(o/í /? (^7~ < &'/wm Qs&ttedfo These inaugural Approvada com distincçào BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA APRESENTADA Á FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Em 30 de Outubro de 1918 PARA SER DEFENDIDA POR Srroch [Jorres Ex-interno de Clinica Pediátrica Medica e Hygiene Infantil. Auxiliar voluntário do Gabinete de Electricidade Medica e Raios X. Auxiliar de Preparador de Pathologia Geral. Socio da Beneficencia Académica. Carlographo do Ser- viço de Estatística Demographo-Sanitaria do Estado. NATURAL DO ESTADO DA BAHIA Filho legitimo do Conselheiro Tranquillino Leovigildo Torres e D. Maria da Purificação Torres AFIM DE OBTER O GRÀ’0 DE DOUTOR EM MEDICINA DISSERTAÇÃO ( Cadeira de Hygiene ) Estudo Estatístico da Mortalidade Mortalidade na Cidade do Salvador — (Bahia) — igi2-igi6 PROPOSIÇÕES Tres sobre cada uma das cadeiras do curso de Sciencias Medicas e Cirúrgicas 1018 IMPRENSA CARVALHO Rua Corpo Sanlo, 76 e 78—[I." andar J3 A. HI A. FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Director, Professor —Dr. Augusto Cesar Vianna Vice-Director Prof.—Dr. Josè E. F. de Carvalho Filho Secretario —Dr. Matheus Vaz de Oliveira PROFESSORES CATHEDRATICOS OS SRS. DRS.: MATÉRIAS QUE LECCIONAM João Martins da Silva Physica medica Francisco da Luz Carrascosa . . . Chimica medica Manoel Augusto Pirajà da Silva . . Historia natural medica José Carneiro de Campos .... Anatomia descriptiva Adriano dos Reis Gordilho .... Histologia Joaquim C. Dantas Bião Pnysiologia Augusto Cesar Vianna Microbiologia Frederico Castro R. Koch . . . Pharmacologia e arte de formular José E. Freire de Carvalho Filho . Therapeutica clinica e experimental Gonçalo Moniz S. de Aragào . . . Pathologia geral Mario Andréa dos Santos ..... Anatomia e nhysiologia pathologicas a Aa r*r.tt.ihrt $ Anatomia medico-cirurgica com ope Jose Affonso de Carvalho j rações e apparelhos Josino Correia Cotias Hygiene Oscar Freire de Carvalho Medicina legal Clementino da Rocha Fraga Júnior . Clinica medica—l.a cadeira Aurélio Rodrigues Vianna ” ” —2 a ” João Américo Garcez Fróes .... ’’ ” —3 a ” Antonio do Prado Valladares ... ” <—4 a ” AntoninO Baptista dos Anjos ... ” cirúrgica—la ” Caio Octavio Ferreira de Moura . . . ” ” —2 a ” Antonio Bastos de Freitas Borja . . ” ” —3 a ” . ... ... t Clinica pediátrica cirúrgica e ortho- Alfredo Ferreira de Magalhaes ... pedica Menandro dos Reis Meirelles Filho . ” obstétrica José Adeodato de Souza ” gynecologica João Cesario de Andrade . ... ” onhtalmologica Eduardo Rodrigues de Moraes ... ” oto rhino-laryngologica Joaquim Martagão Gesteira .... j ” fanPtf,dÍatrÍca medica e h-v^iene CarS,LeÍtã0: : : C.inicadenna^ Mario Carvalho da Silva Leal ... ». psychiatrica PROFESSORES SUBSTITUTOS EFFECTIVOS 1. Secção—Álvaro C. de Carvalho Physica medica 2. Secção—Euvaldo Diniz Gonçalves Chimica medica 3. a Secção—EgasMoniz B. de Aragâo Historia natural medica (Anatomia descriptiva 4 a Secção—Eduardo Diniz Gonçalves 'Anatomia medico-cirurgica com Opera- r ções e Apparelhos 5. Secção—Leoncio Pinto . e Anatomia e Physiologia ( pathologicas 6. a Secção—Aristides Novis • . Phvsiologia 7. Secção—Octavio Torres Pathologia geral 8. a Secção—Augusto do Couto Maia Microbiologia 9 . Secção Fernando São Paulo S?t',;St>if.marteede'!’ÍS™S,al IG.a Secção—José de A. Costa Pinto 5 xvédlci"ría legai 11. Secção—José Olympio da Silva . Clinica medica 12. a Secção—Fernando Luz I C'rur^‘ca e Clinica pediátrica y I cirúrgica e orthopedica 13. Secção—Alinir Sã C de Oliveira ” obstétrica 14-a Secção—Vaga. . . ” gynecologica 15a’ Secção—Agrippino Barbosa ... ” pediátrica med. e hyg. infantil 16. Secção—Vaga ... . . ” dermatológica e syplíiligraphica 17. a Secção—Vaga . ” ophtalmologica 18 a Secção—Vaga . . . ” oto-rhino-laryngoiogica 19.a Secção—Alfredo do Couto Rritto ” neurológica psychiatrica PROF. SUBSTITUTO EXTRAORDINÁRIO Dr Antonio Amaral Ferrão Muniz . . . Chimica analytica e industrial João Evangelista de C. Cerqueira Sebastião Cardoso PROFS. CATHEDRÁTICOS EM DISPONIBILIDADE Deocleciano Ramos José Rodrigues da Costa Dorea A Faculdade não a aprova nein reprova as opiniões exaradas nas theses que lhe são apresentad as A’ Santa memória do meu pranteado Pae Cons. Tranquillino L. Torres IRespeito e veneração A’ sagrada memória dos meus avós Recordação eterna A’ memória do bom e inexquicido irmão Eng. civil ]ayme Torres Saudade eterna A' memória da querida irmí Josephina Augusta Torres Saudade perenne A’ memória dos innocenies irmãosinhos Jrtfno, Ma&HXma Uma lagrima A’ minha idolatrada mãe (D. 3(1 avia da (Purificação cTorres Heroina a quem devo a vida e que com amor, ca- rinho e affecto assistiu a minha infanda, guia dos meus passos no presente fanal do meu futuro. A’ Vós, dedico a minha humilde these, primeiro prémio dos meus esforços, sétima victoria na educação dos vossos filhos. A’ minha adorada Noiva !/rj^^ O affecfo e o amor que lhe dedico Aos meus queridos irmãos Bacharel Mario Torres Professor Dr, Octavio Torres Engenheiro c/V/7 Celso Torres Oscar Torres Bacharel Carlos Torres Affectuosa amisade A’ minha carinhosa irmã mke Beijo fraternal A's minhas presadas cunhadas JCeorrfirra Jeixeira Jorres Jtftargarida de jUtelío Jflatfos Jorres Amizade fraternal Ao nnocente sobrinho IS SNA NI Muitas felicidades Ao presadissimo parente e amigo Prof. Dr. Gomjalo Moí Soíré de Aramo Tributo de amizade e profunda gratidão Ao mestre e amigo Prof. Dr. Euvaldo Diniz Gonçalves Como prova de sincero reconhecimento e estima Aos demais parentes que me prezam Muita estima Aos que me estimam. DISSERTAÇÃO Estudo Estatístico da Mortalidade Mortalidade na Cidade do Salvador—(Bahia)—igi2-igi6 CAPITULO I Esíudo estatístico da mortalidade I—NOÇÕES GERAES E DEFINIÇÕES ii /tf Demographia é a estatística appli- cada ao estudo collectivo do homem», —talé a definição classica de AchillesGuillard, que nos seus Eléments de statistique humaine ou Demographie comparee (Paris- 1855) criava esse termo, cuja voga se fez, firmando di- reitos de sciencia para o objecto enunciado. Encarando o conhecimento das collectivi- dades pelo methodo mathematico ou estatístico, o grande sociologo belga Adolche Quetelet estabeleceu a sua Physica Social (1869): «o estudo dos phenomenos humanos e das leis que os regem». Para definir a nova scienuia Engel pro- poz a expressão demologia, a que Lexis su- 4 bstituiu por pletologia ou sciencia da massa humana. O professor Angelo Messedaglia, em sua prelecção na R. Universitá de Roma (12 de Dezembro de 1877), achaque se deve cliamar demographia a exposição dos factos e demolo- gia o estudo das leis estatisticas; falar-se-ha em dados demographicos e mais propriamente em leis demologicas. A. grandissima importância adquirida pela demographia muito tem feito pelo desenvolvi- mento do seu estudo, que hoje não só se rela- ciona com as condições pliysicas, económicas, intellectuaes, moraes e sociaes da collectivi- dade humana, como também cuida dos seus «re- quisitos de vitalidade, de hygidez organica, de prevenção medica e hygienica». A Demographia, diz J. Bertillon,—é o estudo das collectividades humanas. Seu obje- cto é averiguar quaes são os elementos con- stituintes destas, e como elles vivem e se reno- vam. Seu principal instrumento de investiga- ção é a estatistica. Conforme von Fírks a estatistica da popu- lação comprehende os seguintes grupos de fa- ctos: 1? as qualidades physicas dos homens; 2? as condições económicas dos homens; 8? a vida 5 social dos homens; 4? as communicações ideaes dos liomens. Este apanhado dos factos serve de base para o estado de, outras duas partes em que, na opinião desse autor, se pode dividir a sciencia da população: a theoria da popula- ção e finalmente a política da população. A demographia é, pois, na phrase de Felipe S. Paz, a chave das scienoias politicas e ad- ministrativas, ao tempo que presta grande a ju. da ás sciencias naturaes, quando estas se refe- rem ao individuo humano. Nenhuma das estatiscas tem mais impor- tancia—diz um publicista cbileno—do que a referente á Demographia, pois que revela com a eloquência dos numeros o poder vital da raça; e sobre as indicações demograpliicas é que os estadistas hão de fundar as suas esperanças no futuro. Nada importará ao porvir de uma na- ção que seja fértil e rico o seu solo e que seus po- voadores sejam intelligentes e virtuosos, se ao mesmo tempo estes mostrarem estygmas de es- gotamento vital, de degeneração organica, de extincção próxima. Com o desenvolvimento conquistado vi- ctoriosamente pela hygiene nos tempos ho- diernos, cresceu ainda de importância a demo- 6 graphia, no que tange á saude do homem, ampliando de muito o âmbito da estatistica sanitaria, cujo interesse scientifico e valor eco- nomico-social vão sendo reconhecidos de todos. A Estatistica Demographo-sanitaria encar- rega-se de fazer «uma indagação exacta, com methodo numérico, dos phenomenos no dominio da pathologia que interessam á socie- dade humana» ('PrinzingJ; procede a «uma colheita systematica dos dados estatisticos mais importantes e melhor acertados sobre os actos e phenomenos referentes á medicina e á hygiene» ("OesterlenJ. Julga Afranio Peixoto que «no que se refere á saude do homem e da especie huma- na, agora e atravez do tempo, no seu signi- ficado medico e antliropologico e social, que é a hygiene, ella constitue o inestimável conhe- cimento, por onde se consegue saber, julgar e providenciar sobre todos os casos humanos; póde ser praticamente definida a contabili- dade da hygiene (Rocha Faria)» Para se conhecer dos fins a que hoje se destina a estatistica demographo-sanitaria va- mos aqui apresentar o quadro synoptico or- ganizado pelo Prof. Dr. Euvaldo Diniz Gon- çalves, director desse serviço na Repartição de Saude Publica da Bahia. estatística demographo-sanitaria Synopse do seu objecto (Organizada pelo Prof. Dr. Euvaldo Diniz Gonçalves Recenseamento P. absoluta P. relativa P. especifica I—ESTADO DA POPULAÇÃO Caracteres anthropologicos Attributos biologicos Condições sociaes Composição . . . . Intrínseco Casamentos Nascimentos Nascidos mortos Doenças Óbitos Biometria DEMOGRAPHICA II—MOVIMENTO DA POPULAÇÃO Extrínseco . . . . Migração interna Emigração Immigração \ III—DEMOLOGIA Variações Causas Leis Resultados ESTATÍSTICA A. geral A. a infanda i À. a enfermos I A. a indigentes e inválidos 1 A. de urgência r A. aos mortos A. medico-legal Institutos de previdência IV—ASSISTÊNCIA PUBLICA E PRIVADA Consumo geral Matadouros e açougues Mercados e hortas Padarias e tulhas Estábulos e leitarias Casas de bebidas Tabernas e mercearias Regimen alimentar V—CONSUMO ALIMENTAR SANITARIA Terrenos Ruas, logares e logradouros públicos Asseio i Exgoto ' Agua j Illuminação I Domicílios Casas para operários Banheiros públicos . Habitações collectivas VI—MELHORAMENTOS HYGIE- N1COS DO SOLO E DA HABITAÇÃO Fiscalisação do exercício da medicina Laboratorios de pesquisas e exames Prophylaxia e desinfecção Policia e vigilância sanitarias Engenharia sanitaria VII—SERVIÇOS SANITÁRIOS I—ESTADO DA POPULAÇAO Cartolina, boletim ou ficha individual k Lista, ou cédula de familia ) P. de facto ou presente j P. de estadia habitual ou domiciliada I P. de direito ou legal a) INVENTARIO OU ARROLAMENTO b) POPULAÇÃO ABSOLUTA... —Numero total de habitantes A. Censo ou recenseamento 2 Densidade de população (Km.) P urbana e suburbana ou rural P. terrestre e marítima P. agglomerada ou densa e esparsa ou dispersa C) POPULAÇÃO RELATIVA d) POPULAÇÃO ESPECIFICA... Densidade predial e domiciliaria Habitações nos grandes centros ; at- tracção das grandes cidade* Famílias e sua composição é) CARACTÉRES ANTHROPOLOGICOS Anthropometria : Estatura, Índice ce- phalico, circumferencia thoracica, peso, dynamometria Raça e nacionalidade: Cor, lingua, na- turalidade Sexo: curvas, proporções, etc. Idade: grupos, curvas, etc. Enfermidades visíveis e permanentes ; defeitos physicos: Debilidade, ra- chitisino e gibosidade, myopia e cegueira, surdumodez; cretinismo e alienação menlal; deformação or- gânica e indigência. /) ATTRIBUTOS BIOLOGICOS B. Composição Estado civil: curvas, etc. Religião: distribuição Instrucção : Analphabetismo, seu valor economico e moral Profissão : Pessoas activas ou produ- ctivas e passivas ou onerosas ; di- stribuição local; augmento das pro- fissões liberaes ; nomenclatura do I. 1. de E. (Bertillon) g) CONDIÇÕES SOCIAES . . . II—MOVIMENTO DA POPULAÇAO A- Movimento intrínseco (natural, physiologico ou reproductivo) Calendário—dias, mezes e estações; épocas Distribuição topographica—municipios e districtos Estado civil anterior—solteiros, viúvos Idade—precocidade, indice de attracção ; marh tabilidade Nacionalidade—raças, estrangeiros Profissão—gráo de cultura, meios Valores—matrimonialidade, consanguinidade; rela- ções, medias, coefficientes, curvas, confrontos. ã) CASAMENTOS * (Nupcialidade) Calendário—dias, mezes, estações ; mezes de con- cepção Distribuição topographica—municipios e districtos Sexo—masculinidade, suas condições Filiação—legitima ou fecundidade matrimonial, illegitima ou fecundidade extraconjugal; ille- gitimidade Cor—branca, preta, parda Nacionalidade dos pais Hora—dia ou noite Partos múltiplos—fecundidade bigena Valores—natalidade especifica ou fecundidade; indice generativo ; esterilidade ; viabilidade ; relações, medias, coefficientes, curvas, con- frontos. b) NASCIMENTOS (Natalidade ou natividade) C) NASCIDOS MORTOS < Mortinatalidade ou natimorta- lidade > As indicações cabiveis de nascimentos e mais: Abortos—necrotocia ; idade uterina Causas—nomenclatura internacional; momento da morte; condições do parto Calendário—mezes e estações Frequência, duração e natureza—epidemias Distribuição topographica—endemias; cartas no- sographicas Profissão ou classe—doenças escolares, industriaes, etc.; cartas biographicas Movimento hospitalar—registro clinico Causas — nomenclatura internacional ; doenças infecto-contagiosas ; accidentes de trabalho ; enfermidades permanentes Valor—morbosidade especifica : invalidez, dege- neração, hereditariedade; indice de salubri- dade; relações, medias, coeficientes, curvas, confrontos. d) DOENÇAS (Morbosidade, morbidade ou morbilidade] Calendário—dias, mezes, estações Distribuição topographica—municipios e districtos Sexo—mortalidade masculina Cor—branca, preta, parda Estado civil—mortalidade dos celibatários Nacionalidade—naturalidade Idade—mortalidade infantil; mortalidade nos ado- lescentes e nos adultos Profissão—difficuldades e importância Causas — nomenclatura internacional; doenças transmissíveis, doenças communs; suicídios Valores—mortandade especifica ; mortabilidade ; médias, coefficientes, curvas, confrontos. e) OB1TOS (Mortandade, mortalidade ou letalidade) Valores—lista mortuaria. Decima mortuaria. Taxa de mortalidade Taboas—de mortalidade e de sobrevivência Vida média—Vida provável. Vida normal Idade media e grupo normal de mortos Valor economico da vida—Capital-homem. /) BIOMETRIA. . (Bionomia) B- Movimento extrínseco (artificial, deslocativo ou social) g) MIGRAÇÃO INTERNA...] Emigração interna—Urbanismo H) EMIGRÀÇÃO Emigração temporária ou periódica Emigração permanente i ) IMMIGRAÇÃO Condições dos immigrantes Colonias. a) Variações DEMOGRA- J PHICAS ( População estacionaria | P. crescente ou progressiva P. decrescente ou regressiva Factores physicos—configuração geographica, cli- ma, estações Factores antrhopologicos—raça sexo, idade. Factores demographicos—densidade, excessos. Factores sociaes—religião, profissão, gráo de in~ strucção, condição economica, politica, admini- strativa. Factores hygienicos—estado sanitario. b) Causas ('Semiologia ) III—Demologia Leis estaticas ou de estado Leis dynamicas ou de desenvolvimento Leis de causalidade Desenvolvimento da população. c) Leis ........ (Deduções) i d) Resultados.. [Interpretações] Caracteristicas demographicas Previsões demographicas—as condições futuras da população. Assistência geral—hospitaes, asylos, institutos, enfermarias, casas pias, etc. Assistência á infanda—asylos de expostos, cré- ches. lactarios, gotas de leite, dispensários, orphanatos, patronatos Assistência a enfermos—hospitaes, isolamentos, maternidades, hospícios, sanatórios, dis- pensários, estabelecimentos thermaes e hy- dromineraes, etc. Assistência a indigentes e inválidos — asylos de mendicidade e para a velhice desampa- rada; asylos nocturnos ou dormitorios públi- cos; cosinhas económicas. Assistência de urgência—em accidentes na via publica; ambulancias, postos Assistência aos mortos-verificação de obitos; en- terramentos e cemitérios. Assistência medico-legal—exames periciaes; de- linquências e crimes; identificação; presídios. Institutos de previdência social—institutos vacci- nogenicos e antirabicos; caixas de soccorros, de accidentes no trabalho, de maternidade, de assistência medica, e económicas, etc; coo- perativas e mutuas. IV—Assistência publica e privada (Vigilância social) Consumo de generos alimentícios—preços. Matadouros e açougues—policia e vigilância sa- ltitarias da carne. Mercados e hortas—policia e vigilância sanitarias dos legumes e dos fructos. Padarias e tulhas—policia e vigilância sanitarias dos cereaes e do pão. Estábulos e estabelecimentos de industria do lei- te—policia e vigilância sanitarias do leite e lacticinios (manteiga, queijos, etc.) Casas de bebidas; fabricas de vinho e de cerveja— policia e vigilância sanitarias das bebidas. Tabernas e mercearias—policia e vigilância sani- tarias dos condimentos. Regimen alimentar—rações. V—Consumo alimentar. . . .* (Vigilância bromatologica) Terrenos—edificados, cultivados, incultos, ou sa- neados—policia e vigilância sanitarias das ruas. Ruas—disposição, calçamento ou pavimentação, etc ; logares e logradouros públicos. Asseio—collecta de lixo, fornos crematórios, lava- gem das ruas. Exgoto-canalisação, depuração e destino dos resíduos Agua-canalisação, depuração, distribuição; gasto. Illuminação Domicilios-edificaçâo; latrinas, etc.; condições sa- nitarias; policia e vigilância sanitarias da habitação. Casas para operarios-villas. Banheiros publicos-banhos populares. Habitações collectivas-fabricas e officinas; colle- gios e aulas; hotéis e pensões; conventos e recolhimentos; theatros e cinemas; edifica- ções publicas e repartições. VI—Melhoramentos hygienicos do solo e da habitação . (Vigilância das ruas e dos domicílios) Fiscalisação do exercício da medicina—da Phar- macia, da odontologia e da obstetrícia; regis- tro dos diplomas; consultorios e gabinetes; licenças para pharmacia, drogaria, fabrica de productos chimicos, laboratorio pharmaceu- tico ou laboratorio biologico. Laboratorios e institutos de pesquisas e exames- bacteriologico, chimico, bromatologico, ana- tomo-pathologico, biologico Prophylaxia e desinfecção-notificação compul- sória, isolamento e expurgo, vigilância me- dica; desinfectorio central e postos, ataque de focos. Policia e vigilância sanitarias—inspectorias ou delegacias de Saude, marítimas e terrestres. Engenharia sanitaria Vil—Serviços sanitários (Repartições de hygiene) 7 0 estudo que tencionamos desenvolver neste trabalho inaugural constitue um dos assumptos mais importantes da estatística de- mographo-sanitaria, não só pelas suas imme- diatas relações com a Hygiene, como ainda pelo que importa ao futuro das Nações e da Humanidade. Os obitos são, desde muito tempo, o objecto principal dos estudos do estatista; im- pressionou-se de logo pela regularidade com que se reproduzem os phenomenos que lhes concernem; compreliendeu as relações que ha- via entre a mortalidade e a salubridade, a hygiene, a idade, e muitas outras influencias physicas e moraes; apressou-se mesmo em ti- rar dessas relações consequências, das quaes algumas eram prematuras, não ha duvida. Por isso, se mais tarde chegou a possuir cifras preciosas e certas, foi que pouco a pou- co encontrou os melhores processos de empre- gal-as, as applicações verdadeiramente scien- tificas. Actualmente, nem as cifras nem os metliodos faltam e os resultados são tão in- strutivos quão dignos de confiança (M. Blo- ch, 1878;. São os obitos, com as doenças, objecto da Estatística vital, que Newsholme define: «a 8 sciencia dos numeros applicada á historia da vida das communidades é das nações». A estatística vital não só méde o cresci- mento ou a diminuição da população, mas também revela as condições normaes e anor- maes da mesma, a acção das grandes influen- cias sociaes ou a prsença de factores anti-so- ciaes. (Smith Mayo). A vida e a morte, a saude e a doença, es- creve Colajanni, têm um altíssimo valor sen- timental, biologico e economico. Comprehen- de-se perfeitamente que o prazer ou o soffri- mento estão em relação directa com a saúde e a doença e que a morte causa a maxima dor. Limitar-nos-hemos, emtanto, por não ca- ber aqui maior dilatação, ao estudo propria- mente estatístico sanitario da mortalidade. Faz-se mister, antes do mais, precisarmos o verdadeiro sentido dos termos ou vocábulos relativos á morte, e suas relações com a popu- lação, pois que em estatística e demographia a significação delles se limita e se especialisa. MORTANDADE—é o conjuncto de obi- tos; é o numero dos fallecimentos; é a quan- tidade das pessoas que morrem; é a cifra de mortes causadas por certa doença, por epide- 9 mia, por guerra, ou occorridas em determi- nado periodo ou espaço de tempo. Correspondem-lhe: obitos, obituário. Representa-se a mortandade por numeros inteiros. MORTALIDADE — é a relação entre o numero de mortos e o de habitantes; é a proporção entre o numero de obitos e a cifra da população. Esta comparação se pode fazer quer para todas as moléstias em conjuncto, quer para cada moléstia ou grupo delias separadamente, durante um tempo determinado. Representa-se a mortalidade por coeffi- cientes. Fazendo ressaltar a importância do termo mortalidade, cuja significação scientifica deter- minou, Bertillon, pae. diz que elle «é tanto mais legitimo quanto essa relação é mais ou menos precisamente expressa». LETALIDADE—é a relação entre o nu- mero de obitos occasionados por uma moléstia ou grupo delias e os casos verificados dessa mesma moléstia ou grupo de moléstias; é a porcentagem dos fallecimentos occorridos nas pessoas atacadas por uma determinada moléstia ou sujeitas acertas enfermidades. 10 Mostra-se como melhor indice da impor- tância não sò medico-hygienica, como econó- mica e social da morbosidade. MORTABILIDADE—é a relação entre a quantidade de obitos de pessoas de tal ida- de ou de tal grupo de idades e o numero de habitantes da mesma idade ou do mesmo grupo de idades; é o coefficiente da mortali- dade por idades e por sexos (Cauderlier). Precisadas assim as definições, em dem j- graphia, dos termos relativos aos obitos (*) vamos passar a estudar os vários aspectos sob que pode ser encarada a mortalidade, fazen- do-o na seguinte ordem: 1? distribuição topogra- phica; 2? calendário; 3? sexo; 4? idade; 5? cor; (*) À esfe respeito escreve o dr. Plácido Barbosa no seu Diccionario de Terminologia Medica Porfugueza, 1917, pag, 347. MORTALIDADE, s.f. (do laf, morlalitas)—sua significação originaria é a de condição es- tado ou qualidade de estar sujeito á morte, de ser mortal; em estatística e emographia significa a relação entre o numero de mortos e o de habitantes, quer para todas as moléstias em conjuncto, quer para cada moléstia ou grupo delias separadamente. MORTANDADE, s. t.—é o conjuncto de mortes causadas por epr demia, por peste, por guerra, sem idéa de proporção em relação aos vi- vos; ao passo que mortalidade implica a idéa de proporção ou relação: Exemplo: ‘Para a elevada mortalidade deste anno contribuiu principal- mente a enorme mortandade causada pela variola». Esta diferença, hoje necessária, entre mortalidade e mortandade acha_se autorisada também no Diccionario de Gallicismos, de D. Rafael Maria Baralt pag. 369: ”Mor- talidad—No ha sido nunca casíellano sino la capacidad de morir ó de padecer la muerfe. Hoy tomadas del francês, son comunes e debieran adoptarse las acepcior.es siguienfes: Io Lo que debe causar la muerte, v. gr.; la morfalidad delas heridas... la indole de los nombres terminados em dad permite que entendamos por morfalidad la calidad de mortal• 2.