K29n 1874- NOVO SYSTEMA DE CURATIVO PELAS AGULHAS ELÉTRICAS INVENTADO POfl GUlLHERiME SCHROTTON APPROVADO POR TODAS AS ACADEMIAS DO VELHO MUNDO TYP. DE M, FIGCEIRÜA DE F. & FILHO MáF ^m\ SPEBDY BINDER I MtnnfMitunri fc» t GAYLORÜ BROS >nc. 1 Svrocuse, N.Y. p^hi \ Stockton, Calif. {" ■MU T SiTEOTOO U~IN 3NI3IQ3W JO BP "'VNOUVN NLM001031751 SYSTEMA OE CURATIVO \(ellcr Lu} »«« PELAS AGULHAS ELÉTRICAS INVENTADO POR GUILHERME SCHROTTON APPROVADO POR TODAS AS ACADEMIAS DO VELHO MUNDO PREÇO 1 fesmbuco TYP. DE M. FIGÜEIRÜA DE F. & FILHOS WBE K.2.9-n c.l ARMED FORCES MEDICAI UBRARY WASHINGTON, D. C. Y-\uA. f\. 2S4S i %. a 387270 '29 AO PUBLICO « Quem o bem sabe fazer, e não o pratica, grave peccado commette. * O riffão t quem tem saúde não precisa de medico » não jus- tifica o homem de bôa saúde á expor-se ao risco de perdel-a ; ao contrario, é dever imperioso de qualquer pessoa, a quem Deus concede vida e saúde, estudar os perigos que a ameaçam, para poder evital-os; descuidando-se d'este dever frivolamente, declina de si o direito de viver em perfeita saúde. Só na saúde se imprime o motivo fundamental do Greador e da creação. A saúde é a harmonia a mais delicada de todos os órgãos do corpo, o positivo estado normal do homem, condição única e exclusiva da faculdade de preencher os deveres e obrigações da vida, tal qual devem ser executados, para corresponder aos altos designios da nossa existência, e para possibilitar uma troca alegre e imparcial das forças e das habilitações as mais diíferentes entre homens honestos e sábios. A saúde é o mais precioso dom de todos os bens terrestres, sem ella todos os de mais são torturas e pesos insuportáveis. O ho- mem são, ainda com as maiores privações, com pão e água ape- nas, pode viver contente, alegre e satisfeito, em quanto que o doente, soffrendo fome diante da abundância e dos mais ricos man- jares, é morto para todos os gozos e alegrias pueris da vida, en- volvendo a si e aos seus no manto triste de seus soífrimentos. Incapaz de pertencer á sociedade humana como membro pro- ducente, de tomar parte em suas lidas e seu progresso, só vive á custa do suor de outrem, impotente e prejudicial para a regenera- ção do gênero humano. Não queremos descrever aqui as vantagens e felicida- des da verdadeira saúde, nem tão pouco o lado máo das moléstias; identificam-se ambas as idéas tão inseparáveis de todo homem que raciocina, que devemol-as considerar geraes, ao alcance de todos, e todos comprehenderão que a sciencia hygienica, a scien- cia que trata da preservação da saúde é tão seria, e até mes- mo mais importante do que. a própria matéria medica, a sciencia da cura das moléstias; aquella é unicamente conservadora, em auanto aue esta deve ser productôra; aquella procura guardar 4 um thesouro em boa segurança, e esta pretende achar valiosa jóia perdida ou crear outra nova. Apezar, porém, de ser reconhecidamente mais fácil conser- var inalterada a saúde existente, do que restabelecel-a depois de perdida, bem poucos ha que cuidem em sua saúde, em quanto a possuem. O doente somente, atormentado de dores, é quem sabe apre- ciar o immenso valor da saúde, que talvez a perdesse por um abuso inconsiderado de suas forças. Depois de um estudo pratico de vinte annos dos effeitos extraordinários do abductor, ganhamos a intima convicção de que, para obter os resultados benéficos d'esta grandiosa invenção, não basta o simples conhecimento das moléstias e de seus sympto- mas, mas é necessário conhecer também o clima que habita o doente, as águas que bebe e em que se banha, o que emprega na preparação das comidas e outras muitas particularidades, sem o que não é possivel obter o resultado almejado. Temos feito voto especial de prestar os nossos humildes servi- ços a humanidade por todos os meios a nosso alcance, e depois de ter curado milhares de pessoas, animamo-nos á introduzir este novo systema também no Brasil, a cujos generosos habitantes pro- curamos retribuir, ainda que insufficientemente, o accolhimento hospitaleiro com que nos honraram, contribuindo a melhorar o es- tado sanitário, geralmente fallando, tanto quanto das nossas fracas forças depender. Pernambuco, outubro de 1874. Luiz Keller. CAPITULO I. OS EFFEITOS DA CURA. i. As maravilhosas forças médicas do abductor foram evi- denciadas em todas as qualidades de moléstias agudas echronicas. por curas sorprendentes e universalmente conhecidas. O ab- ductor reanima, deriva, aquece, é anti-espasmodico, anti-sceptico, anti-phlogistico, dissolvente e irritante, regula a circulação do san- gue, e a renovação da matéria, e por isso opera, e cura em tantos casos de moléstia, em que nenhum outro remédio mais pode produzir effeito. . A cutis avermelha-se pela abducção, fica elástica e apparece uma comichão, que mais tarde é vantajosamente paralysada por meio de fricções com pannos ou com escovas. Estas comichões são o effeito do movimento repentino dos gazes excrementicios contidos no corpo, e que vivificados pela sensibilisação dos nervos, e pela expansão súbita das artérias, espasmodicamente apertadas e fechadas, são impellidos contra a epiderme, para sahir pelos poros por elles mesmo abertos. 2. O abductor como que transfere o doente de um clima frio para outro mais quente, elevando o calor animal e natural, espar- gindo o ar existente em todas as partes do corpo, forçando-o á sahir, expellindo assim, da maneira mais simples e mais na- tural, qualquer desorganisação proveniente de resfriamento ou constipação. Unido aos gazes essenciaes do apparelho (gráo 3 da abducção) o abductor mata e aniquila todos os parasitas que existem no corpo humano, vivendo a custa de suas forças vitaes, por que limpa a massa septicamente decomposta do sueco vital, tira-lhes assim com o principio septico o seu verdadeiro elemen- to de vida e de desenvolvimento. 3. O abductor cura todas as moléstias curaveis, e combinado com o apparelho evaporador, inventado pelo autor, a maior parte daquellas que a medicina julga incuráveis. (Gráo 3.°, da abduc- ção) a maior parte das moléstias dasapparecem em poucas horas, e todos os sofrimentos rheumaticos, em primeiro gráo, immedia- tamente, ainda mesmo que seja entorpecimento completo da me- dulla (dorsal) espinhal, paralysia aguda dos membros ou da espi- nha, cardialgia, trismo, dores de dentes, dos olhos, dos ouvidos ou da cabeça, febres intermitentes, congestões e outros ataques 6 que a medicina conta entre os soffrimentos mais renitentes, mas que são considerados como casos fáceis pela abducção, e curado immediatamente. Diversos soffrimentos chronicos exigem uma continuação não interrompida do tratamento no periodo da abducção; na maior parte d'estes casos chronicos, considerados incuráveis pela medi- cina, a cura não dura mais dé três mezes, porém ha todavia ex- cepções em que o restabelecimento completo só apparece depois de maior espaço de tempo. 4. A abducção minora consideravelmente o numero das mo-' lestias medicalmente incuráveis, tornando a maioria d;ellas cura- veis. Em casos effectivamente incuráveis, o abductor ao menos impede o supprimento de novo alimento á moléstia, e causa um prolongamento de vida ao enfermo, alliviando as dores e soffri- mentos dos últimos momentos. Ainda que as bombas não possam tapar o rombo no navio, ou livrar este de toda a água que penetra, ao menos podem neu- tralisar as forças d'esta, agüentando o navio á nado até alcançar o porto salvador. Parabolicamente fallando, é o abductor a bomba nivelladora, que protege o navio no perigo, e o conduz, livre do lastro das dores, tranquillamente ao seu destino final. 5. No emprego atraz das orelhas, onde, em caso de dores de dentes, de ouvidos ou de olhos, são applicados um ou dous apparelhos, estes enchem, e as pústulas assim formadas geralmente appresentam puz no terceiro dia. Por isso, e para excluir a acção do ar, devem amarrar-se os ouvidos nos primeiros dias com um panno. No fim de dez tlias desapparece todo signal da abducção sem deixar cicatriz. 6. Todos os de mais symptomas queapparecem em seguimen- to á abducção, qualquer que seja o seu nome, são sempre sem pe- rigo, e auxiliam o processo da cura. O effeito da cura apparece, como já dissemos immediata- mente depois da applicação, em quasi todos os casos agudos, o pulso fica normal, a febre desapparece, as dores rheumaticas nos nervos dos dentes, ou em outras partes do corpo acabam subita- mente, e tão de repente que muitas vezes o enfermo se julga es- tar sob a influencia de algum milagre; as febres intermittentes quasi sempre desapparecem com a primeira abducção; o corno 7 todo volta immediatamente ao seu gráo normal de temperatura physica, opera-se um aliviamento em todos os membros e órgãos, e por isso o paciente sempre se sente remoçado em força e saúde, symptoma este charecteristico de próxima convalescença. 7. A cirurgia verificou os apparelhos do autor serem os prin- cipaes meios calmantes e curativos, que tornam supérfluos todos os unguentos e banhos despendiosos! Como em toda parte, também aqui livram a natureza de to- do incommodo, e fortalece o seu restabelecimento. Justificam plenamente o abductor curat, natura sanat. ? Em caso de morte, o abductor é a melhor tenta, o lápis lydius mais certo para contrastar a realidade da morte. Além d'isto< os apparelhos do autor são a melhor botica de viagem, e mais commoda sua construcção, permittindo ser condu- zido na algibeira. Por isso ninguém devia emprehender uma viagem sem levar o abductor, este restaurador sempre activo da saúde, afim de o ter presente em todas as eventualidades, prin- cipalmente como preservativo contra o contagio. A introducção e distribuição conveniente d'estes apparelhos no exercito e arma- da, sem duvida nenhuma teria influencia enorme no systema econômico - sanitário, diminuindo o numero dos doentes nos hos- pitaes. 8. O abductor ultrapassa todos os remédios até agora conhe- cidos. O nosso apparelho representa por si só a botica a mais completa, e não ha, salvo a velhice, quasi nenhuma moléstia, que possa resistir aos seus efleitos. E' por isso, que o abductor na mão do medico tolerante e instruído opera curas maravilhosas, porque o medico conhece o mechanismo do corpo humano em todos os sentidos, quer patho- logica, quer anatomicamente fallando, e pode auxiliar a abduc- ção com remédios internos applicaveis ao caso. 9. Por estas razões tanto os homens philantropicos, como as autoridades competentes e principalmente todos os médicos illustrâdos, que real e honestamente desejam melhorar o estado sanitário do próximo, propagarão, sem duvida, a introducção d'este apparelho, que deveria achar-se entre todas as familias. 