração : mez. De dor de cabeça : calc., e phos. De conlracção dos intestinos : chin. FLEIMÕES Tumores inflammatorios ABCESSOS Defin ação :-011 eiin ão o u tu m or in 11a m m a tori o não é outra cousa que uma grande inflammação 237 da pelle e tecido cellular subsistente, com ver- meilhidão dos tecidos, entumecimento e dureza; póde ser circumscripto e dilTuso. No primeiro caso occupa um certo espaço de pelle, do qual não passa ; no segundo se estende ás vezes á grande distancia. Sua sede é commummente nas extremidades. Póde sobrevir expontaneamente ou em conse- quência de golpes, quedas, arranhões, etc. Tratamento : - Aconitum. -Quando houver febre violenta, sêde, fortes dores e vermelhidão viva. Belladona. - No íleimão diffuso o mesmo no circumscripto, quando a vermelhidão é quasi erysipelatosa e se estende em grande distancia. Bryonia. - Si o tumor accusar um forte calor e tensão, quer a vermelhidão seja pallida ou forte. Hepar. - Si houver dores lancinantes pulsa- tivas, que indicam que se está formando pús. Phosphorus.-Em pessoasescrophulosas,altas, delgadas, magras, com febrelentae fortesdores. Pulsatilla. -Nas pessoas sensiveis, lymphati- cas, que gritam e quando ao tumor rodeia uma aureola vermelha. Silicea. - Quando hepar não acabar de fazer suppurar e abrir o tumor. Serve para apressar a suppuração, sobretudo quando ao dores forem pungitivas e lancinantes. Tãmbem dá-se ars. nos casos em que as dores são ardentes como brazas e o íleimão apresenta máo aspecto; parece que está a gangrenar por sua côr violacea. Si depois de aberto o tumor, a suppuração não dá signalde acabar-se, haaugmento de febre, ina- petência, etc., os melhores medicamentos para 238 cural-o, são : silic., depois, si este não bastar dê-se,phos., nas pessoas que tiverem febre lenta, estiverem magras e tiverem aspecto tysico. Merc.-Quando houver fortes suores, asuppu- ração é sanguínea, ha diarrhéa, e sobretudo si o doente tiver padecido syphilis. Cale. - Depois de phos., si este não tiver feito outra cousa que alliviar o doente sem o acabar de curar. Também póde-se consultar : Hep ar esulphur.- Si depois de concluída a suppuração deixam ainda os tecidos endurecidos, com ou sem dores, dê-se : bary-c. quando não houver dôres; c depois si houver necessidade iodum. ou kali-c. Quando houver dôres, dê-se : carb an e si não bastar, con. Quando o endurecimento resiste em ambos os casos, dê-se, uma ou duas dóses de sulphur, e volte-se ao medicamento que estiver mais indi- cado dos anteriores. FLUXÃO NO ROSTO Fluxão nos dentes molares FLEIMÃO NA BOCHECHA - FLEIMÃO A íluxão no rosto ou íleiinão produzida pela dor dos dentes molares, por um resfriamento, um forte incommodo, etc., com dores, mais ou menos insupportaveis, grande inchação, e ver- melhidão umas vezes, e pallidez outras, com- baté-se prompto e felizmenle com : bell , cham.y hepar., merc. e silic. 239 Acon. - Quando houver febre. Belladona. - Quando as dores forem insuppor- taveis, produzirem desesperação, não deixarem dormir; grande inchação com vermelhidão que se estende muito, e parece erysipelatosa. (Si bell. não alliviar, dê-se cham.) Hepar. - Qnando as dores forem pungilivas, lancinantes, e o íleimão tende á suppuração. Merc. - Si a dor de dentes molares, por esta- rem estes quebrados, houver produzido a fluxão com forte dores queimantes, grande salivação, difíiculdade de engolir, dor de ouvidos, inchação das bochechas, vacillação dos dentes molares, e dores nas gengivas. Silicia. - Quando as dores pungitivas, lanci- nantes, forem tão vivas que causem a desespera ção do doente, e hepar não tiver podido combatel- as. Ha púz, e o íleimão não acaba de abrir-se; ou depois de aberto não se esgota a suppuração. Estes são os medicamentos que quasi sempre triumpham de todos os casos. Quando depois de resolvido o tumor ou de haver suppurado, fica algum endurecimento de mesmo, se curará este com baryt. c., hepar., staph. FLUXO BRANCO Leucorrhéa FLORES BRANCAS lia que escolher o medicamento correspon- dente, segundo a cor e a natureza do íluxo. Óê-se quando forem : Acres : alam., bórax., con., ferr.,merc.,phos., ou «rs. carb-v., iod., sep., silic. 240 Aquosas : graph., ou puis. sep. Queimanles : calc., ou con., kreos. Escuras : nitri-ac. Verdes : carb-v., sep. Com comichão : cale., ou kreos., ou merc. Leitosas : cale., puis., ou ammon-c., e sz/zc Mucosas : borax; magn-c., ou cale., graph. mez., stann., sulph. Purulentas : coce., merc., sabin., ou : kreos.. hyc., sep. Que corróe a roupa : iod. (G.), nitri-ac. phos-c. Tintas de sangue : chin., cocc., ou kreos.,ni- tri ac. Viscosas: borax., stann. De mão cheiro : kreos., nitri-ac., sabina., sépia. Que põem a roupa dura : alum. Que tinge a roupa de amarello : carb-an.,pru- nus. Amarella : carb.-v., cham., murex., natr.-m. nux-v., sabina., sepia, sulph. Dar-se-ha, segundo as circumstancias concor rentes, e quando o fluxo for acompanhado : De dôres de ventre : con., kreos., magn.-m. puis, sitie., sulph. De dores como de parto : dros. De doresde rins: caust., magn.-m.; ou : baryt. graph., kali. De debilidade: alum., kreos., sep. De diarrhéa : natr.-m. De cansaço : alum. De tremor : alum. De pancadas nos orgãos genitaes : sepia. De rosto amarello : natr.-m. De dor de cabeça : natr.-m., puis. De crescimento de ventre : sepia., ou ammon. m., graph. 241 Si o fluxo preceder a menstruação : calc., ou : alum.,ferr., kreos., puis,, ruta, sulph. Si apresentar-sedepoisdamenstruação: acon., cocc.. merc., kreos., phos. ac., silic. Juntamente com a menstruação : chin., graph., puis. Logo que cossa a menstruação : ruta. Dóses : - Administrem-se os medicamentos dissolvidos em agua, de manhã e de noite, e du- rante tres ou cinco dias, e suspende-se logo du- rante oito ou quinze dias. Não se usarão medi- camentos externos, mas se cuidará muito da lim- peza dos orgãos genitaes, lavando-os com fre- quência com agua morna. (G.) repelleaté ae sim- ples injecções de agua. GANGRENA Si se ameaçar uma parte, ou um membro do corpo, é preciso reccorrer aos medicamentos se- guintes : ízrs., cAm., lach., secai, cor., e também carb. v. Arsenicum. - Quando as dores forem mui vio- lentas e o calor as diminuir. Lachesis. - Si a parte apresentar uma cor azu- lada. Depois da intoxicação pelo veneno de um ca- daver ou serpente, (ars.) Secale cornutum. - Principalmente nos velhos, e nos casos em que o calor augmentaas dores. Carb. veg. -Convém quando houver suppura- ção fetidíssima. MED DA FAM. 242 GLANDULAS Adenite 1NFLAMMAÇÃO DAS GLANDULAS Combate-se perfeitamente com acon., bell., merc., phos., nux. v., puis., silic., sulphur. SUPPURAÇÃO DAS GLANDULAS Osprincipaes medicamentos são baryt. c.,carb. an. e con. Si estes não bastarem consulte-se : bell., calc.,graph., nitri, ac., nux. v., phos.,rhus., silic., sulph. (Veja-se :Peitos; paro- tidas e escrophulas}. GOTTA Artritis Definição e causas. - Agotta é hereditária em certas famílias; ataca sobretudo as pessoas que comem comidas succulentase tèm uma vida mui sedentária. Parece-se muito como rheumatismo, mas dislingue-se deste pela inchação das articula- ções, causada pelo deposito de substancias mine- raes, o que se não verifica no rheumatismo. As dores nagottaaugmentam ordinariamenteá noite com o calor da cama, e o rheumatismo não se distingue por esta particularidade. As ourinas dos gottosos contém quasi sempre um deposito de areias ou areia grossa que reapparece de tempo em tempo, acompanhado de cólicas ncphri- tieas mui violentas. 243 Regímen : - Se comprehenderá facilmente que a gotta não se cura, si o doente não mudar de methodo de vida, cessando o uso de bebidas alcoólicas para sempre. Tratamento : - Aconitum. - Si houver grande febre, pelle secca e quente, sêde, etc. Arnica. - Um dos principaes medicamentos. Dores como si as articulações estivessem deslo- cadas, ou sensação como si a parte doente se apoiasse sobre um corpo duro. Arsenicum. - Si as dores diminuírem com o calor exterior, esi o doente estiver mui debil e magro. Bryonia. - Quando o maispequeno movimen- to augmentar as dores. Ferrum. - Si as dores augmentarem pela noite, e si ogottoso experimentar um desejo con- tinuo de mudar de logar a parte doente. Nux. vomica. -Convém sobretudo as pessoas que comen e bebem muito. Pulsatilla. - Quando a gotta passar de uma articulação a outra. Ilhas. - Grande inhação com ardor e comi- chão, impossibilidade de mover-se, desejo de mu- dar continuadamente de logar a parte doente ; aggravação de todos os symptomas pela noite. Sabina. -E' mui vantajoso na gotta aguda c chronica, quando as dores se tornam insuppor- taveis, si se tiver o membro em suspensão. (Nos casos de verdadeira Podagra, gotta nos pés, os principaesmedicamentos são (B): arn. e sabin.} Nagottachronicacom inchaçãoedeformidade das articulações se dará com vantagem: Calcarea carbónica. -Si a causa principal for um resfriamento pela humidade ou si as dores augmentarem quando o tempo estiver chuvoso. 244 Lycopodiitm. - Si a o urina contiver um depo- sito considerável de areia encarnada (antim. cr., zinc.} Demais se póde consultar : caust., graph., natr. m., sitie., sulph., thuya. (Wolf.) Dóses : - Em um caso de golta aguda que não houver sidor tratado ainda, se darão os me- dicamentos indicados em fortes dóses e frequen- temente (da Ia a 5a diluição). Nos casos chronicos será melhor servir-se das altas potências e esperar sua acção, sem repetir as dóses varias semanas. FRIEIRAS Definição. -Exudação de parles que estáo em contacto. São intretidas por um vicio cxtrumoso. Tratamento.- Si as frieirasforem profundas e deitarem sangue: merc., sassaph. ; oupetrol., puis., sulph. Si apparecerem ou augmentarem depois de haver-se lavado: cale., sep., sulph.; ou: antim. cr., puis. As frieiras dos obreios que lhes sahem nas mãos, por trabalhàr com ellas na agua : calc., hepar., ou hem : alum., merc., sassaph., sulph. As que se apresentam no inverno cedem a petrol., ou a sulph. As do anus cedem quasi sempre a graph. ou a arn. Si estes não bastarem, consulte-se: calc., hep., rhus., sassaph., sulph. As do escrotos cedem a arn. ; si estes não bastar, dè-se graph., e em caso de necessidade: cham.. merc., e ainda calc., ign., e puis. 245 As das mãos cedem a : alum., hep., petrol., rhus., sulph. Si forem profundas e sangrarem : merc., petrol. e sassaph. Asdos dedos cedema : mer., petrol., sassaph. As das articulações dos dedos a : mangan., phos. As que se apresentam debaixo e em redor das unhas, a : natr. m. As dos pés, a : alum., aur., cale., hep.,lach., petrol., sulph., zinc. As que se apresentam na ponta do nariz, a : carb. an. As das ventas e angulo do nariz, a: antim. cr. As do rosto, a : silic. As do ângulos dos lábios, a : merc., mez. Asdoslabios, a : ammon. m., arn.,ars., bry., caps., croc., ign., merc., natr. m., veratr., zinc. Si se ulcerarem : merc., phos. ac. As dos orgãos genitaes se tratam, si estão no prepucio, com sulph. No trajecto do cordão espermalico : cann. e sulph. Na glande : kali. Ao escroto : arn., c graph. No membro : arn., graph., kali., mosch. No testículos: caust., graph., sulph. GRIPPE Definição : - A. grippe apresenta-se sob a fórma de um catarrho epidemicoque frequente- mente, e em pouco tempo se estende porpaizes inteiros. Os medicamentos que se empregam neste catarrho sãoos mesmos que as do catarrho ordinário. Todavia consultem-se as indicações seguintes : 246 Aconitum. - Quando a enfermidade se apre- senta com caracter inflam malorio bem declarado, tosse secca violenta e que com move todo o corpo com ou sem oppressão de peito, catarrho bron- chial e congestão ou imflaminação da garganta. Arsemcum.- Grande prostração e debilidade aggravadas pela noite ou depois de tomar-se alimento, dor violenta de cabeça com defluxo, com fluxo corrosivo, tosse espasmódica, com vontade de vomitar e até vomitos ; affecção ca- tarrhal dos olhos. Belladona. - A tosse se torna espasmódica, a dor de cabeça é insupportavel e se aggrava com a luz, o movimento, a conversação, agitação, inquietação e até delirio. Bryonia. - Dores rheumaticas nas extremi- dades e peito, que não permitlem omaispequeno movimento. Camphora. - Si houver umaespeciedeasthina catarrhal, com ajuntamento enorme de mucosi- dadesnos bronchios, accessos de sufíbeação, pelle secca e fria ao tacto, o doente deseja estar despido constantemente, dor de cabeça que se augmenta coma mudança de tempo, anciedade,insomnia. Causticum. - Sensação de ferida no peito, dôres nas extremidas que impedem o movi- mento, e nos ossos do rosto, tosse secca, violenta, que se aggrava á noite com calor geral. Ipecacuanha. - Si os accessos de tosse vierem acompanhados de vomitos e nauseas. Mercurius. - Dôres na cabeça, rosto, ouvidos, dentes molares e extremidades, com dôrde gar- ganta, tosse secca, convulsiva, violenta e inces- sante, e que não permitte falia r, defluxo, o sangue sabe pelo nariz cm consequência da tosse vio- 247 lenta, calor com suores geraes, abundantes que não alliviam. Nux. vomica. -Nas pessoas biliosas, de cará- cter violenta, hypocondriacas. Tosse rouca e grossa, dôrdecabeça violenta, contusiva, aggra- vante, especialmente na parte posterior, verti- gens, dôr de rins, insomnia, somno agitado, prisão pertinaz de ventre. Pulsatilla. - Quando a tosse não deixar des- cançar de dia nem de noite o doente, e se au- gmentar estando deitado. Sabadilla. - Defluxo com fluxo abundantís- simo, cabeça tonta ; tosse surda com vornitosou expectoração de sangue, desde que se deita o doente; aggravação de todos os symptomas si o doente respirar, pela tarde e antes de meia noite. Stanmim. - A tosse, ao principio secca, se torna húmida com expectoração abundante ; si o doente faJlar ou ler, sente uma grande debi- lidade no peito e garganta, e até rouquidão ; ex- pecloração amarella, verde, demão cheiro; de- pois de tossir e expectorar, o doente se sente mui prostrado edebil; aggravação de todos os symp- tomas com o movimento e a conversação. Fera/rwz?. - Grande debilidade. O doente tosse até que cahe completamente extenuado, apresentado-se um suor frio na fonte; aggravação dos symptomas bebendo, obrando de ventre, (pondo-se muipallido, debil, e o corpo de suor frio) e suando. FOME CANINA E FALTA DE FOME Veja Appetite. 248 HEMORRHAGIAS Em todas as hemorrhagias, cuja causa não se póde descobrir com certeza, são um guia quasi seguro na escolha dos medicamentos, a côr do sangue e seus caracteres cssenciaes. Si o sangue for acre, dê-se • kali., silic. Escuro : bry., carb. v. Coalhado : cham., plat., rhus., ou bell., chin., ferr., hyosc., ign., ipec., puis., sabad. Negro : cham., croc., lach., nux. v., puis., e sep. Rôxo-claro : bell., dulc., hyosc., ou : arn., ipec., phos., rhus., sabina., secai, c. Viscoso : croc. Si cheira mal: bell., bry ,,cham., croc., e sab. Hemorrhagias pelo excesso de sangue no in- divíduo : acon., bell., croc., op., sabina. Hemorrhagias por debilidade : chin., ferr., ipec., e secai. Epictasis HEMORRHAGIA DO NARIZ - FLUXO DE SANGUE PELO NARIZ Para a hemorrhagia do nariz estão indicados os medicamentos seguintes : Aconitum. - Nas pessoas sanguineas, com forte dôr de cabeça e rosto encarnado (bell}. Arnica. - Depois de um golpe ou commoção. A' sahida do sangue precede uma sensação de formigagem no nariz. Bryonia. - Depois de uma insolação. Mens- truação tardia pelo vicio rheumatico. (N). Carb. vegetabilis. - Hemorrhagia frequente e abundante, sobretudo, pela manhã e durante 249 as evacuações de ventre. - Grande pallidez do rosto antes e depois da hemorrhagia. China. - Hemorrhagia nazal em pessoas ané- micas, ou durante o accessos de debilidade, ou em consequência de perdas de sangue. Conium. - Hemorrhagia nazal ao espirrar. Croças. - Sangue espesso, viscoso e negro. Hamamelis virginica. - Sangue negro, del- gado, e quesaheem extraordinária abundancia. Mercarias. - 0 sangue se coalha em seguida e fórma uma bola. Nux. cómica. - Si for em consequência de bebidas espirituosas ou trabalhos mentaes, ha- vendo demais precedido seccura no nariz e oc- clusão de mesmo (Alvarez). Phosphorus. - Sangue abundante, claro em pessoas de constituição tysica, e rebeldes aos me- dicamentosanteriores ; que se apresenta de novo pela mais leve causa, e sem causa ostensiva (Alvarez). Palsatilla. -Menstruação supprimida ou mui escassa. Rhus. - Hemorrhagia nazal pelanoitee cur- vando-se. Coculus esepia. -Durante a prenhez ou nas pessoas que têm predisposição para as hemor- rhoides. Sulphar. -Hemorrhagiaschronicas, rebeldes aos demais medicamentos, e quando se houver supprimido as hemorrhoides que ha tempo se padecia. Gastrorrhagia - MELENA A gastrorrhagia, ou vomitos de sangue prece- dentes do estomago, póde ser de sangue roxo, 250 em cujo caso se chama hematemesis : ou sangue negro, chamando-se então melena ou vomito ne- gro. Os principaes medicamentos contra á he- matemesis, são: acon., arn.,ferr., hyosc., ipec., nux. v. Aconitum. -Si houver febre, peso geral, sêde, e peso no estomago. Arnica. - Nos casos de golpes, quédas, con- tusões, e nos grandes vomitos de sangue roxo e espumoso, ou coalhado. Ferrum. - Sangue pallido, com debilidade geral, pallidez do doente, vagidos, desvaneci- mentos. Hamamelis. - Sangue escuro, delgado, abun- dante; a hematemesis procede de alterações do fígado ou do baço. Hyoscyamus. - Sangue descorado, côr azu- lada do rosto ; pulso duro c cheio ; ardor no es- tomago como si estivesse inflammado ; si se apresentar quando se for estabelecer a mens- truação, no principio desta ou durante ella. Ipecacuanha. - Vomitos de sangue rôxo acom- panhado de alimentos, nauseascontinuadas, frio nasextremidades com suor na fronte e no rosto, os vomitos não deixam ou acabam o desejo de vomitar, que segue cada vczaugmentandomais, côr azulada cm derredor dos olhos. Convém de- mais, si a causa houver sido uma indigestão, ou o doente houver abusado da quinina. Nux. vomica. - E' tão grande o incommodo no estomago, que o doente deseja vomitar, vomita enfim um sangue roxo-escuro, misturado com bilis, alimentos ou matérias acidas. Prisão de ventre. Suppressão de hemorrhoides que subsis- tiam ha tempo. Si estes medicamentos não bas- tarem, consulte-se '.bry., carb.v., lyc., mez., millef., sulph., veratr. 251 Os principaes medicamentos contra a melena ou Vomito negro, são : Arsenicum. - Vomiíos negros, abundantes, fétidos, com extrema angustia, sêde ardente, pallidcz do rosto e até desfiguração do mesmo, e frio geral com suores frios. China. - Nos casos em que o doente estiver muito debilitado, anémico, houver syncopes, desvaneciincntoe uma debilidade tão grande que apenas póde fallar. Veratrum. - Nos casos que ars. não tenha sido sufficiente, ese augmentarem consideravel- mente os symptomas marcados para este medi- camento. Em caso de necessidade, consulte-se : ipec., elaps., cr o tal., nux. v.,e sulph. Hemoptisis HEMORRHAGIA PULMONAR EXPECTORAÇAQ DE SANGUE - TOSSE SANGUINOLENTA. Investigue-se antes de tudo a causa occasional. Si a hemoplisis for a consequência : De um esforço, de uma queda, de um golpe, dê-se : arn. De uma congestão pulmonar com febre: acon. ou bell., bry., nux. v. Damenstruaçãosupprimida :bry,,hamamelis, nux. v., puis., stilph. E' mister também fixar a attenção na cor e consistência do sangue. Em uma hemorrhagia abundante e perigosa, os medicamentos principaes, são : acon., arn., china., ipec., op., puis. (11). jácomtam. - Si o sangue for roxo-claro; an- ciedade, inquietação, angustia mortal, expecto- 252 ração de sangue excitada, não pela tosse, mas sim por uma ligeira tusiculação. - Expectoração facil de sangue negro e coalhado, com difíiculdade de respirar, dores no peito, ardor e contracção no mesmo, palpi- tações de coração, calor e accessos de desfalleci- mento, ou expectoração de sangue escasso toda vez que se tosse, com dor na cabeça. China. - Si o doente estiver tão debil que pareça desfallecer, e suar muito. Gosto de sangue na bocca, expectoração de sangue com tosse violenta, calafrios sempre alternando com calor passageiro, tremor passageiro, vertigens, vagidos, escurecimento de vista. Hamamelis. - Hemoptisis, supplementar da menstruação, por haver-se supprimido esta. Sangue escure, delgado e mui abundante, que sahe com violência. Ipecacuanha. - Si houver uma tosse espas- módica, suffocante, frequentemente accompa- nhadade vomitos;si a respiração for difficil e o sangue roxo-claro (ou escuro); convém depois de acon. ou ars. Opium. -Nos casos mais graves e especial- mente si se realisarem em pessoas que abusam das bebidas espirituosas. Vomitos de sangue es- pesso e espumoso, misturado de viscosidades; o rosto fica inchado, abrasador, de um roxo subido ou de cor pallido-azulada ; aggravaçãoda tosse depois de engulir; frio nas extremidades com calor no peito e tronço; somnolencia e so- bresaltos. Pulsatilla. - Nos casos gravas e tenazes com expectoração de sangue preto e coalhado, nos casos que se houver supprimido a menstruação; anciedade e calafrios : dores 'na parte inferior do peito. Além d'estes medicamentos, e em casos menos graves, pode-se consultar : «rs., bell., carb. v., dulc., ferr.,hyosc., ign., nux. v. e sulphur. Nas hemoptisis causadas pela suppressão das hemorrhoides, o principal medicamento é nux. v., e si este não bastar, sulph. Regímen : - E' inútil fazer observar que o doente deve permanecer quieto na cama, evitar toda a sorte de emoções, abster-se de faltar em alta voz, não beber nem comer cousas quentes, nem tomar bebida alguma forte. Para evitaras repetições da hemorrhagia ou o desenvolvimento de tubérculos, consulte-se : ars., calc. c., lach., nitri, ac.,phos.y puis., sulph. Dóses : -Nos casos graves se administrem os medicamentos de meia em meia hora ou segundo a urgência do caso. 253 Metrorrhagia tíEMORRHAGUA UTERINA - FLUXO DE SANGUE DA MADRE As hemorrhagias uterinas podem apresentar-se depois de um parto ou aborto; nestes casos os principaes medicamentos são: ars., bell., crocus., ipec., plat., sabina. (comp* Aborto). Nas menstruações demasiadamente abun- dantes (Menorrhagias) : bell., cale. c.,ferr., ipec., nux. v.,plat. ,sabin., secai. (comp. Menstruação), A hemorrhagia póde ser lambem causada por um tumor, um polypo ou outra enfermidade grave, como por exemplo a febre typhoide. Neste caso dê-se : ars., chin., rhus.. secai. (G). 254 Paraas mulheres sanguíneas, dá-se sobretudo: acon.ibell.ibry., calc., cham., nux. ?x,ou bem : plat., sabin., sulph. Nas pessoas mui debilitadas, convém chin., ou secai.; ou bem crocus.,ipec., puis., sep., sulph. Seguem-se, para a escolha dos medicamentos, as indicações seguintes : Tratamento : -Aconitum. -E' vantajoso para as mulheres que tem vertigens quando se levan- tam, e que as obrigam a senlar-se de novo. Te- mem morrer a cada momento. Armca. - Quando a metrorrhagia provier de uma queda, de um golpe ou commoção violenta, por exemplo, si se vier em carro por um cami- nho cheio de baixas, e especialmenle nas mu- lheres gravidas. Belladona. -A mulher experimenta uma sen- sação nos orgãos genitaes, como si tudo estivesse á sahir por elles, com dores violentas nas cadei- ras, como si as rompessem, e no baixo ventre. Bryonia. - Dores de cabeça; a doente crê que sua cabeça quer estalar-se; o incommodo peiora desde que se move. - Tem vertigens ao levantar-se. Sahida de um sangue rôxo-escuro comdòresde rins, nauseas, vertigens e accessos de desfallecimcnto. Calcarea. -Convém as mulheres obesas, cuja menstruação é mui abundante e se adianta. Chamomilla. - Grande inquietação e ancic- dade. - Sahe por intervallos um sangue negro e coalhado. China. - Grande debilidade ; zunido de ouvi- dos ; desmaios; nos casos graves, com peso de cabeça, vertigeHis, pallidez, frio nas extremi- dades e estremecimentos convulsivos. Crocws. - Nos casos mais graves e depois de 255 chin. - Sahem filetes de sangue negro. Adoente experimenta a sensação de ter uma cousa que se move no ventre. Sangue negro, viscoso, mis- turado de coalhos, tez amarella e terrosa, grande debilidade com vertigens, obscurecimento da vistae desmaios, pulso apenasperceptivel, grande anciedade e inquietação, frio e suores frios. Hamamelis. - Hemorrhagia venosa, sangue escuro, delgado, grumoso, com muito calor nos orgãos genitaes, sêde insaciável, cansaço, sahe com muita abundancia, mas geral mente não fórma coalhos. Hyoscyamus. -A hemorrhagia vem acompa- nhada de delírios, convulsões e uma grande agi- tação. Ipecacuanha. -Medicamento porexcellencia, segundo Ilering, em todas as grandes hemor- rhagias depois de um parto. Sangue rôxo-claro, cólicas na região umbilical, nauseas conti- nuas. (G). Platina. - Hemorrhagias nas que o sangue é negro, espesso com dôros de ventrequevem das cadeiras, e põem os orgãos genitaes mui sensí- veis (G). Hemorrhagia precedida de violentas emoções (G). Pulsatilla. - Hemorrhagias das pessoas cuja constituição reclama pulsatilla. - A hemor- rhagia cessa com frequência completamente, e volta de repente. (G). Rhus. - Metrorrhagia causada por um esforço corporal. Sabina. - O sangue é já espesso e negro, já aquoso. Depois do parto ou aborto, dôres de ventre e nas cadeiras, como as de parto, grande debilidade, dôres na cabeça e extremidades. As dôres partem da espadua e se dirigem ao pubis. 256 Stramonium. - A doente falia com excesso durante a hemorrhagia, e se entrega a extrava- gancias phantasticas. Dóses: - Dissolvam-se os medicamentos em agua e administrem-se de meia em meia, de uma em uma, de duas ou de tres em tres horas, até que se declare o allivio; nos casos de hemor- rhagia como a hemoptisis, a pessoa que entende da medicina fará bem em servir-se das attenua- ções medias ; conforme a gravidade (5as) as baixas poderão aggravar a hemorrhagia. Quanto ás altas attenuações, curam frequentemente, é verdade, maisrapidae seguramente, mas exigem uma escolha delicadíssima e minuciosa. Otorrhagia FLUXO DE SANGUE DE OUVIDOS Os principaes medicamentos contra esta he- morrhagia são: merc. v., e si não bastar àè-sepuls. Em caso de necessidade consulte-se : bry., cale., cie., graph.,lach., nitr. ac.,petrol.,rhus., sulph. Rectorrhagia FLÚXO DE SANGUE PELO RECTO - IDE.M DOS INTESTINOS Os principaes medicamentos contra ésta he- morrhagia, são : acon., bell., cale., ipec., nux. v., sulph. Aconitum. - Dores e pressão e forte calor, dôres nas cadeiras e assento, sêde, agitação. Belladoha. -Hemorrhagia acompanhada de fortes dôres de cadeiras e ventre, cabeça e gar- ganta, grande peso no ventre e anus. Calcarea. - Em pessoas pletóricas que tem rectorrhagias frequentes, que se apresentam commummente depois de cada evacuação, e seguidas de grande alquebrantamento de forças. China. - Grandedebilidadeproduzidaporhe- morrhagias anteriores, ou pela constituição espe- cial do indivíduo, e que se augmenta em extremo depois de cada hemorrhagia. Sangue paIlido, aquoso, com suores frios, pallidez geral e des- maios. Hamamelis. - Rectorrhagia, nos casos que for supplementar da menstruação, por esta h ave r-se s u p p ri m ido. San gu e a b u n d an t e, esc u ro, delgado com peso e calor no intestino recto. Convém sobretudo quando liouver complicação com hemorrhoides. Ipecacuanha. - O sangue sahe sempre com os escrementos e em grande quantidade, com nauseas, vomitos, dôres de ventre, frialdade da pelle, suor frio no rosto e fronte. Nux. cómica. - Prisão habitual de ventre; evacuações de ventre sanguíneas; puxo depois da evacuação, e desejo de evacuar com grande abra- samento no anus; congestão de ventre e de cabeça, com grande calor naquelle e crescimento do mesmo; cabeça pesada; vertigens; sangue mucoso; aggravação com o movimento. Sulphur. - Depois de nux. c. nos casos em que este não houver acabado a cura ; prisão de ventre que alterna com hemorrhagia acompanhada de mucosidades e que causa erosões no anus por seu ardor; congestão frequente na cabeça e grande peso no anus ; peso geral, palpitações de coração, com angustia e nos casos em que uma erupção tiver sido supprimida. Além destes medicamentos póde-se também consullar: ars., carb. c., merc., nitri, ac., phos., rhus., tart. 257 MED. DA FAM. 258 Uretorrhagia HEMORRHAGIA DA URETRA HEMATÚRIA OURINAS SANGUÍNEAS Os medicamentos principaes contra esta enfer- midade são os seguintes : Aconitum. - Forte febre com sêde, com calor na uretra e desejos de ourinar, e emissão de ou- rina sanguínea ou sangue puro, com dõr nos rins e bexiga. Cannabis. -Emissão de gotta em gotta deou- rina sanguínea com dõres quentes ao ourinar, retenção completo de ourina com hemorrhagia. Cantharis. - Predomínio de dõres insuppor- taveis, quentes, dilacerantes, que não permittem estar na cama, nem ourinar, com sabida de sangue em gottas, ou mais abundancia. A dõr ao ourinaré tal,bem como a comichão, queodoenle resiste tudo o que puder antes de determinar-se a ourinar. Pijlsatilla. - Emissão de ourinas sanguíneas com sedimento purulento, dõres pressivas, quentes, na bexiga. Sulphur. - Si as ourinas sabirem misturadas de mucosidades e sangue, com ardor na uretra. Hematúria com desejo de vomitar : ipec. Com ardor : puis. Com dõres de estomago : ipec. Com dõres na bexiga e rins : ipec. e puis. Com paralysia nas pernas : hjc. Com prisão de ventr?/y/c. Também pódem conultar-se os seguintes me- dicamentos em caso de necessidade : «rn., ars., cale., chin., con., mez., millef., phos., zin. 259 HEMORRHOIDES Almorreimas TUMORES HEMORRHOIDAES Definição : Os tumores hemorrhoidaes pro- vêm de que os orgãos do abdómen e principal- mente as veias chamadas hemorrhoidaes, estão demasiadamente cheias de sangue. Estestumores dão logar, de tempo em tempo, a abundantes fluxos de sangue. A disposição em padecer he- morrhoides, é commummente hereditária. Causas : - Uma vida sedentária e as comidas succulentaes a favorecem ; encontram-se nestes casos muitos symptomas de uma congestão san- guínea nos orgãos abdominaes. Symptomas : - Dores na espadua e rins, flatu- lência, prisãode ventre, comichão noanus, etc., e também congestão no peito e cabeça, ou bem hypocondria e outros padecimentos moraes. Estes symptomas diminuem ordinariamente quando sobrevier um fluxo de sangue pelo anus. Os antigos tratavam de provocar o fluxo por meio de sanguessugas ou de aloes. Tratamento resumido : - Os principaes medi- camentos contra as hemorrhoides, são : nux. v. e sulph., qúe alguns recommendam dar do modo seguinte : durante ires dias seguidos uma dóse pela manhã de sulph;, e outra pela noite de nux. v. ; descança-se logo por tres ou seis dias, e se tornam a repetir ambos os medicamentos do mesmo modo; e assim successivamente. 260 Si as hemorrhoides causarem fluxos ou exu- dação mucosa, dê-se : antim. cr., caps., carb.v., graph., phos., puis., sulph. Si o líuxo for de sangue abundante : acon., bell., calc., chin., ipec., phos., puis. Ou : hamamelis si o sangue é negro. Si produzirem uma forte comichão no anus : acon., nux. v., sulph. Si houver cólicas hemorrhoidaes : carb. v., calc., lach., nux. v., puis., sulph. Siostumoreshemorrhoidaesse inflámmarem : acon., cham., muriat. ac., puis., ovxars., nux. v., sulph. Contra as consequências que ás vezes sobre- vêm pela suppressãodas hemorrhoides : v. e sulph., ouars., calc., carb. v. epuls. Para destruir a predisposição em padecer he- morrhoides : v., e sulph., ou calc., carb. v., caust., graph., lach., petrol., puis. Eis aqui as indicações mais essenciaes: Tratamento detalhado : -Aconitum. - Do- res e pressão no anus com pressão e peso no ventre, dôres de rins, cabeça e peito; peso geral, as hemorrhoides sangram facilmente, aggravação pela noite e manhã, ao inclinar-se, e com o frio, allivio com calor. Aesculus hypocastanum Tumores hemorrhoidaes externos e internos que fluctuam pouco ou nada, acompanhados de ardor e aperto no recto, sensação como si hou- vesse um corpo nelle esforçando-se inutilmente por sahir, com fortes dòres nas cadeiras e costas. A loes. - T u mores hemorrhoidaes externos, em 261 fórmade cachos de uvas, extremamente dolorosos, ardentes, sensíveis e com grande calor. Antimonium crudum. -Secreção abundante de mucosidades branco-amarellas, com ardor, formigagens, prurido no anus, e dor na região sacro-iliacia. Apis. - Hemorrhoidesvolumosas que exudam um sangue negro, especialmente ao obrar de ventra e sem dores, aggravação pela noite e come o tempo húmido; allivio com o calor e durante o dia. Arsenicum. - Tumores hemorrhoidaes com dores abrasantes; são pequenos, porém mui do- lorosos ; o sangue que exudam é ardente; calor e agitação com ardor nas veias; emmagreci- mento ; aggravação pela noite e com o frio ; alli- vio com o calor. Belladona. -Hemorrhoides comdòres fortes nos rins como si estivessem a romper-se; aggra- vação com o tacto, pela tarde e noite; allivio estando de pé ou deitado. Capsicum. - Si os tumores estiverem mui in- chados ; pressão dolorosa nos rins e espaduas, comdòres de ventre e durante as evacuações, ag- gravação com o contacto e o frio e no principio do movimento, allivio com a quietação e o calor. Carb. veg. - Inchação volumosae azulada dos tumores, com dores de rins, prisão de ventre com fluxo de sangue pelo recto, congestão de sangue na cabeça, e exudação abundante de mu- cosidades polo anus, aggravação pela manhã, ao ar livre applicando cataplasmas e com opressão, allivio depois de estar deitado. Chamomilla. -Dôres pressivas no ventre, de- sejo continuo de fazer de ventre; diarrhéa ás vezes queimante e corrosiva; ulceras no anus, 262 com fluxo hemorrhoidal; aggravação pela noite e deitado; allivio com o calor. Hamamelis. -Tumores hemorrhoidaes fluxi- veis, cujos botões ou mamillos se inflammam e deixam correr um sangue escuro, delgado, abun- dante, com muito calor e ardor no instestiuo reclo. - Convém sobretudo quando as hemor- rboides e a fluxão supprirem a menstruação, por liaver-sc supprimido esta. Ignatia. - Dôres violentas, profundas no anus e tumores, prurido e comichão, fluxo abundante de sangue, e sabida do intestino recto ao fazer de ventre; desejo frequente c urgente de defecar com escoriação e contracção do recto ; aggravação pela noite e manhã, e depois de estar deitado; allivio dormindo de costas. Muriatis acidum. - Medicamento muito im- portante nesta enfermidade. Tumores hemor- rhoidaes, grandemente inílammados e de uma côr azul ou roxa, dôres de escoriação insuppor- taveis, e grande sensibilidade ao tacto; aggra- vação no repouso e com o tempo húmido; allivio com o movimento. Nux. vomica. - Pessoas de vida sedentária entregues ás bebidas espirituosas e manjares succulentos; nas mulheres gravidas e em conse- quência de enfermidades verminosas (de lom- brigas); prisão pertinaz de ventre, e como si o anus tivesse uma rolha ou estivesse fechado; ca- beça pesada, vertigens, fluxo de sangue e de mucosidades pelo anus; aggravação pela manhã cedo, com o movimento e o mais leve tacto; allivio com o repouso e uma forte pressão. Pulsalilla. - Pessoas lymphaticas, delicadas, sensiveis; evacuações difíiceis com congestão de sangue no anus, hemorrhoides com grande dor de ulceração, que sangram facilmente, com 263 grande prurido, comichão e dor do escoriação, sahein fóra do recto com facilidade, aggravaçào pela tarde, ao escurecer, até as onze horas da noite, e com o calor, allivio com o frio. Sulphur. - Nos mesmos casos que mu v. e depois deste, sobretudo si a prisão alterna-se com diarrhéa, palpitações de coração, dyspepsia, difíiculdade de ourinar, aggravaçào pela tarde e noite, com o calor da cama, com o trabalho, o tacto, allivio com o movimento c o calor. Depois de sulph. convém calc., nas pessoas pletóricas, sobretudo si se lhes houver suppri- mido o íluxo hemorrhoidal. Dóses e regímen : - Quanto ás dóses e repeti- ção dos medicamentos, dar-se-hao attenuaçôes medias e baixas si se quizer obter um allivio proinplo. Em colheres de duas em duas horas. Si se buscar um allivio duradouro, ou no trata- mento propriamente curativo uma colherde seis em seis ou de doze em doze horas. E' melhor e vantajoso empregar attenuaçôes mais elevadas. Mas não se obterão resultados favoráveis, si não conseguir que o doente guarde um regimen severo e tenha um genero de vida conveniente. HÉRNIAS (QUEBRADURAS) Definição : - Tumor formado pela sahida de qualquer porção ou de intestinos ou do esto- mago pelos anneis iguinaes ou umbilical. Symptomas : - Conforme a maior ou menor porção de viscera sahida, declara-se vomitos, máo estar geral, algumas vezes febre, percebe- 264 se um tumor mais ou menos crescido que aug- menta quando se estã em pé e diminue quando sentado ou deitado e com a pressão. Tratamento : - Aconitum. - Si houver febre ou inílammação do tumor herniario. Belladona. - Si a hérnia fôr mui dolorosa, c si o mais leve tacto augmentar as dores. Nux. vomica. - Si um resfriamento, uma cólera, uma indigestão, houverem precedido o accidentc. Opium. - Si a hérnia estrangulada houver causado vomitos cujo cheiro é desagradavel, rosto encarnado e ventre crescido. Veralrum. - Si as extremidades se resfria- rem e si declarar um suor frio. Sulphur. - Si os vomitos forem ácidos. Si a hérnia apresentar uma cor má, si se temer a gangrena e o medico não tiver ainda chegado, dè-se «rs., alternando-o com lach. Nos casos graves dar-se-ha uma dose de quarto em quarto de hora ou de meia em meia hora. As hérnias nos meninos e mesmo dos adultos se não forem mui antigas, pódem-se curar com os medicamentos. Nos casos agudos, em que a hérnia for a con- sequência de um esforço dê-se : rhus. e si este não bastar, nux v. Si a hérnia tiver sahido lentamente, á força de estar direito, dê-se : cocculus (Hg); sulph. ac. (B), ou aur.f., bórax., cale, c., cham., cina., lyc., nux. v., op., silic., stann., sulph., e sulph. ac. (G). Os medicamentos para obter-se a cura radical das hérnias já antigas ou recentes depois de re- duzidas, são : aur., cocc., lycop., magn., nux. v., sulph. ac., veratr., zinc. 265 Si a hérnia fôr umbilical (o tumor se apresenta no umbigo), se dará : granat., nux. v., plumb., veratr., verb. Si fôr inguinal (que se apresenta nas virilhas): amm. m., aur., lyc., nux. v., sulph. ac., zinc. Si fôr crural (quando se apresentar debaixo das virilhas no principio do musculo) : nux. v. Si fôr escrotal (quando se apresentar no es- croto) : magn., nux. v. As hérnias dos meninos que sahem em con- sequência de chorar demasiadamente, curam- se com cham. e si este não bastar : bórax, c si houver necessidade aur. ou nux. v. Ossymptomas geraes indicam o medicamento que se ha de escolher. Veja-se : Sympt. car. ger. e Enfermidades dos meninos. HERPES (GOBREIRO) Os medicamentos principaes contra os herpes, são : calc.,clem., con., graph.,merc., rhus., sépia., sil.ic., sulph. Graph., lyc., rhus., as herpes húmidas. Rhus., sep., contra as herpes que produzem comichão. Ars., cale., silic., contra as herpes escamosas. Cale., can., graph., lyc., rhus., sulph., contra as herpes com cascas. Sepia, silic., contra as herpes scccas. Herpes zoster ou zona FOGO DE S. ANT0N10 Esta enfermidade rara da pelle, produz pe- quenas vesículas, que não se tornam notáveis 266 mais que em certas partes da pelle, sendo uma inflammação de caracter erysipelatoso. O liquido que encerram taes vesículas secca pouco a pouco em fórma de cascas. Se estendem em fórma de cinturão sobre uma metade do corpo succedendo isto geralmente no peito. A erupção vem acompanhada geralmente de dôres queimantes, de comichão, de uma sensa- ção como si houvesse escoriações. Os medicamentos principaes são : graph., rhus. (J); merc. (Gerhardt); ars., puis. Esta rara variedade de herpes apresenta-se em forma de anel, já por meio de vesiculas que seccam promptamenle formando cascas inais ou menos grossas, ou uma só; ou bem nesta ultima fórma. O medicamento principal para combater este herpes é sepia., e si este não bastar consulte-se : cale., caust , e sulph. (Schron). Herpes annular HYDROPESIA A hydropesia não é uma enfermidade idiopa- tica, é sempre um symptoma ou a consequência de outra enfermidade. As causas mais frequentes da hydropesia geral (anasarca), são enfermida- des do fígado, rins ou coração. Eis aqui porque não é possivel dar em um manual desta classe todas as indicações necessárias para o trata- mento desta enfermidade, porque é preciso antes de tudo investigar a causa occasional. Além da hydropesia geral e da ascitis (que ordinariamente se chama simplesmente hydro- pesia), ha tembem ajuntamento de agua em 267 outras cavidades ou orgãos, como por exemplo a hydropesia do ccrebro (hydrocepiialo), a do peito (hydrotiiorax), a do pericárdio (iiydroperi- cardite), a dos ovários, etc. A hydropesia aguda do cerebro exige princi- palmente : apis., e si não bastar helleb., ou acon., bell., bry., cale., sulph. A hydropesia chronica : cal. c., phosphorica ; au ars.Jielleb., sulph. A hydropesia do peito : brysulph.; e nos casos chronicos c antigos : ars., carb. v., diy., squilla. Si a ascitis e a hydropesia geral houverem sido precedidas de perdas de sangue, ou enfermida- des debilitantes, dê-se sobretudo: apis., ars., bry., colch., diy., helleb., sulph., ou também : bell., cale., con., dulc., mer., rhus., scilla., sepia. O procedimento menos recommendavel é a ponção. Nos casos de hydropesia produzidos pela re- percussão do sarampo, escarlatina, etc. Vejam- se este capítulos. FÍGADO Hepatite 1NFLÀMMA.CÂO DO FÍGADO Symptomas : - A hepatite póde ser aguda ou chronica. Na fórma aguda declara-se por dôr obtusa, viva ou lancinante que toma o hypocon- drio direito, ou circumscripta ao epigastro (re- gião do estomago) provi mo das falsas costellas, espalhando-se algumas vezes pela espinha até o pescoço e espadua direita ; esta dôr é constante, ha difficuldade de respirar, tossir e de certos movimentos do corpo. 