° La cantidad de indivíduos de la especie humana que sobre cierto nume- ro de vivos muere annualmeníe... Pocos dejarán de conocer lo que va de 11 6? estado civil; 7? nacionalidade; 8? profissão; 9? causas de morte; 10° valores. Desse modo cuidaremos primeiro dos obi- tos conforme o local onde occorram e duran- te os determinados periodos ou unidades de tempo; em seguida trataremos dos obitos se- gundo as categorias de sexo, de cor ou raça, de idade, de estado civil, de nacionalidade ou naturalidade e também da profissão ou con- dição social das pessoas mortas; depois fala- remos da estatistica nosologica, com sua espe- cial importância medica e hygienica, e final, mente apreciaremos os valores, isto é, conhe- ceremos da importância dos dados estatísticos sobre a mortalidade, que é, como bem diz Colajanni, o indice mais seguro da salubridade e da vitalidade de um determinado paiz. II—DISTRIBUIÇÃO TOPCGRAPHICA Organizam-se as estatísticas de obitos conforme as regiões ou localidades dos diversos paizes. mortalidad à mortandad. La primera es efecío de muerfe nafural en el estado comun y ordinário de um pais; la segunda se refiere siempre á las muertes causadas por alguna epidemia, peste ó guerra. Por manera que podemos decir: En la mortalidad de esle ano deben influir muchas causas provenientes de la moriandad Que produjo la epidemia del ano pa- sado' . Nos bons escripfores vernáculos sempre se encontra mortandade no seu verdedeiro sentido: ‘Foi o ano de 1568 infelicíssimo para este reino, porque nelle teve principio o cruelissimo fogo de peste que o cor- reu e abrazou todo, com mortandade de infinitas gentes* Fr. LUIZ DE SOUZA, Vida de D. Fr. Bartolomeu dos Marfyres, 1, p, 510. 12 No Brasil o território está divido em Estados, e estes em Municípios, que compre- hendem os Districtos. A apuração dos obitos occorridos nesses differentes departamentos administrativos não só permitte conhecer das condições sanitarias locaes como compara-los entre si. Importa, porém, verificar as varias influen- cias modificadoras da mortalidade local, como sejam: a existência de hospitaes, as deslocações da população e as variações da natalidade. E’ obvio que também se terá de levar na devida conta a distribuição relativa da popu lação, ou seja a sua densidade, com a agglo- meração ou dispersa, a parte urbana e a su- burbana ou a rural, a terrestre e a maritima. Consequentemente são os valores médios, os coefficientes, que servirão no estudo com- parativo dofactor que apreciamos. Com a distribuição topographica está a relacionar-se a influencia dos factores physi- cos, principalmente de latitude e clima. E’ a discutida questão do meio. Muito se tem advertido, Prinzing e mais auctores, quanto é difficil estabelecer essa in- fluencia, julgada grande por alguns e insi- gnificante por outros. 13 Com o progresso adquirido nos últimos tempos pela medicina, com o conhecimento dos meios transmissores de varias moléstias, cuja pathogenia mellior se tem definido,-o problema da salubridade nas diversas zonas do planeta muito se ha modificado, mórmente no que diz respeito á apregoada localisação de moléstias. Se se accorda na cooperação que podem ter, pelas suas variações ou gráos differentes, ou factores physicos, como a temperatura e a pressão atmospherica, para a evolução ou de- senvolvimento de certas epidemias, por exem- plo ainfluenza, também é facto indiscutivel o valor da prophylaxia para o saneamento das povoações. A este proposito, e mais da falada pre- disposição ethnica, escreve o professor Afranio Peixoto judiciosa pagina, que folgamos de aqui transcrever: «A condição de mais importância para a producção da mortalidade é a insalubridade do meio; por isso indirectamente, por toda par- te, o coefficiente mortuário serve de indice das más influencias que se exercem sobre a saú- de, o que á hygiene cabe corrigir. Como a segurança e o conforto da vida exi- gem sempre maiores cuidados, um coefficiente 14 de mortalidade reduzido numa população nu- merosa tende a ser até o expoente da civilisa- ção. Os povos julgados outr’ora pela sua força militar, avanço de suas sciencias, desenvolvi- mento de suas industrias, vão sendo, cada vez mais, apreciados pelas suas estatisticas de sa- lubridade, entretida, se natural, ou adquirida, se necessário, sobre que assentam todas as outras vantagens da communidade. As condições dei atitude e de raça não têm a menor importância na producção da morta" lidade, se attendermos que são apenas deter- minantes, pelas exigências naturaes ou pela incultura primitiva, das causas de poupança ou entretenimento da saúde nos vários climas e nos diversos povos. Existem sim, povos mais ou menos barba- ros, ainda não chegados á civilisação, ou mal adaptados nella, e como o numero e a densi- dade delles se faz nas immediações do equa- dor, poder-se-ia, levianamente, concluir por condições astronómicas de latitude ou varia- ções ethnicas, o que é simplesmente resultado de cultura inferior. Póde-se dizer o mesmo das prevenções absurdas, tantas vezes rebatidas aqui, que a Europa manteve contra o resto do mundo, reduzido por ella a uma condição per- 15 manentemente inferior, por qualidade e situa- ção. Não contam maishoje prejuizos de raças, e, menos, superstições de clima, deante do facto positivo da adaptação perfeita e melhor de muitas á civilisacão que lhes transplanta- mos e da evitabilidade de todas as doenças, em todas as latitudes». III—CALENDÁRIO Como calendário se entende a distribuição do tempo em horas, dias, mezes, estações, annos, etc. No estudo estatistico dos obitos podemos relaciona-los ás horas (dia ou noiteJ, aos dias, aos mezes, ás estações e aos annos ou gru- pos annuaes. A apuração destes dados em si sós dá resultados de secundaria importância, mere- cendo sempre ser relacionados a outros fa- ctores. Considera-se como dia o período de sol a sol, isto é, das 6 ás 18 horas, tendo«se o re- stante das horas desta divisão arbitraria como sendo noite. A semana tem sete dias, preferindo-se coutar de Domingo a Sabbado. Os mezes são 12, sendo que Janeiro, Mar- 16 ço, Maio, Julho, Agosto, Outubro e Dezem- bro têm 31 dias, Abril, Junho, Setembro e No- vembro tem 30 dias e Fevereiro tem 28 dias ou 29 nos annos bissextos. A anuo tem, pois, 365 dias, ou 366 nos annos bissextos, de 4 em 4 annos. As estações são: primavera, de 23 de Se- tembro a 22 de Dezembro; verão, de 22 de Dezembro a 21 de Março; outomno, de 21 de Março a 21 de Junho; inverno, de 21 de Junlio a 23 de Setembro. Para a zona em que habitamos podemos admittir duas estações ape- nas: a dq verão, o semestre de Outubro a Março, e a de inverno, o semestre de Abril a Setembro, Os annos podem ser reunidos em grupos de 5—quinquennios ou de 10—decennios, ou de maior numero. A Commissão Internacional encarregada da revisão decennal da nomenclatura interna- cional das doenças e causas de morte, reu- nida em 1909, acceitou a indicação do Bureau cTHygie’ne de Rouen afim de que as medias estabelecidas para periodos refiram-se todas a periodos similares como duração e época. «E’ de uso ordinário considerar tanto quanto possivel periodos de cinco annos ou de dez annos, conforme os casos. Os periodos 17 começam geralmente nos millesimos termi- nados por um, para terminarem segundo os casos, nos millesimos terminados por 5 ou 0. Estes termos parecem bem escolhidos porque assim os periodos começam no anno que se se- gue ordinariamente ao recenseamento (o que é muito bem visto), para terminarem no anno do recenseamento seguinte; usos estes que são excellentes por si proprios e que têm a vanta- gem de sêrem seguidos geralmente». Sobre esses diversos periodos do tempo, podemos estabelecer as relações dos obitos, cuidando dos seus valores e mesmo das causas que justifiquem as suas variações. A maior importância delles está, porém, na contribuição que prestam ao estudo de ou- tros faetores. Já Bertillon notára que a investigação das estações sobre a mortalidade, fornece, com poucas excepções, mediocres resultados quando não se faz intervir simultaneamente a consideração das idades, por exemplo. «A in- fluencia das estações é inversa não somente para a infancia e para a velhice, mas também para as primeiras semanas de vida e para a segunda metade do primeiro anno, etc; de sorte que, desde que se confundam entre si todas 18 as idades, suas influencias diversas neutralizan- do-se mais ou menos, se obtem apenas uma resultante, dissimulando os phenomenos sim- ples, únicos que interessa pôr ás claras. Pelo contrario, fazendo-se a analyse da mortali- dade, simultaneamente por idades e por mezes do anno, colhem-se resultados muito accentua- dos e muito constantes para um mesmo paiz». Das combinações que o estatista organi- ze, podem advir proveitosos ensinamentos, mesmo no dominio da hygiene. E’ preciso não descuidar de apreciar a mortalidade geral com a mortalidade especi- fica ou verdadeira, a relação com os nascimen- tos verificados, com as villegiaturas e outras causas de fluctuação da população. Verifica-se pelos estudos estatisticos fei- tos que a variação mensal dos obitos ordina- riamente muda pouco de um para outro anno. Colajanni observa que naturalmente as proporções em que varia a mortalidade segun- do os mezes devem ser inversas nos dois he- mispherios. De um modo geral a mortalidade é maior durante o inverno, em todo o mundo. 19 IV—SEXO N o estudo demographo-sanitario dos obi- tos ou seja o conhecimento da mortalidade especifica, fazem-se precisos numerosos e es- peciaes dados, afim de que se obtenham resul- tados scientificos e práticos. Já Bnock assignalava que a mortalidade geral apenas tem um interesse restricto, sen- do especialmente os detalhes que se tornam instructivos, porque permittem que melhor se penetre no fundo das cousas e se destaquem os factos influenciando os resultados. A apreciação das condições individuaes, dos factores anthropologicos, tem toda impor- tância de referencia á estatística dos mortos. Assim se tem, como primeira distincção a fazer, a relativa aos sexos. Os caracteres que precisam e distinguem os differentes sêres da especie humana em— masculinos, machos, varões, homens (M. ou H.J femininos, femeas, mulheres (F. ou M.),—in- fluem não só sobre a constituição como tam. bem no estudo pathologico e nas condições sociaes dos indivíduos. O sexo tem grande importância em patho- logia (Littbé). Tres condições regem princi- palmente a pathologiado sexo feminino: as par- 20 ticularidades da vida genital da mulher; a ex- cessiva sensibilibade de seu systema nervoso; sua vida particularmente mais sedentária e menos exposta que a do homem; e por isso a media de sua vida passa a do homem (P. Courmont). Quando se olha as taboas de obitos por sexo, logo se constata o maior numero, uma maior contribuição dos home ts. Não basta porém, verificar simplesmente isto, cumpre syndiear as suas causas e julgar da influenciaçâo sobre o estado da população. Na morte encontra-se a força compensadora da maior natalidade masculina (Colajanni). O excedente da mortalidade masculina é uma consequência natural do excesso de nasci- mentos masculinos. Até certo ponto corrige a masculinidade. Está-se a ver, assim, que importa co- nhecer da mortalidade sexual em sua relação com as diversas idades. E’ justamente no nascimento e no pri- meiro anno de vida que se nota essa maior contribuição mortuaria dos machos, explicando o plienonieno que vimos de indicar. A mortalidade masculina vae se attenuan- do muito lentamente durante os tres primeiros annos de vida. 21 Nas idades adultas como que se contraba- lançam os dois sexos em sua quota mortuaria. Na velhice geralmente a mortalidade é mais elevada nos homens. Si essa differença existente entre a morta- lidade masculina e feminina é um facto geral- mente observado, emtanto se faz com variações, conforme a composição organica das popula- ções e suas modificações nos diversos periodos. A proporção das unidades numéricas dos sexos não è a mesma em todas as partes, nem tem sido egual em todos os tempos. Outros factores, mesmo accidentaes, po- dem diversificar a feição do obituário sexual. O assumpto é, pois, como diz Beetillon, dos que devem ser estudados paiz por paiz. V—IDADE Na evolução natural do individuo dis- tinguem-se vários periodos ou idades. No homem, como em todos os mammiferos, são duas as pliases principaes de sua evolu- ção: a vida intra-uterina (de nove rnezes), e a extra-uterina, differentemente subdividida con- forme o aspecto pelo qual se a encara. São clássicos os periodos de—infancia, adolesoencia, mocidade, idade adulta e velhice. Com o eminente professor Gonçalo Moniz, 22 podemos estabelecer quatro grandes períodos para a vida extra-uterina, a saber: a) Infancia—comprehendendo: a primeira infancia, do nascimento ao sexto mez mais ou menos ('erupção dos dentes de leitej; a segunda infancia, do sexto mez aos sete annos (começo da segunda dentiçãoj; a lerceira infancia, de sete annos aos doze ou quinze annos (puberdade). b) Juventude—comprehendendo da pu- berdade aos vinte ou vinte e cinco annos (ces- sação do crescimento longitudinal); c) Maturidade—comprehendendo dos vinte ou vinte e cinco annos aos cincoenta e cinco ou sessenta annos; d) Velhice—para além dos cincoenta e cinco ou sessenta annos. Nos trabalhos estatísticos importa, en- tretanto, uma mais detalhada distribuição das idades, que essas bastantes á physiologia ou à pathologia. A idade é assumpto da maior importância no estudo da mortalidade. O tempo que vae do nascimento até a morte do indivíduo requer maiores divisões, que se contam por dias, mezes, annos, ou gru- pos annuaes. Esta questão, que com effeito é da mais alta 23 importância, principalmente em estatística no- sologica, tem sido debatida nos vários congres- sos de estatística geral e especial. Nas estatísticas detalhadas apuram-se os obitos pelos annos até os cinco primeiros de vi- da ou mesmo até os dez ou quinze annos, e d’ahi por diante em grupos de cinco ou dez annos. São mais communs as seguintes divisões: Do «Service de la Síaíisíique Municipale de la vilie de Paris», sob a direcção do Dr. Jacques Beríillon. Da Direcíoria Geral 1 de Esfafisfica do Brasil, ; sob a direcção do Dr. Bulhões Carvalho ; Da Esfafisfica Demo- | grapho-Sanifaria da Di- 1 recforia Geral de Saúde Publica do Rio de Ja" neiro.sob a direcção do Dr. Sampaio Vianna* Abaixo de 1 anno —de 1 anno De 0 a 1 anno de 1 a 4 anilúS de 1 anno de 1 a 2 aMOS de 5 a 9 » de 2 annos de 2 a 3 » de 10 a 14 » de 3 » de 3 a 4 » de 15 a 19 * de 4 » de 4 a 5 * de 20 a 24 » de 5 » de 5 a 10 * de 25 a 29 » de 6 de 10 a 15 » de 50 a 34 » de 7 » de 15 a 20 » de 35 a 39 » de 8 » de 20 a 30 * de 40 a 44 » de 9 de 30 a 40 » de 45 a 49 » de 10 » de 40 a 50 » de 50 a 54 * de 11 » de 50 a 60 » de 55 a 59 » • de 1 2 de 60 a 70 * de 60 a 64 » de 13 » de 70 a 80 » de 65 a 69 » de 14 » de 80 a 90 » de 70 a 74 • de 15—19 » de 90 a 100 * de 75 a 79 » de 20—29 * de mais de 100 de 80 e mais. de 30—3g » Idade ignorada Idade ignorada de 40—49 * de 50—59 * de 60—69 • de 70—79 » de 80-Ô9 • de 90—99 » de 100 e -|- Idade ignorada 24 Nas estatísticas mais resumidas reunem- se os obitos por grupos de dez annos de idade, com destaque do primeiro anno de vida e mesmo com subdivisão do primeiro de- cennio nos dois quiquennios. O Instituto Internacional de Estatística adoptou, na Sessão de 1895, a proposta de Korosy, Bertillon e Guillaume para a seguin- te divisão: 0 a 1 anno 1 a 9 annos ou 0 a 1 annos 10 a 19 annos 20 a 39 annos 40 a 59 annos 60 a omega Justificam«se estas divisões da idade: «0 primeiro anno da vida sempre deve ser posto a parte: 1‘—porque causa um numero de obitos sempre enorme; 2-—porque estes, tão nume- rosos, são devidos a um reduzido numero de causas; 8*—porque a estatistica dos obitos do primeiro anno devida está sujeita a numerosis- sirnas causas de erro (confusão com os nasci- dos mortos, migrações das crianças para as casas das amas, obitos não declarados para evitar as taxas de enterramento, etc.J, cuja importância sò se pode apreciar sendo esses obitos contados 25 a parte; entretanto estes erros quando são nume- rosos não viciam a estatistica das outras idades. Pode-se reparar que o segundo grupo de idades confunde jovens crianças com jovens adultos; ha vantagem, podendo-se, em dividil-o por dois; e para se conformar com ouso das no- menclaturas mais detalhadas os dois grupos podem ser: de um a nove annos e dez a dezenove annos. Quanto aos demais grupos de idade, são sa- tisfactorios; têm a vantagem preciosa de entrar nas divisões de idade usuaes para a estatistica de recenseamento, para a dos movimentos de população, etc.» A’ Commissão Internacional encarregada da revisão decennal da nomenclatura inter- nacional das doenças e causas de morte, reu- nida em 1909, os delegados da Hollanda pro- puzeram uniformisar os limites da idade. «Se bem que seja muito difficil, disseram, fixar um limite de idade geralmente acceita- vel para determinar o momento em que o homem é adulto e aquelle em que entra na ve- lhice, entretanto é muito importante estabele- cer-se um accordo sobre esses pontos, afim de se chegar a uma uniformidade na nomencla- 26 tura. Poder-se-hia accordar as seguintes defi- nições: Recemnatos Crianças de 0 a 3 mezes Primeira infanda..... — de 3 a 12 mezes Criança de baixa idade — de 1 a 2 annos Jovens crianças —r de 2 a 5 “ Segunda infancia — de 5 a 10 “ Adolescentes. — de 10 a 20 “ Adultos ... Pessoa acima de 20 *• Velhos — — de 65 “ Julgou-se conveniente preferir a deno- minação «muito jovens crianças» á de «recem natos», com accepção precisa em medicina legal, e o limite de «60 annos» para a velhice, por muito mais usual. Uma das classificações mais adoptadas para a apuração abreviada das idades é a se- guinte: de 0 a 1 anno de 1 a 5 annos de 5 a 10 annos de 10 a 20 annos de 20 a 30 annos de 30 a 40 annos de 40 a 50 annos de 50 a 60 annos de mais de 60 annos idade ignorada Para os resumos referentes á idade dos 27 mortos, o Serviço de Estatística Demographo- Sanitaria da Baliia, adopta a seguinte di- visão: Crianças ( 0 a lo annos) Adolescentes '10 a 2o annos) Adultos ' (20 a 6o annos) Velhos (60 e mais annos) —Nas estatísticas especiaes dos obitos das crianças até um anno de idade, pode-se detalhar o tempo de existência. Bertillon faz a seguinte divisão: de 0 a 4 dias de 5 a 9 dias de 10 a 19 dias de 19 a 29 dias de 1 a 2 mezes de 3 a 5 mezes de 6 a 11 mezes Entre nós, tem-se apurado os obitos sepa- radamente: de 0 a 1 dia de 1 dia a 1 mez de 1 mez a 6 mezes de 6 mezes a 1 anno - -Como se vê do que acabamos de expor, ainda não está definitivamente assentado o modo porque se deve apurar os obitos por idades, quer detalhada, quer abreviadamente. 28 Nos livros, periódicos e mais publicações de estatistica e de demograpliia, encontram-se diversamente apresentados, quanto aos gru- pos de idades, os respectivos quadros de mor- talidade. Também causa reparo comprenenderem os grupos ora até os décimos terminados em 9, ora em 0, prestando-se a certa confusão, para os trabalhos de apuração e de apreciação, de parte das pessoas pouco versadas no as- sumpto. Não é de sobra, pois, que aqui se diga como se costuma reunir esses dados. As pes- soas fallecidas com 20 annos, com 40 annos, etc., devem ser apuradas nas casas de «20 a 30 annos» e de «40 a 50 annos» respectiva- mente.Uma criança que tenha completado 365 dias de existência ficará na casa de «1 a 2 annos», e assim por diante. Deste modo só fi- guram nas respectivas casas os obitos de pe- ríodo annual completo. Reclamam assim esses trabalhos o má- ximo cuidado e attenção. —Considerando a real importância que no estudo da mortalidade cabe ao elemento idade, seria para desejar a uniformisação das categorias a adoptar, fixando as suas divisões. 29 Vamos offerecer á critica dos competentes o seguinte plano: OBITOS POR IDADES RESUMIDA ABREVIADA DETALHADA De o a 1 anno.. De o a 3 mezes De 3 a 12 mezes De 1 a 2 annos De 2 a 3 ann s De 3 a 4 annos De 4 a 5 annos Crianças ( o a lo annos) De 1 a 5 annos i De 5 a lo annos. De 5 alo annos Adolescentes .... (lo a 2o annos ) De lo a 2o annos De lo a 15 annos De 15 a 2oannos De 2o a 4o annos. De 4o a 6o annos. De 2o a 3o annos De3o a 4oannos Adultos (2o a 6o annos) De 4o a 5o annos De 5o a 6o annos De 6o a 7o annos De 7o a 8o annos i De8o a 9o annos I De 9o a íoo annos De mais de loo annos Velhos (6o e mais annos) De 6o e mais annos Parece-nos que no quadro apresentado estão as seguintes vantagens: 1*—nos obitos das crianças destacam-se 30 os deO a 1 anno, distinguindo-se um periodo de 0 a 3 mezes, já correspondente em estati. stica nosologica a um capitulo especial, o da Primeira idade; 2*—Separam se os obitos das crianças de 1 a 5 annos, que podem ser detalhados annu- almente, dos de 5 a 10, o que destaca a se- gunda infancia; 3- —distinguem-se os obitos dos adole- scentes, podendo-se compreliende-los em duas casas, differençando os periodos anterior e subsequente á puberdade; 4- —dividem-se os obitos dos adultos em periodos de 20 annos, o que é de vantagem para a apreciação da mortalidade no primeiro grupo; 5‘—apuram-se os obitos de mais de 60 annos como de velhos, subdivídindo-se-os até 100 annos; 6-—detalham-se os obitos: de 0 a 1 anno em dois pe.iodos mensaes como já se disse;— de 1 até 5 annos em periodos annuaes;—de 5 a 20 annos em quinquennios;—de 20 a 100 annos em decennios; reunindo-se numa só casa os dos centenários. —Apreciado como fica, sob o critério perio- dico, ofactor idade, cabe-nos dizermos algumas 31 palavras a respeito da proporção dos mortos nas diversas classes de idade, o que consti- tue assumpto da maior importância, como é de grande complexidade, no estudo estati- stico dos obitos. Verifica-se em todo o mundo que a mortalidade é muito elevada nos primeiros annos da existência, faz-se mínima nas pro- ximidades da puberdade, eleva-se gradual- mente na idade adulta, para finalmente augmentar de modo rápido na velhice. Como acontece na apreciação de outros factores, aqui também, e com muito maior frequência, é preciso encara-lo em relação ao sexo, ao estado civil, ás profissões, á na- turalidade, etc. Nota-se na mortalidade geral, assim, que é maior nas crianças do sexo masculino e mais accentuada para as illegitimas; que morrem mais celibatários do que casados; que é mais frequente nas classes de precaria condição economica; que cresce com o augmento da natalidade, etc. Mortalidade infantil — A mortalidade infantil constitue uma das mais importantes questões medico-hygienicas, ou seja problema economico-social de real valor. 32 Por isso mesmo tem sido objecto de larga discussão e de todo interesse nos congressos de hygiene e de demographia, como é preoc- cupação dos governos bem intencionados. As varias causas determinantes da maior frequência dos obitos 11a infancia têm sido convenientemente apreciadas nos paizes civi- lisados em que se dá o devido valor á esta- tistica e a essas questões que importam ao desenvolvimento das nações. Também se tem cuidado das medidas a tomar para obviar as causas apontadas, e desse modo garantir a melhor vitalidade cios povos. A mortalidade infantil representa a maior quota do obituário por idades em todos os logares, com quanto se verifique que ella vae diminuindo com os alcances da sciencia e os progressos da civilisação. E muito elevada no primeiro anno da vida, decrescendo gradualmente até os cinco annos e d’ahi rapidamente até a cliegada da puberdade (12 a 15 annos). Entretanto, não é uniforme a mortali- dade do primeiro periodico annual: faz-se maxima no primeiro mez, notando-se geral- mente uma porcentagem mais elevada para o 33 primeiro dia e a primeira semana, e diminue em seguida rapidamente até ao sexto mez, depois se dando mais lentamente. Convém notar aqui como nem sempre são possiveis os confrontos da mortalidade infantil, pois ainda não está estabelecida uma classificação uniforme para esse periodo da vida, e também differentemente é o critério, conforme á jurisprudência local, de encarar a morti-natalidade, que se restringe ás crianças que morrem antes ou durante o parto, ou coin~ prebende também as fallecidas dentro do prazo dado para o registro civil. D’ahi se afastar os obitos do primeiro anno da vida, pelas causas a que já nos refe- rimos. A mortalidade das crianças de menos de um anno, commenta M. Block, é o deses- pero dos estatistas apaixonados por uma exa- ctidão absoluta. Outrosim se constata, de referencia á mortalidade infantil, que é maior a contri- buição dos machos, em relação pois, com a masculinidade. As estatisticas demonstram ainda que são as crianças illegitimas as que morrem mais, sendo em numero quasi duplo das legitimas. 