10. Quasi todos os doentes que soffreram o processo da ab- ducção, haviam usado contra seus males, durante longos annos, de muitos banhos frios e quentes, ainda os mais acreditados, feito uso de remédios de hygeistas, mesmeristas, alloopathas, honioo- 8 pathas e hydropathas, sem alcançar effeito, peiorando ao contra- rio seus soffrimentos com outros males mais perigosos e artificial- mente adquiridos, e apezar de tudo,— o abductor os curou 1 A nova cura natural marcha tranquilla, porém vencedora por todo o mundo habitado, domando em seu caminho todas as machinações inimigas, e a phalange de uma opposição systema- tica, baseada no seu valor real, e acompanhada dos mais applau- didos sucessos. Convencido de que a cura das enfermidades as mais divergentes em seu começo são verdadeiras bagatellas para os nossos apparelhos, podemos assegurar que a sua introducção geral, isto é, o seu emprego na mais leve indisposição, neces- sariamente causará o prolongamento da vida humana, que é sempre abreviada por moléstias e outros acontecimentos exterio- res. Durante o longo periodo de vinte e nove annos alcança- mos sempre o melhor effeito das nossas agulhas de abducção, em milhares de casos de moléstias, e nenhum em que os appa- relhos genuínos tivessem causado o menor prejuizo. CAPITULO D CONDIÇÕES DA CURA. 11. No estado inflammatorio da abducção, isto é, nos pri- meiros três dias depois do emprego do abductor, no primeiro e terceiro gráo d'abducção, os pacientes devem observar o seguinte: 1.° Não lavar nem o rosto, nem as mãos senão uma hora de- pois de deixar a cama pela manhãa, e isto mesmo com rapidez. 2.° Não mudar a roupa nem do corpo, nem da cama, salvo se estiver molhada. 3.° Evitar trabalhos humidos, taes como lavagem de roupa ou de fructas e legumes, amassar pão, descascar frutas e raizes. 4.° Evitar completamente qualquer humidade e ventania, principalmente nos primeiros três a quatro dias depois da ope- ração. 5/ Não demorar-se durante este tempo emsalar, lojas ouade- gas humidas. 6.° Não dormir junto de paredes, o que, como sempre pre- judicial, se torna perigosissimo durante a inflammação. 7.° Não tocar de forma alguma em metaes frios. 8.° Em caso de moléstia grave, ficar no qua/to durante estes três dias, guardando em geral todas as prescripções hygienicas. 9 12. Humidade e ventos encanados são inimigos declarados da abducção, que devem ser evitados cuidadosamente no primeiro período. O abductor augmenta o calor do corpo, e sendo mais fácil o resfriamento depois do corpo estar esquentado, o paciente é maií- predisposto á constipações depois da operação. 13. Não querendo observar as condições supra mencionada*, tão simples etão fáceis, não se deve esperar cura pelo nosso metho- do; ao contrario será alterado o effeito, alimentando a moléstia e creando perniciosas conseqüências. Preenchendo, porém, as oito condições estabelecidas, o paciente abençoará os effeitos ma- ravilhosos dos nossos apparelhos. 14. A abducção do 2.° e 4.° gráo não exige observação tão restricta das condições essenciaes; é prudente, porém, acommo- dar-se a ellas também. 15. Uma athmosphera carregada de nuvens humidas, di5 tormentas, trovoadas e ventos, e de nevoeiros é menos apropria- da á abducção, do que um céo limpo e alegre. Por isso os mezes de Setembro e Outubro assim como os da primavera são os mais convenientes. O médio da temperatura annual, que nas duas zonas modera- das varia de 16 á 22, reamur, é nestes mezes mais constante e o ar não contém excesso de eletricidade. Nestas condições a columna de ar, acima do homem, é igual á 31,500 libras, peso este que o esmagaria instantaneamente, á não ser o contrapeso do ar no corpo e ao redor do mesmo. Uma columna mais pesada influencia desvantajosamente a secreção e a excreção da epiderme,—por conseguinte a conveniência de uma purificação artificial do ar pelos gazes eleclricos do ap- parelho em mudança áspera da temperatura. 16. Nas zonas mais frias ou no inverno, convém conservar, ainda que artificialmente a temperatura media nos menciona- dos 16 a 22.°, reamur, durante os primeiros três dias depois da applicação. Nestes dous casos os apparelhos devem ser de cons- trueção mais forte, empregando-se somente o primeiro e terceiro gráo de abdução, ao passo que nos trópicos, geralmente se ap- plicará o segundo, quarto e quinto gráo, servir. Io ao primeiro - e terceiro gráo apparelhos mais delicados. 17. O emprego do abductor pode ter lugar em qualquer épo- ca do anno sobre á condição de maior somma de cuidados na 2 10 observação das condições da cura. O tempo mais conveniente de proceder-se a abducção é a noite, antes de deitar-se, visto que o corpo no aquecimento do leito alcança com mais facilidade uma transpiração benéfica. 18. Conforme a constituição e o soffrimento do paciente, os instrumentos são construidos especialmente, porque nem todos podem possuir a mesma força natural de reacção, pois que, com uma senhora delicada e nervosa as agulhas mais finas emais sub- tis do abductor e regulador perfeito, produzem o effeito desejado, emquanto que agulhas de quádrupla grossura pouca influencia tem na cutis callosa do robusto trabalhador. Nas consultas não se deverá omitir ás seguintes perguntas : l.a Qual a idade do paciente, e ha quanto tempo soffre? 2.a Pielatorio da moléstia e effeitos dos remédios usados? 3.a Constituição do paciente, e se chagas ou ferimentos ex- teriores fecham depressa ou não, se já soffreu de sarnas, es- carlatina ou syphiles? 5.a Sc a evacuação se faz regularmente ou não, se ha inter- rupções e de quanto tempo ? 6.a Se ha facilidade de transpiração, e quaes as partes do corpo que mais transpiram, cabeça, peito ou pés ? 7.a Se soffre frieza nas mãos e pés ? 8.a Se ha interrupção da menstruação ou das hemorrhoydas, se soffre d'estas? 9.° Se usou o paciente de sangria,sanguesugas,ventosas,mer- curio ou outros venenos interior ou exteriormente ? 19. A resposta á estas perguntas nos facilitará a escolha do instrumento correspondente ao individuo, e ao mesmo tempo as instrucções especiaes, que nos devemos reservar para casos de maior complicação. TITULO IH DO DIAGNOSTICO ESPECIAL d'ABDUCÇÃO. 20. O abduccionista não ajuiza do estado da moléstia e da ca- pacidade vital do enfermo só pelo pulso, nem pelo olho ou lingua do seu cliente; lança seu instrumento ao lugar competente para a abducção, e observa as conseqüências : a. Em individuos completamente sãos, dos quaes infelizmen- 11 te poucos existem hoje, avermelha-se instantaneamente o lugar abducidado, descora em seguida e torna-se normal. b. Em individuos cujo corpo contém matéria mortífera, mas que ainda possua bastante força de reacção ou execração, os pontos também avermelham-se logo, ficando, porém, visiveis em forma de pequenas bexigas, pústulas ou mesmo de ulceras, e somente desapparecem completamente no fim do período ^ab- ducção. c. Em doentes muito abatidos quando a vis medicatrix natural está muito por baixo, a vermelhidão apenas aparece no fim de cinco a dez minutos em gráo diminuto e ao inverso dos ' doentes anteriormente descriptos, e augmentam estes symptomas com a repetição, em quanto que com os outfos gradualmente des- apparecem. d. As pessoas em que mesmo depois de repetidos toques por seis vezes, em periodos certos, nenhum signal de alteração apparecer na cutis, devem considerar-se incuráveis. 21. Comtudo ensina a experiência que a pustulação mais ou menos vehemente da epiderme não é signal seguro de cura, ao contrario pôde ter lugar a cura, como freqüentemente ac- contece, sem que a abducção tenha influencia exterior na cu- tis. Nestes casos as matérias excrementicias retidas se dis- solverão em gazes, e dirigir-se-hão á outros órgãos de excreção, como os rins, os intestinos, etc, etc. Em geral este torpor abduccional da cutis forma a prova - mais certa de que, sem o uso simultâneo do já citado evaporador, não se poderia alcançar uma cura radical. 22. O abduecionista traz constantemente comsigo os seus remédios, e em casos agudos muitas vezes cura rapidamente o paciente, em quanto o medico excêntrico de medicamentos pro- cura combinar as receitas, e o boticário gasta o tempo precioso em sua preparação: o abduecionista, pelo contrario, não perde seu tempo em procurar o nome da moléstia, sabe que em cada en- fermidade mais séria todo o organismo soffre mais ou menos, que a força vital se acha alterada, que existe alguma cousa contraria á natureza nos humores, e trata de lhe dar sahida quanto antes. Eis a razão por que o doente deve confiar mais no abduecionista de que em qualquer outro medico. 23. Abduecionista é todo o homem consciencioso c esclarecido que procure informar-se de nós, quer por conversa pessoal. 12 quer por correspondência, sobre os principios do nosso methodo de cura, ainda mesmo nos casos mais difficeis. Os médicos os mais afamados e illustrâdos, de quasi todas as partes do velho mundo tem-nos consultado, graças a tolerância da atualidade, e muitos não recuaram diante de viagens longas para pessoalmente poder-nos consultar em nossa humilde choupana. Todos os doentes desejosos de obter a assistência e os conselhos de um medico abduecionista, nos casos de moléstia, podem indereçar suas perguntas em forma de carta subscriptada com a letra A, que receberão sempre de nós prompta e especial resposta. CAPITULO IV DO REGIMEN ABDUCCIONISTA. 25. Será condemnado a dieta e a fome o paciente na appli- cjção da abducção? Não, ao contrario deve o doente comer com o appetite do costume, evitando, porém, as demasias, as co- midas indigestas, bebidas espirituosas, cerveja forte e vinhos ar- tificiaes. 26. São absolutamente incompatíveis com a abducção todos os preparados de mercúrio e metaes venenosos, purgantes, cáus- ticos e outros medicamentos drásticos, sangrias e banhos, em uso pelo systema antigo. 27. Por uma escolha conveniente de aljmentos vegetaes, de accordo com os principios hygienicos d'esla obra, haverá toda possibilidade de fortificar os humores sadios, ainda existentes no organismo affectado, e por tal forma que ganhará a superiorida- de nas dietas e tratamentos em voga. E' mais aprasivel á um tysico uma sopa de sagú, como almoço, do que um assado envi- nagrado, ou presunto com licores, e a um estômago um aren- que bem aguado com preferencia á toucinho ou queijo de Lim- burgo. 28. E' necessário uma evacuação diária do ventre. Nos casos de obstrucção habitual, de evacuação irregular, causadas por restrições no órgão digestivo, inchações chronicas, estreita- mento e irregularidades de outros intestinos, é indispensável o amolecimento das fezes para facilitar a digestão e poder regula- risar as evacuações. Reservamos para nós os detalhes deste remédio, como único 13 meio de segurança contra a usurpação e o plagio; é certo e pro- vado que o abductor simples e innocente, que só exteriormente empregamos, tem maior effeito e é mais vantajoso do que quanto * purgante nocivo apparece. 