* M388s< 1854 .$%, *B_Sf # *v * * ' , « *> « » » * * * V __H__ll_ J_______P 3_5W_ES £_&_£_-. __■ * ♦ •■ *■#-*• ..-,*.• :.^.•■•..• »*.^ "<,$$, *\ ■ • • • .• >?; '';:-v w_^v • ______!________,.'■?:• % jÍBil^ViNV. Jílíüii^ji.!;!;. SURGEON GENERAL'S OFFICE LIBRARY. !|l|f ^..—— I :;—I03f k!y_-; « ;í'■■ ,!ji|li:!ÍiÍi; ...'*_■•! SYSTEM DE \*' MATÉRIA MEDICA VEGETAL CONTENDO O CATALOGO E CLASSIFICAÇÃO DE TODAS AS PLUiüS BRASILEIRAS COMENDAS OS SEUS NOMES EM LÍNGUA NACIONAL COM INDITIDUAÇÃO DO MODO PORQUE SÃO CHAMADAS NAS DIVERSAS LOCALIDADES; A SUA NOMENCLATURA BOTÂNICA ; A SUA HABITAÇÃO E OS SEUS USOS MEDICINAES; MODO PORQUE COSTUMÃO E PODEM SER VANTAJOSAMENTE EMPREGADAS, E A CORRESPONDÊNCIA DAS MESMAS PLANTAS j — COM AS DA MATÉRIA MEDICA GERAL. W W OBRA UTILISSIMA E ILLUSTRATIVA <<■ ' PARA O EXERCÍCIO E PROGRESSO DE QUALQUER STíSTEMA MEDICO EXTRAHIDA E TRADUZIDA DAS OBRAS DE CAR. F14ED. PIIJL. DE iMAÜÍIUS Pelo Desembargador RIO DE JANEIRO I Publicado e á Tenda em casa de C5 f • £v EDUARDO & HEISRIQUE LAEMMERT Rua da Quitanda, 77 1854 r PRÓLOGO. O que é das musas digno as musas cantem, O que é digno dos céos aos céos mandemos Dinii. Á era tempo de popularisar neste paiz um nome illustre, que se fez Fytal ou que augmentou a sua immensa ^reputação no serviço delle, o nome de "m sábio de primeira ordem, de um varão de immenso trabalho e de [imraensa dedicação ao estudo e á ísciencia, de uma intelligencia subli- me que se quiz applicar ao estudo da natureza virginal deste grande Im- pério e que o illustrou e contribuio com poderosa mão, para que fosse conhecido dos sábios: Elle penetrou nas nossas densas e umbrosas selvas, qual novo Linneu, vio expavorido os passos da Jí. M. T. 1 ij PRÓLOGO. Divindade e colligio e revelou o que a Divin- dade lhe confiou, a respeito das producções desta terra tão escassamente conhecida. Os seus escriptos, publicados em linguas difficeis, entre nós pouco vulgares, são no paiz a cujo conhecimento elle dedicou a sua vida quasi toda, apenas conhecidos por alguns ex- tractos feitos por escriptores estranhos, e quiçá mui pouco apreciados. Em um tempo futuro, talvez que uma estatua deste illustre e laborioso naturalista allemão occupe um dos mais distinctos lugares no Pantheon dos be- neméritos deste paiz; mas emquanto isso não acontece, nós reclamamos a distincta honra de termos sabido apreciar o seu mérito, e de termos sido o primeiro que fez apparecer na lingua nacional um de seus escriptos. A utilidade da presente obra não precisa de demonstração porque todos nella concordão, e é um escripto destinado a mui vasta circula- ção. Só temos a dizer que tendo a nossa traduc- ção por fim a utilidade pratica e effectiva de um grande numero de pessoas, muitas das quaes não podem ter conhecimentos scientificos , as- sentámos, com o fim de tornar a leitura menos PRÓLOGO. Üj complicada e mais accessivel á grande maioria dos leitores, de fazer as seguintes alterações: 1.° Poremos o nome nacional antes do nome systematico. _.° Nos casos emquenãoapparecer nome nacional, é porque este falta na obra. 3.° Supprimimos quasi sempre os nomes dos autores a que essa nomenclatura pertence; porque isso difficultaria a impressão , confun- diria ou assustaria um grande numero de lei- tores , e quem quizer aprofundar, e tiver para isso conhecimentos, pode procurar os difíe- rentes nomes das plantas nos índices das obras respectivas de que o autor falia no seu prefacio, e no caso de não querer fazer maior estudo, de pouco lhe poderá servir essa repetição de nomes. Finalmente, damos a interpretação dos no- mes systematicos até onde poderão chegar os subsídios derivados do grego, latim, portu- guez, e de alguns Diccionarios technicos; o que nos pareceu seria grato ao le' >r curioso. Henrique Velloso de Oliveira. PREFACIO DO AUTOR. Muitas cousas tive em vista na composição deste livro. Em primeiro lugar desejavaformar uma relação completa de todas as plantas medicinaes brasileiras de que pude obter noticia. Na execução desse in- tento pareceu-me conveniente o referir só, excep- tuando poucas, aquellas plantas que eu mesmo tinha visto e examinado, importando pouco que referisse cousas incertas e duvidosas, mencionando antes aquellas que forão scientificamente reconhe- cidas , e que ordenadas em systema apparecem entre os elementos da matéria medica vegetal, por serem conhecidas aos médicos pelo uso e a experiência clinica. Propunha-me em seguida enumerar as vir- tudes pharmaco-dynamicas, porque as mencio- nadas plantas ou as substancias que contém se fazem notáveis, ou as moléstias em que costumão ser recommendadas. Tendo em vista as propriedades medicinaes destas plantas, não me pareceu fora de propósito o VJ PREFACIO. distribui-las segundo a sua composição chimica, ou reduzi-las ú classificação vulgar adoptada na ma- téria medica, segundo as substancias que nellas, ou em algumas de suas partes ou extractos prevale- cem. Estas como principaes forão depois divididas por maneira que qualquer elemento mais pre- ponderante se vê reunido com outras partículas, em cuja execução notará o leitor que, princi- piando pelas substancias mais brandas e quasi inertes, passei a tratar daquellas que exercem uma acção mais extensa e mais enérgica sobre o orga- nismo. Em terceiro lugar, observei as leis do methodo que os botânicos chamão natural, distri- buindo as ramificações que tem aífinidade pela constituição chimica, segundo as ordens naturaes, por isso mesmo que as plantas de uma e mesma or- dem, as mais das vezes são também congêneres ou análogas nas suas virtudes pharmaco-dynamicas. Em grande numero de casos a divisão chimica de que falíamos é feita segundo as moléstias, pois que a maior parte das planlas medicinaes brasileiras se não acha analysada. Comtudo, não deixei de me aproveitar de quaesquer trabalhos feitos a este res- peito que chegarão áminha noticia, e muito pres- timo tiverão para mim as communicações que recebi de meu irmão Theodoro Martius, professor depharmacia na universidade d'Erlangen, que dis- PREFACIO. V1J culio chimicamente muitas plantas brasileiras por mim fornecidas, e ainda actualmente disso se oc- cupa. Mas se alguém indagar o que por meio da pre- sente composição se conseguio e tornou patente, verá que o resultado não merece um total desprezo. Porquanto, para não fallar da grande multidão de plantas que, por causa do seu emprego medicinal no Brasil, julgámos dever preconisar, ellas todas encerrão cm si diversissimas propriedades pharma- co-dynamicas. E na verdade, exceptuando algumas poucas substancias, como o ópio, a attropa, a bel- ladona, o aconito, etc., apenas se encontrará um ou outro entre os mais enérgicos medicamentos do reino vegetal que se não ache representado na Flora Brasileira, de maneira que este vasto impé- rio , tão avantajado por uma natureza benigna, nem mesmo no artigo abundantíssimo dos seus medi- camentos, terá muito que importar da Europa, vindo assim a poder formar-se com as plantas que explanamos um systema completo de propriedades pharmaco-dynamicas. Para demonstrar estaasser- ção, e a tornar clara e evidente, offerecemos aos estudiosos uma tabeliã de concordância entre as plantas medicinaes européas e as brasileiras; a cujo respeito devo advertir que, onde não pudesse pôr as mesmas plantas ou princípios componentes dellas V11J PREFACIO. em ambas as columnas, ahi só a analogia me servio de regra; pois que perfeita semelhança de proprie- dadesécousa que não existe, principalmenteera me- dicamentos , cada ura dos quaes prepondéra por um modo singular. Nessa tabeliã devem também haver muitas cousas sujeitas á duvida, pois que tanta falta existe de analyses chimicas, como de exactas obser- vações clinicas sobre o modo porque cada principio se comporta na sua acção sobre o organismo, faltas estas que só poderáõ ser remediadas por uma bem dirigida, exacta, e diligente applicação dos médicos brasileiros. A maior parte dos médicos europeos apreciará estes thesouros, não obstante a diligencia que hoje se faz para reduzir a termos mais circumscriptos o apparato medico, pois que este augmento de remé- dios vegetaes não deixa de ser uma riqueza scienti- fica que certamente não excitará ein altográo o seu desagrado. Mas no Brasil não se limita o caso a isso. Os médicos brasileiros terão de substituir aquelles medicamentos que, ou não seimportão da Europa ou que forem menos próprios, por outros equiva- lentes ou análogos da Flora Brasileira, e é prová- vel que lhes possa aproveitar para o uso geral esta primeira tentativa de mencionar simultaneamente as plantas médicas destas regiões; e o que restará a esses doutores será o escolherem de toda essa mui- PREFACIO. JX tidão, aquellas que considerarem mais dignas de adopção para a pharmacopéa brasileira. O que em terceiro lugar se me tornou attendi- vel escrevendo esta obra, foi o accrescentar um novo additamento á pesquiza systematica das plan- tas medicinaes brasilienses. Porquanto, ainda que, á vista das immensas riquezas da Flora Brasileira, não seja das cousas menos difficeis o comprehender- Ihe todas as plantas em uma só obra, apezar disso, juntamente com o meu amigo Endlicher, estou fa- zendo os maiores esforços, e espero com o auxilio de alguns abalisados botânicos, chegar a concluir um trabalho que abranja o todo da Flora Brasileira; mas é obra de longo trato por sua mesma nature- za (*). Por isso pareceu conveniente determinar neste livro desde já os nomes das plautas ínedici- (*) Jásahio á luz com este titulo: Flora Brasiliensis , s. enume- ratio plantarum in Brasília hactenus detectarum , quas cura Musei C R. Pai. Vindobonensis suis aliorumque botanicorum studiis dêscriptas et methodo naturali digestas sub auspuiis Ferdinandi I. Austriae Imperatoris et Ludovici I. Bavária'Regis cdiderunt Ste- phanus Endlicher et Car. F. Ph. de Martius, &c. _ Flora Brasiliense, ou Enumeração das plantas até agora des- cobertas no Brasil, as quaes, dêscriptas com applicação ao museu do palácio imperial de Vienna, e distribuídas conforme ao methodo natural, reunindo o seu trabalho ao de outros botânicos, derao á luz, debaixo dos auspícios de Fernando I, Imperador d Áustria e de Luiz I, Rei de Ba\iera; Estevão Endlicher e Carlos F. Pu. de Martius. Contém no primeiro folheto : os musgos da edição de Hornschuch, e as lycopodiaceas de Spring; no segundo as anonaceas de Martius, e no terceiro as cyperasias de Neesio de Esenbeck e as smilaceas e dioscoreas de Grisebach. X PREFACIO. naes brasileiras no seu lugar próprio. A maior parte dellas já tinhão sido dêscriptas por vários autores, antigos ou modernos, e o restante deverá ser ex- planado e desenhado naquella parte da Flora Bra- sileira a que daremos o titulo de Planta Medicai et wconomicw Brasilicnses. (Plantas medicinaes e eco- nômicas brasileiras), obra em que estamos traba- lhando, e cujas pranchas lilhographicasjá seachão promptas. Como em uma obra mais extensa, pre- tendemos fazer, segundo o nosso costume, uma ampla descripção dessas plantas não dêscriptas , era alheio do plano da presente obra, que 6 ape- nas sua precursora, o entrar nesses pormenores. Nos escriptos de Pisão e de Marcgrave se lê uma immensa multidão de plantas, com descripões em parte verdadeiras e em parte falsas; porém mesmo no que diz respeito á botânica, ainda a respeito dessas plantas ha muito que discutir. Por muitos annos tenho revolvido e conferido essas esclarecidas obras, com ágil mão, comparando o que nellas se diz e o que se acha nas estampas, com o fim de fazer um commentario ás plantas Pisonianas e Marc- gravianas. No desempenho de cuja tarefa, para que nada me faltasse, até obtive da natural bene- volência e bondade dos meus amigos Ehrenberg e Schlechtendal as bem pintadas figuras das pran- chas do Livro do Príncipe, isto é, da collecção dos PREFACIO. Xj originaes , que, trazidos do Brasil por Pisão, se conservão na real bibliotheca de Berlim (*). Bem avaliar essas obras de Pisão e Marcgrave e discer- nir suas doutrinas não é leve tarefa , e muito tem- po e paciência para isso se fazem necessários, e ninguém poderá calcular o que isso custa, senão quem tiver passado por essa laboriosa e pesadíssi- ma experiência. Para collocar porém em lugar certo o que pude achar, pareceu-me conveniente citar cuidadosamente uma e outra obra, nas edições— a de Pisão, primeira de 1648, e segunda de 1658, e a de Marcgrave de 1648. Quem conferir as mi- nhas definições com as de Curtio Sprengel na Historia hervanaria (in Historia rei herbário'), facilmente se convencerá que eu me não fiei em autoridade alheia, mas só me regulei pelo meu próprio estudo. Não me descuidei além disso de diligentemente citar as plantas relativas da grande Flora Flumi- nense do laborioso Fr. José Mariano da Conceição Velloso, naquelles artigos em que não havia du- vida sobre o nome dos objectos desenhados. A respeito de outros escriptos só mediocre- (*) Combine-se o que a respeito da sorte deste livro se acha mencionado pelo esclarecido Lichtenstein, no commentario sobre a zoologia brasiliense de Marcgrave nas actas da Academia Real das Sciencias deBerlim dos annos de 1814 e 1815, pag. 201 eseguintes. X1J PREFACIO. mente me occupei, por não ser por modo algum do meu intento o escrever uma historia completa dalitteratura botânica das plantas medicinaes bra- sileiras. Julguei que me devia, quanto a isso, limi- tar áquella parte da Flora Brasileira, a que tenho de me applicar com todas as minhas forças, em uma obra completa sobre a historia das palmeiras. Finalmente devo rogar a todas aquellas pessoas, a quem.tocar o formarem um juízo a respeito des- te livro, que o facão benignamente, considerando nas enormes difficuldades e importuuissimo e áspe- ro trabalho que trazem obras deste gênero. DA MATÉRIA MEDICA VEGETAL BRASILIENSE NA SUA GENERALIDADE. A medicina actualmente procede por modo mui diverso do antigo, quando os médicos procuravão o mais volumoso acervo de medicamentos, para dahi poderem extrahir complicadissimas receitas; hoje porém, desprezada a variedade dos remédios, são escolhidos em muito menor numero, principalmente os siinplices do reino vegetal, e não tanto na sua fôrma primitiva, como elaborados e extractados por processos chimicos; e como os médicos procu- rem principalmente fazer um estudo rigoroso da natureza e da historia do corpo humano, para che- garem ás alterações produzidas pela influencia de qualquer moléstia sobre a composição chimica e conformação dos mesmos órgãos, por isso reque- rem menos remédios do que os homens dos tempos anteriores. Aquelles portanto, como attribuem as mudanças produzidas pelas moléstias aos movimen- n tos geraes do organismo (a que chamão processos, porque é sabido que todas as evoluções da matéria orgânica procedem debaixo de certa periodicidade), por isso mesmo querem rcstitui-lo á saúde por meio de poucos e simplices medicamentos, cuja ef- ficacia seja averiguada em semelhantes oceurrencias, E se é certo que com razão se omittem os remédios variados ecompostos, ou que os incertos e proble- máticos são substituídos por outros de melhor applicação, ninguém deixará de confessar que nessa parte a pratica da medicina tenha feito grandes progressos. Todavia, apenas apparecerá quem me condemne por eu julgar que essa espécie de medicina que se distingue por um diligente estudo nosologico e pela simplicidade das receitas, seja somente uma tran- sição para aquelle período, em que unindo-se avantajados conhecimentos nosologicos com os do rigoroso exame das moléstias, cuja fôrma seja exactamente observada, convenha ao medico ter á sua disposição um grande numero de medicamen- tos, para d'entre elles escolher o que se mostrar corresponder melhor ás diversas indicações. E para dizer em poucas palavras o que me parece, tenho toda a confiança, em que no progresso da mesma medicina, também a doutrina dos medicamentos específicos, e o quanto valhão em espécies deter- 15 minadas e fôrmas certas e estriclamente circums- criptas de moléstias, ha de por igual modo, de dia em dia, tornar-se cada vez mais firme e mais ave- riguada. Para essa época da medicina concorrerão, tra- balhando mais ou menos, todos aquelles que ajuntaremecompuzérem muitas e varias substancias naturaes, cujas forças e effeitos sobre o organismo affectado são conhecidas pelo uso, e nesse sentido desejo eu que seja este livro considerado, com o íim principal de que os médicos dirijão as suas vistas para as immensas riquezas pharmaceuticas desta terra, em que a natureza debaixo de um céo o mais feliz, de certo encobre innumeraveisthesou- ros, de que também nós , que nos achamos em um período mais adiantado da vida social, podemos tirar proveito. Os remédios vegetaes que aqui mencionamos não devem ser todos considerados no mesmo gráo de valor. Alguns são de tal composição e sepaten- teião desde logo aos sentidos como agentes tão enérgicos, que por modo algum se pôde duvidar do seu salutar effeito. Outros, e é natural que seja esse o maior numero, não tem propriedade alguma tão saliente, nem gozão de tanto conceito na opinião geral, porque a certeza da sua eflicacia depende da experiência clinica, a que comtudo se não deve 16 negar a confiança. Outros finalmente são o que se chama remédios caseiros, e as suas virtudes so- mente são acreditáveis pela continuação da sua fama entre os habitantes. Estes mesmos considerei que não era fora de razão enumerar aqui, não só porque podem ser até certo ponto apreciados pela sua analogia com outros remédios vizinhos, mas porque, segundo colligi de informações verbaes ou escriptas dos moradores, muitas vezes, em falta de outros, achando-se nas collecções de remédios, são receitados pelos médicos ou substituídos pelos pharmaceuticos em lugar de outras drogas. Se considerarmos que a sciencia da matéria me- dica no Brasil necessariamente ha de também provir do que na Europa se acha estabelecido e averiguado, e que comtudo muitos médicos brasileiros, que fizerão os seus estudos na Europa, se achão ali privados de numerosos remédios que costumavão receitar, e que principalmente entre as populações espalhadas do interior, que não possuem medico algum formado, muitas vezes é necessário recorrer ao auxilio dos particulares ou dos curiosos, e os quaes, segundo as prescripções que lhes forão in- formadas e pelo impulso natural de recorrer a meios análogos ou semelhantes, recorrem a remédios que a própria natureza offerece, então ninguém poderá negar que era impossível deixarem aquelles reme- 17 dios caseiros de ser admittidos no numero dos meios vulgares de curativo. Informado porém o medico, só faltará, que cogitando, e principalmente levado por preceitos de analogia, e por experiências de- pois feitas, escolha desses remédios os que julgar mais dignos de figurarem como valiosas acquisições no código pharmaceutico do Brasil, e assim se col- lijão e se disponhão por um modo conveniente nas pharmacias. O que a este respeito cheguei a saber me con- venceu de ainda se acharem muito longe de uma condição correspondente á sciencia e á dignidade do Estado. Em circumstancias taes, em tão ex- tensos territórios e com uma Flora tão multiplice, impossível seria o reunirem-se todas as plantas bra- sileiras que são de producção das diversas provín- cias. Deveria portanto estabelecer-se uma regra certa, e designar-se para as oflicinas de cada pro- víncia as plantas da sua producção, e aquellas que melhor conviria addicionar-lhes para o melhor complemento possível da respectiva collecção. Mas como seja mui diflicil dispor assim todas as cousas, e preencher o que é estranho com o que é doméstico e mal conhecido, os médicos brasi- leiros, reconhecendo isso, quasi sempre se con duzem de maneira que, omittidos os simplices, re- corrão principalmente ás preparações chimicas. W. M. T. 2 18 Donde também parece resultar que muitas vezes empreguem remédios que vem com grande appa- rato da Inglaterra e da França, em lugar dos indíge- nas, menos violentos e mais preciosos. E que esta applicação de remédios cuja composição e pro- priedades são mal conhecidas, convém mui pouco ao espirito e ás regras d'arte, é o que não carece de laboriosa demonstração. Toda a multidão de remédios brasilienses que aqui offereci aos médicos provém de diversas fon- tes, e não será impróprio que elles empreguem alguma diligencia em os explorar melhor. Um grande numero destas plantas já os aborígenes do Brasil (índios) as conhecião e costumavão appli- car em conseqüência de suas virtudes, taes como a espécie genuína e as espúrias de epicaquenha, a contrayerva, spigelia, balsamo de copaiba, gom- ma élemi, resina de jatahi das espécies de hime- nèa, as sementes de anda, iatropha curcass roeu (bixaj oretlance). A historia destas plantas oflici- naes é tão desconhecida como a das seguintes plantas úteis americanas: zea mais (milho) (*)3 musa: paradisíacas 3 crescentice cujete , manihot utillissima, gossipii vitifolii, theobroma cacáo, arachis hypogea, &c. Essa historia perde-se na (*) Vejão-se oi nomes aaciouaes destas plantas nos lugares respec- tiros do corpo da obra. 19 memória mythica daquelles bárbaros. Não se pôde saber onde e de que modo foi qualquer dellas pri- meiro applicada, por quem foi levada de uma para outra região, qual a sua primitiva naturalidade, onde existia em maior abundância, e qual das suas virtudes pharmaco-dynamicas, possuindo va- rias, foi a primeira de que se fez uso, e em que mo- léstias. Aos índios poucas perguntas fizemos a esse respeito. São pela maior parte velhos, e mesmo algumas vezes mulheres velhas que fazem as vezes de médicos, mas sujeitos a tradições obscuras. Da mesma fôrma que o restante da vida publica e pri- vada desses bárbaros, também a fraca noticia que tem dos medicamentos é uma prova de que são as relíquias de uma raça n'outro tempo mais culta e florescente, assim como que os seus conhecimentos médicos não passão de um miserável fragmento da sciencia antiga accommodada á natureza. Os co- lonos portuguezes, e no curto espaço em que Pi- são e Marcgrave viajavão no Brasil, os Hollande- zes, aprenderão desses charlatães ou curandei- ros o uso desses remédios, e sem maior reflexão os applicárão. A maior parte delles ainda são empre- gados como remédios caseiros; alguns, como aquelles que acima referi, pouco a pouco passa- rão ás mãos dos médicos, e em parte se insinua- rão nas pharmacias européas. 20 Entre estes medicamentos primitivos convém distinguir aquelles cujo lugar de producção ori- ginal já não é conhecido r e aquelles que ainda ac- tualmente se encontrão silvestres. No numero do* primeiros se devem contar, para não enunciar maior numero , zea mais, theoòroma cacáo, cap- ticum annuumt frutescens, e outros iatropha cur- cas, carica papaya, lagenarta vulgaris, e talvez anacardium occidentalc, porque essa arvore, da mesma fôrma que aquellas, antes se encontra bravia do que silvestre. Estas plantas, e outras que de propósito aqui oinitto, são vistas como amigas do homem, sempre na vizinhança das habitações , e não é inverosimil que participassem dos movimen- tos obscuros com que os povos americanos forão feridos, ainda que hoje nos seja inteiramente impossível o indaga-los. As quaes plantas me- dicinaes e usuaes não sei se são provindas de regiões afastadissimas. O contrario acontece com muitas outras plantas medicinaes que boje só se encontrão silvestres, e das quaes muitas, como a cwsalpinia echinata, de que se tira o genuíno páo brasil ou a ccephaèlis ipicacuanha, de que pro- vém a verdadeira raiz vomitiva brasiliense, todos os dias se tornão mais difficeis de obter para o con- sumo e exigências do commercio, sem que possão de todo extinguir-se. A maior parte das planta» 21 médicas que inseri nas tabellas erão conhecidas ás nações índias, residentes desde alguns séculos, principalmente nas proximidades do mar, que po* dem ser consideradas como os membros dispersos de um graode povo, e a que costumão chamar tupi. As denominações índias com que são appelli- dadas as plantas medicinaes brasileiras, derivão-se pela máxima parte da língua desse povo tupi, mas differem muito umas das outras por causa da varie- dade dos dialectos, e do diverso modo por que os colonos pronunciavão esses vocábulos. Esses no- mes muitos deites são compostos e as palavras: uba ou uva, arvore; caâ, herva; jetica, inchaço; sipô ou cepo, raiz, vara, que aqui freqüentemente se encontrão, referem a origem tupi. Mas muito se enganaria quem cuidasse que todas as plantas medicinaes brasileiras de que se faz uso tivessem sido indicadas aos colonos pelos indígenas; antes tenho todas as razões para crer que pelo me- nos metade dellas forão descobertas pelos habitantes pretos ou brancos, e o seu uso por elles verificado. Os colonos portuguezes, obrigados a procurar novas plantas medicinaes em lugar daquellas de que usa- vão, regulavão-se nesse objecto, principalmente , pela analogia externa, fôrma, côr, cheiro, sabor, e designavão novos vegetaes por nomes antigos. Assim por exemplo chamarão a baccharida tripte- 22 ra, cujos talos são munidos de azas, carqueja, comparando-a com a planta domestica gcnista tri- dentata; barbasco a herva linhosa buddleja brasi- liensis; alecrim baccharida ochracea pela seme- lhança das folhas com as do rosmarinho officinal (alecrim vulgar); centaurea a uma planta amargosa parecida com a crythroea centaurio; feto macho a muitos fetos com que tem semelhança o nephrodium füixmas; malvaisco a algumas malvaceas parecidas com a althea officinal; murta a muitas myrtaceas; poejo a uma labiata parecida na fôrma com a mcn- tha pulegio (a cunila mycrocephêla): a mangero- na glechon spatufatum é ahi representada pelo ouregão majorana; a salva lippia citrata asseme- lha-se ás folhas da salva; o picão bidente piloso3 pela semelhança com o bidente frondoso; a aroci- ra, nome com que na Hespanha é designada a pis- tacia lentiscus, significa no Brasil as espécies do gênero vizinho schino, &c. Um habito mais prolongado, e por assim dizer, jamiliaridade destes colonos com a natureza, não podia deixar de lhes aguçar os sentidos, parada grande abundância que se lhes offerecia, irem cada vez escolhendo maior numero de cousas análogas e aparentadas com aquellas que possuião na Euro- pa. Os habitantes da província de S. Paulo, que em grande numero penetravão no interior, ou para 23 captivar indios ou para descobrir ouro e pedras preciosas, forão os que tiverão nisto a maxim- parte. Tendo continuamente de lutar com uma naa tureza inculta, que nada lhes concedia sem diflicul- dade, cercados de perigos quotidianos, empregavão uma certa ousadia nas tentativas e nas curas, pelo que era impossível que não adquirissem um certo numero de experiências, aceitas depois e ampliadas por alguns poucos médicos e cirurgiões. Conta-se que estes Paulistas fizerão também varias descober- tas de remédios, observando o instincto dos ani- maes, por exemplo o adenoropium opiferum foi chamado raiz de tihu, porque o grande lagarto (ameiva) a procura , quando está doente, e o dry- mys granatensis casca de anta, porque se diz que o tapir americano, nas mesmas circumstancias, lhe roe a casca. Por causa desses felizes achados, ainda actualmente os habitantes da província de S. Paulo passão pelos mais peritos conhecedores dos medi- camentos indígenas , e muitas dessas receitas temo alcunha de remédio dos Paulistas. Deve além disso observar-se que logo desde os primeiros tempos da descoberta do Brasil, havia uma grande communicação com a índia oriental, onde então prevalecia o poder luzitano, e dahi resultou que muitos Portuguezes transferissem para o Brasil os conhecimentos que tinhão adqui- 24 rido das plantas medicinaes, e attribuissem as mesmas propriedades e dessem o mesmo nome a plantas brasileiras a que achavão analogia com as indiaticas. Quem se lembrar da immensa multidão de plantas a que os bramines attribuem proprie- dades salutiferas, não havendo quasi nem uma só de que não relirão alguma virtude singular, como se mostra do jardim malabar de Rheedi, tanto menos se deve admirar de que semelhante costume fosse transplantado para o novo mundo, e que a cada planta dotada de alguma insigue virtude se adjudicasse alguma relação determinada com o corpo humano e suas differentes partes. Este cos- tume portanto do sello, inventado pelos Árabes e que a escola de Salerno cultivara, foi aqui de boa mente acolhido. Além disso, uma ou outra planta índiatica foi trazida para o Brasil, que é tida entre as plantas domesticas, como por exemplo, o aloes vulgar, o lablab vulgar, o ocimum basilicum (mangericão), a mangifera indica, a artocarpus integrifolia. Mas também de outra parte se mostrou outra via para a publicação da Flora Brasileira e dos seus pharmaco-dynamicos (remédios). Porquanto, sendo transportados muitos pretos d'Africa para o serviço, e tendo também emigrado muitos Europeus, que que se havião demorado por muito tempo naquella 25 região, aconteceu que muitas plantas semelhantes e originárias de ambos os continentes, como o ageratum conyzotdes, awaltheria americana, o tiaridium indicum, a cássia occidentalis, fossem adoptadas para uso, e algumas poucas, ou de pro- pósito ou por acaso fossem importadas d'África. Não fallarei finalmente daquellas que de outras re- giões do novo mundo forão trazidas para o Brasil; do Peru a mirabilis dichotoma; de Surinam a quassia amara; das Antilhas a anona muricata e a reticulata, ou de Cayenna ocinnamomum zeylani- cum var. 7. Reunidas todas estas plantas, terá o medico á sua disposição, como que legiões inteiras preparadas para combater as moléstias, e até mesmo será tal a superabundancia de remédios, e os seus di- versos gráos, que antes por excesso que por falta, terá elle de hesitar sobre o que deve fazer. Na Europa, como já disse, muitos médicos rejeitão essa copia de medicamentos, julgando que muitas de suas virtudes são imaginárias, e que com poucos se podem conseguir os mesmos fins; mas no Brasil, persuado-me eu que, pelo contrario, gran- de numero de proíissionaes tem a maior confiança nos remédios provenientes da sua flora nacional, porque da efficacia desses remédios tiverão elles muitas provas, e se chegarão a convencer que 26 meios apparentemente fracos, se applicão com O melhor resultado para o restabelecimento da saúde. As causas desta experiência convém que sejão mais cuidadosamente averiguadas. Em primeiro lugar, parece-me que no Brasil, da mesma sorte que nos outros paizes quentes, e principalmente naquelles em que a sciencia não está tão espalhada, e não tomou tanto incremento na vida publica, como entre nós, o corpo doente do homem é considerado de maneira mui diversa do que pelos nossos costu- ma ser. O rápido progresso do grande numero das moléstias, que veriíicão aquelle nosso provérbio: Heute roth, morgen todt, hoje rubicundo, ama- nhãa moribundo; — a terrível violência das epide- mias—o desejo do repouso quando alguém adoece, porque todo o systema vital aqui se agita mais vio- lenta e ardentemente do que nas nossas terras: todas estas causas bem consideradas, mudão de um modo singular a condição das moléstias, tanto no mesmo homem doente como no animo dos parentes e da gente do serviço. Não se alterão os negócios costumados e os passatempos, e se o medico se não lembrou de o recommendar, muitas vezes, ao mesmo tempo que se lomão os remédios, julgão poder-se usar dos mesmos alimentos e bebidas; considera-se absolutamente a moléstia do corpo, como uma interrupção momentânea da saúde cos- 27 lumada, e que facilmente se pôde reparar pela habilidade do medico. As cousas porém passão inteiramente d'outro modo no Brasil, principalmente no interior, onde se acha tudo muito mais desviado das opiniões e costumes europêos. O doente é considerado como se fosse outro homem, é separado da família, sub- trahe-se-lhe a luz e toda a companhia estranha, de que pôde haver receio; toma-se o maior cuidado em que fique só , e n'uma dieta a mais rigorosa; ha a maior sollicitude em acautela-lo de qual- quer agitação de espirito, e até algumas famílias de extracção india tomão o maior cuidado em não deixar entrar mulheres, principalmente achando- • se assistidas, precaução que também foi adop- tada por alguns colonos portuguezes, por se per- suadirem que a proximidade d'uina pessoa nessa situação é nas moléstias agudas, e nas prove- nientes de venenos, de um effeito o mais perni- cioso possível! Em tal socego apathico, e em tal solitário retiro, entregão os médicos o doente á acção dos remédios; donde se segue que mesmo os medicamentos mais fracos promovem maiores reacções , do que quando se dá conjunctamente lugar aos excitantes habítuaes. E acontece não poucas vezes que ainda os que se considerão fra- quissimos, seja averiguado procederem com tanta 28 força e tal celeridade de efficacia, que exceda completamente a mais exagerada expectação. Eu mesmo mais de uma vez fui testemunha de pro- digiosissimas curas em moléstias da mais excessiva gravidade. A respeito do modo por que ahi se tra- tão os doentes, dir-se-hia prevalecerem as mes- mas opiniões que entre os antigos, os quaes con- sideravão os homens enfermos perseguidos por occullos demônios, e tratavão de afastar essas forças molestas aos doentes, de maneira a entre- garem somente ao medico, como a um sacerdote, o enfermo, separado de toda a mais gente, e as- sim, com piedosa reverencia o confiavão para ser tratado. Ainda que tal sacerdócio dos médicos se não possa coadunar, nem com o augmento da nossa sciencia, nem com o mais que se possa dizer da vida publica dos nossos contemporâneos; comtudo, muitas descobertas que hoje se achão feitas na sciencia medica, como a homceopathia e a hydropathia, manifestão que certos remédios a que na opinião vulgar se não imputaria nem a menor efficacia, são capazes de produzir as mais insignes mudanças na condição do doente, que, afastado de causas costumadas que o possão perturbar, e o menos possível affectado pela acção das causas externas, e reduzido a mui pouca alimentação, é agitado com a mais inso- 29 lita agilidade pelos remédios que se lhe mínislrão, e se cura de um modo mais rápido que tudo quanto se poderia esperar, até porque, mesmo em falta de remédios, teria inteiramente livre de embaraços, a força reparadora da natureza. Entretanto não é só esta condição subjectiva do doente que presta a alguns medicamentos muito maior forçado que julgamos, mas ha toda a razão para crer que muitos desses remédios vegetaes, applicados naquelle estado de vigor que no Brasil se costuma, contém muito mais força do que depois de terem ficado por muitos mezes e até annos nas vasilhas, e gavetas das officinas, antes de serem em- pregados. Assaz grande numero de plantas bra- sileiras contém óleo ethereo e outros princípios voláteis em não pequena porção, sendo novas e verdes; em outras existe um certo nexo orgâni- co, uma vivida união, e congruente harmonia de partes, em que se acha diffuso um certo es- pirito de vida; o que de certo augmentara a sua acção sobre o corpo enfermo. Não pôde ser es- tranho que muitos dos que lerem isto hajão de rir e compadecer-se desta minha superstição e credulidade em portentos. Mas o que eu digo eu mesmo o vi e o affirmo. Não me esqueço de que ulceras malignas que já por muitos mezes tinhão resistido ao tratamen- 30 to dos doutores, no curto espaço de quarenta e oito horas mudarão inteiramente de natureza, depois que, por um simples curandeiro da gente índia, havião sido traladascom applicação de hervas colhidas de fresco. Semelhantes curas ahi feitas