34 Especial interesse se dá ao estudo noso,- logico da mortalidade infantil, determinan- do-se as varias causas de morte nas crianças, onde se tem verificado a grande porcentagem das affeeções gastro-intestinaes e a notável contribuição da debilidade vital congénita. Consequentemente esta a mortalidade infantil estreitamente relacionada com as con- dições da população, e sujeita a influencias naturaes e sociaes, o que tudo lhe dá a maior complexidade. Com o Da. Felipe, S. Paz e afim de illustrar a questão do melhor modo, resumiremos as opiniões mais autorizadas presentes ao XIII Congresso de Hygiene e Demographia, reunido em Bruxellas em 1918. O Da. G. PaAUSNiTz, professor da Uni- versidade de Graz, apresentou as seguin- tes conclusões, limitando-se aos pontos mais salientes: 1. A mortalidade dos lactantes é eleva- dissima e supera em muito as das outras idades. 2. A mortalidade das crianças de menos de um anno mostra sua maior elevação du- rante o primeiro mez da vida; passado este prazo diminue, a principio de maneira rapida e logo depois lentamente. 35 3. Esta mortalidade elevada deve-se, sobretudo, ás affecções do tubo digestivo, pelo que os estatistas se têm preoecupado especial mente com essas affecções. 4. A mortalidade infantil está sujeita a variações consideráveis segundo os periodos do anno; (eleva-se rapidamente em Julho e adquire seu máximo em Agosto e Setembro, para diminuir em seguida com igual rapidez). 5. A observação revela que as crianças criadas ao peito estão menos expostas do que as outras. Entre estas ultimas as alimentadas com preparações artificiaes apresentam uma mortalidade superior á das crianças criadas com leite de vacca. 6. A fortuna dos paes influe em uma proporção considerável sobre a mortalidade infantil; esta, quando tem por causa as affe- cções gastro-intestinaes, é elevadíssima nas classes pobres, menos elevada nas medias e fraca nas ricas. 7. A alimentação defeituosa, as habita- ções insufficientes, a falta de cuidados são os factores que determinam esta considerável mortalidade. Não é possivel indicar, porém, a qual desses factores cabe a maior impor- tância. 36 8/—Para elucidar estas questões seria desejável que em todas as partes se proce- desse á investigação estatistica, indicando na morte de cada lactante as condições de ali- mentação e habitação em que se encontrava e os cuidados que recebia. Estes materiaes permittirão o estabelecimento de estatísticas interessantes. O professor H. Denis da Universidade de Bruxellas, encarou o assumpto sob os pontos de vista economicos e sociaes em geral, pro- pondo que se proceda ás seguintes investi- gações. 1. —O gráo relativo de bem estar das differentespart.es da população;—a mortalidade infantil está em razão inversa do estado de commodidade dos paes. 2. —O valor das condições do trabalho das mulheres;-—julga de determinada influencia scientifica. 8.*—A distincção dos nascimentos legiti- mos dos illegitimos;—distincção esta que se liga a grandes problemas moraes e politicos. O Sr. Kiar, de Christiania, valendo-se dos estudos realisados pelos estatistas dina- marquezes Rubin e Westergaard, demons- trou que .a mortalidade infantil é muito 37 maior nas famílias que contam grande numero de filhos do que nas outras, pelo que seria interessantíssimo estudar a questão da mor- talidade infantil segundo as differentes pro- fissões e classes socia.es. Sustentando a thése de Von Mayr, que lembrou ter sobretudo o modo de alimentação da criança uma grande influencia sobre sua vida, principalmente, quer seja dada ao peito ou não Waxmeiller, accrescentou: 1. E’ necessário ser muito prudente no estudo das causas da mortalidade infantil. Si a mortalidade infantil é elevada na popu- lação operaria, não é sempre porque se trata de operários; è talvez porque nesta classe reina uma completa ignorância das questões de hygiene. Deve-se também ter em conta a composição da população; as mães que vêm do campo não têm as mesmas idèas que as originarias da cidade. 2. Uma investigação a respeito alcançará bom exito com a collaboração dos médicos e dos representantes da classe operaria; graças a estes últimos è que se poderá penetrar na intimidade da psychologia. operaria. 0 Sr. Cauderlier, de Bruxellas, referiu-se ás invocações feitas relativamente ás differen- 38 ças de raça, de clima, de fortuna e também da temperatura, cliegando-se ultimamente a reconhecer a influencia preponderante da observação das leis de hygiene, e julgou po- der recordar que foi elle quem primeiro indi- cou esta causa, nos seus estudos sobre as leis da população. O professor H. Dexis relembrou as causas biológicas e psychologicas da mortalidade in- fantil, apreciando também as condições econó- micas e sociaes. Admitte perfeitamente que a má alimentação, o ar viciado, a ignorância das regras de hygiene e os preconceitos mon- struosos sejam as causas immediatas e directas da excessiva mortalidade infantil, acreditando que possam haver antecedentes economicos e sociaes para esse tremendo plienomeno. E’ necessário não confundir as relações de coexistência com as de causalidade, as relações de causalidade directa com as influencias re- motas; è necessário abster-se das generalisa- ções audazes. Mortalidade nos adolescentes—Neste perio- do de existência a mortalidade marca o seu mini mo. Entre os dez e os quinze annos, talvez dos 39 doze aos treze annos, é que está a menor ciíra dos obitos. Depois da puberdade observa-se um au- gmento da mortalidade, que lentamente se vae accentuando nos decennios successivos. Mortalidade 7ios adultos -Apreciando a quota mortuaria pelos decennios de vinte até sessenta annos, constata-se o accrescimo pro- gressivo dos obitos, que se tornam em maior numero nos annos mais adiantados. Com os Drs. Bertillon, pae e .filho, tem se dado especial importância á mortalidade dos adultos em relação com o estado civil, acre- ditando-se seja ella menor nos individuos ca- sados. Mortalidade ?ios velhos—Depois dos ses- senta annos, e principal mente dos setenta por diante, a mortalidade ascende novamente, sendo mais elevada nos últimos annos de vida. —Para finalisar a apreciação feita sobre a mortalidade por idades, diremos que também importa conhece-la em suas relações para com a população em correspondentes períodos de existência, relação a que Cauderlier de- nominou mortabilidade. No estudo demograplio-sanitario da mor- talidade por idades ter-se-ha de attender a 40 todos esses referidos factores—geographicos, biologicos, hygienicos, moraes e economicos. Da conjugação delles tira a estatistica pre- ciosas leis, que os hygieuistas e os estadistas approveitam com vantagem. VI—COR As populações que se espalham pelos dif- ferentes pontos habitados da superfície do planeta apresentam se com attribntos que as têm dividido em quatro grandes grupos: os brancos ou caucasicos, os amarellos ou malaios, os vermelhos ou americanos e os negros ou africanos. Diversos caracteres são indicados para cada um desses grupos, sendo que na cor ou pigmento externo dos individuos está o mais apparente delles. Sabe-se, porém, quanto se têm misturado esses diversos typos áuthropologicos, mórmen- te naquelles logares em que variavelmente se lia dado a concorrência delles, como acon- tece para as nações mais novas, entre as quaes figura o nosso paiz. Admitte-se boje um grande numero de sub-raças, resultantes da fusão daquelles tron- cos, sendo difficil fixar-lhes caracteres definidos. 41 A influenciadas raças sobre a mortalida- de nos vários departamentos liabitados do glo- bo tem sido encarada differentemente, confor- me o conhecimento pathogenico das doenças e o progresso adquirido pelahygiene, devendo nós delia cuidar, como mais adequado nos pa- rece, ao dizer-nos sobre a nacionalidade. Nas nossas estatísticas de obitos, apura- se-os quanto á côr em: brancos, pardos e pretos. Também aos pardos se dá frequente- mente a denominação de mestiços, como aos pretos a de negros, as quaes para o caso são menos próprias. Ainda, em alguns apanhados demogra- phicos figuram os vermelhos, talvez para os nossos autochtones. Estas expressões usadas em nossas esta- tísticas correspondem, como bem pondera o professor Afranio Peixoto, apenas á côr dominante do pigmento, talvez á sua re- lação com o cabello, e nada mais: não expri- mem designações ethnographicas. A mortandade pelas côresnos dá, de certo modo, um indicio da composição das popula- ções actuaes dos nossos Estados que, infeliz- mente e com manifesto prejuízo para nós 42 mesmos, ainda não fizeram os seus recensea- mentos. Conjungando este a outros factores, na estatística dos obitos, ter-se-hão esclarecimen- tos proveitosos, principahnente pelas conse- quências que offerece á applicação de m edidas sanitarias, económicas e sociaes. VII—ESTADO CIVIL Os indivíduos que compõem as popula- ções dos paizes civilisados apresentam-se em condicões sociaes differentes, que dizem res- peito ao estado civil, á religião, á instrucção e á profissão, e cujo conhecimento é de toda importância no estudo dos vários phenomenos demographicos. Ha todo interesse social em estudar-se os obitos segundo o estado civil, isto é, dos sol- teiros, dos casados e dos viúvos, assim como dos desquitados ou dos divorciados. Entre nós as estatísticas mortuárias se referem apenas aos solteiros, casados e viúvos, exclusivamente ou relacionados aos sexos e ás idades. No computo geral, a maior mortalidade é dos solteiros, a dos casados 43 e dos viúvos, o que é natural, considerando que nesta ordem se dispõem as populações. Estabelecendo, porém, os seus relativos va- lores, outro aspecto toma a mortalidade segun- do o estado civil. Cumpre, portanto, abandonar nessa apre- ciação os obitos das pessoas menores de 15 annos, idade para além da qual é permittido pelo nosso codigo civil o contracto de casa- mento. Coube ao Dr. J. Bertillon, pae, esclare- cer o assumpto, mostrando a importância so- cial do mesmo e estabelecendo a influencia considerável da associação conjungal sobre a vitalidade, o que importa numa menor morta- lidade dos casados em relação para com os solteiros de igual idade. «A constante attenuação da mortalidade dos esposos, qualquer que seja a idade e na- cionalidade destes, escreveu o illustre estatista, revela as virtudes singulares inherentes á so- ciedade conjugal. Digo inherente ao matri- monio e não avanço esta affirmação, senão depois de sobre ella ter reflectido largamente. Com effeito, ensaiam-se em vão differentes objecções. Invoco immediatamente a de mais pezo, a saber: o matrimonio attralie, sobretu- 44 do, as peasôas que gosara de melhor saúde, as mais afortunadas; não é extranlio, pois, que os esposos vivam largo tempo. Esta critica parece j usta á primeira vista, mais um exame attento da questão mostra que a selecção allegada só desempenha um papel insignificante na effica- cia sanitãria do matrimonio. Com effeito, se esta supposta selecção dos maridos é a causa de sua extrema vitalidade, como explicarmos a mortalidade considerável que apresentam os viúvos em todas as partes, em todas as idades e em todos os paizes? Tão prompto como se rompe a sociedade conjugal, a morte toma o desquite; os viúvos de hoje, esposos da ves- pera, são, não ohstante, os eleitos do matrimo- nio, seleccionados; é, pois, a associação conju- gal a que os preservava, e não sua qualidade superior, pois que rota a união se os vê cahir, ainda mais rapidamente que antes de casar- se. Privados do cordial do matrimonio, succum- bem com mais facilidade que os solteiros». Abordando a questão do celibato o esta- tista M. Block contestou os argumentos de Bpuitillon, julgando uma opinião preconce- bida a causa unica apresentada, pois con- statou somente que morrem mais celibatários, não provando absolutamente que a vida con- 45 jugal seja ma,is sã que a vida isolada. No seu parecer outras causas ha para esse exce- dente de obitos, sendo evidentes: 1.* as enfer- midades; 2.* as profissões perigosas (em certa medida); 3.' a miséria (que se não deve con- fundir com a pobreza). Embora considere o casamento como regi- men normal da humanidade, sustenta Block ser o facto em si indifferente para a dura- ção da vida. Bertillon, filho, aceeita a these apresen- tada por seú pae e acha que a mortalidade dos casados é em quasi todas as idades menos elevada que a dos solteiros, e que a morta- lidade destes é por sua vez inferior a dos viúvos. «Poder-se-hia expressar a mesma ideia, escreve este illustre demographista, dizendo: que um solteiro de 30 a 35 annos tem tan- tas probabilidades de morrer no anno como um casado de 40 a 45 annos, e que um viuvo de 30 a 35 estará, em relação á mortalidade, nas mesmas condições que um casado de 50 a 60 annos. «Com relação ás mulheres, concilie, as differenças são menos notáveis. A mortali- dade das mulheres casadas de menos de 25 46 annos é, pelo contrario, ura tanto superior á das solteiras da mesma idade. A partir dos 30 annos, as mulheres casadas tomam sobre as solteiras uma vantagem considerável, que conservam até o fim da vida. A respeito das viuvas a mortalidade é elevada na juventude; em uma idade mais avançada a mortalidade é todavia superior á das casadas, porém é me- nor que a mortalidade das solteiras de idade inferior». Apreciando essa relação escreve o pro- fessor Afranio Peixoto: «Entre o celibatá- rio e o casado a differença é que o primeiro é mais sujeito á doença, á loucura, ao crime, ao suicidio; a contraprova está que por essas causas todas o viuvo morre em proporções enormes, maiores do que as dos proprios celi- batários; a privação de um bem é mais sensi- vel que o desconhecimento delle. A restri- cção unica é a dos casamentos precoces: abaixo dos 20 annos o casamento é perigoso; os casados morrem cinco vezes mais do que antes; se ficam viúvos, peior, cresce-lhes ainda a mortalidade. Para as mulheres é a mesma cousa com ligeira differença: os accidentes e perigos do primeiro parto sommam-se aos inconvenientes do casamento precoce; as velhas 47 viuvas resistem mais, porque a familia (a des- cenclencia) protege-as melhor do que são pro- •tegidas as solteironas da mesma idade». A esse respeito disserta o professor Angelo Celli: «Os matrimónios precoces são, tanto para os homens quanto para as mulheres, de uma maior mortalidade dos casados em re- lação aos solteiros coetâneos. Na mulher, o estado conjugal aggrava a mortalidade até ao 80.* anno pelos perigos a que está exposta a sua vida nos partos repetidos que se dão nos primeiros annos do matrimonio. A partir do 20/ anno para os homens e do 80/ para as mulheres, a mortalidade dos casados é menor do que a dos solteirbs coetâneos. Para os viúvos têm-se valores mais ou menos iguaes aos referentes aos solteiros. «Os casados constituem uma classe esco- lhida na população adulta, pois que muitos individuos de debil constituição physica ou com escassos meios de subsistência abstêm-se de contrahir matrimonio ou o contrahem tarde. Além disso a vida mais regulada que em geral mantêm os casados e o cuidado mais affectuoso com os quaes são cercados em familia os preservam de muitas doenças. A mortalidade dos viúvos então apparece grave 48 ainda pelo facto de que os mais sãos e robus- tos passam facilmente a novas núpcias e en- tram assim na classe dos casados». Si è um facto verificado esse da mor- talidade mais elevada dos celibatários, ainda não. são concordes todos os demographistas no julgar-lhe as causas, como acabamos de ver. Estão a intervir no problema, è evidente, condições physicas e moraes. A selecção dos mais bem dispostos e mais afortunados, assim como o bem estar e as commodidades da vida conjugal, são as causas mais apontadas para a menor mortalidade dos casados. Entretanto não está ainda completamente elucidado o assumpto, sendo que, para se che- gar a conclusões seguras e precisas, mister fora estabelecer perfeitas relações entre os obitos e os indivíduos vivos da mesma idade, a par das suas condições biológicas e econó- micas. VIII—NACIONALIDADE O conjuncto dos habitantes de um terri- tório, ligados por interesses communs, econo- micos e de tradição, governados pela mesma 49 fórma política, falando uma unica língua, tendo mais ou menos os mesmos caracteres de civilisasão e possuindo o sentimento de formar um corpo liomogeneo—constitue uma nação ou povo. Si hoje é vago e incerto, diz Cglajanni, o significado da palavra raça como uma col- lectividade homogenea e determinada, doutro modo mais correspondente á realidade é a palavra nação. Não se conservam, porém, no mesmo terri- tório todos os indivíduos que ahi nascem; des- locam-se os povos e estabelecem domicilio onde os conduzem os seus interesses. Ao lado das populações autochtones ou indígenas, tem-se as im mi gradas ou extran- geiras. Ainda dentro do proprio paiz tem-se o deslocamento ou migração dos filhos dos seus vários departamentos. Referindo-se a mortalidade a todos quanto pagam o natural tributo á morte onde se encontram, convém a,precia-la relativamente ao logar de origem dos indivíduos. Tem-se a considerar a naturalidade e a nacionalidade. 50 Entre nós, apuram-se os obitos de Brasilei- ros e de Extrangeiros, distinguindo-se aquelles pelos Estados e estes pelas Nações ou grupos de nações com communidade de caracteres. Q Serviço de Estatistica Demographo- Sanitaria do Rio de Janeiro adopta a seguinte classificação para a mortalidade por nacio- nalidade: Brasileiros Portuguezes Italianos Hespanhóes Allemães Inglezes Francezes Outros europeus Anglo-americanos Hispano-americanos Turco-arabes Outros asiaticos Africanos Nacionalidade ignorada. Esta mesma classificação é acceita pelo Serviço de Estatistica Demograplio-Sanita- 51 ria deste Estado, com a seguinte ordem: Brasi- leiros, Portuguezes, Hespanhóes, Francezes, Italianos, Inglezes, Allemães, Outros europeus, Anglo-americanos, Hispano-americanos, Turco- arabes, Outros asiaticos, Africanos e Nacio- nalidade ignorada. -Geralmente a mortalidade dos estran- geiros ou não nascidos no logar é menor do que a dos nacionaes ou nativos. A migração interna, como a immigração, temporária ou permanente, sómente de homens adultos ou de familia (crianças, adolescentes, adultos e velhos) estão a influir nas differenças que se podem observar. Não só as condições biológicas (sexo, idade, etc.J, como as económicas e sociaes dos emigrantes contribuem, outrosim, para essas variações. Ainda a diversidade do meio, a mudança de ambiente è causa influidora lembrada na questão, embora a adaptação seja causa facil e sem perigo, respeitem-se as normas da hv- giene. A mortalidade varia também conforme o logar de residência ou o habitat nas cidades ou nos campos. 52 Verifica-se que geralmente a mortali- dade é maior nas cidades ou centros urbanos, do que nas zonas suburbanas ou ruraes. Já la vae o tempo em que se acreditava na predisposição das raças para determina- das moléstias, que também se as tinha como particulares a certas zonas. Assim se fallava da mais fácil receptivi- dade pelos estrangeiros de doenças endemicas na zona tropical como por exemplo a febre amarella, a que ficavam refractarios os indi- viduos de raça negra. Também se imputara á influencia do meio a maior mortalidade dos europeus nos outros continentes quando para ahi se deslocavam. Hodiernamente, melhor conhecida a pa- thogenia das doenças chamadas exóticas ou tropicaes e apreciado com mais critério o valor das condições económicas e hygienicas dos emigrados, se vae fazendo uma apreciação mais consentânea dos plienomenos observa- dos. Não ha previlegios de raça e se certas doenças se localisam em determinadas regiões, isso se justifica em ahi estarem as melhores condições para a vida dos germens ou dos veliiculadores delles ao homem. 53 Póde, entretanto, contar hoje a hygiene pelos seus aperfeiçoados methodos prophy- lacticos, com os meios de sanear essas zonas. IX—PROFISSÃO Excepcional importante tem hodierna- mente a profissão no que se relaciona com a mortalidade. A proposito discorre eloquentemente o illustre columbiano De. Felipe S. Paz: «As tendências da vida moderna, a evo- lução das fôrmas e dos meios de producção, por um lado, e por outro o triumpho das ideias democráticas e a consolidação social, em constante actividade para estabelecer a segurança do trabalho, a, protecção dos debeis e o reinado da hygiene publica tornam hoje, mais do que nunca, necessário e urgente o estudo da mortalidade, tomando em conside- ração as diversas profissões em exercicio. A estatística da mortalidade por profissões vem subministrar-nos documentos importantíssi- mos de que não poderíamos prescindir no palpitante debate da legislação sociaí. Assim se explica que o interesse scientifico não se haja limitado a fazer unicamente as dintin- 54 cções que temos estudado até aqui (idade, estado civil), mas que a sciencia se tenha esfor- çado em escrutar as relações que podem existir entre o exercicio de uma determinada profissão e a mortalidada. «A evidencia desta relação salta aos olhos. Como duvidar que o exercicio de certas profissões perigosas contribue para abreviar a vida? Centenas de operários trabalham em meio de vapores nocivos de matérias toxicas suspensas no ar, que pouco a pouco pene- tram no organismo; outros se vêm obrigados a um trabalho tão rude, que é impossível que seu organismo resista, depois de certo tempo mais ou menos curto. Ess’outros, pela natu- reza mesma de sua occupação, estão expo- stos a accidentes graves e frequentes. As into- xicações profissionaes, os accidentes do tra- balho e o aniquilamento do organismo por excesso de fadiga, são os melhores e mais infatigáveis provedores da morte. «E’, pois, natural e necessário buscar a relação que existe entre a mortalidade pro- fissional e o exercicio de certas industrias *que expõem o operário, de uma maneira espe- cial, a perigos evidentes. «A importância desta investigação não 55 é simplesmente documentaria. A legislação social não se limita hoje, como em seus pri- mórdios, á protecção da mulher e das crian- ças; outr’ora consistia unicamente no regu- lamento das horas de trabalho e na fixação dos dias de descanço obrigatorio; actualmente se estende a todas as pessoas sujeitas ao tra- balho: homens e mulheres, crianças e adul- tos, e seu dominio se dilatou consideravel- mente desde que foi comprehendida a hygiene das officinas. Sendo assim não se póde duvi- dar que para fundar semelhante legislação sobre bases serias, desde o ponto de vista da hygiene profissional, é essencialmente neces- sária a comprovação da relação entre a mor- talidade e as profissões. «Desgraçadamente, este programma está longe de sua realização. Os obstáculos nesta parte da estatistica"são excessivamente nume- rosos e difficeis de superar «As principaes condições para a existên- cia de uma estatistica da mortalidade pro- fissional são as seguintes: Ia—Uma estatistica por profissões e por idades, obtida por meio de um recenseamento geral que apresente todas as garantias dese- jáveis. 56 2?—Uma estatística exacta dos obitos que indique a idade e a profissão dos fallecidos. 3?—A determinação precisa das causas de obito obtida com o auxilio dos attestados médicos. E’ praticamente importante que as indicações da profissão e da idade sejam abso- lutamente seguras e determinadas exacta- mente nas mesmas condições que a obtida por meio do recenseamento geral; do contrario as. comparações que se devem estabelecer entre as duas categorias de dados para determi- nar o coefficiente, seriam fundadas sobre bases defeituosas.» E outras difficuldades se mostram para estabelecer-se a mortalidade por profissões, como a exercida pelos indivíduos por occa- sião de sua morte e outras anteriormente desempenhadas; o prazo que entre ellas me- deie; a necessidade de dados homogéneos rela- cionados por unidade de caracteres, e relati- vos a grandes numeros, etc. Ainda nada de completo no assumpto con- seguiram os paizes mais civilisados. Depois dos primeiros ensaios de W. Fakk, contam-se os trabalhos do Dr. Ogle, de Cummer, de Westergaard, de Pkinzing e poucos mais. 57 Representando a profissão um seguro indice das condições económicas, intellectuaes e sociaes das pessoas, cresce de importância conhece-la, pela influencia e pelas deduções que se pódem estabelecer entre ellas e a mor- talidade. Escreve o professor Colajanni: «Em geral a profissão mais insalubre e mais perigosa, que requer o uso mais prolongado de força pliysica e intellectual está em relação com as condições económicas; e isto interessa no apreciar a condição de uma profissão; um salario mais alto póde neutralizar os damnos intrínsecos da profissão; porém frequente- mente acontece que uma profissão com tra- balho mais perigoso é a menos remunerada. O risco frequente supera as vantagens da mais elevada remuneração. Um mineiro ganha de ordinário mais do dobro de um agricul- tor; mais a sua profissão é das mais perigo- sas. Um medico ganha mais que um simples professor de escola elementar; mas também está exposto ao perigo de morte de modo maito maior. O estudo da mortalidade por profissões assim impõe-se para dar um quadro mais exacto do modo e da medida em que entre todos os homens seifa a Parca fatal.» 