29. Não se devem interromper as lavagens diárias do cor- po, recommendadas pelas regras da limpeza, não devem ser fei- tas, porém, pela manhã logo ao deixar a cama, quando o corpo ainda tem maior gráo de calor, e sim ao menos uma hora depois, ou a noite ao recolher-se á cama. Neste ultimo caso a abduc- ção do segundo gráo opera melhor no corpo assim refrescado por água fria, do que todos os banhos do mundo, produzindo um ca- lor natural durante o somno aprazível que se segue, operando assim um completo beneficio. 30. Com toda cautella devem evitar-se as grandes applica- ções, as raivas, as coleras biliosas ; finalmente tudo que possa produzir palpitações do coração, porque e systema nervoso, é mais ou menos alterado no primeiro período da abducção, e ne- cessita por isso toda attenção por outro lado. CAPITULO V DA ABDUCÇÃO 31. A abducção ensina a cura ou tratamento das moléstias, e a applicação pratica dos nossos apparelhos em casos especiaes de moléstia. E' tanto mais simples, quanto é comprehensivel e evidente á theoria da cura. E' supérflua toda e qualquer des- cripção detalhada das moléstias uma por uma, pela razão já dada da extrema simplicidade de suas causas. 32. Para se curar pela abducção basta saber-se em que lugar do corpo se acham os intestinos especiaes, conhecimento este que facilmente se obtém assistindo á matança de um porco, afim de tornar mais palpáveis os differentes lugares d'abducção men- cionados em cifras atraz dos nomes de cada uma moléstia, que damos em seguida. EXPLICAÇÃO DOS SIGNAES 1. Lugar da abducção no começo do pescoço, no primeiro engonço do espinhaço, occupando com um oval tanto as espaduas como toda a parte posterior do corpo. 14 2. Pontuações cerradas em todo o comprimento do espi- nhaço, e de ambos os lados do mesmo. Nos engonços se col- loca o regulador tão baixo que as pontas das agulhas appareçam apenas horisontaes com a bocca do regulador. Assim evita-se a possibilidade da quebra de alguma ponta de agulha que possa ficar no corpo. 3. 40 á 50 tiradas sobre o estômago e a parte superior do ventre, começando do coração até o umbigo em circulo oval. 4. 1 ou 2 tiradas por traz de cada orelha. 5. 6 á 10 tiradas na nuca. 6. Abducção abundante sobre o fígado. N. B. Acceita-se como fígado todo o lado direito fronteiro ao coração, até a ponta da ilharga desse mesmo lado, formando- se um circulo oval de pontuações cerradas, contendo 10 ou 15 incisões no peito direito. 7. 10 á 15 tiradas sobre o coração. Traçada uma linha do bico do peito esquerdo até o meio da ilharga esquerda, acha-se quatro dedos abaixo do mesmo peito o coração, onde se fará a abducção em um circulo de 2 pollegadas de diâmetro. 8. 4 á 5 tiradas abaixo da junta superior do braço es- querdo, no sovaco, que como a todos os homens, é muito predis- posto á excreção do suor e de outras matérias excremencias. 9. O mesmo debaixo do braço direito. 10. Abducção ampla do baixo ventre. 11. O mesmo em ambas as coxas e ilhargas. 12. O mesmo no espinhaço e sobre os rins. N. B. Por espinhaço ou cadeiras se entende aquella super- fície do corpo, que começa da parte inferior do coccyx, formando um circulo por sobre os rins. 13. Amplas tiradas sobre todo o peito. 14. O mesmo nas juntas superiores dos braços. 15. 4 á 6 pontuações na parte inferior do pescoço, sobre a garganta. 16. O mesmo em ambas as faces, das orelhas para baixo. 17. 6 á 10 pontações em cada barriga de perna. 18. O mesmo nas curvas das pernas. 19. O mesmo nas solas dos pés. 20. 3 á 4 tiradas na parte interior de cada junta das mãos (punhos). 15 21. Abducção derivativa. 22. Applicação directa na parte affectada. 33. Nos casos marcados—a—exigem uma repetição em intervallos de 10 dias até a convalescença; as outras quasi sempre são no primeiro tratamento. MOLÉSTIAS E DEFORMIDADES SEUS SYMPTOMAS, CAUSAS E CURAS PELOS APPARELHOS NATURAES ABDUCTOR E EVAPORADOR. 1. Abcesso, inchação ulcerosa. Applica-se a. 21. 2. Acatalepsia. Symptomas: Estolidez no comprehendi- mento de cousas simples, muitas vezes impossibilidade absoluta de còmprehender cifras. Causas: moléstias cerebraes, vibração irregular dos nervos cerebraes, congestões: Cura a. 1. 4. 5. 3. 3. Incubo, pesadelo. Symptomas : durante o somno um sentimento como se estivéssemos debaixo de grande peso; respi- ração difficil, desejo de acordar sem poder, grande ruido no corpo semelhante ao estrepito de um relógio de algibeira, despertar súbito com receio ou medo. Causas: congestões do sangue ou dos vapores para o cérebro, nervos, etc. Cura: 1. 4. 4. Inchação das grandulas \ 5. « « amygdalas j 6. « lymphatica (Vide glândulas 7. « das parotidas l 8. « « glandidas salivares ] 9. Braços inchados, rheumatismo ou gota nos mesmos, abducção : a. 1. 22. 10. Hálito de máo cheiro—a. 1. 3. 11. Atonia dos intestinos—a. 1. 3. 12. « do figado—a. 1. 6. 13. « dos rins—a. 1. 12. 14. « do baço—a. 1. 3. 15. Moléstias dos olhos, inflammaçoes—4. 5. Differençam- se os soffrimentos glandulares e rheumaticos nos olhos. Os pri- meiros que se distinguem pela vermelhidão das palpebras viradas, exigem tratamento mais prolongado. 16. Perda de cabellos, alopecia. 16 17. Deslocação de um membro, v. g., das juntas das mãos, pés ou das ilhargas—21. 22. 18. Borbulhas na bocca—3. 19. Dores de barriga, em conseqüência de rheumatismo—3. 20. Bheumatismo ou gota nas pernas—1. 2. 11. 21. Urinar na cama, dememicos—10. 12. 22. Flatulencia—3. 23. Catarrho na bexiga—a. 1. 10. 24. Congestões na cabeça—a. 1. 17. 18. 25. abcessos de sangue, (vide abcessos.) 26. Cuspir sangue, em conseqüência de contusão-a. 13. 27. Papeiras, croup. Synvptomas : respiração diíficil, mu- dança extraordinária da voz, morte por asphyxiamento. Causas: constipação ou envenenamento ; a membrana mucosa do canal respiratório perde a sua estructura, secreção mucosa dos intesti- nos em grande quantidade, que se apega nas paredes do canal respiratório, apertando-o, quantidade immensa de parasitas que se amontoam em quantidade, desorganisando assim a garganta; o engorgitamento augmenta com a maior rapidez, e se torna incurá- vel, salvo o caso de soccorro immediato. Cura: em tempo—a. 3. 13. 28. Catarrho—1.3. 29. Contusões 30. Croup (vide papeiras) 31. Colicas—3. 1. 32. Dyarrhéa—3. 1. 33. Abcesso. 34. Entorpecimento dos membros. 22. 35. Vermes, lombrigas. Enfermidade muito espalhada en- tre moços e velhos. Distinguem-se no corpo humano antes de tudo as ascáridas, vermes mui pequenos, brancos, como fios ou linha e que se estendem por todos os intestinos, pulmões, fígado, coração, cérebro, etc, as lombrigas ou as- cáridas compridas, é a solitária. As ascáridas quasi sempre se acham nas paredes interiores da tripa da digestão, do que s:> poderá convencer quem deixar retirar os gazes essenciaes, do eva- porador, no ânus, pois apparecerão então em grande quantidade. Quando penetra nas partes sexuaes, principalmente das mulhe- res, forma-se logo um estimulo descomedido para voluptuosidade hysterica, e uma placidez gradual do corpo. Também aqui é da 17 melhor influencia e cura completa o effeito dos vapores essenciaes nas partes affectadas, porque mata os parasitas, reamina as partes glandulosas, que por si expellem os parasitas mortos. Abducção a. 3. 10. 36. Quedas. As contusões em conseqüência de quedas, quando não houver quebramento de ossos ou de costellas. Abducção 21. 37. Borbulhas na cara—a. 4. 38. Manchas nos olhos (Plerigium)—a. 1. 3. 4. 39. Gravidez das mulheres, e acto do parto. A abducção do primeiro gráo, com intervallos de vinte dias, facilita supportar os incommodos da gravidez, e uma única abducção immediata- mente antes do parto, pôde evitar as immensas dores do mesmo, e conduzir a um successo feliz e livre de dores. Esta inestimá- vel qualidade do abductor, tantas vezes averiguada durante a gravidez e o parto basea-se em leis simples e anú-espasmodicas; a expansão dos músculos genitaes deve necessariamente fazer-se sem dores, uma vez que o estimulo do calor, produzido pela abducção, absorva a humidade das ligaduras. 40. Pintas febris miliaris—1. 2. 3. 41. Frieiras permones. Abducção 21, applicada em circulo. 42. Espasmo no parto. (Vide gravidez.) 43. Diminuição das ouças. Abducção a. 4. 44. Perda de olphato—a. 4. 45. Inchações. Abducção 22. 46. Tersol—k. 47. Alopecia. 4. 48. Sarnas Vide a. 67 49. Moléstias do pescoço—a. 1. 15. 50. Rouquidão—a. 1. 15. 51. Oppressão do coração, nos meninos—1. 2. 3. 52. Tosse rheumatica—1. 3. 53. Inflammações. Todo botão ou inflammação exterior cede a abducção 21, applicada em circulo. 54. Indigestões. Soffrimento de quasi todas as pessoas de vida sedentária, como sábios, escriptores, escrivães, artistas, ete., que poucas e nenhumas occasiões teem de fazer exercícios corpo- raes : intemperança na comida e na bebida, má qualidade ou falta de alimentação também as vezes produzem indigestões. Em quanto a esta ultima qualidade de obstrucção somente se cora 18 removendo as causas da digestão intorpecida por falta de exercí- cios do corpo, e cura-se mui simples e naturalmente pela abducção conforme a. 3. O abductor fornece ao apparelho digestivo aquelle augmento de calor que lhe dará um movimento mais activo em todo corpo e por isso compensa a falta de exercício corporal. Centenas de pessoas que sonriam pelas razões expostas as tor- turas da digestão retardada e incompleta, abençoam hoje a força curativa do abductor, sem o qual não podem mais passar. 55. Catarrho epidêmico (defluxo)—a. 1. 2. 3. 15. 56. Calvice. Conseqüência certa do uso freqüente de re- médios venenosos e banhos. Cura-se pela abducção 22. 57. Tosse convulsa. Não perseguirá mais aos meninos, se nos primeiros ataques de uma tosse catarrhal se empregar logo a abducção 1. 2. 3. Se, porém, esta moléstia, muitas vezes epi- dêmica, apparecer apezar disto, o tratamento é igual ao do ca- tarrho epidêmico. Sob n. 55. 58. Mulher parida. O emprego do abductor conforme 1. í.3., uma hora depois do parto, evita o caracter perigoso da febre de leite, auxiliando muito a convalescença. 59. Moléstias de meninos. Todas as mulheres, que menos amamentam suas crianças, depois de soffrerem a abducção, forne- cerão as mesmas abundante leite puro e sadio. 60. Colicas. O emprego do abductor pela forma 22 cura em três minutos este terrível incommodo dos intestinos. 61. Dores de cabeça, migraine, cephalalgia ; procure-se descobrir as causas, para removel-as. Se a causa é circulação a interrompida, o soffrimento cessa com a applicação da abducção 1. 3. 17. immediatamente. 