268 0 doente inclina-se para frente, sente um peso do lado direito, declaram-se á vezes vomitos biliosos; alguns doentes têm uma côr ama- rellada geral ou só no branco dos olhos (esclero- ticas), a lingua é suja e esbranquiçada, ha amar- gos de bocca, soluços, prisão de ventre ou diar- rbéa ; as matérias tecaes são esbranquiçadas ou muito coradas pela bilis, e ás vezes denegridas e sanguineas, a ourina diminue e torna-se de uma côr ruiva carregada. Junto a estes symptomasha febre que ás vezes é intermiltente ou remittente, o pulso é cheio e forte, e em alguns casos lia delirio, agitação e insomnia ; pelo lacto vê-se que o ti gado augmen- tou de volume, mas este augmento não é cons- tante, sendo debaixo para cima, porque neste caso,o fígado pôde adquirir um volume conside- rável, sem fazer saliência por baixo das costel- las, o doente só póde estar melhor deitado de costas ou sobre o lado direito. Diagnostico differencial : - A hepatite confun- dindo-se çom a pneumonia, maxime quando o inflammação occupa o lobolo direito superior do fígado, differença-se no emtanto, porque na pneumonia ha escarros sanguíneos ferruginosos, e não ha amarellidão da pelle como na hepatite. Differença-se também da gastrite aguda pela amarellidão da pelle ou do branco dos olhos e porque os líquidos não provocam vomitos repe- tidos como nesta. Tratamento : - AeomZi/m. - Havendo grande febre com dores na região do fígado, agitação e medo de morrer. Nux. vom. - Si a região do figado estiver muito sensível e dolorosa ao tacto, amargos de 269 bocca, vontade de vomitar, dor no estomagocom difficuldade de respirar, sêde, dores de cabeça, ourinas vermelho-escuras, tonteiras, prisão de ventre, ou diarrhéa esverdeada e sanguínea, lingua branca, ou amarella, com repugnância á comida, máo humor. Sulphur. - Depois de nux. vom. é muito util. Pulsatilla. - Nas pessoas lymphaticas. Bryonia. - Havendo tensão noshypocondrios, lingua amarellada, sobretudo grande oppressão, com respiração accelerada e difficil, prisão de ventre e aggravação dos padecimentos com o movimento. Chamomilla.-Si o doente sentir dores obtusas e pressivas, que não augmentam com a pressão, com o movi mento nem com a respiração, havendo oppressão, amargos de bocca, lingua amarella, grande agonia e amarellidão da pelle. China.-Si asdoresaúgmentaremem períodos quasi certos administre-se como medicamento intercalar. Belladona. - Si as dores se prolongarem até o peito e hombros,com elevação da região do esto- mago, respiração difficil, afluxo de sangue para a cabeça com perturbação da vista e vertigens, sêde viva, delíquios, agitação oudelirio, einsomnia. Mercurius sol. ou vivus.-Sxbell. não debellar ossymptomas acima, e houver impossibilidade de estar deitado do lado direito, amargos da bocca, perda de appetite, com sêde, calafrios quasi con- tínuos, icterícia ou côr amarello-escuro da pelle e dos olhos. Lachesis. - Tem sido empregado pelos mel- hores práticos com grande successo em casos desesperados quando os acima indicados não tem surtido effeilo. Póde ser alternado com bell. e nux. v., nos indivíduos entregues a bebidas alcoólicas. 270 HEPATITE CHRONICA Quando esta moléstia adquire a formachronica deve-se começar o tratamento por : Nux. vomica tsulphur. - Un dia sim, outro não, uma colher pela manhã e outra á noite por espaço de 15 dias, findo os quaes se tomará : Mercurius vivus e lachesis. -Do mesmo modo. Interromper-se-hao tratamento por unsoito dias guardando dieta e então tomará no 9° dia até o 15° dia iodium. Si com o tratamento acima achar-se melhor será bom repetil-o para assegurara cura princi- piando então por sulphur. Chelidonio m. e haniamelis. -■ São aconselha- dos pelos médicos americanos para a hepatite chronica. SOLUÇO 0 soluço é uni symptoma incommodo, quer seja iodopatico, quer symptomalico de uma en- fermidade mais ou menos grave. Aqui não trataremos sinão do primeiro, pois o segundo relacionado com a enfermidade que o produz, rebaixa o tratamento especial desta. Causas : -As causasdoprimeiro podem ser um susto, um riso excessivo, um resfriamento, etc., e éásvezes Ião incommodoe repetido, que a pessoa rindo-se e padece, fazendo-a arrojar tudo quanto em no estomago, e nãopermittindo-a tomar ali- 271 mento algum, nem mesmo agua. Os medica- mentos principaes para com batel-o, são : Hyosc. - Em primeiro logar, e si este não bastar, nux. v. Si fôr espamodico, dê-se '.bell., nux. v.,stram. Si se apresentar ou aggravar-sc depois de beber: ign., e puis. Depois-das comidas; cyclam., hyosc., merc., zinc. Durante com\(\m'.magn.m. ,merc. ,teucrium. Com o movimento : carb. v. A' noite : ars. Pela tarde : puis., silic. Depois de fumar; antim. cr., ign., puis. Si for acompanhado de dôr de eslomago : magn. m. De dôr de peito : ammon. m. De suor : bell. De convulsões : bell., stram. De ajuntamento de agua na bocca : lobel. De suffocação : pulsat. De desespero : agnus., hyosc. I1YPOCONDR1A Definição : - A hypocondria é uma enfermi- dade do sexo masculino, ntf qual o doente pensa continuadamente em seus soffrimentos, e expe- rimenta ou crê experimentar as dores mais vio- lentas e mais estranhas ; sem que o medico possa, nem mesmo com a inspecção mais escrupulosa, encontrar alteração alguma correspondente aos orgãos de que se queixa. 0 Dr. Balir chama com razão a hypocondria um egoísmo do doente. Quando a hypocondria provier de excessos sexuaes, perdas de sangue e outras cousas debi- 272 litantes, osprincipaes medicamentos são : calc., chin., nux. v., sulph ou anacar., con., natr. m., phos. ac., sepia., staph. Si provier de desarranjo nos orgãos do ventre, de uma vida sedentária, ou trabalhos intellec- tuaes excessivos : nux. v., sulph.; ou bem : aur., calc., lach., natr., e silic. Os medicamentos principaes em geral contra esta enfermidade tão difílcil de curar, são : Nux vomica e sulph, - Quando a causa for uma pletora abdominal, ou uma disposição ás liemorrhoides. Staphisagria, - Si a hypocondria resultar do onanismo. Conium. - Si resultar do onanismo e de uma abstinência demasiadamente prolongada, es- tando mui excitados os desejos sexuaes. Anacardium. -Tristeza profunda com desejo de estar só; a companhia dos amigos faz tédio, Calcarea carb. - Depois de sulph., e si houver abatimento e tristeza com desejos de chorar, ac- cessos de anciedade, desespero de obter a saude e temor de ser infeliz e mudar-se de logar, inca- pacidade de trabalhar intellectualmenle. China. - Apathia considerável e insensibili- dade moral; forte dôrde cabeça pressiva, cresci- mento de ventre, máo humor e debeis digestões, Moschus. -O doente se queixa de soffri mentos excessivos, mas sem poder dizer onde tem aséde ; anciedade, palpitações de coração, e sensação de grande plenitude no interior do corpo. Natrum. m. - Quando«mze., não houver sido sufíiciente e se exaltar o sentimento de aversão á sociedade ; todos os symptomas se aggravam ou se apresentam depois das comidas. Para combater a prisão de ventre, tem-se re- commendado as lavagens de agua fria; demais 273 umregimem apropriado ao doente, o movimento, a gymnastica de sala, e a hydrotherapia. (Comp. Hysterismo e Hemorrhoides}. ■ HYSTERISMO Ataques hystericos Definição : -O hysterismo é uma enfermidade do systema nervoso que padecem as mulheres. Tem analogia com a hypocondria. Desenvolve-se depois da puberdade, e deve ter sua origem nos orgãos genitaes (madre e ovários). Symptomas: - Os symptomas hyslcricos são mais variaveis, mais mesmo que os hypocondria- cos, e têm portanto um caracter semelhante. O tratamento é symptomatico ; lhe servem de guia as indicações de momento, subministradas pelas sensações mórbidas ou pelas funeções desre- gradas. E' mui difficil uma cura radical; só é possível quando o medico exercer uma grande influencia moral sobre o doente. As principaes indicações que vamos transcrever são tomadas da obra do professor Guernsey sobre as enfermidades das mulheres e meninos. Este medico distincto, que se dedica especialmente ás enfermidades das mulheres, se tem servido só- mente dos medicamentos homoeopathicosem sua larga pratica de mais de 25 annos; póde, pois, considerar-se-lhe como uma autoridade nesta matéria. No tratamento desta enfermidadetem prestado sempre uma grande attenção ás particularidades constitucionaes dos doentes; assim é que as se- guintes indicações não só são de um grande valor MED. DA FAM. 274 no tratamento do hysterismo (e enfermidades semelhantes) sinão t inbein no tratamento de todas as enfermidades em que se encontrarem estes symptomas. Tratamento : - Aconítam. - Medo de estarem sociedade (de passar pelas ruas frequentadas, pelas praças publicas, etc.). Vertigens quando se levantar depois de estar deitado. - Predicçãodo dia em que ha de morrer (acon. deve-se admi- nistrar em alta potência, e não repetir-se, a menos que a enfermidade se aggrave de novo). Arsenicum.- Uma emoção qualquer provoca um accesso de asthma hysterica. - Aggravação pela noite. -Adoente não póde-se deitar só pelo temor de sulfocar-se. Grande medo de morrer. A doente quer beber a cada momento, mas não bebe de cada vez inais que mui pouco. Asafcetida.-Toda excitação suscita symptomas bystericosno pharinge (bôlo hysterico); seccura e dòres ardentes no esophago, a doente tem uma sensoção como si fosse um bocado da comida que tem que engolir. Estes symptomas vêm commummente seguidos de uma respiração dif- ficil e de uma sensação de escoriação. Aurum. met. - A doente tem sempre aidéa de suicidar-se. Palpitações de coração com desejo de suicidar-se. Belladona. - Ajuntamento de sangue na ac- beça, com rosloo olhos encarnados. Olhar feroz. Palpitações dolorosas na cabeça, sobretudo em cima dos olhos. Gemidos de dia e de noite; in- somnia. Desespero. A doente está dias quasi in- teiros no mesmo logar, e rompe os vestidos. Somnolencia sem poder dormir. Calcareacarbonica. - Convém ãs pessoas hys- tericas e de um temperamento chamado leuco- fleugmaiico. A bocca do estomago está cheia. 275 Vertigem ao subir uma escada. A doente tem facilmente frio, seus pés estão frios e húmidos, mesmo pela noite. Desde as tres da manhã já não póde dormir mais. Causticum. - Paralysia das palpebras supe- riores, que cahcm sobre os olhos; a doente gosta muito de tel-as abertas. Hemorrhoides extre- mamente dolorosas ao andar. Chamomilla. - A doente é inclinada a reinar e obstinar-se : tem grande trabalho em res- ponder convenientemente ás perguntas que se lhe dirigem. Cocculus. -Sensação de aperto na parte supe- sior da garganta. Respiração opprimida e tosse com cócegas. Menstruação atrazada que produz tão grande abatimento de forças que a doente não póde quasi falhar. Nauseas até o desvanecimento. Zunidos e ruidos nos ouvidos. Coffe.a. - Irritabilidade geral e sobre excitação violenta. Dôr de cabeça como si se mettesse um prego no cérebro e como si deste estivesse dilacerado ou magoado. Conium. - Vertigem, sobretudo si a doente estiver deitada de modo que não póde mover-se na cama sem ser acomm etlida de vertigem. De tempo em tempo se supprime aourina repentinamente; não volta a sahir sinão depois de alguns mo- mentos. A menstruação vem precedida de um en- gorgitamento doloroso dos peitos, de vertigens, e de aggravação de todos os symptomas hystericos. Prisão de ventre, com desejo continuo de eva- cuar. Hyoscyamus. - Caimbras e convulsões que não se differençam da epilepsia mais que pela irregtH laridade de seus accessos. A doente se torna las- civa e se manifesta com prazer. Risos estúpidos e maneiras ridículas. 276 Ignatia. - Angustia com oppressâo de peito, obringando a doente a grilar pedindo soccorro. Deglutição difficil. Osaccessos espasmódicos vêm seguidos de suspiros profundos. A doe nte se queixa muito de uma sensação de vasio no estomago, geme frequentemente, e se entrega ao desespero, como si tivesse um pezar occullo. A alegria dege- nera-se frequentemente em uma grande desola- ção. Pezaresprofundos. Adoente se assusta facil- mente. lodium. - Sensação estranha de debilidade e falta de respiração ao subir uma escada. Fluxo que entesa a roupa. Lachesis. - Sensação coma si uma bola subisse á garganta : esta sensação, ainda que desagradá- vel, a doente a supporta facilmente, mas não supporla pela contrario pressão alguma exterior sobre o pescoço ; demais crê que está a se afogar. Não póde soffrer pressão no peito, ventre e cadei- ras; crê alliviar-se allrouxando os vestidos. Ao despertar augmentam os symptomas eomáo hu- mor; a doente está então com falta de respi- ração. Lycopodium. - Sensação continua de sacie- dade; assim é que a doente recusa toda classe de alimentos, porque a cada bocado, como, póde- se dizer, enche atê o pescoço. Dôres de cólicas que vêm da direita para a esquerda. Ruido de gazes sobretudo á esquerda e debaixo das costel- las. Sedimento encarnado nas ourinas. Aggra- vação dos symptomas pela tarde (das 4 ás 8). Emissão frequente e abundante de uma ourina pallida, sobretudo pela noite. Magnesia muriatica. - Medicamento muito importante no hysterismo. Accessos frequentes de caimbras, dia e noite, com grande insomnia. Prisão de ventre; evacuação difficil de uma 277 grande quantidade de matérias fecaes que se partem em pedaços ao sahir do anus. Accessos de desfalleci mento na mesa; as nauseas e o tre- mor alliviam-se arrotando. Moschus.- Adoente reinae insulta continua- da mente os que a rodeiam, até que por fim cahe sem conhecimento. Teme a morte e não faz mais que fallar delia. Accessos frequentes de desfalle- cimento. Grande desejo de cerveja e aguardente. Oppressão de peito. Natruni muriaticum. - Convém sobretudo ás pessoas cuja menstruação se vai alargando sempre e é menos abundante de cada vez. Dor de cabeça violenta pela manhãao despertar. Somnoligeiro; a doente sonha com ladrões, e não se deita tran- quilla ate que se tenha examinado a casa de cima a baixo. Somnanbulismo. Desejo continuo de comer sal; grande repugnância ao pão. Todos os symptomas diminuem desde que a doente trans- pire. Grande inclinação a chorar. Nux. moschata. - A doente passa subitamente da seriedade para aalegria, ri facilmente, e fica como inchada depois das comidas. Fluxo branco em logar da menstruação. Bocca e lingua seccas depois de dormir (mas sem sede). Nux. vomica. - A doente não póde ordinaria- mente dormir desde as tres da manhã; depois das cinco da manhã volta a dormir e dorme uma grande parte da manhã. Está peior pela manhã. Prisão de ventre, evacuações difficeis, mas abun- dantes. Phosphorus. - Convém principalmente áspes- soas delgadas e esbeltas. As matérias fecaes são largas, delgadas, seccas e duras; a evacuação é difíicil. A doente tem uma sensação continua de debilidade no ventre, o que augmenta e aggrava mais ainda os demais symptomas. Somnolencia 278 e fortes arrotos de ar depois de comer. Desejos sexuaes fortemente excitados. Platina. - Presu mpção e d esapreço aos dem ais. Fortes dôres espasmódicas na raiz do nariz. Uma cousa singular sóbe das partes genitaes ao ven- tre. Evacuações difficeisque se pegam no anus. Caimbras acompanhadas de grito. Menstruação excessivamente abundante, de um sangue escuro e espesso. A doente tem calafrios e falta completa de sede; isto se allivia ao ar livre. Pulsatilla. - Grande variação nos symptomas. A doente ri e chora facilmente. Póde sentir-se mais doente uma hora depois de haver-se julgado muito bem. E' timida e pezarosa, mas doce, boa e faciL de tratar. A's vezes está silenciosa e me- lancólica. Tem máo gosto de bocca, sobretudo pela manhã; ou bem o gosto lhe falta de tal modo, que nada lhe excita desejo. Sabina. - A doente está nervosa c hysterica ; quando estiver pejada abortará quasi sempre de- pois do terceiro mez. Sabina póde evitar o aborto, e si a doente a tomar com frequência póde con- seguir uma cura completa. Sepia. - Dòres de estomago que sobem até o pescoço; a lingua torna-se rigida, a doente cahe muda e rigida como umo estatua. Sensação de vacua no estomago. Ourinas de um cheiro nau- seabundo, contém uma matéria semelhante áar- gilla que se pega fortemente ao ourinol. Mãos e pés frios. Debilidade súbita acompanhada de grande transpiração. A doente está na plenitude de seu conhecimento, mas não póde fallar nem mover-se. Tem accessos de risadas e prantos in- voluntários. Sensação de frio nas espaduas, se- guida de convulsões no lado direito do corpo ede uma respiração difficil. 279 Stannum. - A doente experimenta uma forte debilidade quando desce uma escada, mas pode subil-a sem difficuldade. Assenta-se com diffi- culdadeese deixa cahir pesadamente na cadeira, mas levanta-se facilmente. Quando lê ou falia em alta voz, sente-se em seguida sem forças. Os symptomas augmentam pouco a pouco e dimi- nuem o mesmo. Staphysagria. -Adoente é muito susceptivel, a menor palavrainconveniente a oflende profun- damente ; se incommoda, indigna-se, atira tudo quanto tem nas mãos. Os doentes bons e mãos são mui sensíveis ao contacto dos alimentos e bebidas. Stramonium. - A doente se entrega a toda classe de caprichos extravagantes e absurdos. E' mui timida e se assusta ao aspecto dos objectos mais ordinários que olha fixamente. Grande fluxo de palavras. A doente gosta de sociedade e do dia. Seu rosto está manchado por congestões sanguíneas. Sulphur. - Os accessos espasmódicos vêm se- guidos de uma sensação de bem-estar; tudo lhe parece bem. Depois dos accessos deixa correr uma agua clara e abundante. Experimenta ca- madas decalorrepentinas;sua fronte estáquente, os pés molhados ; a fome é táo forte que não póde esperar até a hora de comer. Valeriana. - Sensação como si alguma cousa quente subisse ao pescoço; a respiração e entre- cortada e a garganta experimenta uma cócegase- guida de tosse. Sensação como si uma penna a tocasse do pharynge ao esophago. Timidez, sen- sação de tremor e palpitações do coração. Veratrum.- Suor frio por todo o corpo, prin- cipalmente na fronte. Pulso debil, contam-se difíicilmente as pulsações. 280 1'z'o/a odorata. - A doente chora muito e não sabe porque. Soffrimentos no peito com respi- ração difficil, angustia e palpitações de coração. Zincum. - Grande agitação dos pés e pernas, obrigando a doente a movel-as continuada- mente. Dóses : - Nos accessos ou ataques si não fôr possível dar a beber o medicamento, chegue-se ao nariz um lenço ou algodão embebido na tintura (ge ral m e n te ignacia o u m o chus}. C e d i d o o a taq u e, uma colher de tres em tres horas ou mais espa- çado os intervallos, conforme as melhoras. MOLÉSTIAS DOS OSSOS Definição : - As enfermidades dos ossos são quasi sempre a consequência de uma dyserasia. Uma das enfermidades mais frequentes dos ossos é o rachitismo. Provém de uma nutrição insuffi- ciente dos ossos que ficam brandos e frágeis. Tratamento : - Si a enfermidade houver sido precedida do abuso do mercúrio, dè-se : asafoet., aur., hepar., iod., sulph. (R). Angustura. - Caries sobretudo dos ossos e nas pessoas que têm abusado do café. Asafoetida. -Inflammação dos ossos (osteitis), ou caries nos meninos escropbulosos, e depois do abuso domercurio; exostosis, cariese necrosis especial mente dos ossos das pernas e braços, re- brandcciinento dos ossos. Aw/wm. - Caries dos ossos do nariz, ulceras no céo do paladar (céo da bocca), exostosis e outras enfermidades dos ossos curtos, abuso do mercúrio. Belladona. -Exostosis (lumorossal)na fronte, caries do paladar e desvio da columna vertebral. 281 Caicareacarbónica,ou se- gundo alguns. - Formação incompleta dos ossos, sobretudo si depois de fracturações a formação da nova substancia ossal avançar com lentidão. Desvio da columna vertebral c torcedura dos ossos largos das extremidades, sobretudo das pernas; inchação das articulações, rebrandeci- mento dos ossos ; cabeça mui volumosa, nos me- ninos com moleiras tardias em cerrar-se ; exos- tosis e caries nos braços e pernas. China. - Caries com suppuração abundante. Dulcamara. -Exostosis com ulceras nos bra- ços, em consequência de sarnas recolhidas. Fluori ac. - Caries em consequência da sy- philis ou do abuso do mercúrio. - Carie dos ossos temporaes (fontes). Lycopodium. -Exostosis, osteitis e caries nas pessoas cscropbulosas. Oleumjecoris aselli. - Enfermidades dos ossos nos meninos escrophulosos, sobretudo quando se affeclarem nas extremidades dos mesmos, com ulceras íistulosas de margens elevadas e que deitam sangue facilmente, e segregam um pús de cheiro desagradavel. Mercarias. - Osteitis e caries nos ossos como si rompessem a parte enferma. Dores osteocapas. Mezereum. - Exostosis nos braços e pernas das pessoas escrophulosas. Nitri acidam. - Enfermidades dos ossos em consequência da svphilis ou do abuso do mer- cúrio. Phosphorus. - Exostosis no craneo com dôres violentas, penetrantes, que augmentam pela noite. Inchacão das clavículas. 282 Phosphori atidum. - Osteitis ou dores depois de unia lesão do periosleo, como si se raspassem os ossos com uma faca. Pulsatilla. - Desvio da columna vertebral, com moleiras abertas nos meninos. Ruta. - Periostitis (inflammação do perios- teo) em consequência de lesões mecanicas. Sepia.- Exostosis e cariesnaspernas e braços, sobretudo nas mulheres que têm porido muito e nas herpeticas. Silicea. -Medicamento dos mais importantes em todas as enfermidades dos osos, sobretudo quando houver fistulas que segreguem um pús ceroso que contenha esquirolas(pedaços de osso). Exostosie, caries, necrosis, suppurações chro- nicas inexgotaveis, moleiras tardias em ossifi- car-se, etc. Staphysagria. - Recommenda-se especial- mente contra a osteitis das phalanges des dedos. Sulphur. - Enfermidades dos ossos em conse- quência deuma sarna mal curada,outras erupções e abuso do mercúrio. Desvio, rebrandecimento, inchação, caries e outras affecções dos ossos. Dá-se na maioria dos casos no principio do trata- mento logo e depois sitie.; voltando-se si houver necessidade a sulph., depois de silic., e assim successivamente. Dóses : - Se preferem as attenuações elevadas ás dóses fortes e frequentes, dissolvendo-sc em agua, e administrando-a de manhã e de tarde por colheres, e observando repousos bastante longos. ICTERÍCIA Definição : - Moléstia na qual e pelle, os olhos e a ourina se tornam amarei los. 283 Symptomas : - Dôr mais ou menos aguda no fígado, sensação como de enchimento do intes- tino grosso. Amarellidão da pelle e das secreções. Causas : - Embaraço da circulação biliar, já por cálculos, já por catarrho, affecçòes inoraes, abuso do quinino, mercúrio, etc. Tratamento : - Si a icterícia declarar-se em consequência de uma cólera : cham., ou acon., nux. v., e em caso de necessidade lach., c sulph. Em consequência de um susto: op.,ou acon., merc. Pelo abuso da quinina : merc., ou bell.. cale., nux. v. Pelo abuso do mercúrio: china, ou hep.,lach., sulph. Pelo uso do rhuibarbo em doses allopathicas : cham., ou merc. Pelo uso de fructas verdes com diarrhéa es- branquiçada : rheum. Pelo uso de ovos, ou si a pallidez da pelle se apresentar no outomno : nitri, ac. Nos casos chronicos, dê-se lyc., quando os pés estiverem inchados. Sep., quando a lingua estiver coberta de uma grossa capa branca, o doente está sem appetite e tem febre lenta. (Hg.) Lach., sulph., si accessos de cólera houverem produzido frequentes recahidas (Hg.) Na icterícia ordinaria (que provém de um ca- tarrho da parte dos intestinos chamada duodeno) o melhor medicamento é mercurius, que curará quasi sempre a enfermidade, si é que o doente não tenha abusado delle. Neste caso deve substi- tuir-se por china, e si este não bastar, lach., ou hepar., e sulph. Doses : Dissolvam-se os medicamentos em agua, e dê-se uma colher Ires ou quatro vezes ao 284 dia, até que a ourina torne-se clara e os escre- mentos comecem a tomar côr; neste caso se darão, ás colheres em intervallos mais largos. ENDURECIMENTO Depois de terminados, os tumores inflamma- torios, como antrazes, abcessos, etc., succedem deixar á vezes endurecimentos (tumores maiores ou menores), do que geralmente não se faz caso por seu caracler indolente, mas que é necessário fazer desapparecer, porque emoccasiões trazem más consequências (como resultantes da inílam- mação dos peitos nas mulheres) com o tempo, e quasi sempre reproduzem a enfermidade primi- tiva com a menor causa occasional. Os melhores medicamentos contra os endure- cimentos (tendo antes de tudo cuidado de evitar o roçar dos vestidos ou outros objeclos nelles) são : bell., chin., ciem., magn. m. Em segundologarpódeconsultar-se,si aquelles não bastarem, os seguintes: bry., baryt. c., carb. an., con. m., iod., kali. c., sulph. ; e em caso de necessidade: cham. (sobretudo nos meninos pe- quenos), dulc.,nux.v.,plub.,rhus. t.,sepiaesilic. INSECTOS VENENOSOS Contra o envenenamento e inflammações mais on menos graves, que succedem apresentar-se em consequência das mordeduras dos insectos venenosos applicam-se, na parte mordida e in- flammada, pannos molliadosein uma solução de 20 gottas de TM de camphora em meio copo de agua. Os medicamentos principaes para com- bater os soffrimentos produzidos pelas morde- duras dos insectos venenosos são : 285 Acon., quando houver symptomas febris, e logo arnic. e bell., ou merc. depois de arnic. Quando não houver febre deve começar-se por arnic. Nos casos de mordeduras em logares mui sen- síveis e delicados do corpo, seguidas de inílam- mação e febre, é preciso dar immediatamente camph., e fazer respirar sempre sua tintura, e si este não bastar dê-se acon., para evitar as consequências que succedem sobrevir, si não se acudir em tempo. Nas inflam inações que sobrevêm em conse- quência das mordeduras das abelhas, o medica- mento especifico por assim dizel-o é lach., que se deve repelir com frequência. Si houver febre dê-se antes acon. Si lach. não bastar, se dará bell., e si houver necessidade, merc. Nas mordeduras nos olhos causadas por ara- nhas e outros insectos, se empregará acon., si houver febre, e si não a houver, o medicamento melhor é arn., que se repetirá com frequência, pondo sempre pannos molhados na agua de arn. no lado affeclado, que mudarão logo que sequem. Si arn, não bastar, recorra-se a bell., merc.,puis. e sulph. ac. Contra as inflammações, ás vezes bastante sérias que produzem os pellos de certas aranhas ou lagartos quando se introduzem na pelle, o melhor é applicar emplastos molhados em tintura de camphora não mui concentrada, administrando sempre camph. ; si este não bastar dè-se àrn. ou rhus. INSOMNIA A insomnia não é em todos os casos mais que um symptoma de outra enfermidade, que ó preciso curar para conseguir a volta do somno. 286 Todavia, é a insomnia um symptoma tão culmi- nante e quasi sempre incommodo, que é preciso escolher um medicamento para deixal-o. Na escolha dos medicamentos é preciso sempre investigar a causa da insomnia, si for possível. - Depois de um susto. Insomnia causada por uma angustia, ou pelo calor, com agitação, ou com somno cheio de sobresaltos. Belladona. - Somnolencia sem poder dor- mir. Não se pode dormir por causa de visões que assustam, e cousas imaginarias. Chamomilla. - Cólicas, sobretudo nos meni- nos. Coffea. - Depois de uma excitação, alegria excessiva (sobretudo nos meninos). Depois de haver tomado chá. Hyoscyamus. - Insomnia por sobreexcitação nervosa, sobretudo em consequência de enfer- midades graves, ou em pessoas sensíveis e irri- táveis. Ignatia. - Depois de haver uma inquietação de espirito, de uma pena. Depois de haver to- mado chá. Moschus. - Insomnia por sobreexcitação ner- vosa nas pessoas hystericas e hypocondriacas. Nux vomica. - Depois do abuso do café, de haver bebido muito, de trabalhos inlellecluaes. Insomnia desde antes do amanhecer. (Cale.) Grande affluencia de idéas pela noite que im- pedem o somno. Opium. - Depois de um susto, por medo, nos velhos ; quando ao doente se apresenta toda a classe de visões que o impedem de dormir. Pulsatilla. - Quando se houver comido em demasio; fluxo de idéas que impedem de dormir; parece que o sangue ferve nas veias, calor com anciedade ajuntamento de sangue na cabeça. 287 Sulphur. - Depois de grandes emoções, depois de haver perdido pessoas amigas, etc.; sinão se houver podido dormir jà por varias noites. {Hg/.) Thuya. - Medicamento efficaz com frequên- cia nas insomnias chronicos, cuja causa não é possível achar-se. A insomnia dos meninos pequenos Que por si sóe sem causa apreciável constitue ás vezes uma enfermidade, se combaterá com : Aconitem. - Si houver grande calor na pelle, febre, agitação, olhos encarnados e sêde. Belladona. -- Quando o menino grilar horas inteiras sem saber porque, si levar as mãos á cabeça e si a move de um lado para outro, tem o rosto pallido e dores de ventre. Chamomilla. - Rosto muito encarnado ou ròsetas nas faces ou em uma só; o menino leva as mãos á cabeça e especialmente aos ouvidos, encolhe e move conlinuadamente as pernas e grita sem cessar. Coffea. - Agitação extraordinária, pouca ou nenhuma febre com pallidez do rosto; gritos e queixumes. Opium. - Nos casos em que o rosto está muito encarnado, com grande excitação nervosa. Pulsatilla. - Nos meninos mui sensíveis e lym- phaticos, ruivos,propensosaenfermidadescfluxo de ouvidos ; grande excitação pela noite que os impede estar na cama, da qual se atiram, alli- \ iando-secom passeios, mas sem poderem dormir. Não se dará mais que uma dóse de qualquer dos medicamentos anteriores, antes de deitar- se ; não se repetirá sinão depois que se tenha podido dormir depois de varias horas. Em muitos casos a insomnia é a consequência 288 de uma enfermidade chronica, e temos adver- tido que as enfermidades dos rins são sua causa mais frequente. Vem então acompanhada de uma grande agitação das pernas. Os medica- mentos indicados para as enfermidades dos rins produzem um grande allivio no symptoma de insomnia, mas não podemos fallar mais deste ponto, porque nos levaria demasiadamente longe. MOLÉSTIAS DOS INTESTINOS Enterites 1NFLAMMAÇÃO DOS INTESTINOS Definição : - Inflammação dos intestinos. Divide-sc em aguda e chronica. Symptomas : - Na forma aguda cólicas, ventre inchado e doloroso, diarrhéa, sêde e febre. Na fórma chronica prisão de ventre e diarrhéa, ventre crescido, febre pouco intensa, gazes com ligeira cólicas. Causas : - Má alimentação, leite alterado, substancias irritantes, humidade, etc. Tratamento : - Aconito e arsénico são os principaes medicamentos, que se darão um de- pois do outro, e evitando-se à causa que a tem produzido geralmente a curam. Pulsatilla. - Porém, deve se ser dada se a causa foi o leite alterado. Mercúrio. - Chin. c sulfur devem completar o tratamento caso os acima apontados não effec- tuarem a cura. Na fórma chronica o tratamento deve ser ins- tituído por arsénico, lycopoidum, sulfur. Complicaçães : - Quandoa inflammação se es- tende ao estomago declara-se a g astro-enterite e então notam-se vomitos ha abatimento de for- 289 ças, a febre é mais intensa, ha sêde insaciável, a lingua cobre-se de uma capa esbranquiçada, pulso frequente e fino, anciedade e desfigura- mento do rosto. O tratamento é o mesmo da enterite fôrma aguda e consulte-se mais o artigo Gastrite. Estrangulação dos intestinos CÓLICAS M1SERERE. VOLVULO Definição: -Enfermidade causada pela intro- ducção de uma aza intestinal em outra ou seja sua estrangulação. Symptomas: - Caraclerisa-se por vomitos dees- creinentos e mesmo de ourina, soluço, frio, suores frios e sede inexlinguivel. Tratamento: -Opium. -Se daráem primeiro logar, e si ao cabo de algumas horas não houver allivio, dê-seyj/wmó. Si estes medicamentos não conseguirem a cura, empregue-se : Acon. - Si houver grande febre, sêde, rosto encarnado, agitaçao, angustia c medo de morrer. Veratr. -Vomitos com suores frios das extre- midades e da lingua. Bellad. - Nos mesmos casos que veratr. e de- pois deste, e havendo symptomas nervosos. Sulph. - Quando os vomitos forem ácidos e acres. Nux. v. - Quando os vomitos forem biliosos menos violentos, mais a respiração é difficil, e quando a causa tem sido um resfriamento, uma contrariedade, uma cólera. Lach. - Quando houver symptomas de gan- grena, com extremaanciedade, pulso debil, im- MED. DA EAM. 290 perccptivel; e ars., depois de lach. quando este não deter o curso da gangrena, frio geral, sêde intensa, lingua fria, rosto desfigurado e olhos fundos. Tratamento auxiliar: - Se collocaráo doente em banho quente e ahi se o lerá o maior tempo possivel, dando ahi mesmo a medicação interna. Procurar-se-ha dar clysteres com oleo ou agua de azeito nas caso o doente não evacue passado doze horas. E ainda, como ultimo recurso dar- se-ha primeiro um clyster com uma solução de bicarbonato de soda e logo após outro igual de acido tartarico, tapando com o dedo o anus afim de não deixar escapar-se o gaz desenvolvido, até que o doente sinta um bem-estar ou força irre- sistível de evacuar. ENXAQUECA (Hemicranea). -Veja-se : Dores de cabeça. LÁBIOS As diversas enfermidades que podem atacar os lábios sómente, sem que haja outras partes do corpo affectadas, se combaterão com os medica- mentos que se seguem. Si a inchação fôr produzida pelo frio \dulc., ou bry., e lambem bell., pulsat., e cham. Contra as caspas : graph., natr. m., sepia., e staph.; ou wcr. cor., hepar.,pelrol., silic.,sulph. Contra as escoriações : merc. sol., ou bem : cham., iqn., lyc., phos. ac., plat., sabad., silic. Para as grelas se dará : arn., ars., bry., caps., croc., graph., merc. s., petrol.;c também natr. m., nitri, ac., sulph. 291 Si se houverem ulcerado, prescreva-se merc. sol., e si não bastar : silic., ou phos. ac. As gretas causando comichões dos lábios se combaterão com graph.; e em segundo logar com: merc. s.. mez., nitri, ac., rhus. t. Os endurecimentos com : bell., carb. an., stapli., e silic. A seccura com : bry. e tmrtr.; ou : chin., kreos., laclies., lyc., enuxv. O tremor com : lac., hyosc., slram., e sulph. A palpitação e estremecimentos com : cham,, dulc., ipec,, e thuya. MOLÉSTIAS DO LARYNGE Catarrho laryngico - Laryngite aguda INFLAMMAÇÃO AGUDA DA LARYNGE ANGINA LARYNGICA Para a inflammação aguda da larynge, com febre, tossebronchica, rouquidão, dôr no pescoço e larynge, difíiculdade de respirar, etc., o melhor medicamento bacon., que se dará com frequência até que os symptomas febris hajam diminuído. Então se substituirá por bry., que em geral acaba com a enfermidade. Nos que assim não succeda, dê-se hepar ou spongia. Hepar.-Quando houverestertor mucoso, tosse húmida, frequente, que resôa na cabeça, com dôres nas fontes ao tossir e difíiculdade de respi- rar por causa da quantidade de mucosidadesque ha no larynge e bronchios. Spongia. - Quando houver tosse bronchica, secca, rouquidão, expectoração nenhuma oumui escassa ; respição lenta, difiicil, seccura na la- rynge e accessos de suffocação. 292 Para os symptomasque ás vezes succedem fi- car depois de concluída a laryngitis, como são, entre outros, a rouquidão e a tosse, os medica- mentos melhores são: carb.v., dros.,hepar.,phos. Laryngitis chronica e tisica laryngica Os principaes medicamenloscontra esta enfer- midade são: ars.,carb. v.,caust., hep..iod.,phos. Em segundo lugar '.calc., cist., dros., kreos., led., mang., merc., nitri, ac., sulp. Si dependerem de uma affecção syphilitica : merc., nitri, ac., sulph., ou aur., iod., spong. De uma erupção herpetica das extremidades superiores, rosto ou cabeça, recolhida : nitri, ac. em primeiro logar, e em segundo caust., phos. De vegetações nas mesmas regiõs, tratadas com causticosou cortadas ; caust., iyc., staph., thuya. LliNGUA Aspecto, cor, coberta, etc., da lingua Tomamosasindicações caracteristicas seguin- tes do tratado de pathologia e therapeutica do Dr. Raue. Belladona,tart. em. - Lingua completamente rôxa, com papillas mui elevadas. Kalibichrormuni, lach. -Lingua de um roxo brilhante. Rhux. tox. - A lingua tem em sua ponta uma vermelhidão em 1'órma de triângulo. Sulphur. - Ponta da lingua encarnada (mal circumscripta) com margens roxas. Arsenicum. - Lingua cor de chumbo. Digitalis., ars., mur. ac. - Lingua azulada. 293 Rhux.tox. -Ga pa b ra n c a e m u m lado d a 1 i n g u a. Causticum. - Capa branca nos dons lados. Phosphorus, bry. - Capa branca só no meio da lingua. Sepia. - Lingua fortemente pesada, só em sua raiz. Arsenicum, lach., natr. m., nitri., ac. - Capa em fóma de manchas circumscriptas. Lach., rhus. t., sulph., kali-bich. - Lingua secca, roxa o gretada em sua extremidade. Bry., puis. - Lingua secca sem sêde. Mercarias, rhus., stram. - Lingua inchada com os signaes dos dentes. Ipecacuanha, cina, dig. -Lingua limpa com soffrimentos gástricos. Lachesis. - Tremor da lingua, não se póde tiral-a da bocca (febre typhoide). Lycopodium. -Lingua pesada, tremula, com o queixo inferior pendente; ou bem o doente recolhe a linguarapida e involuntariamente. Inflammação da lingua (glositis) Os melhores medicamentos são : acon., apis., ars., bell., lach., merc. Si a inflam mação fôr excessivamente volumosa e houver endurecimento, bell., e mcrc., são os medicamentos que se devem dar depois de acon. Além de acon., bell., e mcrc., que serão suffi- cientes na maioria dos casos, tomem-se em con- sideração os medicamentos seguintes : Arzzzcfí. - Depois de uma lesão. Apis. - Si houver vesiculas pequenas nas margens da lingua, ou sensação como si esti- 294 vesse cosida, ou dôres queimantes e lancinantes. A rsenicum e lachesis. - Nos casos graves em que houver symptomas de gangrena. LESÕES DA LINGUA Arn., bell., merc., owphos. ac., são os inelho- •res medicamentos contra as lesões mecanicas da lingua. produzidas por baver-se-a mordido, por mordeduras de insectos, etc. Em alguns casas quando sobrevier febre, ha de se dar acon. PARALYSIA DA LÍNGUA Baryt. c., bell., hyosc., ou caust., cocc., nux. v., op., c rhus. ULCERAS NA LÍNGUA Agar., ars., box., graph., ac.ptalr. m., nux. v., op., silic., veratr. Contraa contraccão espasmódica da lingua, se prescreverá lactuca., e si não bastar : hyosc., c laches. Contra as convulsões : cham., ou bem Zyc., ruta. Contra o tremor : belJ., o em segundo logar calc. c., iod., merc. s., rhus. t., staph., e em caso de necessidade também se pódc consultar arsen. As gretas e e empolas se combaterão com cham., ouwra/r., e si estes não bastarem recorra-se á arsen., bell., lach., nux. v., plumb., peonia., puis., spigel., e sulph. A sensibilidade dolorosa da lingua se tratará com bell., e si a sensibilidade só se manifestar quando se mover, dê-se berberis. 295 LESÕES MECANICAS Torcedura de pés LUXAÇÕES,FRACTURAS,CONTUSÕES, COMMOÇ°ES, DERREA- MENTO, ECH1M0SIS, FERIDAS, PASSOS EM FALSO, ETC. Os medicamentos principaes contra toda a classe de lesões mecanicas, são : em primeiro Io- ga r arnica, em fomentações d'agua arnicada no logar allectado, e em segundo logar, rhus. (Veja- se no apendice medicamentos para uso externo.) A's vezes é necessário dar antes de arnica ou rhus., algumas dóses ácacon.,belladona, ou glo- noin, si houver atordoamento, dôres violentas de cabeça com ajuntamento de sangue na mesma. Nos casos em que houver febre ou uma inflain- mação, se dará acon., primeiro para diminuir aquella e logo se. usará arnica. Si houver dôres violentas, irresistíveis nas fe- ridas, é frequentemente vantajoso hypericum. (Veja-se Trismo.} N. B. Nos casos de lesões da espinha dorsal e medula espinhal, causadas por uma queda, golpe, etc., hypericum perforatum é o medicamento especitico. Coniummaculatum o é ás vezes nas lesões dos peitos ou mamas. (N.) Cicuta virosa nas da cabeça quando produzem uma commoção cerebral. (N.) Connium mac., e zW., contra as dos testí- culos (N). Calendula, acid. phos., c nz/zz contra as dos ossos. (N). Bryoniav rhus., contra asdas partes tendino- sas. (N). Aconitum., contra as dos olhos. 0 s d e r re a m e 11 tos p r o d u z i d os po r ] e va nt a re m-se grandes pesos, se combatem com rhus. Si houver dôres lancinantes e violentas sobre- tudo nos rins, e que augmentam com o movi- mento, dê-se bryonia, e se ambos não bastarem consulte-se: cale., carb. v., sulph. Para as dôres de cabeça depois de um dcrrea- mento dê-se calc. Para combater a disposição aos derreamen- tos, se pia. 296 PASSOS EM FALSO As commoções resultantes de um passo em falso, se curam com bryonia, e si este não bastar, puis. Rara vez será necessário recorrer a rhus. Os soffrimcnlos de estomago com bry ou puis. A disposição em dar passos em falso se cura com phosp. COMMOÇÕES As consequências do uma forte commoção por causa de umaquéda, golpes, etc., setratam aprin- cipio com«r/Hca, mas si ás vezes se houver expe- rimentado um grande susto, dè-sc opium\ ou bem acon. si houver syncope. Si nas commoções cerebraos não bastar cz- cuta virosa, dê-se bell., owphos. ac. contusões Asconlusõesou magoamentosexigem também emprimeirologaramzea no interior,e no exterior emplastos ensopados em agua de arnica. Para as das articulações convém ?7zws., em lo- gar de arnica. 