58 Já Bertillon. pae, fazia notar que «de ordinário a miséria age lentamente, insidio- samente; vae enfraquecendo cada idade, pre- parando-as com tempo á morte prematura, diminuindo-lhes sua resistência á primeira affecção aguda accidental que se apresente, e mesmo tornando-as mais apta a contrahi-la. Por sua influencia, os fortes tornam-se fracos * os fracos (isto é, sa crianças e os velhos) valetudinários. E’ esta penúria chronica que ainda em nosso tempo (e ainda hoje) devora as camadas necessitadas de nossa população.» Numa apreciação da mortalidade por pro- fissões observa-se mais frequentemente ser mais elevada entre os taverneiros e vende- dores de bebidas, os mineiros, os operários de fabricas, os músicos, os de profissões manuaes, sendo minima entre os agricultores, os marítimos os de profissões liberaes. Nenhuma segurança, entretanto, offerece essa indicação visto como . são variaveis as estatisticas locaes. Yarios elementos estão a influir para os resultados encontrados, como sejam, a vida no campo ou na cidade, a salubridade ou in- salubridade das habitações, a alimentação de- 59 ficiente, as influencias do alcolismo, o excesso de trabalho, etc., o que importa em reunir dif- ferentes dados estatísticos. No interesse de melhor apreciar esse fa- ctor, têm sido levantadas estatisticas especiaes nas corporações armadas, exercito e marinha, e nas collectividades fechadas, prisões, casas cor- reccionaes, sem se chegar, porem, a conclusões definitivas. Também ainda se não está accorde na classificação das profissões, comquanto já o Instituto Internacional de Estatística tenha adoptado a de Bertillon. O Serviço de Estatística Demographo-Sa- nitaria do Rio de Janeiro usa a seguinte, tam- bém entre nós empregada: Commerciantes Profissões liberaes Artistas Operários Funccionarios públicos Maritimos Militares Lavradores Capitalistas Profissão ignorada. 60 Excluem-se os machos de menos de 15 annos e as mulheres. Aqui vamos dar a nomenclatura ('Primeira) acceita pelo 1.1. E., sentindo que a falta de es- paço não nos permitta apresenta-la com todo o seu desenvolvimento. NOMENCLATURA DAS PROFISSÕES fApresentada pelo Dr. J. BERTILLOh e adoptada pelo Instituto Internacional de Estatística—18951 A—Producção de matérias primas I—Exploração da superfície do solo. Classes 1— Trabalhos agricolas. 2— Pesca e caça. 3— Populações nómades. 11—Exfracção de maíerias mineraes 4— Minas. 5— Pedreiras. 6— Salinas. B—Transformação e emprego de matérias primas 111—Industria a—Industrias classificadas segundo a natureza da maté- ria utilizada 7— Texteis. 61 8— Couros, pelles e matérias duras tiradas no reino animal. 9— Madeiras. 10— Metallurgia. (Fabricação dos metaes. Fabricação de objectos de metal. Industrias classificadas segundo a natureza do metal). 11— Ceramica. 12— Productos cliimicos propriamente di- tos e productos analogos. b Industrias classificadas segundo o genero das necessi dades a que se applicam 13— Industrias da alimentação. 14— « do vestido e do toucado, lõ— « do mobiliário. 16— « da edificação. 17— Construcção de meios de transportes. 18— Producção e transmissão de forças physicas, calor, luz, electricidade, força mo- triz, etc. 19— Industrias relativas ás letras, artes e sciencias. Industrias de luxo. c—Industrias não classificadas 20— Industrias de matérias regeitadas. 21— Outras industrias. IV—Transportes 22— Transportes maritimos. 62 23— Transportes em rios e canaes. 24— » em ruas, caminhos e pon- tes. 25— » por vias ferreas. 26— Correios, telegraphos e telephonios. V—Commercio 27— Bancos, estabelecimentos de credito e seguro. 28— Corretagem, commissão e exportação. 29— Commercio de tecidos. 80— » » couros, pelles e pel- laria. 31— » » madeiras. 32— » » metaes. 33— » » ceramica. 34— » » productos chi micos, drogaria; drogas para pinturas. 35— cafés, hospedarias, casas de bebidas. 36— Outros commercios da alimentação. 37— Commercio do vestido e do toucado. 38— » de moveis. 39— » da edificação. 40— » de meios de transportes. 41— » » combustiveis. 42— » » objectos de luxo, e de objectivos relativos á sciencia, letras e artes. 63 43— Commercio de matérias regeitadas. 44— Outros commercios. C—Administração e profissões liberaes VI—Força publiea 45— Exercito. 46— Armada. 47— Gruarda civil; guardas e policia. Vil—Administrações publicas 48— Administração publica. VIII—Profissões liberaes 49— Cultos. 50— Profissões judiciaes. 51— » medicas. 52— » do ensino. 53— Sciencias, letras e artes. IX—Pessoas que vivem principalmente de suas rendas 54— Pessoas vivendo principalmente de suas rendas. D—Diversas X—Trabalhos domésticos 55— Trabalho domestico. XI—Designações geraes sem indicação de uma deter- minada profissão 56— Designações geraes sem indicação de uma profissão determinada. 64 Xll—lmproducfivos —Profissões desconhecidas 57— Indivíduos momentaneamente sem occupação. 58— » sem profissão. 59— » não classificados. 60— Mendigos, vagabundos, prostitutas. 61— Profissão desconhecida. Nota—Estas 61 classes (nomenclatura l1?) distribuem-se por 206 capítulos (nomenclatura 2a), que comprehendem 499 grupos (nomencla- tura 8.aJ. X— CAUSAS DE MORTE Em estatística mortuaria não se prescin- de de conhecer as causas de morte, as doenças que occasionam os traspasses. A utilidade das estatísticas nosologicas está plenamente reconhecida, sobretudo pelos prés- timos jdellas resultantes para a hygiene e a política das populações. Torna-se necessário, porém, que sejam or- ganisadas sob o melhor critério scientifico e com os mais seguros dados, para que revelem todo o seu valor e garantam o aproveitamento de suas indicações. De muito esse assumpto tem sido preoc- cupação de hygienistas e estatistas, como 65 objecto de deliberação nos congressos respe- ctivos. Para proficuidade das comparações e con- frontos, impõe-se a adopção de uma nomencla- tura internacional, o que vae sendo alcance da civilisação. Foi Achilles Guillard quem primeira- mente, no Congresso Estatistico de Bruxellas de 1858, apreguou a necessidade de uma tal nomenclatura. Aos grandes estatistas Jules e Jacques Bertillon, genro e neto daqulle illustre demo- graphista, e principalmente ao ultimo cabe, a gloria dessa conquista. E’ tida como a mais antiga classificação das causas de morte a de W. Farr, na Ingla- terra (184..), comprehendendo seis grandes classes: 1# doenças zymoticas (doenças epide- micas e contagiosas); 2‘ doenças constitucio- naesou cacbeticas; 8* doenças locaes; 4" doen- ças do desenvolvimento; 5' mortes violentas; 6# causss não classificadas e incertas. Marc d’ Espine (de Génova) apresentou outra classificação scientifica, com oito divisões: P natimorto; 2’ nascido-vivo, não viável; 3* marasmo senil; 4' morte violenta; 5* morte accidental por accidente morbido; 6- morte 66 por doenças agudas ou sub-agudas; 7- morte por doenças chronicas (doenças durando vários mezes ou vários annos); 8* causas indetermi- nadas . O Congresso Internacional de Estatística de Paris de 1855 organisou uma lista de doenças ou grupos morbidos, causas de morte, distribuídos por seis grupos: 1* nascidos mortos; 2‘ mortes por fraqueza congénita ou vicio de conformação; 3* mortes por velhice ou maras- mo senil; 4* mortes por accidentes ou mortes violentas; 5* mortes por doenças bem definidas; 6- mortes por doenças mal definidas. Bertillon, pae, adoptando omethodo mix- to, propunha depois uma classificação com os seguintes grupos: 1* affecções ou doenças ge- raes (epidemias ou epitlemicas e virulentas, somente virulentas e não epidemicas, endémi- cas, diathesicas ou constitucionaes, intoxica- ções, outras doenças geraes); 2* doenças locaes (do svstema nervoso central e dos orgãos dos sentidos, dos aparelhos circulatório, respirató- rio, genito-urinario e seus annexos; affecções puerperaes, doenças da pelle e do tecido la- minoso, doenças dos ossos e das articulações; 3* causas de morte especiaes ás idades ex- tremas (nascidos-mortos, recem-nascidos de 0 67 a 1 mez, vicfcimas da miséria e da velhice); 4’ mortes violentas. Aproveitando-se dessas classificações, os vários paizes e localidades organisavam as suas estatisticas, que não apresentavam, en- tretanto, a desejada uniformidade. No que diz a respeito ao Brasil encontra- se larga explanação no trabalho organisado pelos Drs. Plácido Barbosa e Cassio Barbosa de Rezende, sobre os Serviços de Saude Pu- blica no Brasil ( P volume, cap. XI). Finalmente em 1900, á instigação de va- rias sociedades sabias, nota mente da American Association of the Medicai officers of Health do Institui International de Statistique, etc., o Ministro dos negocios exteriores da França con- vidou a differentes potências para se fazerem representar numa com missão encarregada de redigir uma nomenclatura internacional das causas de obitos, de modo a tornar as estatisti- cas nosologicas comparáveis entre os paizes. Reunida esta Commissão (Agosto de 1900) adoptou, depois de aprofundado exame, a clas- sificação Bertillon, devendo rever decennal- mente a nomenclatura estabelecida. A pedido dos Estados-Unidos da Ame- rica do Norte, e concordância de outros paizes, 68 realizou-se em 1909 a nova reunião da Com- missão Internacional encarregada da revisão decennal da nomenclatura internacional das doenças, nella tomando parte o nosso paiz. Houve opportunidade, então, para que o Dr. Jacques Bertillon assim justificasse a sua classificação: «Uma nomenclatura estatistica das cau- sas de morte não tem por fim resumir a plii~ losophia medica.-Busca um fim mais humilde sem duvida, mas de ordem pratica: é per- mittir ás administrações estatisticas resumir os milhares de respostas que lhes são feitas, de um modo 1- tão veridico, 2‘ tão compararei, quanto possivel. «Tudo o que tende a desvirtuada desse fim deve ser affastado. «Deve-se, pois, tomar para ponto de par- tida de nossos trabalhos as respostas que nos são feitas taes como são. Nosso dever é pu- blica-las sem nada alterar tanto quanto possi- vel, mas principalmente sem nada accrescen- tar por força da imaginação. Deve-se publica- las, portanto, tal como são redigidas?' Não. porque são innumeravelmente variadas e um quadro estatistico não póde comportar mais de cerca de 200 linhas. Portanto é preciso esco- 69 lher duzentas rubricas que, acompanhadas de uin desenvolvimento detalhado, sejam |redi- gidas de modo que as respostas recebidas venham ahi encontrar facilmente seu logar. «E, assim, poderemos repetir ao publico sob uma forma condensada, exactamente o que se nos tenha dito: nada de menos, e sobretudo nada de mais. «E’ preciso que essas rubricas sejam as mesmas para todos os paizes. Mas é preciso também queellas sejam, tanto quanto possivel, as mesmas para um longo periodo de tempo, de modo que se possa comparar o presente ao passado. « E’ por isso que as doenças devem ser clas- sificadas segundo a sua séde e não segundo a sua natureza ou segundo a sua causa. «Porque a séde de uma doença é muito mais facil de determinar que sua natureza. Também as classificações fundadas ha apenas meio século sobre a natureza das doenças hoje nos fazem sorrir, tanto estão envelhecidas, em- quanto a séde dessas doenças não dá logar, quasi sempre, a nenhuma duvida. À historia do passado deve nos esclarecer-sobre o futuro; as classificações etiologicas que nos parecem hoje as mais seguras terão a sorte das suas 70 antepassadas; emquanto que é evidente que o estomago fará sempre parte do apparelho di- gestivo. E’, pois, a sede das doenças e não sua na ureza que, em geral e salvo exepções, serve de base á nossa classificação. «A causa primeira das doenças ainda menos póde servir de base á sua classificação, porque resulta não de um facto, porém de uma apreciação; ora, as apreciações differem com as pessoas, as nações, e sobretudo com o tempo. Entre uma tisica pulmonar causada pela de- vassidão e uma tisica causada pelo alcoolismo ou por uma alimentação insufficiente, não lia limite definivel. «Como um certo numero de doenças affectam o organismo por inteiro sem se alojar mais especialmente sobre tal ou qual orgão, criamos uma classe especial para as doenças geraes. «Mas «doença geral» não quer dizer «doença microbiuna», como parecem crer alguns de nossos correspondentes. Si se considerar estas palavras como synonymos, classificar-se-hiam no primeiro grupo quasi todas as doenças, isto é não haveria mais classificação do todo. «Ora, é desejável que se tenha uma. Sem duvida, esforçamo-nos sobretudo por precisar ni- 71 tidamente nossas rubricas, de modo a conhe- cer exactamente o sentido das cifras que ellas têm que definir. Entretanto, convém que se possa encontrar facilmente cada uma delias, eque cada doença seja inscripta ao lado de suas similares. Convém que a «pneumonia», por exemplo, não se perca no meio das doen- ças geraes, sob o pretexto de ser devida a um microbio, mas sim que esteja ao lado da broneho- pneumonia, da bronchite, e das outras doen- ças do pulmão. E’ ahi que se irá naturalmen- te procura-la, e assim ver-se-ha que, uma vez que a broncho-pneumonia, por exemplo, forma uma rubrica especial, os obitos causados por esta doença não são computados entre os cau- sados pela peneumonia. «Assim, uma classificação estatistica das causas de morte não tém, não póde, nem deve ter a pretensão de ser um resumo de patho- logia geral. Deve ser, como muito bem disse- ram os nossos collegas americanos, estatistica e puramente estatistica. Deve resumir as res- postas feitas pelo bureau estatístico e a isto se limitar. «Os autores das nomenclaturas ingleza e italiana muito bem reconheceram que uma no- menclatura estatistica deve abster-se de affir- 72 mações relativas á pathogenia. Partindo desta ideia justa, supprimiram toda especie de titulo, e mesmo toda divisão em capitulos. Esta ma- neira de proceder é muito lógica, mas não é commoda para as pesquisas. Também a maior parte das cidades inglezas, fazendo uso da no- menclatura Somerset House, dividem-na em ca- pitulos, aos quaes têm dado titulos. Assim o fa- zem Manchester, Sheffield, etc. As cidades italianas (Florença, Milão, etc.) fazem o mesmo para a nomenclatura do reino da Italia. Como estes titulos não modificam em nada os nu- meros, é evidente que não são prejudiciaes e nem desvantajosos. «Parece, pois, que as divisões actuaes podem ser mantidas. «A necessidade de ter quadros uniformes e comparáveis nos impõe o dever de ahi sò in- troduzir as modificações indispensáveis». Ficaram assim estabelecidas as novas no- menclaturas, detalhada e abreviada, para es- tatística dos obitos. Nomenclatura detalhada das causas de morte Doenças geraes 1 Febre t3~plioide (typho abdominal) 2 Typho exantliematico 73 3 Febre recorrente. 4 Febre e cachexia palustre A-Febre palustre(Paludismo agudo) 4 bis B—Cachexia palustre (Paludismo chronico) 5 Variola 6 Sarampo 7 Escarlatina 8 Coqueluche 9 Diphteria e Crupe 9 bis Crupe 10 Grippe 11 Suor maligno miliar 12 Cholera asiatica 13 Cholera nostras 14 Dysenteria lõ Peste 16 Febre ama,relia 17 Lepra 18 E^sipela 19 Outras affecções epidemicas 20 Infecção purulenta e Septicemia 21 Mormo e Farcino 22 Pustula maligna e Carbúnculo 23 Paiva 24 Tétano 25 Mycoses 74 26 Pellagra 27 Beriberi 28 Tuberculose dos pulmões 29 Tuberculose miliar aguda 80 Tuberculose das meninges 31 Tuberculose abdominal 32 Mal de Pott 33 Tumores brancos 34 Tuberculose de outros orgãos 35 Tuberculose generalisada 36 Rachitismo 37 Syphilis 38 Cancro molle—Gonococcia 89 40 41 42 43 44 45 Câncer e outros tu- mores malignos da cavidade buccal do estomago, do figado do peritoneo, dos intestinos e do recto dos orgãos genitaes da mulher do seio da pelle de outros orgãos e de orgãos não especificados 46 Outros tumores, excepto os tumoreg dos orgãos genitaes da mullier 47 Rheumatismo articular agudo 48 Rheumatismo clironico e Gotta 49 Escorbuto 75 50 Diabetes 51 Bocio exophtalmico 52 Moléstia bronzeada de Addison 53 Leucemia 54 Anemia. Chlorose 55 Outras Doenças geraes 56 Alcoolismo (agudo ou chronico) 57 Saturnismo 58 Outras Intoxicações profissionaes chro- nicas 59 Outros Envenamentos chronicos II—Affecções do systema nervoso e dos or- GÃOS DOS SENTIDOS 60 Enceplialite 61 Meningite simples 61 bis Meningite cerebro-espinhal epi- demica 62 Ataxia locomotriz progressiva 63 Outras Affecções da medulla espinhal 64 Hemorrhagia cerebral, Apoplexia 65 Amolleci mento cerebral 66 Paralysia sem causa indicada 67 Paralysia geral 68 Outras formas de Alienação mental 69 Epilepsia 70 Eclampsia (não puerperal) 76 71 Convulsões das crianças 72 Choréa 73 Nevralgia e Nevrite 74 Outras Affecções do systema nervoso 75 Affecções dos olhos e de seus annexos 76 Affecções dos ouvidos III— Affecções do apparelho circulatório 77 Pericardite 78 Endocardite aguda 79 Affecções organicas do coração 80 Angina do peito 81 Afecções das artérias, Atheroina, Aneu- rysma, etc. 82 Embolia e Tlirombose 83 Affecções das veias ('Varizes, Hemor- rlioidas, Phlebite, etc.) 84 Affecções do systema lymphatico, Lym- phangite. etc. 85 Hemorrhagia. Outras Affecções do apparelho circulaturio IV— Affecções do apparelho respiratório 86 Affecções das fossas nasaes 87 Affecções do larynge 88 Affecções do corpo thyreoide 89 Bronchite aguda 77 90 Bronchite clironica 91 Bronchopneumonia 92 Pneumonia 93 Pleurisia 94 Congestão e Apoplexia pulmonares 95 Gangrena do pulmão 96 Asthma 97 Emphysema pulmonar 98 Outras Affecções do apparellio respira- tório (excepto a Tisica) V—Affecções do appaeelho digestivo 99 Affecções da bocca e de seus annexos 100 Angina e outras Affecções da pharvnge 101 Affecções do esophago 102 Ulcera do estomago 103 Outras affecções do estomago (excepto o Câncer) 104 Diarrhéa e Enterite (abaixo de 2 annos) 105 Diarrliéa e Enterite (2 annos e acima) 106 Ancylostomiase 107 Outros parasitos intestinaes 108 Appendicite e Typhlite 109 Hérnia,Obstrucção intestinal 110 Affecções do intestino 111 Ictericia grave 112 Tumor hydatico do figado 78 113 Cirrhose do fígado 114 Cálculos biliares 115 Outras Affecções do fígado 116 Affecções do baço 117 Peritonite simples (excepto a puerperal) 118 Outras Affecções do apparelho diges- tivo (excepto o Câncer e a Tuberculose) VI AFFECÇÕES NÃO VENEREAS DO APPARELHO GENITO-URINARIO E DE SEUS ANNEXOS 119 Nephrite aguda 120 Mal de Bright 121 Chyluria 122 Outras Affecções dos rins e de seus annexos 123 Cálculos das vias urinarias 124 Affecções da bexiga 125 Outras Affecções da urethra, Abcesso urinoso, etc. 126 Affecções da próstata 127 Affecções não venereas dos orgãos genitaes do homem 128 Hemorrhagia uterina não puerperal 129 Tumor uterino não canceroso 130 Affecções do utero 131 Cysto e outros Tumores do ovário 79 182 Salpingite e outras Affecções dos orgãos genitaes da mulher 188 Affecções não puerperaes da mamma (excepto o Câncer) VII ESTADO PUERPERAL 134 Accidentes da gravidez 135 Hemorrhagia puerperal 136 Outros Accidentes do parto 137 Septicemia puerperal 138 Albuminúria e Eclampsia puerperaes 139 Phlegmatia alba dolens, Embolia e Morte súbita puerperaes 140 Sobreparto ('sem outra explicação) 141 Affecções puerperaes da mamma VIII AEFECÇÕES DA PELLE E DO TECIDO CELLULAR 142 Gangrena 143 Furunculo 144 Pblegmão, Abcesso quente 145 Outras Affecções da pelle e de seus annexos IX AFFECÇÕES DOS OSSOS E DOS ORGÃOS DA LOCOMOÇÃO 146 Affecções dos ossos (excepto a Tuber- culose ) 80 147 Affecções das articulações (excepto a Tuberculose e o Rbeumatismo) 148 Amputação 149 Outras Affecções dos ossos e dos or= gãos da locomoção X—vícios de conformação 150 Vicios de conformação congénitos (não comprehendidos os nascidos mortos) XI PRIMEIRA IDADE 151 Debilidade congénita, Icterícia e Es- clerema 152 Outras Affecções especiaes á pri- meira idade 153 Falta de cuidados XII—velhice 154 Senilidade. XII AFFECÇÕES PRODUZIDAS POR CAUSAS EXTERIORES 155 150 157 158 159 160 161 162 veneno asphyxia enforcamento ou estrangulação submersão armas de fogo instrumentos cortantes ou per- furantes precipitação dum logar elevado esmagamento Suicídio por 81 163 Outros suicidios 164 Envenenamento por alimentos 165 Outros envenenamentos agudos 166 Incêndio 167 Queimaduras (outras que não as por incêndio) 168 Absorpçâo de gazes deleterios (ex- cepto Incêndio e Suicidio) 169 Submersão accidental 170 171 172 173 174 175 por armas de fogo por instrumentos cortantes ou per- f urantes por quéda por minas e pedreiras por machinas por outros esmagamentos (carros, trens de ferro, bondes, desaba- mentos, etc). Traumatismo 176 Violências exercidas por animaes 177 Fome 178 Frio excessivo 179 Thermonose 180 Raio 181 Outra Oommoção electrica 182 Homicidio por armas de fogo 183 Homicidio por instrumentos cortan- tes ou perfurantes 82 184 Homicídio por outros meios 185 Fracturas (sem outra indicação) 186 Outras Violências exteriores XIV DOENÇAS MAL DEFINIDAS 187 Lesão organica não definida 188 Morte súbita 189 Doença não especificada ou mal definida. Momenclaturá abreviada das causas de morte Numero correspondente da nomenclatura detalhada 1 Febre fyphoide (Typho abdominal) 1 2 Typho exaníhemafico.. 2 3 Febre e Cachexia palustre 4 4 Variola 5 5 Sarampo 6 6 Escarlatina 7 7 Coqueluche 8 8 Diphferia e Crupe 9 9 Grippe 10 10 Cholera asiafica 12 11 Cholera nosfras 13 12 Outras moléstias epidemicas 3, 11, de 14 a 19 13 Tuberculose dos pulmões 28, 29 14 Tuberculose das meninges 30 15 Outras Tuberculoses de 31 a 35 16 Câncer e outros Tumores malignos de 39 a 45 17 Meningite simples 61 18 Hemorrhagia e Àmollecimento cerebral.. 64, 65 19 Moléstias organicas do coração 79 20 Bronchite aguda 89 83 21 Bronchife chronica 90 22 Pneumonia 92 23 Outras Àffecções do apparelho respiratório (excepto Tisica) 86, 87, 88, 91 de 93 a 98 24 Àffecções do esfomago (excepto Câncer). 102, 103 25 Diarrhéa e Enterite (abaixo de 2 annos). 104 26 Àppendiciíe e Typblite 108 27 Hérnia, Obstrucção intestina' 109 28 Cirrhose do figado 118 29 Nephrite aguda e Mal de Bright 119, 120 30 Tumores não cancerosos e outras ÀTe- ções dos orgàos genifaes da mulher... de 128 a 132 31 Septicemia puerperal (Febre, Periíonife, Phlebite puerperaes) 137 32 Outros Àccidenfes puerperaes da gravidez e do parto ’ 134,135,136 de 138 a 141 33 Debilidade congénita e vicios de confor- mação 150, 151 34 Senilidade 154 35 Mortes violentas (excepto Suicídio) dè 164 a 186 36 Suicídio de 155 a 163 37 Outras moléstias de 20 a 27, 36,37, 38, de 46 a 60 62, 63, de 66 a 78. de 80 a 85, 99. 100, 101. 105, 106, 107, 110, 111. 112, de 114 a 118, de 121 a 127, 133, de 142 a 149, 152, 153. 38 Moléstia ignorada ou mal definida de 187 a 189. Para as rubricas da nomenclatura detalhada das doen- ças +oi decretado pela Commissão Internacional o seguinte desenvolvimento, que aqui vamos dar conforme a traducção feita pelo Serviço de Verificação de Óbitos, de que se en- carregou > Sr. Dr. Carlos Levindo de Moura Pef.eira com revisão feita pelo professor Euvaldo Diniz Gonçalves, Director do Serviço de Estatística Demographo Sanitaria do Estado. 84 EXPLANAÇÃO DAS RUBRICAS DA NOMENCLA- TURA DAS DOENÇAS decretada pela Comniissão Internacional encarregada da revisão decennal da nomenclatura internacional das doenças (causas de obito—causas de incapacidade para o trabalho). ( Classificação Bertillon) l—Doenças geraes 1— Febre typhoide Typho abdominal)—a] Dothiénen- teria.—Febre mucosa, ou febre enterica—Ileo-typho.