62. Contracção espamodica dos dedos 1. 14. 20. 63. Dito na barriga das pernas 17. 18. 64. Dito do estômago 3. 65. Dito no pato 13. 66. Espasmos, convulsões em crianças. Simptomas : for- tes convulsões em todo o corpo, dislocação dos olhos, contracção dolorosa de todos os músculos e nervos, gritos dolorosos, espuma na bocca e morrendo nos maiores tormentos. Causas: affecções de vermes, mercúrio tomado pelo spais, desparidade da electricidade nervosa individual. Cura: abducção conforme 3. 1.2. 67. Sarnas, (tinha*) Symptomas: comichões insuportáveis em todo corpo, principalmente nos lugares onde ha maior gráo 19 de calor, como entre os dedos e nas juntas das extremidades, febre, asthma e as vezes mesmo thysica, apparecem freqüente- mente ainda no fim de quinze a trinta annos, se as sarnas foram mal curadas, ou se as parasitas venenosas e seus productos as recolheram nas cavidades do corpo, e reconcentram-se sobre o fígado, pulmões, rins, coração e baço, ou sobre a pelle mucosa dos intestinos. Causas: uma immensidade de insectos micros- cópicos, carraças, ou parasitas, depositando seus ovos em milhões, em vários pontos do corpo, debaixo da epiderme, formando aquelles pontos pequenos vermelhos, que parecem pústulas in- flammadas, produzem a comichão immensa que se sente. O microscópio solar nos fornece a prova de que toda a nossa athmosphera é repleta de germens vitaes de moléculas, de carra- ças e de parasitas, que somente esperam as condições correspon- dentes para transformar-se em seres orgânicos visíveis de maior ou menor cathegoria; os mais importantes agentes na creação primitiva d'essas carraças nocivas são o oxygenio e um fluido elé- trico, quer estes appareçam como cogumelos microscópicos nas plantas— (como na moléstia da batata) ou como carraças, insectos e vermes no homem (como nas sarnas, ascáridas, na ou como larvas entre o couro e a carne do gado vaccum. O contagio basea-se indubitavelmente na presença das con- dições vitaes para estes parasitas no momento da transferencia, que çode ter lugar pela respiração também e pelo contado. O eíttofre, especifico contra esta moléstia, prova exuberante- mente que a carraça da sarna, no começo, penetra nos humores, e este temedio venenoso para as carraças, as espulsa do sangue, eas impellem para as partes pobres delle a epiderme. Pode-se, portanto, chamar com toda razão as sarnas uma bicharia, que tende commummente a procurar de preferencia pessoas mal limpas. Quem alimpa seus humores de tempos em tempos pelo emprego do nosso apparelho não deve receiar-se das impuridades das carraças sarnosas. Cura : abducção conforme a 1. 2. 3., quasi sempre cura immediatamente e mui raras vezes necessita-se de repetição. 68. Dores de barriga, (vide eólicas.) 69. Moléstias do estômago, (vide Gastrites.) 70. Affecções do estômago, nos meninos—3. 71. Estômago azedo—3. 72. Sarampo, moléstia de meninos, as vezes com character 20 epidêmico. Symptomas: grande numero de pústulas grandes, irregulares, grande vermelhidão, Inflammação da cutis, febre, ílelirio. Cousa: contagio pelo virus no ar, que se communica com os humores predispostos. Cura:—1. 2. 3. 73. Trismo ou contracção espasmodica da bocca. Symp- tomas : Impossibilidade de mover o queixo e as mandibulas a vontade, contracção dos músculos de mastigação, tétano mui do- loroso até a nuca e o cérebro. Causa : salto das ligaduras e múscu- los pela degeneração da electricidade dos nervos e dos músculos. A abducção conforme 16 cura esta enfermidade terrível, em poucos minutos, quasi incurável pela medicina. 74. Sonambulismo. Symptomas: o enfermo se levanta da cama em estado somnolenlo, passeia sem consciência de si, e sente grande apathia quando acaba o paroxismo. Causas : congestões, convulsões, influencia electrica da lua nos nervos predispostos do cérebro. Cura: completa e certa em pouco tempo pela abducção a. 1. 2. 3. 75. Defluxo ou catarrho—3. 4. 5. 76. Febre nrticaria, é o mesmo que o sarampo, mas nas pessoas adultas. Abducção 1. 2. 3. 77. Inchação d'água—a. 22. 78. Syncope, abducção 7. 8. 9. 79. Dores nos ouvidos—1. 4. 80. Zunido dos ouvidos—a. 4. 17. 1. 81. Contusões, abducção 21, applicada em circulo. 82. Rheumatismo em geral—a. 1. 2. 3. 83. Eryúpela,—1. 21, applicada em circulo. 84. Humores deteriorados—a. 1. 2. 8. 9. 17. 85. Olhar vesgo. As creanças de berço pinta-se um pon- to vermelho na ponta do nariz, ou colla-se uma obreia encarnada no mesmo lugar. Os adultos devem usar de óculos appropriados por muito tempo. Abducção a. 1.5. 86. Insomnia—1. 2. 3. 87. Soluços causados por convulsões do diaphragma, quasi sempre conseqüência de má digestão, 5 á 6 tiradas do abductor sobre o estômago fazem cessar este incommodo instantanea- mente. 88. Defluxão. Abducção 3. 4. 5. 89. Dores rheumaticas nos hombros—1. 14. 90. Pleuris, (vide moléstias do peito.) 21 91. Azia—3. 92. Sardas—â. 1. 3. 5. 93. Rigeza das junctas—a. 22. 94. Murdeduras de insectos, cobras, scorpiões, aranhas, vespão, abelhas ou âbelhão; emprego directo dos gazes e da abducção, conforme o n. 21, applicada em circulo. 95. Endurecimentos das fezes. 96. Sonnos pesados, (vide sonambulismo) 97. Dysuria. Emprego directo dos gazes essenciaes na uretra. Abducção a. 10. 98. Digestão interrompida—1. 3. 99. Desconjunctamentos. Emprego directo dos gazes no membro deslocado ; embrulha-se e aperta-se depois o membro com um panno de linho, deixando filtrar no membro assim em- brulhado os gazes essenciaes, quatro ou cinco vezes por dia, a cura será rápida. Em desconjuntamentos de maior importância, se applicará além d'isto a abducção pelos ns. 21. é 22. 100. Queda da tripp, da digestão—10. Logo que se mos- trar o rubor da abducção acaba o soffrimento proveniente de fra- queza parcial ou geral, se o paciente se deitar por alguns minutos de barriga para baixo, tendo a cabeça mais baixa do que as ilhargas, Nas grandes inflammações, abducção 1.2. 3. 10. 101. Febres intermittentes. Symptomas: arrepiamentos de frio, languidez e frio em todo corpo, abalos e tremores do mesmo, depois calor e transpiração. Em seguimento apparece magre- za, e mesmo tysica. A febre intermittente, ou sezões, que pos- sua a singularidade de voltar em intervallos certos de um, dous, três ou quatro dias e sempre as mesmas horas, se deve attri- buir a circumstancia de que as causas condicionaes, são vermes ou gazes anelectricos, que suspendem sua acção nos intervallos. Causas: A base de quasi todas as moléstias, o resfriamento, tem destruído o alimento da substancia dos nervos, o baixo ventre enche-se de gazes específicos ou parasitas, que são a causa immediata de abnormidades na vibração dos nervos. Isto explica a razão da existência indemica das febres intermittentes em lugares pantanosos ou cortados por águas frias vindas das monta- nhas e serras. Cura: a abducção pelo n. 1.2. 3. cura immediata- mente a febre intermittente mais forte, e quasi nunca necessita-se repetir o processo durante o período abductorio. Empregando-se 22 o abductor no momento do frio e do tremor, o paroxismo desappa- rece instantaneamente como por encanto. 102. Dores rheumaticas nos dentes. Ainda no maior gráo de dôr o abductor cura immediatamente. Abducção 4. 103. Moléstias da campainha—15. 1. Embrulha-se o lugar da abducção ( o pescoço) com algodão. B. MOLÉSTIAS GRAVES. 104. Fistulas no ânus: Emprego directo dos gazes. Abduc- ção conforme a. 1. 3. 12. 105. Endurecimentos antigos, (vide gota, e inchações got- tôsos.) 106. Aneurisma, (vide moléstias do coração.) 107. Achores, (mentagra)—a. 1.2. 3. 4. 108. Escorbuto—â. 1. 2. 3. 4. 5. 109. Asthma. Symptomas : respiração curta muitas vezes até á suffocação; a tosse é dura, porém forte e expelle uma saliva grossa, de péssimo gosto e côr cinzenta. Rosto muito vermelho impossibilidade para as pessoas affectadas d'esse mal de perma- necer por muito tempo em lugares fechados e em ar impuro. Causas :— resfriamentos causaram uma degeneração dos bron- chios e dos canaes respiratórios, cujas paredes se acham cober- tas por massa mucosa. Polidores de vidros, de crystaes e de diamantes aspiram esta poeira acutangula, que produz feri- das nos órgãos respiratórios, e em casos mais favoráveis, a as- thma. Cura a abducção a. 1. 2. 3. 8. 9. 13. Só depois da primeira abducção se dissolvem as massas mucosas compac- tas em quantidades incríveis e com o desapparecimento da cau- sa cessa o effeito, o peito fica mais livre, a respiração fácil, frios e nevoeiros augmentam o soffrimento, como é conhecido, porque retiram o calor do organismo, pelo que engrossam e accumulam mais as massas mucosas. O Abductor, porém, dissolve por seu estimulo calorico o deposito mucoso, e conduz para fora as ascariosidades que lhe formam a base. 110. Lepras (vide impigem). 111. Consumpção, (marasmo,) chama-se a toda moléstia em que o corpo emagresse diariamente. Por isso me refiro ao artigo tysica. 23 112. Solitária. O gigante entre os vermes intestinaes, qm attinge as vezes um comprimento de mais de sem varas, e que já arruinou a muitas pessoas lentamente devorando-as Simptomas: Ventre crescido, dores nos intestinos, náuseas e vômitos na occasião da subida do verme para a garganta, alimentação inter- rompida, e a morte em conseqüência das destruições feitas por este monstro nas partes mais importantes dos intestinos. Causa: Predisposição das membranas mucosas do estômago e da tripa da digestão respectiva, temperatura apropriada para o des- envolvimento da semente dos parasitas. Cura: Abducção conforme a. 3. 10. 12. é o laxante da abducção. A abducção mata a solitária pela fome, tirando-lhe o seu alimen- to especifico. 113. Peritonites—a. 3. 1. 2. 114. Exostosís. Emprego dos gazes, abducção a. 1. 2. 18. 21, applicada em circulo. 115. Pedra na bexiga. 116. Bexigas. 117. Amarellidão, (chlorosis). Esta moléstia própria das donzellas no tempo do começo da puberdade, entra na categoria das moléstias do fígado. Simptomas: pallidez das faces, côr a- marellaça do corpo que até se mostra no branco dos olhos, con- seqüência da excreção da bilis para o sangue. Perda do appe- tite, ventre inchado, diarrhéas freqüentes de apparencia mucosa, em que as vezes se encontram concrecções biliosas. Em combi- nação com esta moléstia, na qual o sangue perde suas matérias tingentes, e apparece freqüentemente leucorrhéa em quanto que a ictericia se caracterisa por febres lentas. Abducção a. 1. 2. 6. 118. Acatálepsia. 119. Cuspir sangue, em conseqüência de contusões—a. 13. 8. 9. 120. Hematuria—a. 12. 121. Hemorrhagía. As hemorrhagías dos pulmões, re- sultado do rompimento das partes mais delicadas, e que os mé- dicos chamam hemoplesias, são quasi sempre os precursores da tysica. Abducção a. 1.2. 3. 13. 