297 ECHIM0S1S As que resultam sempre das contusões se com- batem com arnica e rhus. Si estes não bastarem para fazel-as desapparecer, consulte-se; bryon. con., clulc., lach., nux. v.,sulph., sulph. ac. Lesões dos ossos (golpes, fracturas) As lesões dos ossos, coino, por exemplo, os gol- pes no tíbia (canella) se curam com rula ao interioreao exterior; com arnica, quando vierem acompanhadas de dòres internas, que parecem ter séde no osso mesmo. Si as dores forem externas e sobretudo si a parte dolorida tiver uma vermelhidão erysipela- tosa, dè-se symphitum officinal da mesma ma- neira. O professor Rapp e outros médicos homoeopa- tas asseguram que as lesões ou contusões dos ossos da naturezainaisgrave, ouaindaque sejam as fracturas complicadas, que houverem exigido em outros casos a amputação, são rapidas e facil- mente curadas si depois de se haver limpado cui- dadosamente a ferida,seenvolve immediatamen- te o membro enfermo com algodão molhado em tintura de arnica, (ou de symphitum) e se o col- locam em boa posição. Não se póde de modo al- gum mudar este apparelho ; si o pús abre o appa- relho, se collocam novas capas de algodão sem deixar as primitivas. Si houver febre, se dá acon., no interior ein- quanto se applica a arnica em emplastos ou no algodão, segundo a lesão, o que se póde fazer em toda classe de lesões em que houver febre, á ex- cepção das da cabeca. As lesões maisgraves diz-se 298 que são assim rapidamente curadas, sem que haja quasi febre traumatica. Luxações o torcedura de pés Em uma verdadeira luxação, o primeiro que ha que fazer é reduzir a deslocação, ou collocar o osso cm seu logar. Se applicarão em seguida emplastos d'agua de arnica, e se dará arnica interiormente, e si não bastar, rhus. Si houver febre dá-se acon., e logo se volta á arn. ou rhus. As dores que sobrevêm ás vezes se combatem comMws. Si houver necessidade se recorrerá a bry. Nas torceduras de pés, ponham-se immediata- mente emplastos ensopados n'agua de arnica, que se renovarão promptamente quando secca- rem e dê-se de novo arn. interiormente. Si sobrevier febre dê-se acon., interiormente sem deixar de applicar emplastos de arnica; e logo que houver diminuido ou desapparecido, volte-se á arn. ; rhus convém depois de arn. si deixarem dôres e entumecimento no pé, que arn. não houver podido tirar. Mons. Rodrigues ha demonstrado que não ha melhor medicamento em uma torcedura de pés que um banho de pés, tão quente quanto se possa resistir, e em uma temperatura de 30° R. pouco mais ou menos, eque se sustentará a quanto pos- sivel a agua quente. Passada meia hora se en- volvera opé cm algodão ensopado em tintura de arnica, e seguro por um apparelho secco. Diz- se que passado um ou dous dias o doente póde jáandar. (Fuja-se sempre das sanguesugas, por- que demoram a enfermidade.) 299 Feridas recentes Os medicamentos principaes contra as feridas, sãoam., czc., gran., staph., e sulph. <zc.,semes- q uecer-se n u nca de lim par a feri da p e rfei tam e n te, e applicar emplastos ensopados n'aguade arnica; e sem deixar por isso de fazer um ou mais pontos de sutura, ou applicar tiras de emplasto agluti- nente para uniras margens das feridas. Quando comece a suppuração, se cessará com o uso da arnica e se activará a cicatrização corn hepar, e si este não bastar silic. As feri d as ca u sa d as po r mo rd ed u ras d e a ni m aes não damnados, assim como pelas garras ou unhas dos mesmos, se curam com arn., e si este não bastar, dê-se sulph. ac. As produzidas por instrumentos cortantes, comofacas, machado, navalhas, etc., se curam com staph., em lugar de arn. As produzidas por espinhos, com acon. e cic., e si estes não bastarem recorra-se a : hepar., nitri, ac. e silic. Nos casos de feridas com hemorrhagia abun- dante, si arn. não a detiver promptamente, dê- se : diadema ou phos. si aquelle não bastar ; e chin. si o doente estiver debilitado. Nos casos de gangrena de uma ferida, dè-se chin. no principio; mas si a pelle tomar um as- pecto enegrecido, dê-se lach. ou ars. si houver grande prostração de forças com frio e sêde in- tensa. Silic. - Convém nos casos de suppuração abundante e fétida. Febre traumatica Succede ás vezes que por causa de uni golpe, 300 contusão, queda, etc., sobrevém uma febre mais ou menos intensa, e que compromette em alguns casos a vida do doente. Acon. nestes casos é o melhor medicamento. Si tão pouco este bastar, dè-se : Opinm. -Si houver somnolencia, insensibili- dade completa, rosto e extremidades azuladas ou lividas, frialdade dapelle e respiração estertosa. Camphora. -S'\op. nãobastaresi houverpés e mãos frias, tremor de lingua, das mãos e dos pés ao levantal-os, frialdadede toda a pelle, rosto pallido ou azulado, diarrhéa, lividez dos lábios, pulso débil, veias dilatadas, respiração não acce- lerada, dôres ambulantes epungitivas. Doses : - Veja-se a pag. 24. LOMBINHOS E LIPOMAS Lupias TUMORES ENKYSTADOS - TUMORES ESTEOMATOSOS Os lombinhos, lupias, etc., se combatem ad- miravelmente com barijta carbónica, que se dará frequentemente,vendo-se em pouco tempo desap- parecer o tumor pela resolução ou suppuração. Si este medicamento não fôr sufficiente dê-se sitie., e si não bastar, phos. Nos casos rebeldesque baryta nãopudercom- bater, dê-se calcarea carbónica. Os lipomas que ás vezes tomam um volume enorme eque também vulgarmente se chamam lupias, se combatem principalmente com calca- rea carbónica, que se repelirá com frequência. Si cale, não bastar recorra-se a graph. ou bem a hep. e sitie. Na maioria dos casos calc. é o especifico. 301 Os gangliosou tumoresmaisou menosmoveis que se apresentam nas articulações e trajeclos dos tendões, se combalem sempre com exilo com rhus., que é medicamento especifico. Nos casos bem raros em que rhus. não bastar dè-se «m., elogo silic. zinc., si houver necessi- dade. LOUCURA A loucura ou alienação mental não póde tratar- se deíidamente em um manual popular. Vejam- se, para as causas que produzem ou a sustentam, as diversas enfermidades do artigo : Padecimen- tos moraes. BICHAS - LOMBRIGAS - VERMES São ião variados os symptomas dos vermes, bichas ou lombrigas e tão conhecidos das mães, que prolixo será dar aqui com minuciosidade todos elles. Eis aqui osprincipaes : -Alterações doappe- tite, magrera, cólicas, diarrhéa, pallidez do rosto, rangidez dos dentes, acordar sobresaltado,comi- chão no nariz e anus. A Tenia ou lombriga solitaria não se expulsa facilmente com os medicamentos homoeopalicos, ainda que todaviase registrem bastantes casos de expulsãosócoma medicação homceopalica.SW/?/?. e merc. alternados, uma dóse de um de semana em semana, e outra do outro aos oito dias, por espaço de varias semanas, succede conseguir al- gumas curas; si não bastarem, calc.,si lic., sulph., vthuya., podem empregar-se si corresponderem de mais aos symptoinas restantes que apresenta 0 doente. 302 Também cuprum oxyd. nigr. em trituração baixa expulsa algumas vezes a solilaria. 0 pro- fessor Hale recommenda muito pevides de abo- bora cosidas com leite, e logo lOgram mas de ether sulphurico com 60 grammas de oleo de ricino. Tratamento: - Dasascaridas (vermes brancos e pequenos como fios de linha que habitam no anus e suas proximidades): Aconitum. - Febre com cólicas, excitação, inquietação, sede, nauseas, ventre duro e elevado, tosse intensa e rosto encarnado com pupillasdila- tadas. Belladona. - Grande sobreexcitação nervosa, gritos, sobresaltos emedo, forte sêde e convul- sões. (Si não bastar recorra-se a laches.} Cina. - Tosse com desejo de comer a cada momento, afrontamento continuo e involuntário de nariz, prisão de ventre, aggravação da tosse antes de comer e ao começar a comer, allivio depois de comer. A tosse se torna ás vezes tão intensa que parece coqueluche ou tosse ferina. Rangimento de dentes. Vomitos de lombrigas. Mercurius. - Falta completa de appetite ; diarrhéa mucosa, tosse que se aggrava pela noite, rangimento de dentes, desperta-se sobresaltado, falla-se dormindo. Sulphur. - Convém quando os symptomas produzidospelas lombrigas houverem diminuído com alguns dos medicamentos anteriores. Se dará uma dose pela manhã em jejum, e se esperarão seuseffeitos sem repelil-a. Teucrium. m., Ia dil. : tem sido ultimamente dado com immenso resultado. Recommenda-se também contra as febres pro- duzidas pelas lombrigas : geofr. acon., china., cicut., silic., spigel. Contra as cólicas e convulsões : cicuta. 303 Contra as cólicas com diarrhéa, frio e fome voraz : spig. Contra as febres nas pessoas escrophulosas, sulphur. Paraoemagrecimento, oappetite voraz, apalli- dez do rosso com olhos fundos, unicossymptomas ás vezes das lombrigas, ou restos dos estados agudos que as mesmas produzem, dc-se depois da acçãode sulphur, e si este não bastar, baryt. c.,' calc., graph., lyc., natr. m.. silic., veratr. Tratamento auxiliar : -Bata-se um pouco da polpa da babosa em um pouco de agua, e dê-se em clysteres á noite á criança por uns oito dias. Para ossoffrimentos : - Produzidos pelos o.xy- uros vermiculares, (lombrigas grandes), que se caracterisam porumagrande comichão noanus, comichão irresistivel, que deixa- se de dormir pela noite e produz ás vezes convulsões nos meninos, ou inquietação, agitação, sem poder estarquietos nem sentados, o medicamento principal é icjnatia que se deve repetir com frequência. Substituir-se-ha por acon. si houver agitação febril, sobretudo pela noite, com insomnia. Diminuídos os symptomas ou quasi já desap- parecidos, se administrará sulph. uma só dóso, e si o deixará obrar todo o tempo que fôr neces- sário emquanto o doente continúe alliviado. Si não bastar, dê-se calc. do mesmo modo, e logo ferr. e lambem cAma ou [elix. mas... A's vezes comvéin também mérc., depois de iynat. Para combater a disposição em padecer esta classe de lombrigas que produzem soffrimcntos tão variados, aconselha-se, iynat,, sulph. c,calc. na ordem enumerada,uma dóse década um se- 304 manalmentepor um tempo mais ou menos longo segundo anecessidade. Uma semana dá-se uma dóseem um dia fixo; o mesmodia dasemana seguinte se dá outra dóse áe sulph. e o mesmo dia da terceira semana outra de e na se- guinte eassim successivamente. Convém abster-se, quando se padeça de lombrigas de qualquer classe que seja, de leite, doces, pasteis e de pão fóra das horas das comidas. MANCHAS Manchas de nascimento e herpeticas ANTOXOS - NCEVUS Pannos: - Para a melhor intelligencia dos lei- tores não médicos, comprehenderemos sob o ti- tulo de manchas as diversas côresdoentias eper- sistentes da pelle. que o vulgo designa com os nomes de manchas da pelle, manchas de nasci- mento, herpelicas, antoxos (noevus), etc.,e que não accusam sensação alguma dolorosa, sendo ásvezes dependentes de alguma lesão dos orgàos interiores (fígado, eslomago, etc.). As manchas com m uns ou da pelle, que são ge- ral mente amarellas ou escuras, se combaterão com arn., sulph. e veratr., e em segundo logar bry., lyc., natr., puis. Qsepia. Si forem produzidas, pelo ar e os raios do sol no verão sedará phosph. esulph. Si apresentarem algum descascamento sedará qraph. e si não fôr sufficiente, consulte-se : ars. Ijc., phos., sep., staph. e sulph. Contra as manchas hcpaticas (que são grisaceas, leonadas, amarellas e como mordidelas mais ou 305 menos pequenas, de superfície levemente rugo- sa, que ás vezes produzem uma pequena comi- chão e tem um descascamento furfuraceo, se administrará : Zyc., e si este não bastar : antim. cr., con., laches, merc. s., nitri, ac., phos., sep. e sulph. e também natr. m. Contra as manchas de nascimento ou antojos (que a pathologia denomina noevus maternus'), cu ja côr varia desde a do café, a do pardo-escuro, á violeta ou até a completamente negra, e que muitas vezes succedem estar cobertas de uma especiede pellugemou de pellos sedosos, dando Jogar a hemorrhagias quando se as coça com as unhas, se prescreverá lycop., que é o medica- mento que quasi sempre as curará. Todaviase dará bell. quando as manchas apre- enta m raiosverinelhosdo centro ácircumferen- cia e depois platina. Em caso de necessidade, quando estes Ires medicamentos não bastarem, pódeempregar-se: carb. v. ou.sulph.,thuya.,sep. e lach. MOLÉSTIAS DAS MÃOS D'entre as diversas enfermidades que succe- dem padecer as mãos só mencionaremos as que se observam mais commummenle, e são as se- guintes : CAIMBRAS Si se apresentarem nas mãos se darã:6eZZ., ou bem anac., ang., coloc., grapli., lyc., peonia.-, piai., secale., sep. e stram. Nos dedos : calc. c., ou cann. ; cem segundo Jogar '.ang., coc., lyc., nux.v., phos.,plat., sé- cale., stann. e veratr. MED; DA FAM. 306 Si se apresentarem pela noite, sulph. e depois nux. v. Si ao pegaram objecto, arnbra., dros. contracçao Das mãos: graph., nux. v., rhus. t., solanum. n., sepia, sulph. Dosdedos: graph.,lyc ,merc., puis., rhus. t., ruta., spigel., slann. e thuya. CONVULSÃO Das mãos': ambra.,bell., caust., mosch. ,natr. m., plumb Dos dedos : hyosc., ignat., mosch., stram. CREPITAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES OU OSSOS DAS MAOS O medicamento principal émerc. s., e si não bastar, dê-se ca/zs., led., nitri, ac., petrol. ; e também acon., calc. c., rheum. ENDURECIMENTO DA PELLE 0 medicamento principal contra este padeci- mento é, sulph., esi não fôr sufíiciente, consul- te-se : amm. c., graph., natr. m., sepia. ESCORIAÇÕES Estas se apresentam entre os dedos e se com- batem promptamente com graph. ; e sinão ce- der a este, recorra-se a ars. on selen. 307 ESTREMECIMENTO Das mãos : bell., iod., kali c. e mezer.; pelas manhãs, depois de levantar-se : cupr. m.,ou nux. v.; ao colher um objecto : natr. Dos dedos: lyc., puis., rhus.; ao coser : kalic., movendo-os: bry. e sulph. GRETAS As das mãos cedem a alum., graph., petrol., rhus., silic., sulph.; si forem profundas e deitarem sangue, curam-se com mm. s., sassaf.oupetrol. Ás que se formam no inverno cedem a nitri, ac., ou petrol. As dos dedos se tratam com mm., petrol., rhus. t., sassaf., silic. e thuya. As que se formam entre os dedos, com graph. e zinc.; naspontasdosdedos, com «mm. m., thuya.; ao lado das unhas, com natr. m. e silic. PARALYSIA Aparalysia accidcntal, que não fôr dependente de uma lesão do cerebro ou da medula espinhal, se combate, si fôr das mãos, com silic. e zinc., ou bem : cocc., cupr., lach., plumb., rhus. t. Si fôr dos dedos, com calc. c., calc. phos. e phosphac. ; ou carb. v., china c cyclam. RETRACÇAO DOS TENDÕES Seprescreverá '.aram. m.,caust.,coloc.,graph., natr. m., sulph.; ou laches., nux. v., spony. 308 SUOR O das mãos se tratará com calc. c., natr. m., nux.v., selen., sep., sulph. e thuya. O da palma da mãos, com dulc. ou bem anac., merc., ranunc. bulb., rheum., selen., spigel. O que se apresenta entre os dedos com sulph., ou graph., selen. Ein geral, si o suor fôr frequente, se dará: ignat., op. Si fôr frio : cina., hep., ipec., sassaf., veratr. Si fôr amarello : graph., merc. s. Si fôr viscoso: anac., lyc., phosph. Si fôr acido : sepia, si se apresentar só pela noite : colch. ; cõm comichão: sulph. ou graph., rhus. t., sepia. TREMOR Si fôr accidental, e não depender de uma lesão do cerebro nem da medula espinhal, se tratará quando fôr das mãos, com agar., calc. c., puis., rhus. t., stram., sulph., zinc. Si fôr dos dedos : óry., iod., oleand., rhus. Em geral si o tremor c ao escrever se dará : baryt. c., kali., samb., thuya., valer., zinc. Com o menor esforço: rhus. t., silic. Depois de comer : bismuth. Ao pregar objectos: led., veratr. Durante trabalhos delicados : sulph. Tendo objecto nas mãos: coff\, phosph. Pela noite : hyosc. Movendo as mãos : led. Depois de havel-as movido : hyosc. 309 ENJÔO O medicamento principal contra o enjôo é cocculus. Si não bastar, dê-se staph. ou hyosc, Alguns aconselham tabacum contra o enjôo produzido pelo movimento de um vapor. Si os vomitos ferem mui tenazes, dè-se ipec., e si não bastar : antim. cr, Arsen. - Si não houver sede, e a lingua esti- ver coberta de uma capa branca ou amarella, Pulsatilla. - Si notarem demais, azedumes, arrotos, com ou sem nauseas e vomitos. MOLÉSTIAS DA MADRE (UTERO) QUÉDA DA MADRE Nos casos agudos, e depois que a madre hou- ver sido introduzida, basta que a mulher perma- neça alguns dias deitada e íome/m. vomica, uma dóse duas ou tres vezes ao dia. Si este não fôr sufíicicnte, ou si o caso fôr chronico, escolha-se entre : aur., bell., calc., sep., stann. Para corrigir a quéda da vagina estão indi- cados : kreos., merc., nux. v. QUÉDA DA VAGINA CANCRO DA MADRE Os medicamentos principaes contra esta enfer- midade quasi sempre incurável, sáo : «rs.,««//•., bell., carb. an., con., kreos., iod., magn. m., sepia, staph., thuga. (Podem-se empregar os mesmos medicamen- tos para os endurecimentos da madre.) 310 DILATAÇÃO DA MADRE Tem logar nas mulheres de idade avançada que têm parido muito ou não se tem contraindo bem a madre depois de um parto. 0 symptoma principal é um grande crescimento de ventre, e as moléstias conseguintes ao dito crescimento. O medicamento essencial contra esta enfermidade é: sepia. Se repetirão suas dóses com frequência. Si não bastar, escolha-se entre bell., cale., china, lach., nux. v.,plat. GAZES NA MADRE A introducção de ar na madre é cousa que produz quasi sempre a morte e succede pelo commun ter logar nos partos. Outras vezes se desenvolvem gazes dentro da madre que pro- duzem grandes incommodos, dôres, dilatação do orgão, symptomas sympathicos no estomago, etc. O melhor medicamento para expulsal-os da ma- dre é phosph., e si este não bastar, dê-se lyc. c em caso de necessidade, chin. Métralgia CÂIMBRAS DA MADRE ESPASMOS DA MADRE DORES NERVOSAS DA MADRE 0 medicamentoprincipa] contra a metralgiaou nevralgia da madre, Si não fizer desap- parecer as dores, recorra-se a coffea ; e si tão pouco este bastar, consulte-se: con.y hyosc., ign., magn. m., nux. v., sepia, stann. 311 Metritis INFLAMMAÇAO DA MADRE Apresenta-se pelo commum depois do parlo, e ás vezes reina de um modo epidemico (Veja-se : Febrepuerperal}. Também succede observar-se em outros casos, sem que a causa haja sido o parlo, e sim um resfriamento, a suppressão ra- pida da menstruação, etc. Consultem-se as se- guintes indicações neste caso : Aconitum. - No principio do tratamento, e quando houver uma forte febre inílammatoria, grandes dores no baixo ventre, sêde, dôr de ca- beça, anciedade e medo á morte. Belladona. - Pressão, peso e conlracção no ventre, como si a madre estivesse a sahir pela va- gina, com dôres lancinantes no ventre e cadeiras, e grande impossibilidade de mover-se e tocar a parte affecla, forte dôr de cabeça de fonte a fonte. Chamomilla. -• Si a causa houver sido uma viva contrariedade ou uma cólera e as dôres fo- rem dilacerantes e a doente não puder estar quieta muito tempo. Mercurius. - Quando as dôres forem lanci- nantes, pressivas, e sobretudo si houver suores frequentes com ou sem calafrios e pouco calor. Nux vomica. -Dôres pressivas, violentas, no baixo ventre, que se aggravam com a pressão e o tacto, dôr violenta nos rins, difficuldade de ou- rinare ourina dolorosa de gotta em golta, aggra- vação todas as manhãs e á entrada da noite. POLYPOS DA MADRE 0 medicamento principal é staphysagria, Si este não bastar dè-se calcarea. 312 Si em logar de polypos existirem ou si brotarem hidatides, o melhor medicamento é cantharis, e si este não bastar, chamomilla. Dóses: - Veja-se pag, 24. MOLÉSTIAS DA MEDULA ESPINHAL Myelites INFLAMMAÇÃO DA MEDULA ESPINHAL Divide-se em aguda e chronica', só daquella fórma póde ser tratada por leigos. Symptomas : - Febre, dôr aguda em toda e es- pinha ou em um certo ponto, perturbações da sensibilidade e do movimento, calafrios, desar- ranjos do eslomago, intestinos e bexiga, etc. Tratamento : -Aconito e mercúrio são os espe- cíficos desta moléstia, dando um depois do outro. Bell, e digital. - Quando a inflam mação é da parte superior da espinha. Veratr.,coccul.,rhus. - Inflammação da parte inferior. Tisica dorsal TUBÉRCULOS DORSAES Não póde ser tratada por pessoas que não têm estudado a medicina. Geralmente é bem difíicil de curar e mesmo incurável, si estiver mui adiantada. Sua causa mais frequente parece ser o ona- nismo. Neste caso ainda é possivel a cura, si o doente se apresentar promplamente ao medico e seguir um regimen e genero de vida conve- nientes. 313 Os medicamentos principaes são : m/a? v,, sulph., e argent. nitric., em altas attenuações e em dóses bem distantes uma das outras. B. tem recommendado como medicamento es- pecifico aluminiiim metallicum iiOO. MELANCOLIA Veja-se : Padecimentos moraes. FALTA DE MEMÓRIA A memória póde diminuir, debilitar-se ou per- der-se por mais ou menos tempo, e como resul- tado de diversas causas. Não nos occuparemos das alterações da memória, consequência de lesões do cerebro, porque estas só deve tratal-as um medico homoeopatha experimentado. Para combater com exito as alterações tran- sitórias da memória, deve-se antes de tudo inves- tigara causa que as tem originado, e administrar o medicamento correspondente á dita causa. Assim, pois, se prescreverão : Si dependerem de hemorrhagias, sangrias, diarrhéas ou outras perdas, china e si não bas- tar, cocc., carb. v., nux. v., sulph., veratr., ou phosph. ac. De lesões, golpes, quedas sobre a cabeça, etc., cicuta, ou bem, arn., hyper., merc. c., rhus t., ruta., sulph. ac. Do abuso de bebidas alcoólicas, nux. v., ou ars., bell., calc. c., china, coff., hyosc., laches., op., merc. s., natr. m. puis., sulph. Da influencia da humidade, carb. v., ou cal. c., dulc., puis., rhus t., silic., veratr. 314 De trabalhos intellecluaes excessivos, nux. v., ou aur., calc., c., laches., aatr. m., op., pu!s., silic., sulph. De insomnias continuadas, cocculus ou bell., calc. c., carb. v., nux, v., puis., sulph. De um susto ou medo, «cozi., ou op., samb., veratr. De um incommodo ou indignação, coloc., ou cham., nux. v., plat., staph. De um pezar profundo, staph., ou ignat., phosph. ac., staph. e também ars.,graph., laches. De um amor infeliz, hyosc., ou helleb., ignat., phosph. ac. De uma mortificação ou humilhação, staph., ou «zzr., bell., coloc., ignat., plat., puis. De uma grande alegria, coffea, ou op., puis., sulph., veratr. Do abuso do café, nux. v., ou cham., coc., ign., merc., sulph. MENSTRUAÇÃO As diversas irregularidades que acompanham e seguem as menstruações, assim como os va- riados soffrimentosque se apresentam antes, du- rante e depois da menstruação, se tèm feito tão frequentes, que a menstruação regular e sem dôres é umo exeplação na epocha actual. Amenorrhéa FALTA DA MENSTRUAÇÃO Quando não se apresenta a menstruação nas jovens, escolha-se : Para as jovens cbloroticas e anémicas, puis., ferr., sulph. 315 Quando houver hemorrhagias pelo nariz, em logar de menstruação, bry., e depois taches. Quando houver tosse sanguinea em logar da menstruação,phos., ounitx. v., si houver hemop- tisis, e si não bastarem op., puis. Quando houver sotfrimentos no peito e grande debilidade, cocc. Quando houver vomitos e espasmos nas extre- midades, cupr. Quando houver ajuntamento de sangue na ca- beça ou pletora, acon., bell. Demais, nos casos rebeldes dè-se caust., con., graph., kali.., sep. Dóses : - Nãoconvém repetir muito os medica- mentos, e devem dar-se com grandes intervallos uns dos outros, e em dóses únicas. Dismenorrhéa MENSTRUAÇÃO DOLOROSA Symptomas : Sensação de pressão violenta, como si tudo estivesse a sahir pelos orgãos geni- taes. - Dóresqneapparccem e desepparecem re- pentinamente. - Durante os accessos das dôres, o rosto e os olhos tornam-se encarnados, c se nota uma pulsação nas veias do pescoço. Tratamento : Bryonia. - Nas mulheres que têm padecido dôres rheumaticas ou se tem res- friado. Dôres como de caimbras no baixo ventre, que se estendem ao resto do mesmo, aos máscu- los e cadeiras, e tão fortemente que as obrigam a guardar a cama e estar quietas; dôr de cabeça e atordoamento, sede e falta de appetite, com prisão de ventre (Alvarez). 316 Cocculus. -Medicamento principal contra a menstruação dolorosa (J). -Debilidade paraly- tica nas espaduas e extremidades inferiores. - Soffrimentos hemorrlioidaes depois de cada menstruação (G). Coffea. - Caimbras violentas de tal modo que a doente está como fóra de si; grita, range os dentes e se retorce. Pulsátil la. - Dôres nos rins e cadeiras, sensa- ção decrescimento do ventre com formigagem. - Pressão no recto. -■ (Mulheres cujo tempe- ramento reclama pulsat.} Veratrum ou cham. - Vomitos e diarrhéa du- rante a menstruação, frio nas mãos, pés e rosto, com suor frio na fronte,rosto encarnadocom suor. MENSTRUAÇÃO SUPPRIM1DA Si a causa consistir em : Um susto dê-se acon., pul., ou lyc.,plat. Uma cólera, acon., cham., plat. Um resfriamento, dê-se acon., puis., ou dulc., nux. v., sulph. DURAÇÃO E NATUREZA DA MENSTRUAÇÃO Menstruação adiantada calc., c.. nux. v., ou carb. v., ipec., rhus., sabina. MENSTRUAÇÃO RETARDADA Caust., cupr. dulc., graph., kali., lyc., natr. m., puis., sep., silic., sulph. MENSTRUAÇÃO DEMASIADAMENTE CURTA (O REGULAR É DE 4 DIAS) Amm. c., puis., sulph. MENSTRUAÇÃO DEMASIADAMENTE LARGA. Cupr.,lyc.,natr. m., nux.v.,plat., secale.,silic. 317 MENSTRUAÇÃO MUI ESCASSA (POUCO SANGUE) Con., dulc., gra/ph., kali. magn., MENSTRUAÇÃO MUI ABUNDANTE Ipec., nux. v.. piai., sabina, stram. CESSAÇÃO DA MENSTRUAÇÃO (Idadecritica,menopausia).- Os medicamentos principaes contra os soffrimentos que acompa- nham de ordinário a retirada da menstruação, são: lach.ppuls.. sep., sulph., ou cocc., ign., sulph. ac. - Lachesis é o especifico, por assim dizel-o, das affecções que se apresentam na idade critica das mulheres. Contra as camadas de calor com suor, dê-se:lach.,sulph. ac.;owcalc.,puls.,sepia. Dóses : - Veja-se a pag. 24. MORDEDURA DE ANIMAES VENENOSOS 0 Dr. Hering aconselha a applicação do calor secco em distancia contra as mordeduras dos animaes venenosos, coino as cobras, cães dam- nados, etc. Um ferro em brasa, um carvão ardendo, ou ainda que seja um cigarro acceso si não tivei-se em mão os meios anteriores, se approximarão da ferida todo o possível sem queimar a pelle, mas tendo cuidado que o calor não perca sua intensi- dado, para o que se pôde renovar os meios que o subministram. Também ébom untar com azeite, manteiga, sabão ou saliva, em derredor da mor- dedura, tendo cuidado de voltar a untar logo que o calor seque o corpo que se tem usado; 318 Tudo o que a mordedura distilla se limpará com cuidado. Isto deve-se continuar durante uma hora no mais, até que os accidentes produzidos pelo veneno comecem a diminuir. Em tal caso suspendem-se as applicações do calor e unturas. Quando a mordedura fôr de cobra é preciso fazer tomar sempre ao mordido agua bastante salgada, e si isto não bastar aguardente, vinho commum ou generoso cm colheres, de um quarto em quarto de hora, até que diminuam os soílri- mcnlos. Si sobrevierem inflaminações erysipelatosas, dê-se apis. Si as dôres se aggravarem e vierem desde a ferida ao coração; aquella se tornar azulada, inchada e marmórea, com vertigens, nauseas o desmaios, dê-se immediatamente ars. com frequência, retrazandosuas dóses quando se notar allivio. Si ars. não fôr sufficiente, dê-se e si não bastar, sen. (1) Lachesis prestará mui bons serviços si ars. não bastar, nos casos em que a mordedura não tenha sido feita pela cobra do mesmo nome. Contra as mordeduras do sapo, o medicamento especifico, por assim dizer, é lachesis. Contra os soffrimentos chro- nicos produzidos pelas mordeduras das cobras aconselha-se merc., e phos. ac., este principal- mente. Para o tratamento das mordeduras de um cão dam nado, além da applicaçáo do calor em distancia, veja-se rabia. (1) Plumeria cel é considerada especifico em uso interno e externo. A nossa pharmacia á rua de João Alfredo 127 (antiga da Quitanda) possue da melhor e vende em grande escala com o seu directorio. - J. Coelho Barbosa e C.* 319 MILIARIA Definição:- Febreeruptiva, com suoresabun- dantese cuja erupção se caracterisa por pequenos botões salientes do tamanho de grão de milho painço. Tratamento : - Os medicamentos principaes contra a miliaria ou febre miliar segundo outros, são : acon., apis., ipec. Aconitum. - Convém no principio da enfermi- dade, quando houver febre : emquanto que ipec. se emprega principalmente nos casos em que a respiração fôr difíicil, ou houver nauseas, vomi- tos, etc. Apis&bellad.-Estão indicados quando o miliar se houver supprimido e se apresentarem syrtipto- mas cerebraes. Bry. eipec.-Convém especialmente iiamiliar das parturientes. Acon., bry., cham., ipec. (apis, bellA) nos me- ninos. ]Nos casos graves quando o miliar não quizer sahir, dê-se cuprumaceticum, ou stram. si houver symptoinas cerebraes. DENTES (DORES DE) Não ha enfermidade nem dores que seprestem melhor a ser tratadas por pessoas estranhas á medicina que as dôres de dentes. Goin effeito, apresentam-se frequentemente, e lodos sabem quea allopathia não aconselha outro medicamento que a extração do dente que dóe. Demais não sendo a enfermidade perigosa, amol- da-se perfeitamente a experimentar a efíicacia do tratamento homoeopathico. 320 Estas são as razões que nos obrigam a esten- der-nos um pouco mais nas dores dentes. Ãas dôres de dentes, como em toda outra qualquer enfermidade recente, ha que indagar antes de tudo a causa occasional. Escolheremos, pois, si forem produzidas: Por uma despeita, umdegoslo : «con., cham.; ou rhus., staph. Por uma cólera : coloc., nux. v. Pelo ar da noite : merc. ou : m. Por um tempo frio e húmido : m., rhus. Por um vento forte : acon., silic. Por muito calor : glonoin., rhus. Por um resfriamento estando o corpo a suar : rhus. ou cham. Demais se terá em conta o sexo, a idade, o gé- nero de vida, etc., do doente, e se prescreverá nas dôres de dentes : Dos meninos: acon., antim. cr., bcll., calc., ignat.,merc., nux.m.,puls., silic. Das mulheres : bell., chan., chin, coff., hyosc., ignat., puis., sep.; ou também: acon., calc., nux. m., sulph. Antes da menstruação úts. (barytff Ao principiar a menstruação : calc., cham., carb. v., lach., phos.; ou om., carb., natr. m. Depois da menstruação : cal., bry.,cham.,phos. Durante a prenhez : bell.,cal., hyos,, [magnes. e.), sep., sulph.; owapis., bry., merc.,, nux. v., phos., staph. Durante o aleitamento: calc., chin. ; ou : ars., bell., dulc., merc., nux. v.,phos., staph., sulph. Dôres de dentes nas pessoas nervosas e sensíveis: acon., bell., cham., coff., chin., hyosc., nux. v. Dôres de dentes nostomadoresde café : cham., 321 nux.v.; ou : bell.,carb.,cocc.,merc.,puis., rhus., silic. Emquanto ao logar e extensão das dôres, pres- creva-se si atacarem : Só os dentes molares : calc., cham., hyosc., lach., mer., puis., rhus, staph.;ou também : an- tim. cr., bell., bry.,carb. v., caust., chin., coff., hep.,nux. m., nux. v., phos., silic., sulph. A todos dentes de um queixo : cham., merc., rhus, staph. Os de um só lado : acon., bell., cham., merc., nux. v., puis. Os molares com affecção simultânea das gen- givas '.bell., mer., stap h., ou: nux.v.,puis., rhus. Aos molares, com inchação simultânea da bo- checha '.cham., merc., [cham. si houver inchação vermelha : merc., si fôr pallida): ou : arn.,bell., bry., nux. v.,puls., staph., sulph. Emquanto ás horas em que as dôres se aggra- vam tenha-se em conta o seguinte : Ag gravação. - Pela manhã no despertar : bell., carb. v., lach., nux. v. Ao meio-dia : cocc., rhus. Pela tarde : nux. v., puis. ; ou : calc., caust., merc., phos., sulph. Ao escurecer : pulsat. Na primeira parte da noite '.bell., hyosc.,merc., phos.,puis., rhus (ou bem :antim. cr., bry., calc., caust., hep.,ign.,nux. m., nux.v., staph.,sulph.\ Si as dôres forem mais fortes : Antes de meio-dia: carb. v., caust., natr. m., nux. v., puis., staph., sulph. Pela noite : bell., carb. v., cham., puis., rhus, staph., sulph. Só pelo dia : bell., calc., merc., nux. v. Só pela noite : bell., phos. MED. DA FAM. 322 Segundo os soffrimentos concorrentes se esco- lherá entre os medicamentos que vamos indicar. Quando houver : Dôres de cabeça : apis., glon., lach. Ajuntamento de sangue na cabeça : acon., calc., chin., hyos., lach., puis. Veias inchadas na fronte e mãos : chin. Calor na cabeça : «con., hyosc. Dôres queimantes nos olhos : bell. Vermelhidão nas faces : acon., bell., cham.', ou : arn., merc.,nux.m.,phos.,pzils.,rhus, sulph. Vermelhidão de uma só face : cham. Pallidez do rosto : acon., ars., ign., puis., spigel., staph., sulph. Salivação : merc.; ou : bell., dulc. Frios e calafrios : puis., rhus. Calor : hyos., rhus. Palpitações de coração enevralgiafacial,.$/jíye/. Antes de escolher um medicamento segundo as indicações que acabamos de dar, veja-se na lista alphabetica dos medicamentos principaes contra as dôres de dentes molares, si a natureza das dôres, e sobretudo si as indicações que se referirem á aggravação e allivio das dôres con- cordam ; só neste caso se obterá com segurança uma cura rapida. Abreviaturas. - Nas indicações que seguem para evitar repetições, nos serviremos das abre- viaturas : D. M. dôres de molares; aggr. a aggravação; al. a allivio. S. C. a symptomas concurrenles. AcomZzím. - D. M. por causa de um resfria- mento, sobretudo com o ar frio c secco, com dôres pulsativas. S. C. ajuntamento do sangue na cabeça, dôres ardentes no rosto. Inquietação, agitação, o doente 323 fica como um louco. (Si acon. não remediar tal estado empregue-se : Cham., coff., ou bell.) Antimonium cr. - Dores nos dentes molares cariados, dilacerantes, corrosivas, pulsalivas, cpie se estendem frequentemente até a cabeça. Aggr. Pela noite na cama; depois de comer; bebendo agua fria. AI. Passeiando-se ao ar livre. Apis. - D. M. tensivas e com estremecimen- tos ; dôres violentas nas gengivas. S. C. Con- tracção involuntária dos queixos. Dôres de ca- beça. Exudação de sangue das gengivas. Arnica. - E' muito ventajoso frequentemente depois das operações nos dentes. D. M. pressivas, pulsativas, como si se retorcesse o dente molar ou si o extrahisse. Aggr. Com o tacto. S. C. inchação da bochecha. Arsenicum. - D. M. pela noite, sobretudo á meia-noite (ou antes da menstruação). Dôres pulsativas, tensivas, ardentes, ou sensação como si os malares vacillassem ou si houvessem cres- cido. Aggr. Com o tacto, deitando-se do lado dolo- rido, durante o repouso, com o frio. Al. com o calor exterior, volvendo-se na cama e passeiando. S. C. angustia excessiva com inquietação e palpitações do coração. Grande prostração. As dôres exasperam o doente. Belladona. - D. M. por causa de um resfria- mento e nos meninos. Dôres nos dentes molares cariados e gengivas ; parece que os dentes estão ulcerados ou feridos, com dôres lancinantes, in- cisivas, dilacerantes, com estremecimentos, ou com calor nas gengivas e pulsação na face. 324 Aggr. pela manhã ao dispertar,ou algum lempo depois de comer, ou pela noite depois de dei- tar-se ; mordendo, bebendo cousas quentes, com o tacto, ao ar livre. Al. limpando-se os dentes até fazer sabir san- gue, ou apertando com frequência as partes do- loridas. S. C. o doente fica agitado e corre por todos os lados á forca de angustias e dôres; disposição a chorar. Salivação, dôres queimantes nos olhos, garganta secca com fort sêde. Bryonia. - Dôres de dentes molares intensas em pessoas vivas, promptas em incommodar-se, sanguíneas. Dôres lancinantes, pulsativas, dila- cerantes; ou dôres que passam a outros dentes molares, á cabeça ou á face. Os dentes parecem demasiadamente largos e vacillam. Aggr. deitando-se doladosão, fumando, mas- tigando, comendo e bebendo cousas quentes. Al. deitando-se do lado affecíado. Allivio mo- mentâneo tendo agua fria na boca, assim como ao ar livre. Calcarea c. - D. M. principalmente nas mu- lheres peja las ; dôres nos dentes molares cariados ou vacillantes; dôres na raiz dos dentes. Aggr. pela noite, com um resfriamento, uma corrente de ar, com o frio, comendo e bebendo cousas frias. Chamomilla. - D. M. en consequência de um resfriamento, estando a suar o corpo, ou de uma cólera. D. M. nos meninos. Os dentes se movem e parece se alargarem. Dôres dilacerantes, ten- sivas, incisivas, com formigagem, com estreci- mentos até no ouvido; as dôres se propagam ás fontes, olhos e cabeça. 325 Aggr. á noite e com o calor da cama; pouco depois de haver comido ou bebido (quente ou frio). Depois de haver tomado café. AL ás vezes pondo um dedo molhado n'agua fria sobre o dente affeclado. S. C. máohumor,agitação (Acon.,bell.., coff.). Vermelhidão de uma face,transpiração na ca- beça, forte sêde, inchação (roxa) de uma face, grande debilidade nas articulações; dôres nas articulações do queixo quando se abre a boca, e que se propagam ás fontes ; glandulas submaxil- lares dolorosas. China. - D. M. nas mulheres durante o eleita- mento ou a prenhez, ou depois de perdas de líquidos. Dôres pulsativas, constrictivas, dilace- rantes, incisivas e tensivas. Aggr. com as correntes de ar, o tacto, o mo- vimento. S. C. inchação das gengivas, secura da boca com sôde, ajuntamento de sangue nã cabeça, in- chação das veias da fonte e mãos. - D.M. das mais violentas, com sen- sação de palpitações lancinantes e pressão inter- mitlentc; dôres ao morder. S. C. o doente está como louco ; chora, treme, se agita (Acon., bell., efiam.} Glonoin.- D. M. depois de um forte calor seguido de um resfriamento : dôres palpitantes e contusivas em todos os dentes, ajuntamento de sangue na cabeça e dôres de cabeça. Hyosciamus.- D.M.de pessoas mui sensíveis e nervosas. Dôres violentas, dilacerantes, pulsa- tivas, que chegam a produzir no doente até o raiva; dôres palpitantes, contusivas e tensivas, durante as quaes parece que os maxillares se movem e desprendem-se durante a mastigação. S. C.calor fugitivo, ajuntamento de sangue na cabeça, movimentos convulsivos nos braços e dedos. Ignalia. - D. M. nas pessoas cuja constituição exige ign. Dôres corrosivas nos dentes incisivos. Aggr. com o café, o tabaco, depois de comer, pelo noite depois de deitar-se e pela manhã ao despertar. Mercurius. - Dôres nos dentes molares caria- dos, tensivas, lancinantes, dilacerantes, que se propagam aos ovidos e cabeça; dôres em um lado do rosto. Aggr. Comendo e bebendo (quente ou frio), com o ar frio (da noite); dôres somente diurnas (que cessam pela noite), ou nocturnas (com o calor da cama) insupporlaveis, e que obrigam a sahir-se da cama [Magn. c.). Al. Com o calor exterior (mas não com o da cama). S. C. Salivação ; inchação (pallida e dura) da bochecha, gengivas brancas, ulceradas, doloro- sas, que sangram facilmente; grande propensão á transpiração que não allivia. Nux-vomica.- D. M., naspessoascuja consti- tuição indica nux. v. - 1). M. por causa deum resfriamento ; dôres nos dentes molares bons ou desgastados ; dôres tensivas, palpitantes, como si os dentes molares fossem arrancados, ou como si o sangue se accumulasse todo naquella parte. Aggr. Pela manhã na cama ou á noite. Coma leitura, a reflexão, estando exposto ao ar livre e frio ou respirando o mesmo, com o movimento, comendo. Deitando se do lado dolorido. Al. Permanecendo em logar quente, durante o repouso, deitando-sc sobre a bochecha do lado são. 326 327 S. C. Glandulas submaxillares dolorosas, tu- mor nas gengivas proximo a abrir-se (lach.). Pulsatilla. - D. M., nas pessoas cuja consti- tuição indica puis. Dores palpitantes (como si o nervo se contra- hisse e dilatasse repentinamente), ou dôres ten- sivas, dilaceranles, contusivas. Aggr. Durante o repouso, em uma habitação quente,comocalordacama,limpando-scosdentes. Al. Com o ar húmido, ao ar livre, respirando ar frio pelo dente aíTeclado, passeiando, com uma forte pressão sobre a bochecha aflectada. S. C. Dôres dilacerantes nos ouvidos, dôr de cabeça semi-lateral, calor na cabeça com cala- frios. Pallidez do rosto com calafrios. Bhus toxicodendron. - As dôres se apresantam depois de haver-se molhado o corpo estando suado, ou depois de um banho frio. Sensação como si os dentes molares estivessem mui largos, meneam, vacillam e ficam como insensíveis. Dôres lancinantes e como pancadas, ou tensivas e dilaceranles; dôres de magoamento. Aggr. Pela noite depois de uma cólera, de um resfriamento ao ar livre. A.l com o calor c o movimento. S. C. Melancolia e tristeza, ou anciedade e tris- teza. - Máocherio dos dentes cariados. - Dôres que se estendem aos queixos e ao craneo. Sepia. - D. M. de caracterchronico, especial- mente nas mulheres gordas, dôres contusivas, lancinantes, que seestendem até os ouvidos, bra- ços e dedos, com formigamento nestes últimos. Aggr. Com as correntes de ar frio tocando nos dentes molares, fallando. S. C. Tez amarella, respiração difficil, ho- checha inchada, tosse, inflammação das glandu- las submaxillares. 328 Sihcea.-D. M., cominflammaçãodoperiostes do queixo, ou dores chronicas coin aíTecção dos queixos. S. C. Pelle doentia, qualquer lesão tende a ulcerar-se. Insomnio pela noite, occasionada por um calor geral. Spigelia.