-b) Febie continua, ou febre ataxica, ou febre adynamica, ou fe- bre adynamo-ataxica, ou febre paratyphoide.— Paratypho. 2— Typho exanthematico— Febre petechial.—Typho petechial. Nota—A palavra “typho”, sem epitheto, será tomada no sentido que lhe é commum em cada paiz; por exemplo no sentido-de «Typho abdominal» nos paizes ce lingua allemã e no sentido de “Typho exanthematico” nos paizes de lingua franceza. 3— Febre recorrente Febre de recahidas—Typho re- corrente.—Febre de Malta. 4— Febre e cachexia palustres—Febre intermittente, ou febre ou febre palustre, ou febre terçã, ou febre quarta, ou febre perniciosa. —Accesso pernicioso.—Ma- laria ou paludismo agudo.—Febre remittente.—Cachexia pa- lusi*e\ Impaludismo sem epitheto, ou impaludismo chronico. —Cachexia perniciosa.—Cachexia palustre, ou anemia pa- lustre. Aota -A palavra “Malaria” sem epitheto será conside- rada, segundo o uso do paiz, como synonymo de “Malaria aguda” ou de “Malaria chronica”. 4 bis —Cachexia palustre—Impaludismo chronico, ou 85 impaludismo sem epitheto.—Cachexia perniciosa.—Cache- xia palustre, ou anemia palustre. 5— Varíola—Bexigas.—Catapóras.—Varioloide. 6— Sarampo— Erupção morbillosa. 7— Escarlatina—a) Escarlatina.—Angina escarlatinosa.— Toda doença qualificada escarlatinosa.—b) Escarlatina pu- erperal. 8— Coqueluche. 9— Diphteria e Ctupe—a) Diphteria.— Crupe.—Angina diphterica, ou angina sardacia, ou angina pseudomembra nosa, ou angina infectuosa, ou angina maligna, ou angina toxica.—Bronchite pseudomembranosa. —Laryngite pseudo- membranosa. —Laryngite maligna.—-Paralysia diphterica.— b) A Diphteria sob todas as suas outras formas e notada- mente a Diphteria das feridas, a Diphteria cutanea, a Di- phteria da ''onjunctiva, a Diphteria buccal, etc. 9 bis— Crupe. 10 — Grippe -Influenza.—Pneumonia grippal, ou bron- chite grippal, bronchopneumonia grippal. 11— Suor maligno miliar—Suor.—Febre miliar. 12— Cholera asiatica.—Cholera indiana.—Cholera epi- demica—Cholera (sem epitheto). 13— Cholera nostras.—Cholera esporádica.—Cholerina.—- Diarrhéa choleriforme, ou enterite choleriforme. Noía—A palavra “Cholera-morbo” será tomada no sen- tido que lhe é commum em cada paiz, por exemplo no sentido de “Cholera nostras” na America do Norte e no sen- tido de “Cholera asiatica” em França e em outros paizes. 14— bacillar, ou dysenteria ami- biana, ou dysenteria palustre, ou dysenteria choleriforme, ou dysenteria chronica, ou dysenteria catarrhal, ou dysen- teria da Conchinchina, ou dysenteria dos paizes quentes, ou dysenteria epidemica.—Diarrhéa tropical, ou diarrhéa dy- senteriforme. 86 15— Peste—Peste bubonica.—Bubão cli m atico.- Pneu monia pestosa.—Peste pulmonar. 16— Febre amarella--Vom'úo negro.—Febre amarella.— Typho amaril. 17— Lepra—Elephantiase dos gregos. 18— Erysipela— Toda erysipela, cirúrgica ou medica, qualquer que seja a sua séde.—Erysipela gangrenosa, ou eiysfpela phlegmonosa.—Phlegmão erysipelatoso. 19 —Outras Affecções epidemicas—a) Parotidite epide- mica (cachumba, ou papeira).—Rubéola.—Erupção rubeo- lica.—Acrodynia.—Varicella.—Outras affecções epidemicas ordinariamente benignas.—b) Toda affecção epidemica grave que não estiver especificada nesta nomenclatura. 20 —Infecção purulenta e Septicemia—Pyonemia. —Re- absorpção, ou infecção purulenta, ou infecção séptica, ou infe- cção pútrida.—Febre pútrida.—Picada anatómica.—-Infecção por estaphylococcos, ou infecção por estreptococcos, ou in- fecção vaccinal.—Estreptococcemia. Nota—Quando em mulher adulta for feito o diagnostico de “Septicemia” sem outra explicação, devolver o attesta- do de obito ao medico, para que especifique se a septice- mia era ou não puerperal. 21 — Mormo e Farcino — Lamparão. 22— maligna e Carbúnculo. 23— Raiva Hydrophobia. 24— Tétano — Opisthotono. — Emprosthotono. — Pleuro- sthotono—Trismo dos recem-nascidos. 25— yWycose.s—Actinomycose.— Pneumomycose. — My- cose fungoide. 26— 27— Beriberi—Kakké—Neuritis multiplex endemica.— Panneuritis endemica. 28— Tuberculose dos pulmões—Tuberculose pulmonar» 87 ou tisica pulmonar.—Tisica (sem epitheto).—Phymia,—Phy- matose.—Pneumophymia.—Pneumonia tuberculosa, ou bron- chite tuberculosa, ou bronchite bacillar, ou bronchite neo- plasica, ou bronchite heteroplasica, ou bronchite caseosa, ou bronchite granulosa, ou bronchite especifica.—Bacillose.— Cavernas pulmonares.—Consumpção.—Tuberculose da la- rynge, cu tisica da larynge.—Laryngite tuberculosa, ou la- ryngite especifica.—Tisica laryngéa.—Pleurisia tuberculosa.— Pneumothorax tuberculoso.-—Hydropuemrothorax tuberculoso — Hemoptyse tuberculosa.—Tuberculose (sem epitheto). 29 — Tuberculose miliar aguda—Tuberculose aguda.— Tuberculose galopante.—Tuberculose miliar.—Tisica com a indicação de aguda, ou galopante, ou miliar.—Granulia. 30— Tuberculose das meninges— Tuberculose meningéa. —Meningite tuberculosa, ou meningite granulosa, cm menin- gite miliar, ou meningite caseosa, ou meningite bac.llar, ou meningite especifica, ou meningite neoplasica, ou menin- gite heteroplasica.—Tuberculose do cerebro, ou tuberculose do cerebello. 31— abdominal—a) Peritonite tuberculosa, ou peritonite granulosa, ou peritonite bacillar, ou peritonite especifica. -Tuberculose peritoneal.—Tuberculose mesente- rica.—Ascite bacillar.—b) Enterite tuberculosa.-Tuberculose intestinal, ou tuberculose rectal. 32— Mal de Pott— -Carie vertebral, ou necrose vertebral. —Mal vertebral.—Polyarthrite vertebral. 33— Tumores brancos—Fungosidades articulares.—Co- xalgia.—Escapulalgia.—Arthrite tuberculosa. 34— Tuberculose de outros orgâos—Tuberculose da pelle. —Lupus.—Esthiomene.—Abcesso bacillar, ou abcesso tu- berculoso.—Ulcera bacillar, ou ulcera tuberculosa.—Nephrite tuberculosa.—Tuberculose ossea.—Abcesso frio, ou abcesso ossifluente, ou abcesso por congestão.—Tubérculos do testi- 88 culo.—Epididymite caseosa, ou epididymite tuberculosa.— Tubérculos da próstata, etc.—Tuberculose ganglionar.— Lymphangite tuberculosa, ou adenite tuberculosa.—Lympha- tismo. —Escrófula.—Abcesso escrofuloso, ou abcesso estru ■ moso.—Adenite escrofulosa, ou adenite estrumosa.—Ulcera escrofulosa, ou ulcera estrumosa. 35— Tuberculose generalisada—A tuberculose assigna- lada simultaneamente em dois ou mais orgãos. Toda vez porém, que um dos orgãos atacados for o pulmão classifi- car em 28 (Tuberculose dos pulmões). 36— Rachitismo—Ostenmalacia. —Amollecimento dos ossos.--Escoliose.— Lordose.— Cyphose. — Osteo-arthropa- thia hypertrophica. 37— a) Cancro duro, on cancro infectante.— Cancro da bocca, ou cancro da face.—Accidente primitivo, b) Accidentes secundários.—Placas mucosas.—Amygdalite syphilitica.—Angina syphilitica. —Laryngite syphilitica.—Co- ryza syphilitica.—Syphilides. c) Accidentes terciários.— Accidentes específicos. — Gommas.— Ulcerações syphiliti- cas.—Exostose syphilitica, etc.—Qualquer doença classifica- da <syphilitica».—d) Syphilis congénita. —Syphilis das creanças (salvo indicação contraria).—e) Syphilis, ou gal- lico (sem explicação). 38 —Cancro mole—a) Cancro venereo.—Cancroide.— Cancro simples.—Bubão de cancro molle. —Bulcão venereo, ou bubão virulento, ou bubão de absorpção.—Mulas - Adenite venerea.-b) Cancro phagedenico, ou bubão pha- gedenico, ou abcesso phagedenico. 38 bis - Gonococcia - Blenorrhéa. Blenorrhagia. — Go- norhéa. - Esquentamento. - Urethrite.—Gotta militar.—Bala- nite.—Balanorrhagia.—Balanoposthite.—Vaginite sem epi- theto). —Cystite blenorrhagica, ou orchite blenorrhagica, ou epididymite blenorhagica, ou metrite blenorrhagica. ou metro-vaginite blenorrhagica, ou vaginite blenorrhagica, ou 89 bubão blenorrhagico.—Cystite gonococcica, ou orchite gono- coccica, ou epididymite gonococcica, ou metrite gonoco- ccica, ou metro-vaginite gonococcica, ou vaginite gonoco- ccica, ou bubão gonococcico. — Arthrite blenorrhagica, ou ar- thrite gonococcica. -Rheumatismo bienorrhagico, ou rheu- matismo gonococcico.—Conjunctivite blenorrhagica, ou cou- junctivite purulenta.--Ophtalmia blenorrhagica, ou ophtal- mia gonococcica, ou ophtalmia purulenta.—Vulvite ble- norrhagica, ou vulvite gonococcica. 39 -Câncer e outros tumores malignos da cavidade bu- ccal—Câncer da bocca ou câncer dos lábios, ou câncer da lingua, ou câncer do assoalho da bocca, ou câncer do véu do paladar, ou câncer das amygdalas.—Câncer do maxilar. - Epithelioma, ou carcinoma, ou cancroide, ou tumor ihetero morphico, ou tumor neoplasico: destes orgãos.—Câncer dos fumantes. 40— e outros tumores malignos do estomago e do fígado—Câncer do pharynge, ou câncer do esophago, ou câncer do cardia, ou câncer do pyloro.—Carcinoma, ou scirrcho, ou tumor colloide, ou tumor heteromorphico, ou tumor neoplasico, ou encephaloide destes orgãos.—Gastro- carcinoma,—Tumor do estomago. 41— Câncer e outros tumores malignos do peritoneu, dos intestinos e do recto—Câncer do colon, ou câncer do ano.— Carcinoma, ou scirrho, ou encephaloide, ou cancroide, ou epithelioma: destes orgãos.—Peritonite cancerosa. 42 — Câncer e outros tumores malignos dos orgãos gc- nitaes da mulher— Câncer do utero, ou câncer da matriz, ou câncer do ovário, ou câncer da vagina, ou câncer da vulva. - Carcinoma, ou scirrho, ou encephaloide, ou tumor col- loide, ou tumor heteromorphico, ou tumor neoplasico, ou cancroide, ou sarcoma, ou epithelioma: destes orgãos. 43— Câncere outros tumores malignos do seio—Carcino- 90 ma, ou scirrho, ou encephaloide, ou tumor colloide, ou tumnr heteromorphico, ou tumor neoplasico, ou cancroide ou epithelioma do seio ou da mamrr.a.—Câncer em cou- raça. 44— e outros tumores malignos da pelle—Can- croide sem epitheto).—Epithelioma ou tumor epithelial ('sem indicação).—Câncer da cabeça, ou câncer do ouvido, do câncer da face, ou câncer cervico-facial.—Noli me tangere. 45— Câncer e outros tumores malignos de outros or- gâos ou de orgãos não especificados—Bocio canceroso— Thyreosarcoma.—Tumor canceroso da parotida, ou sarco- ma da parotida.—Tumor canceroso do pescoço, ou sarcoma do pescoço.—Câncer abdominal, ou câncer pelviano, ou câncer do pulmão, ou câncer do pancreas, ou câncer do rim, ou câncer da bexiga, ou câncer da próstata.—Sarco- hydrocele.—Câncer dos ossos.—Osteosarcoma.™Carcmoma, ou scirrho, ou encephaloide, ou ulcera cancerosa, ou tumor maligno, ou sarcoma, ou fungo maligno: destes orgãos, ou de orgãos não especificados.— Sarcomatose.— Lvmnho- sarcoma. 46— Outros tumores Excepto os tumores dos orgão- genitaes da mulher—a) Tumor (sem epitheto).—Tumor abdo- minal.—Tumor intestinal.—b> Tumor vascular, ou tumor ere- ctil.—Angioma.—Hematoma. c\Lymphoma. -Limphadeno- ma.—Lymphatocele.—Adenoma. — d) Chondroma.—e) Myo- ma.—f) Lipoma.—Lipomatose.—Lobinho.—Cravos.—Tumor sebaceo.—Cysto dermoide.—g-) Polypo (séde não indicada. —h) Tumor do mediastino. 47— Rheumatismo articular agudo.—a) Rheumati«mo febril, ou rheumatismo articular, ou rheumatismo (sem epitheto).—Arthrite rheumatismal.—b) Meningite rheumatica, ou endocardite rheumatica, ou pericardite rheumabca, ou pancardite rheumatica, ou pleurisia rheumatica, ou perito- 91 nite rheumatica.—Rheumatismo abdominal, ou rheumatis- mo cerebral, ou rheumatismo visceral.—Vertigem rheu- matica. 48— Rheumatismo chronico e Gotta—Rheumatismo no- doso.- Arthrite deformante. 49— Moléstia de Werlhoff. Moléstia de Barlow. 50— Glycosuria.—Toda diabética. — Acetonemia. 51 —Bocio exophtalmico—Moléstia de Basedow.—Mo- léstia de Graves. Cachexia exophtalmica. 52— Moléstia bronzeada de Addison—Moléstia bron- zeada.—Moléstia de Addison.—Moléstia das capsulas su- prarenais. 53— — Leucocythemia. — Adenia leucemica. - Lymphadenia.—Lymphocythemia.—Moléstia de Hodkin.— Pseudoleucemia. 54— Anemia. Chlorose—a) Anemia (sem ep>theto).— Chlorose.—Cores pallidas. - b) Anemia perniciosa.—Anemia esplenica. Kala-Azar.—Moléstia de Banti. . 55— Outras moléstias geraes—a) Auto-intoxicação. - In- toxicação por ptomaina.—Toxi-infecção.—Toxicohemia.— Febre eruptiva, ou febre infecciosa. Infecção generalizada ou infecção congénita.—Moléstia virulenta (sem outra ex- plicação .—Diabetes insípida.—Trypanosomiase.—Moléstia do somno.—b) Esteatose visceral—Degeneraçãoa myloide, ou degeneração gordurosa generalizada.—c) Acromegalia.—d) Purpura hernorrhagica, ou purpura infecciosa.—Hemophilia —Hemorrhagia catanea. 56— Alcoolismo agudo ou chronico) a)—Alcoolismo agudo —Embriaguez.—Ethylismo.—-Intoxicação alcoolica.—b) Alco- olismo chronico.—Delirio alcoolico.—Demencia alcoolica.— Delirium tremens. --- Absinthemia. — Dipso- mania. 92 57— Saturnismo—'Toda moléstia qualificada “saturnina*’. —Cólica de chumbo.—Cólica dos pintores.—Envenenamen- to chronico pelo chumbo. 58— Outras intoxicações profissionaes chronicas—As in- toxicações: mercuriaes (hydrargyrismo), phosphoreas, arse- nicaes ou outras intoxicações chronicas, sempre que uma menção especial do medico ou, na falta deste, que a profis- são do tallecido) indicar claramente que a intoxicação é profissional. Na falta de qualquer destas duas indicações, classificar a moléstia sob a rubrica 59.—A necrose phos. phorea deve ser sempre considerada como profissional. 59— envenenamentos chronicos.—(Ver a observa- ção feita á rubrica precedentei.—Morphinismo.—Cocainis- mo.—Nicotinismo.—Envenamento pelo tabaco.—Lathyrismo. —Etherismo chronico.—ErgotNmo chronico ou (sem epi- theto*. 11—Affecções do systema nervoso e dos orgãos dos sentidos 69—Encephalite—Febre cc-rebral— Inf.lammação do cerebro, ou abcesso do cerebro.--Cerebrite.—Abcesso protuberancial. —Encephalite traumatica. 61- Meningite simples.—a) Meningite simples, ou me- ningite infecciosa, ou meningite purulenta —Meningite) sem epitheto).—Meningo encephalite.—Pachymeningite.—Menin- go-myelite.--b) Meningite cerebro-espinhal epidemica. 61 bis—Meningite cerebro espinhal epidemica. Q2—Ataxia locomotriz progressiva—Moléstia de Du- chenne. 63— Outras affecções da medulla espinhal—a) Doença da medulla.—Esclerose (sem epitheto), ou esclerose cere- bro-espinhal, ou esclerose em placas, ou esclerose disse- minada, ou esclerose symetrica, ou esclerose lateral.—Syrin- gomyelia.--Moléstia de Charcot, ou moléstia de Morvan.— 93 Tabes dorsalis espasmódica.—b) Hemorrhagia da medulla espinhal.--Hematomyelia.— Hematorhachio.—c) Myelite.—Con- gestão medullar.—-d) Affecções do bulbo.—Paralysia bulbar. Paralysia labio-glosso-laryngéa.—Paralysia espinhal.—Tu- mor espinhal.—e) Paralysia agitante.—Paralysia tremente.— Paralysia ascendente f)—Paralysia essencial da infanda.— Degeneração gordurosa da medulla, ou degeneração amy- loide da medulla,—Moléstia de Parkinson.--MoIestia de Friedreich.—Compressão medullar, ou compressão da me- dulla—g) Atrophia muscular progressiva.—Degeneração gor- durosa dos musculos. — Paralysia muscular atrophica.— Amyotrophia. —Myasthenia.—Myopathia progressiva.—Pa- ralysia amyotrophica. -Paralysia atrophica.—Paralysia pseu- do-hypertrophica. QA---Hemorrhagia cerebral. Apoplexia—Congestão ce- rebral alcoolica, ou apoplexia cerebral alcoolica.—Apoplexia cerebral.—Apoplexia meningéa.—-Atheroma cerebral.—Der- ramamento cerebral.—Hemorrhagia ventricular, ou hemor- ragia bulbar, ou hemorrhagia cerebeilosa, ou hemorrhagia meningéa.—Hematoma das meninges. — Cataplexia.—De- mência apoplectica.—Apoplexia serosa.—Edema do cerebro. Morte súbita por congestão (sem outra explicação). 65 — Amollecimento cerebral.—Necrobiose cerebral. 66— Paralysia sem causa indicada.—Paralysia (sem epitheto).—Paralysia senil.—Hemiplegia.—Paralysia facial. _ -Paraplegia.--Paralysia generalizada.—-{Não confundir com Paralysia geral . 67— geral— Loucura paralytica.—Detuencia paralytica.—Paralysia alcoolica. —Cachexia paralytica.—Ma- rasmo paralytico.—Meningo-encephalite diffusa.—Perieuce- phalite diffusa. 68— Outras formas de alienação mental— Alienação mentcl. —Demencia.—Loucura.—Vesania.—Aflucinações. — 94 Mania.—Megalomania.—Monomania.—Delirio de persegui- ção.---Melancolia—Lypemania.--Doença mental.—Hypochon- dria. —Spleen.—Nosomania.— Nosophobia.—Necrophobia.— Sitiophobia.—Nostalgia.—Saudades da patria. 69—Epilepsia—Grande mal.—Mal de Hercules.—Ma! comicial.— Demencia epiléptica. 10—Eclampsia— não puerperal —Convulsões epilepti- formes dos adultos. Nota.—Quando em mulher adulta fôr fqito o diagno- stico de ‘‘Eclampsia” sem outra explicação, devolver o atte- stado de obito ao medico, para que especifique se a septi cernia era ou não puerperal. 7l —Convulsões das crianças.—Eclampsia infantil.—Con- tractura das crianças. 72--Choréa— Dansa de São (luido.—Moléstia de Ber- geron.—Demencia choreica. 73 A—Hysteria—Anorexia hysterica.—Cólica hysterica. —Toda moléstia qualificada “hysterica”. (Somente estatística de morbosidade). 73 B—Nevralgia e Nevrite—T\c\ue doloroso.—Sciatica. —Polynevrite alcoolica. 74 Outras affecções do systema nervoso a) Degene ração gordurosa do systema nervoso, ou degeneração amy- loide do systema nervoso.-Idiotia.—Imbecilidade.—Creti- nismo—Gatismo—.Amnésia.—Paramnesia.—Perda da palavra. —Aphasia.—b) Moléstia de Landry.—Moléstia de Little.— c) Tumor cerebral.—Hydatides do cerebro.—Neuroma. Com- pressão cerebral.—Epilepsia symptornatica, ou epilepsia ja- cksoniana. — Tetania. - d) Hydrocephalia adquirida.—e) Neu- rasthenia. —Masturbação. — Onanismo. - Somnambulismo. — Catalepsia. Vertigem. Bulimia.—f) Accidentes cerebraes, ou accidentes nervosos.—Anemia cerebral, ou ischemia cerebral.—Nevrose. Enxaqueca.—iHemicrania.- Encephalo- pathia (sem epitheto). 95 7õ A—Conjunctivite folicular. (Somente estatisca de morbosidade). 75 B—Trachoma. (Somente estatística de morbosidade). 75 C—Outras affecções dos olhos e de seus annexos. —Ophtalmia. —Panophtalmite.—Corpos estranhos.—Conjun- ctivite (não comprehendida a conjunctivite diphterica).—Xe- rophtalmia.—Xerose.—Pterygio.—Pinguecula.—Ceratites de qualquer especie.—Estaphyloma.—Doenças da cornea.—Ul- cera da cornea.—Glaucoma.—Geiontoxo.—Doenças da es- clerotica.—Doenças da iris.—Irite.—Doenças da choroide. — Choroidite.—Iridochoroidi te.—Esclerocoroidite.—Doenças do crystallino.—Cataracta.— Doenças da retina.-Retinite. Ne- vrite optica. - Amaurose. — Atrophia do nervo optico—He- morrhagia interna do olho.—Amblyopia.—Amblyopia por in- toxicação —Hemiopia.—Hemeralopia.— Nyctalopia.—Aphacia. - Parasitos do olho.—Ophtalmozoarios. Coloboma. —Estra- bismo.—Estrabotomia.— Paralysia dos musculos do olho —Nystagmo.—Hordeolo (terçol).—Chalazio.—Blepharite. - Blepharo-conjunctivite. -Blepharite escrofulosa.— Blepharo- phimose. —Blepharoplastia.— Ectropio.---Entropio.— Trichi- ase.—Dacryadenite.—Doenças da glandula lacrymal e dos conductos lacrymaes.—Dacryocystite.—-Dacryolithiase.—Da- cryoma.—Fistula lacrymal.—Doenças e tumores da orbita — iexcepto o câncer). 76— Affeccões dos ouvidos—a> Otite .—Abcesso do ou- vido.—Carie do rochedo.-—b) Otorrhéa.—Catarrho do ouvi- do.— Hydrotite.—Inflammação do tympano.- Corpos es- tranhos do conducto auditivo.—Obstrucção do conducto au- ditivo.—Polypo do ouvido.—Vertigo ab aure loeso—Mo- léstia de Ménière, ou vertigem de Méniére. lll—Affecções do apparelho circuiatorio 77— Pericardite — Cardio-pericardite.—Hydropericardio. 96 —Hydropneumopericardio.— Adherencia cardiaca, ou sym- phise cardiaca.—Hydropisia do coração. 78— Endocardite aguda — Endocardite sem epitheto i menos de 60 annos).—Endocardite ulcerosa. —Myocardite aguda, ou myocardite sem epitheto.—Endopericardite. Nota —Enviar ao medico assistente os attestados de obito em que as palavras «Endocardite» ou «Myocardite» não vierem seguidas de nenhuma explicação, para que elle diga se eram essas doenças agudas ou chronicas. 79— Affeções organicas do coração—a) Affecção aor- tica, ou affecção mitral, ou affecção tricuspida, ou affecção cardiaca, ou affecção valvular, ou affecção dos orifícios do coração.—Lesão aortica, ou lesão mitral, ou lesão tri- cuspida, ou lesão cardiaca, ou lesão valvular, ou lesão dos orifícios do coração.—Insufficiencia aortica, ou insufficien- cia mitral, ou insufficiencia tricuspida, ou insufficiencia car- diaca, ou insufficiencia valvular, ou insufficiencia dos orifí- cios do coração.—Estreitamento aortico, ou estreitamento mitral, ou estreitamento tricuspido, ou estreitamento car- díaco, ou estreitamento valvular, ou estreitamento dos ori- fícios do coração.—Cardiosclerose.—Endocardite chronica, ou endocardite esclerosa.—Myocardite chronica, ou myocar- dite esclerosa.--Endocardite sem epitheto (mais de 60 an- nos).—Pancardite.—Moléstia de Corrigan.—bi Hypertrophia do coração.—Dilatação do coração.— Cardiectasia.--c) Dege- neração do coração, ou esteatose do coração.—Cardiomala- cia.—Ruptura do coração.—Cardiorhexia.—Coração força- do.— d) Cardiosclerose.—Esclerose cardio-vascular.—Calci- ficação do coração, ou ossificação do coração.—e] Asysto- lia. — Cachexia cardiaca. — Albuminúria cardiaca.—Asthma cardiaca.— Cardiopathia. 80— Angina de peito.—Cardialgia.—Estemalgia.—Ne- vralgia do coração. 97 81—Affecções das artérias, Atheroma, Aneurisma, etc.—a) Aneurisma.—Tumor aneurismal.—Arteriectasia.— Ectasia aortica.—Ruptura das artérias, 'não traumaticai.— Arterite. —Aortite. -Endarterite.—b< Degeneração gordurosa das artérias.—Arteriosclerose.—Cachexia esclerosa.—Athe- roma arterial.—Moléstia de Hogdson.—Estreitamento da artéria pulmonar. 82 —Embolia e Thrombose.—Thrombose (não puerpe- ral .—Phlegmatia alba dolens <não puerperal). 83— Affecções das veias (Varizes, Hemorrhoidas, Phle- biie, etc.)—a) Varizes.-Tumor varicoso.-Varizes aneurismais. —Ulcera varicosa.—Hemorrhoidas.—Varicocele.—b) Phlebite. —Pyo-phlebite.—Phbite do seio cavernoso.-Pneumophlebite. 84— Affecções do systema lymphatico (Lymphangite, etc.).—Angioleucite.—Lymphangite, — Abcesso lymphangi- tico, ou abcesso da axilla, ou abcesso da virilha.-—Ade- nophlegmão.—Bubão suppurado, ou bubão sem epitheto. - Adenite infecciosa, ou adenite suppurada, ou adenite axil- lar, ou adenite inguinal, ou adenite dos ganglios, ou ade- nite sem epitheto.—Adenopathia. 85— Hemorrhagia.—Outras affecções do apparelho circulatório.—a) Hemorrhagia (sem epitheto).—Hemorrha- gia interna.—Epistaxe.—Estomatorrhagia.—Hemorrhagia das glandulas suprarenais, etc.— b) Accidentes cardiacos (inde- terminados).—Pulso lento permanente.—Bradycardia.—Mo- léstia de Stockes-Adams.—Palpitações cardíacas. —Tachy- cardia.—Angiectasia. -Angiectopia.—Affecções dos grossos vasos (sem outra explicação). IV.—Affecções do apparelho respiratório 86— Affecções das fossas nasais—a) Polypo das fos. sas nasais, ou polypo naso-pharyngeo.—Fibroma das fossas nasaes, ou fibroma naso-pharyngeo.—b) Coryza.—Defluxo. 98 —Rhinite.—Ozena.—Rhinoscleroma, —Vegetações adenoides das fossas nasais.,—Abcesso das fossas nasais. 87— Affecções do larynge—a) Laryngite aguda, ou laryngite chronica, ou laryngite erysipelatosa, ou laryngite edematosa, ou laryngite phlegmonosa, etc.—b) Aphonia. —Extincção da voz,—c) Falso crupe.—Crupe espasmódico. —Crupe estriduloso.—Laryngite estridulosa.—Espasmo da glotte, ou paralysia da glotte. —d) Edema da glotte.—e) Polypos do larynge.—f) Estreitamento do larynge.—g) Laryngotomia. 88— do corpo thyreoide—a) Bocio.—Bocio penetrante.—Thyreocele—b) Myxedema.—Cachexia pachy- dermica. %9—Bronchite aguda—Bronchite capillar.—Bronchite catarrhal (antes de 60 annos)—Bronco-alveolite.—Tracheo- bronchite.—Tracheite catarrhal, ou tracheite sem epitheto. 90— Bronchite chronica —Bronchite pituitosa.—Bron- chite catarrhal (depois de 60 annos).—Pituita.—Catarrho (sem epitheto).—Catarrho bronchico, ou catarrho pituitoso, ou catarrho pulmonar, ou catarrho suffocante,—Bronchor- rhéa.—Dilatação dos bronchios.--Bronchectasia.--Bronchite fétida. Nota—Devolver ao medico assistente os attestados de obito nos quaes a palavra «Bronchite> não for seguida de explicação, afim de que o mesmo declare se a bronchite era aguda ou chronica. 91— Broncho-pneumonia—Pneumonia catarrhal. 92— Pneumonia — Pneumonia crupal, ou pneumonia fibrinosa, ou pneumonia traumatica.—Fluxão de peito.— Pleuro-pneumonia.—Pneumopleurisia.—Espleno-pneumonia. - Peripneumonia. —Pneumo-pericardite.—Pneumococcemia. Pneumonia do apice. 93— Pleurisia— a) Pleurisia (sem epitheto.)—Pleurite.— 99 Adherencia pulmonar. — Pleuropericardite.—Derramamento, pleuritico, ou derramamento thoracico. — Thoracentese.— Pneumothorax. — Hydropneumothorax. — b) Pleurisia puru- lenta.— Pyothurax. — Vomica pleural.— Pneumopyothorax.— Hemothorax.—Empyema. — Fistula thoracica, ou fistula intercostal. 94— Congestão e Apoplexia pulmonares—Enfarte pul- monar.