com cataplasmas, lavagens, banhos, são freqüentíssi- mas, e como a natureza em nenhuma outra parte, por causa da vehemencia do calor, produza maior quantidade d'affecções exanthematicas, assim tam- bém da mesma fôrma por meio de muitos remé- dios que exercem a sua acção sobre o órgão da pelle acostumado a grandes reacções, produz igualmente curas com incrível velocidade. Ainda aqui concorrem outras razões, de que o medico europêo se não costuma lembrar tratando-se do uso de plantas frescas. Porquanto é certo e re- conhecido que as substancias de salutar effeito, existentes nas plantas, nem sempre nellas se achão, nem na mesma proporção. Os alcalóides que ellas contém formão-se entre os períodos do cresci- cimento, e mudada a relação na quantidade dos elementos, o que costuma succeder conforme a certa lei de vitalidade, alternativamente se refor- mão ou transferem, como nas espécies da cin- chona os elementos chamados cinchonino, chi- nino, e aricino, em determinados momentos se produzem um do outro. Alguma cousa de seme- 31 lhante pude observar no Echite cururú. Um ín- dio velho que via usar deste remédio no porto dos Miranhas junto ao rio Japurá, me affirmouque uma infusão preparada a frio de certo havia de aproveitar na febre gástrica dos meus companhei- ros , porque havia de empregar o páo do tronco, quando o mesmo remédio primeiramente applicado não tinha sido efficaz, ein conseqüência de se ter extrahido das vergonleas ainda florescentes. Tudo quanto disse foi verificado pela experiência. Éde absoluta necessidade o advertir estas cousas, para que com todo o cuidado e discernimento, se dis- tingão e conheção as circumstancias em que as plantas devem ser colhidas, da mesma sorte que pelo uso se estabeleceu entre nós, a quem pelas leis mesmo são indicados os tempos da colheita. E se um índio sem instrucção pôde conhecer se- melhante differença, não ha de certo motivo para deixarmos de obedecer ás leis desse empirismo que apezar de rude, parece fundar-se em razões as quaes, como fica dito, são as ultimas relíquias de uma sabedoria mais elevada e mais activa. Quem examinar com maior cuidado a natureza dos medicamentos brasileiros do reino vegetal, não deixará de conhecer que elles completamente cor- respondem ao caracter da respectiva Flora. As ma- térias e medicamentos, principalmente daquellas 32 ordens que pelas leis universaes da distribuição geographica das plantas são mais freqüentes no Brasil, ahi largamente se apresentão e se offere- cem aos médicos em vários gráos e differenças. Mas aquellas matérias que principalmente occorrem nas ordens extratropicaes das plantas, ou aqui são mais raras ou de todo se não achão representa- das. O que mais notável se torna é a singular es- cassez das plantas cereaes, aliás tão cultivadas na Europa, e das quaes só o oryza e o zea, arroz e milho, são semeados, na parte tropical do im- pério ; o trigo, a cevada, a avêa e o centeio, só nas províncias temperadas e meridionaes, e isso mesmo em pequena extensão. Além disso, nomeião- se muitas famílias que ahi raras vezes ou mesmo nunca forão representadas , as melanthaceas, coniferas, amentaceas, thymelêas, chenopodias, borragineas, amygdaleas, roseas, pomaceas, ran- uunculaceas, cruciferas, fumariaceas, umbelli- feras, caryophilaceas e ribesicas. Por causa desta penúria de cereaes faz-se necessária a importa- ção da farinha para consumo do paiz. Da mesma fôrma não encontramos ahi menor abundância de productos venenosos das melantha- ceas, raize sementes do colchico, raiz do elléboro branco, medicamentos da extensa família dasamen_ taceas, a raiz do salgueiro, carvalho, gemtnas 33 populi (olhos de choupo) galhas, cstoraquc liquido. Remédios contendo terebenthina, os quaes no norte vulgarmente se sabe pertencerem á família das co- niferas, pois que no Brasil só cresce a araucária brasiliana, tem de ser suppridos por extractos de vegetaes pertencentes a outras famílias. Da mesma fôrma as raizes epispaticas das liméleas, as hervas mucilaginoso-salinas das borragineas, as plantas hortaliceas (ou hortenses) das chenopodias e cruciferas, também carecem de sersuppridas por plantas d'outras famílias. As ericeas (urzes) que nós Europeus chamamos: erva pyrolcc., uva ursi, ledum palustre, rhododendrum chrysantum, etc., e de que nos aproveitamos, são representadas no Brasil por muitos gêneros, e esses insignes pela abundância das espécies; e comtudo, não chegou ainda á minha noticia que ahi os médicos facão uso das espécies pertencentes a esses gêneros; mas persuado-me que em lugar das nossas ervas diureticas, se podem empregar algumas gaylussacias e pcrncttias. As amygdalcas, das quaes os Europeos contão entre as plantas officinaes o prunus lauro-cerasus, a espinho- sa, a cerejeira, o pinheiro (padus), a amendocira commum e outras, tem poucas espécies no Brasil. Mas o óleo que contém o ácido hydrocyanico em dissolução, e que não é escasso nos fruetos, cas- cas e folhas das amygdaleas européas, também se H. M. V. S 34 encontra nas espécies brasileiras, ainda que em mepor porção. As roseas, ribesicas, e fuma- riacias, das quaes as ultimas nos ofiereçem na fumaria offtcinal um excellente remédio, são estra- nhas á Flora Brasileira. As papaveraceas de que extrahimos o insigne ópio e o chelidonium, são re- presentadas pela argemone mexicana, ainda que importada. Do mesmo modo asranunculaceas, que na herva dapulsatilla nigricans, na raiz do hclléboro negro, nas sementes da nigella e áastaphysagria, nosministrão remédios enérgicos, e as silenêas, de que entre nós a raiz da saponaria officinal está em uso, estas quasi inteiramente faltão no Brasil. O que porém se faz mais admirar é que as umbelliferas, das quaes empregamos as sementes ethereo-oleagi- nosas, outras carminativas, hervas dotadas de vene- no acre, e gommas-resinas excitantes, assim como as cruciferas antiscorbuticas, sejão tão raras no Brasil. Pelo contrario, nesse paiz cálido sobresahe pelo numero das espécies e pelas virtudes curativas uma grande multidão d'outras plantas, entre as quaes não posso deixar de elogiar as convolvulaceas, cucurbilaceas, euphorbiaceas, rutaceas, myrta- ceas, as amplas classes das terebenthaceas, e legu- minosas, que copiosamente nos fornecem com remédios acres, amargos, resinosos, e ethereo- oleosos, para não fallar dos abundantes mucilagi- 35 nosos, pingue-oleosos, saccharinoseacidulos, que em varias famílias se apresentão. Assim como ahi é o reino vegetal incomparavelmente mais rico do que nas regiões cxlratropicaes, da mesma sorte, em lugar das plantas pharmaceuticas européas , se apresenta um exercito inteiro munido de iguaes ou análogas virtudes. Principalmente os vomitivos, purgativos e os que exercem acção sobre o systema lymphalico, dissolventes e correctivos do processo plástico, são em admirável profusão. Mas percorrendo com os olhos os thesouros me- dicinaes do Brasil, não devemos esquecer que a terra que os contém é de uma considerabillissima extensão ; e que não existe nella uma só província em que conjunctamentese encontrem todas aquellas plantas. É portanto manifesto que os médicos bra- sileiros que desejarem coordenar scientificamente a multidão das plantas medicinaes, devem ter em vista quaes são as produzidas geralmente em todo o paiz, quaes são as que produzem algumas pro- víncias e quaes não. Na pharmacopéa brasiliense devem ser postas, logo depois das plantas que nascem espontaneamente em toda a parte, as que transplantadas subsistem com a mesma generalidade. Na escolha porém das que o emprego medicinal fizer levar da pátria primitiva para outros lugares do império, deve haver o maior cuidado em ad- 86 mittir somente aquellas cujas virtudes não forem nflectadas pela mudança. O mesmo se deve observar com as que forem importadas da Europa. E fácil de 'conceber que este trabalho útil e civil não é de fácil nem promptaconclusão. Porquanto, seja na com- paração das pharmacopéas da Europa se encontra uma grande diversidade, relativamente ás plantas que pelos regulamentos se consíderão necessárias ás pharmacias, a immensa multidão das plantas brasi- leiras facilmente dará a entender, que ahi apenas poderia haver escolha que para todos fosse satisfac- toria. Semelhante selecção só convenientemente se poderá levar a effeito, por meio de peritos médicos o pharinaccuticos em todas as partes do império. Nenhum medicamento deveria ser adoptado senão depois de um cuidadoso exame de pessoas compe- tentes , com o que se procuraria conseguir que a classificação dos remédios não dependesse de meras tradições domesticas, ou de embustes de homens ignorantes, mas de uma esclarecida experimentação de cada um dos medicamentos. Actualmcnte os es- peculadores , a que chamão curandeiros, empregão muitos artifícios, e não só no campo, onde os mé- dicos são raros, mas nas cidades mesmo; o que é considerado pelos médicos brasileiros eruditos e pelos boticários, como um grande obstáculo a que a praxe medica seja reduzida a regras certas; e de 37 que maneira possa isso ser evitado, é impróprio desde lugar o discuti-lo. Entretanto, parece-me que esta collecção que aqui offereço aos Brasileiros co- nhecedores dos medicamentos do seu paiz, con- tribuirá para que essa meta se considere mais approximada; se comtudo um ou outro medico ou na Europa ou no Brasil não quizer oppôr-se a esta minha opinião, por bastante satisfeito me darei, pelo trabalho, porque foi aceito, por causa da utilidade geral que se teve em vista, e bem assim porque não custou vulgares fadigas, sendo o fructo de pesados annos de sacrifícios o que aqui se acha reunido em poucas folhas. Antes que passe á versão do corpo mesmo da obra, julgo dever lembrar de novo aos leitores que não estiverem bem ao facto de trabalhos deste gê- nero, ser inevitável conservar muitos nomes de plantas no seu próprio original da linguagem botâ- nica adoptada, porque, ainda mesmo que fosse pos- sível atraducção desses nomes, elles não distingui- rião o seu objecto , e portanto não preencherião o seu fim. A nomenclatura scientifica é uma lingua- gem coramum a todos os sábios, e quando faltem termos domésticos ou familiares de que se acompa- 38 filiem os scientificos, não ha remédio senão limi- tarmo-nos a estes. Uma reforma mesmo de nomen- clatura só poderia ter lugar á vista de estampas exactas ou em presença dos indivíduos, para se saber á qual se daria tal ou tal nome, e a explicação das allusões que se tiverão em vista para os nomes que se adoptárão, ainda que fosse sempre possí- vel, e feita com acerto, está claro que não poderia supprir, nem dispensar a nomenclatura. O mais que nos pareceu licito foi para adoçar a rudeza ou estranheza de algumas palavras, aportu- guezar em alguns casos, as suas terminantes , mas sem alterar a fôrma essencial das mesmas palavras: e para isso estávamos autorisados por muitos exemplos análogos. Persuadimo-nos que nem os que tiverem conhecimentos botânicos, nem outras quaesquer pessoas, poderáõ ficar descontentes á vista de uma obra que comprehende, além do mais, uma lista de todos os nomes brasileiros de plantas domesticas ou medicinaes. O Traductou. PROSPECTO DO SYSTEMA. Classe primeira. Amylaceas (amêndoas). 42—45. Classe segunda. Mucilaginosas. 46—63. Chloro-phyllo-mucilaginosasou oleraceas (verdu- ras, ou plantas hortenses). 46—48. Salino-mucilaginosas 48—50 Astringeiiti-mucilaginosas. 50—54. Amaricanti-mucilaginosas (algo-amargas-mucilagi- nosas). 54—55. Acridulo (âlgo-acres) ou resinoso-mucilaginosas. 55—60. Mucilaginosas indiflerentes e gommosas. 60—63. Classe terceira. Pingui-oleosas (gordurentas- oleosas). 63—71. Emulsivas. 63—67. Unguinoso-pingues (unctuosas-gordnrentas). — 67—68. Limpido-oleosas. 68-^-69. Amargo-oleosas. 69—71. Classe quarta. Saccharínas. 71—77. (Classe quinta. Ácidas. 77—88, 40 Classe sexta. Amargas. 89 — 105. Amargo-amylaceas. 89. Amargas com mucilagem. 89—90. Amargas com principio astringente. 90—94. Amargas propriamente ditas. 95—100. Amargas-aromaticas. 100—105. Classe sétima. Adstringentes. 105—130. Adstringentes em que predomina o stryphno (a adstringencia). 105—116. Adstringentes unidos a mucilagem. 116—120. Adstringentes amargos, dotados de elemento alca- lóide. 120—122. Adstringentes dotadas de cafeína. 122—124. Adstringentes com mucilagem c partículas aroma- ticas. 124—127. Adstringentes unidos a um óleo acre. 127—130 Classe oitava. Acres 130—186. Algo-amargo-acres (amaricauti-acria) em que se encontra o principio acre junto ao amylaceo ou saponaceo. 130—132. Acres hervaceas, com principio extractivo algo- amargo, que se acha junto a chlorophyllo (verde herbaceo) e a mucilagem. 132—145. Algo-acres (acridula) cuja acção purgativa é devida ao catarthino. 145—147. Acres-drasticas, cuja acção depende principal- Al mente de uma resina dura , tendo misturadas em differentes proporções matéria extractiva amarga, resina elástica e partículas salinas ou mucilaginosas. 148—173. Acres emeticas, cuja acção é principalmente devida ao emetino. 173—177 Acres, dotadas de elemento activo volátil. 177—182. Acres em que predomina o capsicino. 182 183. Acres em que predomina o piperino ou outro seme- lhante elemento. 183—186. Classe nona. Ethereo-oleosas. 186—203. Ethereo-oleosas plebéias, contendo esses princípios nas partes foliaceas, e com os demais elementos menos differentes 186—192. Ethereo-oleosas de segunda ordem, com mistura de partículas resinosas e outras. 192—196. Ethereo-oleosas generosas, ou aromas. 196—203. Classe décima. Resinosas e balsaniicas.204—212 Classe undecima. Narcóticas. 213—218. Appendix. Tintureiras (tingentia) 219—225. Segue-se uma tabeliã de concordância das plantas que se empregão como medicinaes na Europa e no Brasil. 227—245. 42 PRIMEIRA CLASSE. AMYLACEAS (FARINHOSAS). Grammineas. Milho grosso, milho grande da índia, zaburro (zea-maís); em lingua tupinica utmtim, isto é, grão bicudo; avaly de Thevet, etc. E' o milho vulgar, cultivado em todo o Brasil; branco cozido, canjica. Arroz (oryza sativa), geralmente conhecido, e culti- vado em todo o Brasil. Arroz silvestre, arroz do mato (oryza subulata, arroz aguçado como sovella). Os cereaes europeus são cultivados nas pro- víncias meridionaes, e por isso fazemos menção dos seguintes: Trigo vulgar (triticum vulgare). atremez. (triticum aestivum). ^ candeal (triticum hibernum). Trigo durasio (triticum durum). Triticum spelta. Trigo branco (triticum amyleum). 43 Centeio (secalc cereale). Cevada santa (hordeum distichon). Cevada (hordeum hexastichon). Uso conhecido, em grão e em farinha. Dioscorea. (com fôrma glandular , ou tuberosa). Cará, inhame de S. Thomé, etc. (Dioscorea). Tuberas conhecidas comestíveis.—Os homceo- pathas empregão as folhas do cará dynamisadas como antiherpeticas; e o inhame tomado exclusi- vamente como alimento, passa , segundoalguns , por ser útil na lepra tuberculosa. Do inhame torrado e reduzido a pó dizem fazer-se uma in- fusão que imita o café e que é muito saudável. Ha varias espécies ou variedades do cará; cará mimoso, cará barbado, mas não sabemos a quaes d'entre ellas se referem as que o autor traz em seguida. Dioscorea sativa (cará cultivado). Dioscorea heptaneura. Dioscorea dodecaneura. Dioscorea piperifolia (com folhas parecidas ás da pimenteira). A dioscorea conferta de Velloso. (O que será?) Araceas (Araceas) (sem varas ou vergonteas). Tayoba de S. Thomé (colocasia antiquorum, arum colocasia). 44 Mangaraz, taióba, mangara-peúna (caladium poe- cile, caladium violaceum). Mangarito, mangara-mirim (caladium sagittifolium.) Convolvulaceas (trepadeiras). Batata, batata da terra, batata doce, (Batatas). Jetica, quíquoa quiamputu (batatas edulis, con- volvulus batatas). Convolvulus edulis (trepadeira comestível). Convolvulus tuberosus (de fôrma tuberosa, glan- dular). Convolvulus esculentus (bom para comer, appeti- toso). Convolvulus varius (de diversas cores). Euphorbiaceas (de euphorbium, alforfi&o). Mandüba ou maniba, em tupinico (manihot utilis- sima, jatropha maniot). A raiz mandioca. Aipi, macaxeira, (manihot aipi). Cuguaçúremiú. Uso conhecido, é da raiz destas plantas que se extrahc a tapioca ou tipioca. Leguminosasa Feijoeiro, feijões (phaseolus). Usos culinários e medicinaes promiscuamente. Feijão mulatinho, fidalgo, roxo, incarnado, ca- vado (phaseolus vulgaris). 45 Compressus et inamoenus. Feijão carrapalo (inamoenustumidusetsphoericus). Feijão preto (inamoenus derasus). Feijão frade ou fradinho (dolichos monachalis). Phaseolus mesoleucus. Feijãozinho da índia (dolichos sinensis). Dolichos melanophtalmus. Lablab vulgaris. Cumandatiá de Pisão. (O que será ?) Guandu (cajanus flavus, cytisus cajan). Por causa das tuberas amylaceas comestíveis, devem-se admittir para as províncias do sul as seguintes: Oxalideas (azedas, vinagreiras). Oxalis tuberosa (oca dos Chilenos). Oxalis crassicaulis (de talo espesso). Oxalis carnosa. 46 SEGUNDA CLASSE. MUCILAGINOSAS. Araceas. Chlorophyllo—mucilaginosas, ou oleraceas (verdes- mucilaginosas ou hortaliceas) (*). Caladium poecile. Caladium sagillifolium. Veja-se supra o artigo Araceas. — Usão-se as folhas tenras cozidas. Amarantaceas (typo, o amaranto purpureo). Carurú, lingua tupinica (amarantus). Carurú da Bahia (amarantus bahiensis). Chenopodium caudatum (pé de ganso caudato). Amarantus viridis (carurú verde). As folhas de todas estas plantas emquanto estão tenras, comem-se com azeite e sumo de limão, &c, carurú, vatapá. Caaponga (philoxerus vermiculatus, lodacento marchetado). Phitolacceas (parecidas com a lacca, planta). Herva dos cachos da índia, tintureira vulgar, cua- rurú-guaçú (phytolacca decandra). (*) O que vai em portuguez entre parenthesis, é explicação do tuaductor, e não denominação adoptada para as plantas. 47 E' duvidoso se foi importada, ou se é indígena; ainda verde usa-se como hortaliça; depois de madura é fortemente purgativa. Posta em cata- plasmas nasulceras de má condição, affirma-se que produz effeitos admiráveis. Portulacaceas (beldroegas). Beldroega (portulaca). Caaponga (portulaca pilosa , beldroega felpuda). Caaponga (portulaca radicans, beldroega radi- cante). Portulaca halimoides (beldroega salgadeira). Dif- fere, além d'outras cousas, em ter folhas purpu- reas, e não louras ; encontra-se cora freqüência nas paragens marinhas. Talinum patens, portulaca patens (beldroega des- coberta). Todas estas e muitas outras espécies de beldroegas são hortenses, e como taes, freqüen- temente usadas. Malvaceas. Benção de Deos (abutilon esculentum; sida ecornis Velloso). Nem em latim, nem em grego ou hebraico se encontra palavra, que se pareça com as deno- minações supra que os autores derão a esta 48 planta. Comem-se-lhe as flores e fructos antes de amadurecerem. Quiabo, quíngombô, palavras cthíopicas (Hibiscus csculentus, malvaisco comestível). Planta conhe- cida , de origem africana. Leguminosas. Feijões (phaseoli) de varias espécies. Veja-se acima (Amylaceas) pag. 42. SALIXO-MUCILAGINOSAS. Palmeiras (palmar). Ariri, aricuri, aliculi, aracui (cocos schizophylla, folhas com fissuras). O sueco expresso destes cocos antes de madu- ros é receitado na Bahia contra as ophtalmias leves. Drtigaceas (urticaceee, de urtigas). Asa-peixe (boehmeria caudata). Herva usada em banhos contra as dores hemor- rhoidaes. Pilea muscosa (musgosa com espinhos em fôrma de dardos). O sueco expresso da herva é usado na Bahia contra a dysuria. Ambaiba, ling. tupinica (cecropia). 49 Cecropia palmata. Ambaitinga (cecropia peltata, com escudo ou defesa). O sueco espremido dos olhos ou gomos é re- frigerante e envolvente; costuma-se empregar na dose de uma colher em leite, ou em cozimento de cevada com assucar, contra a diarrhéa , dy- suria, gonorrhéa, e flores brancas. Borragineas. Burracha chimarona, em portuguez e hespanhol (echiuin plantagineum). Encontra-se no Piio Grande do Sul, e em Montevidéo. A raiz emprega-se em lugar da consolida maior. Aguara ciunha-açu. jacua-acanga (tiaridium in- dicum). Planta mencionada entre as desobstruentes e mundificantes ; emprega-se nas feridas e ulceras, porque ao mesmo tempo que consolida, é pró- pria contra as affecções cutâneas provenientes do calor ; e o seu effeito é benéfico. Também se emprega nasinflammações do ânus. Sempre ouvi elogiar esta planta, e sou testemunha dos seus effeitos; e o mesmo se pôde affirmar das se- guintes : M. M. \. & 1 50 Crista de gallo (tiaridium elongatum, em fôrma de mitra allongada). Outra espécie de crista de gallo (heliotropiuni curassavicum, com folhas em fôrma de coração). _ Cuscuteas (de cuscuz). Cipó de chumbo (cuscuta). Cuscuta umbellata (em fôrma de guarda-sol). Cuscuta racemosa (em fôrma de cachos). Ha outras espécies. O sueco espremido de fresco , é resolvente , antiphlogistico , e celebrado contra as hemopty- sos. esquinencias, rouquidão, e mesmo contra os abscessos internos, e vomicas hepaticas. O pó da herva sècca c útil, espalhado sobre as feri- das recentes. Nopaleas (ou opuncias). Jamacarú, ling. tupinica (cerei varii stantes, cm fôrma de cirios em pé ou a prumo). O sueco dos ramos novos usa-se contra as febres intermittentes em doses repartidas. Os raminhos contusos são empregados em cataplas- mas contra as ulceras phagedenicas. i ASTRINGENTI-MUCILAGINOSAS. Lorantbaceasa Tctypole-iba, guira ou oéra-repoty, isto é, estéreo 51 das aves, ling. tupinica (Struthantus citricola, com haste parecida á dos limoeiros cultivados). A herva, contusa e cozida com azeite, dá um unguento próprio contra os tumores provenien- tes do frio. Lieguminosas, Unha de boi; mororó em tupinico (Bauhinia for- ficata , bauhinia aculeata, em fôrma de tesoura, com espinhos). Cipódeescada;mororó-cipó, tupinico (caulotretus). Caulotretus macrostachyus (com canudos allon- gados). Schnella Raddi. Bauhinia radiata, Velloso. Caulotretus microstachyus (marroio pequeno). Schnella Raddi Bauhinia tomentosa Velloso. As folhas destas leguminosas são mucilagino- sas subadstringentes, e applicão-se em cata- plasmas, clysteres e gargarismos, com a indicação de emollientes envolventes. Tiliaceas. Carrapicho, carrapicho da calçada (tríumfetta) Tríumfetta semitriloba (com três semi-globos). Triumfetta eriocarpa (muito agarradiço). Triumfetta lappula (parecido com a bardana , que tem o nome de lapa, em latim). 52 Triumfetta sepium (dos vallados). Não descobrimos a origem do nome triumfetta. O cozimento dos fructos contusos é empregado em injecções nas gonorrhéas, e dynamisada, consíderão os homoeopathas uma destas plantas — barba de boi ou amor do campo — como uni dos principaes remédios para essa moléstia. Sterculiaceas (*). Vuaramc, ling. tupinica (helicteres). Rosea para as mulas (helicteres saca-rôlhasj. Cozimento da raiz para as gonorrhéas. Helicteres ovata. Helicteres brasiliensis. Helicteres isora (igual). Helicteres coryfollia (com folhas como as da hera). Helicteres brevi spira. Helicteres harvensis (campestre). As flores de todas estas espécies são emprega- das como as flores da malva rosa na Europa. Páo santo (kielmeyera). Kielmeyera speciosa (formosa). Kielmeyera rosea. Flores einollientes para gargarismos e banhos. (*) Nem de todas as denominações podemos achar a interpre- lação, talvez em conseqüência do mau cheiro de alguma dessas plantas. 53 Lithrarias (lithrarise). Sete sangrias (cuphea). Cuphea ingrata. Cuphea balsemona (de Balsemão, nome de homem). O cozimento destas plantas épreconisado com os mais altos elogios para as febres intermit- tentes. Cnagrarias. Herva minuana (Oenotheraaffinis). E' vulneraria (própria para curar feridas). Compostas (compositee). Espinha do carneiro (Rio Grande do Sul) Xanthium, em conseqüência da côr alambreada de certa pedra que tem esse nome em latim. Xanlhium macrocarpium. Xanthium brasilicum. Xanthium brachyacanthum. Xanthium spinosum. Herva resolutiva , em banhos, contra tumores procedidos do frio. Suçuáya, ling. tupinica; fumo bravo, em Minas; herva do collegio, Rio de Janeiro. Elephantopus cervinus. Herva emolliente e resolutiva, em cozimentos e cataplasmas. Lanceta, Rio Grande do Sul (solidago vulneraria). 54 Herva santa, idem. (Baccharisocchracea). Ambas estas hervas são tidas por excellentes vulnerarias. ALGO-AMARGAS MUCILAGINOSAS (AMARICAKTI- MUCILACINOSiE). Scrofularineas. Barbasco (buddleja brasiliensis). Bassoura (buddleja comata). Parece que os autores confundirão com esta varias outras plantas. Buddleja australis. A herva e as flores são empregadas como na Europa se costumão empregar as do verbasco. Vassourinha, bassourinha, tupeiçava. Famoso remédio para as dores hemorrhoidaes é o cozimento em crysleis. Verbenaceas (urgevões). Jarbão, urgevão, orgibão; aguara-ponda (verbena jamaicensis). Empregada externamente contra as ulceras sórdidas, e internamente contra as febres e ín~ flaminações rheumaticas. Solaneas (de solanum, erva moura). Juá,joá (solanum). Juripeba, jurepeba I (solanum paniculatum, com fios). 55 Solanum jubeba, variedade com as folhas (subintc gerrimis) truncadas nas extremas. Raiz excessivamente amargosa. As folhas e fruetos, mucilaginosos, e amargas, prevalecem em força resolutiva nos enfartes das vísceras; externamente servem para limpar e tratar as feridas e ulceras. Braço de preguiça (solanum cernuum, debruçado sobre aterra). Solanum caavurana. Tem ambos o mesmo uso que o precedente. Umbelliferas (em fôrma de guardasol, umbella). Lingua de tucano (eryngium língua tucani). Herva amarga, mucilaginosa, diuretica, usada em cozimento contra as aphtas e ulceras da gar- ganta, nas províncias de Minas e S. Paulo. ACRIDULO (ALGO-ACRES) OU RESINOSO-MUCILAGINOSAS. Polygoneas (de polygonus, herva de passarinho, em latim). Cataiá, ling. tupinica (polygonum). Herva do bicho (polygonum antihcsinorrhoidale). Polygonum acre. O sueco destas espécies, estimulante e ape- riente, é contra a estranguria e dysenteria san- güínea. A herva é empregada em banhos e 56 cataplasmas contra as dores arlhriticas ehcmor- rhoidaes. Polygonum stypticum (adstringente). Sueco adstringente e refrigerante na diarrhéa e gonorrhéa. Polygonum acetosoefolium (salsa, no Rio Grande do Sul). Cuccoloba sagitlifolia ortega. O cozimento da herva, e principalmente dos talos, contra a syphilis. Convolvulaceas (trepadeiras) (*). Salsa da praia (ipomoca uiariliuia). Convolvulus brasiliensis. Convolvulus marinus. As folhas mucilaginosas e acridulas (algo-acres) são usadas em aflecções provenientes do frio, e na gonorrhéa chronica, tanto por applicação ex- terna, como em cozimento bebido. Leguminosas. Pajomarioba, (cássia (tamarindo) oceidentalis). Pajoinarioba (espécie diííerente , mencionada só com esse nome por Pisão (cássia Pisonis, mihi). (*) Esta repetição de nomes é empregada para designar plantas que tem analogia de fôrma, porém que pertencem a tiiffeiente divisão ou as mesmas em differentes íelacões. 57 Cássia falcata (em fôrma de fouce). Fedegoso, matapasto, tareroqui em tupinico (cás- sia sericea, sedosa). Pajomarioba, espécie descripta por Pisão e outros (cássia marcgraviana, mihi) (*). Cássia alata (com azas). Cássia herpetica, contra as empigens. A herva destas cássias é empregada como mundiíicativa e purificante em applicação exter- na, sobre as empigens, na inflammação do ânus, a que chamão doença do bicho e nos an- thrazes. A raiz em cozimento é considerada resol- vente das obstrucções do fígado, e principio de hydropisia; promove a ouriaa. As sementes são mucilaginosas subacres (um pouco acres), e tor- radas, fortificão os intestinos, como a infusão da galha (coffeae qucrneae potus). (*) Uma pessoa que vio o oiiginal donde foi traduzido este es- cripto, me referio a opinião de vários, sobre o serem muitas plantas que referimos como differentes, em casos semelhantes a estes, nomes do mesmo indivíduo, segundo differentes autores! E' maior trabalho do que aquelle a que nos resolvemos, sujeitar-nos a fazer esse exame a respeito de todos os casos, mas já o tínhamos feito a respeito de algumas plantas, saltcaJas, e visto na Flora Fluminense, que perten- cem a differentes indivíduos, os que vem em linha formando para- grapho, e isso mesmo se vê, comparando differentes lugares do origi- nal. Se houver alguma excepção, não pôde ser de grande importância, principalmente porque se não trata de um grande rigor scientiüco, e nos casos em que isso affectasse a matéria medica, não omiltiriamos as devidas cautelas, e avisos em quaesquer casos indecifráveis. 58 Malvaceas. Algodoeiro, aminüú (Gossypium vítifolium. com folhas de videira). As folhas novas, eas sementes, que são emol- lientes, prescrevem-se em cozimento contra a dysenteria; em fumigações contra os humores lymphaticos, e em emulsão para iujecções. As folhas, contusas e applicadas sobre as ulceras sórdidas, maravilhosamente as limpão. As folhas molhadas em vinagre applicão-se á cabeça ou testa, na enchaqueca. Passifloreas (floreas do que soSreu (em allusào aos martyrios), flor de uma das espécies). Maracujá (passiflora). Passiflora foetida. Passiflora hircina (de hircus, i, o bode). Passiflora hibiscifolia (com folhas de malvaisco). Todas três tem no Brasil o nome commum de maracujá do estralo. A herva é empregada em banhos e cataplasmas contra a erysipela e affec- ções inílammatorias da pelle. Tropoeoleas (talvez por imitarem de algum modo uma bandeira ou trophéo). Chagas da miúda (tropoeolum pentaphyllum, de cinco folhas). Herva antiscorbutica. 59 Anonaceas (talvez de annona, se, mantimentos). Araticú, araticum, (anona). Anona muricata (em fôrma de estrepe) é cullivada. Anona Marcgravii. Araticú-ponhé. Annona Pisonis. Araticú-apé. Atta, pinha, fructa do conde (anona squamosa) cultivada. As folhas frescas fritas espalhão cheiro des- agradável, proveniente do óleo volátil contido nos foliculos da teia cellulosa; dessa fôrma, ou mettidas em água a ferver, são empregadas para amadurecer postêmas. Anona palustris. Araticú-pana. Elogia-lhe as folhas Wrightius, accrescentando que são, como os ramos, semelhantes no cheiro á sabina, e que tanto ellas como os fructos, são anthelminthicos. Araticum do rio, ou do alagadiço (anona spi- nescens). A polpa do fructo, posta em cataplasmas sobre as ulceras e postêmas, fa-las amadurecer e purgar. 60 Capparídea9 (aleaparras). Páo d'allio, tapiá (crateva tapiá). As folhas contusas são úteis contra a inflam- mação do ânus e são maturativas. MUCILAGINOSAS INDIFFERENTES E GOMMOSAS. Comelineas Trepoeraba, traboerava (tradescentia diurelica). Herva saponacea, um pouco sobre o picante , usada em banhos e crysteis contra as dores rhcumaticas, constipação do ventre em conse- qüência do frio, e em injecções nas retenções de ourina espasmodicas. Marianinha, na Bahia e Maranhão; trapoeraba- rana, Bahia e Minas (commelina deficiens). Commelina communis. Herva que se applica Como a antecedeu te. Malvaceas. Quíngombô de cheiro. (Hibiscus (malvaisco) abel- moschus. Quíngombô ou alcea moscata, Pisão. As sementes são de um uso conhecido, a herva serve parafomentações e crysteis. Malva, tupitcha em tupinico, vassoura, no Rio Grande do Sul. (Sida carpinifolia, de carpinus, nome de uma planta, espécie de bordo, em latim). 61 Sida jamaicensis (da Jamaica). Sida rhombifolia. Sida multiflora. Sida althaeifolia, (com folhas, como as da althéa ou malvaisco). Herva emolliente, com o mesmo uso das malvas, usada em infusão nas sub-inflammações da garganta. Malvaisco em portuguez, guaxima em tupinico, (urena lobata, urena trilobata). Carrapicho, urucurana (urena sinuata). Qualquer destas hervas é emolliente, e em- pregada em cozimento nas eólicas provenientes de frio; a infusão das flores para a tosse inve- terada. Pavonia diuretica. O cozimento da herva contra a dysuria, (difficuldade de ourinarj. Malvaisco, Rio Grande do Sul (sphoeralcea cis- platina). Emprega-se o cozimento da herva nos cathar- ros pulmonares. Büttneriaceas (do nome do descobridor). Douradinha*, S. Paulo e Minas (Waltheria doura- dinha). A herva em cozimento nas affecções catarrhaes. 62 Mutamba, motamba, cm Angola, donde foi trans- portada ; ibixuina (guazuma ulmifolia, com folhas parecidas ás do olmo). Os fructos, gelatinoso-saccharinos. servem para o gado, e toma-se em cozimento, como emolliente, e huinedecentc. Sterculiaceas. Myrodia angustifolia (unctuosa de folha estreita). Fructas mucilaginosas. O sueco recentemente espresso, contra as ophtalinias. Pomaceas (de pomus , i, arvore fruetifera). Marmelleiro (pyrus cydonia). JNIui cultivada nas províncias austraes. Medi- cinaes , as sementes e a mucilagem. Leguminosas. Brincos de sahoy; angico em Minas. A gomina da arvore, derretida, é semelhante á do Senegal; apanha-se nos sertões da Bahia c de Minas. Cassuvias (cajueiros). Acajú, oacajú, caju, acajaiba (anacardium ocei- dentale). Caju cultivado (anacardium occidentale). Anacardium mediterraneum. Será a mesma planta silvestre ? 63 Anacardium humile (cajueiro pequeno) tem as folhas oblongas, e marcadas de linhas. A gomma do cajueiro tem o mesmo prestimo da gomma arábica. TERCEIRA CLASSE. PINGUI-OLEOSAS. EMULSIVAS Palmeiras. O fructo de muitas palmeiras do Brasil abunda em azeite que se extrahe pela pressão. Póde-se empregar puro, e também por meio da trituração se pôde misturar com água, formando uma emulsão amygdalina. Entre estas devem enumerar-se as seguintes: Bacaba, bacaba de azeite. (Oenocarpus bacaba) (do grego, que presta utilidade, útil.) A polpa do fructo é oleaginosa (productiva, geradora de azeite); o azeite que produz é doce. Coqueiro de dendê ou dente (eloeis do grego, adubo, guineensis de Guiné). Do fructo desta palmeira se extrahe, por pressão e fervura um azeite, que tem varias propriedades medicinaes. Gl\ Caiaué, Pará, Rio-Negro. (Elaeis melano-cocca, de casca preta.) O fructo é tão abundante cm azeite como o precedente. Coco de catharro; macaubá em tupinico (acroco- mia sclerocarpa , com a copa aguda). A polpa que envolve o caroço deve ser consi- derada mucilaginosa ; a amêndoa, como a da maior parte dos coqueiros, é oleosa. Murumurú, Pará (astrocaryum murumurú, de copa mui desenvolvida). Ayri (astrocaryum ayri). Tucum (astrocaryum tucum). Tucumá, Pará, Rio-Negro (astrocaryum tucumá). Jauari, Pará, Rio-Negro (astrocaryum jauari). Pissandó em tupinico. (diplothemium littorale, com ramos duplices littoral.) Coco da praya (diplothemium maritimum). Aricuri, Bahia; urucuri-iba (cocos coronata, coqueiro coroado). Coco de quaresma (cocos flexuosa, dobradiço). Coqueiro da índia, coco da Bahia, inaja-guaçu-iba (cocos nucifera). Curuá, Pará (attalea spectabilis, talvez attalea, por se parecer com alguma palmeira de uma região da Thracia , que tem esse nome em grego; spectabilis, digno de ver-se). 