- D. M. de natureza nevrálgica, com dòres palpitantes oulancinantes(noladoesquer- do) rapidas como um raio. Aggr. Pela noite, depois de comer, com a agua fria ao ar frio. S. C. Rosto pallido, círculos amarellos em re- dor dos olhos; desejo frequente de ourinarcom ourina abundante, palpitações de coração, dôres no rosto, calafrios. Staphysagria. - Dôres nos dentes cariados que se tornam facilmente negros e se quebram, cabindo em pedaços ; dôres corrosivas, tensivas, dilacerantes. Aggr. Pela noite ou ao amanhecer, ao ar livre, bebendo cousas frias, mastigando, comendo, res- pirando ar frio pela bocca. Al. ás vezes com uma forte pressão (emquanto que o leve tacto augmenta as dôres). S. C. Gengivas pallidas, inchadas, ulceradas, com pequenas vesículas. Sulphur. - D. M. por causa de erupções sup- primidasou maltratadas. Gengivas inchadas com dôres contusivas. Gengivas que deitam sangue. As altas potências de sulph. são frequentemente mui vantajosas nas dôres de dentes molares chronicas, ou nas das mulheres pejadas. Aggr. a primeira parte da noite, ao ar livre, com as correntes de ar, lavando-se a bocca com agua fria. Vcratrum. - Dôres de dentes molares com dôres de cabeca e rosto encarnado e inchado. S. G. Suor frio na fronte, fria geral com calor interior, sêde inextinguível e desejo de bebidas frias. Nauseas até vomitar bilis. Cansaço nas extremidades. Prostração de forças até a syncope. Dóses : - Nas dòres de dentes molares agudas e mui violentas, se dará o medicamento indicado de hora em hora, ou de duas em duas horas, até que se declare aílivio. Nas dôres chro- nicas, ou nas mulheres pejadas, sedarão os me- dicamentos duas ou tres vezes no dia sómente. MOLÉSTIAS DO NARIZ Cancro do nariz Osmedicamentosprincipaes contra tão terrível enfermidade, são : «rs., e carb. an., e depois : aur., calc., sep., e silic., e também tarant. Caries dos ossos proprios do nariz Si a carie provier do vicio syphilitico, o prin- cipal medicamento èmercurius', mas si o doente houver abusado deste medicamento em dóses allopathicas, dê-se em seu logar aurum, e logo hepar ou silic. Si a carie fôr escrophulosa ou her- petica, o melhor medicamento é aurum, e si este n ão b as ta r, c o n s u 1 te -s e: asafoet., m er c., silic., 5ulp. Inchação e inflammação do nariz A inchação que se apresenta nas pessoas escro- phulosas, se combate com asafoet., aur., hep., merc., rhus, sulph. A que provém de uma lesão traumalica ou inecanica, com arn.: si este não bastar, consulte-se hepar, silic., sulph. ac. 329 330 A que se apresenta nos que abusam das bebi- dasalcoolicas, com«rs., lach.,merc.,puls.,sulph., ou bem bell., hep., phos., nux. v. A inchação produzida pelo frio intenso com rhus, owapis., bry., caust., lach., merc., estaph. Nas pessoas syphiliticas e que têm abusado do mercúrio, com asafoet., aur., hep., lach., sulph. A inílammação do nariz com tumescencia, ver- melhidão viva e dolorosa, se combate com bell. Si tomar uma fôrma erysipelatosa, com rhus. De- pois se póde reccorrerno primeiro caso e depois de bell., a hep., ou merc.\ no segundo e depois de rhus, á lach ou apis. Si tanto na inchação como na inílammação existirem cascas mais ou menos grossas, dê-se graph.; e si este não bastarrA«.s,ou carb. v., natr. m., silic. Si a vermelhidão se torna roxa, «rs. ou cann., ou bem lach.. phos., staph. ALTERAÇÕES DO OLFATO 0 augmento, diminuição ou perda do olfato, são symptomas na maioria dos casos dependentes de outra enfermidade, já do nariz, já dos orgãos digestivos, etc.; mas algumas vezes se apresen- tam isolados, e ainda que não o sejam têm por causa tantas moléstias que é preciso combatel-as. Eis suas indicações mais esscnciaes. Tratamento : - Quando houver exaltação do olfato ou sensibilidade excessiva do mesmo para os ácidos, drosera. Para o vinho nux. v., ou tabac. Para o alho sabadilla. Para os ovos e gor- dura colchic., puis. Para o fumo do tabaco bell. Quando se perceberem cheiros imaginários, si forem ácidos, íz/z/m. De aguardente aur. A chifre queimado sulph. De queijo nux. v. A almíscar 331 agmis c. A polvora cale. A pús sed. A enxofre «r.s., nux v. A tabaco puis. A ovos podres cale., puis. A pavio de uma vela recem-apagada nux. v. A íumosulph. INauseabundosezmZÁ. Acousaspo- dres aur., paris. Sioolfatoestiver diminuído consulte-se alum., cale., cyc., kal., mez., tabac. Si a perda do olfato fôr completa, dê-se em primeiro logar sepia, e nos casos que este não bastar, consulte-se «wr., cale., caust., kali., natr. m., phos., silic., sulph. OZENA Definição. - Esta enfermidade, verdadeirain- ílammação chronica da membrana mucosa do nariz, vem acompanhada comm um mente de ulce- ras, e cascas nas narinas, como de um fluxo mu- coso ou quasi sempre purulento. Tratamento : - Os medicamen tos segui n tes são os que se têm mostrado mais efficazes : asafeet., aur.,graph., hep., merc., nit. ac., puis., silic., sulph., thuya. As ulceras e cascas se combatem, se predo- minam, coin : «wr., graph., merc., nitri, ac., silic., sulph. Si o fluxo purulento predominar merc., e si não bastar «z/r., Àe/?., lach., puis., silic., sulph. Si a enfermidade tiver uma origem syphili tica ou mercurial, dê-se em primeiro logar aurum. Si este não bastar consulte-se primeiro merc., si odoente não houver lei lo abuso delle em dôsesallopathicas, e depois asafoet., hep.,lach., nitr. ac., sulph. POLYPOS NAS NARINAS O medicamento principalcontraos polyposque se formam nos buracos nazaes, é staphysagria, que se repetirá com frequência. 332 Si não fôr sufficiente, dê-se teucrium, e si este não bastar consulte-se calc.,phos., sepia.,silic. NEVRALGIA FACIAL Nevralgia do rosto : - Esta enfermidade lem uma grande semelhança com asdôres maxillares. Os medicamentos homoeopathicos bem escolhidos a fazem desapparecer depressa. Mas a escolha dos medicamentos é frequentemente mui dilficil c re- clama a maior attenção por parte do medico. 1) Na nevralgia facial que provém de ajunta- mentodesangue na cabeça se empregará : bell., bry., glon., nux. v. ou acon., lach., phos. 2) Na nevralgia rheuinalica, mui ca usada por um resfriamento dê-se: acon., caust.r cham., coloc., merc.,puls., rhus, spigel. 3) Na nevralgia propriamente dita : spigel.; ou bell., chin., coff., hyosc., nux. v.,plat. Demais se empregará: bellacl. quando as dôres forem no lado direito ; spigel, quando forem na lado esquerdo ; chin., quando forem provocadas pelo mais leve tacto. Si as dôres se apresentarem fixamente na mesma hora, dê-ses/i^eZ,chin. ou ignat. Quando augmentarem e diminuírem pouco a pouco : stannum ou platina. Se prescreverá nas dôres : Conlusivas : acon., bell., glon.,puis.,phos. Convulsivas : puis., spigel. Pressivas : hyosc., plat., verartr. Cortantes : bell. Nas que parecem separar os ossos : bell., ign., plat., spigel. Damos também em seguida os principaes me- dicamentos empregados contra esta enfermidade com suas indicações especiaes. 333 Aconitum. - Nevralgia dolado esquerdo, com calor e vermelhidão nas faces (R). O doente fica como um louco, agita-se na cama, dá gritos, etc. Arsenicum. - Dôres periódicas com grande inquietação, angustia, prostração. Bellaclona. - Nevralgia do lado direito, com vermilhidão (ou pallidez) do rosto e acompanhada de convulsões dos musculos do rosto. Bismuthum nitricum. - 0 doente sente allivio passeiando ou gargarejando agua fria. Causticum. - Osmusculos do rosto estão para- lysados em parte c não se póde abrir a bocca. Nevralgiafacial acompanhada de dôres rheuma- licos nas articulações. Chelidonium.- Nevralgia que se apresentaem cima da bochechadireita, periódica, quotidiana e progressiva, que se estende na fronte do mesmo lado, aggravando-se ao ar livre, movendo e abai- xando a cabeça ealleviando-se quandose apertar no logar da dor. A nevralgia invade ás vezes a orbita e olho direito com abundantes lagrimas e pupillas contrahidas (Alvarez). Coffea. - Dôres insupportaveis que vêm desde os braços até as extremidades dos dedos. 0 doente fica como fóra de si, falia muito, fiea mui agitado, etc. (R). Conium. -Dôros dilacerantes, sobretudo pela noite, e nas mulheres hystericas. Hepar. - Dôres que têm sua sede no osso po- mulo (maçã do rosto), e augmentam com o tacto. íris versicolor. - Nevralgia localisada nos ner- vos superiores e infra-orbitarios e os do queixo inforior principiando pela manhã, depois do al- moço, prolongando-se algumos horas e sendo a- coinpan hada de dor de cabeça com atordoamento. 334 Mercurius. -Dôres mui violentas que se es- tendem pela metade do rosto ;augmcntam como calor da cama e vem acompanhadas de saliva- ção. Mezereum. -Dôres espasmódicas, com ador- meci mento na região dospomulos;estendem-se ás fontes, ouvidos, dentes, ao pescoço e espadua. Natrum mur. -Accessos periódicos,sobretudo depois de uma febre intermittenle cortada (R). Nux-vomica. - 0 olho do lado affectado se torna encarnado e lacrimoso(R). A constituição do doente indicará demais a nux. v. Platina. - Dôrespressivas. Sensação de frio e insensibilidade na região dos pomulos. Pulsatilla. - Quando a constituição do doente o indicar. Sepia. -Este medicamento é frequentemente mui vantajoso contrã a nevralgia e dôres das mulheres pejadas (Baker). Spigel. - Nevralgia do lado esquerdo : vem acompanhada de convulsõese dôres dilacerantes; reapparece sempre ás mesmas horas e se apre- senta com palpitações de coração. Rosto pallido, desfigurado com frequência. Sulphur. - Nas pessoas psoricas, si os medi- camentos anteriores não produzirem effeito, ou fôr este passageiro. Thuya. - Dôres que partem do pomulo es- querdo, ao redor do ouvido, que se estendem aos dentes e nariz, oupelosolhos ás fontes, einvadem todaa cabeça. Aparte doente abrasa comoofogo, e é mui sensível aos raios do sol. (Recommenda-se também o emprego alterna- tive de thuya e chin. ou de thuya o cocculus.) Wolfdá argentum nitricum quando não houver indicação de outro medicamento. Também zin- cum valerianicume ammonium valerianicum cm 335 triturações ou attenuações baixas, se empregam vantajosamente. O mesmo succede com chin. e ferrum administrados a pessoas debeis e ané- micas. Dóses : -- Emquanto ás dóses dos medica- mentos e sua repetição, o mesmo Dr. Baehr, tão partidário das baixas attenuações, reconhece que dando dóses fortes e frequentes, vè-se aggravar a enfermidade perigosamente. Assim é que vale inais servir-se de attenuações medidas ou altas; retrazar o medicamento si houver allivio, e não repetir as dóses sinão quando a enfermidade se aggravar (1). OLVIDOS Otalgia DÔRES DE OUVIDO NEVRALGIA DO OUVIDO Os principaes medicamentos contra as dores de ouvidos, são: arn., bell., cham., merc., nux. v., puis., rhus., sulph. Arnica. -Sensação de pressão, lancinante, de dilaceração c calor. Seusibilidade ao ruido. Belladona. - Dôres que se apresentam por ac- cessos, que augmentam com o tacto e o movi- mento (depois de bellad. convém hepar\ Chamomilla. - Fortes ferroadas eomo si fos- sem produzidas por alfinetes; dôres tensivas que chegam até o lobulo das orelhas. Mercurius. - Sensação de frio nos ouvidos e aggravação das dôres com o calor da cama ; (1) Temos em nossa pharmacia, á rua da Quitanda 127, todas as dynamisações. - J. Coelho Barbosa c C. 336 dores lancinantes, profundas, dilaccrantes, que se estendem aos dentes e faces. Nux vomica. - Pessoas cuja constituição re- v. -Dôres dilaccrantes e lancinantes. Pulsatilla.- Ouvidoinchadoeinílammado em sua parte exterior. Pessoas cuja constituição é de puis. Dôres dilacerantes e como de pancadas. Rhus. - Dôres depossde um resfriamento do corpo estando suado. Sulph.- Dôres dilacerantes elancinantes que se estendem á cabeça e garganta. - Sensibili- dade excessiva do ouvido ao mais pequeno ruido. Nos casos chronicos, ou si os medicamentos indicados não produzirem effeito e si houver ás vezes erupções, dê-se : merc. e sulph. e ainda calc., quando houver sensação de frio ou insen- sibilidade dos ouvidos : platina. Otitis 1NFLAMMAÇÃ0 DOS OUVIDOS Contra a otitis interna aguda, o medicamento especifico, por assim dizcl-o, é pulsatilla, cujas dóses se tomarão com frequência. Si o cerebro ás vezes se affectar, e houver dôr de cabeça, delirio, angustia, vomitos, frio, etc., dê-se belladona. Quando bouverfebre, precedida ou nãode frio ou calafrios, dôres intensas, dôr de cabeça, rosto vermelho,agitação, etc.,se começara o tratamento por aconitum, ou bem se dará depois de pulsa- tilla, si se apresentaremos symptomas febris. Sxpuls. e bell. não produzirem effeito algum, ou bem não concluírem com a enfermidade, con- sulte-se; hepar, mercurius, silicea ou sulphur, que acabarão com a enfermidade e ajudarão a dar sahida ao pús. Na otitis externa puis, é igualmente o medi- camento principal, c senão bastar : bell., merc., sulph. 337 Otorrhéa FLUXO DE OUVIDOS E' necessário antes de todo investigara natu- reza do fluxo e sua causa. Sedará, quando o fluxo fôr: De cêra liquida : cozz., merc. De mucosidades : merc.,puis., ou calc., hjc. De pússilic. ; ou calc., lyc.,merc. De sangue : calc., merc., nitri ac., puis., sulph. De serosidades : caust., merc., nitri ac. Amarellecento: pitos. Fétido : aur., carb. v., caust., hep., zinc. Depois do sarampo: puis, ou sulph. Depois da escarlatina : bell., depois merc., e logo bell., hep. Depois das bexigas : merc., ou hep., silic. Si persistir depois de uma otitis aguda : zzzerc., puis., sulph. Depois do abuso do mercúrio : ómr., asafoet., hep., nitri ac., silic., sulph. Depois do abuso do enxofre '. puis., ou merc. Si existir com inílammação das glandulas do pescoço : puis., merc., ou bell., hepar. Si a otorrhéa se supprimir de repente, já por um resfriamento, já por outra causa ; bell., merc., puis.; ou brtj., tlulc., nux v. MED. DA FAM. 338 Pòlypos nos ouvidos Calcarea e staphysagria são os medicamentos- principal mente recommendados Kalibich. applicadoexternamente em pitadas (ã 4a ou 2a altenuação) reduz e faz cahir o polypo. Surdez Si fôr congestiva, dê-se : aur., bell., graph., merc.,phos., silic., sulph. Si fôr nervosa : caust., mur. ac., petr., phos., veratr. Si fôr rheumatica : ars.., bell., merc., puis., sulph. Si provier de uma erupção chronica suppri- mida : sulph., e si não bastar: antim., caust., graph. Depois da escarlatina: bell., hep. Depois do sarampo : puis., ou carbo v. Depois das bexigas : merc., sulph. Depois de febres intermittenles supprimidas com osulphatode quinina : puis., e logo calc. ; ou bem : carbo v., hep., nux. v., sulph. Pelo abuso do mercúrio: hepar, e si não bastar: asafoet., nitri, ac. staph., sulph., ouaur. Depois de febres lentas ede longo curso '.phos., e si não bastar dê-se: arh., coce., phos. ac., ve- ratr. Si a surdez fôr incipiente consulte-se : bell., calc., hyosc., liyc., nitri, ac., op., petrol., puis., secai., silic., sulph. Si houver paralysia do nervo acústico : bell., hyosc., puis., silic. Para a sensibilidade grande ao ouvido dos ruidos : «wr., coff., lyc.,sep., spig. Dóses : - Veja-se a pag. 24, 339 MOLÉSTIAS DOS OLHOS Amaurose AMBLYOPIA AMAUROTICA debilidade da vista : - Os melhores medica- mentos contra a amaurose, são :awr., bell.,calc. y china, dros., mer., natrum m.y nux. v., phos., ruta, sepia, sitie., sulph. y veratr. Ou bem em segundo logar: aejar., cann., caust., cina, croc., dig., kali., magn., plumb., spig., zinc. Si sua causa houver sido o haver-se dedicado a trabalhos tinos, imperceptiveis, consulte-se de preferencia ruta ; e depois bell., e sbestes não bastarem carb. v., chin., spigel. Si fôr devida a perda de sangue, fluxo branco ou diarrhéas, excessos sexuaes : china, cina., phos., sep., sulph. Si depender de haver recebido fortes golpes na cabeça : cicuta e despois arn., con., ruta, staph. Depoisdasuppressão da menstruação, hemor- rhoides, epistaxis, etc. : calc. : depois Igc., nux v., phos., puis., sulph. Depois de padecimentos syphiliticos : sulph., e em segundologar '.bell., merc., nitri. ac., sas- saf., silic. Pelo abuso do mercúrio : hepar ; e depois : bell., nitriac.,silic.,sulphur. Si fôr devi da a dores de cabeça chronicas: «wr., bell., calc., nux v. dros., puis., sulph. JNas pessoas que têm abusado das bebidas al- coólicas: tabac.', e depois : calc., hyosc.,nuxv., op., sulph. 340 Edêma das palpebras INCHAÇÃO DAS PALPEBRAS Os principaes medicamentos contra o edema das palpebras, são : apis., e depois : baryt. c. ; si estes não bastarem consulte-sc : ars., bry., hepar., merc., rhus, sulph. ESTRABISMO Ser vesgo : - O principal medicamento contra o estrabismo é hyoscyamus ; si este não bastar, consulte-se : alum. e bell. Nos meninos, depende muitas vezes das lom- brigas. Nestes casos se combate perfeitamente com merc. e sulph. Fistula lacrimal TUMOR LACRIMAL OBSTRUÇÃO DO CONDUCTO LACRIMAL A fistula lacrimal combate-se perfeitamente com o tratamento homoeopathico. Os principaes medicamentos para conseguir a cura radical, são, na ordem que os encaramos: natr. carb., puis., sulph., calc., silic., petrol., lyc., stann. O tumor lacrimal, que tão doloroso é, que si não se combater bem e se evitar sua frequente reproducção, succede converter-se em fistula, se trata principalmente com hepar \ e si este não bastar, consulte-se : bell., merc., puis., silic., sulph. Para evitar sua frequente reproducção, dê-se ; sulph., e logo : calc. A obstrucção do conducto lacrimal, devida a i n a j o r p a r l e d a s v e z e s a u m a s u p p u r a ç ã o p r o d u c t o de uma inílammação chronica do mesmo, ou 341 engrossamento ou lumcscencia da membrana mucosa, se combate com silicea., cale., lyc., natr. m., puis., sepia. Hemeralopia CEGUEIRA NOGTURNA O melhor medicamento para combater a ce- gueira que se declara desde que o sol se põe até que sahe, é veratrum ; si este não fôr suffi- ciente consulte-se bell., merc.,puls., ou hyosc., nux v. Hemorrhagia Em consequência de golpes, suppressão da menstruação ou hemorrhoides, e de outras causas que seria prolixo enumerar, succede apresentar- se a hemorrhagia ocular, deitando sangue com mais ou menos abundancia d'enlre os globulos oculares e as palpebras. O melhor medicamento para combatel-a de prompto e bem, é nux vo- mica. Nos casos em que este medicamento não a corrigir, consulte-se : bell., carb. v., cham., e taches. Si a hemorrhagia fôr causada por golpes, quédas ou insolação, dê-se primeiroacon e de- pois nux v., si houver necessidade. Si depender da suppressão da menstruação, hemorrhoides ou outro fluxo habitual, se pres- creverá primeiramente hamamelis, e em caso de necessidade nux v., calc.c. 342 Miopia VISTA CURTA Si não fôr congénita exige principalmente phos., puis., oucalc., china, con., euphr., hyosc., lach., lyc., phos. ac., rhus, sulph. Nevralgia ocular Contra as dôres nevrálgicas do olhos, ou a nevralgia ocular, o principal medicamento é spigelia\ si este não bastar dè-se bell., esi ainda houvernecessidade, consulte-se chelid., chinin., puis., hyosc., colc., sulph., e calc. Nictalopia CEGUEIRA DIUUNA O melhor medicamento contra acegueiraque se declara desde que sahé até que se põe o sol, é acon. ; si este não bastar, dê-se merc. ; e si nenhum dos dous for sufficiente, consulle-sc con., nuxv., phos., silic., stram., sulph. Photophobia HORROR Á LUZ Os medicamentos principaes sâo:«co?z., bell., euph., e sulph. Ophtalmia e blefaritis 1NFLAMMAÇAO DOS OLHOS E DAS PALPEBRAS Ambas as enfermidades comprehendem um mesmo capitulo, porque quasi sempre se apre- 343 sentam juntas, e aindaquando assim nãoscja,sua therapeutica vem a ser a mesma geralmente. Só fazemos menção das ophtalmias mais fre- quentes e que os profanos á medicina podem tratar homoeopathicamente, em falta sempre de não haver medico homoeopatha na localidade. OPHTALMIA DOS RECEM-NASCIDOS Apresenta-se geralmente nos primeiros oito dias depois do nascimento, ou das vinte e quatro ou quarenta e oito horas. Uns a attribuem á in- tensidade da luz a que se expõem os olhos; outros ao fresco do ar que toca or olhos dos meninos. A causa mais frequente é sem duvida a infecção que tem logar durante o trabalho do parto. Não é necessário que a inãi tenha padecido ou padeça syphilis; a leucorrhéa sã um pouco forte póde occasionar esta enfermidade. A margem daspalpebras torna-se encarnada, incham,segregam um liquido mucoso,puriforme, amarello, geralmente irritante e corrosivo, tor- nando-se cada vez mais espesso e purulento. No tratamento desdaenfermidade é necessário limpar os olhos com cuidado (de hora em hora pelo menos), já por meio de uma pequena seringa de crystal, com a qual se fazem injecçõesde agua morna nos olhos, já com uma pequena esponja, fina, humedecida em agua morna, enxugando- os logo com um panno de linho. As pessoas que limpam os olhos dos meninos tenham cuidado de não levar as mãos aos olhos antes de laval-as. Si limparem com assiduidade os olhos, os me- dicamentos homoeopathicos curarão quasi sempre esta gravíssima enfermidade, fazendo desde seu 344 principio que seja menos grave e rapida em seu cu rso. Só assim se evitará que os meninos percam os olhos, e não submettendo-os ás torturas do tratamento allopathico. O medicamento principal contra a ophlalmia dos recem-nascidos é chamomilla, que se procu- rará dar com bastante frequência, de tres em trcs ou de quatro em quatro horas, dousglobulos na lingua, de cada vez. Sihouver febre, com agitação, etc., dê-seae<m., primeiro até que diminuam os symplomasfebris, e recorra-se em seguida a citam. Si estes medicamentos não bastarem, consul- te-se : ap is., ars .,bell.,hep., lyc .,merc. rhus, th uya. Si a secreção augmentar e tomar um caracter purulento, enão bastarcham., dê-se : merc. subi., e logo : hepar. ou silic., si merc. subi., não a cor- rigir. (0 I)r. Goullon recominenda lyc. interior- mente de 30a, e exteriormente em injecções a 6a. Wolf, pelo contrario, recommendaZÃwy« e apis.; e alguns médicos americanos : arsenicum. 0PHTALM1A ESCROPHULOSA E uma enfermidade mui frequente; cura-se maisfacilmente e com mais segurança com a ho- mceopathia do que com a allopathia. Encontra-se commummente nos meninos que têm apresen- tado por mais ou menos tempo symptomasescro- phulosos. (Infarto das glandulas, erupções, etc.) Tratamento: -Aconilum. - Convémne prin- cipio da enfermidade, quando houver grande in- jecção nas conjunctivas, temor á luz, dores, etc. 345 Belladona. - Depois de acon., e si persistir a photophobia, com forte c dolorosa inflammação dos olhos. Conium (ou hyoscyamus). - A inflammação e as dôres são de pouca importância. Um verda- deiro espasmo impede abrir-se as palpebras. Mercurius e hepar. - Ulceras na cornea, com erupção ao redor dos olhos e comichão na pelle do rosto. Sulphur e calcarea.-Veja-se :Sympt.,car,ger. Rhus. - Ulma forte vermelhidão erysipela- tosa invade as palpebras (G.) Os medicamentos se darão duas ou tres vezes no dia, durante tres ou cinco dias ; logo se dimi- nuem as dóses, e si houver allivio suspenda-se a medicação, a não ser que a enfermidade se aggrave. A ophtalmia catarrhal se trata com : acon., ars., bell., euphr., hepar, merc., nux. v. e puis. A ophtalmia rheumatica com : acon., bry., euphr., merc.,puis., rhus, spigel., sulph. e veratr. A ophtalmia syphilitica, com : merc., nitri, ac.; ou \puls., si provier de uma gonorrhéa ou blenorrhagiasupprimida. A ophtalmia blenorrhagica, com acon., china, nitri ac., puis., apis e sulph. A devida a causas traumaticas (golpes, contu- sões, introducção nos olhos de corpos estranhos), com acon., arn., hep., puis., ruta e sulph. A devida ao abuso cio mercúrio, com hepar, nitri, ac., puis, e sulph. A devida a cómsafo rfos olhos por trabalhos excessivos, com arn., bell., carb. v., rutae spigel. 346 Terçol 0 principal medicamento contra os terçóes é puis., que se repetirá com frequência; si não bastar dê-se : staph. Si as dores forem vivas, ferinas : hepar. Si vier acompanhado do inflammação da pál- pebra e injecção das con junctivas oculares : bell. Em caso de necessidade, consulte-se : amm., graph., sep., silic. Paralysia das palpebras Os medicamentos principaes são : veratrum; si este não bastar, dê-se : sepia, e si tão pouco fôr sufíiciente : zincum. Em caso de necessidade, consulte-se : alum., bell.,graph., lach., plumb., rhus,spigel., stram. Presbycia VISTA CANSADA Os medicamentos principaes, segundo a ordem de sua enumeração, são os seguintes : cale., carb. cm., con., baryt., dros., sep., natr. m., sulph., silic., lyc. Ulceras OPACIDADE MANCHAS NA CORNEA Contra as ulceras da cornea, se empregam : sulph., calc., silic., merc., euphr., natr., ars., hep., lach. Contra a opacidade escurecimento : sulph., euphr., cann., puis., nitri, ac., mag. 347 Contra as manchas : stiíph., silic., nux. v., hep., puis., bcll., nitri, op., sep., cina. Iríamos demasiadamente longe si fallassemos das demais enfermidades dos olhos menos im- portantes e frequentes do que as descriplas. Nós nos contentaremos mencionando os principaes medicamentos nas enfermidades dos olhos, se- gundo Bonninghausen e Lippe. Aconitum. - Photophobia (óeZZ.). Ophtalmia mui dolorosa e secreçãoahundantedaspalpebras. Palpehras inflammadas, roxas e dura(thuyd). Apis. - Inchação edematosa das palpehras. Arsenicum.- Inílammação escrophulosa das palpehras com ulceras nas margens internas (B). Belladona. -Temor á luz (acon.} Ectropia. - Hemeralopia. - Nictalopia, - 1'Ts'ta dupla ;visão de chispas; os ohjectos parecem roxos. - Estra- bismos. - Paralysia dos nervos dos olhos. Bryonia. -Ophtalmia nas pessoas quesoffrem da gotta. Sensação como si os glohos oculares sahissem de suas orhitas. Calcarea carb. - Manchas ou ulceras na cor- nea. Os olhos choram pela manha cedo assim como ao ar livre (R). Dòres ferinas nos olhos durante a leitura, á luz das velas {inerc.}. Garbo veg. -- Dòres e debilidade nos olhos, que provêm de que o doente ha forçado demasia- da mente a vista ou se tem dedicado a trabalhos mui finos e delicados. Ilemorrhagias oculares {calc. c., cham., nux. v.). China. - Debilidade da vista por causa de hemorrhagias. Cina. - Debilidade da vista por causa do ona- nismo (L). Dòres nos olhos lendo á luz das velas. Allivio, enxugando os olhos. 348 Cocculus.-Dôres como se arrancassem os ol hos (acompanhadas de dôres de cabeça) (L). Impos- sibilidade de abrir os olhos durante a noite(se/>.) Conium. - Catarata em consequência de uma commoção cerebral ou golpes. Vêm-se os objec- tos roxos (bell., hyosc., hep., sulph.\ Vista curta (myopid), puis., phos. Crocus. - Palpebras agitadas por um movi- mento nervoso. Olhos que choram quando se querler (Dr. Bell). Dôres lancinantes e calor nos olhos depois de operações cirúrgicas (L). Dulcamara. - Ophtalmiaoccasionada por um resfriamento. Movimentos convulsivos das pal- pebras (e dos lábios) ao ar frio. Euphrasia. - Olhos pegados pela noite. Escu- recimento da cornea e ophtalmia por causa de lesões mecanicas nos olhos. Pholophobia. Olhos com remelas, lagrimas e irritação. Hepar. - Ulceras nas corneas. Vêm-se os objectos roxos (bell., con.'). As palpebras doem como si tivessem feridas. //yoscyamus. - Occlusão espamodica das pal- pebras. Estrabismo, llemeralopia. Ignatia. - Inflam mação da parte superior do globo ocular. Movimentos convulsivos dos glo- bos oculares. Kali c. - Elevações (como pequenos saccos) entre as palpebras. Sensação de frio nas palpe- bras. Lycopodium. - A luz do dia e mesmo a do sol affecta pouco os olhos, mas a luz das velas os affccta, pelo contrario, consideravelmente (Dr. Bell). Mercurius. - Horror á luz e ao fogo. Dôres agudas nas palpebras. Ulceras e cascas em suas margens. Nux. v. - Hemorrhagia ocular. Suffusão de sangue debaixo da conjunctiva ocular. Phosphorus. - Catarata (ou glaucoma) em seu principio. 11a allivio si se tiver cuidado de estar no escuro, ou bem com os dias nevados. Perda momentânea da vista como por desfallecimento. Tudo o que se vè parece negro. Pulsatilla. - Terçol (principalmente na pál- pebra superior. - Fistula lacrimal. - Olhos chorosos ao ar livre e com o vento. Sepia. - Não se podem abrir os olhos pela noite. - Palpebras que fazem soffrer pela manhã ao despertar, como se estivessem demasiada- mente pesadas. - Terçol. - Grande sensibili- dade á luz do dia (L). Silicea. - Vista cansada (presbycia) {sepia). - Deslumbramentos. c. - Catarata. (Euphr., puis., sulph., con.) -Inchação da glandula lacrimal. -Olhos que choram ao ar livre. Spigelia. - Dôres no fundo do globo ocular, principalmente movendo os olhos. Palpebras pe- sadas, duras, immoveis. - Circulosamarellosem derredor dos olhos. Thuya. - O doente está melhor cobrindo com uma cousa quente os olhos (L). - Rebrandeci- mento inflammatorio do lado interno das palpe- bras (L). Inchação inflammatoria e dura das pal- pebras (L). PertfZrwm. - Coloração azulada e amarella do branco dos olhos. Conlracção ou paralysia das palpebras (superiores). - O globo do olho está voltado para cima. - Circulos verdes em derre- dor dos olhos. 349 350 OUR1NAS As enfermidades das vias ourinarias não podem ser tratadas em geral por qualquer pessoa, porque seu diagnostico e a justa apreciação da enfermi- dade fundamental sãoaquida maiorimporlancia, como lemos dito, e de natureza mui differente. Póde existir uma affecçoa dos rins ou da bexi- ga,cálculos nephriticosou vesicaes,estreitamento da uretra ou enfermidades da próstata, etc. Só os médicos podem distinguir estes casos. Assim é que não fallaremos mais que das enfer- midades menos graves e mais communs das vias ourinarias, nas que as pessoas que não têm conhecimentos médicos deverão guiar-se pela causa que as tem produzido, para poder tratal- as com mais exilo. Si a causa fòr : Um resfriamento, dê-se acon., calc., dulc., ou nux. v., puis. (Veja-se Resfriamento.) Uma quéda, um golpe, uma pancada, am. ou con., rhus.,puis. O abuso das bebidas alcoólicas, wwót. v. ou «rs., bell., calc., coff., ign.,lach.,op.,puis., zinc. O abuso das canlharidas (por exemplo, em vesicatórios), camph., on acon., nux. v.,puls. Si o corpo se houver molhado completamente, ou si o padecimento houver sido produzido por trabalhar dentro de agua, dê-se : puis., bell., calc., hepar, lyc.,nux. v,, rhus, sépia, silic. Si a causa depender de hemorrhoides mal tratadas, arn., apis, merc., sulph. (Hg.) Demais se dará nos casos de desejo inútil de ourinar canth., ou acon., camph., caust., coloc., hyosc., nux. v., puis., sulph. Quando houverdesejo nocturno e frequente de- ourinar, bry., caust.; kreos., graph., hep., lyc.r nux. v., spigel., sep., sulph. (B) Quando a ourina sahir de gotta em gotta, canth., sulph., ou arn., camph., dulc., staph. Quando houver retenção de ourina, canth., lyc., stram., ou acon., arn., camph., hep., hyos., op., puis, [stram. quando a secreção da ourina estiver completamente supprimida.) Si os soffrimentos tiverem togar antes de ouri- nar, dê-se bor., coloc., nux. v., puis, [merc., si se apresentarem ao começar as ourinas.) Emquanto se ourinar, cann., canth., hep., merc., phos. ac., puis., thuya. Depoisdeourinar,canth., coloc., hep.,natr. m. Muitas vezes a qualidade e sedimento (pouso) das ourinas conduzem com mais segurança á es- colha exacla do medicamento homceopathico. Peloque respeita á qualidade, se administrará: Si as ourinas forem acres, hepar., merc. s. De cheiro de ammoniaco, asafoet. - ardentes, ars., canth.,hep. - sanguinolentas, canth.,puis- - esc\\\nxs,acon.,bell., bry., colch., merc., sep., tart. em., veratr. - como si fossem copos de lã, canth., mez. -verdes, camph. -leitosas,phos. ac. - mucosas, natr. m., puis. - pallidas, con., nitr., posph. ac. - purulentas, canth., clemat. - turvas ou espessas, cina, con., merc. s.,sabad- Si chegarem a tornar-se turvas : bry., cham., phosph. ac. - viscosas (pegadiças): coloc. Respeito ao sedimento (ou pouso que deixam- no fundo do ourinol), se dará : Para as ourinasscdimenlosas emgeral: canth., coloc., lyc., phos. ac., puis., sep., valer., zinc. Si o sedimento fôr sanguinco : canth., phos. ac., puis., sep. - argilloso : zinc. 351 352 Si fôr esverdeado: mez.- mucoso: puis. - com pús : cantil., ciem. -roxo: canth., natr. m., puis., sep., valer. - arenoso : sassaf. - esbranquiçado: phos., rhus t. -como crystaes : chinin.,sulph.-gelatinosos: berb.,phos.ac.,puis. - terroso: mang. - de côr violeta: mane)pulsai. Inserimos em seguida os medicamentos prin- cipaes contra as enfermidades das vias ourina- rias e contra a secreção anormal da ourina com suas indicações especiaes. Aconiturn.-O urina encarnada e quente acom- panhada de angustia, e frequentemente de uma tra n s p i ra ção abundante. E' o melhor medicamento que se póde dar aos recem-nascidos, que não podem ourinar nos pri- meiros dias (G). Apis. - Ardor e pontadas dolorosas na uretra durante, antes e depois de ourinar (G). Enfermi- dades das vias ourinarias depois de erupções supprimidas ou si as erupções não brotam com- pletamente. O ventre é mui sensivel á menor pressão e ao mais leve tacto (Ilg). Arnica. - Depois de uma queda, um golpe, uma commoção. Quando houver symplomas de febre e inflammação, se lhe alterna com acon., dando este primeiro e depois arn. Belladona.-Retenção de ourina ouemissãodif- íicilde algumas goltas de ourina misturada com sangue, com dôres que vão desde os rins á be- xiga da o urina, angustia, inquietação. colicas( Hg). Retenção de ourina nos meninos, acompanhada de gemidos e gritos repentinos (G). Cantharidas. - Desejo frequente de ourinar, acompanhado de dôres e cólicas tão violentas, que o doente não póde gritar. Ourina misturada com sangue frequentemente. Emissão frequente de ourina com cólicas e dôres abrasadoras. Nos me- 353 ninosque gritam muito ao ourinar algumas gottas sómente. Chamomilla. - Desejo de ourinar, com an- gustia; ourina quente. Emissão frequente de uma grande quantidade de ourina aquosa (G). Cina. - A ourina vem espessa, como a clara de ovo. Conium. -A emissão da ourina não é conti- nua, e sim mui intermittente. Hepar. - Ourina acida, urente, corrosiva, misturada de sangue. Lycopodium.- Emissão de ourina precedida de fortes dôres dorsaes que desapparecem ouri- nando(G). Ourinas com arêas encarnadas. Muito borborigmos no ventre. Mercwrms. -Ourina acre, corrosiva, de cheiro acre ou nauseabundo. Desejo continuo de ouri- nar, frequentemente com transpiração. Incontinência da ourina Observa-se com mais frequência nas mulheres. Quando fôr provocada pela tosse: dê-se antim. cr., bry., caust., natr. m., puis., spong., stapb., veratr.; pelas ventosidades puis. Si se verificar pelo dia : ferr.; durante o pri- meiro sornno: sep. (Hg). Para os que ourinam na cama B. recommenda os medicamentos seguintes :Sep., nosonanistas. Kreos. - Quando a pessoa se ourinar no mas profundo sornno. Puis. - Quando esta enfermidade augmentar no outomno. Silicea. - Para os meninos que padecem de lombrigas; se silic. não bastar, cina effectuará á cura (Alvarez). MED. DA FAM. 23 354 Demais, podem-se empregar vantajosamente os medicamentos seguintes : Sulph. -Mcninospallidos cmagros, cujo ven- tre está crescido, os que não querem que se lhes lave, e que desejam alimenlosacidos edoces(Ilg). Calcarea. - Álenimosgordos,obesos,com rosto encarnado,que suam ese resfriam facilmente(Hg). Mercurias.-Meninosque transpiram muito, e cujas ourinas são quentes, acres, de cheiro forte (Hg). Stlicea. - Meninos de cabellos ruivos e olhos azues, especialmente si se houverem tornado doentios depois da vaccinação; têm glandulas engorgitadas, ou si tiverem os dedos ulcerados na raiz das unhas (Hg). Causlicum. - Meninos de olbos e cabellos pretos,que se ourinamdurante o primeiro somno; não podem fazer de ventre senão estando de pé (Hg.). Bell., cina, ferr., puis., rhus., são tam- bém de utilidade. Segundo Wolf, thuya é o medicamento princi- pal. (Diz-se que não produze fleitosenão nas pessoas cujas mãos estão cheias de verrugas. Dr Smith.) E' preciso ver que posição tem o menino du- rante o som mo. Si estiver de espaduas : puis., rhus, ou cale., ferr., nux. v., sulph.', sobro o ventre : bell., ou cale. Nesta enfermidade seobtem maisexito dando dóses em altas attenuações, c de tarde cm tarde, do que dando-as em baixas attenuações e com frequência. OVÁRIOS Contra a inflammação do ovário, já do lado direito, já do esquerdo, ou de ambas, as vezes, recommenda-se em primeiro logar: 355 Acon., si houver symptomas febris com dores agudas, intensas, pungitivas. Em segundo logar estão indicados: A pis (sobretudo si a inflammação residir no ovário esquerdo com dôres constrictivas), bell., (si a inflammação estiver no ovário direito). lach. e merc. Si estes medicamentos não bastarem, consul- te-se : canth., lyc., staph. Contra os kistos do ovário se aconselha; lyc., e si este não bastar: sulph., ars., graph., lach., plat. Contra a hydropesia dos ovários : apis, dulc., helleb., sabina. PADECIMENTOS MORAES As emoções violentas provocam frequente- mente enfermidades corporaese mentaes. O me- dicamento deve escolher-se, attendendo sempre ás causas e symptomas concurrentes. Si a emoção fôr a consequência de uma des- feita, e fôr acompanhada de cólera, arrebata- ção, irritação, dê-se cham. De medo ou anciedade : acon. De uma pena occulta, afflicção ou vergonha: Se houver indignação e despeito excessivo até o ponto de atirar quanto se tem em mão : staph. (ou coloc.') Perturhaçãodoespiritoou pensamento: veratr. Inquietação, temor, indifferencia : ars. Si a enfermidade dever sua origem a um forte susto, dê-se immcdiatamente depois do susto: opium\ mais tarde: acon. e bell. Depois de uma violenta emoçãc causada pela alegria, dè-se : coffea. 356 Si houver convulsões e despertar com sobre- sallo: hyosc. Loucura, mania de ceremoniar e declamar, e grande sensibilidade do pescoço : lach. Si a menstruação houver sido demasiada- mente abundante : plat. Si se houver supprimido : puis. Si o doente soffrer de anciedade, e muito du- rante a noile : merc. Si tiver evacuações involuntárias, suor frio ou frio glacial: veratr. Por uma afflicção ou pena: ign., phos. ac., ou staph. Por uma humilhação ou mortificação : coloc., ou bell., ign., plat.,pul., staph. Por um amor infeliz : ign., phos. ac. Por uma cólera ou contrariedade: nux. r.,ou bry., cham., acon., platin., staph. Melancolia Os principaes medicamentos contra a melan- colia em geral, são «ar., ign., natr. m., nuxv., veratr. Também póde-se consultar em segundo logar : anac., antim. cr.,ars., bell., lach.,'puis., stram., sulph. Para a melancolia com aversão a tudo se aconselha: aur., nux. v., ou ars., lach., graph., merc., sulph. Para a melancolia doce se aconselha: ignat., phos. ac., puis., veratr. Para a melancolia religiosa : aur., lyc., puis., sulph., veratr. 357 Nostalgia AMOR AO PA1Z Os melhores medicamentos, são : caps., si houver vermelhidão nas faces ; merc., si houver angustia e suor durante a noite; phos. ac., si o doente emmagrecer: febre lenta demais com suores abundantes ao amanhecer. PALAVRA As diversas alterações que experimenta a emissão da palavra, dependentes de um resfria- mento, susto, encolerisamento, etc., se tratam pcrfeitamenle com os medicamentos homoeopa- thicos. Não tratamos aqui das que dependem de uma lesão do cerebro, nem da paralysia da lín- gua. (Veja-se : Paralysia da lingua.} Os melhores medicamentos contra e balbucie, larlamudez, etc., são : bell., laches. e merc. Si estes não tratarem, dê-se : caust., cicut., euphr., graph., natr., nux. v., sulph., e outros que se enumeram nas indicações seguintes : Si a palavra fôr debil, baixa, entrecortada, se interromper repentinamente e é languida ao ler. se dará : tabac. Si estiver decahida, debil : bell., canth., sec., stann., stapb. Como um murmúrio : slram.; mui resoante : laches.; lenta : thuya/sibilante: bell., caust. /tre- mula \acon.,ignat.; \>vec\\!>\\.cu\^-.ars.,bell.,laches. Contra a tartamudeznu balbucie se daráiízeon., bell., bov., caust., euphr., sec., stram., veratr. Contra a emissão difficil da palavra, se admi- nistrará anac., aur., bell., cann., caust., graph., mez., op., sec., stann. 358 Si fôr só para certas palavras : laches. Si fòr indislincta ou confusa : laches., ou bem bry., cale., caust., lyc., sec., sen. Si houver perdido o usa da palavra, se dará : op., ou acon.: si fôr por um susto ou terror; e nos demais casos, consulte-se bell., cic., cupr., hyosc., taches., lauroc., merc., plumb., stram. Si a causa fôr um resfriamento, dê-se dulca., ou bem bry., caust. PANARÍCIO 0 panarício é uma inílammação aguda das partes brandas que estão na structura dos dedos das mãos. Entre as varias causas que o origi- nam ha duas principaes : as feridas de instru- mentos ponteagudose as enfermidades das unhas. O panarício póde ser superficial ou profundo. O primeiro ataca a pelle e tecido cellular sub- existenle, e sua cura se obtem promptamente. O segundo invade os tecidos profundos dos dedos, e chega ás vezes a interessar parle dos ossos, produzindo-se então a inílammação dos mesmos, e até a caries e a necrosis; é grave e de duração mais longa que o anterior. A inílammação se estende com frequência ás mãos e anle-braço, e as dores sobem até o hombro do lado affectado. Para seu tratamento evite-se sempre de pôr cataplasmas, porque aggravam a enfermidade e retrazam a cura ; o mais que ha que fazer é preservar os dedos affectados das impressões do ar, para o que se envolverão em algodão no in- verno, e em panno de linho no verão. 359 Si o panarício chegar a suppurar, se farão as curas com fios embebidos em solução de erytro- xilon T. M. e agua (veja-se Uso dos medicamentos externos no catalogo), procurando a maior lim- peza ao fazer a cura. Eis aqui as principaes indicações para o trata- mento homocopathico do panarício. Aconilum. - Este medicamento só se darános casos em que haja febre com fortes dôres de cabeça, com vermelhidão nas mãos, ante-braços e rosto, sêde, dòr de cabeça e agitação. Evita o desenvolvimento ulterior do panarício (Alvarez). Belladona. - Quando o panarício fôr superfi- cial e houver uma grande vermelhidão mui su- bida, intensissima, e dôres pulsativas no pana- rício (Alvarez). Bryonia. - Ligeira vermelhidão pallida; no principio agradam as applicações frias, mais tarde as húmidase quentes; boccasecca sem sède, máo gosto de bocca, lingua suja, evacuações de ventre duras e seccas, ourinas roxas (Schelling). Graphitis. -• Inílammação superficial quasi sempre na raiz da unha, grande ardor; lateja- menlo ; depoisse abre e apparecem carnosidades (fungosidades). No principio o cura prompta- menle. (Hg.) Hepar. - No panarício profundo que occupa uma grande extensão. Circulo erysipelatoso e superficial em redor da unha; dôres pulsa- tivas, cortantes ardentes das mais violentas. As articulações iinmediatas roxas, duras e incha- das, tumor na axilla do mesmolado, sensibilidade extrema ao tacto e ao frio. Predisposição em pa- decer panarícios todos os invernos. Deve-se dar depois de acon., ou bell. Depois de hepar convém merc., Qwsilic. 