—Edema dos pulmões. — Congestão hypostatica, ou pneumonia hypostatica.—Collapso dos pulmões. 95— Gangrena do pulmão 96— Aslhma—Asthma bronchitica. 97— Emphysema pulmonar Emphysema (sem epi- theto). 98 - Outras Affecções do apparelho respiratório (Excepto Tisica—a) Tracheostenose. — Pleurodynia.—Pneumopathia. —b) Hydatides do pulmão.—Cálculos pulmonares. —Pneu- moconiose fibrosa—Anthracose pulmonar—Silicose pulmo- nar —c) Pneumonia inter ticial, ou pneumonia chronica.— Cirrhose do pulmão.—Esclerose pulmonar.—Abcesso do pulmão.—d) Febre de feno (bronchite estival, ou catarrho estival) Comprehender também as doenças seguintes, quando sua natureza não for indicada—e) Lesão organica do pul- mão —Accidentes pulmonares.— Hemoptyse.—Escarros de sangue. - Hemorrhagia pulmonar Pneumorrhagia.—Bron- chorrhagia —Tracheotomia V—Affecções do apparelho digestiva 99 A—Affecções dos dentes e das gengivas Odontal- gia.—Carie dos dentes.— Gengivite.—Epulide.—Ulorrhagia. (Sómente estatística de morbosidade). 99 B— Outras Affecções da bocca e de seus annexos —aj Estomatite —Sapinho.—Ulcerações buccais b) -Doen- 100 ças da lingua (excepto o câncer) Glossite — Macroglos- sia.—c) Parotidite — Tumor da parotida —Fistula salivar.— Ranula.—d) Estaphyloplastia —Estaphyloraphia. 100 - Angina e outras Affecções da pharyngc— Angi- nas de qualquer especie (salvo angina diphterica e seus syno- nymos) —Angina de Ludwig, ou moléstia de Ludwig — Angina estreptococcica —Tonsilite — Esquiven- cia —Abcesso do fundo da bocca ou abcesso da garganta, ou abcesso retropharyugeo.—Grangena do fundo da bocca, ou gangrena da garganta, ou gangrena retropharyngea —Hy- pertrophia das amygdalas — Paralysia do véu do paladar. —-Pharyngite. 101— Affecções do esophago —Corpos estranhos do esophago —Ferida do esophago.—Espasmos do esophago. —Estreitamento do esophago (excepto o câncer). —Esopha- gotomia. 102— do estomago—Ulcus rotundum. 103 — Outras Affecções do estomago (excepto Câncer) —Dilatação do estomago, ou paresia do estomago.—a) Ga- strectasia.—Hyperchlorhydria. —Hypochlorhydria.—b) Perfura- ção não traumatica do estamogo.—c) Corpos estranhos do estomago.—Gastrotomia.—d) Gastrite. — Gastro-hepatite.— I.inite —Dyspepsia.—Apepsia, — Gastralgia. — Catarrho do estomago.— Gastrorrhéa.—Vomitos incoercíveis (excepto na mulherde 15 a 45 annos'.—Indigestão.—Vertigo a stomaco loeso. —Estreitamento do pyloro. 104— Diarrhéa e Enterite (abaixo de 2 annos) - Gas- tro-enterite das crianças, ou gastro-colite das crianças, ou enterocolite das crianças.—lnfecção gastro-intestinal. ou toxi- infecção gastro-intestinal.— Enterite infantil —Cholera in- fantil.— \threpsia.—Catarrho intestinal—.Dyspepsia (abaixo de 2 annos). 105— Diarrhéa e Enterite {dois annos ou acima de dois annos) --Enterite aguda, ou enterite chronica.—Gastro ente- 101 rite dos adultos, ou gastrocolite dos adultos.—Catarrho in- testinal.— Diarrhéa incoercivel.—Infecção pelo colibacillo, ou infecção intestinal.—Lienteria.--Ulcerações intestinaes.— Duodenite.—Colite.—Cólicas intestinaes.—Cólica flatulen- ta.— Cólica inflammatoria. 105 bis—(Rubrica facultativa) Doenças do àpparelho digestivo devidas ao alcoolismo. 106 — Ancylostomiase—Uucinariose.—Anemia dos minei- ros, ou anemia do Egypto, ou chlorose dos mineiros, ou chlo- rose do Egypto.—Anemia epidemica. — Anhemase. —Hypohe- mia intertropical.—Tun-Tun.—Am arei Ião. 107— Outros parasitos intestinaes - Tenía.—Solitaria- Bothriocephalos.—Cestoides.-- Ascarides lombricoides.—Hel- minthos.—Oxyuros, — Cenuros.—Trematodeos.—Trichoce- phalos. — Cólica verminosa.—Trichinose.—Disto:na hepáti- co.—Cysticercos (sem outra explicação). 108— Appendicite e Typhlite— Phleginão illiaco, ou phlegmão da fossa illiaca.—Abcesso illiaco. ou abcesso da fossa illiaca.—Inflammação do céco. — Perityphlite.— Typhlo- diclidite. 109 —Hérnia, Obstmcção intestinal—a) Hérnia estrangu- lada.—Hérnia (sem epitheto).—Enterocele.—Epiplocele—Sarco- epiplocele.—-Sarco epiplomphalo. —Merocele.—Gangrena herniaria.—Cólica herniaria, ou cholera herniaria.—b) Ob- strucção intestinal.--Volvo,—íleo.—Occlusão intestinal, ou invaginação intestinal.--Estrangulamento interno.—Cólicas de miserere.—Tumor estercoral. Comprehender também nesta rubrica as seguinies doen- ças e operações, quando sua natureza não fôr indicada--c) Ano contra a natureza.—-Ano artificial.—-C elotomia.—Her- niotomia.—d) Vomitos estercorais, ou de matérias fecais. 110 k—Affecções do ano e Fistulas estercorais—a Abces- so da margem do ano.—b) Proctite. — Periproctite. — Pro- ctocele.—Proctoptose. Fenda do ano.—Fistula do ano, ou 102 fistura estercoral, ou fistula recto-vaginal, ou fistula utero- fecal. (Somente estatisca de morbosidade). 10 B— Outras Affecções do intestino— a) Paralysia in- testinal, ou paresia intestinal.—Enteroptose. Constipação. —Estercoremia.— Colibacillose. — Enterite pseudo-membra- nosa.—Psilose.—b» Perfuração intestinal (não traumatica) —c) Corpos estranhos do intestino ou corpos estranhes do recto.—Bolo fecal,—Cálculos intestinais. Comprehender também nesta rubrica as doenças seguin- tes, quando sua natureza não for indicada, e as seguintes operações quando a sua causa não fôr definida.—d) Ente- rotorma.—Resecção inte -ti nal. — Enterorrhagia.— Hemorrha- gia intestinal.—Melena.—e Estreitamento do recto. f) Que- da do recto.—Rectite. 111 —Icterícia grave — Ictericia perniciosa.—-Atrophia amarella aguda do figado,—Hepatite parenchymatosa.— Moléstia de Weil. 112— hydatico do figado. —Comprehender nesta rubrica as doenças seguintes, mesmo quando sua séde não for indicada.—Cysto hydatico.—Hydatides.—Echir.ococcos 113— Cirrhose do figado.—Cirrhose (sem epitheto).— Cirrhose alcoolica, ou c;rrhose palustre, ou cirrhose in- tersticial,ou cirrhose biliar, ou cirrhose de Laennec.—-Dege- neração amyloide do figado, ou degeneração gordurosa do figado.—Esteatose do figado.—Figado endurecido, ou fíga- do alcoolico.—Atrophia lenta do figado.—Hepatite alcooli- ca, ou hepatite intersticial, ou hepatite chronica. 113 bis—(Rubrica facultativa).—Devidas ao alcoolismo 114— biliares.—Cálculos hepáticos.— Lithiase biliar.—Cólicas hepaticas. 115— Outras Affecções do figado—a) Abcesso do figado —Hepatite suppurada. —b) Hepatite. —Hepatite aguda.—An- giocholite.—Cholecystite.—Angiocholecystite.—Hepatocystite. 103 Comprehender também as doenças seguintes quando sua natureza nâo for indicada: c) Lesão organica do figado.—Tumor do figado.—Hy* pertrophia do figado.—d) Icterícia.—-Icterícia chronica.--- Amarellidão.—Congestão heoatica.—Acholia.—Cholemia.— Reabsorpção biliar.—Choluria. 116— Affecçôes do baço.—Esplenite. — Esplenopathia.— Megalosplenia.—Hypertrophia do baço.—Esplenocéle.—Tu- mor do baço.—Enfarte esplenico. 117— nite simples {excepto a puerperal).—Perito- tonite (sem epitheto). —Peritonite aguda, ou peritonite trau- matica, ou peritonite pelviana, ou peritonite chronica.—Pe- ritonite por perfuração.—lnfecção peritoneal.—Adherencia peritoneal.—Epilploite. — Metroperitonite. — Pelviperitonite. —Abcesso do fundo de sacco de Douglas. Nota.—Quando em mulher adulta o diagnostico não designar a especie de «peritonite>, devolver o attestado de obito ao medico assistente para que o mesmo informe se a peritonite era ou não puerperal. 118— Outras affecçôes do apparelho digestivo (exce- ptuados Câncer e Tuberculose)—Doenças do pancreas ex- ceptuado câncer).—Abcesso hypophrenico, ou abcesso abdo- minal. VI—Affecçõos não venereas do apparelho genlto- urinario e de seus annexos \\9—Nephrite aguda—Nephrite subaguda, ou nephrite das crianças, ou nephrite infecciosa. 120— Mal de Bright—ã) Mal de Bright.—Nephrite chronica, ou nephrite albuminosa, ou nephrite intersticial, ou nephrite parenchymatosa, ou nephrite alcoolica.—Degenera- ção amyloide dos rins, ou degeneração gordurosa dos rins. -Rim amyloide, ou rim granuloso.—Cirrhose dos rins. ou esteatose dos rins.—Esclerose renal. 104 Cotnprehender também as doenças seguintes, quando sua natureza não for indicada1.—b) Albuininuria.—Uremia. —Absorpção uremica, ou intoxicação uremica.—Eclampsia uremica, ou convulsões uremicas.—Delirio uremico.—Coma uremico. Yl\—Chyluria—Hematochyluria.—Hematúria dos paizes quentes.—Urina leitosa.—Galacturia —Lipuria —Piarhemia- —Lipemia 122— Outras Affecçôes dos rins e de seus annexos—a) Pyelite— Perinephrite —Pyelonephrite.— Nephropyose — b) Abcesso perinephritico, ou phlegmão perinephritico.-— Rim séptico.—c) Ectopia renal.—Nephroptose —Rim fluctu- ante, ou rim movei, ou rim deslocado.—-Mobilidade de um rim.—Lesão organica dos rins — Nephrorrhagia.—Nephre- ctomia.—d) Cystos renais.—Rim polycystico.—e) Hydrone- phros^..--Congestão renal.—Insufficiencia renal.—Anuria.— Hematúria.—Febre hemoglobinurica. 123- -Cálculos das vias urinarias-—Calculorenais, ou cál- culos uretericos, ou cálculos nephriticos, ou cálculos vesicais, ou cálculos urinários.—Pyonephrose calculosa.—Nephroli- thiase.—Cólicas nephriticas.—Areias das urinas.—Pedras.— Affecção calculosa.—Lithiase urinaria.—Lithotripsia.-Li- thoclastia. 124 — Affecçôes da bexiga—a) Cystite aguda, ou cyT stite chronica.—Infecção vesical.—Catarrho vesical, ou ca- tarrho urethral.—Cystorrhagia.—b) Tumor da bexiga.—Pa- pilloma da bexiga.—Cystocele.—Cystoptose.—c) Corpos es- tranhos da bexiga.—-Talha. —Cystotomia.—-Ruptura da bexiga.—d) Retenção de urina.—Dysuria—Paral_ysia da be- xiga, ou paresia da bexiga .—Inércia vesical.—Inconti- nência de urina.—Tenesmo da bexiga, ou espasmo da bexiga. 125--Outras Affecçôes da urethra, Abcesso utinoso, etc. 105 —a) Estreitamento da urethra.—Urethrostenia.—Ancylure- thria.—Estrictura da urethra, ou estrictura (sem epitheto).— Urethroplastia.— Urethrorhaphia.—Urethrotomia.-—Urethro- rrhagia.— Ruptura da uiethra.—bj Corpo estranho da ure- thra.—c) Fistula urinaria urethral, ou fistula urinaria ure- throrectal, ou Fstula urinaria recto-vesical, ou fistula uri- naria vesico-vaginal, ou fistula urinaria vesicn-metro-rectal, ou fistula urinaria do perineu, ou fistula urinaria utero-ve- sical.—Abcesso urinário.-—Phlegmão peri-urethral.— Infil- tração urinosa.—Intoxicação urinosa. —Urinemia. 126— Affecções da próstata—Hypertrophia da próstata— Prostatite.—Abcesso da próstata. —Cálculos prostaticos. 127— Affecções não venereas dosorgãos genitaes do ho- mem-a) Orchite traumatica, ou orchite (sem epitheto).— Epididymite.—P'uniculite. —Vaginalite.— Hydrocele.—Hema- tocele do testículo, ou hematocele do cordão, ou hemato- cele do escroto.—Castração (no homem).—Ulcera do penis. Granuloma pudendoruin (no homem). — b Paraphimose. Amputação do penis.—Perdas seminais.—Esperrnatorrhéa. 128 —Hcmorrhagia uterina não puerperal—Metrorrha- gia.—Menorrhagia.—Metrite hemorrhagica.—Tamponamen- to da vagina ou tamponamento do utero. 129 —Tumor merino (não canceroso)— Fibroma sem epitheto), ou fibroma uterino. —Tumor Fbroso do utero, ou corpo bbroso do utero.—Hysteromyoma.-Polypo uterino. —Fungo do utero, ou fungosidades do utero.—Deciduoma —Moléstia de Huguier. 130—A.— Metiite.—Endometrite (não puerperalj.—Me- trite catharrhal, ou metrite cervical.—Ulcera do utero.—Ul- ceração do collo. (Sómente estatística de morbosidade). 130 B.—Outras Affeccôes do utero—à) Desvio do utero, ou desvio da matriz, ou anteflexão do utero ou anteflexão 106 da matriz, cu retroflexão do utero, ou retroflexão da matriz, anteversão doutero ou anteversão da matriz, ou retroversão do utero, ou retroversão da matriz, ou abaixamento do utero, ou abaixamento da matriz, ou queda do utero, ou queda da matriz, Queda da vagina. - Alongamento uterino.--Hy- pertrophia do collo do utero. Atrophia do utero.--Fistula uterina (não urinaria e não fecalj.-Amenorrhéa.— Dysmenor- rhéa.—Perdas brancas.---Catarrho uterino, ou catarrho va- ginal.-Cólicas uterina.—Leucorrhéa.—Flores brancas.—Cor- rimento vaginal.—Curetagens do utero.—b) Lesão organica do utero.-Hystercmia-Hysterectomia.- Metrotomia.-Ruptura do utero (nào puerperal).— Ecrise (não puerperal.—Ablaç o do utero.—c) Abcesso da bacia (na mulher). Abcesso peri- uterino, ou abcesso retro-uterino ou abcesso perimetrico. —Phlegmão peri-uterino, ou phlegm, o retro-uterinq ou phlegm iO perimetrico.---Suppuração pelviana (na mulher). 131 — Cysto e outros tumores do ovário—Hydropisia do ovário.—Ovariotomia.—Castraçao (na mulher). 132—Salpingite e outras Affecções dos orgãos geni- tais da mulher, -a) Abcessos e cystos das glandulas vulvo- vaginaes.-Vulvite.—Vaginite. — Metro-vaginite.— Colpocel. —Tumores da vagina.—Abcessos dos grandes lábios, ou abcessos dos pequenos lábios.—Ulceração dos grandes lá- bios, ou ulceração dos pequenos lábios.—Barthlionite suppu- rada ou bartholinite sem epitheto.—b) Ovarite.—Cirrhose ovarica.-Salpinge.--Metr.osalpingite,-Hemato salpinge.-Pyo- salpinge.—Annexite simples ou annexite suppurada.—Phleg- mão do ligamento largo, ou phlegmão não puerperal, ou phlgmão sem indicação.—Abcesso tubo-ovarino.—Granu- loma pudendorum (na mulher),—Hydropisia da trompa de Fallope, ou hydropisia do ligamento largo.—Hematocele peri- uterina, ou hematocele retro-uterina. 107 133— Ajfecçôes não puerperaes da matnma (Excepio Câncer)— Mammite—Mastite não puerperal, ou mastite sem epitheto.—Gaiactophorite não puerperal, ou galactophorite sem epitheto.—Abcesso do seio (não puerperal).—Cysto da marnrna.—Moléstia cystica de Reclus.—Tumor do seio não canceroso, ou tumor do seio sem indicação.—Amputação do seio.—Moléstia do seio (no homem). Vil—Estado puerperal Nota—Acontece frequentemente que o medico se es- quece de assignalar o caracter puerperal da doença, Dahi a seguinte regra prescripta aos encarregados de organizar a estatistica: «Quando em uma mulher adulta o diagnostico não es- pecificai se a moléstia é ou não puerperal, devolver o attes- tado de obito ao seu autor para que declare explicitamente se a doença era ou não puerperal. Estas doenças são as seguintes: «Peritonite. —Pelviperitonite.— Metroperitonite.— Septi- cemia. — Hemorrhagia. —Metrorrhagia.— Eclampsia. —Phle- gmatia alba dolens.— Phlebite.—Lymphangite.--Embolia —Morte súbita.—Abcesso do seio». 134— Accidentes de gravidez--Abortamento (fallecimen- to da parturiente).—Hemorrhagia gravidica,. ou hemorrhagia ante parturn.—Vomitos incoercíveis (na mulher de quinze a quarenta e cinco annosj.—Gravidez ectopica, ou gravidez extrauterina, ou gravidez tubaria. —Ruptura de gravidez tubaria —Ablação da trompa gravida.—Perturbações e fadigas sobre- vindas no curso da gravidez. 135 —Hemorrhagia /w/7?mr/~Metrorrhagia puerperal. — Placenta previa.—Inserção viciosa da placenta, ou reten- ção da placenta, ou descollamento da placenta, ou apoplexia da placenta. 108 136— Outros accidentes do parto—a) Operação cesa- riana.-Gephalotripsia.--Embryotomia (mulher adulta).-Sym- phiseotomia.—Versão.—Applicação de fórceps.— Dystocia* —Parto laborioso (morte da parturiente),—Má apresentação (morte da parturiente)—b) Despedaçamento do perineu, ou ruptura do perineu.—Perineorhaphia.—c) Ruptura do utero. —Metrorrhexia puerperal, ou ecrise puerperal. 137— Septicemia puerperal—Febre puerperal.—Infecção puerperal. —Endometrite puerperal. -Salpingite puerperal- — Peri-metro-salpingite.—Phlegmão do ligamento largo (puer- peral). - Cellulite pelviana diffusa puerperal.---Peritonite puer- peral, ou metroperitonite puerperal, ou infecção peritoneal puerperal, ou abcesso puerperal ou lymphangite puerperal ou pyohemia puerperal.—Febre de leite.—Septicemia em ccn- sequencia de abortamento. 138 — Albuminúria e Eclampsia puerperais—Nephrite gravidica, ou nephrite puerperal.—Uremia puerperal.— Eclampsia das parturientes.—Convulsões epileptiformes das paturientes.—Tétano puerperal.—Coma puerperal. 139—Phlegmatia alba dolens, Embolia e Morte súbita puerperais. — Phlebite puerperal.—Embolia puerperal. — Thrombose puerperal.—Syncope puerperal. 149—Sobreparto {sem outra explicação).—Loucura puer- peral. 141— Affecções puerperais da mamrna.—Mastite puer- peral.—Galactophorite puerperal Fendas do mamillo 'puer- peral). -Abcesso da mamrna (puerperal).—Abcesso em for- ma de botão de camisa. —Fistula da mamrna puerperal, ou fistula da mamrna sem indicação. VIII— Affecções da pelle e do tecido cellular 142— Gangrena,—Eschara.—Esphacelo.—Gangrena sec- ca., ou gangrena senil, ou gangrena das extremidades.—Gan- 109 grena da bocca.—Gangrena da vulva, etc.—Noma.—Molés- tia de Raynaud. 143— Furunculo—Prego, ou botão de Alep, ou botão de Biskra, ou botão de Medina.—Ulcera da Conchinchina, ou ulcera de Pendina. 144— Phlegmão. Abcesso quenie.—Abcesso fistuloso, ou abcesso pernicioso, ou abcesso (sem epitheto).—Tumor Phlegmonoso.—Phlegmão diffuso.—Panarício.—Unheiro. — Abcesso do mediastino.—Abcesso sub-phrenico.—Abcesso do braço, ou abcesso dos outros membros, ou abcesso da nadega, ou abcesso escapular, ou abcesso das paredes abdo- minais.—Vomica (sem outra indicação).—Abcesso da bacia (no homem).—Suppuração pelviana, ou suppuração intra- abdominal (no homem). 145— Outras Affecções da pelle e de seus aunexos—r Erythema. —Urticaria. — Prurigo. — Phtiriase.—Lichen.—Pi- tyriase.—Psoriase.—Dermatites,— Aphtas. — Herpes,—Ecze- ma.— Inipetigo.—Intertrigo.— Ecthyina.—Elephantiase cos arabes.— Pachydermia.—Polysarcia.—Esclerodermia. — Che- loide. -Seborrhéa. — Trophonevroses.—Zona.—-Moléstia de Wardrop.—Ulcera (sem outra indicação).—Prego de Biskra- ou prego d’AIep, ou prego de Medina, ou botão de Bis- kra. ou botão d’Alep, ou botão de Medina, ou filaria de Biskra, ou filaria d’Alep, ou filaria de Medina.—Ulcera de Pendina.—Ulcera da Conchinchina.—Pemphigo.—Myiase.— Autoplastia.—Cicatriz viciosa.—Darthros. — Dermatoses. — Emphysema subcutaneo.---Emphysema do tecido cellular— Emphysema do tecido laminoso.—Exanthema.—Suor fétido. —Ozagre.—Mal perfurante.—Unha encravada.—Onyxe.-Pa- pulas (sem outra indicação).—Sycose (mentagra).—Ulcera fistulosa.—Ulcera serpiginosa.---Verrugas. 110 IX—Affecções dos ossos e dosorgãos da locomoção 146— Affecções dos ossos (Excepto Tuberculose)—Pe- riostite.—Periostose.—Osteite,—Osteo-periostite.—Osteomye- lite.—Carie.—Necrose,---Sequestro.—Perfuração da abobada palatina.—Necrose do maxillar (não phosph orea, ou sem in- dicação).—Exostose (sem epitheto).—Osteoma.—Tumor usseo. —Tumor do craneo.—Corpos estranhos do seio frontal, e outros seios,—Mastoidite. — Abcesso do seio frontal, ou abcesso do seio maxillar, ou abcesso do seio esphenoidal. 147— Affecções das articulações (.Excepto Tuberculose e Rheumatismo).—Arthrite.—Polyarthrite (não vertebral).—Sy- novite.—Hydarthrose.— Corpos estranhos das articulações.— Arthrodynia.—Arthropyose. —Arthrophyto,—Ancyiose. —Ar- thralgia.—Arthrocele.—Genuvalgum. 148— Amputação—Sómente comprehender nesta rubrica os casos em que a lesão, causa da amputação, não fôr indi- cada.—Desarticu'ação.—Resecção. 149— Outras Affecções dos ossos e aos orgãos da loco- moção..— Hygrcma. — Ai. —Perichondrite.—Tarsalgia. — Pé chato valgo doloroso.—Retracção dos dedos, ou retracção da aponevrose palmar.—Moléstia de Dupuytren. —Ruptura muscular não traumatica.—Diastase de um musculo.—Myo- diastase.—Ruptura de um tendão não traumatica.—Doenças dos tendões.—Tenophyto.—Tenosynovi te.—Tenotomia.-Te- norhaphia.—Torticolis.—Lumbago. —Quebrantamento.—Psoi- te.—Myosite.—Polymyosite isem epitheto), ou polymyosite hemorrh.' gica.—Dermatomyosite.—Neuromyosite. X—Vicios de conformação 150— de conformação congénitos (.Excluídos os nascidos mortos). — Malformação. —Monstruosidade.—Ano- malia.—Parada de desenvolvimento.—Hydrocephalia con- génita.—Hydrocephalia (sem epitheto).— Megalocephalia.— 111 Hydrorhachio. — Espinabifida. — Encephalocele.—Podence- phalo.—Eventração congénita.—Omphalocele.—Exomphalo. —Ectopia.—Ectopia da bexiga. -Estenose congénita da aorta, ou estenose congénita do pyloro, ou estenose congé- nita dos intestinos.-—Ano imperfurado.—Malformação con- génita dos dentes, ou malformação congénita do paladar, ou malformação congénita do véu do paladar, ou malfor- mação congénita das amydgdalas.—Vegetações adenoides. —Labio lepurino.—Guela de Lobo. —Phimose.-Anaspa- dias.—Hypospadias.—Cryptorchidia. —Nevo vascular.—Po- lydactylia.—Syndactylia.—Pé torto congénito, ou pé valgo congénito, ou pé varo congénito, ou pé equino congé- nito.—Persistência do buraco de Botai.—Malformação do pa- vilhão da orelha.—Vicios de conformação intrauterinos do coração, ou’vicios de conformação intrauterinos do septo. XI—Primeira idade 151— Debilidade congénita, Ictericia e Escletema—Nas- cimento prematuro.—Atrophia ida criança).—Ictericia dos re- cem-nascidos, ou hepatite dos recem-nascidos.---Edema dos recem-nascidos. 152— Outras Affecções especiaes da primeira idade—He- morrhagia umbilical.—Inflammação do umbigo.—Omphalite infecciosa.—Cyanose dos recem-nascidos.—Atelectasia dos pulmões dos recem-nascidos.—Consequências diversas do parto, (fractura do craneo por fórceps, etc.). 153 —Falta de cuidados—Frio.—Falta de vestimentas.— Desasseio.—Máo trato.—Abandono. Xll—Velhice 154—Senilidade—Debilidade senil. — Velhice.—Cache- xia dos velhos.--Marasmo senil.-Esgotamento senil.-De- mência senil. 112 Xlll—Affecções produzidas por causas exteriores Nota—«Entre os suicidas só devem ser classificados os indivíduos cujo suicídio ou tentativa de suicido fôr de- monstrado. Nos suicídios collectivos devem ser contados tantos suicidas quantos forem os indivíduos maiores, sendo os me- nores considerados victimas de assassinato». 155- por veneno-Envenenamento voluntário.- Absorpção voluntária de acido sulfurico, acido azotico ou outra qualquer substanria corrosiva. 156- por asphyxia—Suicidio por vapores de carvão, ou suicidio pelo oxydo de carbonio, ou suicidio pelo acido carbonico, ou suicidto pelo gaz de illuminação, ou suicidio pelo chloroformio, etc. 157- por enforcamenío ou por estrangulação. 158- por submersão ou afogamento. \59-Suicidio por armas de fogo. 160—Suicidio por intrumentos cortantes ou perfurantes. 161 -Suicidio por precipitação de logat e/evado. 162- Suicidio por esmagamento. 163— Outros suicidos. \64-Envenenamento por alimentos— Envenenamento ali- mentar agudo.—Botulismo.-Envenenamento por cog,,melos‘ ou envenenamento por carnes avariadas, ou envenenamento por mariscos, ou envenenamento por “charcuterie". 165 A—Ataques de animais venenosos.—Mordedura de cobra.-Picada de insectos.-Absorpção de veneno. ‘ (Sómente estatística de morbosidade). 165 B-Outros envenenamentos agudos.-Todo envene- namento não alimentar (Exceptuado o suicidio).--Cholera estibiada.-Ergotismo agudo.—Absorpção accidental de acido sulfurico, ou absorpção accidental de outras substancias cor- rosivas. 113 \6Q-Incêndio 167- (outras que nâo as produzidas por incêndio)—Queimadura por agua fervente, ou queimadura por vapor d’agua, ou queimadura por petroleo.—Effeltos dos raios X, ou effeftos do radio--Queimadura pelo vitriolo. 168- de gazes deleterios (Excepto suicídio e incêndio).—Asphyxia accidental (exceptuada a asphyxia pa- thologica e exceptuado o suicidio).-Envenenamento por gazes de esgoto, ou envenenamento pelo cacodylo, ou enve- nenamento pelo acido sulfuroso, ou envenenamento pelo hydrogenio sulfurado, ou envenenamento pelo sulfureto de carbonio, ou envenenamento pelos vapores do álcool, ou en- venenamento pelo álcool methylico.-Asphyxia por suffoca- ção (fumaça, etc.).—Asphyxia pelo gaz de illuminação.- Asphyxia pelo fogareiro (fixo ou movelJ.-Absorpção de oxydo de carbonio.—Absorpção de sulfhydrato de ammonia- co.-Absorpção de chloroformio, ou absorpção de ether, ou absorpção de protoxydo de azoto. 169 —Submersão accidental—Afogado (sem suicidio de monstrado —Perdido no mar. 170— Traumatismos por armas de fogo— Feridas por ar- mas de fogo. 171— -Traumatismos por instrumentos cortantes ou per- furantes.—Feridas por instrumento cortante (sem suicidio demonstrado).—Facada. 172— Traumatismos por queda— Queda accidental. 173— Traumatismos por minas e pedreiras. 174 —Traumatismos por machinas. 175—Traumatismos por outros esmagamentos (carros trens de ferro, bondes, desabamentos, etc). \1§-Violências exercidas por animais- Mordedura (não venenosa, nem virulenta).—Coice.—Chifrada. 177 A.—Ergasthenia—Fadiga. (Somente estatistica de morbosidade). 114 177 B. — Fome--lnanição (sem explicação).— Alimen- tação insufficiente (exceptuados os recem-nascidos).—Miséria. —Sêde. 178— Frio excessivo—Congelação.---Geladura. 179— Thermonose—\nso\ação (encalmamento).