65 Indajá (attalea coinpta, enfeitada). Pindova. Urucuri, províncias do norte (attalea excelsa). Oauassu, nordeste do Brasil (attalea spectabilis). Todas estas espécies de coqueiros que temos mencionado, fornecem do núcleo das sementes (ou amêndoas) triturado com água, um leite vegetal ou emulsivo, cujo uso é vario em medi- cina, tanto interna, como externamente. A respeito do coco da Bahia só tenho a avisar, que nas ulcerações e inflammação do membro, é excellente remédio o banho na água do coco verde. Humiriaceas. Helleria abovata — tem sementes amygdalineas. Chrysobalaneas (que dão cachos em fôrma de bolotas áureas). Guajurú, oajurú, guajerú, abajerú (Chryso bala- nus icaco). Moquilea canomensis. Turiuva ou carapeirana, Pará (licania turiuva). Todas tem sementes amygdalinas. Canellaceas, Pacory ou bacuri, ibacuru-pari, bacoropary (Plato- nia insignis, moronobea esculenta), Tem sementes amygdalinas. H. M. T. 5 66 Lecythideas. Niá ou nha, em tupinico; castanheiro do Maranhão (bertholletia excelsa). Sapucaia, zabucaio, jaçapucaio. Está o autor em duvida a respeito de uma espécie cujo fructo Pisão no Livro do Príncipe, representa maior do que uma cabeça de menino, sobre se é a que traz Velloso , Tom. V. est. 88, com o nome de lecythis ollaria. Sapucaia branca, (Lecythis lanceolata, lecythis minor). O jaçupucaio de Pisão. (O que será?) Lecythis grandiflora. Estas e algumas outras espécies produzem se- mentes amygdalinas, semlhantes a castanhas, que se comem sós, ou em guizado, e com ellas costumão os índios engordar. O leite emulsivo preparado com as amêndoas, é com razão re- commendado como emolliente e envolvente, nas affecções catharraes, eprincipalmente no estado subinílaminatorio do systema urinario. Rhizoboleas. Piqui, piquiá (caryocar). Caryocar brasiliensis. Caryocar glabrum (liso, sem pelo). Caryocar buturosum (de butyrum manteiga). Acanthacaryx pinguis. 67 Caryocar tomentosum (farellento, que serve para enchimento ou para estufar). Todas tem sementes pingui-oleosas. Sterculiaceasa Chichá, Goyaz. (Sterculia chicha, mateatia cu- riosa). Chichá, Piauhy, Maranhão (sterculia lasiantha, pa- recida com assafetida). As sementes de uma e outra espécie são amyg- dalinas. UNGUINOSO - PINGUES. Buettneriaceas (butyrosas). Gacáo (theobroma). Cacáo (theobroma cacáo). Theobroma bicolor, de duas cores. Theobroma subincanum, esbranquiçado. Theobroma sylvestre. Theobroma microcarpum, aguçado. Productos, — as sementes, a manteiga de cacáo, &c. a primeira espécie é cultivada , as nutras silvestres. Myristiceas (unctuosas). Ucuúba (myristica sebifera). Vicuiba, bicuiba redonda, noz moscada do Brasil (myristica oflicinalis). 68 Myristica bicuhyba. O sebo semi-aromalico que produzem é recei- tado nas eólicas e dvspepsía. O óleo expresso dos caroços cozidos usa-se como unguento contra as dores rheumaticas, tumores arthriticos, &c. LIMPTOO-OLEOSAS. Bignoneaceas (gêmeas). Sesameas (do gergelim em latim). Gergelim , jerxeliin (sesamum orientale). Cultiva-se por causa do óleo das sementes. Leguminosas. Mundubi, mandobi, manobi (Arachis hypogoea, ervilhaca subterrânea). Mandupitiu,jarere. Sementes unetuosasfarinaceas. A respeito desta planta combine-se o que diz o autor em outra obra publicada em Munich em 1839, sendo a gravura delia a da estampa 968, Lineee (linhos). Linho (linuin usitatissimum). Cultivado a cada passo nas províncias do sul— Sementes úc Iinhaça, óleo. Uso medico em co- zimento das sementes, ou dynamisadas, contra as gonorrhéas, e outras inflammações das mem- branas mucosas. 69 Ochnaceas (preguiçosas). Gomphia parvíflora (em fôrma de estaca com pe- quenas flores). Ochna jabotapita, Velloso. Jabotapita, Pisão tomo 2.°, estampa 166. O azeite expresso dos fructos é doce e serve para temperos. AMARGO-OLEOSAS. Euphorbiacea. Mammona, carrapateiro, Brasil; bafureira, por- tuguezes d'África (ricinus). Ricino commum. Ricino verde. Ricinus inermis. Os fructos aproveitados em toda a parte. O óleo expresso, azeite de mammona, de uso co- nhecido para luzes e como purgativo e anthel- mintico em medicina. Nhambu-guaçú , figueira do inferno. Noz da índia, noz de Bancoul(aleuritismoluccana, densa das Moluccas). Arvore mui conhecida; produz excellente azeite, que contém uma certa acrimonia. Em- prega-se em unguento contra as dores rheuma- ticas. 70 Nhandirobeas. Fava de S. Ignacio (feuillea trilobata). Nhandiroba. Feuillea cordifolia, Velloso. O óleo expresso das sementes é amargo e em- pregado nas dores provenientes de frio. Guapeva, S. Paulo; fava de S. Ignacio, Minas (hypanlhera guapeva). As sementes deste arbusto trepador, são ainargo-oleosas, e de um admirável effeito na ictericia, em pequena dose, 1 a 2 sementes, muitas vezes repetida ; em maior, tornão-se um purgante violento. Jabotá, fava de S. Ignacio, Rio, Minas (anisos- perma passiflora). Feuillea passiflora, Velloso. As sementes, castanha de Jabotá, do bugre, fava de S. Ignacio, fornecem um óleo amargoso euma matéria sebacea suave e resinosa, que se elogia como da mais rara eflicacia entre os antí- dotos e estomachicos. Prescreve-se em raspas na dose de 1 a 2 drachmas, contra a dyspepsia , flatulencia, constipação do ventre, espasmos das regiões intestinaes; em dose maior, purga. Feuillea monosperma. O mesmo uso das sementes. 71 Meliaceas. Andiroba, angiroba, nandiroba, nas províncias do nordeste (carapa guaianensis), O óleo amargo, emprega-se externamente em feridas, principalmente nas que resultão das pi- cadas de borrachudos e nas empigens. QUARTA CLASSE. SACCHARINAS. Gramineas. Canna, cuina de assucar; vibá, tacomaree (saccha- rum ofíitinarum, arundo saccharifera). Sapé, Minas (será o caapim-peba de Marcgrave ?) (anatherun, bicorne). A raiz eia cozimento é diluente e sudorifica , e eqüivale á raiz de grama. Grama da praia, Bahia. (Stenotaphrum glabrum). A raiz tem os mesmos usos que a precedente. Gynerium saccharoides. Vuba (arundo sagittaria, canna com seta). Gynerium parvifloruin. A raiz saccharino-inucilaginosa, desta e da planta precedente, concorda em propriedades com as espécies phragmite e donace da canna 72 européa. O cozimento da raiz é próprio contra a queda dos cabellos. Musaceas. Pacobeira, bananeira da terra, pacoeira (lausa sapientum). Bananeira de S. Thomé, pacobuçú ou banana (musa paridisiaca). Ha diversas outras espécies ou variedades. O fructo come-se crú, cozido, assado, e secco. Do mesmo fructo se faz vinho. Palmeiras. Buriti, bruti (mauritia vinifera). Extrahe-se do tronco um sueco saectarino. A polpa do fructo prepara-se com assucar. Varias outras palmeiras brasileiras contém um sueco saecharino. Solaneas. Bringela, beringela (solanum ovigerum, ovigero, em conseqüência da fôrma das sementes que contém o fructo). Belingela, espécie que Sprengel confundio com o solano macrocarpo, espécie peruviana. Tomate (solanum lycopersicum, lycopersicum es- culentum). Faz-se delles o mesmo uso que no sul da 73 Europa, o ultimo é empregado pelos negroí para philtros. Cucurbitaceas (do latim cucurbita, a cabaça). Melancia; jacé, anguria (cucurbita citrullus). Aboboreira grande (cucurbita potiro). Jurumú, jeremú (cucurbita máxima). Aboboreira das abóboras meninas (cucurbita pepo). Variedades cultivadas, moganga, porqueira, chila &c. Velloso. Gucurbita ceratocreas.—Será a mesma que a cucur- bita odorifera de Velloso ? Melão (cuccumis melo). Papayaceas. Mamoeira, mamão (carica papaya). Carica papaya, carica mamaya, dous indivíduos d'outra espécie, masculino e feminino, descriptos por Velloso. Jaracatiá (carica dodecaphylla). Carica digilata, allasia jobini, Velloso. O fructo come-se crú, assado, e cozido, equipara-se em propriedades ao melão. Posto em cataplasmas, cura as feridas e ulceras. Leguminosas. Engá (Ingá edulis). Ingá opeapiiba (ingá dulcis). 74 Ingá cordíslipula (com espiga em fôrma de cora- ção). Mimosa plana. Ingá tetraphylla (de quatro folhas). Mimosa tetraphylla. A polpa que envolve as sementes é mucilagi- neo-doce. Alcaçuz, S. Paulo, Minas (periandria dulcis). Glycirrhiza mediterrânea. Substitue-se á raiz do alcaçuz europeu. Hymenaea stilbocarpa. Hymenaea courbaril. Hymenaea stignocarpa. Hymenaea courbaril. Jataibá (se não pertence antes a alguma das espé- cies anteriores). A polpa secca que envolve as sementes é doce e peitoral. Rbamneas. Juá, joazeiro (zizyphus joazeiro). Usa-se o fructo como a jujuba. Anonaceas. Araticú (anonae varia?, varias plantas com este nome). Anona muricata, com fôrma de estrepes, é cul- tivada. 75 Anona Marcgravii, de Marcgrave. Araticú-ponhé. Anona Pisonis, de Pisão. Araticú-apé. Anona reticulata. Araticú do mato (rollinia silvatica). Anona sylvestris, Velloso. Atta, fructa da condessa (anona obtusiflora). Atta, pinha, fructa da condessa ou do conde (anona squamosa). Anona reticulata. Anona cherimolia. O fructo de todas é por alguns considerado mui agradável, mas eu não lhe acho o mesmo sabor. Póde-se delles fazer vinho. Sapotaceas. Os fructos das sapotaceas são gommoso-sac- charinos de menor importância. Abiu, abi (lucuma caimito). Labatia reticulata. Também pertencerá a esta ordem a guapeba lauri-folia de Gomes ? Lucuma rivicoá. Talvez que esta tenha aífinidade com a guiti-toroba de Pisão. Sapote (achras sapota). Sapote grande (achras maminosa). 76 Miinusops subsericea, achras balata. Maçarandiba, sapotacea ainda não descripta, será um achras? (Pereira silvestre, soromenho). O fructo é saccharino peitoral. Apocyneas (análogas a figueiras). Mangaba (hancornia). O fructo gommoso-saccharino-vinhoso-acido, delicioso, come-se crú, ou em doce. Mangaba brava (hancornia pubescens), com penu- gem. Hancornia speciosa, formosa. Ribeira sorbilis. Hippocrateceas. Saputá (nome commum a differentes espécies de anthodi) plantas cheirosas ou floridas ? O fructo mucilaginoso-saccharino, come-se. Chrysobalaneas (que produzem fructos parecidos a bolotas douradas). Uiti, oiti, guiti (Moquilea). Moquilea grandiflora, será a que traz Zucca nas actas da Acad. de Monac. de 1832 a pag. 388? Oiti-coroiá, guiti-iba, guiti-guaçú—Aqui se devem accrescentar outras espécies : Oiti da praia, guiti-miri (pleragina odorata). 77 Em Marcgrave apparecem duas figuras na es- tampa 115 , sendo a do lado direito repetida. Oiti-cicá, catingueira, no sertão de Pernambuco (pleragina umbrosissinia). A polpa que envolve o fructo é saccharina, grumosa, de sabor doce, e odorifera. Em Per- nambuco vendem-se estas fructas no mercado. Laurineas. Abacate ou avacate (persea gratíssima). Arvore geralmente cultivada por causa do seu delicioso fructo, e que na província do Pará cresce espontaneamente. O fructo chamado nas Antilhas inglezas—alligator-pear , ou vegeta- ble marrow, come-se ao jantar com sal e pimen- ta, ou com assucar ou calda. QUINTA CLASSE. ÁCIDAS. Zingiberaceas, Canna de macaco (costus, nome de um arbusto odorifero em latim.) Paco-catinga, canna do mato, periná. Costus spicatus. Costus arabicus. 78 Ubacaya (costus spicatus). Costus cylindricus, Pará, Rio-Negro. Costus anachiri, idem. O sueco de todas estas hervas é mucilaginoso- acidulo, refrigerante, antifebril e próprio nas dores nephriticas e na gonorrhéa. Begoniaceas. Azedinha do brejo, herva do sapo (begonia). Begonia ácida. Begonia acetosa. Begonia bidentata et sangüínea. Begonia cuculata, de capello. Begonia hirtella, felpuda. Begonia undulata, achamalotada. Begonia platanifolia. Muitas outras espécies são iguaes em virtudes ás enumeradas. O sueco espremido da herva é oxalico-acidulo-refrigerante, e costuma-se em- pregar nos catarrhos vesicaes. A herva emquanto tenra é uma hortaliça hu- medecente. Oxalideas (que tem ácido oxalico, azedas, vinagreiras). Azedinha, trevo d'agua, trevo azedo. (Oxalis.) Oxalis repens, rasteira. Oxalis fulva, ruiva, Minas. 79 Oxalis cordata, folha em fôrma de coração, Minas, Goyaz. Oxalis barrelieri, de Barrelio. Oxalis martiana, de Martius. Oxalis bipunctata, urbica, floribunda, violacea. A herva destas e de muitas outras espécies, abundando em ácido oxalico, recommenda.se para variado uso doméstico, ao chimico e ao medico. Caramboleiro (averrhoa carambola). Bilimbino (averrhoa bilimbi). Nopaleas (de nome de uma planta). Figueira da índia, jamacarú em tupinico (cereus, cirio). Cereus triangularis, opuntia (figueira da índia) bra- siliensis. Cactus, cereus Arrabida?. Jamacarú de Marcgrave (cereus geometrizans). Cereus pentagonus. Cumbéba ou jamacarú de Pisão (cereus variabilis). Jamacarú 6.' de Pisão, opuntia (figueira da índia) brasiliensis. Cactus (cardo) arboreus. Rhipsalis pachyptera. Cactus phyllantus, cardo purpureo ou purpurifero. Canambaya. Marcgrav., no Lív. do Princ. a pag. 381. 80 O sueco dos fructos, acidulo-doce, mucilagi- noso, antiscorbutico, actua sobre o systema ourinario, e tinge as ourinas cor de sangue. Dá- se nas febres gástricas e biliosas como refrigerante. Applica-se a polpa crua dos bagos sobre as feridas de má qualidade. Os fructos inchados (por ama- durecer) e os talos contusos, servem para o trata- mento das chagas sórdidas. Leguminosasa Tamarindo (tamarindus indica). Jubay. A arvore, exótica, é cultivada em toda a parte e a polpa dos fructos tem os mesmos usos que na Europa. Mari-mari ou cannafistula dos grandes (cássia [ca- tharto-carpus persicus] brasiliana). Cássia (íistula) sclerocarpa. Tapyracoiana. Cannafistula (cássia [catharto-carpus persicus] íistula). Cannafistula menor (cássia medica). E' exótica. Usão-se a polpa e os fructos. Passifloras. Murucujá ou maracujá (muitas passifloras tem este nome). 81 Maracujá, murucujá, mamão (passiflora alata, com azas). Passiflora quadrangularis. Passiflora maliformis, com fôrma de martello. Sururucujá (passiflora albida). Suspiro (passiflora edulis). Passiflora incarnata. Passiflora sururuca. A polpa do fructo, acidulo-doce gelatinosa, é confortante, ou tomada fresca, ou feita em calda. Seguem-se fructos que se podem chamar ver- dadeiros fructos da estação no Brasil, em parte cultivados, acidulo-doces. Bromeliaceas. Nana ou ananaz (ananassa sativa). Aurantiaceas (agrumae , fructos citrico-acidos\ Laranjeira, fruto laranja (citrus aurantia). a Laranjeira da terra (citrus efferata, bravia, citrus vulgaris). p Citrus aurantium. Subvariedades 1 Laranja selecta. 2 Laranja da China. 3 Tangerina (de Tanger n'Africa) pequena. 4 Tangerina grande. 82 5 Laranja secca. 6 Laranja de umbigo. Citrus decumana. Limoeiro (citrus medica). a Limoeiro do mato (efferata . spinosissima). p Citrus iimonum, fructo limão. 1 Limão azedo. 2 Limão francez. -y Citrus medica. 1 Cidreira, fructo acidulo cidra. 2 Zamboeiro, o fructo maior insipido; pomo de Adam, ou em Assyrio, zamboa. £ Limeira (limetta). 1 O fructo menor doce (lima ou lima de umbigo). 2 O maior fragrante , vergamote. Uso variado. Os índios administrão freqüen- temente , e com o mais decidido effeito, contra as febres intermittentes, uma bebida composta d'agua com sueco de limão e sal de cozinha. Myrtaceas, Pitangueira (eugenia uniflora): eugenia é o nome de uma espécie de uvas em latim. Ibipitanga. Eugenia Michelii, plinia rubra. O fructo, pitanga, recommendavel pela cor, cheiro, sabor acidulo-doce, com razão é con- 83 tado entre os mais bellos presentes da natu- reza. Preparão-se com elle calda, vinho, e vina- gre , que tem vários usos medicinaes. Grumixameira (eugenia brasiliensis, eug. gru- inixama). O fructo, grumixama, mucilagineo-sacchari- no, mais secco que o precedente, um pouco adstringente , tem os mesmos usos. Jaboticabeira (eugenia cauliflora, que tem o talo florido; com flores sesseis). O fructo, jaboticaba , pôde comparar-se ao precedente em sabor e propriedades. Cambuhy (eugenia crenata, com as folhas recor- tadas) . Guaviroba , Rio Grande do Sul (eugenia varíabilis). Guaviroba ibidem (eugenia xanthocarpa, verde?) Guaviroba, Pará (eugenia myrobalana, de myro- balanum , nome latino de certa planta). Pitangueira do mato, S. Paulo (eugenia ligustri- na, nome do allineiro em latim). Uvalha, S. Paulo (eugenia uvalha). Cagaiteira (eugenia dysenterica). Estas e varias outras espécies produzem fruc- tos acido-dôces, mais ou menos saccharinos , e ao mesmo tempo subadstringentes, que cultivados se podem tornar excellentes. A eugenia uvalha e a dysenterica abundão em ácido jnalico. 84 Ignora o autor o que seja a guabiraba de Pisão, Guabiroba, Rio Grande do Sul (myrtus mucrona- ta, aguçada). O mesmo que a respeito das precedentes. Araçá em tupinico (psidium, nem em latim nem em grego encontramos nome parecido). Araçá-mirim, araçá-iba (psidium araçá, psidium pyriferum, que produz pedra). Psidium, guajava. a Guaiába (pyriferum). p Araçá-guaçú (pomiferum). Guaiaba-rana, isto é, silvestre, Rio Negro (psi- dium acutangulum). Psidium incanescens , esbranquiçado, S. Paulo. Psidium pubescens, com penugein, Pernambuco. Psidium cattleyanum. Guabiroba. Viagens de Martius, tom. 2.° pag. òbli, n.° 59. Psidium albidum. As espécies referidas de psidio e outras , pro- duzem fructos comestíveis, insignes pela sua ma- téria saecharina, e pela feliz união da mucilagem com o principio adstringente, o que os torna nutritivos e corroborantes dos intestinos. Crus são muito estimados, mas preferem-se cozidos ou em doce. 85 Jambeiro (jambosa vulgaris, eugenia jambos), im- portada da índia. Rosaceas. Silva (rubus). Rubus jamaicensis, rubus idaeus de Velloso, e não o de Linneu. Rubus brasiliensis. O que será o rubus occidentalis de Velloso Tom. 5.°íig. 82? Os fructos das sarças ou silvas brasileiras, amoras de silva, compostos de ácido malico, assucar, gelatina, e de um extractivo vermelho, disputão com os melhores da Europa em sabor, e propriedade para xaropes, geléas, robes, águas distilladas , e o demais. Pomaceas. Marmelleiro (Pyrus cydonia, pereira de Creta). Uso conhecido. Anacardiaceas, Mangueira (inangifera indica). Mangaiba, Pisão e Velloso. Arvore importada da índia oriental, culti- vada por toda a parte entre os trópicos. O seu fructo assaz conhecido é aciduro-saccharino, terebenthinaceo, e verdadeiramente ambro- siaco. 86 Acaju, caju, oacajú. Veja-se acima a pag. 62. O sueco expresso do pedicello fruetifero é re- frigerante, antiphlogistico. Póde-se delle fazer vinho e vinagre. Burseraceas. Myrobalana, imbuzeiro, acaya (spondias venu- losa). Spondias myrobalanus. Imbuzeiro, imbú, ambú, umbu, umbu (spondias tuberosa). O sueco expresso dos fructos dá-se nas fe- bres ; com a&sucar e leite faz as delicias da sobre- mesa nos sertões da Bahia e Pernambuco : im- busada é o nome que lhe dão. Sapindaceas. Melícocca bijuga ; canopy tree, em inglez , arvore de docel. Planta que deve ser introduzida das Antilhas inglezas. O fructo recommenda-se por uma polpa suavemente vinhoso-acidula e por um nú- cleo amygdalino. Clusiaceas. Abricot (MauMnea americana). Arvore introduzida das Antilhas nas provín- cias septentrionaes. Fructo grande, parecido 87 em cheiro e sabor com as ameixas, ys sementes são anthelminticas. Canellaceas. Pacory ou bacory (platonia insignis). V. supra. A polpa do seu fructo é elogiada, principal- mente em doce. Crescencias. Cuieté, choyne (melhor choíté) (crescentia cujete). A polpa dos fructos inchados (entremaduros) dá-se em doce contra o calor da febre; maduros, usão-se em cataplasmas para abrandar as dores de cabeça. Seguem-se outras fructas sylvestres de menor importância. Urtigaceas. Ambaúva de vinho, ou mansa, Pará, Rio-Negro (pouroma cecropicefolia , pouroma , talvez por se encontrar em qualquer parte , cecropiae folia, pela parecença com alguma planta atheniense ou outra que já recebeu esse nome). Pouroma acuminata, aguçada. Pouroma bicolor, de duas cores. Fructo acidulo-doce-mucilaginoso, de bom sabor, roborante, e digno de ser melhorado pela cultura da arvore. 88 Olacineas (odoriferas, de olax, fieis). Ameixieira da terra, espinheiro da ameixa (\ime- nia americana). Fructo semi-acido doce, ameixa, come-se em doce. Malpighiaceas (de Malpighi, nome de homem). Mureci (byrsonima [de casca supérflua] verbasci- folia). Byrsonima chrysophylla , com folhas cor de ouro. Varias espécies de byrsonimas produzem fruc- tos carnosos acidulo-saccharinos, que se dão em doce aos febricitantes. Rubiaceas (de rubia, ruiva, planta dos tintureiros). Jenipapeiro, jenipaba, Pisão; jcnipal, Thevet (jenipa brasiliensis,jenipa americana de Velloso, e não de Linneu). Os fructos maduros tem um sabor algum tanto austero, pútridos, parecem-se com as nesperas da Europa. Em doce são melhores do que crus. São, como as guaiabas, de grande efficacia con- tra o fluxo de ventre, segundo Pisão. 89 SEXTA CLASSE. AMARGAS. AMARGO-AMYLACEAS. Liicheos (musgos). Canduá, Minas (cladonia sangüínea, côr de sangue). Cladonia neglecta (desprezada) pyxidata (em fôrma de boceta) pityrea (que tem alguma fôrma de pinha); e outras. Todas estas espécies, trituradas com água, fa- zem um julep , que indicão para curar as aphtas das crianças. AMARGAS COM MUCILAGEM. Liycopodineas (de lycopodium , pé de lobo , espécie de cogumelo). Selaginella convolula (revolvida ; lycopodium hy- gromelricum , indicador da humidade). A herva desta raiz, que é dotada de uma ad- mirável virtude hygrometrica, contém uma ma- téria extractiva de sabor, com um travo amargo incitante ,, junto a partículas salinas, &c. Actúa sobre as membranas mucosas, e principalmente do systema genito-ourinario. Passa, não sei se com razão, por efficaz para curar a impotência, 90 tomada em cozimento; devendo somente lem- brar que na índia oriental varias lycopodineas análogas são tidas como poderosos aphrodi- siacos. Nyctagineas (nocturnas). Tangaraca, herva tostão (boerhaavía, do nome de um medico, hirsuta, pelluda). O sueco da herva com travo amargo é resol- vente, nas obstrucções de figado , ictericia, &c. Compostas. Suçuaya, tupinico. (Elephantopus Martii, com fi- gura de elephante.) A raiz abunda em extraclivo amargo, com principio adstringente, precipitando o ferro em verde, com resina balsamica, alcali malico, salpinia echinata, caesalpinia vesicaria,. O páo brasil, ou côr de brasas, que deu o nome ao império, deve também ser memorado entre os remédios adstringentes, corroboran- tes, e seccantes. Reduzido a pó finíssimo e mis- turado com o das folhas de aroeira, é optimo para fortificar as gengivas. ADSTRINGENTES UNIDAS A MUCILAGEM. Bignoniaceas. Ipé contra sarnas, Piauhy (Tecoma impetiginosa;. A casca da arvore contém stryphno junto a parles mucilaginosas e amargas. Usa-se o cozi- mento em lavagens, banhos, e injecções contra 117 as empigens , inflammações arthriticas por debi- lidade, leucorrhéa, catarrho da uretra. E' o icon edenda de Martius, nas suas estampas médicas e econômicas brasileiras, est. 80. Ipé, tupinico, Rio Grande do Sul (tecoma ipé). Dá-se o cozimento adstringente da casca, que também abunda em mucilagem, em gargarismos, contra as ulceras syphiliticas da garganta , e em fomentações, contra as empigens. O uso das folhas é o mesmo que o da casca, mas é mais brando, e passa por útil na blennorrhéa dos olhos; unta-se o sueco espremido de fresco em caso de espasmo das palpebras. Verbenaceas. Vitex tarumá. Arvore das províncias austraes, onde é conhe- cida com o nome de tarumá. Emprega-se o cozimento da raiz nas affecções syphiliticas atô- nicas. (Os bagos, como os dos outros agnocastos, por exemplo, do que Marcgrave chama copi-iba a pag. 121, devem ser contados, talvez, entre os fructos mucilaginosos e peitoraes.) Cordiaceas. Ipé branco. Rio Grande do Sul. (Patagonula vul- neraria.) As folhas desta arvore são elogiadas entre os 118 vulnerarios de summa eflicacia , pelos habitantes das províncias austraes, e principalmente para a inflammação syphililica das glândulas ingui- naes. Contém chlorophyllum (sueco verde herba- ceo) stryphno (principio astringente) que precipita o ferro de côr verde, matéria amarga, solúvel em alcohol e água, com côr loura, extractivo gommoso ; e nas cinzas: subcarbonalo de potas- sa, chlorureto e sulfureto de potassa, carbonato de cal e silicea. Loganiaceas. Anabi, Pará, Rio-Negro (potalia resinifera). O cozimento das folhas é empregado em loções contra as ophtalinias leves e doenças das pal- pebras. Compostasa Tangaraca (eclipta crecta, eclipta paluslrís, das lagoas ou pântanos). O uso desta herva, quasi cosmopolita entre os trópicos, e abundante em stryphno , junto á mu- cilagem e a partículas salinas, é contra a diar- rhéa. O cozimento frio detém o ventre , c delle costumão igualmente usar para tingir os cabellos de preto. Leguminosas. Poinciana pulcherrima, muito bonita. 119 As folhas desta pequena arvore lindíssima, que foi introduzida da índia oriental, abundão em stryphno, que se acha unido a extractivo amargo, a uma matéria colorante vermelha, e a mucilagem. O cozimento, amargo, possue leves propriedades adstringentes e envolventes. Costu- mão emprega-lo em gargarismos contra a rou- quidão e inflammação da garganta, e usado internamente em maior porção, aííirma-se que é admirável remédio nos catarrhos pulmonares. A raiz, que é acre e amargosa, é approvada para as febres terçãas. Chrysobalaneas. Guajerú, tupinico (chrysobalanus icaco). A raiz, a casca e as folhas sãoinculcadaspara a diarrhéa chronica, blenorrhéa da uretra, leu- corrhéa, e mesmo para as câmaras de sangue. Dilleniaceas. Sambaibinha, cipó de carixó (davilla tetracera, quaternária). Davilla elliptica e davilla rugosa (davilla brasiliana, hieronia scabra.) Tetracera oblongata e outras famílias aflins. As folhas adstringentes e mucilaginosas des- tes arbustos , aproveitão nas inchações dos tes- tículos procedentes de abusos venereos, ou de 120 effeitos de equilação , costumando empregar-se em applicações ou fumigações. Turneraceasa Turnera opifera. Herva branda c comtudo adstringente, usada no interior de Minas contra os embaraços de ventre e a dyspepcia. Ochnaceas. Gomphia exasperma. A casca deste arbusto, que se dá na provín- cia de Minas, é vulneraria, e usada contra as chagas dosanimaes, provenientes de picadas de insectos. ADSTR1NGENTES-AMARGAS , PROVIDAS DE ELEMENTO ALCALÓIDE. Rubiaceas. Chinchona reinijiana. Cinchona de Velloso. Cinchona ferruginea. As espécies de cinchona, reduzidas por De Candolle ao gênero das remijias, dão-se nas montanhas de Minas, ministrão uma casca febrifuga, que com razão se substituo á quina verdadeira, e são chamadas pelos moradores quina do campo, da serra , ou de rcmijio. 121 Quina de Cuibá (quina cuiabensis). Cinchona firmula. Cinchona lambertiana , Rio Negro. Cinchona bergeniana, Rio Negro. Cinchona macrocnemia , Rio Negro. Estas espécies, que em parte se colhem nos confins do Peru, e cuja casca é efficaz, deverião ser-nos trazidas pelo commercio. Quina do Piauhy, de D. Diogo, de Diogo de Souza, Piauhy, Bahia. (Exostema souzanum). Quina do mato, no Brasil oriental (exoslema cus- pidatum). Exostema australe. Quina do Rio de Janeiro (exostema formosura). Quina de Pernambuco (coutaria speciosa). Quina do Rio de Janeiro (buena hexandra). Asstirpes (troncos) aqui nomeadas, todas tem uma casca febrifuga, e que com o mais eximio effeito faz as vezes da verdadeira casca peru- viana. Seria muito para desejar que se investigas- sem chimicamente as cascas de todas estas plan- tas, para se chegar a conhecer com mais exac- tidão, de que elementos febrifugos cada uma dei- las seja composta. Vários autores dislinguirão nas plantas cinchonaceas o cinchonino, chinino, aricino, pitayino, blanquiráno, buenino, e 122 montanino; que talvez não sejão mais que o amargo da nova cinchona; com que direito porem isso fosse feito, qual seja a composição de cada um desses princípios, com que maneira de ve- getação se desenvolvão e transformem uns em outros , é o que ainda não consta. Em semelhan- tes exames acharia digno emprego o estudo dos chimicos e botauicos brasileiros. ADSTRINGENTES rROVIDAS DE CAFFEINA. Cafeeiro ou cafezeiro (coffea arábica). Arbusto introduzido das Antilhas, cuja cultura, mui diflusa nas províncias orientacs (marítimas) do Brasil, constitue um dos seus principaes ramos de agricultura. A infusão das sementes acabadas de colher, com a maior razão se tornou notável pela sua efficacia na gota artetica (in arthritide). Sapindaceasa Guarana-uva (Paullinia sorbilis). Das sementes deste arbusto se prepara cm vários lugares do Brasil equatorial, principal- mente pelos índios Mauhe, das margens do Ma- deira inferior , o remédio chamado guaraná, que em fôrma de pães de figura elliptica ou glo- bosa, é levado pelo commercio a todas as partes 123 do império, e se considera como panacéa dos peregrinos, sendo inculcado para muitas molés- tias. O primeiro que delle fez um exame chimico foi meu irmão Theodoro Martius em 1826, c achou que se compunha de stryphno, que preci- pitava o ferro em verde , de resina, de óleo gor- do verde, gomma, amido, fibra vegetal e de uma substancia alva chrystallina, amarga , que cha- mou guaraninum , substancia esta, a que é prin- cipalmente devida a eflicacia do remédio. Achou- se por outras analyses, cuidadosamente feitas, que esta substancia é suigeneris, mas não alca- lina, e sim composta dos mesmos princípios ele- mentares que o theinum e coffeinum; o que foi comprovado em 1837 sobre o guaraninum, obtido na fôrma a mais pura. O uso da massa de guaraná reduzida a pó com água e assucar, é multiplice no Brasil, e nem sempre com os melhores resultados. Passa vulgarmente por estomachal, antifebril e aphro- disiaco. Além de outros, actúa sobre o syslema dos nervos gástricos intestinaes, tanto excitando, como reprimindo. Cohibe a demasiada sensibi- lidade do plexo intestinal, diminuindo por isso os ataques febris, corrobora o estômago e os intestinos, e principalmente impede a excessiva evacuação de muco, excita algum tanto os mo- m vimentos do coração, e artérias e augmenta a dia- phoresis. E' tida portanto como um nobre remé- dio : nas febres , ou estado da sensibilidade , auginentado em conseqüência de resfriamentos , . ou por exposição a chuvas , ou insolação, dema- siada agitação do corpo , soffrimentos d'alma , vigílias prolongadas, e algumas vezes nas eóli- cas , flatulencía , anorexia (fastio), enxaqueca nervosa, seceura de pelle. É contraindicado pelo estado derepleção das vísceras abdominaes, saburra, e disposição do sangue para a cabeça. Excita o appetite venereo, mas diz-se diminuir a fecundidade do sperma. Ternstroemiaceasa Chá, chá da China, chá da índia (Thea). Chá verde, chá bohei (thea viridis, thea bohea). Arbusto importado da índia, e cultivado pro- miscuamente no Rio de Janeiro, S. Paulo e Mi- nas. As folhas do chá, por causa da coffeina em que abundão, são notadas entre os adstringen- tes e aromaticos, depois do café , e do guaraná, que possuem o mesmo principio. ADSTRINGENTES COM MUCILAGEM E PARTÍCULAS i AROMAT1CAS. Filiaceas. Avenca , avencão (adiantum). 125 Adiantum cuneatum, á semelhança de cunha. Adiantum subcordatum. Adiantum conicum, adiantum truncatum, adian- tum betulinum. Adiantum tenerum, adiantum trapeziforme. Adiantum radiatum. Gymnograme calomelanos. Acrosticum álbum. Cheilanthes spectabilis. Cheilanthes brasiliensis. Pterys (feto) leptophylla, pteris decurrens, pteris spinulosa. Pteris pedata, pteris laciniata. Pteris palmata, pteris elegans. Pteris varians et collina. Asplenium (douradinha) regulare, asplenium triste. Asplenium brasiliense. Asplenium sulcatum, aspleniuin Scholü,asplenium adiantoides. Todos os fetos (samambaya em tupinico) que aqui enumeramos, tem analogia com a avenca européa, chamada cabellode Venus, eserecom- mendão, como peitoraes, na rouquidão, reple- ção pituitosa dos pulmões, etc. As avencas são mais emollientes e diaphoreticas, os cheilanthes epterides são antes adstringentes; as asplenias tem uma leve acção no systema ourinario. 126 Ilicineas (azinheiras). Caa-mirim , tupinico; herva de paio, mate, congo- nha verdadeira (ilex paraguariensis,. Variedades—Aculifolia. Obtusifolia , — choinelia amara, Velloso. A herva do Paraguay com as espécies afíins que se seguem, é considerada com razão, cutre os preciosos diaphorcticos e diureticos. Contém ácido tnnningenico. extractivo que tinge de amarello, „ e p, vestígios de matéria alcalói- de, se esta se não deve antes considerar como pertencente ao principio amargo. Congonha (ilex congonha, cassine gongonha, my- ginda congonha). A folha do arbusto, que dá na província de Minas, c tem ahi o nome de congonha, usa-se em infusão, como a verdadeira herva do Para- guay. Ilex thcezans. O mesmo que a respeito da precedente. Erythroxyleas (sumagres). Cuca , em peruviano, coca hespanhol, ypadú tu- pinico (erythroxylon coca). Consulte-se a : Dissertacion sobre ei aspctto , cultivo, commcrcio e virtudes de Ia famosa plan- 127 ta dei Peru, nombrada coca , por ei Dr. 1). José Hipolito Unanúé. Lima 179/i , pag. 45. O pó das folhas seccas, de admirável effeilo sobre o systema nervoso, e principalmente sobre o cérebro, é digno de ser novamente observado, e aceito entre os remédios clássicos da matéria medica. Myrtaceas. Guabiroba, Rio Grande do Sul (eugenia depaupe- ra ta). Eugenia varíabilis e Eugenia xanthocarpa. Estas murtaceas que na província do Rio Gran- de do Sul são designadas pelo nome commum de guabiroba, produzem folhas levemente adstrin- gentes, e usadas contra a diarrhéa raucosa, ca- tarrho da bexiga e da uretra, e relaxação do in- testino recto. Contém estas folhas: principio herbaceo verde, matéria amarga que tinge de amarello, solúvel em alcohol c em água, stryphno, matéria fusca gommosa, não solúvel em alcohol; e na cinza : potassa unida aos ácidos carbônico, muriatico e sulfurico, calcarea carbônica e si- licea. Uso interno em infusão, externo em cn s- teis, lavagens e fomentações. ADSTRINGENTES UNIDAS A UM ÓLEO ACRE. Samambaia, tupinico; feto, feto macho (polypo- dium). 128 Polypodium sepultura, acrostichum lepidopteris). Polypodium incanum, polypodium squalidum. Polypodium percussum, polypodium lycopodioides. As espécies referidas e outras mais , abundão em stryphno, matéria gommosa e óleo acre, e são empregadas contra os vermes, do mesmo modo que na Europa o aspidium filix mas. Polypodium aureum, polypodium auratum. Pteris arachnoidea, pteris caudata. O sueco da raiz, com sabor mucilaginoso- austero , subdoce e vellicantc (beliscante, pican- te) , tem propriedades adstringentes, e é diapho- retico e expecíorante. O uso da raiz fresca, con- fusa e de infusão em água quente, não é para desprezar na rouquidão chronica, bronchites chronica, e engorgitamento pituitoso dos pul- mões. Rabo de bugí (alsophila armata, polypodium acu- leatum). A haste ou caule da planta (rabo de bugí) abun- dante em mucilagem e matéria adstringente, é envolvente, expectorante, e com o maior en- thusiasmo elogiada por alguns médicos, para o estado subinflammatorio das membranas mu- cosas , hemoptysis e outras moléstias. Leguminosas. Angelim , angali (andira). 129 Angelim coco ou urarema (andira stipulacea, lum- bricidia legalis). Angelim amargoso ou aracuy (andira anthelmintica, lumbricidia anthelmia). Andira spinulosa, Andira vermifuga. Andira ibaiariba, andura obaja-miri (andira rosea). A semente destas espécies também se deu a conhecer na Europa, como um famoso vermifu- go. Deve comtudo usar-se com grande cautela, porque em dose maior procede como veneno , perturbando fortemente o ventre, e produzindo vômitos. Umari, mari, tupinico, Bahia ePernambuco (geof- fraea spinosa). O mesmo uso das sementes que os prece- dentes. Inimboja ou silva da praia (guilandinabonduc). A raiz deste arbusto maritimo contém na en- trecasca : resina amarga unida a stryphno. Em dose bastante grande produz o vomito. O pó da semente é confortativo. Anacardiaceas. Manga (mangifera indica). Vid. supra. As sementes são amargas e anthelminticas. A casca da noz (caroço, segundo julgo) contém um sueco resinoso, da mais excessiva acrímonia, que Jí. V. T, 9 130 costumão empregar para corroer as verrugas, e a que se deve attribuir o facto, de que as nozes (caroços) envolvidas em couro e trazidas in nu- ga (*) admiravelmente aproveitão nas ophtalmias chronicas escrofulosas. O sueco dellas, mistura- do com unto, fôrma um unguento epispatico. OITAVA CLASSE. ACRES. ALGO-AMARGO-ACRES, COM PRINCIPIO ACRE JUNTO AO AMYLACEO , OU SAPONÁCEO. Cyperaceas. Caa-pim cheiroso ou de cheiro, jaçapé (de Pisão e não de Marcgrave) (kyllinga odorata.) Paraturá (remirea marítima). Junco de cobra, calamo aromatico, S. Paulo (hypoporum nutans). As raizes destas cyperaceas são amylaceas, c contém partes resinosas um tanto ac^es. A sua infusão, diaphoretica e diuretica, preenche as mesmas indicações que a raiz da espadana are- nacea (carex arenarea) ou da junça aromatica (*) Talvez ao pescoço, em fôrma de bentinhos. 