360 Mercurius. - Quando a pelle estiver pallida, não obstante o panarício occupar uma grande extensão. Mais latejamentôs que pontadas sem dores violentas ; os panarícios abrem-se e sahe pús mistura do com sangue. Sensibilidade extre- ma ao calor e ao frio. Suores nocturnos e quentes. Natrum sulphiiricum. -Panarício que se de- senvolve nos trabalhadores em objectos duros e que habitam logares húmidos ; empolas nos dedos, seguidas de uma inchação roxo-escura ; abre-se na raiz da unha : grandes dôres que se soffrem melhor fora que dentro de casa. O doente levanta-se pela manhã com a cabeça pesada ; falta de appetite; frio e febre pela noite. Rhus. - Quando os panarícios provem do sabão e depois de bellad., quando este medica- mento não houver sido sufíiciente. Panaricio su- perficial com listas encarnadas e inchação, dôres que chegam até ohombro. Vermelhidão subida, semelhanteãerysipela,com pequenasborbulhas, frequentemente com edema; em alguns casos as borbulhas podem ser negras ; quando o doente se deita as extremidades ficam cansadas e suam ; dôres rheumaticas ao começar a andar. Silicea.-Panaricio profundo que tem interes- sado os ossos; inflammação mui profunda e ex- tensa, dôres aggravadas com o calor da cama; insomnia pela noite, faltade appetite, nauseas até o desfallecirnento ; e também si depois de aberto a suppuração fôr fétida, maligna, inesgotável, e houver temores de caries ou necrosis dos ossos. Promove a expulsão dos ossos necrosados. Depois de aberto o panaricio, se darã, si não se houver obtido diminuição da suppuração com os medi- camentos acima expostos : 361 Asafcet. - Sihouverviolentas dores nocturnas com caries ou necrosis dos ossos e suppuração fetidíssima e de má côr. Lachesis. - Depois de hepar, quando estiver aberto o panarício e este se aggravar, apresen- tando uma côr escura, azul-purpurea e se apre- sentar a gangrena. Si ZaeAesnãofôr sufíiciente se darã arsenicumA agrangrenase apresentar com manchas negras e ardentes. Si tão pouco ars. bastar, recorra-se a carbo veg., sobretudo si a suppuração fôr negra e pútrida. Siasupuração não se esgotar e si formarem-se fuugosidades(carnosidades), se dará : silic.,lach., ars., petrol., graph., sulph. ; si tiverem fórma de verrugas : caustic. Si as fungosidades forem pallidas, esponjosas, sensíveis ao tacto e exudarem facilmente sangue: thuya. Si o panarício houver sido tratado allopathi- camente e houver intervindo o bisturi dilatando ou escarificando-o, etc., dè-se staphysagria, e sinão bastar, phosph., silic.\ si as dôres forem violentas dè-se primeiro hypericum. 0 panarício se previne com apis nas pessoas que costumam padecel-o; e si não bastar, pres- creva-se sulphur. (Hg.) Dóses : - Veja-se a pag. 24. PARALYSIA Escolher-se-hão os medicamentos attendendo ã causa da enfermidade, e segundo as regiões ou os orgãos paraiysados. Prescreve-se : contra a paralysia que segue á apoplexia, arnica, cocciilus,lachesis,Ç)\x bemóe/Z., caust.. nux. v., rhus, sulph. 362 Contra a paralysia de natureza rheumatica (sobretudo depois de haver-se molhado todo o corpo), rhus ou calc., caust., dulc., led., sulph. Demais, se dará com vantagem na paralysia: Das palpebras superiores, caust. (G), sep., spig., veratr. Dos musculos do rosto : caust. c graph. Da lingua e orgãos da voz, bell., caust., dulc., hyosc.. lach. estram. Da bexiga da ourina, ars. (G) ou bell., dulc., hyosc. Não podemos fatiar aqui da paralysia que pro- vém de um envenenamento ou graves enfermi- dades do cerebro ou da medula espinhal. PAROTIDAS Parotitis - Inflammação das paro- tidas - Caxumbas Definição : - As glandulas parotidas (situadas detraz do angulo que fórma em cada lado do queixoinferior, entre este e asorelhas) se inflam- main sob o influxo de diversas causas, entre as quaes a principal é o ar frio e secco ou frio e húmido. Rara vez inflamma-se uma só, e ornais commum é affectar-se as duas. Symptomas : - O tumor ou tumores inflamma- lorios, que offerecem á vista, são bastante volu- mosos e vêm acompanhados quasi sempre de symptomas geraes, e ás vezes de cerebraes, com vermelhidão, a modo de erysipela, que se estende ao pescoço e ao rosto, dôr de cabeça conside- ravel, que obriga a apertar a cabeça contra o travesseiro, sêde, lingua secca, algumas vezes delirio baixo, ou bem delirio furioso, quasi sempre movimento febril. Tratamento : - A con itum ebell. - Feb re, sêd e, dor de cabeca, dores lancinantes, agudas e in- supportaveis, máo-estar geral, queixumes e in- soinnia, tumores volumosos e vermelhos. Apis. - A vermelhidão é pouco intensa, dores lancinantes e urcnles, ourinas escassas e falta de sêde. Mercurius. - E' o medicamento pelo qual se ha de começar geralmente, quando não houver febre nem os demais symptomas geraes. Os tumores são pallidos e as dòres pouco intensas. Rhus t. - Se dará depois de bell., si com a vermelhidão erysipelatosa dos tumores e dòres urenles, adormecimento e lingua secca, esta se puzer negra ou tostada; a vermelhidão dos tu- mores toma uma côr escura e se formam vesícu- las, ou bem se declara um calor abrasador e insupportavel nas parotidas. Além dos medica- mentos anteriores se pescreverá : Carboveg. - Si os tumores se endurecerem e se declarar uma febre continua, com augmenlo pela noite, rouquidão e grande desenvolvimento de gazes no estomago. Conium. - Si carb. v. não houver conseguido resultado algum. Depois de con. dêse-se: cocc. Hepar. - Nos casos cm que as dòres forem pulsativas e houver começado formação de pus. Hepar apressa a abertura do tumor e evita a formação de grande quantidade de pús. Pulsatilla. - Quando os tumores desappare- cein e se affectarem os testículos. Silicea. - Os tumores tardam em abrir-se, as dòres pulsativas são mui vivas, e hepar não tendo dado resultado algum ; ou hemo tumor se houver 363 364 aberto, mas a suppuração não se esgotar, fôr fétida, houver febre lenta e o doente emmagrece visivelmente. Merc.-Convemsiasuppuração fôr sanguínea, sahir sangue e pús misturados, e houver muitos suores, sobretudo no peito, pescoço e cabeça (Alvarez). Sulphur.- Sedarõ aosdoentes escrophulosos e herpeticos, e si depois do tumor aberto se for- marem erupções pustulosas, grãos, etc., e depois de pulsat. quando se houverem affectado os tes- tículos. Dóses. - Veja-se a pag. 24. PARTO E SOBRE-PARTO Os medicamentos principaes empregados con- tra os diversos accidentes que sobrevém no parto e sobre-parto são os seguintes : Falta de dores ou estas mui curtas : puis, de hora em hora; si não bastar, dê-se : sec. Nux m.- E'mui vantajososi houverprecedido um resfriamento. Si houver symptomas de con- gestãocerebral, somnoloncia, rouquidão: opium. Dores espasmódicas ou falsas Si a parturiente estiver mui agitada e desespe- rada : coff. de meia em meia hora; si este medi- camento não causarallivio, dê-se : cham. ou acon. e bell., segundo os symptomas geracs. Desejo continuo de defecar : nux. v. Si depois do parto tardarem as secundinasem expulsar-se, ou houver adherencia da placenta, 365 dê-sepuis.", e si não Bastar, sec., porém empre- gados com precaução; o Dr. Nunez recommenda calc. c. nestes casos, com preferencia a puis. esec. Si sobrevierem hemorrhagias durante o parto ou depois, o melhor medicamento é : crocus, e si este não bastar \ platina. Em caso de necessi- dade póde consultar-se : sabina, bell., cham., chin., ferr. Contra as convulsões que costumam ás vezes apresentar-se durante o parto ou depois delle, ignat.; si este não bastar: hyosc. ;ou bem, cicuta, bell., cham. Si houver rasgaduras das partes como conse- quência do parto laborioso, ou produzidas pela cabeça volumosa do feto ao passar pelos orgãos genitaes externos dê-se : arnica, e si este nao bas- tar : sulph. ac. Sempre convirá lavar as partes despregadas com agua de arnica, morna, e que a mulher tenha os inusculos juntos. Cólicas consecutivas ao parto Si se apresantarem depois do parto e si não forem mui fortes e de larga duração, não se as deve combater, porque são necessárias para a conlracçãoda madre. Só se deverá dar arn. em todos os partos, duas ou tres colheres no dia e pelo espaço de tres dias. Si porém as dôres são demasiadamente fortes, dè-se : coff. ou cham. ou bem : nux. v., puis. As mulheres cujas forças são exiguas e têm um aspecto de probeza de sangue se dará : sec. Febre de leite Si se der «m. immediatamente depois do parto, não se dever temerem geral a febre de leite, ou 366 pelo menos será curta. Si se declarar, se prescre- verá acon., e si houver grande excitação ner- vosa : coff. Si estes medicamentos não bastarem, dê-se : bell., bry., rhus. A erupção urticaria que se apresenta ás vezes no sobre-parto ou puerperio, se cura geralmente com apis. Si fôra miliar : bry.. e si dão bastar : ipec. A prisão não deve munca combater-se no so- bre-parto, e muito menos com purgantes. Só no caso que depois de 6 ou 7 dias não houver defe- cado a doente se lhe dará : bry., ou nux. v.; ou si houver necessidade um banho de agua morna. A diarrhéa durante o sobre-parto é mui peri- gosa e exige muito cuidado a escolha dos medi- camentos. Consultai os medicamentos seguintes indicados no artigo Diarrhéa: antim cr., hyosc., puis., rheum., sec. As hemorrhoides que se formam ás vezes no puerperio se combatem com apis. A suppressão dos lochios ou purgação se com- bale com: coloc., hyosc., nux. v., plat., sec., veratr., zinc. A extrema abundancia de lochios com : bry., calc., croc., hep., puis., rhus. A insomnia e a inquietação com : coffea, ou bem : bell., cham., nux. v., puis. A quedo dos cabellos com : calc., lyc., natr. m., phos., sulph. Aqalatia ou falta de leite Exige : puis, ou bem bell., bry. e agnus. Si ã suppressão fôr consequência de uma forte emoção : bry., cham., coff. Si de um resfria- mento : puis, onacon., bell., dulc., more. 367 Si o leite se estender pelo corpo, como diz o vulgo, isto é, a suppressão repentina do leite aflectar diversos orgãos e especialmenle os do ventre, dê-se : puis, ou rhus, bell., ou bry. Quando a secreção do leite diminuir, prescre- va-se dulcam., graph. Quando houver galatorrhéa ou fluxo de leite pelos peitos, dê-se calc. c. oubell., óry., quando o fluxo fôr pela noite, e china si sobrevier uma grande debilidade. As gretas ou rachaduras dos peitos Previnem-se tendo cuidado de laval-as diara- mentecom agua fria, 3 ou 4 semanas antes da época do parto; assim que se apresentarem, lavem-se os peitos com uma solução de leite con- densado, e se isto não bastar, com agua de ar- nica; demais prescreva-se : cham., calc., salph.; ou bem graph. e lyc. Si o menino não quizer mamar, porque o leite é máo, dê-se : merc. á mãi, e mais tarde: cina. Si o leite fôr amarelloeamargo: rheuni.,s\ fôrazu- lado: lach.; si fôr demasiadamente grosso '.puis.; si coalhar facilmente : bor., lach. 0 incommodo ou as dores causadas pela lactancia Exigem : Borax. -Si houver sensação de vacuono peito depois de dar de mamar. Croton tig. - Si houver dôres violentas quando o menino pega o peita e que vêm deste ao hombro. China. -Si houver debilidade depois de dar de mamar. 368 Mamitis ou inflammação dos peitos Tratamento : - Aconitum.- Febre, sêde, dôr de cabeça, dôr geral do corpo, fortes dôres nos peitos com calafrios; dôres lancinantes, vivas, insupportaveis; agitação e insomnia; grande peso nos peitos. Depois de acon., convém : bell. Belladona.-Sensação de peso no peito,inflam - mação, com crescimento, dureza e vermelhidão. Bryona. - Sensação de peso e dureza, mas crescimento com pelle pallida e com bocca e lábios seccos. Bhus. - Dôres rheumaticas e agitação nas extremidades. Graphitis.- Muitas cicatrizes nos peitos, pro- ducto de abcessos nos mesmos, impedem a sabida do leite. Diz-se que em taes c&swsgraph. impede a formação de novos abcessos (G.). Si apezar de todos estes medicamentos se formar suppuração com abcesso, dê-se : hep., merc., ou silic., si tardarem abrir-se o abcesso, ou si depois de aberto não se esgotar a suppu- ração, e o pús for fétido. Si sahir misturado com sangue dê-se : merc. ; phos, convém depois de silic., quando não esgotar a suppuração e houver febre lenta. Dóses : - Veja-se a pag. 24. PEITO Angina de peito Esta gravissima enfermidade, chamada lam- bem nevralgia do coração, póde-se desenvolver por si só (primitiva) ou bem ser dependente de uma lesão organica do coração (secundaria), que é o mais commum. Rapida em seu curso, einstan- 369 tanea cm sua apparição,compromette em breves horas a vida dos doentes, pelo que não pode ser tratada por uma pessoa estranha á medicina. Emquanto se manifesta ó preciso chamar quanto antes um medico homoeopatha; mas si não o houver na localidade, ou emquanto chega, admi- nistram-se os medicamentos que vamos indicar. Para que os profanos possam conhecer esta enfermidadee combatel-a com os medicamentos adequados, assignalaremosseus principaes symp- tomas. As pessoas que se vêm atacadas repentina- mente, ás vezes em meio da saude mais perfeita, de uma dor pungitiva c constrictiva na região do coração e de uma sensação de angustia e de suf- focacão extraordinárias; cabem como paralisa- das, immoveis. einpallidecem, as palpitações do coração são debeis, quasi imperceptiveis, desi- guaes e intermiltentes, adôrse estende ás vezes em todo o peito, pescoço, braços e ventre, sendo acompanhada em occasiões de nauseas, vomiíos. soluço, dominando sobre todos os symptomas enumerados uma angustia mortal. O accesso,que póde durar desde algunssegundos até varias ho- ras, acaba-se em geral bruscamente cessando a dôr, acompanhado ou não de arrotos de gazes em bundancia. Os medicamentos principaes contra a angina de peito, são : ars., samb., digit., mosch., pela ordem em que enumeramos. Arsenicum. - Dôr pungitiva com angustia ex- trema, desfallecimento, medo de morrer com des- confiança da cura, impossibilidade de mover-se o doente ; ardor intenso no estomago, sensação de grande pressão no peito, pulso debil, imper- ceptivel, sêdee desejo de abrigar-se. Convém es- pecialmente ás pessoas de idade. MED. DA FAM. 370 Sambucus.- O accessoseapresenta em fórma de asthma intensa com suffocação ; o doente se cobre de suor e deseja estar coberto, a suffoca- ção ataca de preferencia a garganta. Convém principalmente aos meninos. Digitalis. - Com os symptomas indicados para arsenicum, se apresentam demais : rosto azulado, pulso pequeno, lento, intermittente, impercep- tivel, ourinas mui escassas, desfallecimcnto considerável que termina em syncope. Convém quando houver lesões de coração. Moschus. - A dôr vem acompanhada de uma sensação deopprcssão extraordinária einsuppor- tavel, sensação de plenitude no peito, frio geral exterior que produz tremor, calafrios externos com calor interno ; sente-se allivio com o calor. Convém áspessoas nervosase mulhereshystericas. Si estes medicamentos não bastarem, podem dar-se pela ordem de enumeração oe seguintes: laches., spigel., aur., acon., ipec., bell. Catarrho pulmonar 0 catarrho simples exige os medicamentos : acon., bell., bry., cham., rhus., sulph. 0 catarrhodos meninosacon.. bell., bry.,calc., cham., ipec., lach., op., phos., sulph., tart. em. (R). 0 catarrho e tosse dos velhos : baryt. c., bry., carb. v., lach., rhus, tart. em., veratr. 0 catarrho epidexMico, ou seja a grippe com acon., bell., bry., taches., nuv. v.,phos., sulph. Quando a grippe vier acompanhada de uma sensação como si as extremidades do doente estivessem magoadas e paralysadasdeve-se dar: causticum, erhus.(Çf.): demais consulte-se\ars., china, ipec., phos. (Comp. Grippe e tosse.) 371 Si o catarrho vier acompanhado de coryza ou de rouquidão, vejam-se estes artigos. Congestão pulmonar. - Acon.,o, óe//.,oubem apis., ferr., nux. v., phos., puis., sulph. (Comp. Asthma). PLEUR1ZIA Dê-se no principio : acon., detres em tres ho- ras. Si o estado do doente não melhorar pres- creva-se : bryoniae depois: sulph. si se verificar a exudação (Com. o artigo Pneumonia). Esta enfermidade é sempre mui grave e não póde ser tratada si não por um bomoeopatha experi- mentado. Si acon., bry., nem sulph. forem suffi- cientes parar curar apleurizia,poderárecorrer- se a : arnic., china., kali c., nux v. ou canth., pulsat.,sabad. PNEUMONIA Symptomas : -A verdadeira pneumania ésem- pre precedida de um accesso de frio ou calafrios mui fortes, e seguida de dôres lancinantese pres- sivas no peito, augmentadas pela tosse, a respira- ção é accelerada. 0 doente tem ordinariamente muito calor, seu rosto fica encarnado e as faces de um roxo subido frequentemente violáceo. Cada respiração umpouco forte provoca dôres e tosse. 0 catarrho não tarda em sahir revestido de sangue, mais tarde tem um aspecto ferruginoso. Tratamento:-Aconitum.- Uma colher de 3 em 3 horas ou de 4 em 4 horas.Mas si o doente sentar pouca febre, temer o movimento, não se deve dar acon., vsxmbry., e e sulph. 372 Sulph. - Se dá quando hry. e phos.não hou- verem terminado a cura. Si houver temor de que o doente tenha tubérculos, se preíeve laches., ou phos. e sulph. Merc. - Convém quando houver suor conti- nuo e abundante que não allivia o doente. Opium. - Quando o doente estiver em um tado de somnolencia. Rhus. -Quando se apresentarem symptomas typhoides. Tartarus em. - Quando o doente não puder cxpectorar, houver symptomas precursores de uma paralysia dos pulmões com forte estertor mucoso, de sorte que parece se asphixiar. Neste caso, de meia em meia hora, deve dar- se uma colher, elogo que se note alliviose dará mais espaçado. Siallivio não se apresentar prom- pia mente dê-se carb. veg., uma colher de dez em dez minutos. Na pneumonia das pessoas idosas, chamada nota ou adynamica, se deve administrar desde ]ogo«c<m., e si este não alliviar ou houverag- gravação dê-se merc., com insistência, pois é o medicamento principal contra esta classe de pneumonia. Si merc. não produzir allivio sen- sível, recorra-se a ipecac., si a respiração fôr frequente, ruidosa e suffocante. Tart. em. - Si hover o symptomasacima in- dicados para este medicamento. Veratr. -Si houver frio geral com grande an- gustia ooppressãode peito. Ars. - Grande prostração com immobilidade, angustia mortal e accessos de suffocação. Contra a pneumonia typhoide o melhor medi- camento é opium \ si este nãoconseguir dominar a enfermidade consulte-se óry., rhus., ou hem arn., ipec., ars., veratr., puis., sulph. 373 (Veja-se paramais detalhesa Febre lyphoide.) N. B. Depois de curada a pneumonia, succede deixar cm alguns doentes uma dor em um dos lados do peito onde teve assento a enfermidade ; além da dôr se queixam ás vezes de fadiga e cansaço, e também não poder dormir sinão de um lado. Para combater estes symptomas, assim como a tosse chronica que resulta ãs vezes e os acompanha, se darã sulphur, uma dóse unica de diluição alta,e se espera seu effeito,sem repe- til-o para evilaraggravações. Si sulph. não os fizer desapparecerjrecorrer-se-ha o. bali. c., lach., lyc., phos., stann. Dõses. - Veja-se a pag. 24. SEIOS (MAMAS) Inflammação dos peitos Veja-seno artigo Parto e sobre parto mesma secção. 0 endurecimento dos peitos exige : arn., carb. an., econ., quandofôrconsequencia de um golpe. As dôres : phosph., ou murex., rhab. -Si fo- rem lancinantes, con., kreos., murex., natr. m., phosp., rhab. Si forem rheumaticas : bry., ou arnica, puis. As fisgadas nos seios : caust. ,pa>nia., sulph. A escoriação dos seios : arnic., calc., e caust., cham., ignat., merc., sulph. As sensibilidade excessiva dos peitos e seios : graph., hep. Os endurecimentos enodosidades '.bell.,carb. an., con., silic., ou bem : apis, ars., calc. c., clemat., coloc., graph., lyc., lach., merc., nitri, ac., oleum. jec., phos., sep., silic., sulph. 374 O cancro : ars., clemat. e silic., oucon., hep., kreos., tarant. (N.) PESADELOS Os medicamentosprincipaes contra os pesade- los, são: acon., nux. v., puis., sulph. Aconitum. - Quando o pesadelo vier acom- panhado de ajuntamento de sangue na cabeca, de somno angustioso e que torna-se difíicil a res- piração. Nux vomica. - Convém si a enfermidade fôr produzidapor uma vida sedentária, estudos mui assiduos, alimentação demasiadamenle abun- dante e succulenta, e o abuso de licores fortes. Opium. -Quando o pesadelo se declarar vio- lentamente, o doente ronca e tiver ruido no peito, seu rosto estiver cheio de anciedade e coberto de suor frio, suas extremidades se agitam convul- sivamente. Pulsatilla. - Si a enfermidade provier de ha- ver sobrecarregado em demasia o estomago. Nos casos chronicos dê-se : sulph., csilic. Rara vez se empregarão os medicamentos se- guintes : nitri ac. (assim como terei).} quando o pesadelo se declarar pouco depois de haver-se dormido : guayac. si o ataque se declarar quando se estiver deitado deespaduas; meser. pesadelos depois de meia-noite. PEIXES VENENOSOS Contra o envenenamento por peixes venenosos se administrará pó de carvão do cosinha mistu- rado com aguardente : si este não bastar dê-se ao doente chicaras de café forte, e si tão pouco este 375 fôr sufficiente, se lhe darã assucar em pó ou agua mui assucarada. Finalmente umaparte de vinagre e duas de agua será um remedio que prestará mui bons serviços quando o meios anteriores ha- jam falhado. Logo que qualquer do ditos meios haja diminuído os symptomas do envenamenlo sedará : ipec., com bastante frequência, e si este medicamento não acabar de fazer desappa- recer os padecimentos, prescreva-se :puis. Si o envenenamento for pelos mexilhões e os- tras não se dará o carvão misturado com aguar- dente, sinão com agua fortemente assucarada, fazendo demais o doente tomar chicaras de café e que respire um frasco que contenha álcool camphorado. Ipec. e logo puis, farão desapparecer o resto dos symptomas. Si como consequência de envenenamento,tanto pelos mexilhões como pelos demais peixes, ap- parecer uma erupção na pelle, una vermelhidão mais ou menos viva, dôr de garganta e cabeça, comichão, etc., dê-se : Acon.- Si houver febre, e agitação. Bell. - Si não houver febre, e hep. ou merc. depois bell. para acabar com a enfermidade. Nos casos rebeldes, consulte-se ars., dulc., phos., sépia, sulph. PÉS Erysipelsa dos pés 0 melhor medicamento contra a erysipela dos pés é arnic., e si não a curar, escolha-se : rhus, ou bry., puis., apis, graph. 376 Gretas ou frieiras nos pés O medicamento principal para fazel-as desap- parecer é petrol.; si não fôr sufíicienle, consulte- se : alum., calc., hepar., graph., laches., sulph., zinc. Paralysia dos pés Sófallaremosdaparalysia accidental,essencial, não da symptomatica ou dependente de um lesão da medula espinhal ou do cerebro. Contra a pri- meira, que provém de um resfriamento, de uma convulsão, etc., bell., e oleand. ; em caso de ne- cessidade se podem prescrever : ang., china, cocc., nux v., rhus, sulph., zinc. Suor de pés Si se houver supprimido : dê-se : silic., e si não bastar : sep.; ou bem cupr., kali c., merc., nux v., phos., rhus. Suor de pés, nas plantas somente : acon. Entre os dedos : acon.,ferr., kali., silic., tart., thuya. Suor de pés, corrosivo : iod., nilri. ac., silic., zinc. Suor de pés, fétido : baryt.-c., lyc., graph., kali., sep., silic. Suor de pés frios : lyc., merc., squilla., sulph. PODAGRA A podagra ou gota nos pés se combate com : arn.esab. ;oubem '.acon.,ars.,bry.,calc.,graph., lyc., natr. m., rhus e thuya. (B.)(Comp. Gota.} 377 PLETHORA As pessoas que padecem esta enfermidade têm entre outros symplomasos caracteristicos de dor- mirem qualquer parte, seus movimentos são len- tos e amam a quietação, tendo aversão ao movi- mento. Os principaes medicamentos para combater esta enfermidade, são : acon., e bell., ou bem : baryt. c., arn.. nux v., op., calc., merc. POLISARCIA Obesidade GORDURA EXCESSIVA O melhor medicamento contra a polisarcia é aiiriun ; si este não bastar, consulte-se : ant., ars., baryt., calc. e sulph. PRUR1GEM Prurito COMICHÃO VIVA NA PELLE Esta enfermidade tão desagradavel póde cu- rar-se facilmente com os medicamentos liomoeo- pathicos ; cointudo é tenaz e exige bastante frequência. Fixe-se bem a attenção nossignaes caracteris- ticos que vamos dar. Si a comichão se acalmar, coçando-se, dè-se : calc., e p/ios. Si ao coçar-se muda de logar : ign., ou mez., spong., staph. e sulp/i. ac. 378 Si não diminuir coçando-se : puis., e spong. Si pelo contrario augmenta : puis, ou caps., caust., con., led., merc., e silic (B). Si pela noite, ao despir e metter-se na cama, parecer que a comichão é occasionada por mor- dedura de pulgas por todo o corpo : ars. e nux. v. Si a comichão fôr provocada pelo calor da cama, dê-se : carb.v., merc.,puis, e sulph. (Hyg}. Si depois de haver-se coçado houver comichão: laeh. ou caust., lyc., puis, e sulph. Si depois de haver-se coçado se apresentarem vesículas : dulc., lach., mez. e rhus. Si depois de haver-se coçado sahir sangue : merc., sulph, ou dulc. e lach. Si depois de coçar-se o doente sentir dôres ardentes : caust., lach., rhus e sulph. Si depois de coçar-se houver uma sensação semelhante á dôr que causaria uma ferida : sep., sulph., ou hep., mez., olean. e rhus. PURPURA A purpura hemorrhagica se combate com bry., ou rhus, ou bem led., e sec., owphos. A purpura senil com ars., e con. A purpura roxa é uma erupção geralmente inoffensiva que toma um termo médio entre a escarlatina e o sarampo. Trata-se especialmenle com acon., ou co/f.; ás vezes exige hell.,ç>w sulph. PUSTULA MALIGNA Definição : - A pustula maligna não é mais que uma especie de carbúnculo. 379 Symptomas. - 1N0 ponto onde ha de se desen- volvera pustula,apresenta uma ligeira comichão, ibrmando-se um ponto que se estende e augmenta a comichão. A este ponto substitue uma mancha li vida, em cujo fundo ha um tubérculo pequeno ; a comichãoe caloraugmentam, hatensãona pelle com inchação e vermelhidão. A mancha seenne- grece e augmenta, ha mais inchação das partes quearodeam, e sua vermelhidão se converteem u m a e ry si pela com gra n d e i nfla m m a ção. A in cha- ção é enorme, estende-se a grande distancia, de- senvolve-se a gangrena que penetra muito, e se apresentam os symptomas geraes de prostração e podridão, com febre lenta, sêde, abatimento, suores frios, pulso pequeno e concentrado, etc. Tal é o curso que segue tão grave enfermidade si não se a curar em seus primeiros períodos. Para seu tratamento veja-se o do carbúnculo, porque em ambos é inteira mente igual, não esque- cendo-se que arsemeum é medicamento especi- fico, por assim dizel-o, tanto do carbúnculo como da pustula maligna. QUE1MADURAS Nos casos de queimaduras de muita extensão comgrande sbppuração, do mesmo modo que & arnica.. nos golpes o contu- sões, e prescreva-se demais no interior, em baixa diluição, uma colher de duas em duas ou de tres em Ires horas. Passadas algumas horas se substi- tuirão as applicações de calendula, com a appli- caçãodeuma mistura de azeitecommum e clara de ovo bem balida, cobrindo além disso a parte com um panno ou melhor uma manta de algodão fino ensopado naexpressada mistura. Estaappli- 380 cação se renovará quando estiver secca, e atéque se cicatrize completamente a ferida. Com este methodo as dôres desapparecem promptamente, ca superfície queimada, por mais extensa e pro- funda que seja, cicatriza promptamente, e a ci- catriz resultante é menos visivel que com outro qualquer methodo dos preconisados. Quando não estiverem mão calendala em tin- tura, use-se aarnica, a de ortigas ou a de cantha- ridas, mas o melhor éa de calendala, ou em sua falta de arnica. Também se substituirá calen- dala no interior por qualquer dos medicamen- tos seguintes : Aconilum. - Si houver febre com sêde, in- quietação e insomnia. Arsenicum. - Si houver sêde ardente com desejo de beber pouco de cada vez. Belladona. - Si houver forte dòr de cabeça com delirio, agitação continua; a luz e toda classe de ruidos molestam muito (si não bastar dè-se: hyosc.). Hepar. - Si houver dôres pungitivas, como si introduzissem alfinetes na superfície queimada; la tej a me n tos p ro fu n dos. Mercarias. -Sise apresentarem suores abun- dantes c a superfície queimada dissorar um pús peçonhento. Silicea. - Si hepar não bastar e a cicatriza- çaonão adianta-se porcausa de que a suppuração não esgota e é de máo caracler. Dóses. - Veja-se a pag. 24. ABUSO DA QUININA Os principaes medicamentos contra os soffri- mentos produzidos pelo abuso da quinina em dóses allopathicas são : ipec., ars., puis. 381 Ipecacuanha. - No principio, na immensa maioria dos casos, quando houver symplomas gástricos, dores vagas, zunido de ouvidos e dôr de cabeça. Arsenicum. - Sède intensa, inchações nos pés, pernas, ventre, rosto ou mãos, respiração penosa, tosse secca e fadiga. Pulsatilla. - Dá-se principalmente estemedi- mento nos soffrimentos consecutivos a uma febre intermittente cortada com enormes doses de qui- nina. Dôresde dentes molares, ouvidose cabeça, e também nas extremidades. Tristeza, pranto e desejo de estar constantemente sentado ou dei- tado; o movimento mais moderado produz suo- res, anciedade e grande cansaço. Além doses medicamentos expressados podem estar indicados : Belladona. -Si houver ajuntamento de san- gue na cabeça com calor no rosto, ardor e dôr na garganta, dôres mui fortes de cabeça. Calcarea. - Si puis, não bastar. Ferrum. - Inchação dos pés, cor pallida da pelle com perda do appetite, tristeza e desejo de estar deitado. Mercurius. -Si se apresentar a icterícia, com prisão de ventre ou diarrhéa biliosa, suores mo- lestos e ulceras ou erupção miliar na bocca, com ou sem salivação. Veratrum. - Frio intenso em todo o corpo ou só nas extremidades; suores frios, sède, prisão de ventre e até caimbras. RAIVA Hydropiiobiâ. - Nas mordeduras de cãesdam- nados, o melhor meio é o calor em distancia, istoé, a applicaçãomais próxima possível á ferida, 382 de um ferro feito em brazas, de uma grossa braza de carvão, ou bem de um cigarro accesso. 0 me- Iborpreservativoparaque a raiva não se declare, é que sedará de Ires ou de quatro en quatro dias, uma dóse em jejum, durante os quarenta ou sessenta dias que se seguem á mordedura. Si a raiva se declarar, dê-se bell., e si pelas 24 horas não houver allivio dê-se : hyosc., e si este não bastar : stram. Alguns recommendam canth. e/«cA.,além dos medicamentos anteriores. Dóses. - Veja-se a pag. 24. RHEUMAT1SM0 Esta enfermidade, que todos conhecem, se de- clara já com forte febre, como o rheumatismo agudo das articulações, já sem febre, como o rheumatismo ordinário (geralmente localisado), que se torna então facilmente cbronico. Contra o rheumatismo agudo das articulações convém principalmente : acon.,arn., bell., bry., cham., chin., dulc., merc., nux., puis., rhus. Contra o rheumatismo cbronico : ars., cale., causi., hep., lach., lyc.,phos. sulph. Contra o rheumatismo ambulante, ou contra as dôres que vêm subitamente de uma parte a outra, estão indicados :puls. ou bem : <zrn., bell., nux. v., sabin., sulph. Segundo os symptomas, escolha-se entre os medicamentos seguintes: Aconitum. - No principio do rheumatismo agudo, com forte febre. Arnica. -Sensação como si as articulações es- tivessem deslocadas ou quebradas, com sensação de adormecimento ou de formigagem frequente- mente, sobretudo quando o doente tiver uma sensação como si a parte affectada descansasse sobre um objecto duro. Belladona. -Vermelhidão erysipelatosa das partes inílammadas ou febre com symptomas ce- rebraes. Forte a junta mento de sangue na cabeça, pulsação das artérias do pescoço (á vista), e ver- melhidão do rosto e olhos. Bryonia. - Dôres ardentes, pressivas, lanci- nantes, dilacerantes, que atacam de preferencia mais os musculos que os ossos, com impossibili- dade de mover-se ; inflammação local pallidaou brilhante com tensão da parte enferma; suor geral, frio ecalafrios, febre intensa com sêdecon- siderável, boccasecca, dôr de cabeça, aggravação dos soffrimentoscom o movimento, o frio, ruido, a tosse ; nem mesmo póde sentar-se na cama pera beber agua ; ás vezes, o mais pequeno movi- mento produz no doente uma especie de syncope pela aggravação que lhe produz nas dôres. Chamomilla. - Dôres rheumaticas que aug- mentam pela noite, com sensação de adormeci- mento das partes enfermas e dôres dilacerantes na cabeça, ouvidos e dentes. Cimicifuga racemosa. - Rheumatismo agudo com febre nas mulheres que padecem damadre. Durante o ataque de rheumatismodesapparecem quaside repente as dôres articulares, comafllic- ção, oppressão mais ou menos violenta na região do coração, palpitações deste, adormecimento dos braços, suor frio nas mãos sem poder mover- se nem falhar, e suífocacão. Mercurius. - Affecçôes rheumaticas com suo- res abundantes que não alliviam. Inchação ede- matosa das partes doentes, que experimentam com frequência uma sensação de frio. 383 384 Nux-vomica.-Rheumatismo dos bêbados, das pessoas de vida sedentária principalmente si se col locar entre os hombros, nas espadoas e rins. Pulsatilla. - AlTecções rheumaticas que vêm de uma parte a outra do corpo. Aggravação ao cahir da tarde, ou pela noite com o calor de cama. Rhododendron. - Rheumatismo articular com nodosidades ; dores intensas e que se aggravam com a quietação e se produzem ou aggravam com o tempo chuvoso, húmido e tempestuoso, ainda que o doente nãe saia de sua habitação temperada e conserve-se bem abrigado. fíhus. - Rheumatismo depois de haver-se mo- lhado inteiramente o corpo, sobretudo estando suando, ou quando se tiver feito grandes esforços corporaes. Sensação de deslocação, adormeci- mento c paralysia, ou verdadeira paralysia das partes enfermas. Aggravação com a quietação, allivio com o movimento suave, mas continuo, emquanto que o doente soffre quando começar a mover-se, por exemplo, quando se levantar de seu assento. Sulphur. - IN os casos rebeldes, quando os me- dicamentos indicados hajam produzido allivio sem poder conseguir uma cura completa. Veratrum viride. - Rheumatismo articular, principalmente do lado esquerdo do corpo, com dòres agudíssimas que se exacerbam com o movi- mento; inchação doslogaresalTectados; febre com pulso cheio, frequente, tenso e como em saltos ; lingua branca com margens amarellas e uma cinta roxa no centro ; nauseas e vomitos; aggra- vação detodosos symptomas pela noite. Emquan- to ás demais indicações, especialmente para o rheumatismo chronico, veja-se : Gota. 385 Dóses : -Nos rheumatismos agudos convém dar os medicamentos de 3 ou de 4 em 4 horas. Nos chronicos e tenazes é melhor dal-os com gran- des intervallos de descanso e repetil-os pouco. RINS Lumbago DORES DE RINS As dôres de rins são pelo geral o symptoma de outra enfermidade, como por ex. : as hemor- rhoides nos homens e as enfermidades da madre nas mulheres. Os principaes medicamentos contra as dôres de rins, são : caust., nux. v., puis., sep., sulph., ou bem : arn., bry., calc., cocc., icjn. Si provierem de um esforço corporal, dê-se : rhus, ou bry., sulph. Inflammação dos rins NEPHRITIS Symptomas : - Divide-se em aguda e chronica. Na aguda, ha dor surda, continua, profunda nas cadeiras, com febre e alterações das ourinas que mudam do amarello-carregado e de muito máo cheiro até a sanguinolenta. Na chronica, não ha febre e a ourina é de um vcrmelho-carregado, deixando sedimento no vaso, algumas vezes de natureza de pus. A dôr de cadeiras não é tão intensa. MED. DA FAW. 386 Tratamento : - Aconitum e bell. - Quando houver fortcsdôres, febre, ourinasanguinolenta, vomitos e pelle secca. Se, demais, fôrem os sof- frimentos provocados por esforços corporaes ou pancadas, ou houver se resfriado. Cantharidas. - Quando houver esforços inú- teis de ourinar e a ourina sahir gotta a gotta. Cannabisou puis : - Quando fôr devida a um recolhimento de qualquer corrimento, ou inges- tão de comidas gordurosas. Nux-vomica. - Nos bêbados, nas pessoas su- jeitas áshemorrhoides e naquellas que se alimen- tam em demasia. ALBUMINÚRIA Mal de Bright Definição : - Moléstia caracterisada pela pre- sença de albumina nas ourinas. Divide-se em aguda e chronica. Symptomas : - Na aguda, ha febre, calafrios, dores nas cadeiras, ourina escassa e avermelhada ao principio para tomar-se no fim do terceiro ao quarto dia pallida e escumosa. Na chronica, consequência quasi sempre da- quella si não foi bem curada, a ourina é escassa e pallida, ha perda de forças, debilidade do esto- mago, perturbações na vista; rosto, mãos e pés inchados, e algumas vezes anazarca. (Vide esta moléstia.) Tratamento : --E o especifico por assim dizer desta moléstia e se o deve dar desde o principio. 387 Armca. - Depois de apis m., se teve por causa pancadas ou quédas. Cantharidas. -■ Quando a ourina fôr muito carregada e houver esforços inúteis de ourinar. Mercúrio e depois sulphur quando tiver por causa vicio syphilitico. Nitri-ac. - Quando houver frio, sofrimento da garganta : a ourina é de um cheiro nauseabundo. Nos cálculos dos rins ou mal de pedra : lyc., ou antim. cr., calc., sassap., silic., zinc. Contra as cólicas nephriticas : canth., nux v., ou bem : bell., verb., cann.. colch., lyc., sassap. ROUQUIDÃO JNos casos agudos de rouquidão catarrhal, eis os medicamentos principaes : carb. v., caust., hep., phos., silic., sulph. Quando a voz forôca, cavernosa, dê-se spong., veratr., ou acon., dros., samb., stann. Quandofôrmuitobaixa, dros., ou china, cham. Si houvercompleta aphonia, carb. v.,phos.,ou antim. cr., caust., hepar., merc., puis., spong., veratr. Si a rouquidão fôr consequência de um esforço da voz, dê-se : carb. v.. phos. (nos cantores). - Lippe recommenda arum tripyl. Si fôr consequência do sarampo, carb. v., puis., ou antim. cr., sulph. Si fôr consequência do crup, phos., ou brom., hep., spong. Comparem-se demais as indicações seguintes na escolha dos medicamentos : Antimonium crudum. - Convém quando a aphonia fôr causada por uma insolação, ou bem a rouquidão se aggrava com o calor do sol, como pelo augmento de temperatura. 388 Carb. vcg.-Quandoa rouquidão seaugmentar pela noite e depois de haver-se fallado ou can- tado, ou quando fôr causada pelo sarampo. Causticum.- Rouquidãoeaphoniaque parece dependerem de uma debilidade dosmusculos do larynge. - Sensação de feridas na larynge. Chamomilla. - Convém especialmente aos meninos que experimentam uma cócega que pro- duz a tosse, e que se vêm acommetlidos de uma rouquidão acompanhada de dõres e ardor. Drosera. - O doente fica rouco, tem a voz baixa e soffre fallando. Kali carb. - Garganta secca, rouquidão com fortes espirros (B). Niix-moschata. - Rouquidão andando como rosto ao vento. Nux-vomica. - Rouquidão que provém de um resfriamento, com sensação de cócega na gar- ganta. Phosphorus. - Rouquidão chronica (mesmo depois do crup), seccura e aridez da garganta. Pulsalilla. -Rouquidão que impede o doente fallar em alta voz. ROSTO E PHYSIONOMIA Quando faltam os symptomas caracteristicos em uma enfermidade, o rosto e a physionomia do doente offerecem frequentemente ao medico preciosas indicações para a escolha dos medica- mentos. 0 abatimento do rosto exige ars., cham.. kali c. 0 edema em redor dos olhos, ars., phos.; de- baixo dosolhos, phos., Gwars. ;em cimadosolhos, sepia; entre as palpebrase as sobrancelhas, kalic. 389 As rugas profundas no rosto, Z?/c., ou sépia, stram. Acôrpallida, china,cina, phos. ac.,sep.,sulph.; azulada, camph., con., eupr., dig., hyosc., op., veratr.; azulada em derredor da boca, cupr., ou cina. Terrosa, china, ferr., merc. Si a pelle do rosto estiver untosa, natr. m., rhus, selen. Si estiver amarellenta, con., ferr., nux. v., sep., sulph. Círculos amarellentos em derredor dos olhos, nitr. ac., spigel., nux. v. Côramarellenla em derredorda bocca e nariz sep., ou nux. v. Côr amarella nas fontes, caust. Tês esverdeada, carb. v., ars., veratr. Côr esverdeada em derredor dos olhos, veratr, Vermelhidão do rosto, acon., bell., cham.. china, hyosc., nux. v., op. Vermelhidão azulada, bell., bry., cupr. Vermelhidão circumscripta nas faces do doen- te, china, ferr., lyc., phos., sulph. Côr variavel (ora pallida, ora roxa), bell., ignat., phos., plat. Queixo inferior pendente, bell., ou ars., hyosc., lyc., op. SARAMPO Esta tão conhecida enfermidade dos meninos começa ordinariamente por uma febre catarrhal com calafrios, dôr de cabeça, horror áluz, olhos chorosos, defluxo (frequentemente com espirrose sangue pelo nariz), rouquidão e tosse que ás vezes toma um caracter crupal. Este primeiro periodo da enfermidade, que vem sempre acompanhado de mais ou menos febre, dura geralmente Ires ou 390 quatro dias, em seguida apparece a erupção no rosto, depois no pescoço, peito e se estende de- pois por todo o corpo. Esta erupção se caracterisa por manchas roxoclaras, do tamanho de uma lentilha ; se tornam pallidas quando se as opprime com o dedo, mas a vermelhidão volta immediatamente do centro á peripheria. (Na escarlatina, da peripheria ao centro). O sarampo tem em geral uma marcha beni- gna, sem todavia exigir cuidados assíduos, sinão sobrevêm enfermidades secundarias; ou bem a erupção pode supprimir-se repentinamente c pôr a vida em perigo. Se conservará o menino em uma habitação quente, na temperatura uniforme de 120° R., e algum tanto escura, até que o des- cascamento, que se verifica por meio de peque- nas pelliculas farinhosas, se haja apresentado. Emquantose verificar o descascamentoe durar a convalescença ter-se-ha o cuidado de que o menino não se resfrie nem coma em demasia, porque os excessos e faltas de regimen são mui- tas vezes a causa efficientc de muitas enfermi- dades que sobrevêm depois do sarampo. Ao principio da enfermidade, antes da erup- ção, se dará acon., de 3 ou de 4 em 4 horas, segundo a intensidade da febre. Si esta ultima fôr mui forte e si se notarem symptomas cerebraes, se prescreverá óeZZ. Quando o doente temer a luz, tiver um vio- lento defluxo com olhos chorosos, aconsclha-se principal mente euphrasia. Si houver symptomas catarrhaes, bry., que fará promptamente brotar a erupção. Si se apresentar uma insornnia com muita inquietação e exasperação, e si acon. não puder combater estes symptomas, dê-se coffea. 