—Febre de calôr.—-Hyperthermia.—Thermoplegia. 180— Raio.—Fulguração. 181 —Outra commoção electrica.—Electroplessão.-Ele- ctrocussão. 182— Homicídio por armas de fogo. 183— Homicídio por instrumentos cortantes ou perfu- r antes. 184— Homicídio por outros meios.—Assassinato, ou ho- micídio, ou infanticídio, ou rixa, ou duello, sem outra expli- cação.—Mordedura por dente humano. 185 A.—Luxação.—Subluxação. (Sómente estatística de morbosidade). 185 B.—Entorse.—Torcedura.—Distensão dos ligamentos (Somente estatística de morbosidade). 185 B.—Fractura {sem outra indicação).—Descolla- mento das epiphyses.—Fractura do craneo—Fractura do collo. 186--Outras violências exteriores.—Accidente ou trau- matismo (sem outra explicação).—Máo trato (de uma criança) — Infanticídio (sem explicação).—Duello (sem outra explicação). —Execução capital.—Corpo extranho do larynge. — Corpo extranho da trachéa-arteria, ou corpo extranho do mediastino. —Eventração traumatica (sem causa indicada) - Perfuração do craneo sem (causa indicada)—Hemorrhagia traumatica (sem causa indicada).—Febre traumatica (sem causa indicada). XIV—Doenças mal definidas NOTA—SÓ DEVEM SER ACCEITAS QUANDO NÃO HOUVER MEIO DE INFORMAÇÕES MAIS PRECISAS. 115 167---Lesão organica não definida.—Hydropisia.—Ana- sarca.—Ascite.—Edema das extremidades, ou edema gene- ralizado. 188—Morte súbita—Syncope. 189 ACausas de morte não especificadas ou mal de- finidas— Esgotamento, ou cachexia, ou collapso, ou debi- lidade, (adultosj. —Asthenia — Adynamia. — Ataxoadynamia. —Carphologia.—Choque cirúrgico.-Collapso.-Delirio—Dys- pnéa.—Coma.—Febre algida, ou febre asthenica, ou febre hectica, ou febre colliquativa, ou febre synoca, ou febre gás- trica, ou febre biliosa, ou febre catharral, ou febre pituitosai —Embaraço gástrico.—Ferida.—Pneumatose.—Febre de den- tição. — Congestão (sem epitheto).—Hecticidade—Transfusão de sangue. — Moléstia abdominal.—Laparotomia.—Paralysia do coração.—Asphyxia. — Cyanose (sem causa indicada, ex- ceptuados os recemnascidos) ou qualquer outro diagnostico insufficiente.—Marasmo.—Suppuração.-Trepanação—Pyrexia. —Hyperpyrexia. 189 B.—Doençanulla.—Simulação. (Somente estatística de morbosidade). —Nos reparos feitos sobre o conjuncto da nomenclatura estão os relativos ao capitulo das doenças geraes, que, de facto, são as de maior importância sob o ponto de vista sanitario. O Serviço de Estatística da Cidade de Ma- drid perguntou se «não conviria subdividir os grupos actuaes segundo os beneficios que seus dados podem fornecer á administração pu- blica. As estatisticas devem ser o ponto de partida donde saem as medidas sanitarias; é preciso pois grupar as doenças de modo que o 116 Estado possa ver rapidamente em que sua in- tervenção pode ser prophylactiea, curativa ou bemfeitora». O capitulo das doenças geraes seria di- vidido como se segue: I— Doenças geraes e esporádicas, (compre- hendendo os numeros 1 a 11, isto é, as febres contagiosas, os numeros 18 e 14, 18 e 20 e fi- nalmente de 26 a 55), quando estas doenças só reinam no estado esporádico. II— Doenças com diffusão epidemica., com- prebendendo as 10 primeiras rubricas (e mais os numeros 14, 18 e 61 (já comprehendidas na primeira divisão, mas que passariam para a se- gunda quando em vez de serem esporádicas se tornassem epidemicas. III— Doenças exóticas importadas n.os 12, lõ, 16, 17, 19); grupo que variaria se- gundo os paizes. IV— Doenças communs ao homem e aos animaes (2\ 22, 23 e 34); estas doenças exi- gem medidas especiaes. V— profissionaes n.os 57 e 58. O Officio Central de Estatística e o Di- rector do Instituto de Hygiene do Chile pro- puzeram o seguinte agrupamento: I—Doenças infecciosas de caracter pande- 117 mico; este grupo comprehenderia todas as do- enças enumeradas sob os numeros 5 a 8(variola, sarampo, escarlatina, coqueluche (e mais os nu- merosos 10 (grippe), 12 (cholera asiaticaj, 15 (peste). II— infecciosas e contagiosas de ca- rácter principalmente endemico\ este grupo com- prehenderia as doenças enumeradas do numero 1 a 4 bis (febre typhoide, typho, febre recor- rente, febre intermittente, cachexia palustre); todas as enutneradas de lb a 25 (febre amarella, lepra, erysipela, etc,) e mais 9 (diphteria), 11 (suor), 18 (cholera-nostras,) 15 (dysenteriaj. III— -Doençastuberculosas (de 26 a 25 sem alteração). IV- Doenças venereas (de 36 a 38, sem al- teração ). V- constitucionaes (de 39 a 59 sem alteração). A Direcção Real de Estatística da Suécia propoz dividir as doenças geraes do seguinte modo: I — Doenças infecciosas agudas. II--Doen- ças infecciosas chronicas. III—Cachexias. IV — Envenenamentos chronicos. Como se pode notar, já a nomenoclatura internacional vigente merece retoques, de ac- 118 cordo com os progressos realizados pelas scien- cias medicas no ultimo decennio. E’ de esperar que, uma vez restabelecida a Paz no velho continente, se realize no proximo anno a terceira sessão da Oommissão interna- cional encarregada dessa revisão. JáoDr. Binet lembrara dividir a nomen- clatura em duas partes muito distiactas: 1* as moléstias propriamentes ditas, eriologicamente definidas e 2* as affecções; comquanto o Dr. Jacques Bertillon e o professor Landouzy achassem que as considerações de pathologia geral devem ceder logar ás necessidades da estatística, pratica. O capitulo das doenças geraes terá talvez de ser accrescido (filariose?) e refundido. A classe das affecções produzidas por cau- sas exteriores também está deficiente, como ca- rece de uma reorganização. Está bem de ver que a outros, de reconhe- cida competência, cabe apresentar as correcções precisas. Não nos vae a tanto a ousadia. —A Directoria Geral de Estatistica do Brazil adopta no seu Annuario a seguinte cias sificação para causas de obitos: Moléstias geraes—Tansmissiveis: febre ty- phoide, febre e cachexia palustres, variola, sa- 119 rampo, escarlatina, coqueluche, diphteria e crupe, grippe, cholera asiatica, dysenteria, peste? febre amarella, lepra, beriberi, tuberculose, Sy- pbilis, outras; Câncer e outros tumores ma- lignos; Outras. Moléstias localisadas—Do systema nervoso e dos orgãos dos sentidos; do apparelho circu- latório; do apparelho respiratório; do apparelho digestivo; do apparelho genito-urinario e de seus annexos; puerperaes; da pelle e do tecido cellular; dos orgãos de locomoção. Moléstias da 1’ idadee vicios de conformação. Debilidade senil. Mortes violentas (inclusive suicídios). Moléstias não especificadas ou mal defi- nidas. —O Serviço de Estatistica Demographo- Sanitaria do Rio de Janeiro usa da seguinte nomenclatura abreviada das causas de morte, também seguida peias repartições de outras localidades do Paiz: I-Febre amarella. II—Peste. III— Variola. IV— Sarampo. V—Escarlatina. VI—Coqueluche. 120 VII—Dipliteria e crupe. VIII—Grippe. IX—Febre typhoide e infecções paratyphicas. X—Cholera-morbus. XI—Cholera-nostras. XII—Dysen teria. XIII— Beriberi. XIV— Lepra. XV— Erysipela. XVI— Outras moléstias transmissíveis XVII—Paludismo agudo. XVIII—Paludismo chronico. XIX—Tuberculose pulmonar. XX—Tuberculose meningéa. XXI—Outras tuberculoses. XXII—Infecção purulenta, septicemia (excepto a puerperal). XXIII—Paiva. XXIV—Syphilis. XXV—Câncer e outros tumores ma- lignos. XXVI—Outros tumores. XXVII—Outras moléstias geraes. XXVIII—Affecções do systema nervoso. XXIX—Affecções do apparelho circula- tório . 121 XXX—Affecções do apparellio respi- ratório . XXXI—Affecções do apparelho diges- tivo . XXXII—Affecções do apparellio uri- nário. XXXIII—Affecções dos orgãos genitaes. XXXIY—Septicemia puerperal (febre, peritonite e phlebite puerperaes). XXXV -Outros accidentes puerperaes da gravidez e do parto. XXXVI—Affecções da pelle e do tecido cellular. . XXXVII—Affecções dos ossos e dos or- gãos da locomoção. XXXVIII—Affecções da 1? idade e vicios de conformação. XXXIX—Senilidade. XL—Mortes violentas (Axcepto sui- cidios). XLI—Suicidios. XLII—Moléstias ignoradas ou mal definidas. —A Commissão internacional de revisão decennal adoptou o alvitre proposto pelo Serviço de Estatistica da Cidade de Madrid para que, em seguida a toda estatistica das 122 causas de obitos se inscreva um extracto dessa estatística com o titulo seguinte: «Moléstias exóticas importadas ou diagnosticadas pela primeira vez no paiz», inscrevendo-se estas mo- léstias com o numero correspondente quando tenham uma rubrica áparte, e com seu nome em caso contrario. Isto teria a vantagem de chamar a attenção do mundo sabio sobre factos de grande importância. Por exemplo: se em um paiz europeu apparecesse um caso de trvpa- íiosomiase, ou se numa região em que o anky= lostoma é desconhecido, este parasito appa- recesse, ficar-se-hia prevenido pela estatística. Doenças transmissíveis — Como doenças transmissíveis, ou infecto-contagiosas, ou pesti- lenciaes ou pestilentes, entendem-se as que, qualquer que seja o seu agente parasitos, bacté- rias, virus filtráveis, etc.), e por sua facil diffusibilidade, podem atacar um maior nu- mero de pessoas, ou estenderem-se em epide- mia. Por isso têm a maxima importância em hygiene publica, do seu estudo se encarre- gando a Epidemiologia. Sendo assim, as doenças pestilentes devem ter especial destaque nas estatísticas das cau- sas de morte. 123 Conhecendo do numero de obitos causa- dos pelas doenças transmissíveis, e aprecian- do-os em todas as suas relações com os facto- res individuaes e mesologicos, melhor se podem orientar as medidas de prophylaxia, em que hoje se firma a sciencia e de que se valem as administrações para garantir a salubridade publica. O Serviço de Estatistica Demograplio- Sanitaria da Directoria Geral de Saúde Pu- blica do Paiz actualmente destaca em quadro as seguintes principaes moléstias transmissiveis: Febre amarella Peste Yariola Sarampo Escarlatina Coqueluche Diphteria e crupe Grippe Febre typlioide e infecções paratyphicas Dysenteria Beriberi Lepra Paludismo Tuberculose Outras moléstias transmissiveis 124 Não ha, porém, um critério unico em grupar as moléstias transmissíveis, não raro estabelecendo cada serviço estatístico a sua classificação, o que muito as diversifica, além de difficultar as comparações. —Por conseguinte, é de todo alcance e proveito, sanitario como estatístico, saber dos obitos segundo as causas que os motivam, isto é, as diversas doenças geraes ou locali- sadas, transmissíveis ou communs; occorrendo normalmente, dizimando endemicamente, pro- pagando-se epidemieamente ou apresentan- do-se esporadicamente; do modo como se dão, natural ou accidental; de tudo emfim quanto possa esclarecer as alludidas causas. Indicações estas que se devem comple- tar com os informes relativos ás condições biológicas e sociaes das pessoas, assim como a sua referencia no espaço e no tempo. Por isso é exigido o attestado de obito ou boletim mortuário, em que devem constar todos os cletalhes acima referidos. Para que seja conseguida uma indicação* senão perfeita pelo menos a mais provável ou real, é obvio que se faz precisa a palavra autorisado do medico. Ainda são differentes nos paizes civilisa- 125 dos os s}Tstemas adoptados para as declarações de obito. Em alguns o medico assistente é obrigado a declarar em boletim especial a causa de morte, assim como a fornecer os informes individuaes e outros de utilidade hygienica. Em vários logares o attestado de obito é passado ou visado por medico encar- regado da verificação de obito, ou medico legista ou forense designado pela autoridade local. Em outras localidades apenas o parente ou responsável pelo fallecido faz a respectiva declaração ao official do registro civil, que disso dara fé. Ora. pois mais completos ou minudentes que sejam os boletins de obito, adoptados pelos diversos paizçs, por certo não se colherão todos os informes que a estatística e a liygiene recla- mam, sem se organizar um serviço idoneo para esse fim. As vantagens de um serviço de verifica- ção de obitos, installado como deve ser, estará no caso de satisfazer a. essas exigências, tenham se os diagnósticos dos médicos assistentes, ou se os estabeleçam post-mortem, com ajudada necroscopia. Afim de que se podesse precisar a causa 126 de morte, ao Congresso de Medicina reunido em Londres em 1910, lembrou illustre faculta- tivo a obrigatoriedade da necroscopica para todos os cadaveres. Não é preciso ponderar sobre os muitos empecilhos para a consecução de um serviço modelar nesse sentido, como seria demasiado apregoar as grandes vantagens de um inqué- rito sempre completo. Infelizmente, ainda não são concordes as legislações a respeito, havendo para cada localidade, não só no estrangeiro como em nosso paiz, disposições particulares. Entre nós o medico clinico que tiver assistido á ultima doença não se poderá fur- tar a passar o attestado de obito, salvo ra- zões de força maior. Está estabelecido também nesta Capital o Serviço de Verificação de Óbitos, que entre- tanto não corresponde em absoluto, e por força de varias circumstancias, aos fins a que é destinado. Por força de lei todos os attestados são passados em impressos especiaes com duas partes distinctas, uma denominada—Declara- ção de obito, outra—Attestado de obito, de accor- 127 do com o modelo approvado pela Directoria do Serviço Medico Legal, consoante as dis- posições que regulam a Estatistica Demogra- pho-Sanitaria do Estado. E’ o seguinte o modelo actualmente em uso: 128 XI—Valores Convenientemente apurados todos os dados estatísticos da mortalidade, isto é, agrupados osobitos conforme as diversas unidades estatís- ticas apresentadas, cumpre determinar o valor mais provável delles e estabelecer a sua com- parabilidade. Demais de annotar o numero de obitos occorridos em certo logar e determinado tempo, ou seja indicar a mortandade, diga respeito ainda aos caracteres antliropologicos (cor, na- cionalidade), aos tributos biologicos (sexo, ida- de, causas de morte) e ás condições sociaes (estado civil, profissão) dos mortos; faz-se mister apreciar a relação desses diversos fa- ctores, dando-llies valores médios, como pro- cedendo á respectiva comparação. Não basta simplesmente conhecer, pelos dados colhidos no registro civil, a mortalida- de generica. Parabém se lhe discernir a valia hygienica, diga-se a sua extensão e importân- cia economica-social, outras condições devem ser pesquisadas e estudadas com j usto critério. Repuer, porem, tal estudo avaliações exa- ctas cujas minuciosas distincções revestem-ae de difficuldades e subtilezas, visto como o plienomeno em apreciação é determinando «por 129 um complexo de causas próximas e remotas e de differentes intensidades». São os valores instituídos sobre os dados geraes, com as ulteriores observações e dedu- cções de caracter mais amplo, que permittem o estabelecimento dos confrontos, por meio dos coefficientes dos numeros indices, das médias* isto é das relações estatísticas. Coefficientes—Geralmente compara-se a mortalidade de differentes logares pelos coef- ficientes por mil habitantes. Essa comparação é obtida, conforme o methodo de Bertillon, pae, dividindo-se, o numero de obitos (OJ pela população (PJ. que os forneceu na unidade de tempo (o anno), O isto é, pela formula —p-, multiplicando-se por 1000 o quociente encontrado. Póde-se também elevar a mil o numero de obitos decorridos em determinado tempo e o dividir pela população existeute, isto é, a correspondente a esse mesmo periodo de tempo Não têm, entretanto, taes coefficientes uma exactidãa absoluta, para que delles pos- samos nos valer como indice perfeito da salu- bridade de um logar. Diversas causas fazem-nos variar, reque- 130 rendo uma apreciação mais cuidadosa das con- dições em que o phenomeno se passa. Esclarece Bodio: «Os quocientes de mor- talidade geral, sem distincção de idade não são um indice sufficiente das condições bio- metricas de uma população. Aos successivos gráos da escala das idades correspondem quo- cientes de mortalidade muito diversos. São mais altos na infancia e na velhice; mais bai- xos na virilidade; mínimos na adolescência. Um Estado que tenha uma forte natividade e assim muitas crianças na composição da po- pulação, terá um quociente de mortalidade mais alto que um outro Estado em que os nascimentos sejam escassos e por consequên- cia ahi sejam mais largamente representadas as classes adultas.'Por isso se não póde concluir que o primeiro estado se encontra em peiores condições sanitarias do que o segundo». A este respeito refere Caudeklier: «Sabe- mos que a mortalidade elevadíssima na pri- meira infancia diminue rapidamente, até che- gar a um ponto minimo, entre os dez e os quiuze annos, e qne logo augmenta de idade em idade, com mais ou menos rapidez até al- cançar mo fim uma cifra muito alta, nas ida- des superiores a partir dos setenta annos. 131 «Assim os coefTicientes de mortalidade ge- ral estão debaixo la influencia directa dos ele- mentos que compõem a população e que com estes variam. «Taes coefficientes serão tanto mais ele- vados quanto maior fôr o numero de nasci- mentos. Isto presente, compreliender-se-lia que cornos referidos coefficientes é impossivel es- tabelecer qualquer comparação séria . Em vir- tude disto abandonou-se a avaliação da morta- lidade geral para substitui-la pela do cofficiente da mortalidade por idades e por sexos, o que eu chamei mortabilidade. Para obter este coefficiente divide-se o numero de obitos de individuos de tal idade ou de tal grupo de idades pelo numero de habi- tantes da mesma idade, ou do mesmo grupo de idades isto é: Oi... M =r Pi... Como, porém, se tem de levar em conta o estado dynanico da população, torna-se ne- cessário corrigir o defeito resultante da varia- bilidade do denominador, para o que varias formulas têm sido apresentadas, dando-se pre- ferencia ao methodo de Korosy. 132 Determina-se pelo processo de normali sacão, como chamou Sundbarg, o índice de mortalidade ou mortalidade Standard, na deno- minação de Korosy que estabeleceu uma po- pulação typo (Standard population), a da Suissa para Europa. «Calcula-se pela mortalidade estudada os coefficientes de morte para as diversas classes de idade (obitos por 1000 habitantes), e mul- tiplica-se com estes coefficientes a indicação ('por 1000) das respectivas classes de idade da população typo, dividindo ('por 1000) os productos. Obtêm-se valores que se referem a todos os grupos de idade da população typo, e os qua.es, sendo de natureza homo- génea, podem ser addicionados». Por esses processos obtêm-se resultados que não differem entre si de modo apreciá- vel, avisando Bertillon que na realidade seria pueril dar importância ás differenças que po- dem separar, ás vezes, os tres coefficientes, e visto como estão sujeitos a tantos erros os materiaes estatísticos. —Com os valores médios encontrados levan- tam-se as curvas, em que melhor se apreciam as oscillações do phenomeno demographico, seja a curva da mortalidade geral, ou da mor- 133 talidade infantil, ou da mortalidade por mo- léstias transmissíveis etc., ou como se queira apreciar os vários factores. Estabelecem-se também as respecti-vas comparações dos termos homogéneos apresen- tadoSj instituindo-se confrontos do logar para com outros do Paiz e do Estrangeiro. Fazem-se assim comparações nacionaes, inter-regionaes: estaduaes ou provinciaes; e co n fron tos ii i ter nacionaes. Essas apreciações da mortalidade são fei- tas relativamente não só ás suas variações no espaço, como também no tempo. Com esses elementos é que o estatista ou o hygienista, no que lhes interessa a mor- talidade, podem interpretar os factos obser- vados, investigando as suas causas e delles colhendo os ensinamentos de proveito para melhoria das condições sanitarias e sociaes dos povos. Nesse interesse está a melhor serventia dos serviços sanitários, pelos quaes devem ter os Governos o mais decidido empenho. E para apreciar com critério as verifi- cações que apresentam as nações na compo- sição e qualidade das suas populações, está a Estatistica a offerecer os seus préstimos- 134 Na Camara dos Cummuns disso Disraeli: «A saúde publica é o fundamento sobre o qual repousa a felicidade do povo e a potên- cia do Estado. Si a população fica estacio- naria, se todo o anno diminue em estatura e vigor, a Nação deverá perecer. E é por isto que julgo ser o cuidado pela saúde publica o primeiro dever de um homem de Estado». A mortalidade, como já vimos, fornece um seguro indice da salubridade e da vita- lidade de um Paiz. A Hygiene tem lioje a mais importante funcção na vida das Nações, e é baseada na Estatistica que ella determina e impõe as suas leis, supremas para o bem estar dos povos. CAPITULO II Mortalidade i Cidade Ho Salvador (Ma) 1918—1910 Mortalidade da Cidade do Salvador ANNOS População calculada Total dos Óbitos Media diaria Coefficiente por mil habitantes Annuaes Quinquennaes 1897 2oo.ooo 6.778 18.56 33.89 \ 1898 2oo.ooo 4.389 12.02 21.94 1899 23o.ooo 5.325 14.58 23.15 [ 22.54 1900 23o.ooo 4.032 11.04 17.53 1901 23o.ooo 4.048 11.09 17.60 ] 1902 23o ooo 4.740 12.98 20.60 ) 1903 265.ooo 4.384 12.01 16.54 l 1904 265.ooo 4.699 12.83 17.73 [ 17.43 1905 265.ooo 3.852 10.55 14.53 1906 265.ooo 4.817 13.19 18.17 1 1907 265.ooo 4.905 13.43 18.50 \ 1.908 265.ooo 5.754 15.72 21.71 1909 286.ooo 5.830 15.97 20.38 (. 20.01 1910 286.ooo 16.15 16.85 21.50 1911 292.ooo 5.259 14.40 18.01 J 1912 3oo.ooo 5.202 14.21 17.34 \ 1913 31o.coo 5.675 15.54 18.30 1914 31o.ooo 6.101 16.71 19.68 \ 17.47 1915 314.ooo 5.169 14.16 16.46 1916 * 3l4.ooo 4.873 13.31 15.51 1 1 Mortalidade da Cidade do Salvador comparada com a de diversas Capitaes dos Estados do Brasil CAPITAES ísnncs POPULAÇÃO 0B1T0S Coefficien- íe por mil habitantes Fortaleza 1916 88.764 4.145 46.69 Recife 1916 240.000 7.560 31.50 Poro-Alegre 1915 124.000 3.605 29.07 Florianopolis 1916 20.000 543 27.15 Victoria 1914 20.054 493 24.58 Nictheroy 1916 80.000 1.873 23.41 Maceió 1916 70.000 1.589 22.70 Parahyba 1916 40.000 844 21.10 Districto Federal 1916 937.961 19.306 20.58 Natal 1912 30.000 595 19.83 Bello Horizonte ... 1914 44.948 875 19.46 São Luiz 1915 60.000 1.133 18.88 Aracaju 1916 35.000 654 18.68 São Paulo 1916 484.901 8.176 16.86 Cieade do Salvador 1916 314.000 4.873 15.51 Curytiba 1915 69.500 1.062 15.35 Manáos 1914 80.931 1.223 15.11 Belém 1912 275.167 3.704 13.46 DISTRICTOS ANNOS TOTAL Porcen- tagem 1912 1913 1914 1915 1916 Sé 260 288 276 238 239 1.301 4.81 São Pedro 261 260 219 182 190 1.112 4.11 SanfAnna 290 302 306 231 246 1.375 5.09 Conceição da Praia. 99 91 106 116 93 505 1.87 cfl Pilar 237 219 221 173 135 985 3.65 0 t I Rua do Passo... 111 152 122 111 103 599 2.22 « ffl Santo Antonio... 709 871 996 833 832 4.241 15.70 tf P Victoria 500 581 696 529 480 2.786 10.31 Brotas 300 388 521 415 408 2.032 7.52 Penha 362 435 458 337 323 1.955 7.23 Mares 289 lO CO 346 279 295 1.561 5.78 Nazareth 1.102 1.130 1.081 1.095 1.042 5.450 20.17 Itapoan 39 42 49 51 48 229 0.85 l.° de Pi rajá 137 111 59 49 — 356 1.32 [fi 0 J7 i 2.° de Pirajá . .. 148 134 189 134 120 725 2.68 H <1 rn Passé 126 .83 105 98 67 479 1.77 p? d i Paripe 67 75 107 68 84 401 1.48 w 13 ' Matoim 66 64 92 67 54 343 1.27 0] Cotegipe 64 > 62 105 75 85 391 1.45 Maré 35 35 47 48 29 194 0.72 Somma .... 5.202 5.675 6.101 5.169 4.873 27.020 100.00 ZONAS Total no quinquennio Porcentagem I Ifhqna 23.902 3.118 88.46 11.54 Somma 27.020 100.00 Mortalidade por districtos Mortalidade nas zonas Mortandade por mezes MEZFLS A nnos TOTAL 1912 1913 1914 1915 1916 Janeiro 470 430 483 422 409 2.214 Fevereiro 420 415 496 406 355 2.092 Março 474 439 541 417 386 2.257 Ahril 458 462 497 378 451 2.246 Maio 424 550 493 415 448 2.330 Junho 409 499 501 428 4'7 2.324 Julho 444 514 566 498 396 2.418 Agosto 450 444 554 478 409 2.335 Setembro 397 454 512 441 353 2.157 Outubro 418 504 495 420 379 2.216 Novemhro 420 468 475 421 360 2.144 Dezembro 418 496 488 445 440 2.287 Somma.... 5.202 5.675 6.101 5.169 4.873 27.020 Mortalidade por semestres 1912—1916 1.° SEMESTRE Óbitos Porcen- tagens 2.° SEMESTRE Óbitos Porcen- tagens Janeiro 2.214 8.20 Julho 2.418 8.95 Fevereiro .... 2.092 7.74 Agosto 2.335 8.64 Março 2.257 8.35 Setembro.... 2.457 7.98 Abril 2.246 8.31 Outubro 2.216 8.20 Maio 2.330 8.62 Novembro . .. 2.144 7.94 Junho 2.324 8.60 Dezembro . .. 2.287 8.47 Somma.... 13.463 49.82 Somma ... 13.557 50.18 Mortâlidade nas estações ESTAÇÕES Total no quinquennio PORCENTAGEM VERÃO (Outubro a Março).. 13.210 •48.89 INVERNO (Abril a Setembro).. 