131 (cyperus rotundus). A respeito das suas virtudes como antídoto, correm muitas fábulas entre a gente do campo. A' mesma família pertence o capi-cíttinga, isto é, gramma cheirosa. Smilaceas. Legação, salsa-parrilha, japi-canga em tupinico. Sipó-em, tupinico (smilax papyracea, legação pa- pelacea ou que pertence a papel, smilax syphi- litica). Deste arbusto, que vegeta na região equatorial do rio Amazonas e seus confluentes, se colhe a verdadeira salsa, salsa-parrilha, sarza, zarza, que se chama do Pará, do Maranhão, ou Lisbo- nense. As suas raizes, mais que as das outras smilaceas, abundão naquella matéria extractiva, de sabor um tanto amargo, que trava na gar- ganta, chamada parillinum, a que a efficacia do remédio é principalmente devida. O uso do seu cozimento nas moléstias dartrosas e dos rins é antigo entre os índios. Smilax officinalis. Foi colhida por Pohl junto ao rio Abaité de cima, na província de Minas, em um districlo Occidental. Smilax japicunga. 132 Produz-se no oriente do Brasil, juntamente com as outras duas. Smilax syringoides. Jupicanga de Pisão. Smilax brasiliensis. Smilax glauca. Smilax syphilitica de Humboldt. E' do Brasil equatorial. Salsa do mato, Rio, Minas, Bahia (herreria salsa-parrilha). Herreria parvíflora, rajania verticillata. As raízes de todas estas espécies, conhecidas no Brasil com os nomes de juapecanga, inhapc- canga, japicanga, jupicanga, raiz da China, branca ou rubra, preenchem as mesmas indica- ções que a verdadeira salsaparrílha. Frescas são muito mais efficazes que seccas ou velhas. ACRES HERBACEAS , COM PRINCIPIO EXTRACTIVO ALGO- AMARGO , QUE SE ACHA UNIDO AO HERRACEO (CHLO- ROPHYLO) E A MUCILAGEM. Os remédios que se achão distribuídos nesta serie actuão de três modos sobre o corpo humano. Porque alguns excitão principalmente os rins, outros a pelle, outros finalmente , que servem igualmente como tópicos, corrigem o processo plástico, dissolvem as partículas morbosas e exci- 133 tão a boa formação de outras novas. Alguns desta ordem portão-se como venenos actuaes, por um modo que ainda se não acha averiguado, talvez de- primindo a acção do cérebro e dos nervos, dignos por certo, mais que os outros, de que os médi- cos brasileiros com o maior cuidado os examinem, para que sua indole, tanto chimica , como phar- maco-dynamica, melhor se faça conhecer. Bignoniaceas. Caroba de flor verde (cybistax antisyphilítica, big nonia antisyphilitica, bignonia quinquefolia). A casca interior dos raminhos novos e da raiz, e igualmente as folhas, devem ser considerados entre os egrégios medicamentos antisyphiliticos. Tem principalmente acção sobre os rins, e aug- mentando a ou ri na, fazem expellir as partículas morbosas dissolvidas. Prescrevem-se interna- mente o cozimento e a infusão em varias molés- tias originárias do virus venereo, dysuria, hydropesia. Em cataplasmas e loções, aproveitão admiravelmente contra as ulceras syphiliticas. A dose em infusão é de duas drachmas (oitavas) por dia. Contra a obstrucção do fígado, recominen- dão um bolo das folhas de.caroba, senne, aloes, manná e mercúrio doce. Caroba branca (sparathosperma lithontripticum, 135 marmórea de sementes envolvidas, bignonia íeiTcantha, gêmea artcmisa). As folhas deste arbusto , amargas, resinoso- acres, incisivas, diurcticas, lithonlripticas, são de admirável cfficrcia contra as dores prove- nientes de cálculos (dores de pedra), Vi alguns casos, em que com o mais feliz effeito se usava quotidianamente da infusão da folha, como do chá da índia. Caroba, carobinha (jacarandá). Caaroba, Pisão (jacarandá procera, bignonia copaca, cordelestrys syphilitica). As folhas desta formosa arvore que orna os bosques das províncias cquinocciaes, abundão em principio amargo, algo-aere e em stryphno, que precipita o ferro de côr verde, o acetato de chumbo de côr amarella, e a gelatina ani- mal de cor esbranquiçada. São prescriptas contra as varias fôrmas da moléstia venerea, principalmente inflammação das glândulas in- guinaes, c empigens, em infusão, cozimento, applicações e banhos. Caroba (jacarandá subrhombea , subrhomboídal; bignonia obovata). Jacarandá paulistano, (jacarandá oxyphylla, com folhas tenazes, fortes). Estas e varias outras espécies se usão como o 135 jacarandá elevado. O cozimento toma-se á ma- neira do chá, o extracto dá-se em pílulas, e com o pó se polverisâo as feridas. Ipé, ipeuva, piúva (tecoraa spcciosa, formosa, Big- nia longiflora , Velloso 6, 52). O entrecasco, amargo-acre, receita-se em in- fusão e cozimento, como remédio diuretico e catarthico. A dose é de quato drachmas, ou oitavas. Scrofularineas. Manacá, manacán, geratacaca , jerataca, camgabá (franciscea, Pohl; besleria, Velloso 6, 80 e 81). Franciscea uniflora. Manacá, Pisão. Toda a planta, especialmente a raiz grande, excita com sumuia efficacia o systema lymphatico, funde as partículas morbificas, e as elimina pelo suor e ourina. E' de grande prestimo na syphi- lis, e por isso alguns lhe chamão mercúrio vege- tal. A casca interior e todas as partes herbaceas, abundão em um amargo enjoativo que estimula a garganta. Em pequena dose, é resolutiva, em maior perturba o ventre, e excita a ourina, promove o aborto , e faz expellir o veneno das mordeduras das cobras, em dose excessiva pro- cede como veneno acre. Sobre o modo de em- 136 prega-la, consulte-se Martius em Buchner, Re- pertório phannaceutico, cap. 31, pag. 379. Em algumas tribus índias do interior do Amazonas . o seu extracto serve para envenenar as settas. Compostas. Picão (bidens). Bidens pilosa. Cuambú, garyophillata (bidens adhaerescens). Bidens leucantha. Bidens graveolens. As hervas ou rama do bidente, acri-mucilagi- nosas, empregão-se juntas com o tiaridio indico, cássia sericea, occidental e outras, contusas, em applicações contra as ulceras sórdidas, e as glândulas do peito, entumescidas ou induradas , e mesmo scirrhosas. A raiz contém mais partí- culas resinosas que a rama. Mastruço ou pimenteira do Pará (spiíanthes olera- cea); Será idêntica esta planta com a variedade p fusca que Sprengel chama spiíanthes brasiliensis. e Velloso, dos jardins europeus ? Spiíanthes radicans, cotula piper. A herva cultivada em muitosjardins europeus, e chamada ahi agrião do Pará tem um sabor, algum tanto amargo, quente, e que queima, e excita muitíssimo a saliva. Abunda em uma re- sina molle, a que, além de outras partículas, 137 é devida a propriedade sialagoga (de fazer ex- pellir saliva, salivativa), e alguma mucilagem, matéria extracliva, e outra que tinge de louro, cera, matéria herbacea, e diversos saes. Iguala em virtude a raiz do anacyclo pyrethro (espécie de consolida), e receita-se nos mesmos casos que ella, contra as dores de dentes , fraqueza ou asthenia da língua e garganta, e relaxação das gengivas. Também é contada no numero dos lithontripticos (anticalculosos). Entra na tintura purgativa dos dentes e corroborante das gengivas, qne se vende com o nome de Paraguay-roux. Umbelliferas. Açariçoba em tupinico, herva do capitão (hydroco- tyle bonariensis, hydrocotile dux). A rama, e principalmente a haste debruçada, acre aromatica, quanto á efficacia, é comparável á salsa cultivada, incisiva, aperiente,diuretica, e em dose excessiva, emetica. Convém nas obs- trucções do fígado e das outras vísceras abdomi- naes. Deve-se receitar o sueco espremido de fresco, junto com outros aperientes e refrigerantes, por exemplo, com o do cerefolio, ou spargos. A água distillada é própria para as sardas ou man- chas do rosto. 138 Rubiaceas. Tangaraca-açu, herva do rato (palicurea). Cotó-cotó (palicurea densillora). As folhas deste arbusto, produzido nas pro- víncias do Rio de Janeiro, S. Paulo e Minas, são dotadas de uma notável acrímonia, e elogiadas como remédio da mais alta virtude na syphilis inveterada, dores rheumaticas e inchação dos membros, provenientes de resfriamento e a que os habitantes chainão condimentos, na dyspep- cia, e para o estado de asthenia (debilidade, frouxidão) geral, proveniente de dyecrasia (constituição arruinada). Prescreve-se a infusão em pequena dose, com xarope aromatico, ou canella; em dose maior, causa violentas eólicas, copiosas dejecções c vômitos. Também é recoin- mendavel alintura alcoholica. Gritadeira, Minas (palicurea sonans). Gritadeira do campo, Minas (palicurea strepens). Gritadeira, douradinha do campo, S. Paulo, Minas, Goyaz, Matto-Grosso (palicurea rigida). Don Bernardo, Minas (palicurea tetraphylla). Palicurea diuretica. Douradinha do campo, Minas (palicurea aurata). Palicurea officinalis. As folhas e entrecasco dos raminhos novos 139 militão entre os egrégios diureticos e diaphore- txos. Passão por moderar os movimentos do coração e das artérias, da mesma fôrma que a digitalis purpurea, com a qual debaixo de diver- sas relações se podem comparar. Approveitão na dyscrasia syphilitica, principalmente para as erupções cutâneas, entorpecimento pituitoso da bexiga, embaraços urinarios, tumores dos membros, e principio de induração da próstata. Dá-se em infusão, na dose de um escropulo ou meia drachma, para ser infundida em seis onças de água a ferver, juntando-se-lhe "canella, o fructo do capsico (pimenta) ou o amarello da casca de laranja e água de flor de napha. Herva do rato, Rio, S. Paulo (Palicurea Marc- gravii). Tangaraca, palicurea noxia. Herva do rato, Minas (Palicurea nicotianaefoha). Estas ultimas espécies de palicureasconcordão em geral nos seus effeilos sobre os rins e a pelle, mas são mais atrozes, e portanto perturbão, sendo assim consideradas pelos Brasileiros entre os verdadeiros venenos, e as empregão em medici- na veterinária, na fôrma de cozimento da herva ou da sua infusão, contra a dysuriados cavallos c mulas. Dos fructos porém, misturados com unto, preparão umunguentopara destruir os ratos. » 140 Tangaraca n.° 2 de Pisão (cephaélis ruelliaefolia). O fructo (semente) venenosa como a da prece- dente, tem os mesmos usos. Hervinha de parida, Minas (declíeuxia arístolochia, asperula cyanea). Raiz acre, algum tanto amarga, que seda contra a falta e demora da menstruação. Spigeliaceasa Spigelia, arapabaca (spigelia glabrata, pellada). A herva contém a mesma substancia que Fe- neulle extrahio chimicamente da spigelia anthel- mia, e por causa dos seus effeitos acres, é contada entre os venenos. Plumbagineas (persicarias, labaças). Loco, tupinico (plumbago scandens, trepadeira.) Caa-pomonga, caa-jandiwap. Pisão e outros. A raiz é excessiva em acrímonia, que, unida a mucilagem e a partículas doces, contém em si mesma uma excellente virtude epispalica, appli- cada fresca e contusa sobre a pelle. Nas dores de ouvidos, posta externamente sobre a região do processo mastoideo, muitas vezes aproveita. O sueco, tomado internamente, é aperiente, inci- sivo , e não só é considerado pelos índios como antídoto, mas pelos médicos brasileiros, como medicamento eflicaz nos eugurgitamentos pitui- 141 tosos da bexiga; é empregado nas obstrucções do fígado e das glândulas mesaraicas, na dose de um a dous escropulos, quatro vezes por dia. Tam- bém se dá em infusão. Nas dores syphiliticas das extremidades e tumores das articulações convém em lavagens. Os crysteis são purgativos. Pisão. A substancia, além de outras, que tem maior actividade neste medicamento é o plumbaginio, que Dulong foi o primeiro a descobrir. Phytolaceasa Ybirarema, isto é, páo fedorento, em tupinico; páo d'alho (seguiera). Seguiera floribunda. Seguiera americana (a de Velloso e não a de Linneu). Ybirarema, guararema, páo ou sipó d'alhoybi- rarema (seguiera alliacea, crataeva gorarema). A raiz, o lenho e todas as partes herbaceas, exhalão um forte cheiro de alho, ou de assa- fetida. Os banhos preparados com o lenho e folhas, são considerados remédio de suinma effi- cacia em varias moléstias exanthematicas, no rheumatismo, dores hemorrhoidaes, e nahydro- pesia. Applicações das folhas e entrecasca, junta com um certo balsamo, a herva da bidente pilosa, do mastruço (spiíanthes oleracea) e da ka- 142 ianchoes brasiliense (ahi mesmo chamada say'io\ e o cotyledon (conchelos ou orelha de monge) (brasiliense de Velloso) costumão ser usados sobre os tumores da próstata. O lenho é abun- dantíssimo em potassa, e a li vivia delle feita, serve para a purificação do assucar e fabrico do sabão. Herva de pipi, raiz de guiné , Rio de Janeiro (pe- tiveria tetrandria, mapa graveolens). Bernardino Antônio Gomes confundio esta herva com a arístolochia embyaycmbo de Marc- grave. A raiz c a herva cheirão fortemente a alho; cozidas e applicadas em cataplasmas, contra o enfraquecimento dos membros em conseqüência de frialdade, e contra a paralysia. Myrtaceas. Janiparandiba, japoarandiba ejandiparana 'gusta- via brasiliana). A raiz deste arbusto éacre aromatico-amarga. As folhas pisadas, espalhão um cheiro particular desagradável, que parece provir de um óleo elhereo. A madeira fede. A casca da raiz tem acção incisiva e resolvenle sobre o fígado e glân- dulas mesentericas. As folhas contusas e appli- cadas aos hypocondros, resolvem a dureza do fígado, e amadurecem as chagas. Pisão. No Ma- 143 ranhão vi eu mesmo um preto obter com a appli- cação das folhas e entre-casca da raiz, grande allivio em uma grave moléstia de engurgitamento dobaço. Os fructos excitão o vomito, e embriagão o peixe. A respeito de uma herva da mesma fa- mília, guslavia speciosa, se diz que quem come o seu fructo fica por alguns dias com a epiderme de côr loura. Capparideas. Icó (colicodendron icó). Arbusto dos lugares baixos das províncias de Minas, e de Pernambuco e Bahia. As folhas causão aos cavallos e mulas que por acaso as comem , eólicas, meteorismo e dysuria, e chegão mesmo a perigo de morte por inflammação dos intesti- nos e dos rins. Pelo que, parecia dever contar-se essa planta no numero dos venenos aci-es. Nós mesmos fizemos administrar ás bestas assim en- venenadas sal da cozinha e óleo de ricino. Os tro- peiros nesses cisos costumão dar-lhes grandes porções de milho, para infringir as forças do veneno. Papaveraceas. Argemone mexicana. A herva é abundante em um sueco turvo , acre-muc;lagineo e narcótico. Applicada em com- 144 pressas sobre os bubões e ulceras syphiliticas, resolve-os e unditica-as. O extracto, incisivo. resolvente, serena a demasiada sensibilidade do plexo celiaco (as dores e irritação do ventre) e costuma ser dado na oppilação das vísceras abdominaes, na melancolia e na hypocondria. Sapindaceas. Timbó, timbo-sipó, tupinico; cururú-apé, Pisão (paullinia pinnata). As paullinias em geral são venenosas; esta po- rém diz se que é de todas a mais deletéria. A casca, folhas e fructos abundão em matérias nar- cótica eacre, que introduzidas nos intestinos, procedem como veneno actual, principalmente contra o cérebro e rins. Os pretos costumão preparar dahi um veneno que , apezar de lento, é comtudo seguro. E' planta mui digna de um exame chimico, e de se experimen- tar o seu prestimo contra a hydrophobia, a me- lancolia, as differentes espécies de alienação mental e a gota serena, ou amaurosis. Talvez tenha as propriedades do aconito. Turari (paullinia grandiflora). Tem a mesma força e propriedades que a pre- cedente. Erythroxyleas. Fructa de pomba (Erythroxylon anguifugum). 145 A casca da raiz deste arbusto , que vegeta no Cuiabá, é preconisada como remédioefficazpara a mordedura das cobras. A respeito do mais, os médicos brasileiros que facão as suas experiên- cias. Cabello de negro, Minas. (Eryihroxylon campestre). O entrecasco raspado da casca da raiz, e de infusão em água quente, dá-se como purgante. ACRIDULAS (LEVEMENTE ACRES) , CUJA ACÇÃO PURGA- TIVA É DEVIDA AO CATHARTINO. Leguminosas. Cannafistula (cássia medica). Mamangá, ou lava pratos, dos autores ; fedegoso, Púo de Janeiro. As folhas são elogiadas por Pisão pelas suas qualidades refrigerantes e abstergentes (mundifi- cantes),accrescentando que muitas vezes se ap- plicão ás ulceras e ás feridas; mas também pos- suem uma força purgativa, e costumão dar-se em cozimento. Boi gordo, Minas (cássia rugosa). Cássia splendida. O que será a cássia mon'aden de Velloso tom. 4.°, t. 63? Cássia laevigata, polida. 146 O que será a cássia tropica de Velloso tom. 4, t. 64 ? Pajomarioba (cássia occidentalis). V. supra. Fedegoso, matapasto (cássia sericea). V. supra. Senne do c.unpo (cássia cathartica), S. Paulo, Minas. Cássia magnífica. Fedegoso (cássia falcata). Herva que nasce freqüentemente pelos entu- lhos em todo o Brasil, edeum cheiro nauseante: contém chlorophyllo (*), matéria que commu- nica o amarello de ouro, gomma, cathartino, potassa e calcarea , unidas a ácidos vegetaes, e na cinza : sulfureto e chlorureto de potassa, cal- carea carbônica , e silica. As espécies aqui referidas, além de outras que crescem pela vastidão do Brasil, são empre- gadas em lugar do senne do Egypto, para fins laxativos e catharticos. Os effeitos de todas são semelhantes, mas as folhas de algumas são mais brandas e outras produzem eólicas. A cássia cathartica e sericea devem ser preferidas ás de- mais. A sua dose é a mesma que a do senne na Europa. Poinciana pulcherrima. (*) Mate; ia verde herbacea, constitutiva da verdura das hervas : u-avemos daqui em diante dessa palavra por brevidade e sem mais explicação. 147 As folhas , de um effeilo cathartico, regulão com as da coluthea arborescente. Além das referidas leguminosas, por toda a parte adoptadas na medicina, ha outras muitas que abundão em cathartino, e que por isso po- dem occasionar aos cavallos e mulas, que as comerem de envolta com outras hervas, eólicas e dysenteria. Acontecendo, quando essas plantas germinão com as primeiras chuvas, depois de uma secca, que as ingirão em maior porção, é averiguado que lhes causão a morte. Entre as dessa natureza refiro eu como venenosas as se- guintes : Neurocarpum longifolium (poterío de folha com- prida). Neurocarpum frigidulum. Neurocarpum cajanifolium, com folha de feijo- ceiro. Neurocarpum ellipticum, de folha oval. Martia physalodes. Cenlrosema Plumieri. Clitoría fluminensis (clitoría, que causa fastio ao vinho, nome talvez dado anteriormente a alguma outra planta). 148 ACRES DRÁSTICAS, CUJA ACÇÃO DEPENDE PRINCIPAL- MENTE DE UMA RESINA DURA, DE ENVOLTO EVf VARIADAS PROPORÇÕES COM UMA MATÉRIA EXTRAC- TIVA AMARGA, RESINA ELÁSTICA, E TARTICULAS SALINAS OU MUCILAGINOSAS. Estes medicamentos são de uma efficacia drás- tica manifesta, mas admiravelmente variados entre si, não só quanto á composição dos elemen- tos, como ao seu modo de acção sobre os diffe- rentes órgãos. As matérias de que a sua princi- pal acção depende, ainda não forão por meio da chimica sufficientemente explicadas e reduzidas a um estado tal de pureza, que se possa formar um juizo seguro sobre a verdadeira Índole do remé- dio , e da sua eflicacia sobre o organismo ; mas estou comtudo persuadido , que vários elementos secundários que, com os nomes de aloino, bryo- nino, elaterino, momordicino, colocynihino, tayuiynino, euphorbino, scammonino, jalapino, hurino, crotonino, ácido jalrophico, racinico e maniholico, forão designados por vários chimi- cos e constituídos com caracteres mais ou menos certos, existem nesta serie das plantas drásticas brasileiras, além de alguns outros ainda desconhe- cidos, que dellas se poderáõ extrahir. Como po- rém, ainda mesmo daquelles medicamentos, que 149 na Europa se achão adoptados pelo uso medico, em grande parte, actualmente se ignore anatureza intima ea composição elementar, parece-me que não poderei incorrer em censura, dispondo estes, sem poder seguir a verdadeira ordem, que a sua natureza chimica lhes assignaria. Comtudo, não se irá muito longe da verdade, affinnando que elles não concordarão inteiramente em proprie- dades, sejão quaes forem as ordens a que os differentes indivíduos se possão reduzir. E por essa causa, na coordenação destes drásticos e catharticos, terá de recorrer-se ao que a expe- riência nos ensinou a respeito das propriedades pharmacodynamicas de outras plantas e subs- tancias análogas. O medico brasileiro, instruído sobre os differentes effeitos da escammonea, colo- quintidas, aloes, jalapa ou óleo de croton, sobre o organismo, poderá escolher aquelles que em certos casos por força de analogia devão ser in- dicados. Liiliaceas. Áloe vulgaris, aloe barbadensis. Caraguata ou herva babosa. Aloe perfoliata. Esta planta já no tempo de Pisão e Marcgrave se achava introduzida no Brasil, e comtudo, apenas consta de seus escriptos, se já era então 150 conhecida como a base de um egrégio remédio, c antes parece que ambos esses escriptores a con- fundirão com a ágave americana. Vi-a cultivada no Rio de Janeiro e Bahia por alguns agriculto- res curiosos, c nem o clima dessas regiões lhe é contrario; mas quasi nenhum prestimo, se é que algum tem, offerece no commercio, pois que o sueco condensado das folhas, a que chamão aloes ou gomma aloes, se vende por preço insignifican- te. O uso do aloes entre os médicos brasileiros, por causa do caracter gástrico das moléstias ahi, quasi sempre habitual, é muito freqüente e va- riado. Alho ordinário (allium sativum). Cebola ordinária ou hortense (allium cepa). Chalotas das cozinhas (allium ascalonicum). Alho grosso de Hespanha (allium scorodoprasum). Hervas hortenses conhecidas, e com os mes- mos usos médicos e culinários que na Europa. Amaryllideas. Lirio, tuquyrá ou tykyrá, tupinico (amaryllis). Amaryllis bella donna. Amaryllis reginac. Amaryllis principis. Amaryllis princops, Velloso (será a variedade mui- tiflora ? ) 151 O bulbo destes lirios abunda em sueco acre, cm parle volátil, drástico, diuretico , emetico, c em maior dose, veneno. E' variado o uso des- ses bulbos entre os índios, principalmente para encantamentos e venificios. O sueco de alguns dos bulbos entra na preparação com que envene- não as seitas, e contárão-me alguns índios do aldeavnento do Japuru, que o pó do bulbo secco de certo lirio queda uma flor dourada, sendo lançado, ainda em pequena dose, sobre a lingua de qualquer pessoa, a quem isso por acaso se pudesse fazer, lhe causaria, era certo espaço de tempo, uma morte infallivel, depois de prolon- gada enfermidade. (No livro do Príncipe, com o nome de iupaipi 383, se acha desenhado um bulbo com folhas, de lirio , se me não engano ; e pelo contrario,no tom. l.° pag. 117 e 2.° 235 vem a gravura de uma orchidea, que Marcgrave, n.° 35 com mais acerto denomina urucatú.) Irideas. Ruibarbo do campo, pireto ou piretro (ferraria purga ns). Ruibarbo do campo, etc. (ferraria cathartica). O sueco da raiz das iridias, provindas nas terras altas de Minas e da Bahia, contém uma resina levemente acre , misturada com muco e amido , 152 que na dose de 3 a 4 drachmas 1/3 a J/2 onça, se dá comocathartico. Sisyrinchium (seria melhor formar um novo gênero) galaxioides; será a ferraria de Manso ? A raiz desta planta, que em tupinico se chama maririçó ou bareriçó, e entre os Brasileiros ca- pim rei, de côr loura, inodora, adocicada, pur- ga brandamente, não só tomada pela bocca, mas em crystel. Algumas iridias, como a vareta, a batainha, ou bareriçó do campo, pertencentes ao gênero da cypura ou cypella, são de menor efficacia que as que ficão referidas, e por isso aqui as omitlimos. Nyctagineas. Bonina, boas noites, bellas noites, maravilha (mirabilis dichotoma). A raiz drástica é de uso vulgar contra a leu- corrhea, hydropesia e herpes. A dose da raiz secca é de uma drachma (uma oitava). Convolvulaceas. Batata de purga, Minas (piptostegia, convolvulus operculatus, tapado; ipomoea operculata, con- volvulus contortus). Raiz tuberosa, drástica. A dose é de oitava e meia, e da resina um escropulo a dous. 153 Jaiapa, S. Paulo ; batata purgante ou ipú, Minas; purga de Amaro Leite, Goyaz (piptostegia Pi- sonis). Jiticucú, jetucú ou mechoacanna. (Será esta planta a mesma que o convolvulus hederacei varius de Godói Torres no Patriota de Junho de 1814 pag. 64?) Piaiz tuberosa, mais drástica que a precedente e usada na mesma dose. Aféculadaraiz, tapiocade purga e gomma de batata, tem menos força do que os remédios preparados da raiz toda, ou com a resina delia extrahida, e já pelo optimo Pisão serecommenda na dose de uma oitava para as crianças e de duas ou três para os adultos. Em mil partes desta fecula , ha 948 de amido, 40 de resina drástica, e 12 de extracto fusco. Buchner. Repertório pharmac. XXXI, 394. Batata do mar, salsa dapraya. (Ipomoeamarítima). Convolvulus pes caprae et maritimus. Convolvulus marinus. A raiz allongada, escorre em leite drástico, e preenche as mesmas indicações que a preceden- te. O talo e folhas são louvados por Pisão como emollientes. Além das referidas convolvulaceaspurgativas, outras são elogiadas pelo esclarecido Manso no 154 seu folheto a—Enumeração—, que carecem de ulterior exame. Jaiapa, S. Paulo (convolvulus paulistanus). Jalapinha, S. Paulo (convolvulus pendulus). Convolvulus puniceus, vermelho, Malo-Grosso. Convolvulus polyrrhizos, de muitas raízes, Mato- Grosso. Convolvulus giganteus, Mato-Grosso. Purga de cavallo, nas bordas do Paraná (convol- vulus ventricosus). Cucurbi taceas. Tayuyá, tayoíá, tupinico; tayiá grande ou de pi- menta comari, abobra, ou abobrinha do mato. Rio, S. Paulo, Minas, Rio Grande do Sul (tria- nosperma ficifolia). Bryonia bonariensis ficifolio, bryonia ficifolia, bryo- nia pinualifida, momordica cordifolia. Planta desde muito conhecida pelos índios, e habitantes de Minas, por causa da força admi- rável de purgar, resolver e purificar, que com justiça se lhe elogia. O uso do cozimento é fre- qüente nas febres malignas, gástricasepútridas, mordeduras de cobras; e o do exlr; cio, naschro- nicas, como a syphilis, hydropisia acompanha- da de torpor, oppilações das vísceras abdominaes, principalmente do íigado e glândulas mesaraicas, na gota, e tumores arteticos, na amenorrhea 155 (suppressão das regras), na mania, melancolia, epilepcia e elephantiasis. O cozimento , amar- gosissimo e nauseabundo, promove a saliva, o vomito, e depois os jactos. Meia libra do talo fresco, ou quatro onças sendo secco se fervem em quatro libras d'agua, até ficarem reduzidas a três, e tomado esse cozimento por dous dias, produz dez a vinte jactos (ejectiones, ejecções, evacuações). O extracto dá-se em pílulas. Na in- flammação do ânus, bicho doca, moléstia en- dêmica nas províncias do interior e em Pernam- buco ; da mesma sorte que nas ulceras syphiliti- cas, escorbuticas, loções (lavagens ou banhos) e cataplasmas preparadas com as folhas são de um admirável effeilo. Contém estas muita matéria que tinge de louro. A haste, que é uma vara muito extensa (sipò de tayuyá) contém: um principio sui generis, tayuiynum, resina, óleo gordo, matéria exlractiva gommosa, outra que é precipitada pelo acetato de chumbo, matéria saccharino-gommosa, amido, potassa em combi- nação com ácidos vegetaes, nitrato e muriato de potassa, e fibra vegetal. (Herberger). Tayuyá, tayuyá de fructa encarnada, abobrinha do mato, Rio de Janeiro (trianospenna tayuyá). Taioia, (bryonia tayuyá). A raiz, tuberosa, em fôrma de nabo, espon- 156 josa, alourada, com a epiderme sordidamente fusca, toma-se, reduzida a pó, em pequena dose como emetico, em maior como drástico. Tayuyá, Rio de Janeiro (trianosperma arguta, aguda). Tayuyá, Pará (trianosperma glandulosa). Bryonia glandulosa. Este gênero aqui posto por Torrey e Gray, como subgenero da bryonia, e a que se devem reunir a bryonio boykinii desses autores, e a racemosa de Mill. assim como a alternasemina tayuyá de Manso, offerece varias espécies drásticas de summa eflicacia sobre o systema lymphatico. Tayuyá de quiabo, Minas, S. Paulo; gonú, Minas. (Wilbrandia hibiscoides). Abobrinha do mato, Minas (Wilbrandia drástica, momordica verticillata). Abobrinha do mato, Rio (Wilbrandia scabra). A raiz destas plantas, tuberosa, possue, como a das precedentes,, abundância de resina acre, com insigne força incisiva e drástica. Uso na hydropisia, syphilis confirmada, e erysi- pelas chronicas: toma-se em pó, cozimento, e extracto. Purga do gentio, do caboclo, Minas, Rio (cyapo- nia diflusa). Bryonia pilosa, de Velloso. 157 Raízes tuberosas, drásticas. Dão-se, prepara- das em infusão fria, na dose de duas oitavas. Da mesma sorte, um fructo unico, serve para pro- duzir varias evacuações alvinas. Pertencem estas plantas ao mesmo gênero, a que devem ser redu- zidas a bryonia septemlobata, a fluminense, e a ternata de Velloso. Cabaço , cocombro, abobra de carneiro (lagenaria vulgaris). Cucurbita lagenaria (cabaça para vasilhas, cuias). Espécie que apenas se pôde considerar intro- duzida pelos Europeos no Brasil, e da qual anteriormente diversas variedades, erão culti- vadas pelos índios, não só para uso doméstico , mas como remédio drástico de summa efficacia. Ha uma variedade com a polpa meio doce, e levemente amarga, outra extremamente amar- gosa, e quanto mais amargosa , tanto mais acti- va sobre os intestinos. E' prescripta na dose de duas drachmas, da polpa do fructo fresca, em ajudas, para a obstrucção das vísceras e chloro- se, mas ha quem affirme que , muito repetida , occasiona heinorrhagias mortaes. Buchinha (Luffa purgans). O extracto do fructo substitue-se ás coloquin- tidas, principalmente na hydropisia, e ophtalmia chronica; na dose de três grãos, promove os jac- 158 tos, e cm dose maior torna-se violento. Preen- chem o mesmo fim: Luffa drástica, momordica Luffa. Bucha de Paulistas, Minas; purga de João Paes , S. Paulo (momordica operculata). Planta que nasce espontaneamente nas provín- cias internas do Brasil. Produz um fructo abun- dante em matéria drástica, que se prescreve na anasarcha, chiorose, amenorrhea, e moléstias herpeticas. O extracto preparado a frio, purga na dose de oito grãos e promove a ourina. Herva de S. Caetano. (Momordica charantia). Momordica opcruclata, Velloso. Esta planta, não rara nos monturos, junto das habitações, talvez tornada bravia (as fo- lhas sechamavão n'oulro tempo pandipavel offi- cinal) oílerece uma herva amargosa, que costu- mão dar cm cozimento contra a chiorose, demora dos lochios e eólicas verminosas. Cereja de purga, S. Paulo (melothria pêndula). Costuma principalmente servir para o trata- mento dos cavallos, aos quaes se administra na dose de três ou quatro fructos, para um homem , n.° 1/2 ou 1. Além das mencionadas cucurbitaceas, muitas outras preenchem o mesmo fim drástico, mas são em parte menos conhecidas, como por exemplo : 159 as espécies referidas por Manso com os nomes de espelina, tomba e Anna Pinta. Euphorbiaceas. E' de três qualidades o caracter das euphor- biaceas drásticas de producção brasileira. Algu- mas , como a jatropha curcas e anda, dão se- mentes amygdalinas, as quaes, de mistura com muito óleo pingue, contém uma substancia chris- tallina, não volátil, insoluvel em água, mas so- lúvel em alcohol, offerecendo claramente uma natureza alcalina, mas com longes de algum ácido, verosimilmenie o jatrophico. Estas, pro- movendo dejecções, procedem como drásticos puros. Outras, como a euphorbia papillosa, offerecem na raiz uma resina acre, combinada com matérias gommosas e ceraceas, ou pingue- oleosas e salinas, cuja força se não limita ao tracto intestinal, como os catharticos, mas se estende ás vísceras abdominaes, incitando, re- solvendo, e fundindo. Outras finalmente, são enturgescidas por grande quantidade de sueco lácteo, cujo caracter depende principalmente de uma resina clássica. Tomadas pela bocea pre- enchem as indicações de anthelminticas; appli- cadas externamente, corroem a epiderme, mun- diílcíío (ümpão) as chagas; e corrigem o 160 processo plástico, fundindo, e excitando. Vizi- nhas a estas existem outras, dotadas de acrímo- nia volátil, de que trataremos era capitulo á parte. Pinheiro de purga, pinhão paraguay, mandubi- guaçu, munduy-guaçu (jatropha curcas). Arbusto que se encontra a cada passo na vizi- nhança das casas e nos quintaes , já conhecido pelos selvagens da tribu tupi, e cujas sementes, chamadas pelos Brasileiros pinhões de purga, são usadas na pratica européa com os nomes de sementes de ricino maior ou figo do inferno, ou nozes catharticas, ou de Barbadas. São estas se- mentes drásticas e emeticas, na dose de meia drachma (1/2 oitava), e por causa da demasiada violência do seu effeito, hoje quasi abandonadas. O óleo dellas expresso , óleo de ricino maior ou óleo infernal, é comparável ao de croton. Anda-açü, índayaçu, purga do gentio, Rio, S. Paulo; ceco de purga, purga dos Paulistas, fructa d'arara, Minas. Anda de Pisão e de Marcgrave (só a estampa do fructo é que pertença a esta planta, a flor e folhagem é de uma bignonircea), Johanesia priecaps de Velloso. Anda brasiliensis de Raddi. 161 Anda de Gomes (pertence ás euphorbiaceas de Jussieu). Andicus pentaphyllus, de cinco folhas, Velloso. Uma única semente serve de purgante para homem. Sobre a sua indicação vejão-se os au- tores citados. Também estas sementes tem a propriedade de embriagar os peixes. A fôrma das nozes que, debaixo dos nomes citados, são vendidas, é de tal modo differente, que faz suspeitar a existência de diversas espécies, das quaes uma mui comprimida e aguda, foi referida por HoíTmansegg com a denominação de anda Martii. Pinha, queimadeira (cuidosculus Marcgravii). Pino (o do Livro do Príncipe e não de Pisão tom. 2 pag. 235) (jatropha herbacea cuidosculus Marcgravii). As sementes desta planta, da mesma sorte que das precedentes, são poderosas em pro- priedades drásticas, e podem servir para as mesmas indicações, mas sendo a sua acção menos segura , raras vezes se empregão. Caxim, em tupinico (sapium ilicifolium, com fo- lhas de azinheira). Duas ou três sementes constituem um pur- gante forte. Ricino commum (ricinus communis). M. M. V, ü 162 Estas sementes, igualmente conhecidas com os nomes de sementes de cataputia maior, cas- tor, palma Christi, são impregnadas de um óleo que se deve ccutaí* entre ospingue-oleosos bran- dos e de que já acima se fallou. Jalapão, raiz de lagarto, de teiú ou de tihú, Minas, S. Paulo, Goyaz(adenoropium opiferum). Jatropha opifera., adenoropium elliplicum, jatro- pha lacerti. A raiz da planta que vegeta todo o anno pelas províncias de Minas, Bahia, S. Paulo e Per- nambuco, contém: uma matéria pingue, seme- lhante á manteiga, extractivo acre-amargo. stryphno que precipita o ferro de côr verde, matéria que tinge de vermelho, mucilagem, amido, malato de calcarea, com predomínio do ácido; e na cinza, subcarbonato ácido de po- tassa, unido ao ácido sulfurico e muriatico, cal- carea carbônica e silica. E' com razão elogiada entre os remédios incisivos, purgantes e deriva- tivos. O seu uso é principalmente para as hy- dropesias, obstrucções das vísceras abdominaes eictericia. A dose do extracto é de uma drachma, a do extracto preparado a frio é de meia drachma. Maprounca brasiliensis. E' um arbusto descoberto por Sainte-Hilaier 163 em Minas, e pelo autor no interior da Bahia, e que aqui menciona, porque aquelle o vio em- pregar nas moléstias dos órgãos digestivos. Maleiteira, leiteira, leitariga, luzetro, lechetrez, províncias do sul (euphorbia papillosa). A raiz, chiinicamente examinada, offerece o seguinte : resina elástica, resina solúvel em álcool e ether e outra que se não dissolve no ether, gomma, matéria que tinge de côr loura, stry- phno; e na cinza: potassa combinada com os ácidos muriatico, carbônico e sulfurico, calcarea carbônica e sulfurica (carbonato e sulfato de cal) e silicia. Uso no engurgitamento pituitoso dos intestinos, como resolutiva e purgante, Herva mular, curraleira, S. Paulo; pede perdiz, alcanfora, Minas (croton antisyphiliticum, cro- ton perdicipes, pé de perdiz). Folhas resinoso-acres aromaticas; dadas em infusão, procedem, como diaphoreticas, diu- reticas, e incitativas da acção dos nervos. Em applicação sobre as glândulas inguinaes inflam- madas pelo virus syphilitico, maravilhosamente as resolvem, e igualmente se diz aproveitarem em quaesquer ulceras, tumores das articulações, assim como nas picadas de cobras. Velame do campo, Minas. S. Paulo (croton fulvus). Velame do campo, S. Paulo (croton campestris). 