391 Si a erupção brotar franca mente e os sympto- mas febris hajam diminuído, dê-se puis., que se continuará até a terminação do sarampo, si este seguir um curso regular. Em caso de suppressão repentina de erupção, dè-se bry., puis., ou phos., ou bem bell., si houver symptomas cercbracs, e si não bastar stram. Também se recommenda apis, ipec., ou bem carb. v., quando o hálito fôr frio e parecer que o menino está na agonia. Camph., quando o hálito fôr quente. Si sobrevier um estado typhoide, o melhor medicamento éphos., e si não combater promp- tamente, dê-serhus, puis., sulph. Para combater as enfermidades resultantes do sarampo se recommendam, contra a surdez, sulph., calc., puis., silic. Contra as parotites : rhus ou bem : ars., merc., carb. v. Contra a miliar branca : nux v. ou bem arn. Contra fluxo purulento de ouvidos : puis., carb. v. Contra as diarrheas : china e merc., ou bem puis., calc., e sulph. Contra a prisão de ventre : op. ou : bry., lyc., plat., nux v. Contra a tosse em geral : bry., cham., dros., nux v., phos., sulph. Contra a tosse grossa, cavernosa : cham., ign., nux v., spong. Contra a tosse espasmódica : bell.,cina, hyosc., lach., spigel., stann. Contra a rouquidão : carb. v., caust., hepar, phos., sulph. 392 Contra as inchações edemalosas : apis, ars., china, bell., samb. Contra a photophobia : bell., puis., sulph., ou phos., e merc. Contra a falta de appetite e a tristeza : ignatia, on bem : merc., phos., puis., sulph. SARNA Desde o descobrimento do acarus da sarna, esta não é considerada como uma verdadeira en- fermidade, sinão como a consequência natural de uma irritação occasionada por um pequeno animal, o acarus, que formá sulcos na pelle. O melhor medicamento, portanto, será aquclle que destrua o acarus. Os médicos antigos haviam observado que depois de se haver feito desappa- recer a enfermidade por meio de medicamentos externos, sobrevinham enfermidades internas, frequentemente mortaes. Tem-se pretendido que estas observações não eram mais que illu- sões, ou bem que taes médicos haviam tomado por sarna outras erupções. Nós sabemos que Hahneinann, o primeiro que demonstrou que a lepra, de que se faz menção na Biblie, e a sarna, são enfermidades idênticas. As investigações que se têm feito com os le- prosos das costas da Noruega e Suécia têm pro- vado eífectivamente qua as cascas dos leprosos continham milhares de acaros mortos. Demais, qualquer medico pôde convencer-se frequentemente que ainda que os insectos hajam sido mortos, fica uma comichão no pelle, que se reproduz durante muitos annos, on bem appa- recein enfermidades internas de um caracter 393 mui grave, com frequência, como vemos succe- der depois da cura de outras erupções ou ulceras da pelle com medicamentos externos, ou depois da transpiração de pés supprimida. Não temos porque discutir aqui opró eocontra da theoria da psora de Hahnemann; nos basta indicar como se curará a sarna promptamente e sem más consequências. O acaro deve destruir-se com fricções ; é uma condição absoluta para a cura. Os meios mais recommendadossão : o balsamo do Peru ou Giinguento de pixe liquido ou estoraque (esloraque liquido 30 grammas, azeite de oliva 7, alcooí rectiticado 3), com os quaes se friccionam as partes da pelle em que sente-se comichão. Quanto maispromptamente seempregam estes meios, melhor, para evitar as más consequên- cias que a sarna poderia causar. E' também empregar os medicamentos in- teriormente ; e no principio a tintura mater de sulph. ou attenuações deste medicamento (42a, 30a), administrado pela manhã e á tarde, em co- lheres, durante vários dias e mezes. Si a comichão não houver desapparecido com- plelamente, se dará merc., ou cacl., sep., silic. (B.) - Nos casos de sarna secca, dá-se no princi- pio carb. v., logo hepar ou caust., diluídos em agua, pela manhã e á noite (Hg.); ou kreos., merc., e sep. (B.) Quando a sarna houver sido mal tratada, sobretudo si se houver empregado fricções de mercúrio ou enxofre, os melhores medicamen- tos são caust., ou sepia (B.). O uso alternado de croton tigl. e lobelia infl., um dia um, um dia outro, é de um effeito seguro. 394 SETTAS A primeira cousa que se ha que fazer em um envenenamento pelas settas, é procurar que o doentevomitequantoantes, fazendo-otomaragua friaembastantequantidade, litillando a garganta com as barbas de uma penna,e prescrevendo-lhe uma porção de azeite doce e carvão em pó. Si estes meios não bastarem, dè-se ammoniaco. Diminuidos os symptomas mais graves, faça-se com que o doente tome café com frequência e vinho, com o que os soffrimentos consecutivos se evitarão. Si estes emtim se declararem, dê-sc : ipec., e puis. ; que os combaterão perfeitamente, ou bem mix v., e carb. v. SUFFOCAÇAO PELO CALOR 5 Se dará: Nos casos de su (locação pelo calor em geral antim. cr., bell., bry., carb.v. SuíTocação pelo fogo : antim. cr., zinc. SolTrimento pelo calor do estio: bell., bry., carb. v., puis. Sollri mentos em consequência de grandes tra- balhos feitos sob a impressão de um sol canicular: antim. cr., bry., camph., lach., natr. c., epuis. Em uma insolação : acon., e logo : bell., e si não bastarem : camph. e glon. SOMNOLENCIA Não vamos tratar da somnolencia que se apre- senta no curso das febres graves como a typhoide, as affecções cerebraes, etc., sinão da propensão 395 inevitável a dormir que padecem algumas pes- soas, em certas horas, gozando todavia e ao pa- recer de uma saude perfeita. Aquella, ou seja a que se apresenta no curso das enfermidades, cahe sob o tratamento respectivo destas, e por- tanto não nos occupamos delia. A propensão inevitável a dormir, que pade- cem algumas pessoas, é tão molesta sempre, que porsi só constitue uma enfermidade que altera a vida ordinariamente do que cahe sob seu influxo edifficultae entorpece suasoccupaçõeshabiluacs. A homoeopathia combate com exilo tal pro- pensão, que costuma apresentar-se nas horas mais necessárias para os que fazem negocios in- dividuaes. Osmedicamentosprincipaes para combaterem geral asomnolencia são, pela ordem de enume- ração : opium, phospJiori acidum, e lachesis. A somnolencia pela manhã se tratará com : calc. c., graph., hep., natr. m., nux. v., sepia. Acerca de meio-dia : antim. cr., natr., sabad., tabac. Pela ta rde: chin., nux v. ,rhus. t.,sulph. o u laches. Pela noite, a primeira boro : ars., calc. c., kali. c., nux. v. Propensão a dormir estando sentado \brucea., petrol., tartar. em. Propensão a dormir lendo c escrevendo : natr., sulph. » » » andando pela rua: acon., tart. » » » estando trabalhando: sulphur. Si o somno só desapparecer movendo-se, mas si voltar tão promptamente quando a pessoa se sentar, voltar a trabalhar, ler, escrever, etc., dè-se mur. ac., ou carb. v. 396 ABUSO DO TABACO Escolham-se os medicamentos segundo a natu- reza dos soffrimentos que causa o fumo. Acom/z/m. - Violenta dor de cabeça com nauseas. Bryonio. - Dôr de dentes molares depois de haver fumado (chin.}. Chamomilla. - Vertigensaté produziraperda dos sentidos : sède, vomitos de bilis ou diarrhéa. Cuprum. - Accessos espamodicos. Ignatia. - Nauseas e outros soffrimentos nas pessoas que não estão habituadas a fumar. As enfermidades chronicas dos obreiros que trabalham nas fabricas de fumo são mais diffi- ceis de curar; os melhores medicamentos são: ars., coloc., cupr. A primeira condição é, natu- ral mente, que o doente abandone a fabrica. TUBÉRCULOS MESENTERICOS TÍSICA MESENTER1CA - TÍSICA INTESTINAL Para esta enfermidade, que accommette de preferencia aos meninos na primeira infancia, e quesecaracterisaporum emmagrecimento geral, com ventre mui crescido, fome voraz ou falta de appetite, sêde intensa, etc., recommenda- se: calc. e., ou phos., ars., silic., staph. Convém dar os medicamentos em diluições altissimas, de uma só vez uma dóse, e esperar effeilo sem repetir outra dóse ou mudar de me- dicamento, comtanto que haja allivio. Mesenterite 397 CHÁ 0 principal medicamento contra os soffrimen- tos produzidos pelo abuso do chá como bebida, é cofféa. Si este medicamento não bastar, consulte- se chin., ferr., thuya. TESTÍCULOS As causas mais frequentes da inílammação dos testículos, orchitis, são as lesões mecanicas occa- sionadas por golpes, pancadas, contusões e ago- norrhéa ou blenorrhagia. No primeiro caso sedará arnica no principio. Si houver febre se dará antes acon. Si estes me- dicamentos não bastarem, dê-se : conium,pulsa- tilla e ainda zincum. Quando fôr consequência de uma gonorrhéa ou blenorrhagia, dê-se pais., e si não bastar, clemalis e merc.; ou bem aur. e nitri, ac. Quando ficarem os tesliculos duros depois de terminada sua inílammação, consulte-se: agnus., ars., aur., ciem., con., graph., rhod. Hydrocele E' uma doença de que até padecem os meni- nos ; é uma enfermidade que então se cura facil- mente com os medicamentos, sendo mais difficil de curar com os mesmos as pessoas adultas e de mais idade. Os medicamentos mais efficazes são arn., calc., graph., nux v., puis., rhod., sulph. O hydrocele produzido por uma erupção her- pctica supprimida se cura com graphitis (N). 398 0 hydrocele nas pessoas escrophulosas se trata coin silicea. Ainflammáçàoerysipelátosa do escroto, ou ery- sipela do escroto, se cura com merc., ou «rs. A prurigem do escroto, se combate com nitri, ac., e si não bastar, recorra-se a ambr.,cocc., dulc., graph, merc., petrol., rhod., rhus., sulph, thuya. Si produzir um prurido voluptuoso, se dará euphorb , ou bem merc., staph., sep., e tarant. 0 engrossamento duro da pelle do escroto, com clemat., e rhus. A escoriações com arnic. ou bem petrol., plumb., staph., sulph. As gretas e fendas com arn., e tamben graph., poenia. A exudação da pelle do escroto, com petrol., ou bem : silic., sulph.; si fôr de um liquido en- carnado merc. ; si fôr de cheiro mui fétido, carb. v., merc., sep., sulph. TYMPANITIS Esta enfermidade, que consiste ein dilatação considerável das paredes do venire e crescimento enorme deste, produzidos pelo desenvolvimento extraordinário de gazes, é dependente muitas vezes de lesões mais ou menos profundas do fígado, baço, madre, ovários, etc. Outras vezes é accidental, não depende mais que do desenvolvimento e dilatação dos gazes nos intestinos, consequência de um resfriamento, da ingestão de certos alimentos, etc. Só trataremos aqui da tympanitis accidental e essencial, pois a secundaria ou dependente de uma lesão organica corresponde ao tratamento desta. 399 A tympanitis essencial se domina prompta- mente e bem com clun. ; si este não conseguir resultadoagum recorra-se a carb.v.,cocc.,kalic., lyc., nux v., plumb., puis., staph. TINHA A tinha se caracterisa pela erupção no couro cabelludo, e ás vezes em outra parte do corpo, de numerosos e pequenos grãos encarnados pouco salientes,e pelos quaes substituem promptamente pequenas pustulas amarellas, cujo vertice se co- bre em seguida de cascas mui adherentes, irre- gularmente circulares, no principio amarellas, e logo cinzento-escuras, e deprimidas em fórma de embride ou canal. A's vezes estão as ditas pustulas isoladas, mas outras cobrem o todo ou parte da cabeça, e se estendem pelo pescoço, iníartando quasi sempre as glandulas do mesmo. Exhalam geralmente máo cheiro, e produzem a queda dos cabellos si não se curarem em pouco tempo. A tinha é tão contagiosa como a sarna, e se transmitte com os vestidos, pentes, toalhas, al- mofadas, chapéos de cabeça, etc. O principal medicamento contro a linha, que a cura bem promptamente si fôr recente, èlycopo- dium \ si este não bastar, dê-se '.sulphur, ou bem, rhus., e sepia. Hepar convém quando a erupção se houver estendido pelo pescoço. Outros médicos homoeopathas recommendam demais para os casos rebeldes : «rs., baryt. c., graph., oleander., staph., viola tr., e dulc. fia demais outra tinha secca, chamada amiantacea ou furfuracea, cujas cascas delgadas se des- 400 prendem e pegam-se aos cabellos. Os principaes medicamentos para combatel-a, são : «rs., calc., yraph., phos., sulph. TISICA Tubérculos A tisica se declara ordinariamente na idade de 20 a 35 annos. Segundo os dados estatísticos causa uma quinta parte doscasos demorte. E'um facto incontestável que a tisica é uma enfermi- dade hereditária em muitas famílias, e que certa constituição physica predispõe a ella. Mas se tem observado que a tisica mata a pes- soas que não deviam tal enfermidade nem á sua constituição, nem á sua familia. Todo o mundo sabe que uma tisica mui de- senvolvida é incurável; más pôde-se conter no principio, com um bom tratamento e regímen conveniente. Importa, pois, conhecer a enfermidade desde seu principie, e impedir seu desenvolvimento por todos os meios possíveis. Não podemos dar muitos detalhes neste manual popular sobre o regimen e tratamento homoeopathico que se de- vem seguirna tisica, esteja ou não desenvolvida. Osprincipaesmedicamentossão: sulph., calc., lyc., phos., ou «rs., chin., lyc., nitri, ac., nux. v., puis., samb., silic. Todos estes medicamentos, e principalmente os precedentes do reino mineral, devem dar-se em altas altenuações, e esperar seus effeitos lodo o tempo possível. 401 B. recommenda phosphorus, quando a tisica vier acompanhada de suores que só se apresentam durante o somno; e sambucus, quando se decla- ram desde que o doente desperta, e são substi- tuidos por calor secco quando o doente dorme. Nós temos feito uso de taes indicações com exito, ainda que a tisica estivesse mui adiantada e não houvesse esperança alguma de cura. Temos obtido um allivio notável. TORT1COL1S Golpe de ar no pescoço Esta en fermidade devidaquasi sempre a um res- friamento ou ao rheumatismo, c que consiste no espasmo ou contracçao espasmódica do musculo mais importante das regiõeslateraes do pescoço, impossibilitando o movimento d este do lado affec- to se cura com bryon. ,ou bemrAws., lycop. Se nenhum destes medicamentos curar o torti- colis, dè-so, cimicifuga racemosa si a dôr que acompanhar torcer o pescoço consideravelmente, e não permitlirá cabeça o mais leve movimento, sobretudo nas pessoas rheumaticas e nas mulheres que padecem desarranjos da funcção menstrual. TOSSE A tosse não é mais que o symptoma de outra enfermidade; acompanha commummenteasin- ílammações dos pulmões,da trachéa,larynge,etc. A importância deste symptoma (da tosse) e o tra- tamento variam segundo a natureza da enfermi- dade fundamental que provoca a entretem a tosse, MED. DA FAM. A tosse mais funesta é a produzida pelos tu- bérculos nos pulmões, porque tarde ou cedo con- duzem á suppuração dos pulmões (tisica). Como a tosse é tão commum, e é impossível aos que não têm estudado medicina apreciar justa- mente o perigo maior ou menor que póde ter, aconselhamos desde logo a toda pessoa que a padece, sobretudo sideitar escarro sanguinolento e si enfraquecer, que se faça ver por um medico o mais prompto possível. Porque quanto mais haja avançado, menos se poderá curar o doente. Eis-aqui um curto reperforio dos medicamen- tos proprios da tosse. A ordem que nelle seguimos indicará que cir- cumstancias devem guiar na escolha dos medi- camentos. Quando a tosse fôr secca, sem salivação, dê-se principalmente : acon., ipcc., phos., spong.;ov\ bell., bry., carb. v., china, cina., ign., nux v.. rhus, sulph., veratr. Si houver salivação : ars., calc., lyc., phos., puis., sep., stann. NATUREZA DOS ESCARROS Si a saliva fôr : Acre, dê-se : alum., ars., caust.,merc., puis., silic. Albuminosa :<zrs., china., ferr. Aquosa : cham., graph., mugn. c., stann. Esbranquiçada: cham., graph.pnagn.c.,stann. Espumosa : ars., phos., puis. Granulosa:phos. Cinzenta ; lyc., ou ambr., ars., thuya. Amarellenta : calc., phosph., puis., stann. Leitosa : ars., sulph. Ennegrecida : chin., nux. v., ou lyc., e rhus. 402 403 Purulenta : calc., chin., con., kali. c., lyc. phos., sep. silic. Sanguínea : ferr., ipec., nitri, ac.,phos., puis, sulph. Verde : puis., sep. Viscosa : áyzZz. bi., stann., ou : ars., cham. phosph. GOSTO DO ESCARRO Si o gosto do escarro fôr : Acre, dê-se : calc., nux v., phos., ou : bell., chin., kali. c., puis., sulph. Amargo : cham., puis., ou ars. Desagradavel:yW.s'.,ou«rs.,iodo.,merc., stann. Doce : phos., ou calc,, plumb., puis., sabad., scilla., stann. Insípida : bry., calc., china, ignat., staph. Gosto de hervas : nux v. De gordura : caust.,puls.,o\i asafcet., magn.m. Melallico : cupr., ipec., rhus. Pútrido : arn., ars., carb. v., cham., puis., sep., stann. Salgado : ars., lyc., phos., puis., ou china, merc., natr. c. MÁO CHEIRO 1)0 CUSPO Máo cheiro : cale., natr., sanguin., ou h/c., phos., sep., stann., sulph. Epoca do dia em que a tosse augmenta, assim como da noite. Quando a tosse augmentar pela manhã, dè-se : cham., cina, euphr., ipec., lyc.,natr. m.,phos., sep., stann., veratr. Pela tarde : óry., m/#. v. 404 Na primeira parte da noite '.bell., bry., cal , nux. v., rhus, puis., rhus. Antes de meia-noite : hepar, rhus. Depois de meia-noite : bell. e nux. v. Durante o dia : euphr. Durante o dia e a noite : dulc., lyc., stann., ou cham. e ign. CAUSAS OCCASIONAES Si a tosse for occasionada : Pelo ar frio : bry. e phos.; ou acon., carb. v., hep. e spong. Bebendo : bry. e cocc., nux. v. ou acon., ferr., ars., lyc. e op. Com o calor da habitação : puis., ou bry., croc. e spigel. Com o calor da cama : m/.r. m. e puis. Por cócega na garganta : ambar. calc., zinc., ou bry., caust. ehep. Por uma cócega na bocca do estoinago : bell., bry., hep., natr. m., phos. ac. Por uma cócega no canal do esophago : lach., ou bell. cham. ou cocc., ign., phos. ac., e puis. Por demasiada concentração do espirito : nux. V., ou cocc. Estando deitado: ferr., hyosc., puis., rhus, ou ars., bell., cham., cocc., con., dros., ign., ipec., merc., phos. e sabad. Estando deitado de espaduas : nux. v. Pela dentição nos meninos : cham., cina,ipec., ou hyosc., rhus. Por uma despeita : acon., bry., cham., ign. nux. v., staph. Por fortes dôres de peito : acon., bry., nux. v. Por uma suffocação pelo calor : acon., nux. v, thuya., ou bry., ipec. 405 Por trabalhos intellectuaes : nux. v., ou ign. Pelo fumo do tabaco : acon., coloc., spong., staph., ou bry., ferr., ign., nuxv. Por uma irritação de estomago : bell., bry., ou merc. Por uma irritação da larynge : cham., cina, hep., ipec., merc., nux v., spong., sulph. Por uma irritação do peito : bell., cham., merc., stann. ou veratr. Pela leitura : nuxv. Pelo movimento : nuxv., ou arn., ars., bry. Tocando piano : calc. Por dôres no pescoço : cham., ou stann. Com o pranto (nos meninos): arn.,cham., dros. Por um resfriamento : bry., dros., ipec., nux v., rhus. Por uma forte respiração bry., ou : cina, ipec. Por uma sensação de aperto no pescoço : cocc., ign. Com a conversação : anac., cham., lach., merc., stann., sulph. Rindo: china, dros., phos., stann. Bebendo vinho : borax. Durante o somno : cham., lach., verb. Depois do somno : lach. Si a tosse se apresentar. - Ao ar livre : ipec., nuxv.,o\iars., bry., cocc., lyc.,phos.,rhus,spig. Ao despertar : nux v., rhus., ou ign., puis. Durante ou depois da comida : bell., bry., ferr., nux v., zinc. Durante o repouso \ puis., rhus., cm ferr.,hyosc. 406 Depois de se haver deitado : hujc v.,puls., sa- bad., ou rhus,ruta., staph. Durante o somno : «rn., bell., calc., cham., lach.y nitri, ac., sepia. Depois de dormir : laches. Eis-aquiagora, pela ordem alphabetica, os me- dicamentos principalmente empregados contra as diversas classes de tosse mais frequentes. Aconitum. - Tosse secca, curta, com sympto- mas febris. -Tosse depois de uma esquentação ou um resfriamento ao ar secco, e frio ; no prin- cipio das enfermidades inflammatorias de peito. Belladona. - Tosse espasmódica,secca, rouca, convulsiva, que provoca cócega na trachéa, res- piração curta, defluxo, espirros, dôr de cabeça como si estivesse a estalar, dôr na nuca, dores dilacerantes no peito ou pontadas nas cadeiras, ou bem sensação como si alguém arrancasse al- guma cousa do ventre. Bryonia.-Tosse secca,com cócega no pescoço, que augmenta depois de comer até fazer vomitar ao doente. Pontadas dolorosas nos lados, na ca- beça, no pescoço ou no peito. - Accessos vio- lentos de tosse, durante osquaes soffrem a cabeça e o peito. -Affecçôes inflammatorias do peito, expectoração de mucosidades amarellentas ou misturadas de sangue escuro e coalhado. - O doente deseja o maior descanso. Chamomilla. - Tosse secca nos meninos, oc- casionada pelo resfriamento no inverno. -Tosse secca provocada por uma cócega no esophago, com sensação de uma cousa que sobe á garganta ou detem a respiração. - Tosse com cócega, cau- sada especialmente pela conversação. Augmenta si o doente se encolerisar, permanecer no ar frio, no vento, si comer e beber; diminuo com o calor da cama. 407 Dulcamara.-Tosse que provém de um resfria- mento (sobretudo com a humidade), com grande secreção de mucosidade, acompanhada frequen- temente de rouquidão. Aggrava-se si se estiver quieto na habitação ; allivia-se com o movimento. Hepar. - Tosse semelhante á do crup, sobre- tudo si o doente tomar bebidas frias ou si se res- friar, mesmo quando não se resfrie mais que um só membro çpor ex. : as mãos). Hijoscyamus. - Tossesecca,espasmódica,exci- tada por uma cócega na trachéa. Augmenta pela noite, e si o doente permanecer deitado; diminue quanto se senta. Ignatia. - Tosse espasmódica, grossa, dia e noite : parece haver uma penna no pescoço; quanto mais se tosse mais se tem necessidade de tossir. Ipecacuanha. - Tosse que sobrevem principal- mente nos meninos, quando parecem ameaçados de suffocação produzida por mucosidades accu- muladas. Tart. em. - Tosse secca espasmódica ; o rosto se torna roxo c azulado; o menino põe-se teso. Tosse acompanhada de nauseas e vomitos, ou de dôres no umbigo; desejo de ourinar; res- piração curta. Tosse provocada andando ao ar livre e frio. Tosse durante o sarampo (nos me- ninos pequenos), continua, mui violenta, em cada respiração. (Segundo G. ipec. allivia immediatamente.) Nux-vomica.-Tosse secca provocada por uma sensação de oppressão e arranhamento na gar- ganta ; dôres, como si a cabeça estivesse a es- talar, sensação de magoamento no epigastrio. Tosse nas pessoas cuja constituição é de nux v. 408 Pulsatilla. - Tosse de differente natureza, secca pela tarde e noite,acompanhadapela manhã de expectoração. Tosse que se apresenta cada vez por dous accessos. Tosse que augmenta com o calor da habitação e da cama, e que cessa ao ar livre. Rhus. - Tosse cuja causa tem sido estar o corpo suando e o molhar já com banhos, já de outra maneira. A tosse augmenta ordinariamente pela tarde e antes de meia noite ; commove fortemente a cabeça e peito; augmenta depois de deitar-se ; di- minue quando o doente deixa a cama; vem acom- panhada de vomitos (que se verificam sobretudo si se estiver deitado de espaduas); cessa pelo commum depois dos vomitos. Em certas épocas parece que rhus allivia todos os doentes atacados de tosse (Veja-se : Tosse ferina). TRISMO Contracção espamodica do queixo inferior 0 trismo é uma enfermidade mui perigosa occasionada frequenlemenle por feridas, princi- palmente nas mãos, dedos e pés. Vem ordina- riamente acompanhada de tétanos. Assim é, que si em consequência de lesões, é de temer-se o tétano, é preciso absolutamente en- contrar o medicamento proprio para evital-o Vejam-se : Lesões). Além de arnica, que está principalmente in- dicada nas lesões, devemos mencionar sobre- tudo : 409 Hypericum. - Lesões mecanicas de diversa natureza, sobretudo si espinhos ou pregos hão se introduzido na planta dos pés, ou agulhas hão penetrado debaixo das unhas ao quebrar-se, ou as extremidades dos dedos se hão contundido violentamente, oubemse hão dilacerado ou ferido os nervos : estas lesões vêm seguidas de dôres ex- cessivas que sobem ao longo dos nervos (Hg. L.) Os medicamentos principaes contra os pri- meiros symptomas do trismo, são : angust., bell., ign., nux. v. Não indicamos,os demais medicamentos con- tra o tétano, porque este já desenvolvido, não póde ser tratado sinão pelo medico. ULCERAS As ulceras chronicas, que resistem tenazmenle á cura, têm quasi sempre sua origem em uma enfermidade interna (dyserasia). Deve tratar-se- as com medicamentos internos, pois a cura com medicamentos externos póde acarretar más con- sequências. Posto que a causa occasional seja uma enfer- midade chronica, será o tratamento inais feliz empregando as altas potências e administrando os medicamentos em largos intervallos, do que em dóses frequentes e de baixas attenuações. Ulceras rodeadas de uma aureola roxa : «rs., hep., puis., silic. De grãos : lach., sulph. Com carnosidades: ars.,sep., silic.,oupetrol., sulph. Ulceras azuladas, inchadas, rodeadas de ve- sículas : lach. De margens duras : ars., lyc., merc., silic. Ardentes : «rs.,ou caust.,lyc.,merc.,rhus. silic. Cancerosas : ars., silic., sulph. Sem dôres : lyc., phos., ac. Fungosas (carb. an.), lach., silic. Gangrenosas (necrosis) : a/'s., china., lach., secai., silic. (plumb.) Ulceras de margens grossas, merc.; profundas, calc.,puls., silic.; quesangram facilmente, ars., carb. v., lyc.: que segregam um pús abundante, puis., sep., aquoso, caust., merc., rhus., silic. \ fétido, hepar, phos. ac., sulph. sanguinolento, ars., hepar., merc., nitri, ac., rhus, silic.; seroso, caust., merc. (asafoet). Que não segregam pús calc., lach., merc., silic., sulph.', esverdeadas, ars. 410 UNHAS Enfermidade das unhas das mãos Escolhem-se os medicamentos segundo as in- dicações seguintes : Unhas azuladas, chel., china, dirjit. : descora- das, ars.; disformes, cjraph. ; dolorosas, antim. cr. ; rodeadas de espigas, natr. m., rhus e sulph. Que se esfolam, merc. Amarellentas, con. Com manchas brancas, nitri ac. Com dôres pungitivas emseu derredor, graph., hep., silic. Com suppuração em seu derredor, silic., ou merc., sulph. Enfermidade das unhas dos pés As principaes medicações são as seguintes : Ulceras com carnosidade em cima, staph., ou petrol., silic. 411 Grossas, graph. Azuladas, dig., mur. ac. Dolorosas, bell., hep., silic., leucr. Doloridas, «rs. Disformes, graph., sep. Cnjas extremidades se introduzem na carne, staph. VARIZES Esta enfermidade, tão molesta e dolorosa ás vezes, consiste em uma grande dilatação das veias das pernas, sendo suas causas mais fre- quentes, entre outras, a prenhez e o estar muito tempo em pé. Os medicamentos principaes para combatel-as, são : «rn., hamamelis virginica e pulsat. Si não forem sufficientes, reccorra-se a ars. cale., carb..v. asafcet., graph., lyc., nux v., sulph., zinc. Si produzirem dôres tensivas. dê-se graph., si forem dilacerantes, sulph., ac. Si se inílammarem, o melhor medicamento é hamamelis virginica, e si houver necessidade, «rs., puis. Si suppurarem, se dará lyc., ou hamamelis. Si produzirem hemorrhagias, dê-se hamamelis com insistência ou bem veratr., phos., puis. Si formarem ulceras das varizes, administre-se hamamelis, e si não bastar recorra-se a «rs., caust., lyc., sulph. Nos casos chronicosuma dóse só de sulph., de trituração alta, da 90a ou 100a, ou da diluição 2000a ou 12000a, esperando-se que desenvolvã-se sua acçao, sem tornar a repetir, conseguem-se resultados sorprendentes. 412 Deve procurar-se a limpeza na cura das ulce- ras das varizes, e fazer na curas quantas vezes requerer a sua limpeza ; esta evita muito a sua extensão. Quando as varizes têm adquirido muito des- envolvimento, convém trazer umas meias de gomma-elastica que produzam uma compressão suave e progressiva. BEXIGA (ORGÂO) Catarrho da bexiga E' produzido ordinariamente por um resfria- mento, lesões exteriores ou medicamentos irri- tantes, e pela presença de cálculos. E' preciso, pois, trater a enfermidade segundo a causa. Demais, o tratamento varia segunda a enfer- midade, seja aguda ouchronica. Nos casos agudos damos principalmente : Aconitum. - Quando o doente tiver muita febre, muitos desejosde ourinar, e experimentar ao ourinar dôres ardentes (bell.'). Cantharis. -Quando houver um desejo con- tinuo de ourinar; ao ourinar experimentam-se dôres fortes em alto gráo, comichão ardente e dôres contractivas, e ha com frequência perda de sangue. Dulcamara. - Desejo continuo de ourinar, com sensação dolorosa de aflluencia junto á ure- tra e bexiga; emissão gotta a gotta, que deposita um sedimento mucoso, ou bem de ourina san- guínea, ou bem de ourina mui fétida, sobre- tudo quando o catarrho tem sido adquirido em tempo húmido, chuvoso. 413 Póde-se dar demais: arn., ars., nux. v., puis., nos casos agudos; mas nos casos chronicos se dará : cale., carb. v., dulc., lyc., phos., petrol., sulph. 0 tratamento destasenfermidades é tão diffi- il que é impossível dar mais indicações em um manual popular. (Vejam-se : Qurinas.} Paralysia da bexiga zbx, bell., dulc., lach. Si a paralysia fôr parcial de tal sorte que a ou- ri na sahe torcendo-se e espirrando,etc., dé-se:«n- tim.cr.,bry.,caust. ,natrum. ,puls. ,spong. ,staph., veratr. (Comp. - Incontinência deourina). Si a ourina sahir expulsando ventosidades, puis, é o medicamento que se deve empregar. Na paralysia da bexiga, consequência dos par- tos, si a doente não experimentar desejos de ourinar, ainda que a bexiga esteja cheia, e não puder ourinar espontaneamente (sem auxilio da sonda), dá-se com exito uma dóse de arsenicum, alta potência (Guernsey). VENEREO (SYPI11L1S) Blenorrhagia (gonorrhéa-purgações) Si houver symptomas de uma forte inílain- mação dê-se acon. até que diminuam. Si não houver symptomas febris, ou depois do uso de ízco/z., se prescreverá sempre cannabis, tres co- lheres ao dia, por espaço de tres ou quatro dias, e logo se deixa descansar o doente esperando a acccão do medicamento. 414 O doente deve guardar socego a tranquillidade maior possível. Desapparacidos o symplomas mais culminantes, se dará, para acabar com o fluxo que sahe, merc., si fôr verde ou puriforme, e sulph., si fôr branco, tendo-se o cuidado de não dar muito medicamento, porque então se apresentam aggravações. Siapezardo uso dee«7m.,houver dôres violen- tas, erccções dolorosas, immensa difficuldade de ourinar, ourina que sahe de gotta em gotta ou sanguinolenta, se prescreverá cantharis, uma co- lher de quatro em quatro horas até que desappa- reçam taes symptomas. Si não bastar canth., dê-se mer. ou bem sulph. Contra agonorrhéa chronica, suph., ou bem : caps., natr.m.,mix. v., sep., thuya. Contra os máos effeitos da suppressão brusca da blenorrhagia, como são dôres rheumati- cas, etc., dé-seem primeirologar cannabis, para restabelecer de novo o fluxo, que se tratará depois como se deixa dito. Si cann. não bastar, consulte-se : merc., puis., sulph. (Vejam-se : Testículos). Bubão 0 bubão agudo quesobrevem já em uma viri- lha, já em ambas em consequência da blenor- rhagia oudocancro, estásubordinado, emquanlo a seu tratamento, aos das enfermidades que o originam. Todavia, ás vezes por suas dôres, ma- gnitude ou endurecimento, exige uma atlenção especial. Eis-aqui as indicações especiaes : Bubão inflammado. - Hepar., merc., silic., sulph.', -inchado : carb. an., hepar, merc., sulph., onaur., staph.,thuya",-dolorido; mer., ou bem carb.v.,hepar, nitriac.;-ulcerado: mer. pr. r. (trituração baixa),hep., sulph. ou nitri ac. 415 Cancro Os cancros agudos com fundo elevado, e ulce- ras que se estendem profundamente, se curam, geralmente e promptamente com mercurius pre- 3aaôa trituração, uma dóse todas as manhãs. Si se houver feito abuso do mercúrio, ou si a ulcera fôr superficial, dê-se : nitri, ac.; si a ul- cera fôr elevada, papillar : thuya e mais tarde : nitri, ac., ou staph. Si o mercúrio não bastar para curar o cancro, ou se formarem cascas em derredor da ulcera, e si o doente houver tido anteriormente erupções na pelle, dè-se primeiro : sulph., ou hepar em trituração, e volte-se amer. depois. Tenha-secui- dadocom a repetição frequente dos medicamen- tos, porque succede produzir fortesaggravações. Nãopodemosfallaraqui dossymptomas secun- dários da syphilis. Os medicamentos principaes contra suasdiversas fôrmas são :aur., kalibichr., lach., nitri ac., mer-sol., e subi., salsap., staph. thuya. VERRUGAS Os principaes medicamentos para combater com exito e promptidão as verrugas, são : cale., caust., dulc., graph., lyc.,phos., natr., nitri, ac., rhus., sepia, thuya e sulph. Verrugas callosas : calc. e lyc. Verrugas com comichão : sulph. Verrugas carnosas ou pediculadas : caust. Verrugas inchadas, duras e friáveis: antim. cr. 416 Ulceras em derredor de verrugas antigas : antim. cr. Verrugas inílammadas : thuya., sulph., ou bell., caust., nitri, ac., sep. e silíc. Verrugas nas sobrancelhas : caust. Verrugas no nariz : caust. Verrugas no rosto : caust., dulc., kalic. e sepia. Verrugas e outras excrecencias scozicas nos orgãos geniteas : thuya, e nitri. ac., e si estes não bastarem, consulte-se : euph., lyc., merc., phos. ac., sabina., staph. e sulph. Verrugas no orifício da madre : thuya e secai. Verrugas nos braços: calc*, dulc., sep., silic. e sulph. Verrugas nas mãos dos onanistas: nitri ac., sep., thuya e sulph. Verrugas nas mãos em geral: berb., calc., dulc., lyc. ,natr. m., nitri. ac.,rhus, sepiac thuya. Nas geminas dos dedos : thuya.; no dorso dos dedos: dulcam. ; nos lados dos dedos : antim. cr. Nos dedos em geral : berb., lyc., petrol., rhus e sulph. Verrugas inchadas : berb. Verrugas nos dedos grossos dos pés : spigel. VERTIGEM A vertigem não é maisque osymptoma de ou- tra enfermidade, e geralmente de uma congestão cerebral ou de falta de sangue (vertigem conges- tiva ou anémica). A's vezes sobrevém repentinamente, outras é ehronica. Si se puder averiguar sua verdadeira causa, si a tomará por guia para a escolha do medica- mento. 417 Depois de comer ou haver carregado em de- masia o estomago : arn., ou cham., cocc., nux. v., puis., e rhus. Em consequência de uma congestão sanguí- nea na cabeça : acon.. bell., e glon., ou bem nux. v., phos., e sulph. Por causa de anemia : china, ferr., epuis., ou calc., natr. m. Depois de erupções ou ulceras supprimidas : calc., e sulph. Porcausade congestões hemorrhoidaes : mza?. v., e sulph. Demais se terão em conta as indicações se- guintes : Aconitum. - Vertigem ao voltar-se, com perda da vista ou do conhecimento. Arnica. - Vertigem ao voltar-se, movendo- se, comendo. Bclladona. - Vertigem com anciedade e des- vanecimento. Frouxidão antes e depois do ac- cesso. Vertigem como si se fosse chumbado (ferr., merc., e thuya). Calcarea. - Vertigem ao subir uma escada. Atordoamentonacabeçae tremor antes de comer. Cocculus.- Vertigem com desejos de vomi- tar ao voltar-se. Conium. - Vertigem volvendo a cabeça ou volvendo-se na cama. Ferram. - Vertigem descendo uma mon- tanha ou a vista d'agua corrente. Natrum muriaticum. - Vertigem com pan- cadas na cabeça e falta de reflexão. Nux cómica. -Vertigem pela manhã cedo e depois de comer; por causa de esforços intellec- tuaes ; deitando-sc de espaduas (sulph). 418 Phosphorus. - Vertigem com nauseas e dôr de cabeça pressiva. Vertigem chronica ou todas as horas do dia\ Pulsatilla. - Vertigem com dôr de cabeça, zunido de ouvidos, calor ou pallidez do rosto, cores negras diante dos olhos, nauseas. Rhus. - Vertigem que faz cahir e com temor da morte. Sulphur. - Vertigem, sobretudo quando se eslá sentado. lia uma multidão de outras indicações, segundo as circumstancias que provocam,augmentam ou diminuem a vertigem ; segundo a época do dia em que se verifica e os soffrimentoscorrentes,das quaes vamos indicar as mais importantes : Vertigem. - Depois de haver tomado café, cham. Curvando-se, bell., bry.,lach., nux. v., puis. Entrando cm uma habitaçao, vindo do ar li- vre, merc., phos. Com escurecimento da vista, acon., bali., nux. v.,puls., ou arn., hep., ign. Com palpitação de coração, plat., puis. Levantando-se da cama, bell., coce., puis., ou acon., arn., bry., china, merc. Depois de beber vinho, natr. c., zinc Comvomitos e nauseas, calc., puis., ou acon., ars., bell., bry.,cocc., nux. v. Nas zonas tórridas, lyc. Que sobe da nuca, silic. No occiput, china, zinc. VENTRE (CRESCIMENTO DO) O ventre succedeás vezes augmentar-se de um modo considerável, sem que nem oajuntamento de serosidade nem de gazes sejam sua causa. Esta enfermidade a padecem ambos os sexos e em todas as idades, porém é mais commum nas mulheres depois da primeira menstruação, ao estabelecer-se esta, na idade critica ou desap- parecimento completo das regras o nas que têm parido muitas vezes. O melhor medicamento para combater o cres- cimento de ventre èplatina, ou bem apis, echina. Si se apresentar nas jovens na época de suas primeiros menstruações, se combaterá com laches., e também puis., sep., sulph. Nas mulheres que tém parido ou abortado, sepia ou calc-c., nux. v., plat. Depois de cessar a menstruação, laches.. e acon., asafoet., lyc., puis., sulph. 419 BEXIGAS Variola VARIOLOIDE VARICELA Moléstia epidemica, que se annuncia por ca- lafrios, febre forte, dôr de cabeça, dôr nas ca- deiras e em todos osossos. hálito fétido, vomitos. Do terceiro dia em diante começam a apontaras pustulas como mordidellas de pulgas, primei- ramente no rosto e pescoço, e algumas vezes nas costas; o rosto se avoluma, as pustulas enchem, deprimindo-se no centro, e do 7o ao 8o dia depois da sahida começam a seccar, isto é, si correm regularmente. A febre, que na sahida das pus- tulas tinha declinado, volta noenchimento delias, declinando outra vez na sécca. 420 Chama-se discreta si sahe uma aqui, outra acolá: confluente, si são juntas; olho de polvo, si algumas, em grande numero, são esverdeadas ou pretas(gangrenosas); hemorrahagicas, si vêm algumas cheias de sangue. Hão se recominendado tantos medicamentos contra a variola, que hão sido efficazes em umas epidemias e em outras não, que se deve fixar mui to a altenção no caracter especial de epidemia, como já o lemos dito ao tratar de outras epide- mias. 0 var io limem ou vaccinium é o medica- mento que, em geral, parece o mais vantajoso, não só como preservativo, como em todas as phases da enfermidade. Wolf e B. têm recommendado thuya, mas al- guns de meus collegas e eu não temos podido comparar a efficacia de thuya. 0 Dr. Teste re- commenda :causticum30ae mercarias corros^9, dados alternativamente (isto è, d nas vezes caustic., pela manhã, e duas vezes merc. cor., pela tarde). Vários médicos homoeopathas têmvisso bons re- sultados destes medicamentos. O Dr. Nunez recommenda clematis como pre- servativo. Os médicos americanos e alguns europeus re- commcndam sarracenia puerpera, e outros a jul- gam como inefficaz. Segundo os symptomas e as complicações, o pratico vê-se na necessidade de recorrera outros vários medicamentos, dosquaes adiante nos occuparemos. Os principaes são : acon., apis, e bell., o primeiro para o primeiro periodo ou periodo febril que dura gcralmenle de 3 a 4 dias, e os segundos, sobretudo bell., para o periodo eruptivo. Para o periodo da suppuração e complicações deaffecçõesda gargantamerc., e parao da dessec- cação acon. ebell., na febre, e depois cham.,puls. 421 Arsenicum. - Quando houver grande pros- tração de forças, as bexigas se deprimem ou voltam negras. Nestes mesmos casos ainda rhus, e tart. em. Coffea. - Agitação e vomitos biliosos. Stram. - Delirio furioso, desejo de arrojar-se da cama, cantos, risadas, prantos, somno com sobresaltos ou insomnia completa, etc. Sulph e chinin. - Comichão irresistível ao começar a desseccação. Rhus. - Symptomas typhoides. Phosphorus. - Hemorrhagias. Emquanto á vaccinação, não diremos delia que não é um preservativo, porém que lerá contri- buído a propagar as escrophulas, herpes, etc. A bexiga douda, ou varicela, não exige ordi- nariamente tratamento medico. A varioloide, pelo contrario, se curará com vaccinium ou outros medicamentos recommen- dados contra a bexiga. Dóses : - Veja-se a pag. 24. Ainda que estes soffrimentos não sejam mais que os symptomas de uma enfermidade, por isso não deixam de ser importantes. Só a natureza dos vomitos e as circumstancias que os acom- panham nos fazem conhecer a enfermidade, e elles nos guiam na escolha dos medicamentos. Escolha-se, nas nauseas e vomitos provocados pelo movimento de uma carruagem e navio, ars., coc. (Hartung recommenda hyosciamiis, outros tabac. e staph.') Provocados por um desarranjo de esto mago, «zz/ím. cr., bry., ipec., nux. v., puis. VOMITOS (NAUSEAS, ETC.) Provocados por excessos nas bebidas, ars., lach., nux. v. Nos vomitos e nauseas da gravidez dê-se ipec., nux. v., puis., ou con., kreos., natr. m., sep., veratr. (Com. Prenhez). 422 NATUREZA DOS VOMITOS De alimentos : ars., bry., euph., ferr., nux. v., silic. Aquosos : bry., caust. Biliosos : ars., bry., cham., merc., nux. v., sep., veralr. De bebidas : ars., ou : bry., cham., ipec., nux. v., silic. De matérias estercoraes: bell., nux. v., op., plumb. Mucosos: dros., puis. Negros: ars., nux. v., crotalus, bry. Sanguíneos : arn., ferr., ipec., phos. Si liouver nauseas : ipec., nux. v., puis., silic., sulph., veralr. Si desejos de vomitar: ipec., ou bell. APPENDICE ENFERMIDADES DOS MENINOS Como não podemos conhecer os symptomas subjeclivos, isto é, os sentimentos e sensações do menino, não podemos tomar em consideração sinão os symptomas objectivos, isto é, os pheno- menos pathologicos que se apresentam a nossos sentidos, taes como a tez e a expressão do rosto, a temperatura da pelle, o humor, os gestos de menino, etc. Por isso no tratamento destas enfer- midades, e sobretudo com o methodo homoeopa- thico, deve ter o medico muita paciência e expe- riencia; sem ambas as qualidades ó impossível ser um bom medico de meninos. Ainda que não podemos contar com os symptomas subjeclivos, cu ja dcscripção exacta nos adultosé uma condição indispensável para a boa escolha dos medicamen- tos, a homoeopathia tem sabido, todavia, utilisar também os differentes symptomas objectivos para a escolha de seus medicamentos, que o medico homoeopatha póde dar os medicamentos que convêm á enfermidade com muito mais segu- rança, e sem nenhum perigo para a organisação tão delicada do menino, o que não póde fazer o medico allopalha. 