24 122. Esphacelo. O emprego directo dos gazes e da abduc- ção a. 1. 2. 21, desvia de qualquer ferida a propensão gangrenosa. 123. Queimaduras. Quem soffrer queimadura de fogo ou de liquido quente em algum membro, empregue a abducção con- forme 21. Vulnerações maiores devem cobrir-se com pó fino de carvão de madeira, e para impedir o ar, cubra-se os lugares af- fectados com algodão alcochoado. Assim se curam as maiores feridas sem deixarem cicatrizes. De nenhuma forma deve em- pregar-se fomentação humida. 124. Chagas provenientes de queimaduras, abducção a. 22. 125. Peito inflammado de mulher parida, abducção a. 21, applicada em circulo, 8. 9. 126. Moléstias do peito. Logo que o peito se mostra affec- tado, deve empregar-se irffmediatamente a abducção conforme a. 1. 2. 13. 17, com as quaes se aniquila no começo qualquer soffri- mento do peito. 127. Pneumonia, (vide o artigo antecedente.) 128. Hydropesia ao peito, (vide tysica.) 129. Cholera morbus ou cholera asiático. Symptomas: Pelas alterações das membranas mucosas dos intestinos, que são completamente dissolvidas, apparece uma dyarrhéa fortissima, perfeitamente preta ; as evoluções con- vulsivas do estômago provocam fortes vômitos de varias cores; o sangue coagula e porque assim é impedida a regeneração de todos os órgãos, os tecidos reseccam, a epiderme afroxa e perde sua actividade. No decurso da moléstia apparecem os espasmos os mais atrozes nos intestinos, nas partes genitaes e no systema nervoso. As carnes do corpo soffrem uma decomposição chimi- ca, ficam como massa, de cor amarella, azulada e preta, o corpo fica cadaverico aos olhos dos assistentes, e a morte apparece em poucas horas. Esta moléstia é epidêmica, também apparece sporadica- mente, como geralmente acontece dando-se-lhe outro nome. Assim também a febre amarella e outras moléstias de carac- ter análogo, não parecem ser se não o cholera modificado. A medicina classifica esta enfermidade como incurável, o nosso methodo, porém, mostra com evidencia o contrario. Causas: Disparidade da eletricidade individual e athmos- pherica, pela qual se facilita a formação do contagio pelo ar, e a predisposição do individuo. Cura: abducção a. 1. 2. 3. 10. 25 17. 18. 19. cura o cholera com toda certeza, se for empregada antes da decomposição completa dos intestinos mais importantes. Fique-se entendido de que n'estas moléstias gravissimas sem- pre se devem empregar as tiradas mais fortes da abducção. 130. Delirium tremens. Empregada com tiradas fortes, a abducção conforme 3. 8. 9. 19. acaba com a embriaguez. 131. Disenteria. 132. Glandidas. Symptomas : Inchação das glândulas do pescoço, das mandibulas, do vaso lymphatico, das carótidas, e das glândulas salivares. Os nós das glândulas são movediços de- baixo da epiderme, e não mostram ao apalpar as desigualdades gibosas dos nós cancrosos. Em estado mais adiantado affectam todo o systema glandular, as inchações rebentam, expellindo um liquido amarellaço, a moléstia se estende pelo rosto todo, esca- vam a massa da carne, sem dor e appresentam aos olhos do ho- mem o aspecto e as mudanças as mais horríveis. Causas: Alimentação e tratamento insufficientc cias crian- ças, estada em sallas d'escola muito cheias, moléstias syphiliticas e outras dos progenitores. Ainda em estado muito adiantado, a abducção conforme a. 1. 2. 3. cura radicalmente os soffri- mentos das glândulas, sem deixar, como de costume, cycatriz al- guma, se o paciente ajudo a abducção com uma dieta apropriada, comendo alimentos bem temperados e gordos. 133. Rhachitis. Tem esta moléstia gravissima das crianças quasi as mesmas causas que os soffrimentos de glândulas e escrophulas. Os ossos perdem sua consistência, e finalmente amo- lecem e se decompõem. Pessoas syphiliticas, que tomaram mercú- rio e outros venenos narcóticos, e preparados metálicos, como pós de cobre, de prata e de ouro, não podem gerar se não crianças rhachiticas. Abducção a. 1. 2. 3. 134. Vômitos. Os vômitos são sempre provenientes de envenenamento directo ou indirecto. Sendo proveniente apenas de indigestão, a abducção 3. cura immediatamente. No mais: (Vide envenenamento, cancro no estômago, soli- tana e cholera.) 135. Epüepsia. Abducção a. 1. 2. 3. 8. 9. 17. 18. 19. cura este horrível soffrimento radicalmente em pouco tempo, não estando ainda desorganisados todos os gânglios. 136. Febre adynamica, podre. Bôa alimentação e abduc- ção como no cholera. 26 137. Obesidades. Todas as pessoas inclinadas á obesi- dade ficam livre deste soffrimento encommodativo, usando o ab- ductor, e tomando de tempos em tempos o laxante da abducção. A conseqüência immediata de semelhante deformidade é o estrei- tamento dos vasos sangüíneos, e fluxão suffocativa, que são im- possíveis pelo emprego do nosso apparelho e do nosso methodo de curar. 138. Sezões. (Vide febres intermittentes.) 139. Febre amarella. (Vide cholera.) 140. Febre typhoide. (Vide typho.) 141. Lichen e outras moléstias da pelle. O lichen tem origem semelhante ás sarnas. Lepra, tinha, etc, são ou herdados dos pais, ou oceasionados por curas arseni- caes ou mercuriaes. Também se formam as vezes estas e outras moléstias de pelle, de uma degeneração e transpiração plástica da humidade synovial e das excreções excremenlicias dos ossos. O abductor é o protector mais seguro contra todas as enfer- midades da pelle, e para isso se o deverá applicar de vez em quando. O soffrimento mais renitente dfsapparecerá com a abducção a. 1. 2. 3. 142 . Concreção biliosa. (Vide pedras na bexiga.) 143. Febre gástrica. Tão diversas como são as causas que produzem ebulição do sangue, ou sua decomposição chimica, tão differentes são também as qualidades das febres. Gastritis é simplesmente inflammação do estômago, que muitos acontecimen- tos podem motivar o envenenamento por immoderação de ácidos. a existência de grandes-fócos de vermes, a influencia prolongada de gazes asphixiantes na athmosphera que o individuo respira e outras muitas. Se porém o estômago e o canal intestinal não estiverem de antemão impedidos em sua actividade natural, por algumaconsti- pação, a inflammação raras vezes attinge um alto gráo. Se isto tiver lugar, as perturbações são mais serias e mais importantes. Havendo varias causas em condições análogas, a febre pode tor- nar-se typhoide, o que freqüentemente acontece em hospitaes. quartéis, prisões, etc, etc, onde ha aglomeração de muita gente com o mesmo regimen de vida e com a mesma oecupação. Em casos taes é contagiosa esta febre. Cura: abducção a. 3. 27 144. Encephalites, (vide febre typhoide). 145. Mania. Abducção a. 1. 2. 3. 4. 5. 17. 18. Com dieta e distracção convenientes cura-se este maior de todos os soffrimentos seguramente, se a moléstia não for antiga e não for cau- sada por desarranjos orgânicos. Pessoas maniacas ou melancólicas devem ser continuamente vigiadas, porque não raras vezes tem invencível inclinação ao suicídio. 146. Gota. arthritis. A gota pôde apparecer em todas as partes e órgãos do corpo, e geralmente é denominada confor- me o lugar do corpo onde de preferencia apparece. Assim chama- se f podagra » a gota nos pés, que é sobre tudo accompanha- da das mais insupportaveis dores nos dedos grandes dos pés. O chiragra, gota nas mãos, corresponde ao podagra ; cephalgia, gota na cabeça, thmigrania, gota no lado da cabeça, dôr facial gotanas. faces, etc, etc, sempre designando a principal sede, das dores. Esta moléstia procura de preferencia as juntas dos ossos nas extremidades, depois os tecidos, como a pelle do craneo, dos ossos e das tripas, e as separações dos nervos e dos múscu- los. As dores são, ora permanentes, como na gota chronica, ora passageiras, como na gota aguda, onde ellas descançam em intervallos menores ou maiores, para depois tornar com mais força, ora mais agudas, ora mais brandas. As vezes nenhuma alteração mostra a epiderme, como na gota secca, freqüentemente, porém, também desorganisando o.? ossos e as juntas, como na gota exudativa, onde appparecem fortes inchações em varias partes do corpo. Sempr >, porem, é a gota um hospede máo, e nenhuma en- fermidade ainda demonstrou tanto a insufficiencia da matéria me- dica como esta, que é tão tenaz e tão geral, que paralysa final- mente o corpo todo do paciente, contrahe os membros e nos mostra as deformidades mais repugnantes do corpo. O doente morre depois de uma vida de dores immensas, em conseqüência destes tormentos, de esfalfamento ou hydro- pisia. Os médicos confessam francamente a insufficiencia de sua arte, declarando a gota incurável, e que o único medico que a poderia curar, morreu ha dezoito séculos, no Golgotha. Se bem que para a medicina privilegiada seja uma impossibilidade a cura da gota, não é igualmente para os nossos apparelhos, queexpellem por caminho natural para fora do organismo a causa 28 primitiva; isto é, a constipação, habilitando assim o corpo ;i entrar novamente em estado natural de vegetação. Causas. Toda gota resulta da primitiva constipação dos humores, de despimentos cerosos ou dos líquidos synoviaes do corpo, freqüentemente também de influencia anelectrica. Cura: Abducção a. 1. 2. 3. 22., quando a gota ainda é nova, e não se desenvolveu em mais elevado gráo. Em casos graves abducção a. 1. 2. 3. 8. 9. 11. 12. 17. 18., e diariamen- te tiradas mui delicadas com o abductor, regulador perfeito. Evitar cuidadosamente humidades e ventos encanados ; embrulhar as partes affectadas em algodão alcochoado. N. B. Não raras vezes a gota complica-se com outras molés- tias, taes como : hemorrhoydas, hydropesia do peito, soffrimentos do coração, febre biliosa, etc, etc, que de antemão devem ser tratadas segundo as prescripções para cada uma. Os vegetaes são preferíveis para dieta, principalmente os legumes frescos, e se o paciente deseja carne, deve preferir-se aves, selvagens edomesti- cadas. 147. Ulceras golosas. Mui freqüentemente a gota forma ulceras do tamanho de um ovo de gallinha por meio de excreções plásticas, que até aqui não se podiam tirar sem não se praticar operações perigosissimas. Estes, como também todos os endurecimentos antigos, são removidos sem dores, e sem deixar cicatríz em mui pouco tempo pelo nosso processo, abducção 22., cubrindo depois do processo o lugar com algodão alcochoado, simplesmente, seguro de qualquer maneira. D'esta sorte desapparecem todas estas germinações parasitas. 148. Abscessos gotôsos, desapparecem quasi sempre com a causa, a gota, (vide edostosis !) 149. Catarrho epidêmico (deflnxo), este soffrimento, que lambem apparece epidemicamente, cede a abducção a. 1. 2. 3. 15. se o paciente deita algodão acolchoado no pescoço, e usa do laxante abduccional. 150. Hemorrhoydas. Abducção a. 1. 2. 3. 