104 O cozimento da raiz e da herva disputa prefe- rencia com o precedente. Julocroton phagedacnicus:—será o mesmo que croton cordatum de Velloso? A herva contusa e applicida sobre as ulceras de má qualidade, corrige a força plástica, ínun- difica-as e promove a regeneração dos tecidos. Phyllanthus diabetícus de Martius, phyllanthus niruri de Velloso. Phyllanthus niruri de Linneu e phyllanthus par- vifolius de Steud, o qual é o phyllanthus rai- crophyllusde Martius e não o de Kunther. A herva destas espécies, chamadas pelos Bra- sileiros herva poinbinha, e as sementes contu- sas , são empregadas por alguns médicos do paiz na diabetes melita (ourinas doces). Emprega-se o cozimento com xarope de casca de laranja. Conabi, conavi, cunabi, tupinico; Pará, Rio- Negro (phyllantus conami). Conami brasiliensis. Herva de um cheiro viroso que embriaga os peixes, e cuja infusão também é empregada pelos índios como diurelica. Ichthyotere cunabi. Andurinha, ou andorinha (euphorbia coecorum). Euphorbia linearis. 165 Herva de Santa Luzia, Rio, S. Paulo, Minas, Bahia (euphorbia hypericifolia, e brasiliensis). Euphorbia serrulata, euphorbia ophlalmica. A herva contusa de ambas estas espécies é útil em applicações sobre as ulceras das partes, principalmente na cachexia syphilitica. A respeito do sueco da primeira (a andarinha), extraordinárias cousas contão os Brasileiros, sobre o seu admirável effeito nas feridas dos olhos, que dizem curar-se por primeira inten- ção espremendo-lhes algumas gottas; e o Dr. Paiva me asseverou que com a acrímonia desse sueco se fundia a induração dacornea, e não tardava em desapparccer. Euphorbia phosphorea. Arbusto, cujo leite escorrido dosraminhos, vi reluzir como o phosphoro. È producção do inte- rior da Bahia. Desses mesmos ramos contusos se costumão fazer applicações sobre as ulceras sór- didas e carbúnculos. (A respeito do sipó de Ca- naan, reluzente, veja-se o que diz Mornay nas — Philosophical transaclions de 1810, pag. 279). Euphorbia cotinifolia, Rio-Negro. O sueco lácteo é por extremo venenoso. Algu- mas nações Índias costumão embeber nelle as seitas, e mergulhando feixes da planta nos 166 charcos, embriagar o peixe. As cataplasmas da herva são contra as excrescencias sycosicas. Pedilanthus tithymaloides, Rio-Negro. Toda a planta é enturgescida de sueco lácteo acre, de que usão os moradores para extirpar as verrugas. Item, igualmente se recommenda contra a go- norrhéa, condylomas (excrescencias) syphiliticas (sycosis) e ulceras malignas ; o extracto da herva. e principalmente da raiz, é contra a syphilis o amenorrhea. Sapium hippomane. Hippomane biglandulosa de Linneu. Sapium aucuparium de Jacques Meyer. Hippomane biglandulosa de Aubler. Arvores que crescem na vizinhança do mar e inturgescem com um sueco lácteo, que enlou- rece ao ar e se condensa, sendo aproveitado como o visgo. Externamente é recommendado contraas excrescencias syphiliticas, induração da pelle na elephantiasis, e para corroer as verru- gas. E' remédio que só se deve empregar com a mais extrema cautela. O extracto aquoso prepa- rado das folhas, diz-se convir nos mesmos casos a que se costuma applicar o aconito e o rhus to- xicodendron. A dose é de meio a um grão. Affir- mão que as picadas dos mosquitos que viverão 167 sobre as folhas desta planta e da hura brasiliense são venenosas, occasionando extraordinária dôr, exanthemas e inflammação das glândulas inguinaes ; incommodos que os índios procurão remediar com banhos dos olhos da cecropia e outros cozimentos mucilaginosos. Hippomane mancinella, mancinella venenata. Arvore , nem por isso rara na praia das pro- víncias septentrionaes, venenosa, e, segundo o que me parece, não adoptada na matéria me- dica, e que por causa das funestas propriedades, em que prevalece, é aqui referida. Chisholin refere que a bignonia leucoxylon passa na índia occidental por um magnífico antídoto desta arvore. Oassacú, assacú (hura brasiliensis), Pará, Rio- Negro. O sueco lácteo desta arvore equatorial é em- pregado pelos índios como anthelmintico e para embriagar os peixes. Páo seringa , seringueira, xeringueira, Pará, Rio- Negro (syphonia). Syphonia elástica. Jatropha elástica, herva gujanensis, syphonia ca- huchú. Syphonia rhytidocarpa. Destas arvores distilla um sueco lácteo que, 168 condensado, constitue a resina ou gomma elás- tica paraense, conhecida com o nome de caout- chouc (caulccuc). A resina elástica fóssil chama- se tapicho. O uso dos raelrenchylos, já desde muito conhecido pelos índios, foi a origem do nome da arvore entre os Brasileiros. O sueco fresco misturado com óleo de ricino costuma ser dado pelos índios contra os vermes. As sementes são amygdalinas e comestíveis. Artocarpeas. Coajingüva, tupinico; Rio-Negro (ficus anthel- mintica). O sueco desta arvore elevada que nasce nos bosques amazônicos é considerado como remé- dio egrégio contra as ascarides, e emprega-se por alguns dias de seguida na dose de um a dous escropulos. Gamelleira, figueira branca, Rio, S. Paulo e Minas (ficus doliaria). Arvore cujo páo, leve e molle, serve para fazer gamellas, distilla um leite algum tanto acre e anlhelmintico. Muitas outras figueiras tem o mesmo prestimo, Papayaceas Mamoeiro (carica papaya) e outras espécies do mesmo gênero. V. supra, 169 O sueco da arvore, e principalmente do fructo ainda verde, não côr de leite, como os precedentes, mas turvo como o da fumaria, e de um sabor amargo, se me não engano, igualmente contém partículas voláteis. E' por alguns consi- derado como anthelmintico. Mas advirto que ha entre os Brasileiros a respeito desta planta a mesma persuasão que na Europa sobre a no- gueira , isto é, que a carne se torna melhor de cozer e mais tenra com a proximidade das suas folhas , e por isso vi que costumavão embrulhar nellas periquitos e outros pássaros. Apocyneas, Sebuü-üva, isto é, arvore dos vermes, sucu-üba , tupinico, Rio-Negro (plumeriaphagedaenica). Toma-se pela bocea, na dose de meia ou d'uma oitava o sueco deste arbusto contra os vermes; externamente, emprega-se em uneçõescontra as ulceras sórdidas, a psoriasis e as verrugas. Tiborna, Minas, Bahia, Pernambuco (plumeria drástica). O sueco recente, ou o extracto com elle preparado , dá um produeto drástico, queé re- commendado contra as febres intermittentes, obstrucções das vísceras abdominaes, a ictericia e o empyema. 170 Sorveira, Pará, Rio-Negro (collophora utilis). Arvore silvestre formosa, abundante em uma quantidade de sueco lácteo brando, com que os índios era lugar de verniz cobrem vários objeclos de uso doméstico. Também preenche as indica- ções de anthelmintico na dose de duas e tres dra- chmas , juntando-se-lhe a emulsão das sementes de ricino. Flor de babado ou de babeiro, S. Paulo, Rio, Minas (cechites longiílora). O que será a cchite monachalis de Stadel- meycr, e augusta de Velloso? \ raiz, nabiforme, colhida de fresco, contém um sueco lácteo, e sôcca muita resina, poderosa em virtude drástica. E' preconisada pelos tro- peiros em infusão e cozimento contra as febres pútridas dos cavallos e mulas, sendo considerada como remédio de suinnia eflicacia. Purga do campo (echites alexicaca). Plantados campos de S. Paulo, Minas, Goyaz e Mato-Grosso. A raiz tuberoso-napiforme con- tém : amido, matéria exlractiva, resina „, a que é principalmente devida a efficacia medi- cinal , uma matéria unida a ácidos vegetaes; e na cinza: sulfato e carbonato de cal, muriato e sulfato de potassa e silicia. Em pequena dose é resolutiva, em maior (uma ou duas drachmas) 371 purgativa. E' recommendada na oppilação das vísceras abdominaes, iclericia, e melancholia. Purga do pastor (echites pastorum), Habitadora da mesma terra, possue as mesmas virtudes que a precedente. Echites grandiflora. Echites cururu. Da haste de ambos estes arbustos pouco eleva- dos, a que no Rio-Negro se chama sipó cururu, se faz uma infusão em água, e com ella se prepa- ra um remédio resolvente, e em maior dose drástico, de que freqüentemente costumão usai- os índios e os outros habitantes, na dyspeccia, fastio, engurgitamento pituitoso das vísceras e febre gástrica. Echites venenosa. Planta conhecida no interior das províncias com o nome de herva venenosa, não officinal, mas extremamente nociva ao gado. Thevetia ahovai e a sua congênere, cerbera the- vetia. São arbustoslactescentes, cuja casca, semen- tes , e folhas são contadas entre os venenos acres e os remédios incisivos. Os índios que fazem pandeiros (ou matracas) dos caroços da fructa, servem-se da herva e do mesmo fructo para apa- nharem peixe; empregão porém o leite, as 172 folhas e as sementes contusas para o curativo das feridas de má qualidade e mordeduras de cobra, porque são corrosivas, e mui bem as limpão. Canudo de purga , Bahia (rauwolfia canescens). A casca, principalmente da raiz, é dotada de virtude emetica e drástica , e applicada sobre a pelle, serve de cáustico. Allamanda de Aubletio. Allamanda cathartica, orelia grandiflora. Allamanda de Schotio — será a datura erinacea de Velloso? A casca e as folhas de ambos estes arbustos se usão como purgante. Em maior dose produzem o vomito. Hypericineas. Caaopiá, tupinico, páo de lacre (vismia). Visinia gujanensis. Caaopiá de Pisão. Vismia micrantha e vismia laccifera de Martius. Vismia longifolia de Sainte-Hilaire. O sueco gommo-resinoso, louro, exsudando do entre-casco do fructo, e coalhando depois em bagos côr de fogo, constitue um medicamento incisivo, resolvente, drástico, que pôde no Brasil fazer as vezes da gomma gutta. A dose é de três a quatro grãos que se costuma dar em 173 emulsão de amêndoas, e com xarope de casca de laranja. Combretaceas (de combretum, na?do rústico). Caxaporra do gentio, Minas (terminalea argentea). A gomma resina que sahe desta arvore presta- se ás mesmas indicações que a precedente, mas é inferior em efficacia, ACRES EMETICAS, CUJA ACÇÃO É PRINCIPALMENTE DEVIDA AO EMETINO. A natureza dos eineticos brasileiros é diversa na verdade, mas parece-me que em muitos delles existe o elemento a que chamão emetinum. De poucos se tem até agora extrahido em um estado puro; e quasi sempre se encontra em combinação com varias substancias, e por ellas encoberto. Rubiaceas Poaya verdadeira ou de botica (cephaélis ipe- cacuanha, callieoca ipecacuanha, psychotria emetica.) Planta celeberrima nos bosques do Brasil oriental, em tupinico ipé-caá-goéne, isto é, vara> ou plantinha junto aos caminhos, a qual excita o vomito, corruptamente chamada pkahonha, e pelos [>rí\siteii'os poaya, ou poaya 174 preta. Esta é a que constitue a verdadeira raiz vomitiva das boticas, a respeito de cuja historia, entre outros autores, lede a Martius , I. c. Poaya brauca ou do campo (richardsonia). Richardsonia scabra, richardsonia pilosa, richar- dsonia brasiliensis. Richardsonia emetica, richardsonia rosea. Poaya do campo (borreria). Poaya da praia, Cabo Frio (borreria ferruginea). A planta n.° 598 da Flora herbanaria brasi- liense de Martius, Spermacocc ferruginea de Sainte-Hilaire. Poaya do campo , S. Paulo, Rio Grande do Sul; spcrmacoce poaya de Sainte-Hilaire (borreria poaya). Poaya de haste comprida, Rio Grande do Sul (bor- reria emetica). Borreria verticillata. Poaya do rio, da praia, Bahia (machaonia brasi- liensis ) machaonia spinosa. — Emmeorrhiza Pohl, endlicheria brasiliensis. As raizes de todas estas rubiaceas são usadas pelos habitantes com attenção ás suas diversas propriedades emeticas, mas nenhuma procede com tanta promptidão e com effeito tão seguro e salisfactorio , como áquella que mencionámos em primeiro lugar. 175 Maneltia cordifolia. Raiz emetica, que consíderão de grande importância na hydropesia e dysenteria, e que costuma ser administrada em infusão. O gênero de que é synonimo a guangbina ignita de Velloso contém differentes espécies emeticas, por exemplo : a monettia auratijlora de Manso. Fedorenta, dambre, raiz preta ou de frade, Minas; sipócruz, S. Paulo (chioccoca anguifuga). Raiz preta , caninana , Minas (chioccoca densifolia). Cainca , cahinca, cainana, caninana, cruzeirinha, raiz preta, puaia (chioccoca racemosa). Na raiz nauseoso-acre e amarga destas plantas descubrirão Francisco e Caventon o ácido cahi- nico, ou o cainanium, que exhibe pequenos crystaes brancos dispostos em fôrma de eslrellas, solúveis em seiscentas partes de água ou de ether e em menor porção de alcohol. O medicamento formado pelo cainanium em mistura com os outros elementos da raiz, é de mui grande virtude e celebrado pelos seus admiráveis effeitos contra a anasarcha, a oppilação das vísceras abdominaes, melancholia e mordeduras de cobra. Actua sobre os rins . promovendo as ourinas, sobre os intestinos por meio do cathartico e do emetico, sobre a pelle produzindo suores copiosos, e sobre 176 O utero propulsando o embryão. Toma-se doex* tracto um scropulo até dous, e o cozimento prepara-se com quatro ou cinco grammas em oito onças de água por dia, ou com uma drach- ma do pó. Jonidias. Poaya branca ou da praia (jonídium ípecacuanha), Itubu , ípecacuanha blanca (pombalia ípecacuanha). Jonídium poaya, Minas Occidental. Jonídium brevicaule, Minas oriental. Jonidium urticaefolium, Bahia. Jonidium parviflorum , S. Paulo. As raízes das precedentes são emeticas. Sipó suma, S. Paulo, piriguaia Minas (anchietea salutaris). Noissetia pyrifolia , viola summá. A raiz deste arbusto , que se estende pelo chão a grande distancia, picando na lingua com um sabor enjoativo é elogiada entre os melhores purgantes e emeticos, principalmente nas mo- léstias exanthematicas (erysipelas e outras), com o fim de derivar, de abrir e de expectorar. Na tosse convulsiva das crianças convém em peque- nas doses. A dose é de duas oitavas. Também se costuma applicar em cataplasmas sobre as fe- ridas. 177 Polygaleasa Poaya do campo, S. Paulo (polygala poaya). Raiz emetica, empregada na dose de meia a uma oitava, principalmente nas febres biliosas. ACRES DOTADAS DE ELEMENTO ACHVO YOLATIL. Euforbiaceas. Mandioca, mandiiba, tupinico (manihotutilissima). V. supra. E' geralmente sabido que existe nesta planta uma acrímonia volátil, que deve ser dissipada por meio do fogo. Até o presente, em caso algum tem a medicina adoptado o seu uso, e comtudo, apenas se poderá duvidar, que possa com grande vantagem utilisar-se em algumas moléstias , principalmente do systema lymphati- co. O sueco expresso das folhas é tido como an- tídoto da raiz colhida de fresco; os outros remé- dios são o ácido citrico, muito azeite pingue, leite, e sobrevindo vômitos, ópio.—O sueco da raiz, preparado ao fogo com os fructos do capsi- nmifrutesc.ens, (comari) e condensado (ticupí ou tucupi em tupinico) é usado para molhos, como o soya nas índias Orientaes. Pinha, queimadeira (cnidosculus Marcgravii). V. supra. 178 Cnidosculus neglectus. Cnidosculus vitifolius. Esta ultima, e muitas outras espécies do mes- mo gênero, contém, nos espinhos de que os ra- musculos e folhas estão armados, um sueco acre que, applicado á pelle, queima e produz tumo- res e inflammações. Servem portanto elles todos para a ortigação, c de algum modo prestarão grande serviço na paralysia dos membros que pro- ceder de resfriamento. Urticaceas. Ortiga (urtica caravellana). Urtica baccifera, (que produz bagos.) Loaseas. Blumenbachia lalifolia. Blumeubachia insignis e loasia parvíflora. Estas e varias outras plantas, muito fustigan- tes , podem servir para a ortigação. Afim de que não faltassem na exlensissima producção brasi- leira plantas que queimassem e ferissem, varias urticaceas se achão distribuídas pelas províncias boreaes do império, e as loaseas pelas do sul. Aroideas, Jiraraca, herva de Santa Maria, Pisão (dracon- tium polyphyllum). Tubera farinacea, que, contusa e applicadu 179 sobre a pelle, é rubificante (produz vermelhidão), e ás feridas as limpa. Internamente, dá-se contra aasthma, chlorosis, amenorrhea, nos mesmos casos em que na Europa a tubera fresca do arum maculalum (o jaro manchado). Vulgarmente se acredita ser de grande importância contra a mor- dedura das víboras, ás quaes os pediculos da raiz muito se assemelhão na côr e sarapinlado. Arisaema pythonium. Tubara de uma planta da Bahia que os índios empregão externamente contra as mordeduras das cobras. Irabé ou guaimbé, tupinico, tracuans (philoden- dron) . Sipó de imbé (philodendron imbé, arum arbores- cens). Philodendron grandifolium, arum de Jacques, arum amphibium. Philodendron hederaceum , arum de Jacques. Philodendron oblongura (pertencerá a este gênero o arum de Velloso ?) Aninga ou aninga-üva, tupinico, Pará, (philoden- dron arborescens de Kunther) será com effeito um philodendron ? Todas estas espécies e outras mais, abundão em um sueco turbido-acre, muito idôneo para purificar chagas e ulceras de má qualidade. Faz- 180 se applicação das folhas contusas ou do talo fres- co em cataplasmas. Uma onça do talo e folhas em libra e meia d'agua, cozida alé ficar em me- tade, é excellente em applicações e banhos con- tra as dores rheumaticas e tumores dos testícu- los e articulações, segundo o testemunho de um medico. A raiz sêcca , na dose de uns 5 a 25 grãos, aflirma outro medico, Manso, na Enume- ração, ser muito útil no hydrotorax. Pé de bezerro, papagaio, tagurá, tinhorão, ta- nhorão; tanhorom, tupinico (caladium bicolor). Arum vermitoxicum , Velloso. O sueco expresso é catharlico , anthelmintico e prescreve-se internamente e em crysteis, prin- cipalmente contra as ascarides. Caladium poecile, caladium violaceum. V. supra. ' Da mesma sorte que o caladium esculentum, são de grande utilidade, não só por motivo das tuberas comestíveis, de que se faz um grande uso, mas também por causa da acrímonia volátil da herva que, preparada em infusão a frio, se emprega em gargarismos contra o estado subinflammato- rio da garganta e das amygdalas, da mesma sorte que em applicações contra as ulceras malignas principalmente dos pés. Monstera de Adanson. Draeontium pertusum. 181 O sueco espremido de fresco é cáustico. O co- zimento, muito mais brando, prescreve-se em ba- nhos e applicações contra a hydropesia e dores articulares dos pés. A herva e o talo contusos, e applicados á região do processo mastoideo, aplacão immediatamente a dôr e zunido dos ouvi- dos, e na região laryngea, a rouquidão. Suppre quasi a raiz do saramágo. Flor d'agua, lentilha d'agua (pistia oceidentalis, pistia stratiotes.) Herva que nada solta nas águas puras de quasi todo o Brasil, mucílaginoso-acre, servindo con- tusa para limpar postêmas, antigamente recom- mendada em infusão para uso interno , contra as ourinas sangüíneas, diabetes insipido, tumores dos membros affectados d'erysipelas, moléstias herpeticas e hemoptysis. Conlão os pretos, que as fontes, em cujas águas nada, podem com ella , de tal fôrma impregnar-se em matéria acre, que á maneira de um veneno produzão eólicas e dysenteria. Cruciferas. Esta ordem de plantas, insigne por suas pro- priedades antiscorbuticas, e de que o Brasil tropi- cal é quasi destituído, só por poucas plantas é ahi representada, e essas mesmas casualmente intro- duzidas na Europa. 182 Desse numero aqui produzimos as seguintes: Nasturtium (masturço) oflicinale, sysimbrium flu- viatile. Senebiera pinnatifida , lepidium americanum. A cochlearia armoracia, e algumas espécies da bras- sica (com fôrma de couve) podem ser cultivadas no sul do império. ACRES QUE ARUNDÃ0 EM CAPSICINO. Solaneas. Pimenta da terra, quiya ou quiynha, tupinico; axi, ein caraibico (capsicum). Quiyaqui (capsicum annuum). Capsicum conoides, capsicum conicum. Quiya-cuinari (capsicum frutescens, capsicum co- marim). Quiya-apuá (capsicum baccatum). Quiya-apuá (capsicum cerasifonne). Capsicum grossum, capsicum umbilicalum. Pimentão comprido (capsicum longum). Pimenta malagueta (capsicum pendulum, capsicum baccatum). Pimentão, quiya-açú (capsicum cordiforme). Pimenta de cheiro (capsicum ovatura, capsicum odoriferum). Plantas desde a antigüidade conhecidas e cul- tivadas pelos índios. 183 Os fructos que se chamão pimenta da índia ou de Hespanha possuem uma resina balsamica acre sui generis, a que chamão capcicinum, comum extractivo amargo-aromatico, de sabor ardente, outro gommoso, uma substancia albuminosa, mucilagem, cera, citrato, phosphato e muriato de potassa. Frequentissimamente usados contra a conslipação do ventre,anorexia (fastio) apepcia (indigestão), alonia da lingua e da garganta, an- gina gangrenosa, gota serena. Externamente ser- vem para cáusticos. ACRES PROVIDOS DE PIPERINO, OU DOUTRO SEME- LHANTE ELEMENTO. Piperaceas. Caapeba, periparoba (piper, peperidia). Aguaxima (piper sidoefolium , piper, umbellatum). Piper peltatum, heckeria peltata et scutata. Estes arbustos selváticos possuem uma raiz aromatico-acre, que estimula o systema lympha- tico, promove a ourina, e se dá em infusão con- tra o enfarte das vísceras abdominaes. Externa- mente , serve para limpar as ulceras. O sueco expresso da herva é útil nas queimaduras, e o cozimento das folhas, em crysteis para as obs- trucções das ulceras abdominaes, segundo o tes- temunho de Pisão. 184 Nhandú, nhandí, niambí (piper, enckia , steffensia et schilleria). Nhandí ou pimenta dos índios, nhandú (piper un- guiculalum). Piper nodulosum, enckia glaucescens. A raiz destas espécies é silagoga , diuretica, administrando-se nos mesmos casos da preceden- te , principalmente para a inchação hydropica dos pés, da mesma fôrma que lambem se recei- ta, contusa , em applicações para a mordedura das cobras , e mastigada , para a dôr de dentes. Piper encalyptifolium (será o betys ou betre de Pisão?) O cozimento da raiz e das folhas acalma as eólicas, mitiga as dores dos membros, corrige a flatulencía, e amolleceos tumores dos pés pro- venientes de resfriamento: Pisão. Piper aduncum. Os fructos desta espécie e de algumas outras , da mesma fôrma que os do pimentão, fazem-se notar por um sabor acre picante. Usão-se como incisivos, attenuantes, resolventes, odontalgi- cos , auxiliadores da digestão , e curativos da go- norrhéa. Pimenteira do reino; da índia (piper nigrum, piper aromaticum). xirbusto importado do archipelago indiatico ; 185 assaz cultivado. O fructo, pimenta negra, pres- creve-se nos mesmos casos que na Europa. Piper parthenium. Na província do Rio Grande do Sul adminis- tra-se a raiz deste arbusto por nome pariparoba ou periparoba, na amenorrhea, leucorrhea, e demasiado fluxo das regras (hemorrhagiauterina). Jaborandí (ottonia, serronia). Ottonia anisum, ottonia jaborandí, piper jabo- randí. Raiz sialagoga (salivante), diuretica, incisiva , usada como as precedentes. Dá-se em infusão ou cozimento. Chlorantheas. Hediosmum (hortelãa) bonplandianum. As folhas e dardos deste arbusto achado na província de Minas, dotado de um cheiro exímio ambrosiaco, tomados em infusão, tem virtudes analepticas, nas febres malignas, enxaqueca, e dores dos membros em conseqüência do frio. Rutaceas. Alfavaca de cobra, jaborandi (monnieria trífolia). Planta semiculta nas províncias vizinhas do equador; tem uma raiz aromatica, picando na garganta, como o pyrethro, e que tem virtudes 186 diaphoreticas, diurelicas, sialagogas, expecto- rantes e antidotaes (preservativas). Anonaceas. Pindaíba, embira , inibira (xylopia , consolida). lbira (xylopia frutescens, produetiva , fiuctifera). Xylopia brasiliensis, xylopia muricata, cm fôrma de estrepe. Arvores que dão por toda a vasta região do Brasil, cujos fructos acre-aromaticos são usados em lugar da pimenta ethiopica. Xylopia sericea, de seda. Xylopia grandiflora. Os fructos de ambos estes arbustos a que os habitantes dão o nome de pimenta do sertão, do mato, da terra, servem para as mesmas indica- ções, que a verdadeira pimenta ethiopica, grãos de Selim, agora na Europa esquecida. NONA CLASSE. ETHEREO-OLEOSAS. ETHEREO-OLEOSAS PLEBÉIAS; O CONTIDO NAS PARTES FOLIACEAS, COM ELEMENTOS MENOS DIFFERENTES. Chenopodeas. Herva de Santa Maria (chenopodium ambrosioides). Herva odorifera, de um sabor aromatico sub- 187 acre algum tanto amargo; além de um óleo sui- generis, contém camphora, resina, mucilagem, nitrato de potassa e outros saes. Muitas vezes se toma em infusão, como carminativo, diaphore- tico , e emmenagogo, na tosse, engurgitamento piluitoso dos pulmões, amenorrhea, e para a expulsão do feto morto, casos em que é recom- mendada pelos médicos brasileiros. Labíadas. Cordão de frade (leonotis nepetaefolia). Stachys mediterrânea. Herva que se diz convir em banhos contra as affecçõesrheumaticas, e na dysuria. Catinga de mulata (leucas martinicensis, stachys (salva) fluminensis). Alguns a indicão como a stachys recta de Linneu, para os espasmos hystericos e dores ar- ticulares. Mangerona do campo, Rio Grande do Sul (glechon spathulatus). Usa-se a infusão da herva como eximio diapho- retico para as doenças catarrhaes. Poejo, Rio Grande do Sul (cunila (segurelha) inicro- cephala). O uso da herva é o mesmo que o dos marroios na Europa, principalmente para a tosse chronica, 188 e languidez da garganta e dos pulmões. Dizem que cose o defluxo. Ortelã do mato (peltodon radicans). Planta balsamica, sternutativa (espirradeira) cephalica, carminativa , diuretica, que na obra de Velloso se acha desenhada com o nome de clinopodium repens, poejo rasteiro. Hyptis. Ha numerosas espécies com differentes nomes: ortelã, menthaslro, marroio, betonica, segure/ha, metissa, herva cidreira, que vulgar- mente se notão. Hyptis peclinata. Clinopodium imbricatura de Velloso. Hyptis fruticosa , Rio , Minas , Bahia. Hyptis spicata, Pará, Minas. Hyptis suaveolens. Hyptis fasciculata, Rio, Minas, S. Paulo. Bahia. Clinopodium verticillatum de Velloso, o que será? Marrubium, Pisão. Hyptis graveolens, vem em toda aparte. Hyptis umbrosa. Hyptis canescens— será importada ? Todas estas, e outras espécies mais, se empre- gão como diaphoreticas em varias enfermidades, principalmente catarrhaes como carminativas; da mesma sorte que na Europa a água de ortelã e as melissas; o modo é cm infusão. O uso exter- 189 no é por applicação da herva sobre as feridas, que corrobora e mundiíica. Aeolauthus suavis. Ouvi a uns colonos chins na aldêa de Santa Cruz elogiar a infusão desta pequena planta, que possue um magnífico aroma, contra a estran- guria espasmodica. Ortelã (marsypiauthes hyptoides, hyptis pseudo- chamaedrys). Aproveita em banhos contra as dores rheuma- ticas dos membros, offerecendo uma actividade quasi ambigua entre a do thymum serpyllum, e teucrium scordium (rosmaninho e pimpinella). Segurelha (ocimum). Remédio do vaqueiro (ocimum incanescens). Diuretico e diaphorelico nos resfriamentos (constipações), Bahia. Ocimum gratissimum. As folhas com cheiro de cravo, são carmina- tivas, ccphalicas e uterinas (antihystericas). O cozimento das sementes, que são mucilaginosas, é elogiado contra a gonorrhéa. Ocimum inicranthum, ocimum americanum. Verbenaceas. Camará, tupinico (lantana). Gamará-juba, isto é, com flor áurea (lantana câ- mara). 190 Lantana aculeata. Camará-tinga, isto é, alva (lantana involucrala). Lantana brasiliensis. Lantana sellowiana, de Link e Oito, Rio Grande do Sul. Chá de frade, chá de pedestre, Minas (lantana pseudothea, chá falso). Alecrim do campo, Bahia (lantana microphylla). Estes arbustos possuem folhas aromaticas, e flores aroinatico-mucilaginosas. A infusão das folhas e das flores é freqüentemente usada nas affecções catarrhaes. Os banhos feitos com as folhas, já por Pisão forão com toda a justiça elo- giadas para o rheumatismo. Salva , Rio Grande do Sul (lippia citrata). E' igual em propriedades á salva e ao rosma- ninho. Caprifoliaceas (com folha de alcaparras). Sabugueiro, Santa Catharina, S. Paulo, Rio Grande (sambucus australis). As flores concordão em propriedades diapho- reticas com as do sabugueiro europeo. Compositas. Quitóco^ tupinico; caculucage, Minas (pluchea quitoc). A herva suavemente odorifera, resolutiva, 191 carminativa, anthysterica, dá-se em infusão e serve para banhos. Maria preta, Bahia (conoclininium prasifohium). Planta aromatica, para fomentações excitantes e emollientes (segundo os casos, ao que parece). Talvez seja a camara-japo de Pisão. Cravo de defunto, Rio, S. Paulo (tagetes glanduli- fera, tagetes porophyllum). As folhas amargo-aromaticas, estimulantes, diureticas e diaphoreticas, contém em grandes cryptos ou bolsiculos, um óleo anthelmintico. Varias outras compostas, que tem as mesmas virtudes, da mesma sorte que o nhambi de Pisão, são aqui omittidas. Leguminosas. Acácia farnesiana. Importada de fora, cultiva-se nos jardins das cidades marítimas. As flores, cheirosissimas, são dadas em infusão e água distillada contra a car- dialgia ; e as lavadeiras costumão espalha-las pela roupa, por causa do perfume e para afugentar os insectos. Aurantiaceas, Laranjeira (citrum aurantiacum). V. supra. Das suas flores cheirosas se distilla a água de 192 flor de napha ou Napha ; água de flor de laranja, ou Portugal, são os únicos nomes que lhe tenho ouvido dar. As folhas são usadas pelas mulheres hyslericas em lugar de chá da índia. ETHEREO-OLEOSAS DE SEGUNDA ORDEM , COM MISTURA DE PARTÍCULAS RESINOSAS E OUTRAS. Marantaceas. Cuité ou coité (canna). Meeru (canna aurantiaca). Canna edulis. Canna indica de Velloso, o que será? Canna stolonifera (que dá pirapolhos). Canna angustifolia de Velloso, o que será ? Canna glauca (de côr verde). Albara ou herva dos feridos , imbirí. As raízes tuberosas de todas estas espécies contém dentro do parenchyma amylaceo par- tes ethero-oleosas e resinosas, c quanto a pro- priedades medicinaes, podem de algum modo comparar-se com as da iris (lirio roxo). Aug- mentão a diuresis e diaphoresis. A herva colhida de fresco e contusa, aproveita em banhos con- tra as dores rheumaticas e torpor dos membros; applicada sobre as ulceras, as mundifica. O pó da raiz sccca, entra na composição dos pós de 193 dentes. O sueco expresso da herva, não sei com que fundamento, é recommendado contra o mer- curialismo; eo sueco do fructo meio maduro, contra as dores de ouvidos. Amomeas (de amomum, arbusto fragrante). Paco-seroca, cuité-açu (alpinia). Alpinia aromatica. Alpinia racemosa. Paco-seroca (alpinia paco-seroca, alpinia humilis). A raiz, dotada de suavíssimo aroma, riva- lisa com o açoro verdadeiro da Europa em propriedades carminativas, estomachicas, atte- nuantes, resolutivas, e alexipharmacas (de antí- doto). Toma-se em pó na dose de 10 a 20 grãos. Externamente cura as ulceras malignas. As se- mentes correspondem ás do cardamomo da índia. Alpinia nutans, vacillante, zerumbet speciosum. Vi esta planta, que foi introduzida da índia oriental, cultivada cora o nome de pacová. A raiz usa-se como a das precedentes. Gingibre (amomum zingyiber, zingiber oflicinale). Planta introduzida da índia oriental, cultivada por toda a parte, por causa da sua preciosa raiz, e já mencionada por Pisão com o nome de mangaratiá, ou zingiber. M. M. v. i3 194 Açafrãõ da índia (cureuma longa). Vi-a cultivada juntamente com a outra, no Rio de Janeiro e n'outros lugares, mas dizem os habitantes, que as raízes tem menos força que as da índia. Urtigaceas. Caapiá, caa-apiá, cayapiá,carapiá, tupinico; con- trayerva (dorstenia). Caa-apiá de Pisão, S. Paulo, Minas, Bahia, Per- nambuco (dorstenia brasiliensis). Dorstenia bryoniaefolia, Cuyabá. Dorstenia opifera , províncias orientacs— será a cayapia de Velloso? Dorstenia arifolia, Rio. As raizes tubcrosas destas espécies tem, com muito amido, um extractivo amargo c um óleo ethereo. São alexipharraacas, diureticas, diaphoreti- cas e corroborantes. Tem para os colonos grande valor, principalmente contra a dysenteria malig- na. A dose da raiz fresca é de um escropulo; secca, de dous. O pó administra-se com o amarello da casca de laranja, ou preparado a frio. — A dorstenia rotundifolia e a dorstenia pernambucana de Arruda o que são ? 195 Arístolochia*. Sipó de jarrínha , ou de míl-homens (arístolochia). Papo de peru (arístolochia cymbifera, grandiflora, orbiculata , de fôrma orbicular). Arístolochia macroura, arístolochia appendicu- lata. Arístolochia galeata, armada de capacete. Arístolochia brasiliensis , arístolochia ringens, que range. Ambuia-embó (arístolochia labiosa, beiçuda). Arístolochia rumicifolia, com folha de labaça azeda. Arístolochia theriaca, do nome de certa videira ; arístolochia odoratissiina (a de Velloso e não a de Linneu). Arístolochia antihysterica, Rio Grande do Sul. A raiz e haste destas plantas, algumas vezes muito cheia de varas, com um cheiro fortís- simo de alho e de canfora, e com um sabor amargo-nauseoso , é considerada como um dos mais famosos preservativos ou alexipharinacos. Thomé Pxodrigues Sobral foi o primeiro que, em Coimbra, analysou chimicamente a raiz da arístolochia cymbifera, e encontrou nclia : um principio volátil aromatico sui generis, solúvel em alcohol, uma matéria extractiva acompa- 196 nhada de Stryphno, um principio oleoso-resi- noso, um amargo análogo ao genlianino, uma pequena porção de mucilagem , cal, potassa c ferro. As suas virtudes anlisepticas , diureticas, utcrinas e diaphoreticas são comprovadas cm muitas e gravíssimas moléstias, isto é, nas mor- deduras de cobras, nas febres nervosas acompa- nhadas de torpor, nas febres pútridas, e nas ulceras malignas dos pés. A dose do pó é de 10 a 20 grãos varias vezes ao dia; a da infusão meia onça. Muitas destas aristolochias sem du- vida desbancão a serpentaria virginiana, sendo em senseffeitos muito mais efficazes, c supprem a falta da valeriana. Se porém o medico brasi- leiro não quizer absolutamente dispensar qual- quer outro suecedaneo da valeriana para as febres nervosas versáteis , experimente se a raiz da valeriana trepadeira (valeriana scandens de Linneu, e de Velloso tom. l.° estampa 67) ou a da valeriana de Velloso, 1, 68 ou a polystachea de Sm. ou a chamcedrifolia de Chain, e Schlcht. não tem a mesma força. Quanto a mim, nada posso informar a tal respeito. ETHEREO-OLEOSAS GENEROSAS, OU AROMAS. Orchideas. Baunilha em portuguez, vaynilla em hespanhol (vanilla). 