424 Uma multidão de symptomas, que para este não tem valor algum ou mui pouco, são frequen- temente de uma importância decisiva para o medico homoeopatha. Sabe-se que nossos adversários, que não podem negar absolutamente nossos triumphos, susten- tam que esses triumphos não dependem sinão da dieta ou confiança que o doente tem em nossos medicamentos. Mas nas enfermidades dos meninos nãopóde fazer-se intervir a confiança ; e emquanto á dieta ou regímen,omedico homoeopatha e oallopatha ordenam geralmente as mesmas prescripções dietéticas, de sorte que, quando se quer discutir de boa fé, não se pôde fazer por causa da dieta. Os êxitos da homoeopathia bem superiores aos da allopathia, não devem de nenhum modo ser atlribuidos sinão á influencia directa dos medi- camentos applicados segundo os princípios ho- moeopathicos. Não faltaremos mais que das principaes enfer- midades dos recem-nascidos e meninos de peito, com seus medicamentos principaes. As enfermidades dos meninos, que não se en- contram neste capitulo, devem buscar-se nologar que as corresponde no corpo de nosso tratado. Só por facilitar ao principiante o estudo dos medicamentos e graval-os em sua memória, da- mos em cada medicamento as indicações que o devem guiar em sua escolha. Faltaremos primeiro de alguns abusos. Lactancia dâs meninos Em geral ninguém nega que o leite da mãi ó para os recem-nascidos o melhor e mais são ali- mento; muitas mãis e parteiras crêm todavia 425 que é melhor acostumar em seguida o menino a outro alimento. Isto é um grave erro; porque justa mente as primeiras semanas depois do parto são as que offerecem mais perigos tanto para a mãi como para o menino, c só deixando pela natureza se- guir seu curso evitar-se-hão seguramente esses perigos. Nos grandes calores do estio, sobretudo, é mui importante que a mãi dê de mamar a seu filho, ou pelo menos até que o outono comece e o tempo refresque. Um segundo abuso, que se commette pela generalidade, é dar aos meninos agua de cha- momilla ou cevada. A maioria das amas e parteiras crêm que um menino não póde estar são e robusto sinão se misturar o leite que toma com uma ou outra das aguas expressadas. Si só se ajuntasse ao leite uma dessas aguas quando o menino tivesse ventos ou cólicas, não nos opporiamos a essa mistura. Mas o uso continuo de taes misturas provoca enfim os males que se desejam evitar. 0 uso da agua de chamomilla causa, como as experiencias no homem são o têm demonstrado, cólicas, uma diarrhéa biliosa, insomnia, umagrande irritabili- dade, e disposição a vermelhidões e escoriações da pelle. REPERT0R10 DAS ENFERMIDADES DOS MENINOS Emmagrecimento dos meninos (atrophia) : «rs., calc., chin.,petrol.,phos., podoph., sUic., sulph. Apiitas : borax., merc., sulph., sulph. ac. Asthma. e respiração difficil : ipec., ou «rs., samb. 426 Cólera infantil (mui semelhante ao cólera morbus): ars. é o melhor medicamento, e depois : veratr. ou ipec., phosph. ac. Si houver symptomas cerebraes : bell. Cólicas : cham., bell., acon., ou: cina, ipec., jalapa, rheum., senna. Quando se houver abusado da chamomilla : ign., ou : nux. v. Prisão de ventre : bry., magn. m., nux. v., op., sep., ou : lyc., sulph. Convulsões : bell., cham., ign., ou : cina, ipec., op., tarant. Gritos sem que se possa apreciar a causa : bell., ou cham. Crup : acon., hep., spongia. Dentição : acon., bell.,cal. c., coff., ou : cham., ign., kreos., merc., podoph., sulph. Diarrhéa causada por azedumes no estomago : rheum. ou cham., sulph. Diarrhéa causada pelo calor do verão: bry., ou : carb. v., ou ipec., nux. v., podoph. Diarrhéa causada pelo tempo frio : dulc., ou : nux. m., rhus., sulph. Coryza (defluxo secco) : nux. v., samb.', de- fluxo húmido : cham., carb. v., dulc. Escoriações : cham., ou: hepar, merc., silic., sulph. Febre : acon., cham., coff., ou : bell. Icterícia : chin., merc., ou : lach. Indigestão : ipec., cham. ou : bell., merc., nux. V., puis. Quando houver muito azedume no hálito : bell., calc., cham., rheum., ou nux. v.,puls. Inflammação dos olhos : acon., cham, op. Peito :- O menino não o quer pegar. Veja- se : Parto e sobre-parto. Insomnia : coff., ou acon.,bell.,cham.,niixv. ,op. 427 Infartes ou inflammação do seio ou seios : arn., cham., bell., hep., silic. Retenção de ourina : acon., ou arn., camph., cham., puis. Tumor sanguíneo na cabeça : arn., ou : rhus, silic. Lombrigas (soílrimentos causadospelas) : cina, calc., ferr., merc., nuxv. sulph. Vomitos : ipec., puis. VoMITOS DE LEITE : aCCtUSU. Vomitos com prisão de ventre : nux. v. Dóses : - De todos os medicamentos que acabamos de citar, dá-se aos meninos pequenos, de um a seis mezes, um globulo sobre a lingua; de seis a doze, dous globulosde uma altenuação elevada (oa), ou dissolve-se-os em uma colher pe- quena de agua e dá-se-lhes de 3 em 3 horas. INDICAÇÕES ESPECIAES PARA OS DIVER- SOS MEDICAMENTOS Aconitum. - 0 menino tem a pclle secca e quente, não têm somno, grita muito, morde seus dedos e tem diarrhéa com evacuações aquosas e esverdeadas. - Retenção de ourina nos recem- nascidos. -Tosse crupal.- Accesso de tosse, du- rante os quaes leva o menino suas mãos ao pes- coço ou bocca (G). - Febre verminosa. Apis. - Desperta pela noite com gritos pene- trantes. (Quando principiar o hydrocephalo.) Arsenicum. - Não é possivel fallar aos meni- nos ; estão melhor quando se os faz passeiar (Hg). Belladona. - Convém principalmente aos me- ninos que se desenvolvem rapidamente, téin os olhos azues eoscabellos ruivos; convém também aos meninosquedormempouco, porémque estão 428 sempre em um estado de somnolencia,semi-dor- mindo e semi-acordados(G); convém demais aos que são espertos, caprichosos, que choram e riem por nada, transpiram e se resfriam facilmente. Os meninos pôem os braços sobre a cabeça du- rante o som no, ou bem curvam a cabeça ou se deitam de ventre (Hg.). Gritam repetinamente sem causa conhecida e cessam de gritar também repentinamente.Suspiram muito. -Belladonaè também util para á diarrhéa do estio, quando os meninos doentes têm a garganta tão secca que se agitam, meltem as mães na bocca, como se qui- zessem arrancar alguma cousa de sua gar- ganta (G). Bórax. - Medo durante um movimento de descida, descendo uma escada, deitando o me- nino, etc. Assim, por ex., o menino que dorme tranquillamente nos braços da ama, desperta gritando si o se quizer deitar. Susto violento causado pelo mais pequeno ruí- do.- Aphtas que sangram facilmente quando o menino comer e beber. - As pestanas se met- tein dentro dos olhos. - Os meninos choram e gritam antes de ourinar. Bryonia. - Lábios seccos e gretados. Prisão de ventre com evacuações duras, seccas, como tostadas. Os meninos agitam seus queixos como se mas- tigassem. - Não podem soffrer o movimento o mais pequeno; parece que augmenta seus soffri- mentos. Calcarea carbónica. - Este medicamento con- vém sobretudo aos meninos escrophulosose gor- dos, aos que tèin a pelle secca, frouxa e as molei- ras abertas, aos que transpiram tanto pela cabeça que molham o travesseiro em grande parte (G). 429 Muitas cascas sobre a parte da cabeça coberta pelos cabellos, com comichão ; os meninos coçam a cabeça, quando se lhes perturba seu somno ou se lhes desperta (Hg). Desejos de comer ovos durante uma enfer- midade ou convalescença (Hg). Evacuações esbranquiçadas e como misturadas de cal. - A boccado estomago parece que está cahida. - Tosse, acompanha de muito ruido mucoso nos bronchios, e que se auginenta pela manhã. Infarto das glandulas do pescoço. Dentição difficil. -Insomnia depois das tres horas da manhã (G). Causticum. - Os meninos não podem fazer de ventre sinão de pé, e de nenhum modo es- tando sentados (Hg). Chamomilla.-Os meninos querem que se lhes faça passeiar continuaincnte em braços, e não estão quietos sinão nesta posição; ou bem dão voltas, deitam a cabeça para traze se pôem tesos. Não querem que se lhes toque (Hg). Têm movimentos convulsivos duranto o somno. Pedem uma porção de cousas que recu- sam emquanto se lhes dá (G). P ran tos e gritos, m ão li u rnor; u m a d a s faces eslã abrasadora e encarnada, a outra pallida; sêdc; suor na fronte e cabellos ; cólicas ou diarrhéas, com evacuações verdes ou semelhantes a ovos quebrados. - Suor no rosto depois de haver comido. - Convulsões durante a dentição ; uma das faces estã encarnada, outra pallida. O menino ri-se durante seu somno ou desperta sobresaltado; grita, suspira, chora ese agita. Tem cólicas com suor na fronte. - Salivação com sêde e com bocca e lingua seccas (Hg). Cina. - Soffrimentos que provêm de lom- brigas. Os meninos coçam continuadamenle o nariz e a fronte. Durante o somno curvam a cabeça, levantam- se sobresaltados, e em seus sonhos são acom- meltidos de medo e susto (Hg). Não estão deitados cinco minutos sem gritar, é preciso que se lhes pegue, os faça passeiar e os ponha no quarto dia e noite. Movimentos de deglutição continuadamente, como si os meninos quizessem engulir alguma cousa. - Pequena tosse deirritação. - Fome ca- nina. - Diarrhéa toda vez que bebem. A ourina volta leitosa depois de algum tempo, ou bem coalha formando uma massa gelatinosa. - Os meninos volvem-se c torcem-se durante o somno, e rangem com frequência os dentes (G). Choram e gritam, não se deixam tocar, são insensíveis a caricias e recusam o que se lhes offerece (B). Coffea. - O menino chora facilmente e ao chorar rompem repentinamente em gargalhadas; chora logo de novo (G). Convulsões dos meninos durante a dentição, com rangimento de dentes (Hg). Insomnia, como si proviesse de um excesso de alegria. Ic/natia. -Os meninos despertam tremendo e dando gritos penetrantes. Movimentos convulsi- vos das extremidades. - Espasmos acompanha- dos de gemidos. - Caimbras provocadas por sustos (G) ou por um castigo (Hg). -Convulsões durante a dentição, escuma nabocca e os pés se movem sem cessar (Hg). Evacuações difficcis de ventre com queda do reclo. 430 431 Ipecacuanha. -Tosse durante o sarampo nos meninos delicados; a cada respiração sobrevem uma tosse violenta e continua. Os meninos cho- ram, gritam e dormem com os olhos entreaber- tos (B). - Evacuações semelhantes á agua de carne, ou verdes, com cólicas c nauseas que augmentam pela noite. Jalapa. -Os meninos estão contentes etran- quillos durante o dia ; mas durante a noite gri- tam e se agitam (G). -Forlos cólicas de ventre, com ruido de gazes ; o menino grita e se retorce com as dores (N). Kreosotum. -Dentição dolorisima.- Ossymp- tomas se aggravam desde asseis da tarde até as seis da manhã seguinto. Durante estas horas o menino morde, sapatêa, e se retorce; está em continua agitação, sendo mui pouco tempo que dorme. Se allivia durante o dia, e á noite volta a aggravação. Só dorme alguma cousa acari- ciando-o muito - Gengivas crescidas; parece que estão cheias de um liquido escuro e aquoso.- Os dentes são transparentes através as gengivas, são ennegrecidos e apresentam signaes de des- truição dentro das gengivas. - Prisão de ventre em geral, evacuções duras e seccas. Si houver diarrhéa, as evacuações são escu- ras, aquosas, dolorosas; escoriam as partes e contêm porção de alimentos indigestos. Lycopodium. - A ourina encerra um sedi- mento de aréa roxa; os meninos grilam forte- mente antes de ourinar, e cessam depois de gritar logo que começam a ourinar (G). Os buracos de nariz se agitam fortemente du- rante a respiração, como se quizessem mudar de logar (nos meninos que soíTrem dos orgãos da respiração) (Wilson). 432 0 menino grita todo o dia e chora toda a noite (G). Muito ruidode gazes no ventre, sobretudo no lado esquerdo, debaixo das costellas. - Aggra- vação pele tarde de 4 a 8 horas. Mercurius sol. - Salivação abundante e com frequência vèm-se pequenas empolas na lingua, gengivas e bochechas, e lambem ulceras exten- sas nas gengivas. Com os symptomas anteriores as noites cos- tumam ser mui más. Si em tal estado o menino se resfria, a salivação suspende-se, e entãosobre- vêm as convulsões. Com mcrc se restabelece a salivação e as con- vulsões cessam, augmenta o allivio e a salivação desapparece sem prejuízo para o menino. As roupas se vêm manchadas por uma ou- rina amarellenta e de um cheiro subido. - O ventre cresce e endurece com frequência. Evacuaçõesde ventre viscosas, sanguinolentas, verdes e acompanhadas de tenesmo (puxo). Hálito fétido. - Tosse e expectoração pelo dia e não pela noite. - Suor geral que mancha a roupa de amarello ; pela noite o frio apparece, é pegadiço nas extremidades. - Insomnia antes de meia-noite. Os symptomas se aggravam dor- mindo do lado direito, com a luz artificial, o suor, ao ourinar e depois de haver ourinado. Nux-vomica. -Medicamento principal depois do emprego de purgantes, medicamentos nar- cóticos, depoisde um abuso de chamomilla, etc. Prisão de ventre com evacuações difficeise duras, ou evacuações frequentes, mas pequenas, acom- panhadas de muitos esforços inúteis. Queda do recto, durante as evacuações. Hérnias. Insomnia ou aggravação dos soffrimentos de 3 a 4 da 433 manhã. Durante o dia e dentro de casa, o meni- no é acommettido de um defluxo que corre ; durante a noite, pelo contrario, é um defluxo secco (B). - Os meninos encolhem frequente- mente as per nas, e as estendem promptamente(G). Opium. - Prisão de ventre, e si as evacuações se compuzerem de grandes holas duras (alta at- tenuação) (G). - Insomnia com rosto encar- nado (Hg). Petroleum. - Diarrhéa só durante o dia acompanhada de emmagrecimento (G). Platina. - Prisão de ventre com evacuações fccaes que se pegam no anus. Podophijllum. - Emmagrecimento ; as eva- cuaçõessãonaturaes,masem demasia frequentes. -■ Diarrhéa sobretudo pela manhã e antes de meio-dia, ou bem depois de haver comido ou bebido (Comp. Diarrhéa). - Quédo do recto. - Dentição difficil; os meninos volvem a cabeça, suspiram muito durante o somno, rangem os dentes e dormem com os olhos entreabertos. Rheum. - Diarrhéa nos meninos de peito, com evacuações amarello-escuras, não deloro- sas, que contêm muitas mucosidades. Diarrhéa durante a dentição com tenesmo frequente. Salivação com cólicas e diarrhéa. Evacuações acidas, semelhantes ao leite coa- lhado ou á agua de sabão; voltam mais tarde verdes ; põem o anus encarnado. Os meninos se agitam e encolhem as pernas. Incommodain-se e têm delirio durante o somno. Pallidez, movimentos convulsivos dos musculos, do rosto e dedos. MED. DA FAM. 434 llheum. - Convêm principalmente aos meni- nos cujo corpo exhalaum cheiro-acre, apezar da limpeza mais escrupulosa; é bom também em uma diarrhéa acre ou acida com cólicas (llg) ; o mesmo nas cólicas dos meninos que se aggravam descobrindo-lhes um braço ou uma perna (R). 0 menino pede para comer tudo o que se pode imaginar; logo que tem comido um pouco não quer mais (Dr. Bell). Senna. - Cólicas ventosas; os meninos gri- tam de tal maneira que se tornam azulados (G). Sepia. - Prisão de ventre nos meninos e nos recem-nascidos, quando fôr preciso tirar os es- crementos com os dedos, por causa da inactivi- dade do recto (G). Incontinência de ourina nos meninos durante o primeiro som no (G). Stanmim. - Cólicas e outras affecções de ventre que se alliviam opprimindo-o. O menino quer que se o deite sempre de ven- tre, de espaduas ou sobre os joelhos da mãi ou ama ; de outro modo está descontente (G). Sulphur. - Os meninos despertam com fre- quência com gritos. Grande voracidade; o me- nino quer levar tudo á bocca e olha com avidez para a comida. Assusta-se frequentementeedágritosterríveis. Os escrementos escoriam o anus ou as pregas da pelle que rodeam o anus. Sulphuri acid. - Bocca e gengivas cheias de aphtas e mui dolorosas. O menino fica mui irri- tável, agitado e grita a maior parte do tempo. Evacuações de ventre especiaes: tèino aspecto de mucosidades cortadas, de côr de açafrão. Ainda que não haja aphtas as evacuações são bastante caracteristicas, e podem considerar-se assim, quando se apresentarem. 433 Grande debilidade com sensação de tremor interior. Tosse com expecloração pela manhã e sem expecloração pela noite. Tarantula. - Coréa ou doença de S. Guido. Movimentos desordenados e involuntários dos braços e mãos, dos musculos do rosto. Gestos, visagens involuntárias. As cousas das mãos (N). Veratrum. - Vomitos com nauseas mui gran- des e fortes nauseas sem vomitos. Suor frio na fronte. Vomitos que se produzem com o mais pequeno movimento. Diarrhéa aquosa com suor frio na fronte e grande prostração depois de cada evacuação. Frio e sensação de humidade nas ex- tremidades, apezar de todas as cobertas que se acham na cama. Muita debilidade, pulso pouco perceplivel. Os meninos recusam fallar em tal estado. Grande sêde, desejos de bebidas frias e aggra- vação depois de haver bebido. Febre lenta com suor frio na fronte e rosto des- figurado. Se ja-nos permit tido também chamar aattenção doleitorsobre o-tratamento prophytatico-mui recommendado pelo Dr. Gastier e outros médicos. Como o herpetismo, as escrophulas e outras enfermidades (psora, syphilis e scosys) têm inva- dido, por assim dizel-o, nossa actual geração quasi completamente, graças á indifferença imper- doável dos médicos vaccinadores, deve-se tomar o cuidado de examinar, um pouco mais que o faz a generalidade dos médicos homoeopathas, essas enfermidades que têm-se feito tão geraes. O Dr. Gastier recommenda que se dê aos me- ninos, depois de passados alguns dias de seu nas- cimento, uma dóse da 30a ou 200a attenuação de $ulphw\ e repetil-a durante quatro ou cinco se- ■ 436 manas (si os symptomas não exigirem outro me- dicamento), e administrar tres mezes depois uma dóse de calcarea carb. O Dr. Nuncz recommenda sulphur e mercu- rius, uma dóse do primeiro em princípios de um meze ou Ira do segundo em princípios do segundo mez seguinte, c assim successivamente ; e acon- selha as altas attenuações. Diz-se que este tratamento favorece o cresci- mento dos meninos e o desenvolvimento normal dos dentes ; demais preserva os meninos de en- fermidades dyscrasicas (herpes, etc.). O professor Guernsey aconselha dar aos me- ninos, se fôr possível, os mesmos medicamentos como prophylaticos que têm sido indicados se- gundo os symptomas da dyserasia que soffre o pai ou a mãe. Noã se dará ao menino mais que uma só dóse de uma alta attenuação. BER1BER1 Definição : - Moléstia caracterisada por dor- mência o formigamento, primeiramente nas ca- beças dos dedos, e depois nas barrigas das per- nas e ante-braço, com fraqueza, inchação e dor. Divide-se em tres fôrmas : paralytica, ede- ma tosa e mixta. Historico: - Moléstia que reinou na França em 1600 sob o nome de acrodynia, e em 1865 em Matlo Grosso e Campos do Paraguay, e que depois assolou as províncias do norte do Império, tendo ultimamentese acclimadoao sul, especialmente no Rio de Janeiro e margens do Parahyba. 437 Causas : - Odistincto Sr. Dr. Lacerda, medico brasileiro, assim como os médicos parasitistas, attribuemoberiberi a uma intoxicaçãoinotivada pela presença de microbios no sangue, apo- derando-se depois da espinha dorsal de que re- sulta a paralysia. Outros médicos, porém, attri- buem o beriberi a uma intoxicação palustre. Symptomas :-Fôrma paralytica.-Nos primei- rosdias o doente sente umincom modo indefinível, máo-estar, fraqeza geral,falta deappetite; alguns dias depois sente dôres vagas pelo corpo, como de rheumalismo, elogodormencia, peso, e como que a vontade não dominaosmembrosinferiores e su- periores. Este esladose aggravando,o doente em- magrece, atrophia-se, declaram-sc ás vezes câim- bras que retorcem os musculos das mãos, das pernas e pés ; declara-se uma cinta no abdómen (barriga) e o doente fem a sensação de que o está apertando:mais tarde,difficuldadeda respiração, cansaço, ourinas diminuidas e carregadas, e por fim inchação, no rosto, mãose pés, e somnos cur- tos e intranquillos. A morte tem logar por as- phyxia. Fórma ede.matosa : - A erupção do mal apre- senta a mesma fórma de mão-eslar da formá pa- ralytica, mas a inchação é o que primeiro chama a attençáo do doente; o cansaço e difficuldade da respiração (dyspnéa) é maior, aourinaé escassa e avermelhada ; ha maiordifficuldadeem andar; a dormência e peso é mais pronunciada do que o formigamento; declara-se algumas vezes febre pela tarde, sède á noite, suores raríssimos ;a pelle se torna descorada e a inchação torna-se geral; o ligado congesloe sensívelá pressão; ossomnos são curtos e intranquillos.O doente ficaapprehen- sivo pelo seu estado; tem temor da morte, o que si realiza também por asphyxia. 438 Fórma mixta : - Esta fórma da moléstia com- prehende os dous estados acima descriptos, já pela invasão, já pela simultaneidade dos symp- tomas. Ha, porém, symptomas caracterislicosde sua particularidade, que são : marcha mais accelerada da moléstia,que póde matar em poucos dias. Nãoha quasi, geralmente, perturbações na digestão;pelo contrario,o doentesealimentabem; o doente sente maior dôr á mais diminuta pressão na barriga das pernas; tem sensação de que tem cordas entesadas nellas e que o menor con- tacto corresponde em toda a perna. Tem um calor excessivo nas solas dos pés que o obriga a tirar as meias ou os sapatos. No principio desta fórmao doente, ainda podendo andar, domina os seus movimentos, mas, de repente, os musculos não obedecem á vontade e o doente cahe. Sente geralmente muito frio. A vozse enfraquece; a an- ciedade é maior do que na fórma paralítica e menor que na fórma edemalosa. O doenteaccusa dôr insupportavel no coração. Tam sensação de sacudidelas nos tendões e dentro do corpo ; tem caimbras á tarde e á noite, que o fazem chorar. O doente quasi não dorme, e quando o faça, o somno é agitado; tem sonhos de faltas más, etc. Tem um peso no abdómen (barriga) com dor- mência, que sobe das verilhas e se lhe afigura que está dura como páo. E' maior a prisão de ventre e ha inaclividade do recto;osescrementoschegam ahi,sahem pequena porção, eo doente por- mais esforços que faça não póde despedi rores to. A febre geral mente precede a morte que também tem logar pela asphyxia. Prognostico : - As fôrmas mixta e edemalosa são curáveis, tendo em si, porém, gravidade. A fórma paralytica é quasi sempre incurável, por- que tende á chronicidade ou periodicidade. - 439 Quando a cura tenha de realizar-se, o que é muito commum no tratamento homoeopatico, o primeiro symptoma que se nota são os somnos tranquillos, o augmento daourina, desinchação, sensação de bem-estar, etc. Regímen: - Torna-se preciso o doente de beri- béri afastar-se dos logares húmidos ; sendo pos- sível, mudar-se da localidade emquanto estiver doente. Trará constantemente meias de flanella. Na alimentação, abster-se-ha dos ácidos, peixe, café,laranja e todas as comidas de di fficil digestão. Abster-se-ha de comer farinha de mandioca, fará pelo contrario uso de farinha de milho. Duas vezes por dia, pela manhãe á noite, tomará banhos de agua salgada aquecida, e, quando more distante do mar, salgará-a agua. Deve abster-se de todo exercício que lhe possa trazer intranquillidade de espirito. Acordarácedoe estandoo temposecco passeiará em logares em que haja vegetação. Tratamento : - Veratr. ab., Ia diluição,é, para bem dizer, o especifico do beriberi, maximè na fórma mixla ouedematosa. Deve-se, pois, insistir em sua applicação por oito ou mais dias, ou em- quanto se notem melhoras. Nux-vomica, lachesis. - São para a fórma pa- ralylica o que é veratr. para a fôrma edematosa. E' raro que os beribericos com este tratamento não sintam o declínio de sua moléstia e conse- guintemente a sua cura. Digitalis, Ia diluição, ou cactus. gr. flor. - Para as fôrmas mixta e edematosa, quando haja grande anciedade, falta de ar e o doente accuse fortes dòres no coração. Apis-m. 18a diluição.- Especialmente para a fórma edematosa e depois de veratrum. O doente 4i0 accusa dores abrasantes em certos pontos do corpo; a ourina é excessivamente carregada e de máo cheiro. Cuprum-met. - Nafórmaparalytica. 0doente tem caimbras e repnxamento de tendóes. Veralrum viride. - Intercorrentemente, em qualquer das fôrmas, logo que se declare febre. Colchicum. -Intercorrentemente, quando as dôres, semelhantes ao rheumatismo, forem in- supportaveis. Arsenicum. - Intercorrentemente, quando o doente tiver muita sêde à noite, bebendo pouca agua de cada vez. Acampam. - Quando o doente tiver muita sêde e beber grande porção de agua de cada vez. Lycopodio. - Quando houver prisão pertinaz de ventre com o fígado muito sensivel á pressão. Pulsatilla. -Nas mulheres, sempre que estas tenham irregularidades na menstruação. China e sulphur. - Devem completar o trata- mento em qualquer das fôrmas. Dôses : -Conforme a gravidade ouintensidade da moléstia, assim se tomará o medicamento; mas, geralmente, basta tomar na maioria dos casos uma colher de sopa de Ires em tres horas no principio do tratamento ou até que a moléstia decline, e dahi em diante de seis em seis horas. Illm. Sr. Os abaixo assignados, propretarios e direclores de importante estabelecimento de PHARMACIA HOMOEO PATHICA, á rua da Quitada n. 127 o qual conta 23 annos de existência, têm a honra de par- ticipar a V. S. que acabam de entabolar relações directas com as notáveis casas Charles Hulbart e Hamphreys e C. de Nova-York, para a remessa dos seus específicos e dos preparados americanos, em geral, além da acliva e constante correspondência, em que já se achavam que as de Noxon, Catellan, James Epps e Dr. W. Schwabe, de diversos paizes da America e Europa. Outrosim, que fizeram ultimamente acquisição do direito exclusivo de preparar e expor as carteirinhas de medicamentos para cada enfermidade, segundo o methodo systematico introduzido pelo Dr. E. Pinto, e cuja efficacia, constan- temente provada póde ser garantida; delias já se acham á venda as constantes dos catalogo de preços, como dos específicos do Dr. Marques de Faria para as moléstias em geral, e do peito e coração em particular. Os abaixo assignados pharmaceuticos homceopathas e membros do INSTITUTO HAHNMANNIANO DO BRASIL, ao dirigem-se a V. S. para fazer-lhe tal communicação, e ao mesmo tempo pedir-lhe a honra de visitar o seu estabelecimento e distinguil-o com a sua confiança, não podem eximir-se de mais uma vez insistir nas van- tagens que leva o systemahomoeopalhico sobre o antigo systema de curar, especialmente para aquelles a quem a distancia dos centros populosos (onde sómente en- contram-se de prompto os recursos da sciencia) obriga forçosamente a exercer a medicina domestica, como recurs de conservação, e não poucas vezes como fonte de caridade. II Esta asserção é tão verdadeira, que os proprios médi- cos allopathas, em suas residências do interior, possuem carteiras de medicamentos homceopathicos, superiores ainda aos outros pela facilidade de seu emprego, como preparados simples, que são já confeccionados, e de ne- nhuma sorte perigosa no seio da familia a sua conser- vação. Accresce ainda, que os nosos tratados de medicina domestica, numerosos e claríssimos (o que não possue a outra medicina, tão complicada é a sua therapeutica e tão escrupulosa a sua pharmacologia), achando-se ao alcance de todas as intelligencias, constituem seguros guias, pelos quaes póde qualquer curar-se a si proprio e aos seus em todas as enfermidades, e isto não só com maior presteza e suavidade, como ainda com um dis- pêndio infinitamente menor, quasi sem dispêndio algum, attentos os preços dos medicamentos e insig- ficante quantidade que delles se emprega em cada caso. Ultimando, os abaixo assignados tomam a liberdade de offerecer a V. S. os preços correntes da sua Phar- macia, e esperam ser lisongeados com a sua confiança, a que ligam ao alto apreço, quanto honrara-se em subscrever-se J)e. V. S. Muito attentos respeitadores, criados e obrigados, J. Coelho Barbosa e C. III PREÇO DAS BOTICAS GLOBULOS 1 Botica de 12 medicamentos. IO5OOO 1 » 24 » . I55OOO 1 » 30 » . 205OOO 1 » 36 » . 235'000 1 » 48 .» . 265000 1 » 60 » . 305'000 1 » 120 » . 505000 GLOBULOS GRANDES (PÍLULAS) Hoje geralmente usados I Botica de 12 medicamentos. 125'000 1 » 24 » . 205'000 1 » 32 » . 245000 1 » 36 » . 285000 1 » 48 » . 365000 1 » 60 » . 425000 l » 120 » . 605000 TINIUHÁS 1 Botica de 12 medicamentos. 155000 1 » 24 » . 245000 I » 32 » . 285000 1 » 36 » . 325000 1 » 50 » . 425000 1 » 60 » . 505000 1 » 120 » . 805000 IV GLOBULOS E TINTURAS 1 Botica com 24 vidros (12 med.). 1 » 30 » (18 » ). 26/>000 1 » 60 » (30 » ). 42.J000 1 » 126 » (102 » ). 60y>000 1 » completa de tinturas e globulos em varias dynamisa- ções, com vidros grandes, com tinturas para uso externo, em- plasto de arnica, etc., própria para um medico ou fazendeiro. As boticas de maior numero de medicamen- tos serão calculadas por estas ultimas. N. B. - As boticas que forem sortidas com medicamentos de dynamisações mais baixas que a 5a, ou mais altas que a 30a, têm preços especiaes. TRITURAÇÕES Existem las, 2as e 3as; estas ultimas custam, 1 oitava 2/>000 MEDICAMENTOS PARA USO EXTERNO TINTURAS-MAIS Arnica, tintura, 500 grammas. . . » » 250 » ... 6,>000 » » 30 «... l;>000 V Calendula (para queimaduras, etc.), 30 grammas 2/iOOO Guaco (para rheumatismo), 30 gram- mas Hamamelis virginica (para hemorrha- gias, etc.), 30 grammas Ledum palustre (para picadas de in- sectos, etc.), 30 grammas. . . . Marapuama (para paralysiase impotên- cia), 30 grammas Rhus (para rheumatismo), 30 gram- mas 2/>000 Opodeldoc de arnica, i vidro de 60 grammas Opodeldoc de bryonia, i vidro de 60 grammas Opodeldoc de rhus, 1 vidro de 60 gram- mas 1A300 Opodeldoc de guaco, 1 vidro com 60 grammas l/>500 Opodeldoc silicado, 1 vidro com 60 grammas Oleo de arnica, 1 vidro. Colodio, 1 vidro com 30 grammas. . Glycerina, 1 vidro de 30 grammas. . MEDICAMENTOS DIVERSOS Cactus grandiflora, tintura-mãi, 30 grammas VI Cactus grandiflora, tintura da 3a até 30a dynamisação, 30 grammas. . 35000 Camphora, tintura-mãi, vidros para 15'000 e25000 Camphora em pilulas, 1 vidro. . . . 25000 C11ENOPODIUM ANTHELMINTICUM, COO- tra vermes, 1 boceta com 12 dóses25000 Cundurango, para cancros, ulceras, rheumalismo e moléstias syphiliti- cas, 30 grammas de tintura-mãi, 6,>'000, e dynamisado35000 Enitolia (para boubas), 30 grammasda 3a dynamisação 35000 Essência odontalgica (para dòr de dentes), 1 vidro15000 Plantago (para febre intermittentes), 30 grammas da 3a ou 5a dynamisa- , ção35000 Plumeria (para mordedura de cobra), 30 grammas da 3 a dynamisa- ção 35000 Tamaqtjare' (para dartros,etc.), 8 gram- mas da 5a dynamisação .... 25000 Emplasto de arnica, 1 cartão . . . 15000 Emplastos annulares para os callos, 1 caixinha com 12 emplas- tos 15000 Chocolate iiomoeopathico em põ, 300 grammas 35000 Pós para dentes, 1 caixinha. . . . 15000 VII Pomada homoeopathica para o cabello, 1 vidro15000 Globulos inertes de assucar de leite, 500 grammas105000 Colheres de porcellana para medir as dóses : das de sopa - 800 rs., das de chá 5500 Copos graduados, para colheres de sopa e de chá conjunctamente . . 25000 MEDICAMENTOS AVULSOS 30 grammas de tintura da 5a até 30a dynamisaçâo35000 15 grammas de tintura da 5a até 30 dynamisaçâo15500 8 grammas de tintura da 5a até 30a dvnamisacão15000 <1 * ' Tinturas-mãis, 30 grammas. . . . 85000 1 tubo de globulos 15000 Os medicamentos em Ia, 2a, 3a, ou de dyna- misação superior a 30a, tem preços especiaes, quando são fornecidos em tinturas ou em tritu- ração. AVISOS E' conveniente que as pessoas que fizerem pedidos de medicamentos declarem si os que- rem em globulos, pilulas ou tinturas, e também a dynamisacão que preferem, sendo a 5a a mais frequentemente usada, será esta a que VIII forneceremos, quando não fôr especificada pelo freguez. Temos adoptado como regra, sem excepção, não trocarmos medicamentos uma vez sahidos do nosso estabelcimento. REMESSA DE MEDICAMENTOS PELO CORREIO As pessoas residentes fóra da côrte, que desejarem receber medicamentos por inter- médio do correio, podem dirigir seus pedidos ao nosso estabelecimento, addicionando ao preço estipulado para os medicamentos o im- porte do sello e do registro, na proporção seguinte : PORTE E REGISTRO Até 3 vidros de 8 grammas. . . 300 réis Até 12 tubos de globulos .... 400 » 1 caixinha de 12 » .... 400 » 1 » de 24 .... 600 » e assim progressivamente. E' indispensável que a correspondência seja registrada e a valor seguro ou declarado na agencia expedicionária. N. B. Recommendamos a todas as pessoas que quizerem possuir bons medicamentos, que dirijam suas encommendas em carta fe- chada ao nosso estabelecimento, que é o unico meio de evitar falsificações e extravios de seus pedidos. IX específicos brasileiros DO DR. E. PINTO Contra as flores-brancas. . » os suores dos pés (vulgo chulé} Contra os suores dos sovacos (vulgo catinga} Contra as transpirações de má indole em geral.1 . . . . Contra a coqueluche. » as sarnas » aerysipela » a variola » a asthma » asintermittentes. Preço : cada carteira contendo 3 tubos com grânulos para cada molés- tia. ESSENCIA ODONTALGICA Remedio efticaz para curar a dor de dentes OPODELOG DE GUAGO CONTRA 0 RHEUMATISMO Distribuímos folhinhas todos os annos 0 que ha de moderno da medicina homceopa- thica encontra-se em nossa casa. AJBD. DA FAM. X CONSULTORIO Em nossa casa, no Io andar, temos montado com todos os accessorios um elegante CONSULTORIO MEDICO DIRIGIDO PELOS Exms. Srs. Drs. B. de Meirelles. Marques de Faria. que dão consultas das 10 horas ás 3 da tarde, grátis aos pobres ; e respondem ás consultas feitas de fóra, vindo por escripto, e prestam-se a ir a qualquer chamado do interior. DIREGTOR1O PARA O EMPREGO DOS MEDICAMENTOS EM USO EXTERNO E SUAS PROPRIEDADES Arnica. - A tintura-mãi de arnica é empre- gada externamente na proporção de uma parte para dez de agua, e obra efíicazmente usando-se pannos embebidos nesta solução e applicados XI sobre as contusões locaes, gretas e irritações da pelle, lacerações, inflam mação dos olhos, distensões dos membros, etc. CUNDLRANGO Arbusto trepador que habita na America, nos arrabaldes da cidade de Loja, na repu- blica do Equador, muito empregado pelos indios dessa republica e do Perú para a cura do cancro, morphéa, moléstias venereas e escrophulosas, ulcpras e moléstias de pclle. Este poderoso medicamento a nossa casa importa em grosso por intermédio de uma respeitável casa da republica do Equador, e não se deve confundir com os preparados de outras casas feitos aqui com a planta sccca. ADMINISTRAÇÃO Em qualquer das moléstias acima citadas principiar-se-ha a usar da tintura-mai, 8 gol- tas para 4 onças de agua, 1 colher 3 vezes por dia, até apresentarem-se melhoras. Logo que isto se dè, tomará por 15 dias da Ia dyn. da mesma forma, e dahi em diante da 2a e 3a até completa cura. Nas ulceras. - Applicará externainente fios embebidos na solução seguinte : 1 colher de chá de T. M. para 10 colheres grandes com agua, molhando os fios 3 vezes por dia. XII CASSIA MEDICA Este heroico medicamento é de um effeito prodigioso, não sô para curar as erysipclas, como para prevenir a sua repetição; é superior a todos os medicamentos conhecidos até hoje para este fim, e nenhum é de um effeito tão proinpto e elíicaz. Para curar e erysipcla empregam-se 3 gotías em 6 colheres de sopa de agua e dá-se uma colher de 4 em 4 horas. Para prevenir a repetição, dão-se 2 gottas em meio calix de agua de 3 em 3 dias. Vende-se unicamente em nosso laboralorio. CHEN0P0D1UM ANTELMUNTH1CUM Pós inglezes, preparados homoeopathica- mente, para expellir os vermos das crianças, sem causar irritaçòo intestinal. Modo de applicar-se : nas criancas de 4 annos para cima, dá-se um papel á noite e outro de manhã, e nas de 3 annos para baixo, um só papel de manhã, por espaço 3 a 6 dias. - Preço : caixa com 12 papeis 2/>000. N. B. - Para applicar-se dissolve-se em um calix d'agua. Calenduia. - A tintura-mãi de calendula emprega-se como a da arnica, maxime quando a contusão produzir despregamento da epi- XIII derme, e ainda em feridas produzidas por outra qualquer causa que não seja a escrophula ou a syphilis. Dioscoria petra. -Importante medicamento, descoberto por uma india do Brasil, para curar asthma, que apparece em conjuncções da lua; tomam-se 2 pilulas todas as noites, principiando a tomar 3 dias antes da lua, em que ataca o mal, e depois continua-se por 30 dias. O doente deve evitar comidas salgadas, apimentadas e bebidas espirituosas. Enitolia occideníalis. - Especifico contra as boubas ; é empregada na 3a dynamisação, 4 gottas para 4 colheres com agua, metade pela manhã e metade á noite até completa cura. - Em uso externo na proporção de 10 gottas para 4 colheres com agua embebendo fios e collocando-os em cima das ulceras. Essência odontalgica. - Para curar dores de dentes. Usa-se a essencia embebendo uma porção de algodão e collocando-se este no bu- raco do dente, repetidas vezes, até passar a dor. Preço: vidro OPODELDOC DE GUACO Este incomparável medicamento é muito efíicaz para a cura da gota, rheumatismo, contusões, frieiras, distensões, torticolis, torce- duras, paralysias, etc. XIV Direcçào : - Fricciona-se a parte affectada duas ou Ires vezes por dia. Opodeldoc de rhus, idem. » de arnica, idem. » de bryonia, idem. » silicado, idem. » de belladona, idem. Plántago major. - Empregado com grande successo nas febres intermittentes quando ataca o fígado. PLUMERIA CELINUS Medicamento indígena (da pathogenesia homoeopathica brasileira), para mordedura de qualquer qualidade de cobra, e outros animaes venenosos, em qualquer circuins- tancia. USO INTERNO Nas casos pouco graves. - Uma gotta da 5a dynamisação em 3 colheres de sopa d agua pura, para dar-se em 6 dóses com o intervallo de hora em hora, ou com espaço maior segundo as circumstancias. Nos casos mais graves. - De 4 a 6 gotlas de tintura em 6 colheres d agua para dar-se 2 colherinhas de chá de 1/2 em 1/2 hora ou mesmo de quarto em quarto de hora, ou de 5 em 5 minutos, conforme a força do veneno inoculado. Dada a melhora, augmentar-se-hão gradual- mente os intervallos das dóses. XV USO EXTERNO Logo que se tenha dado o medicamento a beber, applicam-se sobre a ferida ou lo- gar da mordedura fios de linho ou de al- gadão, ensopados em uma solução da mesma tintura, sendo esta solução de 10 gottas em 4 colheres d'agua, e se conservarão sempre os fios molhados. Rhus. - A tintura-mai de rhus se emprega com grande resultado em fricções no rheuma- tismo. Tamaquare' (oleo) - E' empregado o tama- quaré com grande resultado nas erupções her- peticas (dartros), o oleo puro em fricções e a 3a dynamisação internamente. Guaco. - Especifico contra o rheumatismo geral, emprega-se em tintura-mai, friccionan- do-se a parte affectada 3 vezes por dia. Inter- namente será muito util no rheumatismo gotoso na 3a ou 5a dynamisação. Hamamelis. - Tem sido empregado con- tra as inchações das veias (varizes), em- bebendo pannos na solução de 1 colher de tintura-mai para 4 colheres com agua, col- locando-os sobre as varizes e ligando o logar. Ledum palustre. - Empregado em tin- tura-inãi coin grande successo contra as aífec- çães artríticas e rheumatismo articular, picadas dos mosquitos, comichão depois das erupções de pelle, sobre qualquer ferida produzida por instrumento perfurante. Em fricções sobre a parte molesta ou gottas nas soluções de conti- XVI nuidade produzidas pelos mesmos instrumentos perfurantes. Marapuama. - Em todos os casos de para- lysia, em fricções com a tintura-mãi. AVISO IMPORTANTE Rogamos a todas as pessoas que queiram honrar-nos com a sua freguezia e confiança (a que nós nos esmeramos em corresponder com lealdade, solicitude e zelo) sirvam-se in- dicar nos seus pedidos de caixas ou de medica- mentos avulsos a rua e numero de nossa casa, para evitar enganos e falsificações. 