12. Haven- do forte saliência *dos nós sangüíneos devem applicar-se duas vezes por dia fortes tiradas com o regulador abductor aperfei- çoado, conforme 22, porque aqui não é possível o uso do abduc- tor sem o seu regulador. 151. Diabete. N'esta terrível enfermidade o homem ex- 29 pelle do corpo diariamente em urina as vezes o triplo do peso de tudo que tomou como alimento, e parece que o corpo se quer dis- solver em urina, que contem muito assucar. Abducção a. 1. 2. 3. 12., cura também esta moléstia, que a medicina considera incurável. 152. Moléstias do coração, palpitação do coração, e hype- trophia do coração. Deve-se nestes casos considerar-se tan- to os motivos, quantas são as moléstias que accompanham estes soffrimentos, a abducção a. 1. 2. 17. 18. acaba promp- tamenle com as palpitações, quando não houver abnormida- des orgânicas do coração, dilatação, aneurisma e outros soffri- mentos chronicos. Se a moléstia do coração for accompanhada de opilação chronica, ou por ella causada, deve esta ser antes de tudo combatida. Porém ainda em casos realmente incuráveis. os nossos apparelhos são de inestimável ^restimo, pois evitam o apparecimento de novos soffrimentos de outra natureza, que possam peiorar o estado do paciente. Podem por isso se consola e tranquillisar, baseados sobre factos, os que soffrem do coração, que com uma dieta razoável, e com a possível economia de suas forças physicas e moraes, po- dem chegar á uma idade avançada, se tiverem sempre presente o nosso abductor, conservando-o mesmo durante á noite a seu lado, para poder immediatamente combater qualquer attaque de espasmo nas alterias, ou accumulação do sangue no coração. por meio de 10 á 20 tiradas conforme 22. 8. 9. 17. 18. 19., quando apparecerem fortes tontices, pancadas vehementes ou ancias. Conhecemos pacientes incuráveis que ha deseseis an- nos tem preservado sua vida por esta forma, com existência sof- frivelmente commoda, e que, segudo todas as apparencias, chega- ram á uma idade de oitenta annos. O coração é a parte mais nobre do corpo, é o primeiro órgão que vive e o ultimo que mor- re, e por isso que os antepassados o chamaram fonte da vida. E se bem que não haja falta no mundo de homens sem coração. é impossível se viver sem elle. Não é somente o coração o intermediário na alimentação e formação de todos os demais órgãos, pela circulação do sangue, mais lambem de todos os nos- sos affectos moraes. D'ahi provêm as expressões, satisfação do coração, desgosto do coração, magoa do coração, e a verdade pura naquella outra, de morrer de coração dilacerado. 153. Hypochondria, (vide melancolia.) 30 154. Hypetrophia, (vide moléstias do coração.) 155. Catarrhos chronicos. Revolvidas as membranas mu- cosas dos canaes interiores, ellas incham, ficam doloridas e absor- vem água, pituita e outras impuridades. O catarrho nasal se chama defluxo, derivado da acção local, em quanto que as affec- ções rheumaticas de outras partes tem o nome de catarrho. As- sim temos catarrho do intestino grosso, da bexiga, do utero do estômago, dos pulmões, etc. Abducção a. 1. 2. 3. 22., cura ainda os catarrhos os mais renitentes, que até agora quasi sem- pre se transformavam em tysica. 156. Inflammação do larynge. Na menor constipação da garganta, deve-se fazer immediatamente a abducção conforme a. 1. 15. e embrulhar o poscoço em algodão acolchoado, afim de evitar degeneração. 157. Tysica da garganta, ou da lanynge, (vide tysica.) 158. Amollecimento dos ossos, (vide rhachitis.) 159. Caries. Simptomas : Transformação dos ossos em puz, e excreção d'algumas esquirolas (lascas d'ossos quebrados), Causas: curas por meio de mercúrio ou arsênico, contusões negli- genciadas, herança. Cura a abducção a. 1. 2. 3. 160. Miserere. Este nome latino indica suficientemente a atrocidade d'este soffrimento incrível. Simptomas : as tripas se entrelaçam espasmodicamente, e entre dores horrorosas, as fe- zes são expellidas pela bocca. Causas: uso de remédios vene- nosos, mercúrio, influencia anelectrica sobre a membrana mucosa dos intestinos, vermes, e outros reptis. como sanguesugas etc, cujos embryos o paciente engolio com a água de beber. Cura : a abducção 3 tira este soffrimento horivel, que a medicina tantas vezes tem proclamado incurável. 161. Cancro. Symptomas : forma-se em qualquer parte do corpo, quasi sempre nas partes glandulosas, nos lábios, no nariz, nos olhos, no peito da mulher, (não comprehendidos os cancros interiores) uma inchação nodosa, corcunda, que, unida com a epiderme, varia muito nas suas formas. Ao redor da in- chação se observam muitas veias azues, o mal se estende vaga- roso, porém obstinadamente entra em suppuração, destruin- do as vezes partes inteiras do corpo. De vez em quando, e immediatamente antes do estado de incurabilidade, o cancro pro- duz pequenas excrescencias funchosas isoladas, parecidas com a couve flor, as quaes, expellidas pela gangrena, sempre se repro- 31 duzem. Causas: contagio, curas venenosas, heranças, morde- duras de insectos venenosos, com disparidade predominante de electricidade individual. Enxertos cancrosos em arvore sãa, tor- nam-a cancrosa também. Cura: Abducção a. 1. 2. 21, ap- plicada em circulo. 162. Alporcas. Abducção alternada conforme a. 1. 5. 15, e abafamento do pescoço em algodão alcochoado cura este soffrimento quasi sempre baseado em predisposição hereditária. 163. Paralysia depois de apoplexia. Abducção a. 1.2. 22. 164. Paralysia parcial. Este grave soffrimento é quasi sempre a conseqüência do tratamento das apoplexias pelo syste- ma medico antigo, por sangrias e venenos destructores, as causas são, portanto, sempre as mesmas das apoplexias. Disparidade da electricidade nervosa individual, predisposição do systema nervoso para a recepção de gazes anelectricos, que lhe são levadas em forma de rheumatismo ou de gota ; sua accumulação gradual e fluxo vehemente sobre um centro nervoso, no lado direito ou es- querdo do cérebro e congestão. Os symptomas d'esta moléstia são tãn claramente marcadas que não ha possibilidade de enga- no. O lado paralytico se devide do lado" sadio por uma linha recta que passa exactamente no meio do nariz e da espinha dor- sal, separação tão exacta, que até devide o cérebro e a medulla espinhal. Sendo a paralysia do lado direito, a causa do mal se acha no lado esquerdo, apparentemente sadio do cérebro e da medula espinhal e vice-versa. E' evidente que os nervos, como representantes do tacto e do sentimento, tão deprimidos n'esta moléstia, devem causar quasi sempre neste estado dores for- tíssimas nos differentes órgãos, e tanto mais quanto também é atacada a parle interior do organismo, e influenciada a alimenta- ção do corpo e a renovação da matéria. Cura: abducção a. 1. 2. 3. 5., assim como uma tirada detraz da orelha, e 3 á 4 tiradas no suvaco do lado não affectado. 165. Riso convulsivo. Symptomas: contracções convulsi- vas e mui dolorosas dos queixos, apparencia desfigurada do riso. Causas: semelhantes ás do trismo. Cura: abducção 1. 16. 4. 5, acaba instantaneamente com este soffrimento quasi sempre in- curável pela medicina. 166. Inflammação do fígado, (vide moléstia do peito.) 167. Tysica do flgado, (vide tysica.) 168. Inflammação dos pidmões, (vide moléstias do peito.) 32 169. Tysica pulmonar, (vide tysica.) 170. Mal venereo, (vide syphilis.) 171. Melancolia. Resultado de congestões de sangue e de gazes para o cérebro, ou de outras causas externas que influen- ciam o cérebro do homem, causando tristeza e desgosto da vida, sendo a melancolia um principio de mania, o seu tratamento é análogo como descripto fica naquelle artigo. 172. Migraine, ou dor de cabeça de um lado : A migraine somente occupa um lado da cabeça, em quanto o rheumatismo guia as dores mais para o alto da cabeça e para a testa. Todas as qualidades de dores de cabeça correspondem as moléstias no estômago, devemos no tratamento olhar primeira- mente para estas. Vide: (dores de cabeça). Mulheres que soffrem de migranie, e em geral todas as pessoas sugeitas as dores de ca- beça, devem sempre conservar os pés quentes, usando de boas meias de lã, que devem ser mudadas freqüentemente, e sapatos prova d'agua, applicando além d'isto a abducção a. 17. 18. Em geral cura-se a migranie, e as dores mais renitentes da cabeça pela abducção 1. 3. 17. 18. 19. 173. Menstruação supprimida. Regula-se a menstruação supprimida ou insufficiente com a abducção comforme a. 1 2.3. 6. 12. 17, com maneira de vida apropriada. 174. Escorbuto. Formam-se no alto da bocca, na guela, e nas paredes interiores das faces pequenas pústulas, que dispe- dem pus, e que finalmente também atacam a lingua, difficul- tando a alimentação e o tragamento das comidas. Causado por envenenamentos e por curas mercuriaes. Abducção a. 1. 2. 3. 4. 5. 175. Epistaxis ou hemorrhagia nasal. Da mesma forma que as hemorrhagias do estômago, e as hematemesis são oriundas de um rompimento de vasos sanguineos do estômago, também o epistaxis é causado por rompimentos de vasos locaes e por con- gestões. E' curado em pouco tempo pela abduceã a. 4. 5. 17. 18. 176. Poliypos no nariz, quando ainda no começo, são curadas pelo emprego dos gazes na fossa nasal algumas vezes por dia, e pela abducção a. 1.4. 177. Panariço, (vide verme no dedo). 178. Repuchamento de nervos. Effeito de uma causa viva, 33 porém occulta, ou de influencia anolectrica n'algum centro nervoso. Cura-se como epilipsia. 179. Neuralgia. Pessoas dotadas, desde seu nascimento. de nervos mui sensíveis, não podem, em caso de moléstia, ser curadas sem o emprego do nosso abductor regulador, especialmen- te construído para estes indivíduos com as agulhas as mais finas. 180. Carbúnculos e outras ulceras de caracter análogo. Logo que no corpo se mostrarem, acompanhados de febre, ulce- ras dolorosas e suspeitas, deve-se infiltramos mesmos diariamente e repetidas vezes os nossos gazes curativos, excluindo o ar do lugar affectado, applicando algodão ou ceroto simples. Abduc- ção a. 21, em casos críticos a. e laxante. Em muitos casos, quando os pacientes tenham feito uso do ar- sênico, mercúrio, durante vários annos, laxantes drásticos, prin- cipalmente salitre, sal de Glamber ou sulphato de magnesia, appa- recem depois do uso repetido do abductor ulceras carbunculosas nas costas, as quaes, porém, até hoje não tomaram caracter perigo- so em nenhum dos nossos doentes. Ao contrario todas estas ulce- ras, curadas pela abducção são sempre symptomas favoráveis á cura, proporcionando crises vantajosas. Em casos taes o abductor puxa a penas o veneno repartido no corpo para o principal lugar de excreção, paradallio expellir; se o carbúnculo não tivesse appare- cido, o doente teria morrido em conseqüência daacção destruidora do veneno no interior. 