397 Vanilla aromatica. Planta que produz as verdadeiras bages de baunilha, ou ervilhacas aromaticas, de produc- ção espontânea nas províncias orientaes, e que merece ser multiplicada e melhorada pela cul- tura. Vanilla palmarum, epidendron vanilla,, de Velloso. Mais vulgar que a precedente, comtudo as suas cápsulas são mais curtas, mais grossas, e empoladas; com uma polpa mais espessa íicão em fragrancia muito inferiores á precedente. Pare- ce-me desnecessário o dizer, que esta preciosa dádiva da natureza é empregada pelos médicos brasileiros nos mesmos casos em que nós o fa- zemos, considerando-a de egrégia effeclividade sobre o systema nervoso , nas febres aslhenicas, torpor do systema uterino , melancolia e outros casos semelhantes. Lieguminosas. Cumaru, Rio Negro (dipterix odorata). Coumarouna odorata. Arvore que habita no interior do Pará e Rio Negro, produzindo sementes de um cheiro sua- víssimo , que são celebres com o nome de se- mentes ou favas de tonca, e por causa da espécie peculiar de canfora, o coumarinium, são em- 198 pregadas para communicarem o seu aroma ao tabaco. Adoptadas na medicina, podem valer como nervinas , analepticas (restaurativas), car diacas (cordiaes), diaphoreticas, c emmenagogas (provocadoras da menstruação). Coumarourana (dipterix oppositifolia). Taralea opposilifolia. Arvore das mesmas regiões que produz semen- tes análogas ás da precedente, e supposto não inertes, comtudo maisfracas, e que por isso se lhe deu o appellido rana, que quer dizer: bravia. Cumbarú, cumaru, barú (dipterix pteropus). Dipterix pterola de Martius é um erro typogra- phico; é a dipterix alala de Linneu. Arvore do Brasil central, notável pela produc- ção de sementes igualmente odoriferas. Myristiceas. Muscadeira (myristica officinalis). Myristica moschata , myristica aromatica. Arvore das Moluccas, a que devemos as nozes moscadas e de maça oflicinaes , foi transportada de Cayenna em 1809 para o passeio publico do Pará, e ahi vegetou bem. Laurineas, Puchury (nectandrapuchury major). 199 Puchury-iniri (nectandra puchury minor). Arvores do interior do Rio-Negro, que dão as favas chamadas pichurim maiores e menores. Escorrem estas favas, ou antes sementes ou co- tyledones em um óleo pingue, a que se junta outro ethereo ou volátil, que foi analysado por Bonastre. Ouso que delle fazem os habitantes é na indigestão, diarrhéa atônica, leucorrhéa e dysenteria, tanto internamente pela bocca, toma- do em pó, como externamente em applicações e cataplasmas. Noz moscada do Brasil (cryptocarya moschata). Fructos insignes pelo cheiro e sabor aroma- tico, cardíacos, carminativos e prescriptos no Brasil oriental (Minas, Porto Seguro, Bahia) nos mesmos casos em que o são as favas de pi- churim. Canella de cheiro,' Rio-Negro (oreodaphne opi- fera). Na villa da Barra do Rio-Negro preparão com os fructos desta arvore distillados, um óleo ethe- reo límpido, côr de vinho alourado , como se se tivesse misturado óleo velho de limão com óleo de rosmarinho, de um sabor aromatico-acre. Nos encolhimentos de membros, dores articu- lares, e outras doenças rheumaticas e arteticâs; usão deste óleo, ou reduzido a unguento pela 200 mistura com outro óleo, ou puro; para fricções. Cujumary, Rio-Negro (aydendron cujumary). Será a arvore Cuchery de La Condamine ? As sementes são de sabor aromatico, porém abundantes em óleo pingue n'uma proporção maior que as favas chamadas pechury. Dão-se para os vicios digestivos, em pó, com vinho ou água, como as ditas favas. Maior efficacia porém attribuem para a debilidade do estômago a partes iguaes do pó destes bagos, e do lenho meio queimado de certa arvore desconhecida, a que chamão Pira-cuúba, isto é, páo dos peixes. Páo sassafraz, Rio-Negro (Nectandra cymbarum, ocotea cymbarum , ocotea amara). A casca desta grande arvore silvestre, amargo aromatica, dá-se cora a indicação dos tônicos carminativos para a debilidade do estômago e outras moléstias. Pereiorá, páo ou casca preciosa, Rio-Negro (mes- pilodaphne pretiosa). A casca desta igualmente grandiosa arvore silvestre, celebre com o nome de canelilla entre os habitantes do Oronoco, com um sabor aro- matico, urente e adocicado, corresponde á verda- deira canella: o seu cheiro é como o do sassafraz misturado a canella e a rosas. Contém, principal- 201 mente no entrecasco interior, um óleo ethereo alourado, mais pesado que a água, e comparável ao óleo de canella. Concorda em prestimo me- dicinal principalmente com a casca do sassafraz; e o seu uso é solemnemenle preconisado em cozimentos, infusões e banhos, para muitas moléstias; como para a debilidade do systema nervoso por abusos venereos, diminuição de memória, edema dos pés por causa de resfria- mento, catarrho chronico, hydropesia, gota, syphilis e flores brancas. Páo cravo, imyra-quiynha ou kiynja, isto é páo de capsico (ou de pimenteira) em tupinico, Pará, Rio-Negro; bois de rose, em Caienna; licari-kanali, em língua caraiba (dicypellium caryophyllatum, licaria gujanensis, laurus ca- nella). A mais nobre de todas as arvores do gênero dos loureiros que no Brasil vegetão, a qual não só floresce nas províncias septentrionaes, masé a gloria dos bosques montanhosos na serra do Mar. Fornece uma casca aromatica que enrolada em fôrma tubular, é no mais alto gráo insigne pelo seu cheiro e sabor de cravo da índia, e que se exporta para a Europa com o nome de cássia caryophillata. Esta casca portanto é por um lado vizinha do cravo da índia, e por outro da canella. 202 Canelleira (cinnamomum zeylanicum, variedade v deNees; laurus cássia, laurus cinnamomum). Variedade da arvore indica, cultivada nos jardins do Brasil, concorda com o laurus cássia de Linneu, tanto no caracter botânico, como pela natureza da casca, a qual é mais grossa e linhosa que a melhor de Ceylão , sendo a do Brasil mais abundante em princípios mucilaginosos, e menos rica em aroma. Avacate, abacati (persea, do nome de uma planta do Egypto, gratíssima ; laurus persea, Linneu). Canella preta, Rio, Minas (nectandra mollis, laurus atra). As folhas destas laurinease de muitas outras, abundantes em óleo aromatico, são empregadas em muitas moléstias com intuito diuretico, car- minativo, emmenagogo. Alcanforeira (canfora officinarum). Arvore da China que fornece a verdadeira canfora officinal; é cultivada no jardim botânico do Rio de Janeiro , sendo provável que prospere nos lugares montanhosos e mais frios dessa pro- víncia. Por isso a quiz antes referir aqui que omittir. Myrtaceasa Craveiro da terra, Rio (calyptranthes aromatica). Os botões aromaticos das flores, diz Sainte Hi- 203 laire, supposto de menos efficacia, merecem ser substituídos aos verdadeiros cravos (da índia). Craveiro da terra , Rio, Minas (eugenia pseudo- caryophyllus , videira falso craveiro). Myrtus pseudocaryophyllus, myrtus caryophyllata. Esta arvore, dos bosques montanhosos das províncias do Rio de Janeiro, Minas e S. Paulo, e cultivada por toda a parte nas vizinhanças do Rio de Janeiro, produz umas bagas que, em cheiro e sabor, disputão com as do amorno da índia Oriental, e lhe correspondem em pro- priedades medicinaes. Girofleiro (caryophyllus aromaticus). Arvore da índia aquosa, transplantada de Cayena para o passeio publico do Pará, ahi prospera. As flores colhidas antes de abrirem de todo e seccas, ou fossem do anthophyllo ou do caryophyllo aromaticos que ahi examinei, mos- trão por um sabor ardentíssimo, e cheiro sua- víssimo, que áquella região é aptissima para a sua cultura. O uso ali, é para o tempero do co- mer e aromatisar algumas bebidas. 204 DÉCIMA CLASSE. RESINOSAS E BALSAMICAS. Styraceas. Storaquc, beijoeiro (slyrax). Styrax reticulatum. Styrax ferruginium. Pamphilia áurea. Arvores da província de Minas e da Bahia , cujo entrecasco é cheio de resina balsainica, comparável em fragrancia e pharmacodynamia, com a do verdadeiro estoraque. Vários insectos da ordem dos ichneumons e curculionides (ves- pas e gorgulhos) ferem a casca, o que serve de regra aos moradores, para a arrancarem e colligi- rem maior copia do egrégio medicamento. O uso é para servir de incenso nas igrejas e para vários emplastos corroborantes e excitantes. Humiriaceas. Humiri, tupinico e caraibico, touriem caraibico (humirium). Humirium floribundum. Humirium balsamicum. Estas arvores das províncias equatoriaes dis- tillão da casca e do lenho um balsamo louro, 205 límpido, de um egrégio cheiro stiracino, quas intermédio quanto á força media entre o de copaiba e do Peru, prestando-se ás indicações desle ultimo. Leguminosas. Jetahy, jatahy, jetai, jatai-üva, jatobá, jetaiba, abati-timbaby (hymenaea). Hymenaea courbaril, Minas, Bahia, Pernambuco. Hymenaea stilbocarpa, ibidem. Hymenaea inartiana, ibidem. Hymenaea olfersiana , ibidem. Hymenaea stignocarpa, Bahia , Piauhy. Hymenaea sellowiana, ibidem. Trachylobium martianum , Rio Negro. De todas estas arvores e algumas congêneres, distilla um balsamo límpido, que logo se con- gela, e forma no chão grandes massas disformes que, recobertas de uma côdea áspera , cinzenta lodosa, contém no interior uma resina vinoso- amarellada espessa. Esta é a resina copai brasi- liense, que os Inglezes chamão anime, donde proveio o erro de alguns livros, que attribuem ás hymenêas a gomma resina anime das oflicinas d'Allemanha, quando ella só provém de uma therebenthacea. A resina copai brasiliense antes é empregada nas artes, principalmente para ver- nizes ou laças, do que em medicina ; comtudo , 206 na debilidade dos pulmões, e na tisica pituitosa incipiente, é recommendada pelos médicos bra- sileiros, para inhalações (para cheirar), assim como triturada e misturada com água, alcohol e assucar, é decantada pelos Mineiros para a tosse chronica. Copa-iba, ou copa-üva , tupinico e brasileiro ; cu- pay, guarany (copaifera). Copaifera gujanensis. Copaifera nitida, Minas, Cuyabá. Copaifera Martii, Pará , Maranhão. Copaifera Langsdorfíi, S. Paulo , Minas. Copaifera coriacea, S. Paulo, Minas. Copaifera Beyrichii, copaifera officinalis. Destas espécies de copaiferas que acabamos de referir, sabemos que se extrahe o balsamo de copaiba officinal. Outras produz o Brasil, como a longifolia e cordifolia de Martius, a de Sello- vvio , a frouxa (laxa) e a trapezifolia de Hayne , a respeito de cuja importância desejaria se pe- disse aos médicos brasileiros, para fazerem expe- riências. Entretanto, desde já posso declarar, que o balsamo de copaiba pôde variar mais ou me- nos em côr, cheiro, peso especifico, e proprie- dades medicinaes, segundo as differentes espécies de que for tirado. Um, o da copaifera de Langs- dorf e da coriacea, é de um alaranjado inten- 207 so, de um cheiro penetrante, de sabor acerrimo; outro , côr de vinho do Rheno e mais brando , outro mais pallido. Quanto ás espécies de que tratão Pisão e Marcgrave, é o juizo mais difficil. O uso no Brasil é variado, mas principalmente se emprega para as gonorrhéas, na dose de meio escropulo. Cabure-iba, capureúva, capreúva, capureigba em tupinico; páo d'oleo , jacarandá cabiuna, bal- samo (myrospermum). Arvore silvestre que fornece um balsamo, ca- buericica, semelhante ao peruviano, e que foi descripta por Pisão, mas não é bem conhecida. Um balsamo de summa fragrancia, e semelhan- te na côr ao que chamamos peruviano , é colli- gido pelos índios em bocetinhas, que são os fructos ainda por amadurecer de certa eschwei- lera, e que só raras vezes se vendem no mercado da Bahia; é objecto que ainda está por indagar.— Nem posso também dar informação alguma exac- ta sobre o balsamo tamacoaré dos Paraenses.— A isto se refere talvez o anguay ou ybira-payé, isto é, arvore dos encantadores, em lingua gua- rany. A resina que distilla desta arvore é de um cheiro fragrantissimo, e de uma virtude salu- berrima. O balsamo peruviano e brasiliense, em toda a parte célebre, feito desta resina, com 208 mistura do óleo da arvore cupahy e outros, é usado em lugar do incenso, a quem muitíssimo excede em suavidade, c é ministrado nos tem- plos. Hypericineas (de hyperichon , hypericão oumilfurada, erva). Orelha de gato, S. Paulo, Rio Grande do Sul (hy- pericum connatum). Esta herva contém nos cryptos ou bolsiculos das folhas partes oleosas e resinosas, como o hypericão milfurado europeu. Considera-se como adstringente , corroborante e vulneraria , principalmente para as ulcerações leves da gar- ganta ; emprega-se em gargarismos. Alecrim bravo, Rio Grande do Sul (hypericum la- xiusculum). É igualmente recommendado por vulnerario , como o precedente, com preferencia para as mordeduras de cobras, apenas digno de contar- se entre os egrégios alexipharmacos de que o Brasil abunda. Clusiaeeas. Lantim, landy, jacaré-üva (calophylium brasi- liense). Da entrecasca desta grande arvore silvestre , que dá por toda a vasta região tropical brasilei- 209 ra, distilla um balsamo alourado, com cheiro aromatico-citrico, e sabor amargo algo-acre, de que os arrieiros usão com muita freqüência nas moléstias dos cavallos e mulas. Prepara-se por cocção um emplastro corroborante, escande- cente e resolvente contra a relaxação dos tendões. Abricot (vid supra). (Mammea americana), O interior da raiz abunda em um balsamo gommoso que, triturado com água de cal, é contra as feridas procedentes de picadas de in- sectos, principalmente do culex penetrans (bor- rachudo) e contra as ulceras de má qualidade. Clusia insignis. A grande e formosa flor de uma arvore equa- torial parasitica transuda do thalamo (interior da flor) e do cumulo dos estames, uma resina loura avermelhada, que depois de secca se torna fusca escura, nitida (reluzente), rija, episada é côr de óca. Queimada emitte o cheiro da resina de lacca, e feita em carvão adquire um cheiro aromatico de alho, quasi semelhante ao das flo- res de benjoim, insoluvel em água fria ou quente, o é em grande parte no alcohol, e quasi de todo no ether. Consta de 6,0 de sub-resina solúvel no ether e em acohol aquecido, 3,00 de resi- na, loura pela trituração, 1,0 de matéria albu- minosa. Desta resina misturada com manteiga M. M. v. 44 210 de cacáo, preparão as mulheres Índias que dão de mamar, um unguento , contra a deterioração e decadência dos peitos. Oanani, Pará, Rio-Negro (moronobea coccinea, aneuriscus brasiliensis). Desta arvore, ou approximando-lhe o fogo ou por coeção, se prepara uma gomma-rcsina de- negrida, oanani, nani, mani, que os índios cos- tumão empregar, feita em um emplastro vulne- rario. Coniferas. Curi-y em guarani; curi-üva em tupinico, pinheiro, (araucária brasiliana). Distilla desta arvore uma resina rutilante de cheiro suavíssimo, que preenche as mesmas in- dicações que na Europa a terebenthina. Anacardiaceasa Aroeira, Rio Grande do Sul (schinus anlarthritica). Da casca desta arvore , chegando-lhe um leve fogo, transuda um balsamo que, formado em um emplastro e juntando-lhe varias outras cascas adstringentes, é considerado de grande impor- tância pelos Rio-Grandenses, principalmente con- tra as affecções em conseqüência de resfriamen- to, dores arthriticas, com atonia e distensão dos tendões.—As folhas e fructos, tanto desta espe- 211 cie como das outras que acima mencionámos a pag. 112 , cheias de partículas balsamicas, que cheirão a endro , costumão ser applicadas sobre as feridas e ulceras, assim como se preparao com ellas banhos excitantes e corroborantes. A água distillada das folhas e fructos é diuretica. É opinião vulgar que aos que dormem á sombra d'arvores deste gênero succede muitas vezes contrahirem tumores nas articulações. Advirto de passagem, que as folhas das spondias se usão do mesmo modo. Mangueira (mangifera indica). O tronco desta formosíssima arvore lança uma resina arruivada, amargosa, aromatica, algum tanto acre, que se assemelha ao bdellio (*) , e se dá contra a dysenteria atônica e a syphilis. Almecegueira, ubira-siquá, icicariba, em tupini- co ; iciy, em guarany (icica). Icica icicariba. Escorre desta arvore o elemi occidental que entre as resinas balsamicas do Brasil facilmente leva a palma ás outras pela força de aquecer , resolver e emendar o processo plástico. Icica heptaphylla , amyris ambrosiaca. Icica gujanensis. (*) Arvore escura aromatica, da índia Oriental. 212 Icica altíssima. Arvores que na região amazônica distillão um balsamo que secco é comparável ao das diver- sas espécies de elemi e animes. Imburana, Bahia, Minas (bursera leptophloeos). O balsamo verde alourado que esta arvore distilla, parecido no cheiro á terebenthina. preenche as mesmas indicações que o prece- dente. Guarabú, tupinico ; gurabú preto (astronium con- cinnum). A casca desta arvore silvestre emitte por inci- são lagrimas de um egrégio balsamo de cheiro terebenthinacio, de que os médicos costumão usar em varias moléstias como da terebenthina. Euphorbiaceas. Varias espécies de croton emittem uma resina de côr luzente, que é conhecida entre os habi- tantes de Minas e Bahia com o nome de sangue de drago. 213 UNDECIMA CLASSE. NARCÓTICAS. Solaneas. Estramonio, figueira do inferno (datura stramo- nium). Planta que se julga introduzida da Ásia, e que assaz freqüentemente cresce no Brasil pelos mon- turos; para oinittir ornais, dotada de um ele- mento alcalóide sui generis, o daturinio, ao qual principalmente são devidas as propriedades ve- nenosas. Obra sobre o systema nervoso, depri- mindo , e secundariamente, sobre o coração e vasos sangüíneos, decompondo ao mesmo tem- po o sangue, e sobre os nervos do systema da geração , excitando. O seu uso como anodyno e antispasmodico é variado entre os médicos bra- sileiros. O cozimento da rama é frequentissimamente usado pelos habitantes da província de Minas, para aodontalgia, tanto nervosa , como acom- panhada de inflammação das gengivas. Os ne- gros preparao com elle philtros (feitiços ou ve- nenos). Meimendro negro e branco, S. Paulo, Santa Ca- 214 (Iiarioa, Rio Grande do Sul (hyoscyamus niger et albus). Hervas importadas da Europa nas província^ austraes, onde produzem espontaneamente, r são cultivadas pelos curiosos de pharmacia. E geralmente sabido que a sua acção depende d'um principio alcalóide que tem o nome de hyoscya- minum. O uso da herva , das sementes, do ex- tracto e do óleo cozido são os mesmos para que é recommendado na Europa. Carachichú, aguara-quiya, isto é, pimenta dos cães; herva do bicho ou pimenta de gallinha ; herva moura em portuguez (solanum, maurella . solanum oleraceum de Richard; solanum ni- grum, de Velloso capsicum caninum). Aguara-quiya-açu (solanum pterocaulon). Solanum guineense. Hervas de monturo, em que existe alcalóide sui generis, o solaninum, emollientesr anody- nas, diureticas, empregadas coin freqüência, prin- cipalmente na moléstia endêmica, inflammação do ânus (bicho do cú) e na retenção espasmo- dica das urinas, em cataplasma. Defumatorios das bagas seccas ao sol são indicados contra as dores espasmodicas dos dentes, e contra a pro- sopalgia. Applicão-se as folhas com o melhor 215 resultado nas ulceras das canellas das pernas e nas fissuras do bico do peito das mulheres. Camarú (physalis pubescens). Physalis viscosa. Physalis angulala. Estas espécies e algumas outras , conhecidas pelo nome geral tupinico de camarú, fornecem hervas insignes por uma certa propriedade re- solvente, anodina e diuretica. A infusão é usada pelos habitantes nas febres catarrhaes de com- plicação gástrica. Contra a estranguria espasmo- dica, dizem aproveitar applicações e fumigações da herva. Petúm, petume ou pety em tupinico; fumo, tabaco (nicotiana). Nicotiana tabacum , Linneu e Velloso. Planta exótica cultivada na maior parte do império. Nicotiana Langsdorfii, nicotiana ruralis. Esta espécie, espontânea nas províncias do interior, é usada pelos índios para fumar, e figura , tanto em medicina , como nos veneíicios e nos encantamentos. Supposto seja em proprie- dades medicinaes inferior á precedente, julgo mui verosimil que possua o principio que nella prevalece, o nicotino, matéria alcaloidea , e o nicotianum, espécie de canfora. 216 A herva nicotiana é empregada no Brasil, principalmente para crysteis nas affecções sopo- rosas, nas mordeduras de cobras, e em fumiga- ções contra a asthma espasmodica. Os arrieiros costumão emprega-la em infusão para destruir os parasitas que perseguem os animaes. Coerana, tupinico (cestrum). Cestrum euanthes, S. Paulo, Minas. Cestrum levigatum , Rio, S. Paulo, Bahia. Cestrum corymbosum, Rio, Minas. Cestrum parqui, S. Paulo, Rio Grande do Sul. Cestrum bracteatum, cestrum stipulatum, espi- gado. Estes arbustos e outros congêneres possuem uma virtude anodina emolliente na herva, que sabemos mundificar, e aplacar as dores das ul- ceras e feridas a que se applica. Nas moléstias espasmodicas também aproveita em cataplasmas, e a infusão contra a dysuria. Loganiaceasa Strychnos gujanensis , ruhamon gujanensis. Strychnos toxifera. Arbustos cuja casca abunda muito em stry- chnina, sendo aproveitada como tal para enve- nenar as settas dos índios, e que em conseqüên- cia do elemento acre-narcotico que encerra, é 217 aqui referida. Nasce nas províncias confinantes do Amazonas. O strychnos brasiliensis de Martius (narda spinosa de Velloso) e o strychno trinervis (gar- dênia trinervis de Velloso) tem ainda de ser chi- micamente analysadas, rpara se poder saber se contém ou não strychnina. Cannabineas. Canhamo (cannabis sativa). Raras vezes cultivada pelos habitantes, e isso principalmente para o suL e nem aqui a mencio- namos pelo caracter oleoso das sementes, mas porque a herva abunda em uma certa virtude volátil narcótica. Um curandeiro ambulante , que vimos na Bahia fazendo as vezes de profis- sional da nobre arte da medicina, elogiou-nos o variado prestimo, tanto desta planta, como do estramonio. Nem mesmo os pretos ignorão as propriedades tóxicas e anodinas desta herva e do extracto com ella preparado ; pois, além do mais, inculcão o perfume das folhas como opti- mo remédio contra a bebedeira. Amygdaleas. São enumeradas neste lugar, por causa do ácido hydrocianico, que unido a óleo, não falta na casca e fructos das drupaceas (arvores que pro- 218 duzem fructos análogos ás azeitonas) brasileiras. Juá-açú, juá-üva, tupinico (prunus cerasus). Cerejeira ou giugeira brava (prunus brasiliensis). Prunus sphaerocarpa. A casca do fructo destas arvores das províncias de S. Paulo, Minas e Mato Grosso, de algum modo representa os caroços das cerejas euro- péas prenhes de ácido hydrocyanico. Loirocerejeira (prunus laurocerasus). No jardim botânico do Rio de Janeiro vi cul- tivado um arbusto, cujas folhas abundão mais em ácido prussico que as de todas as outras dru- paceas. Amendoeira (amygdaius cominunis). É cultivada nos lugares mais frios das provín- cias do sul, mas diz-se que produz poucos fruc- tos, e esses vasios ou oucos. O óleo de amêndoas doces ou amargas é importado da Europa. Pecegueiro (amygdaius pérsica, pérsica vulgaris). Nas regiões temperadas das províncias de Mi- nas e S. Paulo , e no Rio Grande do Sul, Para- guay e Montevidéo , nascem quasi espontanea- mente em grande abundância. Os fructos seccos são exportados, e os caroços fornecem ampla matéria, para a exportação do ácido hydrocya- nico. 219 APPENDDL TINTUREIRAS. TINTUREIRAS EM CÔR LOURA. Bronleliaceas. Gravata , abacaxi de tingir (billbergia tinctoria , bromelia tinctoria). Extrahe-se da raiz a côr loura, côr de ouro , ílavus color. Amorne as. Açafrão da índia (curcuma longa). Vid. supra. Artocarpeas, Tatay-y, em guarany; tagoa-üva (isto é, lenho fla- vo, ou louro); tata-üva, tata-iba, tupinico; ta- lagiba, tapagiba, tavagiba, tajuba, taúba, em brasileiro; amoreira, espinheiro, fustête, em portuguez; fustic, em inglez; stochvishoudt, hollandez; gelbholz, allemão (broussonetia). Tataiba (broussonetia tinctoria). Será o morus tinc- toria de Velloso? Broussonetia xanthoxylon, morus xanthoxylon, broussonetia tinctoria p, morus tataiba. 220 Broussonetia brasiliensis. Estas diversas espécies fornecem um lenho louro, que possue a matéria colorante em diver- sas proporções, e dahi as denominações de es- pinheiro amarello, branco e bravo. Bixineas. Urucuy, em guarany; urucuüva, tupinico (bixa orellana). O pigmentum, tinta, das sementes, achiottc , atole, achiat, rocú, urucú, arnolta, arnotte; an~ nata, anotte, orellana, nomes que tem em di- versos paizes, orlean em allemão, tinge de côr alaranjada. As sementes, que algumas vezes, com o nome de sementes uanacu , ou unacú, se vendem no mercado, são recommendadas por al- guns médicos, coma indicação de adstringentes, cardíacas (próprias para moléstias do coração ; e nós vimos admiráveis effeitos do urucú, para as hemorrhagias; o caso a que principalmente nos referimos foi o de uma epistaxis, chronica , que tinha resistido a todos os remédios do syste- ma allopathico, pois nesse tempo ainda não era no lugar conhecida a homceopathia, mas os re- médios de um podem servir para outro systema , segundo a experimentação pura, ou a experiên- cia clinica). 221 Bixa urucurana, como quem diz: urucú fero, ou bravío, próprio da região amazônica, produz se- mentes de preço inferior. Onagrarias. Jussiena pilosa, Pará, Rio-Negro. A herva e os fructos meio maduros produzem uma tinta de côr fiava, amarello de ouro. TINTUREIRAS DE CÔR RURRA E BAIA. Lichensa Hervinha, hervinha secca (parmelia roccella , roc- cella tinctoria). Pegada aos penhascos marítimos, a cada passo se encontra uma pequena planta, de que se pre- para a lacca musci, ou lacca musica. Bignoniaceasa Pirauga, tupinico (bignonia chica). Das folhas deste arbusto, próprio das regiões equatoriaes, maceradas em água, se faz a pasta carajurú ou chica, a que chamão vermelhão ame- ricano. Os que habitão ao longo do Amazonas, costumão administrar, não sei com que effeito, contra as dysenterias de sangue , e as empigens, uma infusão, tanto das folhas, como da sua ma- téria colorante. 222 Rutaeeas. Simira, em caraibico (psychotría símira, símira tinctoria). A casca tinge de vermelho. Meliaceas. Caá-tiguá (trichilia catigoá). A casca, conhecida com o nome de achile, mergulhada n'água, communica ás cousas que nella se mettem, principalmente aos couros que se põe de molho , uma côr vermelha , mas pal- lida. Leguminosas. Barahuna, Maria preta (melanoxylon braúna, pe- rittium ferrugineum). O madeiro e casca desta grande arvore silves- tre abunda em uma matéria que tinge de verme- lho fusco. Páo brasil ou rosado, supra pag. 116. O páo brasil, ou de Pernambuco officinal, em que existe uma matéria sui generis que linge de vermelho, com o nome brasilinium, subministra um egrégio producto que tinge de vermelho , e com addição d'agua de cal, violaceo , com mu- riato de ferro , de fusco escuro. Varias outras arvores existem , como o arari ba , páo roxo, páo de rosa , principalmente da 223 ordem das leguminosas, que servem para a tinta vermelha. A merendiba, affirmão ser insigne para a côr vermelha violacea. TINTUREIRAS EM AZUL. Leguminosas. Herva anil, guajana timbó (indigoferatinctoria). Caachira, herva de anir (indigofera domingensis). De ambas se faz anil de inferior qualidade nas províncias de Pernambuco, Maranhão e Pará. A respeito do kyanophyllo tinctorio de Arruda, que provavelmente é a caachira de Pisão , ainda ha que examinar. Ampelideas (parecidas com videiras bravas, que tem esse nome em latim). Anil trepador (cissus tinctoria). A herva e o fructo abundão em uma tinta ver- de, que logo vira para azul, celebre entre os ín- dios coroados e outros. Rubiaceas. Jenipapeiro (genipa brasiliensis). Os fructos, antes de amadurecer, servem para tingir de escuro violaceo. TINTUREIRAS EM PRETO. Omittidas já muitas arvores que acima referi- 224 mos, e cujo stryphno, tratado pela chimica, fornece uma tinta negra, fallaremos aqui só de algumas, cujo uso é mais freqüente entre os Bra- sileiros. Ilicinai (de ilex , azinheira). Macucú, Pará, Rio-Negro (ilex macoucoua). Macoucoua guianensis. Os fructos por amadurecer abundão em um sueco tannico, que, junto a uma dissolução ferru- ginosa, é freqüentemente empregado pelos ín- dios para tingir pannos, e que de algum modo imitão a galha na fôrma e propriedades. Mate ou congonha. V. supra (ilex paraguariensis). As folhas desta e de muitas outras azinheiras, servem para objectos de tinturaria. On agrárias. Caparosa (jussieua caparosa). Camarambaia (jussieua scabra). A herva destas e d'outras jussienas, abunda extraordinariamente em ácido tannico, de manei- ra que, juntando-se Iodo ferruginoso , ou solu- ção de ferro, possa preparar-se um mixto ou tinta negra. IHelastomaceas. FJôr de quaresma (lasiandra). Lasiandra maximiliana. 225 Lasiandra langsdorffiana. Lasiandra proteaeformis. Lasiandra argentea. A casca destes arbustos, assim como a de muitas myrtaceas, serve para tingir de negro. Smeticos (detersivos ou alimpadores). Gozão da propriedade alimpadora, e entre outros, os fructos do sapindus divaricalus, arvore própria d'uma grande parte do Brasil, chamada por isso sabonete ou páo de sabão. E o quiti de Pisão, e o sapindus saponaria de Velloso. Servem para o mesmo as seguintes: Acnistus cauliflorus, de Schott (cestrum cauliílo- ruin de Jacques; atropa arborescens de Linneu, lycium*aggregatum d'outro autor, cujos caules ou talos se podem de algum modo substituir á raiz da saponaria officinal). Quillaya brasiliensis de Martius (fontenellea de St.- Hilaire), cuja casca serve para lavar pannos, da mesma Sorte que a casca da quilaya chilense. flt. M. Vi 15 • TABELLA CONCORDANTE DAS PLANTAS CUJOS NOMES MEDICINAES SÃO : EUROPEUS. RRASILEIROS. Estes nomes, estando postos conforme a no- menclatura systematica, não admittem sempre traducção; podendo para mais amplo conheci- mento, ser procurados no Índice desta obra e das outras respectivas. Plantas integras cryptogamas (plantas de folhas inteiriças, e que se desposão occultamsnte). (*) Helminthocorthon officina- rum. Sphaerococcus hel- mintochorton. Lichenislandicus.Cetraria is- —Cladonia sangüínea, crecta landica. e outras. Laccae musicae pigmentum. =Parmellia roccella. Parmelia roccella. Agaricus chirurgorum. Po- lyporus igniarius et fomen- tarius. Raízes e bulbos. —Raiz kyllingae odoratae, re- mireae maritimae, hypo- pori nutantis. -{- » Alpiniae aromaticae, pa- ço serocae. (*) Sobre a significação da palavra cryptognmas, veja-se De- candolle, Organographíe tomo 1.» Richard 7." edição traz obser- vações curiosas sobre o modo de reproduoção desta ordem de plantas. Raiz do açoro officinal. Aco- rus calamus. 228 Bulbo do alho. Allium sativum. Raiz, althaeae. Althaea offici- nalis. » da angélica. Archangelica officinalis. » do aro. Arum maculatum. » Arislolochiaeclematidis. » » longae. » » rotundae. » » pistolochiae. » armoraciae. Cochlearia ar- moracia. » arnicae. Arnica montana. » ariemisiac. Artcniisia vul- garis. » asari. Asarum europoeum. » aslragali. Astragalus exsca- pus. » bardanae. Lapa major, mi- nor, tomentosa. » belladonae. Atropa bella- dona. » bistorlae. Polygonum bis- torta. » brusci. Bruscas aculeatus. » bryoniae albae. o caapeba. Cissanspelos. o calaguala. Polypodium ca- laguala. » carieis arenariae. Carcx arenaria. =Allium sativum. Foi.,bauhiniarum,herba, sco- pariae dulcis, sidarum,wal- thcriaedouradinhae, etc. Raiz, guclardae angelicae, pi- peris parthenii. de » dracontii polyphylli, » aristolochiae anthystcricae. » » galeatac. o » brasiliensis. » » rumicifoliae. =Raiz cochlcariae armopara- ciae, herbae monsterae Adan- sonii, e das outras aroideas. Raiz, et herba eupatorii ayapa- nae, mycaniae opiferae. Raiz , elephantopodos Martii, herba baecharidis tripte- rcae, cie. » dorstheniae arifoliae, e ou- tras. + Casca, cybistacis antisyphyli- ticae cum herreria salsapa- rilha combinata ? Raiz elephantopodos Martii , gomphrenae officinalis ? Herva polygoni acctosaefolii, cortex, radix crjtliroxyli. Raiz e tronco, smilacis japican- gae, brasiliensis e outros. Raiz, trianospermae íicifoliae, e outras. = Cissampelos , glaberrima , bracleata, ovalifolia. Sueco da raiz, pteridis arach- noideae, poíypodiipercussi, sepulti; also])hitae armatae. Raiz, remireae maritimae. _29 Raiz, cartopatiae. Carlina Raiz baccharidis articulatae. acatúis. Herva, acanthospermi. Raiz, gomphrenae officinalis. » caryophyllattae. Geum ur- » bidentispilosae,leucanthae? banum. -fdorsteniae opiferae e as res- tantes. » ckinae. Smilax. china. » smilacis syringoidis. » cichorei. Cichorium in tybus. » colchici. Golchicum autum- nale. » colombo. Cocculus palma- Lenho, cocculi platyphyllae, tus. Marlii, cinerascentis. Raiz, coccüli philipendulae. » consolidae majoris. Sym- Raiz, echii plantaginei. Herva, phytum officinale. tiaridii indici; herva, cus- cutae. » contraíervae.Dorstenia con- » dorsteniaebrasiliensis,bryo- trayerva. niaefolia, e outras. » curcumae. Curcuma longa. =durcuma longa. » cyperi longi. Cyperus ton- Raiz, hypopori nutantis, cype- gus. rorum. » cyperi rotundi. Cyperus of- » kyllingae odoratae. flcinalis. » dictamni. Dictamnus albus. Herva e raiz, monieriae trifo- liae. » enulae campanae. Inulahe- » » trixis antime- lenium. norrheae. » eringii. Eryngium campes- Raiz , eringiae linguae tucani. tre. » filieis. Kephrodium filix » polypodii percussi. mas. » galangae. Kaempferia ga- » alpiniae nutantis. langa: » gentianae. Gentiana lutea , » tachiae guianensis, hsiantlu pannonica. penduli, amplissimi, cutu- beae densiflorae. » graminis. Triticum repens. » anatheri bicornis, stenola- phri glabri, gynerii saecha- roidis, mellago saechari of- ficinalis (melado). 230 Raiz hellebori albi. Veratrum álbum. » hellebori nigri. Helleborus niger. » hirundinariae. Cynanchum vincetoxicum. » jalappae. Convolvulus pur- gae, etc. » imperatoriae. Imperatoria ostruthium. » ípecacuanha fuscae. Ce- phaélis ípecacuanha. » Ípecacuanha albac. » iridis florentinae. íris flo- rentina. » lapathi acuti, Rumex ne- molapathum. n liquiritiae. Glycirrhiza gla- bra. >> ononidis. Ononis spinosa. » ophiorrhizae. Ophiorrhiza mungos. » parreirac bravae. » petrosehni. Petroselinum nativum. » pimpinellae. Pimpinella magna, saxifraga. Raiz, cuphorbiae papillosac? Adenoropium ellipticum? » echites alexicaca, pastorum; a raiz; a lamandae Schotii, a casca. » piptoslegii Gomesii et Piso- nis. »> ottoniae anisi, com a raiz , dorsteniae, em combinação. — » Cephaélis Ípecacuanha , borreria poaya, ferruginea, manettia cordifolia, e as ou- tras ; richardsonia emetica, scabra. = jonidium ípecacuanha; J. poaya, brevicaule, urticaef. Canna glauca auranliaca, edu- lis. Sagittaria brasiliensis ; a raiz tuberosa , begoniacearum, Polygonum sagittaefolium , erylroxylon suberosum, et ' tortuosum. Raiz, periandrae dulcis. Casca, boudichiae majoris. Raiz , guilondinae bonduc. — Herva, verbenae jamaicen- sis, Boerhaaviac hirsutae? Raiz e herva, palicureaeden- siflorae. Raiz , declieuxiac aristolochiae,chiococcae an- guifugae, e as outras. Lenho , coeculi cinerescentis , abutae rufescentis. Existe nas províncias austraes (cuido que cm todas, é a sal- sa hortense). Raiz, piperi sidaefolii, peltati, e os outros. 231 Raiz plumbaginis. Plumbago europaea. » polygalac. Polygala amara. » pyrethri. Anacyclus pyre- thrum. » ratanhiae. Krameria trian- dra. » rhei. Rheumpalmatum, etc. » rubiae. Rubia tinctorum. » salep. Orchis masciüa, Mo- rio, etc. » saponariae. Saponaria offi- cinalis. » salsae parrilhae lisbonen- sis. Smilax papyracae. » sassae parrilhae honduren- sis. Smilax medica. » Scillae. Scilla marítima. » senegae. Polygala senega. » serpentariae virginianae. Arístolochia serpentaria. » spigeliae anthemiae. Spige- lia anthemia. » taraxaci. Leontodon tara- xacum. Plumbago scandens. Tratan- do-se de cáusticos (epispa- ticos) a herva ou rama das aroeiras. Raiz , callopismatis. Casca , hancorniae pubescentis , habsburgiae comantis, jun- tando-se-lhe a raiz, anchie- teae salutaris ? » piperis nnguiculati, nodu- losi, encalyplifolii. A herva ou rama, bidentis gr a veolen- tis, spilanthis oleraceae, e os outros. Krameria argentea, etc. Casca, chrysophylli buranhem. Fécula da raiz , manihot, e. outras. Como smeticos : os fructos, sapindi divaricati, a her- va , polygoni acetoseae folii. t=--Smilax papyracea. Smilax officinalis. Raiz, amaryllidum, ferraria- rum. » anchieteae salutaris, e raiz francisceae uniflorae, para a indicação de resolver. Raiz, aristolochiarum, para a in- dicação de antídotos. Arístolochia macronra, cym- bifera, theriaca. Spigelia glabrata. 