127, Rua da Quintanda, 127. MEDICAÇÃO SISTÉMICA E ESPECIFICA DO DR. E. PINTO para cura radical, garantida, enumerosas vezes comprovada por factos anteriores, das seguin- tes enfermidades : A-ASTHMA Tomam-se do medicamento n. 1 dóses repetidas de 10 em 10, de 20 em 20 minutos e com maior espaço, á proporção das melho- ras, durante o accesso; e, findo este, o n. 2 todas as manhãs e o n. 3 todas as noites - por 30 dias. O n. 2 poderá succeder ao n. 1, du- rante o accesso, tomando-se da mesma sorte que elle, isto é, de 10 em 10, de 20 em 20 mi- nutos, etc., si dentro de 4 ou 5 horas o accesso não tiver sido modificado por aquelle ; e por fim o n. 3 no caso de insuccesso ainda do n. 2. B-COQUELUCHE Na tosse, com ou sem vomitos, que precede o estado spasmodico, toma-se o n. 1 em dóses de 2 em 2 e de 4 em 4 horas, á proporção das melhoras, o que bestará muitas vezes para a cura; si, porem, desenvolver-se o periodo spasmodico, qualquer que seja a sua vehemen- cia, toinar-se-hâo os ns. 2 et 3, alternados, isto é, uma vez do n. 2 et outra do n. 3, com intervallos de 3 a 4 horas de um para outro, devendo-se, sempre que possível seja, dar o remedio logo em seguida ao accesso que vier entre a 3a c 4a hora depois da uHima dóse. C-ERYS1PELA Durante o accesso febril toman-se os ns. 1 e 2, alternando-os com intervallos de 2 horas de um para o outro, no Io dia, com intervallo de 3 horas no 2°, e de 4 horas do 3o dia ; findo o accesso, ou em qualquer tempo, como meio seguro de prevenir a sua volta e relizar a cura perfeita, tomar-se-ha do n. 2 todas as noites, ao deitar-se, e do n. 3 todas as man- hãs, ao acordar, e isto por tempo de 30 dias. D-FEBRE 1NTERM1TTENTE Nas febres paludosas ou não, tomar-se-ha do n. 1, pela manhã e noite, durante 5 dias consecutivos, seguindo-se-lhc o n. 2 pelo mesmo modo e tempo, no caso de insuccesso daquelle; entre um e outro, porém, se tomara por 3 dias o n. 3. Havendo diarrhéa e grande sede, qualquer dos dois primeiros que se tenha de tomar será alternado com o n. 3, um pela manhã e outro á noite. O n. 3 é ainda XVIII XIX especifico nas febres quartas, e nas de qual- quer typo de generadas por abuso do qui- nino. E-SARNAS Toma-se dos ns. 1 et 2, alternando-os em dias intercalados, isto é, no primeiro dia to- ma-se do n. 1, no segundo do n. 2, no terceiro volta-se ao n. 1, no quarto ao n. 2, e assim por diante, durante 12 dias, e de cada um 3 dóses ao dia-pela manhã, ao meio-dia e noite; findo esse tempo; seguir-se-ha o n. 3, to- mando em igual numero de dóses durante 6 dias. Emquanto durar esta medicação (18 dias) se fará uso externamente do nosso acarino, oleo especifico para a exterminação do bicho da sarna. A cura será completa e radical. f-varíola {bexigas) Durante a febre que precede a erupção toma- se do n. 1 quatro doses em cada dia, com intervallos de 4 horas; se a moléstia abortar (o que succederá sempre que o remedio fôr tomado dentro das primeiras 24 a 30 horas) apparecerão ligeiras cólicas com evacuação de mucosidades sanguíneas, ao mesmo tempo que os phenomenos inílammatorios irão sendo modificados; neste caso dão-se do n. 3 cinco dóses de 4 em 4 horas. Apparecendo a erupção (a qual em todo caso virá já muito modifi- cada) continua-se com o n. 1 com intervallos de 6 horas, até que as primeiras pustulas prin- cipiem a encher; dessa época em diante pas- sar-se ha alternar os ns. 2 e 3, com intervallos de 12 horas de um para o outro, até ao íiin da sécca, isto é, 15 dias depois da moléstia. O n. 1 é o grande modificador da varíola, e em qualquer período da moléstia por elle deve abrir-se o tratamento. Durante a sup- puração, e por todo o tempo da sécca, cos- tuma-se untar as pústulas com oleo de co- pahiba, o que não prejudica a medicação interna. Os enfermeiros e pessoas da casa devem fazer uso do nosso variolino : o desin- fectante não imcompativei com os nossos medi- camentos é o chlorureto de cal. G-SUOR ABUNDANTE E ESCREÇOES FÉTIDAS DOS PÉS (vulgo chulé}. H-SUOR DE CHEIRO ACTIVO E MÁ0 NAS SOVACOS E PARTAS PUDENDAS (VULGO Catinc/O). I SUOR ABUNDANTE, AO MENOR MOVIMENTO, E QUE MANCHA AS ROUPAS. L SUOR ABUNDANTÍSSIMO NAS MÃOS. M-FLORES BRANCAS EM GERAL. Nas cinco enfermidades ultimas o modo de usar a medicação é igual para todas. - Toma-se primeiro lodo o medicamento do tubo n. 1, em dóses pela manhã e noite; depois todo o tubo n. 2, e por fim do n. 3, descansando 3 dias entre um e outro tubo de medicamento; XX XXI a cura será completa e radical (podemos garantir e garantimos), sem riscos, com tanta razão temidos, de uma suppressão, como succedia com as applicações tópicas e outros tratamen- tos empíricos. Sómente nos casos muito mali- gnos de flores brancas será talvez preciso repetir a medicação, e em tal caso se deverá pedir a carteirinba supplementar MM. As senhoras que além disto soffrem de uma humidade superabundante, e muitas vezes cor- rosiva, na vulva e vagina, se verão curadas em 10 dias desse desagradavel incominodo, fazendo uso de um só vidro do nossa Flou- risina. Modo de preparar as doses : - Nas letras A, B, C a dóse será de 3 grânulos para adulto e 1 para criança, dissolvidos em uma ou meia colher d'agua ou a secco sobre a lingua, havendo muitos vomitos : e nas demais letras uma pilula; esta será dissolvida em meio cálice d'agua, tomando-a de uma só vez os adultos, metade os meninos maiores de 7 annos e a terça ou a quarta parte as crianças menores, conforme a idade. Dieta : - Durante o uso dos nossos medi- camentos prohibem-se o café, o chá verde, os ácidos e alcoolicos; as dóses serão tomadas duas horas antes de comer, e pelo menos tres depois de haver comido : nos dias de descanso, entre um e outro medicamento, conserva-se a dieta. XXII PREÇOS Cada cateirinha contendo 3 tubos de medicamentos para cada mo- léstia 6, >000 1 Vidro de acarino (uso externo). . 4JOOO Variolino (preservativo das bexi- gas) 2/)000 Flourisina (uso das senhoras). . . 2Ó000 ÚNICOS DEPOSITÁRIOS J. COELHO BARBOSA E C. Pharmacia Homoeopathica 127, RUA JOAO ALFREDO, 127. (antiga da quitanda). RIO DE JANEIRO XXIII OPODELDOC DE CÁJEPUT INVENTADO E PREPARADO POR J. Coelho Barbosa e C. E' um remedio heroico para : O RHEUMATISMO NEVRALGIAS QUEIMADURAS DORES EM QUALQUER PARTE DO CORPO JNCHACÕES TORCEDURAS DORES NO PESCOÇO (torticolis) dores no peito (pleurodynia) Um prompto allivio que todos devem ter em casa. Para evitar falsificações, é neccessario que se peça - preparado pelos inventores J. COELHO BARBOSA E G. Preço de duzia Vidro 0500 ÍNDICE Accidentes 295. » hystericos 273. » das mulheres gra- vidas 173. Acnéa simples 72. » rosacea 72. » indurata 72. » punctata 73. » pustulosa 72. Aconito nap. 31. Adenite 242. » escrophulosa 190. » syphililica 414. Admin. das doses 22 e 24. Adubos. V. Temperos 29. Adynamia 227. Aeclusa cynap. 32. Affecções da pelle 178 e 399. » escrophulosas 190. » moraes 355. » verminosas 301. Afíluencia de sangue á cabeca 106. Afogados 85. Agalactia e falta de leite 366. 30 A Abatimento (torpor) 156. » (pelo calor) 394. Abcesso 71 e 236. » dos seios 373. Abdómen crescido 235, 398 e 418. Abdómen (moléstia do) 288 e 396. Abelhas e vespas (picadas das) 284. Aborto 69. Abreviaturas de nomes pró- prios 31. Abundância de leite 367. » » sangue 377. Abuso das bebid. álcool. 92. » da cerveja 92. » do quinino 380. » dos prazeres sexuaes 158. Abuso do vinho 93. » do café 122. » do cha 397. » do fumar 396. MED. DA FAM. II Agitação ou insomnia das crianças 287. Agua fria (soffrim. pela) 89. » na cebeça 117. » no escroto 397. » no peito 148. » no ventre 266. » no eslomago 202. Aguardente (soffrim. pela) 92. Albuminúria 386. Alegria (effeitos da) 355. Alienação mental 301 e 355. » por susto 355. Alimentaçãoáscrianças 367. Alimentos permittidos 31. » prohibidos 31. » (desejas de certos) 81. Allium cepa 42. Alumina 32. Alopecia 102. Almorreimas 259. Alporcas. V. Escrophola.s 190. Alterações do olfaclo 330. » das ourinas 350. » da palavra 357. » do appelite 81. Amarella (febre) 211. Amarellidão da pelle 282. » dos olhos 282. Amaurose 339. Amblyopia 339. Amenorrhéa 314. Amor (soffrim. polo) 356. » do paiz 357. Ammonium carb. 33. Amygdalite 75. Anazarca 266. Anemia, 74 e 128. Aneurisma 148. Angina 75. » diphterica 165. » Jardacea 165. » laryngica 291. » maligna 165. » do peito 368. Animal damnado 381. Anorexia (falta de appet.) 80. Anosmia (perda do olfato) 330. Antimonium cr. 33. Antraz 171. Antojos 173. Antoxos 304. Anus (moléstias do) 78. » (comichão no) 79. » (fistula no) 78. » (quéda do) 80. » (gretas no) 79. » (paralysia do) 79. Ao leitor 3. Apparição tardia das regras 314.* Aperto do orifico do estomago 203. Aphtas. V. Sapinhos 93. Apis mel. 33. Apoplexia 103. Appendice 423. Appelile (falta de) 80. » depravado 81. Ardo vento, estupor 103. Arêas e pedra na bexiga 350. Arrotos 235. Argentum nitr. 33. Arnica mont. 34. Arsenicum alb. 35. Arlhrite 242. Ascaridas. V. Vermes 301. Ascite 266. III Aspecto da lingua, etc. 292. » do rosto 388. Asphyxia 82. » poç uma quéda 82. » por congelação 83. » eslrangulação 84. » por suffocação 83. » por um raio 83. » por gazes 84. » por submersão, 85. » dos recem-nascidos 83. Asphyxia pelo calor 84. Aslhma 86. Ataque de cabeça 103. Ataque de apoplexia 103. » asthmaslico 86. » de gota 175. » V. Desmaio 137. » hyslerico 273. » de eclampsia 141. Alaxica. V. Febre maligna 227. Aurum met. 36. Aversão ã luz 342. Azedumes do estomago 202. Azia 202. B Baço (moléstia do) 91. » inflainmado) 91. Balanite 413. Balanorrhéa 413. Balbucie 357. Banhos (soffrimentos pelos) 89. Baryta carb. 37. Barriga (moléstia da) 288 e 396. Bebidas (abuso das) 92. Beiços (affecções do) 290. Belladona airop. 37. Bellidas 346. Beriberi 436. Berloejas 178. Bexiga (moléstias da) 412 e 330. Bexigas 419. » doudas 419. Bichas (lombrigas) 301. Bicosdos peilos (moléstias dos) 367. Bilis (excesso de) 282. Biliosa (febre) 210. Blenorrhéa 413. Blefarites 340 e 342. Bocca (moléstia da) 93. Bocio. V. Papeira 98. Bofes. V. Moléstias dos pul- mões 371 e 400. Borax. V. 38. Boubas 409. Bronchios (moléstias dos) 98. Bronchite 98. Bryonia alb. 39. Bubão 414. Bulimia. V. Fome canina 81. C Cabeça (moléstias da) 103 e 106. Cabeça (afíluencia de sangue á) 106.' Cabeça (dôres de) 107. » (dôres por desarranjo do eslomago) 107. Cabeça (de prego). V. Furun- culos 171. Cabellos (moléstias dos) 102. » (quéda dos) 102. IV Cadeiras (dôres de) 385. » (moléstias das) 120. Café (abuso do) 122. Cahida do recto 80. Caimbras em geral 126. Caimbras no estomago, 196. » no estomago, nas re- gras 198. Caimbras nas pernas 126. >; na gravidez 173. » nas mãos 305. » no útero 310. Calcarea carb. 39. Cálculos ou pedras na bexiga 350 e 412. Calor (effeito do) 394. Callos nos pés 123. » nas mãos 123. Calvicie. V. Alopecia 102. Camaras de sangue 168. Camphora 40. Cansaço 156. » pas moças 74 e 128. Cancro na madre 309. » nos seios 374. » venereo 415. » no nariz 329. Cantharidas 40. Cão damnado 381. Caparrosa 181. Capscum an. 41. Carbo veg. 41. Carbúnculo 124. Cardialgia 196. Cardite. V. Inflam, do coracão 148. Carie nos ossos 280. » do nariz 329. Carnosidades. V. Estr. da ure- tra 413. Caseiras. V. Hemorrhoides 259. Caspas. V. Tinha 399. Caspas na barba 399. » nos ouvidos 399. Catalepsia 141. Catalogo de preços I. Cataporas. V. Varicela 419. Catarrhos nasal 138. » com resfriamento 138. Catarrlio epidemico 245. » suíTocante 98 e 245. » grave 98 e 245. » vesical ou da bexiga 412. Catarrbo bronchial 98. » laryngico 291. » pulmonar 370. Causlicum 42. Cavai los. V. Cancro venereo 415. Caxumbas 362. Cegueira durante o dia 342. » durante a noite 341. Cephalalgia. V. Dòr de cabeça 107. Cerebro (moléstias do) 103. » (congestão do) 106. Cerração dos queixos. V. Tris- mo 408. Cerveja (soffrimentos pela) 92. Cessação das regras 317. Chá (abuso do) 397. Chamomilla 42. Chagas. V. Ulceras 409. Cheiro fétido da boca 97. Chieira no peito 86. China off. 43. Chinina (abuso da) 380. V Cina 43. Chlorose (côres pallidas) 74 e 128. Cholera-morbus 129. Cholerina 132. Choréa. V. Dansa de S. Cuido 142. Ciume (soffrimentos pelo) 355. Claudicação ou luxação 120 e 295. Cobras (mordeduras das) 317. Cobreiro 265. Cocculus 44. Coceira ou comichões 377. » no anus 79. » no escroto 397. » na gravidez 173. Coffea crud. 44. Coito 156 e 158. Cólera (effeitos de uma) 355. Cólicas. V. Dôres de barriga ou enteralgia 133. Cólicas consecutivas ao parto 365. Cólicas das crianças 426. » menstruaes 310. » de indigestão 133. » hemorrhoidaes 259. » por gazes 134. » do eslomago 133. » misere 289. » nephriticas 385. » rheumaticas 134. » ventosas 134. Colocinlhis 44. Comichões e coceiras 377. » na gravidez 173. » no anus 79. " no escroto 397. Comichões pelas hemorroidas 259. Comichões pelas ascaridas 301. Commoção cerebral 296. » por pancadas ou quédas 295. Como deve o medico investi- gar os symptomas da enfer- midade e traçar seu quadro 17,388 e 423? Congelação 83. Congestão cerebral 106. » pulmonar 251. » de fígado 267. Conium m. 45. Constipações ou resfriamento 138. Constipação ou prisão de ven- tre 207. Contagiosa (febre) 227. Contracção das mãos 306. Contrariedade (effeilos da) 355. Contusões 295. Convulsão das mãos 306. » nas crianças na dentição 141. I Convulção pelos vermes 301. » hysterica 273. » V. Tétanos 408. Coqueluche 144. Coração (moléstias do) 148. Côres pallidas das donzellas 128. Corrimento ou purgação da uretra 413. Corrimento dos ouvidos 337. » nas mulheres 239. n do parto 365. VI Corrimento de lagrimas 340. Corysa. V. Catarrho nasal 138. Costas (dôr de) 152. Coxalgia 120. Coxartrocace 120. Cravos no rosto 72. Crianças (moléstias das) 423. Crescimento do ventre 418. Croton tigl. 45. Croccus sat. 45. Crostas de leite 178 e 399. Crup 153. Cuprum m. 46. Cuspo (gosto mão) 403. Cystite. V. SoíTrimento da be- , xiga 412. D i I Da fórma de dar e preparar o medicamento 22 e 24. Damnado (cão) 381. Dansa de S. Guido. V. Choréa i 142. Darthros 178. Debilidade da vista 339. Debilidade 156. » sexual 158. Defluxo 138. Delirio 157. » nos bêbados 93. Dentada de cão 381. » de animaes vene- nosos 317. Dentes (dòres de) 319. Dentição (moléstias da) 423. Derramamento cerebral 103. Derreamentos 295. Desarranjo do esto mago 204. V. Aborto 69. Descida do recto 80. » do utero 309. » da vagina 309. Dôrsciatica 126. Desejos sexuaes 158. » exquisitos 81. Desfaliecimento 137. Desgostos (soffrimentos pelos) 355. Deslocação. V. Claudicação 295. Desmaios 137. Desmamação 367 e 423. Despeito (sofírimento pelo) 355. Diabetes 350. Diarrhéa 159. » cholerica 132. Dieta ou resguardo 29. Digestão difíicil 193. Dilatação da madre 310. Desmancho. V. Aborto 69. Dismenorrhéa 315. Disposição aos resfriamentos 138 e 175. Desregramento do appetite 81 « sexuaes 158. Do abuso das bebidas alcoóli- cas 92. Do abuso da cerveja 92. » » do vinho 93. » » do café 122. » » do chá 397. Doenças depois de um banho 89.' Dôres (de dentes) 319. » de cabeça 107. » nos callos 123. » no pesoço 401. » nos ouvidos 335. VII Dòres de peito 152. » nos rins 385. » de costas 152. » de estomago 196. » osteocopas 281. » nos ossos 281. » falsas de parto 364. » abdominaes 133. » de barriga 133. » de barriga nas criancas 426. Dòres no utero 310. » de cadeiras 385. » de garganta 75. » rheumaticas 382. Dormir (falta de) 285. Dóses(modo de dar as) 24. » (modo de preparar as, 24. Doudice 301 e 355. Drosera rot. 46. Dulcamara 47. Dureza nas cicatrizes 284. Dynamisações 22. Dysenleria. V. Jactos de san- gue 168. Dyphteria 165. Dyspbagia. V. Difficuldade de engolir 171. Dyspepsia 193. Dysuria. V. Ourinas 350. E Echimosisis. V. Esfoladuras 295. Eclampsia 141. Edema 266. » das palpebras 340. EfTeitos do calor 394. Elephanliasis. V. Pernas in- chadas 266. / Embaraço gástrico 204. Embigo. V. Umbiguo (dòr de) 134. Embriaguez 92. Emmagrecimento 157. Emoções moraes 355. Empacho gástrico intestinal 204. Empigens 178. Em que differe a homoeopa- thia da allopathia 10. Encephalite 117. Endocardite 148. Endurecimento das cicatrizes 284. Enfermidades das oriancas 423. Enfermidade durante a pre- nhez 173. Enfermidade de Bright 386. » depois do parto 364. Enfermidade da bexiga 412. » doestomago 193 e 204. Enfermidade do nariz 329. » dos ouvidos 335. » dos olhos 339. » da menstruação 314. Enfermidade da boca 93. » dos intestinos, 288. VIII Enfraquecimento geral 157. » da memória 313. Enfraquecimento da vista 339 » sexual 158. Engorgitamento das glându- las 242. Eugulhos. V. Vomitos 421. Enjoo no mar 309. Enteralgia 133. Enterite 288. Entrevado 361 e 382. Entupimento do nariz das crianças 138. Enxaqueca 107. Epilepsia. V. Gota coral 175. Epitaxis 248. Erysipela 176. » nos pés 375. » nos escrotos 398. Erupções 178. » na pelle 178. » na cabeça 178. » no rosto 179. Escandescencia. V. Hemor- rhoides 382. Escarlatina 181. Escarros de sangue 251. Escolha das dynamisações 22. Escorbuto 187. Escoriações nas mãos 306. » nas crianças 426. Escrophulas 1 90. Escroto (moléstias dos) 397. Esfoladura 295. » das mãos 306. Esmagamentos e luxações 295. Espasmos ou convulsões 141. Espasmos V. Trismo ou tétano 408. Espasmos da madre 310. Espinhas no rosto 72. Espinha dorsal (moléstias da; 312. Esplenites agudas 91. » chronicas 92. Esquentamento 413. Esquinencia 75. Esterilidade 159. Estomago (moléstias do) 191. » (aguas do) 202. » (hemorrhagio do) 249. Estrabismo ou vesgueira 340. Estrangularão dos intestinos 289. Estrangulados 84. Estreitamento da uretra 413. Estupor 103. Evacuações de alimentos sem digerir 193. Evacuações de ouvidos 337. » de sangue 168. Exame do doente, 17,292, 388 e 423. Excessos sexuaes 158. Excitação nervosa 355. Exito e progresso da homoeo- patia 13. Exostose. V. Tumor do osso 280. Expectoração de sangue 251. Expulsão de placenta 364. Eufrasia o ff. 47. IX F Face (dores na) 332. » (aspecto da) 388. » (fluxão da) 238. » (inílammada) 238. Fadiga 156. Falta de appetite 80. » de leite 366. » de menstruação 314. » de sangue 74 et 128. » de evacuações 207. « de memória 313. » de somno 285. Fastio 80. Febres 210. » adynamica 227. » amarella211. » ataxica 227. » biliosa 210. » catarrhal 210. » cerebral 117. » contagiosa 227. » das crianças, 426. » da dentição 210 e 426 » escarlatina 181. » gastrica 210 et 227. » hetica 210. » inílammatoria 210. » intermittentes 218. » de leite 210 e 365. » maligna 227. » miliar 319. » mucosa 210. » nervosa 227. » paludosa 227. » palustre 210 e 227. » perniciosa 227. » puerperal 210 e 224. » pútrida 210 e 227. Febres rheumalica 210 e 382. » traumatica 210 e 299. » typhoide 227. » urticaria 234. » verminosa 210'e 301. » de Fendas nos bicos dos rpeitos 367. Fendas entre os dedos 244. » nos anus 79. » nos lábios 290. Feridas 295. » no utero 309. Ferriim inet. 47. Fevor de sangue 377. Figado (moléstias do) 267. Fistula lacrimal 340. » no anus 78. » ourinaria 350. Fistulosas (ulceras) 409. Flato 235. Flatulência 235. Fleimões 236 e 238. Flores brancas 239. Fluxão de face 238. Fluxo branco 239. » de leite 367. » de ramella 339. .< de mucosidades pelo anus 78. Fluxo de mucosidades pelos ouvidos 337. Fluxo de sangue pelo nariz 248. Fluxo pelo estomago 249. » dos intestinos 168. » de sangue pela madre 253. ! Fluxo de sangue pelos ouvidos 253. X Fluxo de sangue pelo recto 259 e 256. Fluxo de sangue pela uretra 258. Fogo (proveito do fogo nas mordeduras venenosas) 317. Fogo selvagem 265. » de S. Antonio 265. Fome canina 81. Força de sangue 377. Foveiro 304. Fracturas 295. Braqueza 156. » da visita 346. » da memória 313. » das pernas nas crianças 280. Fraqueza sexual 158. » da digestão 193. Frialdade. V. Anemia 74 e 128. Fricções seccas nas asphy- xias 82. Frieiras 244 e 376. Frouxidão nervosa 156. » nas ourinas 350. Frouxo de sangue 253. Fruncho ou furunculo 171. Funcções sexuaes 158. Fulminado (elTeito da raio) 83. Fumo (abuso do) 396. Furor uterino 158. Furunculo. V. Cabeça de pre- go 171. G Gaguez on defeitos do palavra 357. Galatorrhéa 367. Gallico 413. Gangrena 241. Gangrenosas (ulceras} 410. Garganta (moléstias da) 75. Garrotilho. V. Crup. 153. Gastralgia. V. Dôres do estô- mago 196. Gastralgia durante a mens- truação 198. Gastrite. V. Inflammação do eslomago 200. Gastro-enterite 288. Gastrorrhagia 249. Gastrose 204. Gazes na barriga 235 e 398. » na madre 310. Gengivas (moléstias das) 95. Glandulas (molest. das) 242. Glonnoinum 47. Glossite. V. Inflammação da lingua 293. Golpes 297. » de ar no pescoço 401. Gonnorrhéa 413. Gordura excessiva 377. Gosto (alterações do) 80. Gota serena. V. Amaurose 339. » coral. V. Epilepsia 175. » V. Rheumatismo 242. Grãos. V. Testículos 397. Gravidez 173. Gretas no anus 79. » entre os dedos 244. » nos peitos 367. Grippe 245. Grossura do ventre 277. » » » nas mu- lheres 310. Grito das crianças 426. XI H Hálito (máo) 97. Hetica (febre) 210. Helmetiasis. V. Vermes 301. Hematemese ou vomitos de sangue 249. Hematúria, ourinar sangue 258. Hematocele (sangue no es- croto) 397. Hemeralopia 341. Hemicrania. V. Dor de cabeça 107. Hemiplegia. V. Paralysia 361. Hemoptisis, escarros de san- gue 251. Hemorrhagia 248. » do nariz 248. » cerebral 103. » doestom. 249. » pulmonar 251. » pela boca 251. » do utero 253. » da uretra 258. » pelos olhos 341. » » ouv. 256. Hemorrhoidas 259. Hepar-sulf. 48. Hepatite. V. Inílammação do fígado 267. Hepatite chronica 270. Hérnia. V. Quebradura 263. » nos meninos 264. Herpes no queixo 180. » V. Impig. 178 e 265. » annular 266. » zoster 265. Horror á luz 342. » á agua 381. Humores (perda de) 158 e 248. Humores. V. Syphilis 413. Hydrocele. V. Aqua no escroto 397. Hydrocephalo. V. Agua na ca- beça 117. Hydrocephalo chronico 119. Hydropesia. V. Anasarca 266. » do peito, hydro- thrax 148. Hydropesia do ventre, ascite 266. Hydropesia do coração 148. » dos ovários 355. Hydrophobia 381. Hydro-thorax 148. Hydro-pericardite 148. Hyosciamus 48. Hypertrophia do coração 148. Hypocondria 271. Hypoemia. V. Cansaço 74 e 128. Hysteria 273. I Icterícia 282. » nas crianças 426. Idade critica 317. Ignatia am. 48. Impigens 178. Impotência viril 158. Impossibilidade de engolir 171. Impressionabilidade nervosa 157. Inanição. V. Morte apparente 82? Inappetencia. V. Fastio 80. XII Inchação do corpo 266. Incommodo das crianças 423. Incommodos depois de um banho. Incommodos durante a pre- nhez 173. Incontinência de ourinas 353. Indicações clinicas 70. Indigestão 204. Induração do baço 92. Inércia do anus 79. Infarto do baço 92. Inílammação das amígdalas 75. Inílammação das articulações das cadeiras 120 Inílammação do baço 91. » da bexiga 412. » da boca 93. » do cerebro 117. » do coração 148. » do escroto 397. » da espinha 312. » do estom. 200. » do fígado. 267. » da garganta 75 e 165. Inílammação das gengivas 95. » das glandulas 242. Inílammação dos intest. 288. » das juntas 382. » dos lábios 290. » do larynge 291. » da lingua 293. » da madre 311. » do nariz 329. » dos olhos 342. » dos ossos 280. Inílammação dos olhos nas crianças 343. Inílammação dos ouvidos 336. » dos ovários 354. Inílammação das palp. 340 e 342. Inílammação das parot. 362. » dos peitos 373. » dos pulmões 371 et 400. Inílammação dos rins 385. » do rosto 238. » dos seio 373. » dos testículos 397. Inílammação da uretra 413. » do véo do pala- dar 96. Influenza. V. Catar, nasal 138. Inguas (inílam. das) 242. Insectos (morded. dos) 284. Insolação 394. Insomnia 285. » nas crianças 287. Intestinos (mol. dos) 288. Introducção 9. Intermitténtes (febre) 218. lodium 50. Ipecacuanha 49. Ira. V. Affecç. moraes 355. Irregularides da menstrucão 314. Ischuria. V. 0urinas 350. J Já começa'377. Jactos de sangue 168. XIII K Kali-bichromic 50. Kalmia lactif. 51. Kistos nos ovários 355. Kreosotum 51. L Lábios (moléstias dos) 290. Lachesis 51. Lacráos. V. Insectos 284. Lactancia 367. Lagartos. V. Insectos 284. Larynge (molestiãs do) 291. Laxantes 207. Leicenços. V. Furunculós 171. Leite azedo (soffrimento pelo) 288. » (falta de) 366. Lesões da lingua 294. » mecanicas 295. » dos ossos 297. Lethargo 106 e 227. Leucorrhéa 239. Lingua (aspecto da) 292. Lingua (inflam, da) 293. Lipomas 300. Lombinhos 300. Lochios 366. Lombrigas 301. Loucura 301. Loucura dos bêbados 93. Lumbago 385. Lupias 300. Lupus 181. Luxação 295. Luz (horror á) 342. Lycopodio 52. Lyenteria 193. Lymphatite 176 e 242. M Madre. V. Ltero (mol. do) 309 » (cancro da) 309. » (cólicas da) 340. » (quéda da) 309. » (inflam, da) 341. » (polypos na) 311. » (ventosidades) 310. Magnesia mur. 52. Mal de Bright 380. Mal de garganta 75. Mal de gota 175. Mal de sete dias 140. Mal venereo 413. Malacia ou appetite depra- vado 81. Maleitas 218. Maldita 176. Malignas (febres) 227. MameliÕes (fendas nos) 367. Mamillos hemorrhoidaes 259. Manchas na pelle 304. » nos olhos 346. Mania 301. Mãos (moléstias das) 305. Marasmo 157. Matites 368. Máo cheiro do nariz 331. » hálito 97. » parto 69. Masturbação 158. Medo 355. Medula espinhal 312. Melancolia 271 e 356. Melena. V. Vomitos de san- gue 249. Memória (perda da) 313. Meningite 117. Menopausia 317. Medo 355. Menorrhagia 253. Menstruaes (cólicas) 310. Menstruação 314. Mentagra 180. Mercúrio 52. » subi. 53. Mesenterite 396. Metralgia 310. Metrite 311. Metrorrhagia 253. Mezerium 53. Mijada de sangue 258 e 350. Mijar na cama 353. Miliar purpurea 319. Modo de dar o medicamento 22 e 24. Molas. V. Polypos no utero 311. Moléstia do anus 78. Moléstias do baixo ventre 235, 288 e 398. Moléstias de baço 91. » da bexiga 35. » da boca 93. » dos bronchios 98. » da cabeça 117,103 e 106. Moléstias dos cabellos 102. » das cadeiras 120. » do cerebro 103, 106 e 117. Moléstias do couro cabelludo 399. Moléstias do coração 148. » dos dedos 358. » das crianças 423. » do escroto 397. » da espinha 312. » do estomago 191. » do ligado 267. XIV Moléstias da garganta 75 e 165. Moléstias das glandulas 242. » das gengivas 95. » dã gravidez 173. » dos intestinos 288 e 396. Moléstias das juntas 242. » dos lábios 290. » do larynge 291. » das mãos 305. » mentaes 301 e 355. » das mulheres 309. » do nariz 329. » dos olhos 339. » das ourinas 350. » dos ossos 280. » dos ouvidos 335. » dos ovários 354. » das palpebras 340 e 342. Moléstias das parles genitaes 413. Moléstias do parto 364. » durante a prenhez 173. Moléstias do peito 368, 371 e 400. Moléstias da pelle chronicas 178 e 399. Moléstias da pelle com febre 176. Moléstias dos pés 375. » do pescoço 362 e 401. Moléstias dos pulmões 371 e 400. Moléstias dos rins 385. » dos seios 373. » dos testiculos 397. XV Moléstias do utero 309. » da vista 339. Moraes (causas) 355. Mordeduras de animaes vene- nosos 317. Mordedura de cão damnado 381. Mordeduras de cobras 317. » de insectos 284. Moral (affecções do) 355. Morte apparente 82. Mosquitos (dentada de) 284. Móvito 69. Mucosa (febre) 227. Mulas. V. Bubão 414. Mulheres (moléstias das) 309. Myalgia. V. Rheumaíismo 382. Myelites 312. Myopia 342. N Nariz (moléstias do) 329. Natrum mur. 53. Nasal (catarrho) 138. Nascida 358. Nauseas 421. Necrose 280. Necevus 304. Nephrite 385. Nervos (affecções dos) 273 141. Nervosa (febre) 227. Nevralgias 332. » do coração 368. » do estomago 196. » ocular 342. » dos ouvidos 335. » do rosto 332. » do rins 385. Nevralgias sciatica 126. Nictalopia 342. Nitri, acid. 53. Nux moscata 54. » vomica 54. Nostalgia 357. Nymphomania 158. O Obesidade e (gordura exces- siva) 377. Obstrução do nariz 138. » do nariz nas crianças 426. Obstrução do canal lacrimal 340. " Odontalgia. V. Dor de dentes 319. Olfacto (alterações do) 330. Olhos (moléstia dos) 339. Onanismo 158. Opacidade nos olhos 346. Ophtalmia 342. » dos recem-nasci- dos 343. Ophtalmia escrophulosa 344. » catarrhal 345. » blenorrhagica 345. » rheumatica 345. » syphylitica 345. Opilação 74 e 128. Opisthotonos V. Tétano 408. Opium 55. O que é a homceopathia ? 9. Orchite 397. Ossos (moléstias dos) 280. Osteite V. Inílamm. dos 280. Otalgia 335. • Otite 336. Otorrhagia 256. XVI Otorrhéa 337. Ourinar na cama 353. Ourinas (moléstia das) 350. » sanguíneas 258. » amarellas 282. Ouvidos (moléstias dos) 335. » (sangue dos) 256. Ovários (moléstia dos) 354. Ozagre (crostas de leite) 179. e 426. Ozena 331. P Padecimentos moraes 355. Palavra (alterações da) 357. Pallidas (côres) 74 e 128. Palpebras (moléstia das) 340 e 342. Palpitações de coração 148. Panarício 358. Pancadas. V. Contusões 295. Pannos 304. Papeira 98. Papo 98. Paralysia 361. » das palpebras 346. » do anus 79. » da lingua 294. » das mãos 307. » da bexiga 413. Parafimose 413. Paraplegia, 103, 106 e 361. Pareas. V. Parto 364. Parotite 362. Parto (dòres do) 364. Passo em falso 295. Pathogenesia 31. Pedra na bexiga 350. Peito (moléstias do) 368 e 400. Peitos, seios 373. Peixes venenosos 374. Pelle (moléstias da) 178. Penas moraes 355. Penis (moléstias do) 413. Perda de humores 248 e 295. » do olfacto 330. » de sangue 248. » da memória 313. » da voz 387. Pericardite 148. Periostose 280. Peritonite 224 e 295. Pernas (fraqueza das) 280 e 426. Perniciosa 227. Pés (moléstias dos) 375. » (paralysia dos) 376. Pesadêlo 374. Pezar 355. Pescoço 401. Pharyngite 291. Phimose 413. Phosphorus 55. » acido 57. Photophobia 342. Phtysica pulmonar 400. » laryngica 191. » dorsal 312. Physionomia 388. Pica 81. Picadas de insectos 284. Pituitas 202. Platina 57. Plenitude do estomago 204. Plethora 377. Pleuriz ou pleurizia 371. Pleurodynia 152. Plumbum met. 57. XVII Plumbum acet. 57. Pneumonia 37 i. Poaya 49. Pobreza de sangue 74 e 128. Podagra 376. Podophyllum 58. Polisarcia 3*7. Polluções 158. Polypo do utero 311. » do nariz 331. » dos ouvidos 338. Pontada 371. Postema V. Abcesso 71 e 236. Prazeres sexuaes 158. Preguiça do estomago 193. Prenhez (moléstias da) 173. » (prisão de ventre na) 174. Prepucio (inflam, do) 413. Presbycia, V. Vista longa 346. Priapismo 158. Prisão de ventre 207. Prolapso do utero 309. » do recto 79. Prologo do Dr. Schaedler 5. Prosolpapia V. Nevralgia do rosto 332. Prostatite 413. Prurido ou comichão 377. » no anus 78. Prurigem 377. Ptyalismo 97. Puxamento 86. Pulmões (moléstias dos) 371 Àe 400. Pulsatilla 58. Pulgação 413. » sanguinea pelo rec- to 256. Purgação nas mulheres 239. MED. DA FAM. Purgação de ouvidos 337. « sanguinea dos ouvi- dos 256. Purpura 378. Pustula maligna 378. » roxas no rosto 181. Pyrosis 202. Q Queda do anus ou recto 80. » dos cabelhos 102. » do utero 309. » da vagina 309. Quédas ou pancadas 295. Quebraduras 263. Queimaduras 379. Quinino (abuso do) 380. R Rachas dos bicos do peito 367. Rachas no anus 79. Rachitismo 280. Raio 83. Raiva, ira 355. » hydrophobia 381. Recem-nascidos 423. Recto V. anus 78. » (sangue pelo) 256. Regimen homceopathico 29. Regras V. Menstruação 314. Regras geraes para o leitor 22. Rendido 263. Resfriamentos 138 et 175. Resguardo ou dieta 29. Repertório das enfermidades das crianças 423. Respiração curta 86. Retenção de ourinas 350. 31 XVIII Retracção do orifício do esto mago 203. » das mãos 307. Rhabarbarum 59. Rheum 59. Rheumalismo 382. Rhododendron 59. Rhus tox. 59. Rins (moléstias dos 385. Ruido no ouvido 338. Rosto (indicações pelo) 388. Rosto (dôr no) 238 e 332. » (aspecto do) 388. Rotura 263. Rouquidão 387. Ruta 60. S Sabina 60. Saburas do estomago204. Saciedade do eslomago 20 i. Sahida do anus 80. » das aurinas 353. » do recto 80. » utero 309. » vacina 309. Salivação 97. Sangue (perda de) 248. Sangue novo 234. Sambucus nigr. 61. Sapinhos 93. Sarampo 389. Sarcocele 397. Sardas 304. Sarnas 392. Satyriasis 158. Saudade da patria 357. Sciatica (dor) 126. Scorbuto 187. Scrophulas 190. Secale cor 61. Secundinas 364. Seios (moléstias dos) 373. Sepia suc. 61. Settas(envenem. pelas) 394. Sezões 218. Silicia 62. Sobre parto 364. Sodomia 158. SofTrimentos do aleitamento 367. SofTrimentos pelo abuso das bebidas 92. SofTrimentos pelo café 122. » » callos 123. » pela cerveja 92. » causados pelos banhos 89. SofTrimentos doestomago 191. » do ligado 267. » das ourinas 350. » do parto 364. » da prenhez 173. » do vinho 93. Sol (eíTeitos do) 394. Solitaria 301. Soltura de ourinas 353. » » ventre 159. Soluços 270. Somno (alterações do) 285. » nas crianças 287. » na prenhez 174. Somnolencia 394. Spermatorrhéa 158. Spingelia 62. Spongia mer.62. » tost. 62. Splenite 91. Stanum 63. Staphysagria 63. Stomacace 93. XIX Stomago (moléstias) do 191. Stomatiles 93. Strabismo 340 Stramonio 63. Stranguria 350. Stupor 103. Suffocação 86. » pelo calor 394. Sulfur 63. Sulfuris ac. 65. Suor das mãos 308. » dos pés 376. Super-excitação nervosa 273. Suppressão da regras 314. » da gonorrhéa 413. » » transpiração 138 e 175. Suppressão de leite 367. Surdez 338. Sustos (eífeitos do) 355. Sycose. V. Verrugas 415. Symptomas caraclerisficos ge- raes dos medicamentos 31. Syncope 137. » cardíaca 368. Syphilis 413. T Tabaco (abuso do) 396. Tabella dos medicamentos mais importantes 25. Tarantula 65. Tartamudez 357. Temor 355. Temperos 29. Tempo (eífeitos da mudança de) 138e 175. Tenia 301. Terçol 346. Testículos (inflam, dos) 397. Tétano 408. Thuia 66. Tico doloroso 332. Tinha 399. Tisica pulmonar 400. Tisica laryngica 292. » intestinal 396. » dorsal 312. » mesenterica 396. Tonteiras 416. Torpor 394. Torcedura dos pés 298. Torticolis 401. Tosse 401. » ferina 144. » nervosa 144. » convulsiva 144. » sanguinolenta 251. Transpiração 138 e 175. Tremor das mãos 308. Trismus 408. Tristeza 271. Tubérculos 400. » dorsaes 312, » mesentericos 396 Tumor lacrimal 340. Tumores 71. Tumores hemorrhoideas 259 • » ossaes 280. » enkistados 300. » esteomatosos 300. » inílammatorios 236. Tympanite 398. Typlio 227. » ictheroide 213. U Ulceras 409. » no utero 309. » na garganta 75. » na lingua 294. » nos olhos 346. XX Ulcerações nas crianças 178. Umbigo. V. hérnia do 263. Unhas (moléstias das) 410. Uretra (moléstias da) 258 e 413. Urinar na cama 353. Urticaria 234. Utero (moléstias do) 309. » (corrimento de sangue do) 256. V Varicella 419. Variola 419. Varioloide419. Varizes 173 e 441. Venereo 413 Ventosidades 235. Ventre (crescido) 418. » (hydropesia do) 266. Véo do paladar 96. Veratrum alb. 66. Vermes 301. Vermífugos XII. Verrugas 415. Vertigens 416. Vesgo (ser) 340. Vias ourinarias 350. Via de fóra 79. Vida sedentária 193 e 259. Vigílias 285. Virilhas. V. Quebradura das 263. Vista (moléstias da) 339. » curta 342. » cansada 346. Volvido 289. Vomitos e nauseas 421 . » durantea prenhez 173. « de sangue do estomago 249. Vomitos de sangue 251. » pretos 211. Voracidade 81. Z Zincum 66. Zoada nos ouvidos 338. Zona (herpes) 265. Zoster 265. FIM LIBRAIRIE J.-B. BAILL1ÈRE & FILS 19, RUE IIAUTEFEU1LLE, 19, PARIS TRAITÉ DE MATIÈRE MÉDICALE HOMCEOPATHIQUE Comprenant LES PATHOGÉNÉSIES DU TRAITÉ DE MATIÈRE MÉDICALE PURE ET DU TRAITÉ DES MALADIES CHRONIQUES Par Samuel HAHNEMANN Traduit sur les dernières éditions allemandes LFON SIMON V.-P. LÉON SIMON Médecin de 1'hòpital Hahnemann. Médecin adjoint de ITiòpital Hahnemann. 1891. 4 volumes in-8 de cbacun 600 pages 32 fr. Chaque volume se vend séparément 8 fr. Le tome I comprend les médicaments Acidam muriaticum à Bryonia alba. Tome II : Calcarea acética à Hyoscyamus niger. Tome III : Ignatia amara à Opium. Tome IV : Petroleum à Zincum. On trouvera dans cet ouvrage 1'ceuvre entière du fondateur de 1'homceopathie. Ce n'est pas, toutefois, une simple traduction nouvelle, c'est eu réalité uu ouvrage absolu- ment nouveau, oú les auteurs ont coordouné les symptômes produits par chaque médi- cament et mis 1'reuvre de Hahaemann au niveau de la Science moderue. Les patliogénésies hahnemannienues sont de véritablcs modeles, que les médecius devi ont imiter quand ils voudront doter la thérapeutique homoeopathique d'agenls nouveaux. On y trouvera la pathogénésie de 101 médicaments. Ce sont les mieux connus et les plus puissants : ceux que de nouvelles découvertes ne ferout jamais oublier. Quiconque voudra étudier rhomoeopathie, quicouque voudra se trouver armé pour la pratique devra douc connaitre avant tout 1'ceuvre pharmacologique et thérapeutique dlHahnemann. EXPOSITION DE LA DOCTRINE MÉDICALE HOMÍEOPATHIQUE OU ORGANON DE L'ART DE GUÉR1R Par Samuel HAHNEMANN 5' édition, augmentée de commentaires et précédée d'une notice sur la vie, les tra- vaux et la doctrine de HAHNEMANN, par le docteur Léon SIMON père. 1 vol. in-8 de 640 pages, avec un portrait 8 fr. ÉTUDES DE MÉDECINE HOMCEOPATHIQUE Par Samuel HAHNEMANN 2 vol. in-8 de 600 pages. 14 fr. ÉLÉMENTS DE MÉDECINE PRATIQUE Contcnant le traitement homoeopathique de chaque maladie Par !e docteur P. JOUSSET Médecin de l'hôpital Saint-Jacques. à Paris. Ancien interne (Médaille d'or) des Hôpitaux de Paris. Deuxième édition. 2 volumes in-8 de 600 pages 15 fr. ENVOI FRANCO CONTRE L'N MANDAT SUR LA POSTE L1BRA1R1E J.-B. BA1LL1ÈRE ET FILS LA PRATIQUE DE L'HOM(EOPATHIE SIMPLIFIÉE SIGNES ET NATURE DES MALADIES - TRAITEMENT HOMOEOPATHIQUE PROPHYLAXIE - MODE DADMINISTR ATION DES MÉDICAMENTS - SOINS AUX MALADES ET AUX CONVALESCENTS Par ALEXIS ESPANET Troisième édition, revue et augmentée. 1889, 1 vol. in-18 jésus de vnr-430 pages, cart. (Bibliothèque des connaissances utiles)............................. 4 fr. Cette troisième édition a subi de nombreux chaogements, qui ont eu pour but de la rendre encore plus méthodique; elle a reçu des additious nécessitées par les progrês du diagnostic et de la thérapeutique. HOUVEAU MANUEL DE MÉDECINE VÉTÉRIN AI RE HOMttOPATHIQU E Par F.-A. GUNTHER et J. PROST LACUZON 1892, 1 vol. in-l 8 jésus de 396 pages, cartonné ÍBiblioth.. des connaissances utiles). 4 fr. Ce livre est destiné à faire participer les animaux domestiques aux bienfaits de I'ho- moeopathie. C'est uri vade-mecum indispensable aux vétérinaires praticiens, aux pro- prictaires ruraux, aux cultivateuis, et eu général à loutes les personues qui, chargées du soin des animaux, ont le désir et le besoin de traiter facilement et promptement leurs maladies. 11 traite des maladies du cheval, des bêtes bovines et ovines, des chèvres, des pores, des lapins, des chiens, des chats, des oiseaux de basse-cour et de volière. FORMULAIRE HOMCEOPATHIQUE GUIDE PATIIOGÉNÉT1QUE USUEL pour traiter soi-même les maladies Par J. PROST-LACUZON Sixième édition, corrigée et augmentée. 1889, 1 vol. in-16 de 583 p., avec fig... 6 fr. Cet ouvrage est spécialement destiné aux personnes étrangères à 1'art de la médecine. Pour chaque maladie 1'auteur donne : Io Une symptomatologie minutieusement dé- taillée, oú tous lestermes scientiíiques sont suivis de leur traduction en langue vulgaire ; - 2o Le diagnostic dilférentiel, c'est-à-dire les signes auxquels on distingue une maladie d'une autre qui lui ressemble et la durée probable de laffection ; - 3o Le pro- nostic sur l'issue de la maladie; - 4o Le traitement comprenant : le norn des médica - ments à employer pour chaque maladie, les symptòmes pathogénetiques de chacun de ces médicaments, la quantité de globules à donner et sa dilution la plus convenable, son mode dadministration, les indications qui exigent la répétition, la suspension ou le changement du médicament, enfin les antidotes de tous les remèdes employés. MÉDECINE HOMOEOPATHIQUE DOMESTIQUE Par le docteur C. HÉRING Septième édition, augmentée d'instructions sur les médicaments nouveaux, Par le docteur LÉON SIMON 1891. 1 vol. in-18 jésus de 700 pages, avec 119 figure = 8 fr. Ce manuel consacré par un succès de sept éditions françaises est divisé en cinq parties. La lr" Partie, Thérapeutique générale et hygiène, est toutentière 1'oeuvre du docteur Léon Simon. Les trois parties suivantes, qui traitent des causes les plus communes des maladies et des médicaments capables d'en efTacer les effets, des maladies les plus communes, enfin des médicaments et de leurs indications thérapeutiques, après avoir cté traduites, ont fait 1'objet de nombreuses additious. Enfin cette septième édition a été complélée et rajeunie par une cinquième partie entièrement nouvelle, consacrée aux propriétés thérapeutiques et au mode d'empíoi des médicaments nouveaux. ENVOI FRANCO CONTRE UN MANDAT SUR LA POSTE LIBRAIR1E J.-B. BAILLIÈRF. ET F1LS Premières Notions d'Homoeopathie A LUSAGE DES FAMILLES Par le docteur _A. CL-A-TT2DZE Troisième édition. 1 vol. in-lôde 200 pages 1 fr. í>0 Quels sont les avantages de 1'homoeopathie? Quelles sont les maladies les plus commuues, qu'il est ulile de soigner dês leur début pour doaner au médecin le temps d'arriver? Quels sont les médicaments à employer? Comment agissent-ils, comment faut-il les administrer ? Quelles sont les règles hygiéniques à suivre, soit dans l*état de santé, soit dans l'état de mnladic? Telles sont les questions auxquelles M. le docteur A. Claude a voulu répondre, sai.s cntrer dans de longues dissertations scientiílqiies. Son livre est destiné aux personnes qui désirent se faire une idée de l'homoeopathie ct à celles qui, éloignées du médecin, sont obligées de prendre quelquefois sa place. MANUEL DE TH É R A PEUT I QUE SELON LA MÉTHODE DE HAHNEMANN Par RICHARD HUGHES Traduit de Tanglais et annolé par le docteur I. GVÉR1N MÈNEVILLE 1 vol. in-18 jésus de 668 pages 6 fr. MANUEL DE THÉRAPEUTIQUE HOMCEOPATHIQUE POUR SERVIR DE GUIDE AU LIT DU MALADE et à l'étude de la matière méclicale pure Par le docteur C. DE BÍENNINGHAUSEN Tradnit par le doctbur D. ROTH I vol. in-18 jésus de 570 pages 7 fr. GUIDE DU MÉDECIN I10MIE0PAT11E AU LIT DU MALADE POUR LE TRAITEMENT DE PLUS DE MILLE MALADIES ET RÉPERTOIRE DE THÉRAPEUTIQUE HOMOEOPATHIQUE Par B. HIRSCHEL NOUVELLE TRADUCTION PAR LE DOCTEUR LÉON SIMON I vol. in-18 jésus de xxiv-540 pages 5 fr. COMMENT ON DEVIENT HOMCEOPATHE Par le docteur A. TESTE Troisième édition. 1 vol. in-18 jésus de 322 pages 3 fr. 50 La Médecine homoeopathique THÉRAPEUTIQUE ET PHARMACODYN AMIQUE Par le docteur GRIESSELICH 1 vol. in-18 jésus de 416 pages 3 fr. 50 ENVOI FRANCO CONTRE UN MANDAT SUR LA POSTE LIBRAIR1E J.-B. BAILL1ÈRE ET FILS Traité théorique et pratique DE UÉLECTRO-HOMCEOPATHIE Par J. GENTY DE BONQUEVAL 1891, 1 vol. in-8 de 352 pages 5 fr. l/HOMCEOPATHIE A LA PORTÉE DE TOUT LE MONDE Par le docteur T. ORIARD Troisièmc édition. 1 vol. in-18 jésus de 370 pages (Biblioth. médic. variée'). 3 fr. 50 LHOMCEOPATHIE DES GENS OU MONDE Par le docteur Ach. HOFFMANN 1 vol. in-16 de 142 pages (Petite Bibliothèque médicale} 2 fr. Traitement lioinoeopatliique DES MALADIES DES ORGANES DE LA DIGESTION COMPRENANT UN PRÉCIS l/lIYGIÈNE GÉNÉRALE ET SUIVI D'UN RÉPERTOIRE D1ÉTÉT1QUE A t'uSAGE DE TOUTES LES PERSONNES QP1 VEVLENT SUIVRE LE TRAITEMENT RATIONNEL DE LA MÉTHODE DE HAHNEMANN Par le docteur JAHR t vol. in-18 jésus de xti-520 pages 6 fr. Traitement honioeopatliique DES MALADIES DES ORGANES DE LA RESPIRATION CAVITÉS NASALES, LARYNX, TRACIIÉE BRONCHES, POUMONS, PLÈVRES, TOUX ET CRACHATS Par le docteur CHARGÉ Deuxième édition. I vol. in-18 jésus de 500 pages 6 fr. DES MALADIES VÉNÉRIENNES ET DE LEUR TRAITEMENT HOMCEOPATHIQUE Par le docteur LÉON S1MON 1 vol. in-18 jésus de 744 pages 6 fr. LES MALADIES DE UENFANCE DESCRIPTION ET TRAITEMENT IIOMOEOPATIIIQUE Par le docteur MARG JOUSSET 1 vol. in-16 de 446 pages (Bibliothèque médicale variée} 3 fr. 50 ENVOI FRANCO CO.NTRE UN MANDAT SUR LA POSTE 4563-93. - ConosiL. Imprimerie Cbítk.