181. Bixigas, varíola. Symptomas: O corpo cobre-se mais ou menos geralmente com pústulas, (bexigas) meio redondas. do tamanho de ervilhas, com bases muito vermelhas e inflammadas: estas pústulas suppuram, unem-se e matam o paciente com rapi- dez se recolherem para o interior. As bexigas deixam na epiderme, e principalmente nas faces, cicatrizes profundas. redondas eadcnía Ias, pelo que jamais se olvidarão d:esta epidemia. E' facto ha muito conhecido que, naturezas fracas, atacadas por esta moléstia inoculada no gênero humano, por um virus incerto b ethereo, nunca recuperam a saúde. Causas: um veneno espe- cial, chamado o virus das bexigas, que no decurso dos annos se formou na atmosphera, que se inclina principalmente ao sexo masculino e ao ovarío da mulher, transmittindo-se pela geração e pelo contado. Assim como ha virus de moléstias que apenas surge effeito por curto espaço de tempo, (como na peste, in- lhmma,ção do baeo no gado. no macho, nos cavallos. nas moléstias 34 dos cereaes), e que desapparecem pela mesma razão do seu appa- recimento, ou da inclinação dos objectos, também é certo haver condições de moléstias, (urinas actividade molecular prejudicial) que operam em épocas prolongadas, e mesmo por milhares de annos. E' por pste axioma que consideramos o virus das bexi- gas como de idade superior a mil annos. Cura : O evaporador ns. 12. 13. 18. 20. 21.22., com seus gazes essenciaes e voláteis pode-se garantir cura certa. No anno 1791 descubrio omestre-es- cola Plett, por observações, que as criadas atacadas pelas pústu- las de vaccina, em conseqüência do contacto com os peitos de vaccas doentes de bexigas animaes, ficavam livres da bexiga hu- mana. Vaccinou alguns meninos com o virus da vaccina, e veri- ficou que não soflreram mais das bexigas. Somente cinco an- nos mais tarde é que os Allemães adoplaram este systema de- pois de ser descoberto novamente pelo medico inglez E. Jenner. L hoje é reconhecido que a vaccinação, segundo Jenner, pre- serva da epidemia da bexiga. As raras excepções de contagio ás pessoas realmente vaceci- uadas. não passa de casos excepcionaes, epie se explicam pela cooperação casual de outras moléstias. São completamente hy- potheticas as idéas extremas que alguns escritores médicos tem ultimamente tratado de espalhar e quasi sempre calculadamente pa- ra o effeito desejado. Somos, porém, também de opinião que a vacci- na tornou mais geral a moléstia das escrophulas mas não que seja a causa cieadora da mesma. Considerando, porém, o facto já citado e provado pela expe- riência, que Iodas as constituições rachiticas o escrophulosas te- riam de soffrcr na mais tenra idade da bexiga hereditária, é claro que a abolição da vaccina resultaria, em uma diminuição do numero de escrophulosos, mas também cm uma diminuição do gênero humano. Os antigos Germanos costumavam affogar em qualquer rio os recém-nascidos fracos ou desformes, e os ha- bitantes das Ilhas Sandevich ainda hoje assim, praticam. O apologistas deste systema teem razão de desejar a aboli- ção da vaccina. Em nossa opinião, a introducção e uso do abductor, durante a gravidez e durante o primeiro período da amamentação, prote- ge contra a bexiga Humana, se ao mesmo tempo a água do ba- nho praa a criança for preparada com os gazes electricos como preservativo. O tempo, provaivelmente mostrará que esta theo- 35 ria não é sangüínea. No futuro tornar-se-ha desnecessária a revaccinação, porque o abductor em todo caso protege das be- xigas os realmente vaccinados, sendo ao mesmo tempo o meio mais apropriado para prevenir as conseqüências de uma intro- ducção perniciosa na lympha ou na má qualidade desta. Em- fim, o abductor preencherá perfeitamente e sem dor e com o mais apurado aceio, o lugar que hoje occupa o vaccinador com as suas perfurantes lancetas. 182. Dysinteria. Symptomas : evacuações sangüíneas ou misturadas com sangue, acompanhadas de fortes dores. Esta moléstia é muitas vezes epidêmica. Causas : constipação ou en- venenamento da membrana mucosa do intestino grosso. Cura : abducção a. 1. 2. 3. 183. Perda de sêmen, gonorrhea. A gonorrhea é uma mo- léstia causada por excesso de extimulo, ou pela introducção de parasitas microscópicos nas partes sexuaes. O unanismo ou poliução voluntária é um vicio que degenera em mania. Cura : abducção a. 1. 2. 3. 8. 9. 184. Febre escarlatina. Symptomas: pústulas pequenas, soltas, meio redondas, febre e a morte com extraordinária rapi- dez, se não houver remédios de prompto. Causa : como no sa- rampo; isto é, o envenenamento cios humores predispostos por constipação. Cura : cuidadosamente protegendo-se contra o con- tacto do ar, abducção a. 1. 2. 3. 185. Lethargia. Nos casos em que até agora se empre- gava, nos afogados, nos asphyxiados, enforcados ou nos gela- dos, as fricções, emprega-se immediatamente a abdin^V» 1. 2. 8. 7. 9. 17. 18. 19. Se os gelados tem de ser transportados. deve-se ter todo cuidado, afim de não quebrar algum membro, cubra-se o corpo immediatamente com neve ou gelo, deixando livre apenas a bocca e o nariz. Logo que o paciente começar á respirar, da-se-lhe uma posição tal, que se possam applicar os vapores electro-aromaticos. Esta operação, porém, só pode ser applicada cm presença de um medico versado na abducção. Os nossos apparelhos, entre todos os methodos até agora conhecidos de veviriíicação, são os melhores, e só por isso merecem a pro- tecção calorosa das autoridades sanitárias. 186. Fungos pequenos na bocca das crianças: (vide escor- buto.) •187. Tysica. marasmo. Quando nos órgãos interiores se o 36 formam pústulas, que arrebentam e suppuram chama-se a esta moléstia tysica. Differença-se: tysica dos pulmões, do fígado. do baço, dos rins. da fressura, da bexiga, do utero, da gar- ganta e da larynge, das quaes porém é a tysica pulmonar á mais vulgar e divulgada, que os médicos consideram-na no numero das moléstias incuráveis. Em todas as tysicas observam-se três gráos: a inflammação, a suppuração, e o estado colliquativo, uma descripção detalhada das tysicas nos desviaria de nosso fim. sem proveito para os pacientes: o que é certo é, que quasi todas resultam de constipação, rheumatismo negligenciado ou envene- namento ; porém também ella pode resultar de contusões interio- res, filtrações de sangue, herança e mesmo de contagio. Cura: no primeiro gráo, quando o respectivo órgão se inflamma, o que se mostra por inchação, dores penetrantes e grande calor da parte af- fectada, a abductor conforme a. 1. 2. 3. 22., produz cura certa. 188. Transpiração supprimida dos pés. Pela abducção conforme a. 17. 18. 19.. se restabelece em pouco tempo a transpiração dos pés. 189. Escorbuto. Symptomas: suppuração sangüínea das gengivas, afrouxamento dos dentes, hálito de máo cheiro, morte em conseqüência de atonia completa do corpo e putrefacção gra- dual. Causa: Influencia de um veneno desconhecido ou a actividade desorganisadora de forças moleculares até agora igno- radas. Abducção a. 1. 3. 4. 5. 16. 190. Hydrocele. Esta hydropisia dos escrotos cede ao emprego forçado dos gazes electricos aromaticos e da abducção a. 22., da msneira mais simples, e não será preciso outra operação futura. 191. Enjôo do mar. A abducção a. 1. 2. 3. protege d'este mal que ataca á quasi todos que pela primeira vez viajam no mar. Se, porém, já existir a moléstia, e se já houverem os vômitos debilitantes, somente o evnporador pode dar allivio. 'Ninguém, portanto, devia emprehender viagem marítima, sem achar-se prevenido com os nossos apparelhos. 192. Pedra na bexiga. Abducção a. 1. e o emprego di- recto dos gazes essenciaes na parte dos rins com a abducção 2. augmenla a excreção da urina, anima os órgãos urinatorios á maior actividade, c descarrega por isso o lodo, as pedrinhas e (ascalhos dos rins e da bexiga. Se, porém, as pedras forem mui- to volumosas somente poderá o paciente encontrar lenitivo e cura 37 ua mão de um operador hábil, usando, com tudo os nossos appa- relhos como anodyno. 193. Modorra, lethargo. Soffrimento grande, que torna o homem incapaz de qualquer emprego ou trabalho, porque se acha constantemente em estado de somnoleueia. Até aqui con- siderado incurável, é curado immediatamente pela abducção, 1. 2. 3. 8. 9. 17. 18. 194. Apoplexia. N'esie terrível mal o homem cahe ao chão, como tocado por um raioelectrico, sem movimento e sem sentidos. Se a apoplexia não matar instantaneamente e não fòr provocada hem Tragias no cérebro, o nosso methodo cura com rapidez e certeza, sem deixar as conseqüências inevitáveis do sangria, a paralisia. Cura : a. 7. 8. 9. 17. 18. 19. 1. 2. 3. 4. logo que seja atacado o doente. Quem usar de tempos em tempos dos nossos aj![>arelhos não lem de receiar das apoplexias. 195. Bota hespanhola. Moléstia medonha dos paizes inter- tropicos, nos quaes as pernas incham repentinamente até os joe- lhos, e tanto, que rebentam, a carne cahe em pedaços, e a morte segue-se cm poucos dias. O abductor tirou lambem este tormen- lo terrível dos negros. 196. Catarata. Abducção a. 1.2. 3. 4. 5. e a applicação prompta dos gazes ao redor e dentro dos olhos, sazona a cata- rata, e muitas vezes cura sem operação; logo que o olho se dilata, rebenta a coberta pelliculosa. Havendo necessidade de operação procura-se um ohpytalmista de toda confiança. 197. Gota serena (catarata preta ) Estando ainda em desenvolvimento o nosso tratamento cura. A verdadeira gota serena ou catarata preta, sempre foi e provavelmente será incurável; seria completa falta de senso o querer aífirmar o contrario, porque é estrictamente impossível crear novos órgãos internos. Curas com mercúrio e arsênico muitas vezes oceasionam este mal e muitas outras moléstias de olhos. Estes, bem como os soffrimentos syphiliticos dos olhos so- mente cedem a abducção constante, como é aconselhada no trata- mento da catarata. Convém recorrer logo aos nossos apparelhos quando o indivíduo tiver diante dos olhos e periodicamente cintilla- ções, chammejantes ou pontinhos prelos em quantidade, afim de preservar-se do terrível mal. 198. Syphilis. Moléstias syphiliticas e venereas, cujos 38 principios se dirivam de um virus produzido por excessos brutaes. quasi sempre se formam pelo contacto contagioso das membranas mucosas. Errada é a opinião de ser o clima o medico d'estes ma- les nos paizes trópicos; informações directas recebidas da Áfri- ca, pelo contrario, nos convenceram de que os habitantes dos trópicos possuem remédios caseiros mui simples contra elles, que até agora nos eram desconhecidos. Elles são representados pelos nossos gazes eletro-aromaticos essenciaes. Até agora o maior mal n'estas moléstias era o habito dos doentes por vergonha quererem guardar comsigo os seus males, até que o augmento d'elles prohibia o segredo; depois não havia outro especifico me- lhor que o mercúrio, considerado até então como o único remédio contra estas enfermidades. Os males subsequentes, porém, eram tão grandes ou mesmo maiores de que a syphilis, porque encur- tando os dias do homem com variadisisimos soffrimentos. produ- ziam as conseqüências as mais funestas na geração da posteri- dade. Todos estes inconvenientes desappaceram com a intro- ducção geral dos nossos apparelhos, que habilitaram a cada um de per si a curar-se ao mais leve signal do contagio recebido, sem tornar publico o seu soffrimento. Symptomas. O corpo cobre-se com manchas vermelhas. endurecimentos de ulceras de máapparencia, que se denominam. conforme sua formação exterior e semelhança, boubons, cancros. etc. Apparecemnas partes sexuaes e também no annus. O mo- vimento dos meusculos é difficil e doloroso, as glândulas ingui- naes, incham, apparecem suppurações de máo caracter, feridas na bocca, hálito de máo cheiro, e o homem apodrece em vida. Abdução a. 1. 