232 líaiz tormeniillae. Potentilla Casca, chrysophylli bura- tonnentilla. nhem , rolliniae salicifo- liae, rhizoforae mangles e de muitas, que abundão cm principio adstringente. Valeriana scandens e as outras? valerianacsylvcstris. Vale- riana officinalis. zingibcris. Zingiber offici- nale. talos 'slipilrs) dulcamarac. Solanum dulcamara. c lenho, guaiaci. Guaia- cum officinale. >» » junipcri. Junipe- rns communis. » » quassiac. 1'icrac- na excelsa. visei qucrcint bum. sassafraz. Sassa- fras officinale. Viscum al- = Zingiber offieinale. — Herva, solani oleracei, cer- nui,paniculati, caavuranae. Raiz, quassiacamarae. Casca. picramniae ciliatae, ccstii pscudochinae,strychnipscu- dochinae. Casca , mespilodaphncs prc- tiosae. Lenho e folhas, struthanthi ci- tricolae. Cascas. Casca, angoslurac. Galipea cusparia. » n officinalis. » aurantiorum. Citrus au- rantium. » cascarillae. Croton elu- teria. »> cassiae, ou cassiae lig- neae. Cinnamoum zeyla- nicum varium, cássia. » chinae flavae. Cinchona lancifolia, nitida. Casca, esenbeckiae fcbrifugae, intermediae. Ticoreae febrifugae , simabae ferrugineae. = Citrus aurantium. Mabea fistuligera , solanum pseudoquina, discaria febri- fuga. = Cinnamomum zeylanicum f. cássia. — Cinchona lambertiana, ma- crocncmia, firmula, bergc- niana. 233 Casca, chinae fuscae. China scrobiculata , condami- nea, micrantha. »> chinae rubrae.-----? » china nova. Cinchona magnifolia. » canellae albae. Canella alba. » /ran^wíae.Rhamnusfran- gula. » geoffroyae. Geoffraea su- rinamemsis. » granatorum (a da raiz). Punica granatum. » guaiaci. Guaiacum offic. » hippocastani. Aescalus hippocastanum. » meterei. Daphne meze- reum. » quercus. Qucrcus robur. » salicis. Salixalba. » sassafras. Sassafras offi- cinale. » simarubae. Simaruba of- ficinalis. » ulmiintcrior.Wmuscam- pestris. — Casca, cuiabensis, ferrugi- nea, remigiana, cajabensis, Vellosii. Buena hexandra. Exostema souzanum, cuspida- tum, formosura, etc. Cinnamodendron axillare — melia azedarach ? Casca , ziziphi joazeiro, han- corniae pubescentis, 4- gua- reae purgantis e das outras meliaceas ; simarubae ver- sicoloris. Geoffreaea spinosa; andira an- thelmintica, vermifuga, eas outras. =punica granatum. Schinus terebinthifolius e os outros; cacsaria adstringens, erythroxylon suberosum , tortuosum. Ilcrva e raiz, plumbaginis scandentis, petiveriae te- trandae; aroidearum (para as indicações epispaticas). Bowdichia major, acácia an- gico, jurema, stryphnoden- dron barbatimão. Avicennia nitida, rhizophora mangle; chrysophyllum bu- ranhem ? Nectandra cymbarum, mespi- lodaphne pretiosa. = Simaruba officinalis. Symplocos platyphylla, lagun- cularia racemosa, cybian- thus detergens; broussone- tiae? 23/1 Casca, Winteranus. Drymis — Drymii granatensis. Winteri. Folhas e hervas (ou ramas). Herva, abrotani. Artemisia abrutanum. u absinthii. Artemisia absinlhium. » acetosae. Rumex ace- tosa, scutata. » aconili. Aconitum na- pellus, camarum e os outros. » althaeae. Althaea offi- cinalis. Folhas, aurantiorum. Citrus aurantium. Herva, basilici. Ocimum ba- silicum. » belladonae. Atropa bel- ladona. » cardui benedicti. Cni-r eus benedictus. » centauriiminoris.Ery- thraea centaurium. » cerefolii. Anthriscus cerefolium. » chenopodii ambrosioi- dis. Chenopodium ambrosioides. » cichorei. Cichorium in- tybus. n cicutae. Conium ma- culatum. * convolvuli marini. Convolv. soldanella. Herva, chenopodii ambrosioi- dis, plucheac quitoc, tage- tis glanduliferae. Baccharis triptera, gaudichau- niana, articulata. Begonia ácida, acetosa, e as outras; costus. Folhas , palicuriae diurefl- cae, officinalis, Marcgravii. Sparaltosperma lithontrip- ticum. Herva, triumfettae, sidae car- pinifoliae, mulliflorae e as outras. =Citrus aurantium. e=Ocimum basilicum, gratis- simum. Herva , baecharidum. Raiz , trixis antimcnorrheae + Casca, discariac febrifugae. Calopisma perfoliatum, am- plexifolium. =l>or toda a parte existe o an- thriscus cerefolium. =Chenopodium ambrosioi- des. Ipomoea marítima. 235 Herva, coronopi. Senebiera coronopus. » cuscutae. Cuscuta eu- ropaea, epithymum. » digitalis. Digitalis pur- purea. » farfarae. Tussilago farfara. » gratiolae. Gratiola of- ficinalis. » hyosciami. Hyoscya- mus niger, albus. » jaceae. Viola tricolor. » lactucae. Lactuca vi- rosa. Folhas, lauri. Laurus nobilis. » lauro-cerasi. Prunus lauro-cerasus. Herva, lithry salicariae. Ly- trum salicaria. » majoranae. Majorana hortensis. n malvae. Malva rotun- difolia, sylvestris. » marrubii. Marrubium vulgare. » meliloti. Melilotus offi- cinalis. d meliloti coeruleae. Me- lilotus (trigonella) coe- rulea. Senebiera pinnatifida. Cuscuta umbellata, racemosa, miniata. Palicurea officinalis? -f- Fran- ciscea uniflora, cephaélis ruelliaefolia; paulinia pin- nata? Herva, ecliptae erectae, sco- pariae dulcis; fructus, gua- zumaeulmifoliae; olhos, ce- cropiae; sueco, cereorum. Herva, wandeliae diffusae. =Hyosciamus niger et albus. Herva, anchieteae salutaris, jonidii ípecacuanha e as ou- tras. Folhas, perseae gratissimae , nectandrae. =Prunus lauro-serasus, e prunus brasilicus, sphaero- carpa. Herva, cupheac ingratae, bal- samonae, oenotherae affi- nis. Glechon spatulatus, ocimum incanescens. Urena lobata , sinuata, Wal- theriae, e as outras. Cunila microcephala, hyptis fasciculata, leucas marlini- censis. -4-Cassia falcata, oceidentalis. -\-Sementes, dipteridis odora- tae. 236 Herva, melissae officinalis. » mcnthae crispae. » mcnthae piperitae. » ynesembryanthoni.Mc sambryanth. crystal. Folhas, myrti. Myrtus com- munis. Herva, nasiurtii. Nasturlium officinale. » nicotianae. Nicotiana tabacum. » oxalidis. Oxalis, ace- losella. » parietariae. Parietaria erecta. » petroselini. Petroseli- num sativum. » phitolaccae. Phitolacca decandra. » pulegii. Mentha pule- gium. » pulmonariae. Pulmo- naria officinalis. » rhododendrichrysan- thi. Rhododendron chrysantum. » rutae. Ruta officinalis. » salviae. Sal via offici- nalis. » saturejae. Salureja hortensis. » sennae. Cássia lanceo- Ilyptis spicata , graveolens , umbrosa, e as outras. Marsypianthcs hyptoides, lan- tana. Pseudothea micro- phylla. Hyptis suaveolens, acolanthus sua vis. Portulaca pilosa, radicans, ta- linum patens , kalanchoès brasiliensis. =Vários, myrti et eugeniae , como: eugenia depauperata, varíabilis, xanthocarpa. =N'asturtium officinale. =Nicoiiana tabacum, nicotia- na Langsdorflíi. Oxalis repens, Barrelieri, mar- tiana, e as outras. Folhas, boehmeriae caudatae; herva , pileae mucosae; Olhos, cecropiae. =Cultivado por toda a parte; hydrocotile bonaricnse. =Pbytolacca decandra. Cunila microcephala. Tiaridium indicum, elonga- tum. Folhas, gaylussaciarum, e de outras ericeas próprias da província de Minas ? Cultivada por toda a parte nas províncias meridionaes. Raiz, monnieriae trifoliae. Lipia citrata, algumas hypti- des. Ocimum miranthum, aeolan- thus sua vis. Cássia cathartica , laevigata, 237 lata, obovata, e ou- occidentalis, sericea, falca- tras. ta, e as outras. Herva , serpylli. Thymus ser- Varias hyptides. pyllum. » spigeliae. Spigelia an- Spigelia glabrata. themia. » spilanthis acmellae. Spilantes oleracea, radicans. » stramonii. Daturastra- ==Datura stramonium. monium. » taraxaci. Leontodon taraxacum. » teucrii scordii. Leonotis nepetaefolia, marsy- pianthes. » theae sinensis. Thea =Thea bohea, viridis, ilex bohea, viridis. paraguariensis, e outras. Folhas , toxicodendri. Rhus Herva e sueco , sapii aucupa- toxicodendron. rii, e das aroideas. Herva , trifolii febrini. Me- Casca,picramniaeciliatac, val- nianthes trifoliata. leziae. Raiz e herva, lisiau- thi. Herva, cutubcae. » urticae dioicae, uren- Urtica caravellana, bacciícra ; Hs. as espécies, cnidosculi. » uvac ursi. Arctosta- + Casca, guarearum; folhas phylus officinalis. palicureae. » verbasei. Verbascum Buddleja brasiliensis. thapsus. » xanthii. Xanthium Xanthium macrocarpum, bra- strumarium. chiacanthum. Florescencias, flores, e suas partes. Y\ôr,alceae roseae. Althaea Kielmeiera rosea, speciosa,he- rosca* Jictcns. » arnicae. Arnica monta- Solidago vulneraria. na. » aurantiorum.Citrusau- =Citrus aurantium. rantium. » balaustiorum. Punica =Punica granatum. granatum. » basilici. Ocimum basi- =Ocimum basihcum. licum. 238 Capitula, grãos (chamados se- —Tagetes glandulifera , -f-sc- mentes), cinae, ousantoni- mentes, andirac. ei. Artemisia Sicberi,pauei- flora, lercheana c as outras. Flores, caryophyllorum. Ca- =Caryophyllus aromaticus. ryophyllus aromaticus. » chavwmillac romanc. Herva, conoclinii prasiifolii, Anthemis nobilis. agerali conyzoidis. » chamomillaevulgaris. » plucheae quitoc. Matricaria chamo- milla. * citri aurantii. Citrus =Cilrus aurantium. aurantium. » hiperici. Hypericum Hypericum connatum, e la- perfuratum. xiusculum. » lavandulae. Lavandu- la vera. » lupuli salictarii. Hu- mulus lupulus. » primulae veris. Herva, turnerae opificae; flor, lanlanae aculeatac e das outras. » rhoeados. Herva e flor, cestrorum ? Flor, poincianac pulcherri- mae; argemones? » rosarum rubrarum. =i'eta!os, Lielmeyerae roseae, Rosa gallica, centifo- helictcris ovatae, corylifo- lia. liae, brevispirae; vuarame, quanto ás partes mucilagi- nosas e adstringentes. » rorismarini. Rosma- Baccharis ochraceae e varias rinus officinalis. lábia ias. » sambuci. Sambucus Sambucus australis. nigra. » tiliae. Tilia grandifo- Flor, triumfettae;+flòr, aca- lia e parvifolia. ciae farnesianae. » verbasci. Verbascum Flor, buddlejae brasiliensis, tapsus. lantanae aculeatac, camma- rae e as outras. » i iolarum. Viola odor. » jonidii ipecacunha, anchie- teae. 239 Os estigmas, croci. Crocus sa- tivus. Fructos e outros productos. Fructo, anisi stellati. lllicium anisatum. » aurantiorum. Citrus aurantium. » citri. Citrus medica. » juglandum (a casca das nozes). Juglans regia. » (bagas) galbuli juni- peri. Juniperuscom- munis. »> (bagas e óleo) lauri. Laurus nobilis. » (bagos) mororum. Morus nigra. » papaveris (cabeças). Papaver somnife- rum. (Pinhões) pineae. Pinus pi- neae. Piper aethiopicum. HabzeUa aethiopica. Piper caudatum. Piper eu* beba. Casca , drymis granatensis , cinnamodendri axillaris. =Citrus aurantium. c=Citrus medica. Folhas e entrecasco, mangife- rae indicae, spondilae ve- nulosae. Sebum myristicae officinalis; butyrum cacáo. Rubi; bagos, cereorum, spon- diae. Piper hispanicum. species. Piper longum {amenta). Pi- per longum. Piper nigrum. Fructos, prunorum. Prunus domestica. » ribium. Ribcs ru- brum. » rubi idaei. Rubus idaeus. Nozes, araucariae brasilien- sis. Xylopia fruteseens, brasilien- sis, grandiflora, etc. Os fructos em fôrma de dardos ( amenta ) piperis adunci. Raiz, ottoniae anisi. Capsici =Especie, capsici. Amenta piperis adunci, e dou- tros. =Piper nigrum. Amygdaius pérsica. Fructos, passiflorarum, euge- niae brasiliensis, uniflorae e das outras. Rubus jamaicensis, brasilien- sis. _/iO Fructos, sabadillae [cápsu- las). Schoenocaulon officinale. » sambuci ( bagas). Sambucus nigra. » spinae cervinae (ba- gas). Rhanmus ca- tharticus. Vanillae (bagas). Vanilla aro- matica. Pulpa cassiae. Cássia fistula. » colocynthidum. Citrul- lus colocynthidum. » tamarindorum. Tama- rindus indica. Fructos (sementes)anisi. Pim- pinella ani- sum. » » carvi. Carum carvi. » » coriandri. Co- riandrum sa- tivum. » » focniculi.Foe- niculum vul- gare. » n phcllandrii. Phellandrum aquaticum. Sementes, anonarum'' Sambucus australis. Casca, guareae purgantis, ea- braliae canjeranae; zizyphi joazeiro? =Vanilla aromatica, palma- rum (a das palmeiras). Cássia brasiliana, sclerocarpa. Polpa, lagenariae vulgaris , luffae draslicae et purgan- tis, melothriae pendulae, momordicae opereulatae, e das outras. =Tamaiindus indica. Sementes. Sementes, amigdalarum (nú- cleos ou miolo). Amigdalus com- munis. »> cacáo. Theobroma cacáo. Quanto ao óleo pingue : Oe- nocarpus bacaba, elaeis gui- neensis, e muitas outras se- mentes de palmeiras, ber- tholletiae, caryocar. =Thcobroma cacáo. 2Zil Sementes, cannabis. Canna- Pôde cultivar-se nas provin- bis sativa. cias do sul. » cerasorum (nu- Prunus sphaerocarpa, brasi- cleos , caroços). liensis. Prunus a vi um. >» coffeae. Coflea ará- bica. » colchici. Colchicum autumnale. » cydoniorum. Gy- donia vulgaris. » hordci. Hordeum vulgare. » hyoscyami. Hyos- cyamus niger. » Uni. Linum usita- tissimum. Nozes, muscatae, e mais. My- ristica moschata. » vomicae. Strychnos nux vomica. » peponum. Cucurbita pepo. » slramonii. Datura stramonium. » tritici. Triticum vul- gare. Excrescencias. Sccale cornutum. Sccale ce- reale. Gallae turcicae. Quercus ro- j Fructos por amadurecer, ilicis bur,pedunculata, pubescens. I macu(tu Gallae tuberosae. Quercus ro- yarias cas'cas adstringentes. bur,pedunculata, pubescens. i Féculas amylaceas. Triticum Tapioca e manihot utilissima. Fécula avo-aro (isto é farinha de farinha em caraibico) do miolo, mauritiae flexuosae. 17 =Coffea arábica. =Cydonia vulgaris. —Hyoscyamus niger. =Myiistica moschata. Casca, strychni guianensis 1 t=Cucurbita pepo. =Datura stramonium. Amido (amylon vulgare. Sagú. Metroxylon rumphü. 242 Suecos condensados. Áloc. Aloè" vulgaris, soecoto- rina. Catechu. Acácia catechu. Qatnbir. Nuclea gambir. Kino gambiense. Drepanocar- pus senegalensis. Kino jamaicense. Coccoloba uviíera. Lactucarium. Lactuca sativa; Opium. Papaver somniferum. Resina elástica. Syphonia elástica. Succus liquiritiae. Glycirrht- sa glabra. t=Aloc vulgaris. Extracto da raiz, stryphno- dendri barbatimão, acaciac angico e das de mais. Extracto dos fructos por ama- durecer , genipae brasilien- sis. Extracto das sementes, anonarum. Extracto da casca, chryso- phylli buranhem. =Extracto dos fructos, coeco- lobae uvifera, crescentiae- folia. =Syphonia elástica, rhytido- carpa. Extracto da raiz, periandrae dulcis. Assucares. Sacckarum. Saccharum offi- =Saccharum officinarum. cinarum. Manna calabrina. Fraxinus ornus, Gommas, Gi acaju. Anacardium ocei- =Anacardium occidentale , dentale. humile. » arabicum. Acácia vera, Pithecollobium gummiférum. seyal, arábica , gummi- fera. » tragacantha. Astragalus gummifér, tragacantha. 243 Resinas líquidas ou Baísamos, Baféamo, copaivaé. Copaifera guianensis. » indicum, ou, peru- vianum álbum. » indicum, ou, peru- vianum nigrum, Myrospermum pe- ruiferum. »> liquidambar. Liqui- dambra styraciflua, » oppobalsamum,o\x, de Meca, Balsamo- dendron giléaden- se. Terebenthina. communis. Pi- nus sylvestris. Terebenthina cypria. Pista- cía terebinthus. Terebenthina veneta. Larix europaea. r=Copaifera guíanerisiS, e ou- tras mais. Humirium balsamirium flori- Buridum. Balsamo capureicica. Lagrimas, pamphylíae aureae. Balsamo tamacoaré? Araucuaria brasiliana. Bursera leptophloeos. Astronium concinnum, as es- pécies, schini, calophylium brasiliense. Resinas seccas. Resina, anime. » benzoés. Styrax ben- zoin. » carana. Icica caranã. » copai. Hymenaea cour- baril. » coumi. Icica guará* nensis. » elemi. Icica icicariba. » laccae. » mastiches. Pistacia lenliscus. » sanguis draconis. Calamus draco. Icica heptaphylla. Styrax reticülaturn. Icica altíssima. =Varias hymenaeas. e=Icica guaianensis* =Icica icicariba. O sueco secco, clusiarum, e, ficuum? Schinus antharthritica, mol- leoides, e as outras. Escorre (transuda) d'algumas espécies de croton. Resina, sandaraca. Callitris quadrivalvis. n storacis. Styrax offi- Stirax ferrugineum e os ou- cinale. nos. Gommas-resinas. G. resinas, ammomacum. Dorema ainmonia- cum. » assafoctida. Ferulaas- safoetida. » bdcllium. » cuphorbium. Euphor- bia officinarum. » galbanum. Umbelli- fera? » guaiaci. Guaiacum of- ficinale. » gulta. Ilebradcndron cambogioides. » myrrha. Balsamoden- dron myrrha. » olibanum. Boswellia serra ta. » opoponax. » sagapénum. » scammonium. Convol- vulus scammonia. Resina mangiferac indicae ? —Euphorbia papillosa, adcs- coropium opiferum. Vismia guaianensis e outras, lerminalia argentea. =A resina mani, moronobeae coccineae. Piptostegia de Pisão, de Go- mes (Pisonis, Gomesii). Óleos pingues, Oleo, amygdalarum. Amyg- daius communis. » lauri. Laurus nobilis. » de sementes de Unho. Linum usitatissimum. » olivarum. Oleaeuropae. » palmarum. Elaeis gui- neeasis. Oenocarpus bacaba e os nú- cleos das outras palmeiras. Pôde extrahir-se de varias laurineas. Sesamum orientale. =Elaeis guineensis. 245 Óleo, ricini. Ricinus commu- =Ricinus communis e outros. nis. Balsamo, nucistae. Myristica Myristica officinalis, sebifera. moschata. Butyrum cacáo. Theobroma =Theobroma cacáo, cacáo. (Omittem-se aqui os óleos ethereos, ou voláteis, porissoque se extrahem , não só por pressão, mas por distillação. Muitos desses egrégios offerece a Flora brasiliense, riquíssima de plan- tas aromaticas). Nesta distribuição comparativa, tivemos em vista, em pri- meiro lugar, a efficacia dos remédios , depois as partes das plantas que contem as matérias efficazes; e finalmente a ordem das mesmas plantas. Não julgo inútil fazer a seguinte advertência: 1.° Quando as mesmas plantas se encontrão collocadas em lugar igual de uma e outra parte , é para indicar que tem absolutamente a mesma efficacia. 2.° As plantas análogas , possuem muitas vezes , além da efficacia principal outras propriedades que faltão na outra planta com quem se comparão , caso esse em que seria neces- sário unir-lhes outras como auxiliares. Varias que referimos como iguaes, não são isentas de duvida e por isso as distingui com o signal dubitativo ? As que são idênticas, tem o signal =. As que na sua primaria efficacia excedem as europêas , são marcadas -f-. As inferiores com esta outra marca —. Á experiência progressiva da pratica medica, e ao mais amplo emprego da indagação e da analyse chimica , pertence agora verificar e completar esta tabeliã. s i Dos escriptores e obras respectivas a que se refere o original de que este livro foi tirado, e breve noticia sobre alguns delles ; com explicação para a intelli- gencia das citações. Arruda. —Discurso. Brotero.—In Linneanae societatis Transactionibus. Citação, tomo ou volume, pag. Bentham.—In Annalibus musoei Vindobonensis. (Benthain, nos Annaes do museu de Vienna d'Austria) (*), tomo _.°, pag. 844, N.° 2.° » In Transactionibus societatis Linneanae. (O mes- mo nos discursos ou discussões da Sociedade Linneana — de Londres.) Bernardino Antônio Gomes. — Memórias da Aca- demia Real das Sciencias de Lisboa, tomo 1.°, pag. 812, Correspondência N.° 34. Bonastre. —Jornal de Pharmacia, anno de 1825. Buchner. — Repertorium pharmaceuticum. — No volume 31 desse Repertório é citado Martius, relativamente ao guaraná.—Vê esta palavra no índice da presente obra. (*) Exemplo de uma citação, 248 Cambassedes. — In Saintc Ililaire Flora Britam';»' meridionalis (na Flora da Guiana Ingleza). Cam- bassedes escreveu duas memórias, uma sobni a família das Sapindaccas, outra sobre um novo gênero das Geraniaceas. Candolle (de) — Augusti Pyrami de Cando.'le, Pro- dromus systematis naturalis regui vfgelabilis, 9 vol. em 8.° Paris 1824—1825. » Regui vegetabilis Systema naturaJc, &c. Paris 1818—1821.—Publicou, além destas, muitas outras obras importantíssimas emuito volumosas, sendo porém estas duas as que principalmente cita o autor. Cham. — Schlecht in Linneea. Condaminc (De Ia)—Reíatiou abrégéc d'un voyage fait dans l'inlérieur de 1'Amérique méridionale, 1745, 1 vol. em 8.° Desfontaines.—Catalogus plautarum horti Regii Parisiensis. (Catalogo dos vegetaes do jardim das plantas, Luxemburgo, de Paris.) A obra 1820, Additamenlo 1832, 1 vol. em 8.° » Flora atlântica, sive Historia plantarum, qua? in Atlante agro Tuletano, et Algcrionsi crescunt. Paris 1798, 2 vol. em 4.° com 261 estampas, conforme os desenhos de Redouté. Publicou ainda outras obras que otnittimos. Dillen (JcanJaques), natural de Darmstadl em Al- 249 lemanha, professor de botânica em Oxford.— Historia muscorum. Oxford 1741,, lvol. em 4.°, além de um catalogo de plantas. Eschweiler. — In Martii Flora Fluminensi. (Esch- weiler citado por Martius na Flora Fluminense). Hortus Elthamensis, Londres 1732, 2 vol. in foi. com muitas estampas. Endlicher. — Genera plantarum, secundum ordines naturales disposita, auetore Stephano Endlicher, 1 vol. in 4.° Vindobonae (Vienna) 1836—1840. (Vê Schott, infra.) Gabriel Soares de Souza. — Noticia do Brasil. Na colleceão para a Historia geographica das nações ultramarinas. Lisboa 1825. Gavrelle. —Surune nouvelle substance médicinale (o guaraná). Paris 1840. Godói. —Patriota de Junho de 1814. A citação é da pagina. Comez. — Memórias da Academia Real das Scien- cias de Lisboa. Correspondências, tom. 3.°, pag. 19, estampa 2.a Grisebach.—Não encontrei noticia alguma deste escriptor, nem em catálogos de livros, nem no Diccionario Histórico, Conversations-Lexicon, ou informações particulares. Guillemin. — ícones plantarum Australasiae varia- ruin. Paris 1827,1 vol. em 4.° com 20 estampas. 250 i (Não encontrei em parte alguma outro autor com as mesmas iniciaes a que a citação razoavelmente se pudesse referir.) Haw. — O único escriptor que encontro, aquém esta citação se possa referir, é Jean Hawke6\vorth que publicou a — Relation du premier voyage de Cook, Byron e Carteret. Londres 1773, â vol. em 4.°, a qual foi traduzida em francez. Paris 1774, 4 vol. em 4.° Haync. — Arzneigew ? Ilerbert (Thomas) Inglez de nação. — Voyages en Afrique, en Asie et specialement enPerse, &c., 1663 em folio; obra que foi depois augmentada e não encontramos outra a que a citação se possa referir. Herrcra.—Historia, Década 3.a, pag. 212; Dé- cada 6.a, pag. 2.a, &c. Jacq-Jacques Meyer. —America, estampa 158. » Fragmento. » Flora Essequibo. » Filicum (Tratado sobre as plantas chamadas — fetos.) Jacques Sw. ? José Hippolito Unanúe (doutor). — Dissertacion sobre ei aspetto, cultivo, commercio e virtudes de Ia famosa planta dei Peru, nombrada Coca. Lima 1794, em 4.° pequeno. 251 Jussieu(Laurent de).—Mémoires du rausée d'his- toire naturelle de Paris. São 20 vol. em 4.° com estampas. A citação XVIII, 1830, 283, quer dizer: vol. 13 de 1830, pag. 283. Jussieu (Adrien ^.—Euphorbiaceas, 38—79 (de pag. 38 a 79.) Kunth. —Synopsis plantarum, quas in itinere ad plagiam equinoxialem orbis novi collegerunt Humboldt et Bompland, auctore Kunth, 1823, 4 vol. em 8.° » In Linnaea. (Observações a respeito de Linneu), vol. 13, pag. 579. Ker.—Botan, Reg., pag. 775; Botan. Mag. ? Só en- contramos com as iniciaes do nome um KeraliOi sueco que escreveu muitas obras, e entre ellas: Memórias sobre historia natural na Academia das Sciencias de Stockholmo, e provavelmente não é o de que trata a citação. Lam. _ (Lamark e de Candolle, Flore française). Leandro. — Acta Academiae Monachi (Memórias da academia de Munich). Langsdorff e Fisch. — ícones filicum (estampas dos fetos). A citação refere-se ás estampas. Lehm.— ícones asperifoliarum (estampas das as- perifolias). Liebig (Justus). — Escre\eu muitas obras; não sa- bemos a que Annaes o autor se refere, prova- 25_ velmente os do musêo de Vienna, vol. 36, pag. 94. —Analysou o guaraná em 1832 e descobrio nelle o coffeinum. Link. —Enumeratio plantarum horti Regii Bero- linensis (Catalogo das plantas do real jardim botânico de Berlim), 2 vol. em 8.° Berlin. Lobel (Mathieu).—Escreveu muitas obras de botâ- nica, principalmente sobre os troncos das plantas, entre outras: Slirpium Illustrationes, Londres 1555, em 4.° Se é outro, como julgamos, o que o autor cita, não podemos verificar a citação. Lourenço.—Relação da Cochinchina (citado por de Candolle, Prodromus, tom. 3.°, pag. 320). Manso.—Enumeração das substancias brasileiras, que podem promover a cartarze. Memória co- roada pela I. A. de Medicina do R.io de Janeiro por A. L. da Silva Manso. 1836. Marcgrave. —ícones (estampas). Suppomos ser da mesma sorte que Pisão, um viajante hollandez que, durante as conquistas desse povo, viajou no Brasil; mas nem no Conversations-Lexicon (em allemão) nem em qualquer outra parte en- contramos noticias ulteriores. Martius.-—Spix et Martius, Flora Brasiliensis, sive, Enumeratio plantarum in Brasília, hacte- nus detectaruin, 5 cadernos grandes em h.° com 76 estampas coloridas. 253 Martius. — ícones selectae plantarum cryptogami-- carum, Munich 1827, 1 vol. em 4.° grande com 76 estampas coloridas. Martius Reise. —Voyage au Brésil pendant les an- nées 1817 a 1820. Munich e Leipsig, 1825 a 1831. A melhor edição em papel de Hollanda grande (Real) 3 vol. em 4.°, e um atlas pittoresco, em folio grande de 40 folhas lithographadas, das quaes algumas coloridas, 8 cartas geographicas e musica. » Specimen Materiae Medicae Brasiliensis. A citação a pag. 94, quer dizer: pag. 13, estampa 2.a e estampa 8.a, íig. 6.a (da raiz, representando a raiz). » Plantas medicae ineditae (Plantas medicinaes ainda por publicar). » Florae Brasiliensis tabellae physiognomicae expli- catae. » Amcenitates Monachi, pag. 4.% estampa 2.a » In Abhandluugen (nas discussões, debates) der Koeniglichen Baier. Akatlemie (da Real Aca- demia de Ba viera). » Plantas Brasilienses medicae et ceconomicoe ine- ditae. » Anonaciae in Flora Brasiliensi. » In Actis Academiae Monachensis (nas Memórias da Academia Real das Sciencias de Munich). 254 Martius in Endlicher. — Flora Brasiliensi (Mar- tius, citando a Endlicher, na Flora Brasiliense). >» Manuscriptum, &c. (Manuscripto de Martins sobre a « Nova genera et species plantarum Bra- siliensium », 4 vol. em folio com estampas. Mu- nich, 1823 a 1832.) » Botânica de Richard, publicada pór Kunz. Meyer (Jacques). — Flora de Essequibo. Michelii, Michelin (Hardouin). —Iconogfaphic philologique, acompagnée de figures lithogra- phiques, par Ludovic Michelin. Mikan. — Delecta fascicula. MUI. — A' vista de uma citação de semelhante la- conismo, estamos reduzidos ás conjecturas; po- dendo ser: Philipe Miller, Dictionnaire et Ca- lendrier dujardinier, traduzido do inglez, e com Um supplemento por de Chaselles, 1785—1790, 10 vol. em 8.° com estampas; ou Millon, Traité de chimie organique, Paris 1844, 2 vol. em 8.° Mohl (Hugo).—Sur Ia structure et Ia forme dfes grains de pollen, Annales des sciences naturellés, 2.e serie, vol. 3.e Otto (Link) Otlo et Pfeifer. —Figures des cactes (dos catos) en fleurs, peintes et lithographiées d'après nature, Cassei 1839, publiées par livrai- sons, 5 planches avec texte. Molina, Saggio. 255 Navarrete. — Collecção de documentos históricos, tom. l.°, pag. 51. Nees ab Esenbeek. — Agrostographia brasiliensis. Nees et Martius. — Nova acta Academiae naturae curiosorum. Novas Memórias da Academia (so- ciedade) dos curiosos da Natureza. Nees. — Systema laurinearum. Nees.—In horto physico Berolinensi. (No jardim physico de Berlim), pag. 52, estampa 10. Oudry. — Analysou o guaraná em 1827 e desco- brio nelle uma substancia compacta com os mesmos elementos que o theinum. Palissot-Beauvois. — Além de outras obras, as se- guintes : Flore d'Aware et de Benin, en Afrique 1804—1805, 2 vol. em folio com 120 estampas em preto. » Essai d'une nouvelle agrostographie, ou Nou- veaux genres des graminées. Paris 1812, 1 vol. em 8.° Pis0t —Pisonis observationes et concilia medica? Amsterdam 1759. Vluck. — Elementa botânica, Vindobonae 1796, 1 vol. em 8.° Plum. — America ? p0hl. — Plantarum Brasiliae icones et descriptio- nes,I, 33, 24, tom. l.°,pag. 33, estampa24, Poiret. —Histoire philosophique, littéraire etéco- 256 nomique des plantes d'Europe. Paris 1825—1S29. 7 vol. em 8.° com 160 estampas coloridas. Raddi. — Filices Brasilienses (fetos brasileiros), pag. 78, figura 5. Redouté (J. P.) — Escreveu varias obras sobre flores, sendo a principal sobre » As liliaceas, magnífica, 8 vol. cm foi. papel atlân- tico , com estampas dobradas, escuras e colo- ridas, em papel de côr, e retocadas por elle mesmo. Richard (Achilles).—Nouveaux éléments de bo- tanique, 7.c édition avec 800 figures, intercalées dans le tcxte. Paris J 846. Bom Schult. — Systema vegetabilium. A citação diz : tom. 7, pag. 693. Rumph (Georgcs Evrard). —Doutor na Universi- dade de Hanau ; foi Rumph cônsul em Amboine, uma das Moluccas, e além de obras botânicas e outras relativas a essa ilha , escreveu o Herbarium amboinense. Amsterdam 1741, 6 vol. em folio, a que o autor parece referir-se. Sainte-Hilaire.— Além de outras, escreveu as se- guintes obras : Flora Brasiliensis, &c, 3 vol. em 4.° grande com 192 estampas gravadas. Plantes usuelles des Brésiíiens, 50 livraisons de 5 plauches et texte. Salzm ? 25/ Schott.—Metelemata (digressões) botânicas, auc- toribus. Schott et Endlicher, 1 vol. em folio. Vindobonaei830. SchulL — Sul veget. ? VI, 1256? Schutz.— Dissertationes. Tubingael825. A citação pag. 15. Schrad Lcdcb ? Schrank. — Plantas rariores horti Monachensis. (Plantas menos vulgares do jardim botânico de Munich.) Sprcngel (Ch. C.).—Das enldeckle Geheimniss der Natur in dem Bau und in der Befruchtung der Blume. (Explicação dos segredos da natureza na organisação e fructiíicação das flores) 1793. Spring in Martius.—Flora Brasiliensi (Spring citado por Martius na Flora Brasiliense, artigo Musci et lycopodiaceae, pag. 131, N.° 23. Stadelmeycr.—Dissertatio deechite. Munich 1840. Thevet ? Thomé Rodrigues Sobral. — Jornal de Coimbra, N.° 36, vol. l.°, pag. 196. Talasne.—Annales des Sciences naturelles, vol. 17, pag. 135. Tuss. —Flora Antillarum. A citação é tomo 3.°, estampa 5." } andelli (Balsamão Pinto Vandelli). —Flora Lu- M, M. V, 18 258 sítaniae et Brasiliae. Só encontrámos no gabinete portuguez de leitura noticia de uma Flora lusi- tana , porém de Brotero. Velloso (Frei José 31 ariano da Conceição Velloso). — Flora Fluminense, 8 vol. em folio, todos de estampas (Existe um exemplar na Bibliotheca Fluminense) gravadas em Paris. » Quinographia portugueza. » Allographia dos alkalis íkos. Lisboa 1798. Vent. — Tableau du règne vegetal, par E. P. Ven- tenat, 4 vol. em 8.° com figuras. Paris, anno 7.° Wild. — Enumeratio horti Berolini (Enumeração das plantas do Jardim Botânico de Berlim). Winter? Writius. — Só temos noticia de um joseph, famoso pintor inglez de historia natural, a quem talvez se incumbissem algumas estampas para alguma obra que não podemos descobrir. Zucc. — Acta Monachi (Memórias de Munich) Mohl, ibidem. (Vê Mohl). » Nova genera. A citação que temos presente signi- fica : tom. 1.°, paginas 16. Esperamos que o leitor facilmente desculpará não lhe darmos informações mais completas sobre algumas das citações que se encontrão no original 259 do Dr. Martius, porque lançámos mão de todos os recursos que estavão ao nosso alcance, e se mais não fizemos, foi porque mais não podia ser, e tam- bém nos persuadimos que o caso não é de maior conseqüência. í ÍNDICE ALPHÂBETICO DOS NOMES DAS PLANTAS. Os números indicão as paginas. Como a fôrma das palavras ^ suas terminações suíficientemente indicão quaes os nomes systematicos c quaes os outros, pareceu-nos escusado distin- gui-los por letra de caracter diííerente. Se pela diíficúldade, ou antes impossibilidade da verifica- ção , nos faltavão os meios de fazer differença cm alguns casos entre os synonimos e os nomes de plantas diversas, ao menos, não offerece isto inconveniente algum, no intuito e destino desta obra, porque, sendo este o paiz da producção das plan- tas de que aqui se trata , será pelo seu nome nacional que ellas serão principalmente conhecidas; além de que, a falta de que falíamos, só em poucos casos se poderá verificar e a res- peito de vegetaes menos conhecidos e de menor importância. Abacate, 77, 202. Abacaxi de tingir, 219. Abajerú, 65. Abaremo-temo, 115. Abati-timbaby, 205. Abi, 75. Abiu, 75. Abóbora do carneiro, 157. Aboboreira grande, moganga, porqueira, chila, das abóbo- ras meninas ,73. Aboborinhado mato,' 155, 156, 156. Abricot, 86, 209. Abúta miúda, 99. Abúta rufescens, 99. Abutilon esculentum, 47. Abutua, 99. » miúda, 99. i> rufescens, 99. Acácia angico, 115. » farnesiana, 191. y> jurema, 115. Açafrãoda índia, 194, 219. Acajaiba, 62. Acajú , 62, 86. Acanlhacaryx pinguis, 66. Acanthospermura hirsutum, 101. 262 Acanthospermum xanthioides, 101. Acariçoba, 137. Acaya,86, 104. Acedinha do brejo, 78. Achiat, 220. Achiotte, 220. Achite, 220. Achrasmaçarandiba, 76. » mammosa, 75. » sapota, 75, 107. Acnistus cauliflorus, 225. Acrosticum álbum, 125. Adenoropium opiferum, 162. Adiantum, betulinum, conicum, cuneatum, radiatum, subcor- datum, tenerum, trapeziforme, truncatum, 125. Aeolanthus suavis, 189. Ageratum conyzoídes, 102. Agrião do Pará, 136. Aguara ciunha-açu, 49. Aguara pondá, 54. Aguara quiya-açu, 214. Aguaxima, 183.' Aipi, 44. Albará, 192. Alcanfora, ou canfora, 202, Alcanforeira, 202. Alcaçús, 74. Alcea moscata, 60. Alecrim bravo, 208. » do campo, 190. Aleuritis moluccana, 69. Alfavaca de cobra, 185. Algodoeiro, 58. Alho grosso d'Hespanha, 150. » ordinário, 150. Aliculi, 48. Allamanda Aubletii, 172. » cathartica, 172. » Scholii, 172. Allasia Jobini, 73. Alligator-peav, 77. Allium ascalonicum ,150. Allium cepa, 150. » sativum, 150. » scorodoprasum, 150. Almecegueira, 211. Aloe vulgaris, barbadoneis, 149. » perfoliata, 149. Alpinia aromatica, 193. » humilis, 193. » nutans, 193. » paco-seroca, 193. » racemosa, 193. Alsophila armata, 128. Amarantus, 46. » bahiensis, 46. » viridis, 46. Amaryllis, 150. » belladona, 150. » multiflora, 150. » princeps, 150. » principis, 150. » reginae, 150. Ambaiba, 48. Ambaitinga, 49. Ambaúva do vinho, 87. » mansa, 87. Ambú, 86. Ambuya-embó, 195. Ameixa, 88. Ameixieira da terra, 88. Amendoeira ,218. Aminiiu, 58. Amoras de silva, 85. Amoreira, 219. Amygdaius communis, 218. » pérsica, 218. Anabi, 118. Anacardium humile, 63. » mediterraneum, 62. » occidentale, 62. Ananassa sativa, 81. Ananaz, 81. Anatherum bicorne, 71. Anchietea salutaris, 176. Anda-açú, 160. Anda brasiliensis, 160. 263 Anda de Gomes ,161. » Martii, 161. » de Pisão e Marcgrave, 160. Andicus pentaphyllus, 161. Andira anthelmintica, 129. » ibacariba, 129. » rosea, 129. » spinulosa, 129. » stipulacea, 129. » vermifuga, 129. Andiroba, 71, 113. Andourinha ou andorinha, 164. Anduraobaja-miri, 129. Angali, 128. Angélica, 103. Angelim amargcso, 129. » coco ou urarema, 129. Angico, 62, 115. \ngiroba, 71. Angostura, 94. Anguay, 207. Anguria, 73. Anil, 223. » trepador, 223. Anime, 205. Vninga-üva, 179. Anisosperma passiflora, 70. Annala, 220. Anotte 220. Anona cherimolia, 75. » Marcgravii, 59, 75. » muricata, 59, 74. » obtusiflora . 75. » palustris, 59. » Pisonis, 59, 75. » reticulata, 75. » spinescens, 59, 110. » squamosa, 75. » sylvestris, 75. Apogitagoara, 94. Araboutan ,116. Araca-iba, — mirim,— guaçú, 84. Arachis hipogaea, 68. Aracui, 48. Aracuy, 128. Arapabaca, 140. Arariba, 222. Araticú, 59, 75, 109. Araticú-apé, 59, 75. Araticú do mato, 75. Araticum do rio, do alagadiço, 59. Araticu-pana, 59. » ponhé, 59, 75. Araucária brasiliana, 210. Argemone mexicana, 143. Aricuri, 48, 64. Ariri, 48. Arisaema pythoneum,179, Arístolochia, 195. » anthysterica, 195. » appendiculata, 195. » brasiliensis, 195. » cymbifera, 195. » galeata, 195. » labiosa, 195. » maeroura, 195. » odoratissima, 195. » rumicifolia, 195, ». theriaca ,195. Arnotta, 220. Arnotte, 220. Aroeira., 21, 112. Arroz, 42. Arum colocasia, 43. » vermitoxicum, 180. Asplenium adiantoides, 125. » brasilicum, 125. » regulare, triste, 125. » sulcatum, de Schotteo, 125. Assacú , 167. Astrocarium ayri, 64. » jauari, 64. i» muru-muru, 64. » tucum ,64. » vulgare, 64. Astronium concinnum ,212. Atole, 220. Atropa arborescens, 225. Atta, 59, 75. Attalea compta, 65. IQh Attalea excelsa, 65. » spectabilis, 64, 65. Avacate, 77, 202. Avaremotcmo , avaremo-temo , 115. A vença, 124. Avencão, 124. Averrhoa biliinbi, 79. » carambola, 79. \vicennia nitida, 109. Axi, 182. Ayapana, 101. Aydendion cujumari, 200. Azedinha ou acedinha do brejo 78. Azeite de mamona, 69. üabosa (her\ a), 149. Bacaba d azeite, 63. Baccharis articulata, 100. » gaufichaudiniana, 100. » ochracea, 54, 101. » triptera, 100. Bacoropary, 65. Bacury, 65. Bafureira, 69. Baga da praya, 105. Balsamo, 207. Banana, 72. Bananeira da terra, 72. » de S. Tlioiné, 72. Baonilha, 196. Barahuna, 222. Barba de boi, 52. Borba deTiman, 115. Barbatimão, 115. Barberina tetrandra, 108. Bareriçó do campo, 152. Barú, 198. Bassoura, 54. Bassourinha, 54. Batata do mar, 1?3. » de purga, 152. » da terra, duce, 44. Batatas edulis, \. Batatinha, 152. Bauhinia aculeata, 51. » fortificata, 51. » radiata, 51. » tomentosa, 51. Begonia acetosa, 78. » ácida, 78. » bidentata, 78. » cucullata, 78. » hirtella, 73. » platanifolia, 78. » sanguinca, 78. » undulata, 78. Beijoeiro, 204. Beldroega, 47. Belingela, 72. Bellas noites, 152. Bençfio de Deos, 47. Beringela, 72. Bertholletia excelsa, 66. Betonka, 188. Beire, 184. Bens, 184. Bicuiba redonda, 67. Bidens graveolens, 136. » leu antha, 136. i> pilosa, 136. Bignonia cinca, 221. n leuxophyilon, 167. Bilbergia tinctoria, 219. Bilimbino, 79. Bixa orellana, 220. » urucurana, 221. Blumenbacliia insignis, 178. » latifnlia, 178. Boas noiles, 152. Boehmeria caudata, 48. Boerhaavía hirsula, 90. Boi gordo, 145. Bois baile, 92. » de rose, 201, Bonina, 152. Borreria emetica, 174. » ferruginea, 174. » poaya, 174. » verücillata, 174. 