2. 3. 199. Cachexia. (Vide pallidez.) 200. Snrdez. (Vide moléstias das orelhas.) 201. Hemorragias traumáticas. Assim se chamam as he- morragias causadas por ferimentos e por operações cirúrgicas. Não sendo possível atar ou ligar a veia cortada ou ferida, deita-se uma porção conveniente de pó penerado de carvão em algodão alcochoado, na espessura de um dedo, e toca-se com elle na ferida, atando-a depois. O tratamento posterior é igual como para outros ferimentos ; e pela abducção a. 1. 2. dirige-se a correnteza do sangue, e previne-se a febre. 202. Prova de morte. Ainda hoje élembrada em Colonha a legenda antiga da ressurreição da bella fidalga Richmodis de 39 Aducht, que estava enterrada havia Ires dias e ressuscitou quando os coveiros abriram a cova e desceram para roubar as jóias pre- ciosas com que ella estava adornada. A bella fidalga levantou-se do caixão, quando para tirarem-lhe os anneis de subido valor que tinha nos dedos, se lhe tocou na mão; os coveiros fugiram, c a res- suscitada, pegando na lanterna deixada pelos fugitivos, tranquil- lamente marchou para sua casa, onde sorprendeu a todos. Esta legenda, que serve para mostrar a possibilidade de enterrar-se vivos já é velha e usada, por isso vamos narrar um íacto mui curioso accontecido ha poucos annos em uma pequena aldeia no condado de Berg (Allemanha). Em um fu- neral, na occasião do padre abençoar o caixão, as pessoas pre- sentes ouviram dentro do caixão, que estava pregado, um grande ruido; apesar disto, porém, com inexplicável leviandade, foi en- terrado o caixão, e tapada a cova, no fim de alguns dias, e quan- do por acaso as autoridades foram informadas do occorrido, des- enterrou-se o caixão, achando-se ao abrir o defunto deitado d;1 barriga para baixo, com a cara e os dedos arranhados, e com to- dos os signaes de asphyxiamento. Poderíamos contar grande -numero destes exemplos, se fosse necessário para comprovar os horrores incrivejs de um enter- ro vivo. E, realmente, não-póde haver nada mais terrível do que, ao despertar de profundo lethargo, achar-se em um caixão enterrado, e saber-se quetodos os esforços, ainda os mais inauditos, são bal- dadas, e que forçosamente se deve renunciar a toda esperança. ile salvação no momento em que sentimos renascer nossa vida !? A simples reflexão de semelhantes horrores gela-nos o san- gue nas veias! E com tudo. centenas de exemplos o provam ; o corpo humano pôde conservar-se por dias, e mssma por semanas no estado de completa lelhargia, ou morte apparenle. Nos paizes civilisados ordenaram por isto as autoridades sa- nitárias, que nenhum corpo fosse enterrado anies de decorrerem três dias, afim de comprovar-se a morte. Em caso de duvida, deita- se alguns pingos de lacre por cima do coração, syringa-se am- moniaco no nariz, etc, os factos porém provam que, todas estas ex- periências, ainda não são sufficientes para livrar-nos plenamen- te de um enterro vivo. Esta garantia é fornecida sómante pelos nossos apparelhos, abductor e evaporador ! Elles atiçam o ul- timo átomo de vida, qualquer que sejam os impedimentos que os 40 prendam, aniquilam todo e qualquer espasmo nos órgãos res- piratórios e pulsatorios, reanimam os humores congelados, em quanto estes não estiverem completamente mortos. Quem, por- tanto, quizer prevenir-se contra os horrores de enterrar um ente charo de sua familia, deve providenciar em tempo, orde- nando a applicação do abductor conforme a. 7. 3. nos pri- meiros três dias successivos á morte. Não envermelhecen- do-se os lugares, o corpo está effectivamente morto e não pôde haver revivificação de forma nenhuma; se porém ap- parecer vermelhidão, deve-se tratar immediatammte como ensi- nado fica no artigo lethargia. Esta prescripção sem duvida será ele- vada a cathegoria de lei em todos os paizes civilisados, pois os factos constantemente confirmam serem os nossos apparelhos os únicos revivificadores inimitáveis. A própria moxa não attinge nem a décima parte do estimulo penetrante exercido pelo evaporador no corpo morto. 203. Typho. D'ora em diante tornou-se impossível o apparecimento de febres typhoides nos hospitaes, purificando-se diariamente o ar por meio do evaporador, usando-se da água pre- parada convenientemente para bebida e lavagem do corpo e da roupa. A moléstia mesmo cede a abducção a. 1. 2. 3. 10. 204. Sedimentos na urina, (vide pedras na bexiga). 205. Varíola, (vide bexiga). 206. Dansa de S. Guido, (vide epilepsia). 207. Perda de ouças, (vide surdez). 208. Endurecimento dos excrementos, opilação habitual. Tão indispensável como a comida e bebida é o abductor para os que soffrem de opilação habitual: a abducção amolece os excre- mentos endurecidos, sem encher o estômago de substancias no- civas ; é empregado conforme a. 1. 2. 3. 10., aplaca, amadurece e cura as ulceras, os nós, e os endurecimentos internos, emquan- l,o não se tornarem em cancros incuráveis. 209. Hydropesia. Symptomas : Digestão interrompida, inchação do ventre, das pernas e dos pés: pressão forte na aor- ta, perturbações na circulação do sangue e outras causas, excesso^ conseqüentes na corrente vital, ictericia, magreza e consumpção. Causas: predisposição hereditária, disparidade electrica, inclina- ção exudativa dos humores. Cura: a hydropesia da pelle é eu - rada rápida e totalmente pela abducção a. 1. 2. 3. 22. 12.. porque vê-se furmigar a água pelas funchações das agulhas. 41 A hydropisia do ventre exige abducção mais forçada pelo 3° e i° gráo. 210. Hydrophobia. 211. Pliea polonica. Abducção a. I. 2. 3. 12. preserva d'este mal indemico. 212. Inchação branca. Apparece freqüentemente nos joe- lhos, e é mais rara em outras juntas. No começo o mal é accompa- nhado por dores insupportaveis, as quaes tendam a desapparecer com o crescimento da inchação da parte doente, e ao mesmo tempo augmenta também a magreza da parte inferior, abaixo da inflammação, pelo que apparecem as vezes deformidades de mui especiaes qualidades, as quaes obstinadamente teem at$ hoje zombado de todas as curas. 213. Unheiro, panariço. Abcesso na unha, que traz mui- tas vezes como conseqüência a amputação e perda do membro. Abducção a. 20. 14. 1. 214. Dores de dentes. Quando as dores dos dentes são chronicas e duram por mais de oito dias sem cessar, o tratamen- to é igual ao da gota, porque em casos taes o corpo todo se acha infiltrado de constipação. As dores em dentes cariados, quan- do a raiz ou pontas agudas tocam no nervo descoberto, a contra- correnteza as vezes é\ão forte, que a abducção não a pôde com- bater N'este caso devem empregar-se os gazes essenciaes do evaporador cautelosamente, lavando a bocca com a água prepa- rada, o que muitas vezes torna desnecessário chumbar. Independente d'isto deve-se lavar a bocca todas as ma- nhãs com esta água, er escovar os dentes mesmo quando em per- feita saúde, afim de evitar quaesquer eventualidades de moléstias na bocca, dentes e gengivas. 215 Lobinho Não sendo muito conhecida essa moléstia na Europa, por isso deixou de tratar delia o autor em sua obra, norém tendo nós feito rápidos curativos por meio do abductor em diversas pessoas deste império, e principalmente na província domará afiançamos, que dentro de um mez faremos desapparecer esse mal ás pessoas que d'elle soffrerem por meio da abducção « 90 **• AttMLD FORCES MEDICAI LIBRAR? * WAiHlMiTON, D. C. 42 MANEIRA DE APPLICAR O ABDUCTOR. 216. Golloca-se o instrumento sobre aparte aífeclada, se- gurando com a mão esquerda, e com a direita puxa-se pela mola até a altura de meia pollegada, podendo dar-se maior força se se julgar necessário, (vide a pagina n. 14 2.) 217. Depois de applicado o abductor unta-se o óleo elec- trico, expressamente feito para esse fim, não se podendo applicar outro qualquer para não prejudicar a saúde, sobre a parte afec- tada, com uma pena de gallinha ou pincel de cabello, conservan- do-a por espaço de dez a quinze minutos, tempo necessário para fazer a absorpcão; depois de 48 horas apresentará uma erupção cutânea, furar-se-ha então as pequenas bolhas com um palito. afim dfofazer asupuração, enchugando-se depois com um panno. BANHOS ELECTRICOS A VAPOR. 218. Depois, de dous a quatro dias da applicação do ab- ductor tomar-se-ha três banhos, nos três dias consecutivos (um por dia) e se continuará, findos os dez dias, pela mesma forma. íVide a pag. 15, n. 33.) MODO DE TOMAR OS BANHOS. 219. Estes banhos tomam-se a noite antes de se deitar, sentando-se ou doitando-se a pessoa em um sofá ou marqueza, cobrindo-se com um grande cobertor, c collocando por baixo do lugar em que estiver deitado o apparelho, procurando sempre re- ceber sobre a parle affectada o vapor, e demorando-se n'esta po- sição o maior tempo que fôrpossivel, não excedendo nunca mais de meia hora, envolvendo-se depois no mesmo cobertor até que se enchugue o suor, evitando o mais possivel a corrente de ar. MODO DE FAZER OS BANHOS. 220. Do liquido contido nas garrafas que acompanham a machina, se deitará uma chicarapelo orifício maior da pequena cal- deira, botando-se uma porção d'agua, quanto baste, até chegar ao meio da dita caldeira, accende-se então a pequena lâmpada com espirito de vinho, e pouco tempo depois forma-se-ha o vapor, e se tomará o banho como supradito fica. 43 <*%Á e auaÂueí€nMmaçáúJíoa^4aMj^M€m a íua n. aue^m/i/ame^/e óé* tadaati ?Jíf 3$. tít€o; uma macnma áaia mnnoâ eíecâecod a uaáoí, com Ó memíaaUaÁé d ãauu/o jfito^Uw at ÁoíÁ/t me4maó; fiot/iáeço s> 5 ! SPEEDY ■■\ BÍNDER ! 1 I Ml»«fMtW* k» í GAYLORDBROS.Iim. J Syrocine, N.Y. ■ Stockton, CaUf. »TIONAL UBRARY OF MEDICINE NLfl 00103175 1 Ít*tfP a»- * fe mm t«'0, .