265 Bowdiceha major, 114. Braço de preguiça, 55. Brasilininum, 222. Brincos de sahoim, 115. » de sahoy, 62. Bringela, 72. Bromelia tinctoria, 219. Broussonetia brasiliensis, 220. » tinctoria, 219. » xanthoxylon, 219. Bruti, 72. Bryonino, 148. Bucha de Paulistas, 158. Buchinha, 157. Bucida-buceras, 109. Buddleja brasiliensis, comata, £ Buena hexandra, 121. Buranhem, 106. Buriti, 72. Burracha chimarona, 49. Bursera leptophloeos 212. Bútua. Vê Abútua , 99. Byrsonima chrysophylla , 8 110. » verbascifolia, 88, 110. Caa-apiá, 194. Caa-ataya, 90. Caa-chira, 222. Caa-jandiwap, 140. Caa-mirim, 126. Caa-opiá, 172. Caapeba, 98, 183. Caapiá, 172, 194. Caa-pim cheiroso ou de chein ^ 130. Caa-pim-peba, 71. Caa-pomonga, 140. Caaponga, 46, 47. Caaroba, 174. Caa-tiguâ, 222. Cabaça, 157. Cabello de negro , 145. Cabralia canjerana, 93. Cabure-iba, 207. Cabuericia, _07. Cacalia, 100. » amarga, 100. » decurrens, 100. » cor Jesu , 101. » doce, 100. » sessilis ,100. Cacáo, 67. Cachos da índia (herva dos), 46. Caculucage, 190. Ctcsalpinia echinata, 116, 222. » vesicaria, 116 , 122. Cactus, 79. » arboreus, 79. » phyllantus, 79. . Cafeeiro, 122. Caferana, 98. Cafezeiro , 122. Cagaiteira, 83. Cahinca , 175. Cajanus flavus, 45. Caiaué, 64. , Cainana, 175. Cainaninum ou cahinanium, Cainca, 175. Caju, 62, 86. Cajueiro pequeno, 63. Caladium bicolor, 180. » esculentum, 180. » poecile, 44, 46, 180. y> sagittifolium, 44, 46. » violaceum, 44, 180. Calamo aromatico, 120. s, Calopisma, 97. » amplexifolium, 97. » perfoliatum, 97. Calophylium brasiliense, 208. Calunga, 93. Calyptranthesaromatica, 202. Camará, 189. ■n de bi ro, 96. » do matto, 96. Camara-japo, 191. Camará-juba, 189. Caraaranbaia, 224. 266 Camara-tinga , 189. Camarú, 215. Cambuhy, 83. Cambui, 112. Camgabá, 135. Canaan, 165. Canambaya, 79. Canapomba, 108. Canduá, 89. Canella de cheiro, 199. Canella preta, 202. Canelleira, 202. Canfora oflicinarum, 202. Caninana, 175. Canjerana , 93. Canjica, 42. Canna angustifolia, 192. Canna de assucar, 71. Canna aurantiaca , 192. Canna edulis, 192. Canna glauca, 192. Canna indica, 192, Canna de macaco, do mato, Cannabis saliva, 217. Cannafistula, 80, 145. n dos grandes, 80. » menor, 80. Canopy-tree, 86.' Canudo amargoso, d de pita, 98. y> de purga, 172. Caoponga, 46. Caoutchouc, 168. Caparosa, 224. Capi-catinga, 131. Capim-rei, 152, Capreúva ,207. » conoides, 182. Capsicinum, 183. Capsicum , 182. » annuum, 182. » baccatum, 182. » caninum, 214. » cerasiforme , 182, » comarim, 182, Capsicum conicum, 182. » conoides, 182. » fruteseens, 177, 182. » grossum, 182. » longum, 182. » odoriferum, 182. » pendulum, 182. » umbilicatum, 182. Capureigba, 207. Capureúva, 207. Cará, 43. » cultivado, 43. Carachichú, 214. Caragnatá , 149. Carajuní, 221. Caramboleiro, carambóla, 79. Carapa guaianensis, 71, 113. Carapeirana, 65. Carapiá, 194. Cardo. Vê— Cactus, 79. Carex arenaria, 130. Carica digitata, 73. '• » dodecaphylla, 73. » mamaya, 73. » papaya, 73, 168. Caroba, 134. » branca , 133. » de flor verde, 133. Carobinha, 134. Carqueja , 100. » amargosa, 100. » doce, 100. Carrapateiro, 69. Carrapicho, 51, 61. Carurú, 46. » da Bahia, 46. » de Velloso—addenda. » verde de Linneu, 46. » vermelho-addenda. Caryocar brasiliense, 66. » butyrosum, 66. » glabrum, 66. » tomentosum, 77. Caryophyllus aromaticus, 203. Casca d'anta, 103. 267 Casca brasileira adstringente 115. » de paratudo, 103. » preciosa, 200. Casearia adstringens, 111. Cássia alata, 57. » brasiliana, 80. » caryophyllata, 201. » cathartica, 146. » falcata, 57, 146. » fistula, 80. a herpetica, 57. » laevigata, 145. » magnífica, 146. » medica, 80, 145. » occidentalis, 146. » rugosa, 146. » sclerocarpa, 80. i sericea, 57 , 146. » splendida, 145. » tropica, 146. Castanha de bugre, 70. » de jabotá, 70. Castanheiro do Maranhão, 66. Castrum pseudo-china, 95. Cataiá, 55. Cathartoc-arpus persicus, 80. Caünga branca, 116. » de mulata, 187. Catingueira, 77. Caulotretus macrostachyus, 51 » microstachyus, 51. Cautecuc, 168. Caxaporra do gentio, 173. Caxim, 161. Cayapia, 194. Cayaponia cabocla, 160. i> diflusa ,160. Cebipira-guaçú, 114. Cebola ordinária , 150. Cecropia palmata, 49. » peltata, 49. Centaurea, 97. Centeio, 43. Centrosema Plumieri, 147. Cephaélis-ipecacuanha, 173. » ruelliaefolia, 140. Cerbera Üievetia, 171. Cerei varii, 50. Cereiba, 108. Cereibuna, 108. Cereitinga, 108. Cereja de purga, 158. Cerejeira, 218. | Cereus Arrabidae, 79. » geometrizans, 79. » pentagonus, 79. » triangularis, 79. » variabilis , 79. Cestrum, 216. » bracteatum ,216. » corymbosum, 216. » euanthes, 216. » laevigatum, 216. » parqui, 216. » pseudo-quina, 95. » stipulatum, 216. Cevada, 43. » santa, 43. Chá bohea, 124. » da China, da índia, 124. » de frade, de pedestre, 190. » verde, 124. Chagas da miúda, 58. Chalotas das cozinhas , 150. Cheilanthes brasiliensis, 125. 9 spectabilis, 125. Chenopodium ambrosioides, 186, Chica, 221. Chichá , 67. China. V. Quina. Chinino, 121. Chiococca anguifuga » densifolia, 175. 9 racemosa, 175. Choyne, 87. Choyté, 87. Chrysobalanus icaco Chrysophyllum buranhem Cidra, 82. 175. 65, 119. 106. 268 Cinamomo, 113. Cinchona bergeniana, 121. » cuiabensis, 121. » ferruginea, 120. » firmula, 121. n lanibertiana, 121. » macrornemia, 121. » remijiana, 120. i> de Velloso, 120. Cinchonino, 121. Cipó de cobras , 98. Cynamodendron axilare, 103. » de Endlicher, 103. Cinnamomum zeylanicum y Cas sia, 202. Cissampelos, 98. » abútua, 99. » ebracteata, 98. » glaberrima, 98. » ovalifolia, 99. Cissus tiucloria, 223. Citrus aurantium, 81, 103, 191 » decumana , 82. » efferata , 81, 82. » limetta, 82. » medica, 82. » spinosissima, 82. » vulgaris , 82. Cladonia neglecta, 89. » pytirea, 89. » pyxidata, 89. » sangüínea, 89. Clitoría fluminensis , 147. Clusia insignis, 209. Cnidosculus Marcgravii, 177. » neglectus, 178. » vitifolius, 178. Coajingüva, 168. Coca ,127. Coccoloba crescentioe folia, 106. » sagittifolia, 56. » uvifera, 105. Cocculus, 99. » cinerascens, 99. » fijipendula , 99. Cocculu-; imene, 99. » Martii , 99. » Pahni e o cocculus imene, addenda. 9 plalyphylla, 99. » tomentosa, 99. Cochlcaria armoracia, 182. Coco da Bahia, 64. 9 de catarrho, 64. 9 d.i praia, 64. 9 de purga, 160. » de quaresma, 64. Cocombro, 157. ;- Cocos coronota, 64. » llexuosa, 64. » nucifera, 64. » schizophylla, 48. Coentrilho, 104. Coerann, 216. ColTea arábica, 122. Coíieinum, 123. . Coité, 192. Colicodendron icó, 143, Collophoia utilis, 170. Colocasia anliquorum, 43. Colocinthino, 148. Colocynthis, 148. Comari, 177. Commelina communis, 60. » deficiens, 60. Conabi, 164. Conami, 164. Conavi, 164. Congonha 126, 224. 9 verdadeira, 126. Conoclinium prasüfolium, 191. Consolida, 137. Contrayerva, 194. Convolvulus batatas, 44. 9 brasiliensis, 56. 9 contortus, 152. 9 esculentus, 44. 9 giganteus, 154. » marinus, 56, 153, , 9 operculatus, 152, 269 Convolvulus paulistanus, 154. » pendulus, 154. » pesocaprae et maritimus, 153 » polyrrhyzos, 154. » púniceus, 154. » tuberosus, 44. » varius, 44. » ventricosus, 154. Coopa-iba, 206. Copaifera Beyrichii, 206. » cordifolia, 206. » coriacea, 206. » guiannensis, 206. » Langsdoifii, de Langsdorff, 206. » laxa, 206. » longifolia, 206. » Martii, 206. > nítida, 206. » Selowü, 206. » trapezifolia, 206. Copai (resina), 206. Copa-üva, 206. Copi-iba, 118. Coqueiro da índia, 64. » de dente, 63. Coração de Jesus, 101. Cordão de frade, 187. Cornêiba, 112. Costa aromatica, 93. Costus, 77. i cylindricus, 78. * spicatus, 77. Cotó-cotó, 138. Coumarinium, 194. Coumarourana, 197. Coutarea speciosa, 121. Coutinia illustris, 96. Craleva tapiá, 60. Craveiro da terra, 202, 203. Cravo de defunto, 191. Crescentia cujete, 87. Cresson do Pará, vej. agrião do Pará, 136. Crista de gallo, 50. Croton antisyphiliticus, Í63. 9 campestris, 164. 9 cordatus, 164. 9 fulvus, 163^ 9 perdicipes, 163. Cruzeirinha, 175. Cryptocarya moschata, 199. Cuambú, 136. Cuarurú-^uacú, 46. Cuca, 126. Cuchery, 200. Cucumis melo, 73. Cucurbita ceratocreas, 73. 9 citrullus, 73. 9 lagenaria, 157. 9 máxima, 73. 9 odorilera, 73. 9 pepo, 73. » poliro, 73. Cuguaçuremiú, 44. Cuieté, 87. Cuité, 192. Cuité-açú, 193, Cujumari, 200. Cumandatiá, 45. Cumaru, 197, 198. Cumbary, 198. Cumbeba, 79. Cunabi, 164. Cunila microcephala, 187, Cupay, 206. Cuphea balsamona, 53. 9 ingrata, 53. Curatela sambaiiba, 110. » sambaiiva, 110. Curiuma longa, 194, 219. Cuii-iiva, 210. Curi-y, 210. Curraleira, 163. Curuá, 64. Curubai-miri, 114. Cururú-apé, 144. Cuscuta racemosa, 50. » umbellata ,50. Culubeadensiflora, 98. •)• Cyaponia diffusa, 156. Cybistax antisyphiliüca, 133. Cyperus rotundus, 131. Cytisus cajan, 45. Dambre, 175. Datura stramonium, 213. Daturinio, 213. Davilla brasiliana, 119. » rugosa, 119. » tetracera, 119. Declieuxia arístolochia, 140. Dicypellium cai yophyllalum, 2 Dioscorea, 43. 9 conferta, 43. » dodecaneura, 43. 9 heptaneura, 43. » piperifolia, 43. 9 sativa, 43. Diplothemium litturale, 64. 9 marilimum, 64. Dipterix alala, 198. 9 odorata, 197. » " oppositifolia, 198, 9 pleropus, 198. » pterota, 198. Discaria febrifuga, 91. Dolichos melanophstalmus, 45. 9 monachalis, 45. 9 sinensis, 45. Dom Bernardo, 138. Dorstenia, 194. » arifolia, 194. 9 brasiliensis, 194, » brioniaefolia, 194. » opifera, 194. Douradinha, 61. » do campo, 139. Dracontium pertusum, 180. 9 polyphillum, 178. Drymis granatensis, 103. 9 Winteri, 103. Echites alexicaca, 170. 9 augusta,''-170. 9 cururu, 171. «grandiflora, 171. 0 Echites longiflora, 170. 9 monachalis, 170. » pastorum, 171. 9 venenosa, 171. Echium plantagineum, 49. Eclipta erecta, 118. 9 paluslrís, 118. Eloeis guinecnsis, 63. 9 melanococca, 64. Elephantopus cervinus, 53. Elephantopus Martii, 53, 90. Embira, 186. Embyayembo, 142. Engá, 73. Erva (ou herva) anil, 223. 9 de anir, 223. 9 babosa, 14. 9 do bicho, 55. 9 dos cachos da índia, 4G. 9 do capitão, 137. » cidreira, 188, » do collegio ou grossa, 90. 9 dos feridos, 192. 9 minuana, 53. 9 moura, 214. 9 moura do sertão, 103. 9 de Nossa Senhora, 98. 9 de paio, 126. » do pântano, 105. » de pipi, 142. » pombinha, 164. 9 do rato, 139. » santa, 54. » de Santa Luzia, 165. 9 de S. Caetano, 158. 9 de Santa Maria, 186. 9 do sapo, 78. » tostão, 90. 9 venenosa, 171. Ervinha, 221. 9 de parida, 140. Eryngium linguatucani, 55. Erythroxylon anguifugutn, 14ár. » areolatum, 110. » campestre, 145. 01 271 Erythroxylon coca, 127. 9 suberosum, 110. 9 tortuosum, 110. Esenbeckia febrifuga, 94. o intermedia, 94. Espigelia (ou spigelia), 140. Espinho do carneiro, 53. Espinheiro amarello , branco , bravo, 220. 9 d'ameixa, 88. Estoraque, 204. Estramonio, 213. Eugenia brasiliensis, 83. 9 cauliflora, 83. 9 crenata, 83. « depauperata, 127. » dysenterica, 83. 9 grumixama, 83. 9 jambos, 85. 9 legustrina, 83. » Michelii, 82. 9 myrobalana, 83. 9 pseudocaryophyllus, 203. 9 uniflora, 82. » uvalha, 83. » varíabilis, 127. 9 xanthocarpa, 83, 127. Eupatorium ayapana, 101. Euphorbia brasiliensis, 165. 9 caecorum, 164. 9 cotonifolia, 165. 9 hypericifolia, 165. 9 linearis, 164. » ophtalmica, 165. 9 phosphorea, 165. 9 serrulata, 165. Exostema australe, 121. 9 cuspidatum, 121. 9 formosum, 121. 9 souzanum, 121. Fava de Santo Ignacio, 70. Fedegoso, 57, 146. Fedorenta, 175. Feijão carrapalo, 45. Feijão compressus et inamoenus, 45. » (feijãozinho) da índia , 45. 9 frade ou fradinho, 45. 9 mulatinho, roxo, fidalgo, en- carnado , cavallo, 44. 9 preto, 45. Feijoeiro, feijões, 44 ? 48. Ferraria cathartica, 151. 9 purgans, 151. Feto macho, 127. Feuillea cordifolia, 70. 9 passiflora, 70. 9 trilobata, 70. Ficus anthelminticus, 168. » doliaria, 168. Figueira branca, 168. 9 da índia, 79. 9 do inferno, 69, 213. Flor d'agua, 181. 9 de babado, de babeiro, 170. 9 de quaresma, 224. Fontenellea Sainte Hilaire, 225. Franciscea Pohl., 135. 9 uniflora, 135. Fructa d'arara, 160. 9 do conde, 59, 75. » da condessa, 75. » de pomba, 144. Fumo, 215. 9 bravo, 90. Fustete, 219. Fustic, 219. Gamelleira, 168. Garyophillata, 136. Gelbholz, 219. Gengibre (ougengivre), 193. Genipa americana, 88, 109, 223. 9 brasiliensis, 88, 109, 223. Genipat, 88, 109. Gentiana, 97. Geophroea, spinosa, 129. Geratacaca, 135. Geremma, 115. Gergelim, 68. 272 Gingeira brava, 218. Girofleiro, 203. Glechon spatulatus, 187. Glycirrhiza mediterrânea, 74. Goajurú, 65, 119. Gomma de batata, 153. Gomphia hexasperma, 120. » parvíflora, 69. Gomphrena oflicinalis, 102. Gongonha (ou congonha) verda deira, 126. Gonú, 156. Gossypium vítifolium, 58. Grama da praia, 71. Gravata, 219. Gritadeira, 138. » do campo, 138. Grumixama, 83. Grumixamcira, 83. Guabiroba, 84, 127. Guaiaba, 83. Guaiana tunbó, 223. Guajeru, 65, 119. Guajuru, 65. Guaimbé, 179. Guandu, 45. Guaparaiba, 109. Guapeva, 70. Guarabú, 212. Guarabú preto, 212. Guaraná, 122. Guaraná-üva, 122. Guaranhem, 107. Guararema, 141. Guarea, 91. » Aubletii, 92. » cernua, 92. » purgans, 91. » spicoeflora, 92. » üichlioides, 92. Guaviroba, 83. Gúaxiina, 61. Guayuma ulmifolia, 62. Guetarda angélica, 103, Guiabo (ou quiabo), vej. Guiio gombó, 48, 60. Guüandina bonduc, 129. (iuimgombò, 48, 60. Guiia ou ocra-repoty, 50. Guiti-iba, guaçu, miri, 76. Guiti toroba, 75. Guarabú, 211. » preto ,211. Guslavia brasiliana, 142. » spcciosa, 143. Gymnograinmecalomclanos, 125. Gynerium parviüorum, 71. 9 saccharoides ,71. Habsburgia comans, 91. Hancornia, 76. 9 pubescens, 76, 90. 9 spcciosa, 76. Hedyosmum bomplandianum , 185. Helicteres, 52. » brasiliensis, 52. » brcvispira, 52. » corjlifolia, 52, » harvensis, 52. » icora, 52. » ovala, 52. 9 saca-rolhas, 52. » vuaráme, 52. Heliotropium ciirassavicum, 50, Helleria obovala, 65. Herreria parviflora, 132. 9 salsaparrílha, 132. Herva. Vej. Erva, no Índice. Hervinha de parida, 140. 9 secca, 221. Hibiscus abelmoschus, 60. » esculcntus, 60. Hippomane biglandulosa, 166. 9 mancinella, 167. Hordeum distichon, 43. » hexastichon, 43. Hortia brasiliana, 93. Humiri, 204. Humirium baliamicum, 204. 273 Humirium fioribundum, 204. Hura brasiliensis, 167. Hydrocotyle bonariensis, 137. Hydrocotyle dux, 137. Hymenoea courbaril, 74, 205. » martiana, 205. » olfersiana, 205. » sellowiana, 205. » stignocarpa, 74, 205. » stilbocarpa, 74, 205. Hyosciamus albus, 214. » niger, 214. Hypanthera guapeva, 70. Hypericum comatum, 2ü8. 9 laxiusculum, 208. Hypoporum nutans, 130. Hyptis, 188. » fasciculata, 188. » fruticosa, 188. » graveolens, 188. » pectinata, 188. » pseudo-chamoedris, 189. » spicata, 188. » suave olens, 188. s umbrosa, 188. Ibacuru-pari, 65, Ibipitanga, 82. lbira-pitanga, 116, 122. Ibixuma, 62. Ichtyotera cunabi, 164. Icica altíssima, 212. » guaianensis, 211. » heptaphylla, 211. » icicariba, 211. I-cipó, addenda. (Tetr. obl. 119.) Icò, 143. Ilex congonha ou gongonha, 126. » macoucoua, 224. » paraguariensis, 126. » theezans, 126. Imbé, 179. Imbira, 186. Imbiri, 192. Imbú, 86. Imburana, 212, Imbusada, 86. Imbiueiro, 86. Imira-quiynha, ou Kiynja, 201. Inajá-guaçú-iba, 64. Indajá, 65. Inda3açú, 160. Indigofera domingensis, 223. 9 tinctoria, 223. Ingá cordi^tipula, 74. 9 doce, dulcis, 73. » edulis, 7. 9 opeabiiba, 73. » tetraphylla, 74. Inhame de S. Thomé, 43. Inhapecanga, 132. fnimboja, 129. Ipé (tecoma), 117. 9 branco. 9 -caá-goene, 173. » contra sarnas, 116. ípecacuanha, 173. Ipeuva, ipé, 135. Ipomoea marítima, 59,153. Ipú, 153. Jaborandi, 185. Jabotá, 70. Jabotapita, 69. Jabolicaba, 83. Jaboticabeira, 83. Jaçapé, 130. Jaçapucaio, 66. Jacarandá, 134. 9 cabiuna, 207. 9 caroba, 134. » oxyphylla, 134. 9 procera, 134. 9 subrhombea, 134. Jacua-acanga, 49. Jaeé, 73. Jaiapa, 153, 154. Jalapão, 162. Jalapinha, 154. Jalapino, 148. Jamacarú, 50. » de Marcgrave, 79. 19 274 Jamacarú de Pisão, 79. Jambos, 85. Jambosa vulgaris, jambeiro, 85 Jandiparana, 142. Janipíiba, 88. Janipabeiro, 88. Janiparandiba, 142. Japicanga, 131. Japoarandiba, 142. Jacaratiá, 73. Jarbão, 54. Jareré, 68. Jaro manchado, 179. Jataibá, 7'i. Jalahy, 74, 205. Jatai-üva, 205. Jatobá, 74, 205. Jatropha curcas, 160. 9 elástica, 167. Jatrophico (ácido), 148. Jauari, 64. Jenipabeiro, 88. Vè lambem gcni- papeiro, etc, etc. Jerataca, 135. Jerema, 115. Jcremú, 73. Jerxelim, 68. Jctahi, jatai-üva , 205. Jetai, 205. Jetaiba, 205. Jetica, 44. Jelucú, 153. Jiriráca, 178. Jiticucú, 153. Jito, 92. Joá, 54. Joazeiro, 74. Jobolá (castanha de), 70. Johanesia princcps, 160. Jonidium brevicaule, 176. 9 ípecacuanha, 176. 9 parviflorum, 176. 9 poaya, 176. 9 urticaefolium, 176. luá, 54. jJná-açú, 218. Juapecanga , 132. Juá-üva , 218. Jubay, 80. Julorroton phagedacnicus, 1C4. Junça aromatica, 130. Junco de cobra, 130. Jupicanga de Pisão , 132. Jurema, 115. Jurepeba, 54. Jurumú, 73. Jussieua caparosa, 224. 9 pilosa ,221. 9 scabra. Kalanchòe brasiliensis, 142. Kielmeyera rosea, 52. 9 spcciosa, 52. Krameria aigentea , 112. 9 triandra, 112. Kyllinga odorata, 130. Labatia reticulata , 75. Lablab vulgaris, 45. Lacca musci, 221. 9 mu ica, 22. Lagenaria vulgaris, 157. Laguncularia racemosa, 108. Lanceala, 53. Lantana, 189. 9 aculeata, 190. 9 brasiliensis, 190. 9 camará, 189. 9 involuciala, 190. » microphylla, 190. 9 pseudo-lhea, 190. 9 sellovviana, 190. Lantim ou landy , 208. Laranja selecla, da China, tan- gerina pequena , tangerina grande, sêcca, de umbigo , 81 e 82, 104, 191. Larangei'a da terra, 81. 9 do matto , 82. Lasiandra, 224. 9 argentea, 225. 9 langsdorlfiana, 225. 275 Lasiandra maximiliana, 224. Laurus canfora, 202. 9 cássia, 202. Lava pratos, 145. Lechetrez, 163. Lecythis grandiflora, 66. 9 lanceolata, 66. » minor, 66. » ollaria, 66. » de Visão, 66. Legação, 131, Leitariga , 163. Leiteira, 163. Lentilha d'agua, 1S1. Leonotis nepetaefolia, 187. Leucas mavlinicensis, 187. Licania turiuva, 65. Lepidium americanum, 182. Licari-kanali, 201. Lima d^mbigo, 82. Limão azedo francez, 82. Limoffiro do matto, 82. Lingua de tucano, 55. Linharia tinctoria, 116. Linho, 68. Linum usitatissimum, 68. Lippia cilrata, 190. Lírio, 150. Lisianthus, 97. 9 amplissimus, 97. 9 pendulus, 97. Loasia parvíflora , 178. Loco, 140. Louro-cerejeira, 218. Lucuma caimito, 75. 9 rivicoá , 75. Luffa drástica, 158. 9 purgante ,158. Luhea grandiflora, 111. Luzeiro, 163. Lycopodium hygrometricum, Mabea fistuligera , 98. Maçarandiba, 7<>. Macaxeira, macajera, 44. Macaúba, 64. Machaonia brasiliensis, 17 4. Macoccuoua guajanensis, 224. Macucú ,224. Malambo, 103. Mnleileira, 163. Muha, 60. Malvaisco, 61. Malvalisco, 61. Mamangá, 145. Mamão, 73. Mammea americana, 86, 209. Mamoeira ou mamoeiro, 73,168. Mamona, 69. Manaícia , manacán, 135. Mandiiba, 44 , 177. Mandobi, 68. Mandobi-guaçú, 160. Mandubi, 68. Mandupitiú, 68. Manettia cordifolia, 195, Manga, 85, 104, 129. Mangaba, 74. » brava, 76, 90. Mangaiba, 85. Mangara-mirim , 44. n peúna, 44. Mangaraliá , 193. Mangaraz, 44. Mangarito, 44. Mangerona do campo, 187. Mangifera indica, 85, 104, 129, 211. Mangue amarello, 108. 9 branco, 108. 9 vermelho, verdadeiro, ou amarello, 109. Mangueira, 85, 211. Mani, 210. Manilia, 44. Manihot aypi, 44. 9 utilissima, 44. Manihotico (ácido), 11, 8. Manobi, 68. Maprounea brasiliensis, 162. Maracujá, 58, 80, 81. 276 Maravilha, 152. Mari, 129. Marianinha, 60. Maria preta, 19, 222. Mari-mari, 80. Marinh iro , 91. » de folha larga, 91. » de folha miúda, Miv.as, 91 Marmelleiro, 62, 85. Marroios, 188. Marsypiantbes hyptoides , 189 Martia pl.ysaloides, 147. Marubá, 99. Mastruço, 136. Mata-canna, 90. Matapasto, 57. Mate, 224. Vè lambem Congo- nha , 126. Maurilia \inifera, 72. Mcchoacana, 153. Meerú, 192. Meimendro negro e branco, 213 Melambo, 103. Melancia, 73. Melanoxylon braúna, 222. Melão, 73. Melia azedarach, 113. Melícocca bijuga, 86. Mcli-sa, 188. Melothria pêndula, 158. Mentastro, 102. Mcnlhastro, 188. Mercúrio vendai, 135. Merendiba, 223. Mespilodaphne pretiosa , 200. Melrench\los, 168. Mi'ho grosso, grande , 42. Micania oflicinalis , 101. » opifera, 101. Mimosa plana , 7'i. 9 tetraphylla, 74. Mimusops subse icea, 70. Mirabilis dichotoina, 152. Mohica, 106. Momordica charantia, 158. Momordica cordatifolia, 15'i. 9 lufla, 158. 9 opeiculata, 158. 9 verticillata, 156. Momordicino, 1 'i^. Monesia, 106. Moncsino, 106. M nstera Adansonii, 181. Montanino , 122. Moquilea, 76. 9 canomensis, 65. 9 grandiflora, 76. Monorobea coccinea, 210. Mororó , 51. Vororó-cipó, 219. Morus tataiba, 219. 9 tinctoria, 219. n xantoxylon ,219. Moscliow on cathaiticum, 92. Motamba, 62. Mundoy-guaçú, 160. Mun uí)i, 68*. Mureci, 1 10. 9 -guaçú, 110. 9 -penima, 110. Murusi, 110. Murucujá, 80, 81. 9 do estralo, 58. Muru-murú, 64. Musa paradisíaca, 72. Muscadeira, 198. Mutamba, motamba, 62. MwMici aromatica, W*. 9 bicuhiba, 69. 9 oflicinalis, 67, 198. 9 moschata, 198. n sebifera, 67. Myrobalana, 86. Myrodia angustifolia, 62. Muospernmm, 207. M) rlus mucronuta, 84. 9 caryophyllala, 203. 9 pstudo-carvophylius, 203. Nana, 81. Nandiroba, 71. Xani, 210. Napha, 192. Narda spinosa, 217. Nasturtium officinale, 182. Nectandra cymbarum, 200. » mollis, 202. 9 puxury major, 198. 9 puxury minor, 199. Neurocarpum cajanifolium, 147. » ellipticum, 147. » frigidulum, 147. » longifolium, 147. Nha, 66. Nhambi, 191. Nhambu-guaçú, 69. Nhandí, 164." Nhandiroba, 70. Nhandú, 184. Niá , 66. Niambi, 184. Nicotiana Langsdorffii, 215. 9 ruralis, 215. » tabacum, 215. Nicotianum, 215. Nicotino, 215. Noissettia pigrifolia, 176. Noz de Bancoul, da índia, 69. 9 moscada do Brasil, 199. Oacajú, Vè caju, etc. Oajurú , 65. Oanani, 210. Oassacú, 167. Oauassu, 65. Oca dos Chilenos, 45. Ochna jabotapita, 69. Ocimum, 189. 9 americanum, 189. » gratissimum, 189. 9 incane cens, 189. » micranthum , 189. Ocotea amara, 200. 9 cymbarum, 200. Oenocarpus bacaba , 63. Oenothera afiinis, 53. Oéra-repoty, 50. Oiti, 76. 9 coroiá, 76. 9 da praia, 76. » cictá, 77. Opuntia brasiliensis, 79. Orelha de gato, 208. » de onça, 98 , 99. » de rato, 90. Orellana, 220. Orelia grandiflora, 172. Oreodaphne opifera, 199. Orgibão, 54. Orlean, 220. Ortelãa, 189. Vê também Hor- telãa. 9 do mato , 188. Ortiga, 178. Oryza sativa, 42. 9 subulata, 42. Ottonia, 185. 9 anisum, 185. Oxalis , 78. 9 Barrelieri, 79. 9 bipunctata, 79. 9 carnosa, 45. » crassicaulis, 45. 9 cordata, 79. 9 floribunda , 79. 9 fulva, 78. 9 martiana, 79. 9 repens, 78. 9 tuberosa, 45. 9 urtica , 79. 9 violacea, 89. Paco-aíre (nome que Lery dá á bananeira). Pacoiy, 65, 87. Paco-seroca, 193. Pacová, 193. Pajomarioba, 57, 146. Palicurea, 138. 9 aurata, 138. 9 densiflora, 138. 9 diurelica, 138. » Marcgravii, 139. 278 Palicurea nicotianaefolia, 139. » noxia, 139. » oflicinalis, 138. » rígida, 138. 9 sonans , 138. » strepens, 138. » tetraphylla, 138. Pamphilia aurca , 204. Páo d'alh.0, 60 , 141. » brasil, 116, 222. » de capsico , 201. » ou casca preciosa, 200. 9 de colher, 116. 9 cra\o, 201. 9 forquilha, 95. » de lacre, 172. » pereira, 95 , 96. 9 de pimenteira, 201. » de rosa ,222. 9 rosado, 222. 9 roxo, 222. 9 de sabão, 225. » santo, 52. 9 sa-safraz, 220. 9 seringa, 167. Papagaio, 180. Papo de peru, 195. Paraguay- roux, 137. Paraíba, 94. Paratudo, 103. Paraturá, 130. Paiillinum, 131. Parmelia roceclla, 221. Passiflora, 58. » alata, 81. » albida, 81. » edulis, 81. » foitida, 58. 9 hibiscifolia, 58. » hircina, 58. » incarnata, 81. 9 maliformis, 81. » quadrangularis, 81. 9 sururuca, 81, Passifloras, 80. Palagonula vulneraria, 117. Paullinia grandiflora, 144. 9 pinnala, 1 'i4. » sorbilis, 122. Pavonia diuretica, 61. Té de bezerro, 180. Pé de perdiz, 163. Peccgueiio, 218. Pedílantlius lithymaloides, 166. Poeperidia , 1 s;;. Peltodon radicans, 188. Pereiorá, 200. Periandra dulcis, 74. Periná, 77. Periparoba, 183. Perittium ferrugineum, 222. Persea gratíssima , 77, 202. » vulgaris, 218. Persoonia garrcoides, 113. Pelheria letrandra, 142. Petume, 215. Petúno, 215. Pety, 215. Phaseolus, 44, 48. 9 compicsMis, 45. » inamoenus, 45. » mesoleucus, 45. 9 sphacricus, 45. 9 tiimjdus, 45. 9 vulgaris, 4'i. Phjllanthus conami, 164. 9 diabeliens, 164. 9 microphyllus, 164. » niruri, 164. 9 panifnlius, 164. Philodendron, 179. Philodendron ? arborescen», 179. » grandifolium, 179. 9 hederaceum, 179. 9 imbé, 17'.). 9 oblonguui, 179. Philoxerus vermiculatus, 46. Physalis angu'ata, 215. » pubescens, 215. » viscosa, 215. 279 Phytolacca decandra, 46. Picahonha, 173. Picão, 136. Picramnia ciliata, 95. Picrodendron calunga, 93. Pilea muscosa, 48. Pimenta de cheiro, 182. » de gallinha, 214. Vè também Erva do bicho. » da índia, 182. » dos índios, 184. d malagueta, 182. 9 do' matto, 186. » negra, 185. » do sertão, 186. » da terra, 182, 186. Pimentão, 182. 9 comprido, 182. Pimenteira, 184. » da índia, 184. » do Pará, 136. 9 do reino, 184. Pindaíba, 180. Pindova, 65. Pinha, queimadeira, 161, 177. Pinhão paraguay, 160. Pinheiro, 210. Pinhões de purga, 160. Pino, 161. Piper, 183. » aduncum, 184. » aromalicum, 184. 9 enkia, 184. » eucalyptifolium, 184. » glaucescens, 184. > jaborandi, 185. 9 nigrum, 184. » nodulosum, 184. t parthenium, 185. i pellatum, 183. b sidoefolium, 183. » stelíensia, 184. d umbellatum, 184. 9 unguiculatum, 183. Piptostegia, 152, Piptostegia gomesia (de Gomez), 153. 9 Pisonis (de Tisão), 153. Piqui, 67. Piquiá, 67. Piracaúba, 200. Piranga, 221. Pireto, 151. Piretro, 151. Piriguaia, 176. Pissandó, 64. Pistia occidentalis, 181. 9 stratiotes, 181. Pitayno, 121. Pitanga, pitangueira, 82. Pitangueira do matto, 83, Pithecolobium avaremo-temo, 115 » gumiferum (angico em Mi- nas), 62. Platonia insignis, 65, 87. Pleraginea odorata, 76. Plinia rubra, 82. ♦ Pluchea quitoc, 190. Plumbaginea, 141. Plumbago scandens, 140. Plumeria drástica, 169. 9 phagcdenica, 169. Poaya da Bahia, 174. 9 da botica, 173. 9 branca, 174. 9 do campo, 177.- 9 de haste comprida, 174. » da praia, 174, 176. 9 preta, 173. 9 do Bio, 174. 9 verdadeira, 173. Poejo, 187. Poinciana pulcherrima, 118,146. Polygala poaya, 177. Polygonum, 55. 9 acctosaefolium, 55. 9 acre, 55. » antihemorrhoidale, 55. 9 sagittiíblium, 56. » stypticum, 55. 280 Polypodium, 127. 9 aculcatum, 128. • aureum.au atam, 128. » incaneso n-, 128. » lycopodioides, 128. » percu sum , 128. » sepullnm, 12S. » squa idum, 12S. Portulacca, 47. 9 radicans, 47. » halimoides, 47. 9 patens, 47. Potalia resinifcra, 118. Pouroma acuniinata, 87. 9 bicolor, 87. » cecropiaefolia, 87. Prunus biasiliensis, 218. » cerasus, 218. 9 lauro-ceiasu-, 218. 9 sphoeiocarpus, 218. Psidium, 84. 9 aculangulum, 84. » albiduui, 84. » araçá, 84. o cathleianum, 84. » guaiava, 84. » incamscens, 84. » poniiferum, 84. 9 pubescens , 8 'i. » pyrifeium, 84. Psychotría emetica, 173. 9 simira. Pteris arachnoidea, 128. » caudata, 128. » collina, 125. » decurrens, 125. » elegans, 125. » lacinbta, 125. » leptophylla, 125, » palmata, 125. » pinulata, 125. » varians, 125. Puaia, 175. Puchury, 198. 9 miri, 199. Punicca granatum, 109. Purga de Amaro Leite, 153. » do campo, 170. 9 de cavallo 15'i. 9 do gentio, 160. » de João Paes, 90, 158. 9 do Pastor, 161. 9 dos Paulistas, 160. Pyrus cydonia, 62, 85. Quassia amara, 100. 9 simaruba, 99. Queimadeira, 17, 161. Quíngombô de cheiro, 60. Quyal.n, 116. Quillaya brasiliensis, 225. » chilense, 225. Quina, 95. 9 de Camamú, 96. 9 do campo, 97, 420. » de Cavenna, 100. » deCinabá, 12». » de D. Diogo, 131. » de Diogo de Souza, 121. 9 do matto, 95, 121. 9 de Pernambuco, 121. 9 do Piauhy ,121. 9 de Bemigio, 120. 9 do Bio de Janeiro, 121. « da serra, 120. Quinino, chinino, 121. Quiquoa quiamputu, 44. Quiti, 225. Quitóco, 490. Quiya, 182. 9 -açu, 182. 9 -apua, 182. 9 -cumari, 182. Quiyaqui, 182. Quiynha, 182. Babo de bugi, 97. Baiz amargosa, 97. 9 d'angelica do mato, 103. 9 da China branca, 65. 9 9 rubra , 65. » de frade, 175, 281 Raiz de Guiné, 142. 9 de jacaré-arú , 98. » de lagarto, 162. 9 preta, 175. » de teiú, 162. 9 de liuh, 162. Batanha da terra , 172. Ranwolfia canescens, 172. Bemedio do vaqueiro, 189. Bemirea marítima, 130. Bhipsalis pachyptera, 79. Bhisophora mangle, 109. Bichardsonia, 4 74. » brasiliensis ,174. » emetica , 174. » pilosa , 1 74. » rosea, 174. » scabra, 174. Ricino coinmum, 69. » verde, 69. Ricinus, 69. 9 inermis, 69. Rocú, 220. Rollinia salicifolia, 109. 9 silvalica , 75. Romeira, 109. Rosado, 116, 122. Rosea para as mulas , 52. Rubus, 85. 9 brasiliensis, 85. » idaeus, 85. » jamaicensis , 85. » occidentalis, 85. Ruibarbo do campo, 151. Sabugueiro, 19 '. Saccharum oílicinale, 71. Sagittaria, 105. » brasiliensis, 105. » palcefolia, 105. » rhombifelia, 105. 9 sagiltifolia, 105. Sajeta (é a polpa do buriti), 72. Salsa, 4 31. 9 do mato, 132. o da praya , 56, 153. Salsaparrílha , 131. 9 do Pará, Maranhão, ou Lis- bonense, 131. Salva, 190. Samambaya, 125,727. Sambaiba, 110. Sambaibinha, 119. Sainbauva, 110. Sambucus australis, 190. Sapé ,71. Sapindus divaricatus, 225. Sapium aucuparium, 166. 9 hippomane, 166. » iluifolium, 161. Sapote, 75. 9 grande, 75. Sapmv.ia, 66. 9 branca, 66, Snputá , 31. Sarça, 176. Sarza , 131. Sabonete ,225. Sayão, 142. Sehinus, 112. » antaithrilicus, 210. » mollioides, 212. 9 inucronulatus, 112. » rhoifolius, 112. Scoparia dulcis (addenda) é a vassourinha, 54. Seu side grape, 105. Sebipira, sebupira,sicapira, 144. Sebuü-üva, 169. Sncale cereale, 43. Seguiera, 144. 9 alliacea, 141. » americana, 141. 9 lloribunda , 141. Scá'urelha, 188. Selaginella convoluta , 89. S,i iera pinnatiflda, 182. Seiií1 do campo, 146. Sepepera , 114. Sereiba-tinga, 108. Seringueira , 167, 282 Sesamum, orientalc, 68. Sete-sangrías, 107. Sicopira , 114. Sida althcio?folia, 61. a carpinifolia, 60. » mullillora, 61. » rhombifolia, 61. Silva , 85. » da praya, 129. Simaba ferruginea, 93. Simaruba amai a, 99. » officinalis, 99. 9 versicolor, 94. Simiia, 222. Syphonia ,167. » elástica, 167. 9 rhytidocarpa, 167. Sipód'ãlho, 141. > de Canam, 86. » de carixó, 119. » de chumbo, 50. » de cobras, 98. » cruz, 175. » cururu, 171. » em, 131. » de escada , 219. 9 de imbé, 179. » de janinha, 195. » de mil homens, 195. » de mororó, 51. t suma , 176. » de tayuyá , 155. 9 timbó, 14'i. Sisyrinchium galaxioidts , 151. Smilax brasiliensis, 132. 9 japicanga, 131. » oflicinalis, 131. » papyracea, 131. 9 syphililica, 132. » syringoides, 132. Solanum, 54. i» caavurana, 55. » cernuum, 55. 9 guineense, 214. 9 jubeba, 55. Solanum lycopersicum, 72. 9 paniculatum , 54. 9 pseudo-china, 95. 9 pterncauion, 214. Solaninum, 2J >\. Solidago vulneraria , 93. Soneira, 130. Spai atlosperma 1\ thontripticum, 133. Sphaeralcea cisplatina, 61. Spigtlia glabrata , 140. Spiíanthes oleracea, g fusca, 136. 9 radicans, 136. Spondias tuberosa , 86. 9 vdiulosa, 86, 104. Slenotaphi um glabium, 71. Í5!ri''iilia chichá, 67. 9 la^ianlha , 67. Sto(h\vis'ioudt, 219. Stomque, 204. Stuithanthus citricula, 50. SlrycSnos brasiliensis, 217. 9 j:u'.íinnensis, 217. 9 trimTij>, 217. Slrvphnodcndron barbatimão, li 5. Styrax ferrugincum, 204. 9 ie ieulatum, 204. Suaçuaia, 53, 90. Sncapira, 214. Sucupira, \\'\. Sucuúba, Ki9. Sururucuja, 81. Syinplocos plalyphylla, 107. Syziinbrium llu\iatile, 182. Tabaco, 215. Tai hia guiannensis, 98. Tacoinaré ,71. Tagetes glandulifera, 191. Tigoa-üva, 219. Tago a, 219. Taioia, 155. Tajabussú (addenda), é o inhame. iTaiuba, 2Í9. iTalinum patens, 47. 283 Tamacoáré, 207. Tamarindo, 80. Tamarindus indica, 80. Tangaraca, 90 , 168. 9 açu, 4 38. Tanguará-guaçú-caa, 106. Tanhorão, 180. Tanhorom, 180. Tapa giba , 219. Tapiá, 60. Tapicho, 168. Tapioca, 44. Tapira-coynana, 80. Tareroqui, 57. Tarumã, 117. Tatagiba, 219. Tata-iba, 219. Tatay-y, 219. Taúba, 219. Tavagiba, 219. Tayá (addenda), inhame. Tayoba de S. Thomé, 43. Tayoiá, 154. Tayoia de pimenta comari, 155. Tayurá, 180. Tayuyá ou tayoiá, 154. 9 de fiucta encarnada, 155. » grande, 155. » de quiabo, 156. Tayuyinum, 155. Tecoma impetiginosa, 116. » ipé, 117. 9 specisa, 4 35. Tembetarú, 104. Terminalia argentea, 173. Tetracera oblongata, 119. Tety-pote-iba, 50. Thea, 124. 9 bohea, 124. » viridis, 124. Theobroma, 67. » bicolor, 67. » cacáo, 67. » microcarpum, 67. 9 subincanum, 67. 9_sylvestre, 67. Thevetia ahovai. Tiaridium elongatum, 50. 9 indicum, 49. Tiborna, 169. Ticorea febrifuga, 93. Ticupi, 17 7. Tiu.bó-cipó , 4 44. Tinhorão, 480. Tintureira vulgar, 46. Tipi. Vè Pipi, 442. Tipioca, 44. » de purga, 153. Tomate, 72. Touri, 204. Traboerava, 60. Trachylobium martianum, 205. Tiacuans, 179. Tradesccntia diuretica, 60. Trapoeraba, 60. 9 -rana, 60. Três folhas brancas, 93. » vermelhas, 94. Trevo d'agua, 78. 9 azedo, 78. Trianosperma arguta, 156. 9 licifolia, 154. » glandulosa, 156. » tayuyá, 155. Trich'ia catigoà, 222. Trigo branco, 42. 9 candeal, 42. 9 durasio, 42. 9 tremez, 42. 9 vulgar, 42. Tríumfetta, 51. » eryocarpa, 51. 9 lappula ,51. 9 scmitrilobata, 51. 9 sepium, 52. Trixis antimenorrhea, 102. » divarícata, 102. 9 exauriculata, 102. Tropoeolum pentaphyllum, 58. Tuaiussú, 92. Tucum, 64. Tucumá, 64. 284 Tucupi, 177. Tupaipi, 751. Tupeiçava, 54. Tupitcha, 60. Turari, 144. Turiuva, 65. Turnera opifera, 120. Tycupi, 177. Tykyrá, tukyrá, 150. üanacú, 220. Ubá-açú, 96. Ubacaya, 78. Ubirarema, 141. Ubira-siqua ,211. ücuúba, 67, 198. Uití, 70. Umari, 129. Umbu, umbu , 86. Umirí, ou humiri, 204. Unacú ,220. Unha de boi, 51. Urarema, 129. Urena lobata, 61. 9 sinuata, 61. » trilobata, 61. Urgevão, 54. Urtica baccifera, 178. 9 caravellana, 178. Urucatú, 151. Urucu, 220, 221, Urucu-rana, 221. Urucu-üva, 220. Uruccy, 220. Utuapoca, 92. Utúauba, 91. Uvalha, 83. Vaçourinha, 54. Vandelia diffusa, 90. Vanilla, 196. » aromatica, 916. » palmarum, 196. Vareta ,152. Vassoura, 60. Vaynilla, 196. Vcgctable marrow, 77. Velame do campo, 163. Verbena jamaicensis, 54. Vergamote, 82. Vibá, 71. Vicuiha, 67. Vismia baccifera, 172. 9 guaiannensis, 172. i> longifolia, 172. 9 micrantha ,172. Vitex tarumá, 117. Vuarame, 52. "Waltheria douradinha, 61. Wilbrandia drástica , 156. 9 hibiscoidcs, 156, 9 scabra , 1.56. Xanthium, 53. » brachiacanthum , 53. » brasilicum, 53. 9 maerocarpuin, 53. Xanthoxyium hiemale, 104. » Langsdorffli, 104. Xeringueira, 167. Xiinenia americana , 88. Xjlopia, 186. 9 fruteseens, 186. 9 grandiflora, 186. 9 muricata, 186. 9 seiicea, 4 86. Ybira-paié, 245. ybirarema , 141. Yciy, 211. Ycó, l'i3. Yitó, 91. Ypadú, 127. Zabucájo , 66. Zaburro, 42. Zambòa, 82. Zamboeiro, 82. Zarza, 131. Zea mais, 42. Zingiber , 193. 9 oflicinalis , 193. Ziziphus joazeiro, 74, Rio de Janeiro, Typ. Univ, de Laeumert, rua dos Inválidos, 61 B. !.;.;!.: .,;,::.:í;i ;:-.;;.:= .■'.■■■Ml A") li íü iIé i!;_i;i::iíllÉí!Í!l w r .^v j *_NÈ*_?.»-•'' " ■'' -*_\ ••"< *.' "* ?>v*1_é' • t *>* ''•'..- ,V'" . ... . ■',...-• *?;V:•■'>•• v Vv- ••.'•■