13.810 51.11 Total 27.020 100.00 Mortandade por sexos SEXOS Annos TOTAL 1912 1913 1914 1915 1916 Masculinos 2.699 2.918 3.182 2.650 2.536 13.985 Femininos .... 2.503 2.757 2.919 2.519 2.337 13.035 Somma.... 5.202 5.675 6.101 5.169 4.873 27.020 Mortalidade por sexos SEXOS Total no quinquennio PORCENTAGEM Masculinos 13.985 51.76 Femininos .. 13.035 48.24 Somma 27.020 100.00 POR IDADES IDADES ISTUNT O S TOTAES 1912 1913 1914 1915 1916 Por sexo GERAL M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. De 0 a 1 anno 619 518 1.137 676 584 1.260 657 583 1.240 582 480 1.062 571 434 1.005 3.105 2.599 5.704 1 a 2 annos.... 150 129 279 112 159 271 194 166 360 133 141 274 115 110 225 704 705 1.409 2 a 3 55 51 106 61 55 116 103 105 208 57 47 104 54 44 98 330 302 632 3 a 4 33 39 72 31 29 60 57 61 118 46 36 82 23 30 53 190 195 385 4 a 5 18 20 38 20 30 50 35 45 80 20 23 43 21 17 38 114 135 249 5 a 10 61 63 124 73 68 141 103 82 185 74 56 130 51 46 97 362 315 677 10 a 15 55 54 109 59 45 104 77 49 126 54 50 104 36 46 82 281 244 525 15 a 20 « .... 112 84 196 132 119 251 117 88 205 98 95 193 83 85 168 542 471 1.013 20 a 30 « • • • • 356 311 667 467 353 820 431 372 803 400 345 745 356 305 661 2.010 1.686 3.696 30 a 40 « .... 329 277 606 362 290 652 419 304 723 322 274 596 364 268 632 1.796 1.413 3.209 40 a 50 317 242 559 326 244 570 372 278 650 305 239 544 254 216 470 1.574 1.219 2.793 50 a 60 216 187 403 232 179 411 250 209 459 203 178 381 213 169 382 1.114 923 2.036 60 a 70 183 179 362 156 206 362 167 185 352 166 207 373 162 193 355 834 969 1.804 70 a 80 91 148 239 108 159 267 109 168 277 95 157 252 117 158 275 520 790 1.310 80 a 90 41 110 151 50 122 172 50 128 178 46 109 155 47 104 151 234 573 807 90 a 100 25 63 88 20 77 97 18 65 83 12 45 57 13 62 75 88 312 400 Ma is de 100 11 27 38 20 35 55 12 25 37 9 27 36 16 34 50 68 148 216 Idade ignorada 27 1 28 13 3 16 11 6 17 28 10 38 40 16 56 119 36 155 Somma... i 2.699 2.503 5.202 2.918 2.757 5.675 3.182 2.919 6.101 2.650 2.519 5.169 2.536 2.337 4.873 13.985 13.035 27.020 Mortalidade por idades IDADE Tofal no quinquennio Porcentagem De 0 a 1 anno 5.7o4 21.11 1 a 2 annos 1.4o9 5.21 » 2 a 3 » 032 2.34 » 3 a 4 » 385 1.42 » 4 a 5 )) 249 o.92 » 5 a 10 » 077 2.51 » 10 a 15 » 525 1.94 » 15 a 20 » l.ol3 3.75 » 20 a 30 » 3.090 13.68 » 30 a 40 » 3.2o9 11.88 » 40 a 50 » 2.793 lo.34 » 50 a 00 » 2.o30 7.54 » 00 a 70 1.8o4 6.67 » 70 a 80 » 1.31o 4.85 8o a 9o » 8o7 2.99 » 90 a 100 » 4oo 1.48 Mais de loo » 210 o.8o Idade ignorada 155 o.57 Som ma.. 27.o2o 1 oo.oo MORTANDADE POR COR Cor T otaes 1912 1913 1914 1915 ; 1916 Por sexo Geral M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Branca 610 535 1.145 7o2 572 1.274 751 599 1.350 622 533 1.155 612 489 1.101 3.297 2.728 6.025 Preía 649 703 1.352 732 685 1.417 750 726 1.476 658 632 1.290 576 590 1.166 3.365 3.336 6.701 Parda 1.434 1.264 2.698 1.484 1.500 2.984 1.680 1.594 3.274 1.370 1.354 2.724 1.348 1.258 2.606 7.316 6.970 14.286 Ignorada 6 1 7 — — — 1 — 1 — — — — — — 7 1 8 Somma.... 2.699 2.503 5.202 2.918 2.757 5.675 3.182 2.919 6.101 2.650 2.519 5.169 2.536 2.337 4.873 13.985 13.035 27.020 MORTALIDADE POR COR Côr Total no quinquennio Porcentagem Branca 6.025 22,30 Prefa 6.701 24,80 Parda 14.286 52,87 Ignorada 8 0,03 • Somma 27.020 100,00 3? O 3FL ESTADO CIVIL Estado civil ANKTOS T otaes 1912 1913 1914 1915 1916 Por sexo Geral M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Solteiro ., 2.114 1.970 4.084 2.313 2.169 4.482 2.544 2.282 4.826 2.092 1.939 1 4.031 1.912 1.775 3.687 10.975 10.135 21.110 Casado 394 256 650 441 268 709 468 300 768 391 280 671 410 243 653 2.104 1.347 3.451 Viuvo 124 272 396 140 315 455 138 320 458 122 283 405 147 299 446 671 1.489 2.160 Ignorado 67 5 72 24 5 29 32 17 49 s 45 17 62 67 20 87 235 64 299 Somma.... 2.699 2.503 5.202 2.918 2.757 5.675 3.182 2.919 6.101 2.650 2.519 5.169 2.536 2.337 4.873 13.985 13.035 27.020 Mortalidade por estado civil Estado civil Total no quinquennio Porcentagem Solfeiro 21.110 78,13 Casado 3.451 12,77 Viuvo 2.160 7,99 Ignorado 299 1,11 Somma 27.020 100,00 POR 2ST ACIOIST ALID AD E S -A-IST 3NT O S T otaes Nacionalidades 1912 1913 1914 1915 1916 Por sexo Geral M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Brasileira 2.597 2.431 5.028 2.771 2.684 5.455 3.017 2.860 5.877 2.552 2.483 5.035 2.438 2.296 4.734 13.375 12.754 26.129 Estrangeira 102 72 174 147 73 220 165 59 224 98 36 134 98 41 139 610 281 891 Somma 2.699 2.503 5.202 2.918 2.757 5.675 3.182 2.919 6.101 2.650 2.519 5.169 2.536 2.337 4.873 13.985 13.035 27.020 Mortalidade por nacionalidades Nacionalidades Total no quinquennio Porcentagem Brasileira 26.129 96,70 Estrangeira 891 3,30 Somma 27.020 100,00 Mortalidade por causas de morte N. de ordem CAUSAS DE MORTE Nomenclatura abreviada ANNOS Total no nniníueonto Porcen- tagem N. de ordem 1912 1913 1914 1915 1916 1 Febre amarella 13 54 68 5 — 140 0,52 í 1 2 Peste 59 111 81 52 14 317 1,17 2 3 Variola 1 . . — 1 — — 1 2 0,007 3 1 4 Sarampo 8 — 86 5 1 100 0,37 4 5 Escarlatina — — — — 1 1 0,003 5 6 Coqueluche 7 33 36 9 2 87 0,32 6 7 Diphteria e crupe 6 7 4 1 1 19 0,07 7 8 Orippe 17 18 16 10 28 89 0.33 8 9 Febre typhoide 10 16 8 12 12 58 0,22 9 ! í 10 Cholera-morbus — — — — — -- — 10 n Cholera-nostras 1 — — — — 1 0,003 11 12 Dy sen teria 81 176 62 63 26 408 1,51 12 ! 13 Beriberi 38 34 68 27 26 193 0,71 13 | 14 Lepra 1 3 3 3 2 12 0,04 14 15 Erysipela . 18 21 18 7 18 82 0,30 15 16 Outras moléstias epidemicas .... — 1 — — 2 3 0,01 16 ! 17 Paludismo agudo 261 211 290 191 250 1,203 4,45 17 i 18 Paludismo chronico 120 116 149 128 105 618 2,29 18 19 Tuberculose pulmonar 744 809 805 908 883 4.149 15,36 19 20 Tuberculose meningéa — 3 5 1 — 9 0,03 20 21 Outras tuberculoses 38 31 44 40 49 202 0,75 21 22 Intecção purulenta, septicemia (excepto a puerperal) 15 30 26 15 27 113 0,42 22 | 23 Hydrophobia , . . . 1 — 1 — — 2 0,007 23 ] 24 Syphilís 64 76 99 66 74 379 1,40 24 25 Câncer e outras tumores malignos . . 59 87 67 67 77 357 1,32 25 26 Outros tumores 1 1 1 — 9 12 0,04 26 | 27 Outras moléstias geraes ...... 214 232 214 135 160 955 3,54 27 : 28 Affecções do systema nervoso. . . . 399 403 357 339 294 1,792 6,63 28 1 1 29 Affecções do apparelho circulatório. . 565 63! 655 628 563 3,042 11,26 29 | 30 Affecções do apparelho respiratório. . 369 397 427 308 259 1,760 6,51 30 31 Affecções do apparelho digestivo . . 1.012 1.079 1,138 1,025 925 5,179 19.17 31 32 Affecções do apparelho urinário . . . 287 260 399 308 280 1,534 5,68 32 33 Affecções dos orgãos genitaes .... 31 31 21 14 23 120 0,44 33 í 34 Septicemia puerperal (febre, peritonite e phlebite puerperaes) . . . 12 28 28 25 39 132 0,49 34 1 35 Outros accidentes puerperaes da gravi- dez e do parto 24 26 37 27 21 135 0,50 35 | 36 Affecções da pelle e do tecido cellular. 27 26 37 47 46 183 0,69 36 i i 37 Affecções dos ossos e dos orgãos da locomoção 3 1 — 2 1 7 0,03 37 ; 38 Affecções da 7.a idade e vicios de con- formação 169 223 276 268 270 1,206 4,46 38 | j 39 Senilidade .... 153 177 145 94 130 699 2,59 39 [ 40 Mortes violentas (excepto suicidios) 147 138 102 89 78 554 2,05 40 ! 1 41 Suicídios 14 15 32 29 19 109 0,40 41 42 Moléstias ignoradas ou mal definidas . 214 169 296 221 157 1,057 3,91 42 ' SOMMA . . 5,202 5,675 6,101 5,169 4,873 27,020 100-000 Mortalidade por moléstias transmissíveis Principaes moléstias transmissíveis Annos Total no quinquennio 1912 1913 1914 1915 1916 Febre amarella. 13 54 68 5 440 Peste 59 111 81 52 14 317 Variola — 1 ... ... 1 2 Sarampo 8 ... 86 5 1 100 Escarlatina ... ... ... ... ... 1 1 Coqueluche 7 33 36 9 2 87 Diphferia e crupe.. 6 7 4 1 1 19 Grippe 17 18 16 10 28 89 Febre typhoide. 10 16 8 12 12 58 Dysenteria. ... 81 176 62 63 26 408 Beriberi 38 34 68 27 26 493 Lepra 1 3 - 3 3 2 42 Paludismo 381 327 439 319 355 4.821 Tuberculose.... 782 843 854 949 932 4.360 Outras mols. transmis. 1 1 ... ... 2 4 Somma.... 1.404 1.624 1.725 1.455 1.403 7.611 Total dos obitos. 5.202 5.675 6.401 5.169 4.873 27.020 Relação para com % 0/ lo % 7o 0 / /O 0/ 10 o total dos obitos 26,98 28,61 28,27 28,14 28,79 28,16 Média diaria ... 3,83 4,44 4,72 3,98 3,83 4,16 Coefficiente por mil habitantes... 4,68 5,23 5,56 4,63 4,46 4,92 MORTANDADE POR DISTR1CTOS NO QUINQUENNIO 1912-1916 E CAUSAS DE MORTE TJRBANOS SUBURBANOS E "O Cd O «1 'G 'Cd < o 09 ■O z* Nomenclatura abreviada 'O C/3 S. Pedrt G f: G cd C/3 <D Jt" ej Q, e o ca -a j Pilar Rua do Passo CS o G << C/3 Victoria Brotas Penha Mares Nazaret ! Itapoan cd Um s a> ■a Um s •a CM Passe CJ a u cd a ‘o C3 Cotegip Maré H O H 03 ■o z 1 Febre amarella 13 8 2 5 5 6 3 20 i 64 3 8 2 _ 140 1 2 Peste 36 10 15 14 30 17 20 10 li 124 12 16 — 2 — — — — — 317 2 3 Variola — — — 1 — — — 1 — — — — — — — 2 3 4 Sarampo 2 3 10 3 5 3 17 8 10 15 6 — 2 3 5 3 2 2 1 — 100 4j 5 1 — 1 5 6 Coqueluche 3 3 5 — 1 — 22 10 5 16 6 — 1 4 — 3 4 — 4 87 6 7 2 2 3 1 3 1 3 2 1 1 — — — 19 7 8 Grippe 9 13 9 2 1 2 11 19 4 1 2 7 — 4 . 2 2 1 — 89 8 9 Febre íyphoide (fypho abdominal) 2 3 2 5 3 — 8 6 3 5 3 18 — — — — — — — — 58 9 10 10 Cholera-morbus — — — -- — — — — — — — — — — — — — — — — — 11 Cholera-nostras — 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 1 1 12 Dysenteria 1 8 17 6 13 7 67 34 55 62 15 97 — 1 17 2 2 2 — 2 408 12 13 Beriberi 9 10 8 3 4 3 6 13 26 25 27 51 — 2 — 2 2 1 — 1 193 13 14 — 1 9 1 1 — — — — — — — 12 14 15 Erysipela 5 4 10 3 — 1 15 11 2 6 3 18 1 1 — — 1 1 — — 8? 15 16 Outras moléstias epidemicas — — — 1 — — 1 — — — — 1 — — — — — — — — 3 16 17 Paludismo agudo 20 14 17 10 34 18 249 171 88 74 52 121 35 48 69 134 23 8 12 6 1.203 17 18 Paludismo chronico ... 10 11 7 2 18 1 170 37 67 26 39 152 2 18 28 15 14 — 1 — 618 18 19 Tuberculose pulmonar 214 142 193 90 125 103 470 374 253 241 155 1.605 15 33 76 4 23 14 12 7 4.149 I~9 20 Tuberculose meningéa — — — — — — — — — 5 — 4 — — — — — — — — 9 20 21 Outras tuberculoses 5 7 8 3 4 2 22 15 11 6 78 — 4 1 — 1 — — — 202 21 22 lnfecção purulenta, septicemia (excepto a 35 113 22 23 puerperal) . 7 4 2 3 4 1 15 6 16 11 9 32 — 1 2 — — — — — Flydrophobia — — — 1 — — — — — — — 1 — — — — — — — — 2 23 24 15 11 39 7 9 11 49 23 12 21 32 130 3 6 1 — — 10 379 24 25 26 Câncer e outros tumores malignos Outros tumores 25 28 10 4 15 7 1 50 1 55 2 19 27 1 16 85 6 — 4 4 2 4 1 1 — 1 357 12 25 26 27 Outras moléstias geraes 32 28 68 15 40 17 160 71 63 66 80 167 2 20 22 29 28 21 10 16 955 27 28 Àffecções do sysfema nervoso 87 79 95 42 57 48 225 197 165 122 92 293 27 19 28 88 29 46 36 17 1.792 28 29 Àffecções do apparelho circulatório 220 220 191 57 101 73 474 385 261 194 197 461 8 26 72 35 35 18 5 9 3.042 29 30 Àffecções da apparelho respiratório .... lo3 97 112 36 75 51 363 229 143 126 85 199 2 14 43 27 22 10 22 1 1.760 30 31 Àffecções do apparelho digestivo 225 196 305 102 248 135 1.043 587 430 410 386 699 3 65 203 21 42 42 14 23 5.179 31 32 Àffecções do apparelho urinário 91 76 75 26 35 28 223 128 144 102 52 472 1 19 38 7 10 4 1 2 1.534 32 33 Àffecções dos orgãos genitaes 7 6 7 1 2 4 13 10 5 — 5 45 — 3 3 — 2 4 — 3 120 33 34 Septicemia puerperal (febre, peritonite e 1 1 1 132 34 35 phlebife puerperaes) Outros accidentes puerperaes da gravi- 4 2 4 4 1 19 15 3 8 8 50 2 3 2 4 135 35 dez e do parto 3 4 5 — 5 1 16 11 9 7 5 41 2 3 2 11 2 4 2 2 36 Àffecções da pelle e do tecido cellular.. 4 3 5 4 4 4 20 11 15 8 7 87 — 2 3 — 1 1 1 3 183 36 37 Àffecções dos ossos e dos orgáos da lo- 1 6 37 38 comoção — — — — — — — — — — — — — — — — — / Àffeçções da T idade e vícios de confor- 38 66 57 68 15 46 25 250 205 99 78 58 123 2 13 37 2 10 13 22 17 1.206 39 Senilidade 28 23 39 7 12 11 74 40 39 48 154 135 5 17 14 16 14 7 13 3 699 39 40 Mortes violentas (excepto suicídios) 33 12 15 27 53 9 55 46 33 24 16 166 2 15 21 2 4 11 8 2 554 40 41 Suicídios 7 9 6 2 11 2 21 7 14 2 5 17 — — 5 — — — 1 — 109 41 42 Moléstias ignoradas ou mal definidas ... 13 18 23 7 20 6 63 23 19 21 25 56 117 21 12 75 122 123 218 75 1.057 42 TOTAL 1,301 1,112 1,375 505 985 599 4,241 2,786 2,032 1,955 1,561 5,450 229 356 725 479 401 343 391 194 27.020 MORTANDADE POR MEZES NO QUINQUENNIO 1912-191S N. de ordem CAUSAS DE MORTE l.° SEMESTRE S.° SEMESTRE TOTAL GERAL N. de ordem Janeiro Fevereiro © c_> Um co Abril Maio Junho TOTAL Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro » TOTAL Nomenclatura abreviada 1 Febre amarella 5 12 20 29 19 12 97 13' 7 3 11 3 6 43 140 1 2 Peste 32 18 18 24 22 23 137 23 19 43 35 34 26 180 317 2 3 Variola — — — — 1 — 1 — — — 1 — — 1 2 3 4 Sarampo 3 3 1 2 4 17 30 25 29 6 4 5 1 70 100 4 5 Escarlatina .... . — — — 1 — — 1 — — — — — — — . 1 5 6 Coqueluche 12 9 6 4 8 4 43 10 8 6 7 8 5 44 87 6 7 Diphferia e crupe — 4 — 2 4 — 10 1 4 2 1 1 — 9 19 7 8 Grippe 1 4 9 10 12 14 50 7 7 2 5 8 10 39 89 8 9 Febre fyphoide (íypho abdominal) 5 6 4 4 8 2 29 5 5 5 3 6 5 29 58 9 10 Cholera-morbus — — — — — — — — — — — — 10 11 Cholera-nosfras — — — — — — 1 — — — — — 1 1 11 12 Dysenferia 37 38 44 49 66 40 274 35 26 15 17 19 22 134 408 12 13 Beriberi 16 16 14 20 14 20 100 21 20 15 14 10 13 93 193 13 14 Lepra 1 2 1 — 1 — 5 1 1 — 2 — 3 7 12 14 15 Erysipela 7 9 9 2 2 8 37 3 10 8 4 6 14 45 82 15 16 Outras moléstias epidemicas — 2 — 1 — 3 — — — 4 — — 4 7 16 17 Paludismo agudo 110 107 109 120 120 94 660 105 86 91 95 87 79 543 1.203 17 18 Paludismo chronico ... 45 38 49 47 64 55 298 68 67 58 46 34 47 320 618 18 19 Tuberculose pulmonar 337 300 327 325 314 367 1.970 363 360 347 376 365 368 2.179 4.149 19 20 Tuberculose meningéa — 2 3 1 1 — 7 — — — 1 1 — 2 9 20 21 Outras tuberculoses 16 9 12 16 11 19 83 23 18 24 23 17 14 119 202 21 22 lnfecção purulenta, septicemia (excepío a puerperal) 12 9 12 15 8 7 63 6 8 5 9 8 14 50 113 22 23 Flydrophobia — — — — 2 — 2 — — — — — — — 2 23 24 Syphilis 34 32 31 31 32 27 187 34 24 34 39 31 30 192 379 24 25 Câncer e outros tumores malignos 30 23 36 31 24 29 173 36 35 25 35 28 25 184 357 25 26 Outros tumores 1 2 — 2 — 2 7 2 1 — 1 1 5 12 26 27 Outras moléstias geraes 84 70 96 78 73 82 483 82 81 64 98 71 76 472 955 27 28 Àffecções do sysfema nervoso 153 155 136 131 159 142 876 156 158 139 164 140 159 916 1.792 28 29 Àffecções do apparelho circulatório 255 229 236 239 260 267 1.486 232 291 254 256 250 243 1.556 3.042 29 30 Àffecções da apparelho respiratório .... 121 126 137 149 151 169 853 169 152 160 130 147 149 907 1.760 30 31 Àffecções do apparelho digestivo 449 432 465 485 464 437 2.732 432 375 387 370 396 487 2.447 5.179 31 32 Àffecções do apparelho urinário 95 111 122 112 127 132 699 152 104 133 142 137 117 835 1.534 32 33 Àffecções dos orgãos genitaes 9 6 14 8 8 12 57 9 8 10 12 12 12 63 120 33 34 Septicemia puerperal (febre, peritonite e phlebite puerperaes) 13 9 9 12 7 9 59 11 9 16 12 10 15 73 132 34 35 Outros accidentes puerperaes da gravi- dez e do parto 11 13 16 14 13 14 81 14 8 9 7 10 6 54 135 35 36 Àffecções da pelle e do tecido cellular.. 13 11 16 11 18 11 80 15 20 16 20 14 18 103 183 36 37 Àffecções dos ossos e dos orgáos da lo- comoção — 1 — 2 — 1 4 — , 1 — 1 — 1 3 7 37 38 Àffeçções da 1' idade e vícios de confor- ■ mação 96 91 100 93 94 100 574 117 116 106 75 106 112 632 1.206 38 39 Senilidade 50 56 70 50 69 70 365 53 73 44 63 52 49 334 699 39 40 Mortes violentas (excepfo suicídios) 76 44 45 33 39 49 286 52 41 40 43 37 55 268 554 40 41 Suicídios 11 6 11 7 8 3 46 10 8 11 8 14 12 63 109 41 42 Moléstias ignoradas ou mal definidas ... 74 87 79 87 102 86 515 102 105 79 86 77 93 542 1.057 42 TOTAL 2.214 2.092 2.257 2.246 2.330 2.324 13.463 2.418 2.335 2.157 2.216 2.144 2.287 13.557 27.020 MORTANDADE POR SEXO NO QUINQUENNIO 1912-191© E ANNOS r TOTAES E | G> *0 o CAUSAS DE MORTE 1912 1913 1914 191K 4916 Por sexo GERAL "O O ■o z Nomenclatura abreviada M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. I F. Total j M. F. Total M. F. •o z 1 Febre amarella 10 3 13 44 10 54 57 11 68 3 5 114 26 140 1 2 Peste 37 22 59 70 41 111 57 24 81 29 23 52 6 8 14 199 118 317 2 3 Variola — — — 1 — 1 — — — — — — 1 — 1 2 — 2 3 . 4 Sarampo . 7 1 8 — — — 39 47 86 1 4 5 1 - 1 48 52 100 4 5 Escarlatina .... — — — — — — — — — — — — — 1 1 — 1 1 5 6 Coqtieluche 3 4 7 16 17 33 14 22 36 7 2 9 2 — 2 42 45 87 6 7 Diphteria e crupe 4 2 6 2 5 7 3 1 4 — 1 1 — 1 1 9 10 19 7 8 Grippe 12 5 17 11 7 18 11 5 16 3 7 10 11 17 28 48 41 89 8 9 Febre íyphoide (typho abdominal) 6 4 10 12 4 16 5 3 8 4 8 12 7 5 12 34 24 58 9 ! 10 Cholera-morbus — — — — — — — — — — — — — — — — — 10 | 11 Cholera-nostras 1 — 1 —■ —• — — — — — — — — — 1 1 11 12 Dysenteria 37 44 81 95 81 176 34 28 62 34 29 63 16 10 26 216 192 408 12 13 Beriberi 19 19 38 18 16 34 44 24 68 18 9 27 17 9 26 116 77 193 13 14 Lepra 1 — 1 2 1 3 3 3 2 1 3 1 1 2 9 3 12 14 15 Erysipela 7 11 18 6 15 21 10 8 - 18 1 6 7 8 10 18 32 50 82 15 16 Outras moléstias epidemicas — — — 1 1 — — — — — — 2 — 2 2 1 3 16 17 Paludismo agudo 132 129 261 115 96 211 159 131 290 115 76 191 148 102 250 669 534 1203 17 18 Paludismo chronico .. 65 55 120 64 52 116 89 60 149 65 63 128 56 49 105 339 279 618 18 19 Tuberculose pulmonar 365 379 744 400 409 809 386 419 805 463 445 908 466 417 883 2080 2069 4194 19 I 20 Tuberculose meningéa — — — 2 1 3 2 3 5 — 1 1 — — — 4 5 9 20 j 21 Outras tuberculoses 15 23 38 12 19 31 24 20 44 15 25 40 28 21 49 94 108 202 21 22 lnfecção purulenta, septicemia (excepfo a puerperal) 8 7 15 18 12 30 15 11 26 11 4 15 16 11 27 68 45 113 22 23 Flydrophobia — 1 1 — — — 1 — 1 — — — — — — 1 1 2 23 24 Syphilis 31 33 64 52 24 76 58 41 99 45 21 66 40 34 74 226 153 379 24 25 Câncer e outros tumores malignos 14 45 59 28 59 87 23 44 67 25 42 67 23 54 77 113 244 357 25 26 Outros tumores 1 — 1 1 — 1 — 1 1 — — — — 9 9 2 10 12 26 27 Outras moléstias geraes 108 106 214 123 109 232 107 107 214 68 67 135 96 64 160 502 453 955 27 1 28 Affecções do systema nervoso 225 174 399 206 197 403 182 175 357 174 165 339 149 145 294 936 856 1792 28 | 29 Àffecções do apparelho circulatório 296 269 565 318 313 631 324 331 655 284 344 628 273 290 563 1495 1547 3042 29 30 Affecções da apparelho respiratório .... 203 166 369 202 195 397 221 206 427 175 133 308 142 117 259 943 817 1760 30 31 Àffecções do apparelho digestivo 551 461 1.012 552 527 1.079 608 530 1.138 552 473 1.025 499 426 925 2762 2417 5179 31 32 Affecções do apparelho urinário 168 119 287 151 109 260 236 163 399 174 134 308 147 133 280 876 658 1534 32 33 Àffecções dos orgãos genifaes — 31 31 2 29 31 1 20 21 — 14 14 9 14 23 12 108 120 33 34 Septicemia puerperal (febre, periíonite e phlebife puerperaes) 12 12 — 28 28 — 28 28 — 25 25 39 39 .™ 132 132 34 35 Outros accidenfes puerperaes da gravi- dez e do parto 24 24 26 26 _ 37 37 _ 27 27 21 21 135 135 35 36 Àffecções da pelle e do tecido cellular.. 13 14 27 12 14 26 20 17 37 23 24 47 19 27 46 87 96 183 36 37 Àffecções dos ossos e dos orgáos da lo- comoção 3 3 1 ' 1 1 1 2 1 1 6 1 7 37 38 Àffeçções da 1" idade e vícios de confor- mação 96 73 169 132 91 223 161 115 276 146 122 268 168 102 270 703 503 1206 38 39 Senilidade 35 118 153 33 144 177 28 117 145 20 74 94 27 103 130 143 556 699 39 40 Mortes violentas (excepto suicídios) Suicídios 121 26 147 108 30 138 85 17 102 67 22 89 53 25 78 434 120 554 40 41 11 3 14 12 3 15 18 14 32 18 11 29 16 3 19 75 34 109 41 42 Moléstias ignoradas ou mal definidas ... 94 120 214 97 72 169 157 139 296 107 114 221 88 69 157 543 514 1057 42 TOTAL 2.699 2.503 5.202 2.918 2.757 5.675 3.182 2.919 6.101 2.650 2.519 5.169 2.536 2.337 4.873 13985 13035 27020 POR 3STO 1912-191© E 03 CAUSAS DE MORTE XTD E TOTAES E •o O 0 a 1 anno 1 a 5 annos 5 a 10 annos 10 a 20 annos 20 a 30 annos 30 a 40 annos 40 í 50 annos 50 a 60 annos Mais de 60 annos Ignorada Por sexo o *o Nomenclatura abreviada GERAL ■S z M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total 'm. F. =■ 1 Febre amarella 7 1 8 3 2 5 19 3 22 48 12 60 24 7 31 9 1 10 3 3 1 1 114 26 140 1 2 Peste — — — 2 4 6 13 8 21 59 25 84 63 30 93 30 15 45 19 14 33 7 10 17 4 10 14 2 2 4 199 118 317 2 3 Variola — — — — — — — — — 2 — 2 — — — — — — — — — — —- — — 2 — 2 3 4 Sarampo 15 10 25 21 30 51 11 8 19 1 1 2 — 2 2 1 1 — — — — — — 48 52 100 4 5 Escarlatina .... — 1 1 — — — — — — — — — — — — — — — — — — ‘ — — — 1 1 5 6 Coqueluche 22 17 39 15 25 40 5 2 7 — 1 1 — — — — — — — 42 45 87 6 7 Diphteria e crupe — 2 2 7 4 11 1 2 3 1 1 2 — — — — — — — — | — — — 1 1 — — — 9 10 19 7 8 Grippé* 3 6 9 2 2 4 — — — 3 2 5 5 4 9 4 1 5 5 2 7 ! 8 2 10 18 22 40 48 41 89 8 9 Febre fyphoide (íypho abdominal) — — — 2 — 2 1 4 5 5 5 10 9 4 13 12 7 19 1 1 2 I 2 2 4 2 1 3 — — — 34 24 58 9 10 Cholera-morbus — — — - - — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — - — — — — — — — — — — 10 11 Cholera-nosfras — - — — — — — — — — — — — — — — — — — — — 1 — 1 — 1 — 1 11 12 Dysenteria 23 21 44 26 18 44 15 16 31 22 15 37 42 16 58 24 22 46 26 21 47 1 13 19 32 21 43 64 4 1 5 216 192 408 12 13 Beriberi — — — 1 — 1 — — — 5 2 7 41 22 63 34 25 59 19 10 29 10 3 13 6 15 21 — 116 77 193 13 14 Lepra — — — — — — — 2 — 2 2 1 3 — 1 1 2 2 3 1 4 — — — — 9 3 12 14 15 Erysipela 4 3 7 — — — — — — 1 1 2 2 2 4 1 3 4 9 9 18 6 6 12 9 26 35 — — — 32 50 82 15 16 Outras moléstias epidemieas 1 — 1 — 1 1 — — — — — — — — — 1 — 1 — — — — — — — 2 1 3 16 17 Paludismo agudo 127 85 212 162 159 321 54 38 92 70 57 127 83 68 151 56 39 95 58 40 98 26 16 42 29 32 61 4 — 4 669 534 1.203 17 18 Paludismo chronico ... 1 3 4 31 21 52 18 19 37 43 30 73 88 56 144 59 46 105 40 44 84 22 26 48 36 34 70 1 1 339 279 618 18 19 Tuberculose pulmonar 11 3 14 21 40 61 13 22 35 196 260 456 667 763 1.430 549 482 1 031 342 287 629 175 114 289 91 96 187 15 2 17 2.080 2.069 4.149 19 20 Tuberculose meningéa 2 — 2 1 2 3 — 1 1 — 1 1 — 1 1 1 — 1 — — — — — — — 4 5 9 20 21 Outras tuberculoses 2 1 3 8 7 15 9 8 17 10 14 24 22 21 43 18 23 41 12 16 28 6 11 17 5 7 12 2 — 2 94 108 202 21 22 lnfecção purulenta, septicemia (excepto a puerperal) — 3 9 4 2 6 1 — 1 7 3 10 13 11 24 11 7 18 11 5 16 5 3 8 9 11 20 1 — 1 68 45 113 22 23 Hydrophobia — — — — — — — — — 1 1 2 — — — • — — — .— — — — — — — — — 1 1 2 23 24 Syphilis 55 46 101 5 10 15 — — — 5 3 8 33 18 51 34 29 63 43 19 62 27 7 34 23 20 43 1 1 2 226 153 379 24 25 Câncer e outros tumores malignos — — — — — — — — — 3 1 4 4 7 11 13 34 47 16 57 73 32 58 90 44 87 131 1 — 1 113 244 357 25 26 Outros tumores 0 1 1 1 — 1 — — — — — — 1 1 2 — 1 1 — 3 3 2 2 2 2 — —- — 2 10 12 26 27 Outras moléstias geraes 277 238 515 21 17 38 6 4 10 24 16 40 35 22 57 34 27 61 28 37 65 42 34 76 34 56 90 1 2 3 502 453 955 27 28 Àffecções do sysfema nervoso 115 97 212 127 135 262 V 35 22 57 42 51 93 127 63 190 123 68 191 121 92 213 87 91 178 147 234 381 12 3 15 936 856 1.792 28 ! 29 Àffecções do apparelho circulatório 1 1 2 4 1 5 — 3 3 23 17 40 119 63 182 207 95 302 270 184 454 262 212 474 600 966 1566 9 5 14 1.495 1.547 3.042 29 1 30 Àffecções da apparelho respiratório .... 345 335 680 234 243 477 21 24 45 35 25 60 94 45 139 62 49 111 58 30 88 45 19 64 45 46 91 4 1 5 943 817 1.760 30 31 Àffecções do apparelho digestivo 1.218 1.053 2.271 445 424 869 87 79 166 96 53 149 200 140 340 217 155 372 212 163 375 109 128 237 166 218 384 12 4 16 21762 2.417 5.179 31 32 Àffecções do apparelho urinário 28 18 46 41 46 87 27 16 43 40 39 79 115 82 197 138 78 216 144 98 242 142 100 244 190 177 367 11 4 15 876 658 1.534 32 33 Àffecções dos orgãos genitaes — — — 1 — 1 — — — — 5 5 — 14 14 3 22 25 3 32 35 1 14 15 4 21 25 — — — 12 108 120 33 34 Septicemia puerperal (febre, peritonite e phlebite puerperaes) — — — — — — — — — — 14 14 — 68 68 — 46 46 — 4 4 — — — — — — — — — — 132 132 34 35 Outros accidenfes puerperaes da gravi- dez e do parto — — — — — — — — — — 12 12 — 69 69 — 45 i 45 — 7 7 • — — — — > — 2 2 — 135 135 35 36 Àffecções da pelle e do tecido cellular . 15 11 26 1 4 5 2 2 4 — — — 10 7 17 13 12 25 16 5 21 8 10 18 21 43 64 1 2 3 87 96 183 36 37 Àffecções dos ossos e dos orgáos da lo- comoção — — — — — — — — — 1 — 1 — — — 1 — 1 — 1 1 2 2 2 — 2 — — — 6 1 7 37 38 Affeçções da 1‘ idade e vícios de confor- mação 700 497 1.197 — 3 3 — — — 3 2 5 — — — — — — — 1 1 — — — — — — 703 503 1.206 38 39 Senilidade — — — — — — — — — — — — — — — — — 143 553 696 — 3 3 143 556 699 39 40 Mortes violentas (excepto suicidios) 5 10 15 17 16 33 26 13 39 58 17 75 120 23 143 76 15 91 45 8 53 30 5 35 28 11 39 29 2 31 434 120 554 40 41 Suicídios — — — — — — — — — 8 11 19 28 12 40 13 , 7 20 12 1 13 6 — 6 6 3 9 2 2 75 34 109 41 42 Moléstias ignoradas ou mal definidas ... 129 137 266 131 122 253 14 22 36 38 27 65 39 39 78 38 51 89 53 27 80 35 29 64 59 58 117 7 2 9 543 514 1.057 42 TOTAL 3,105 2,599 5,704 1,338 1,337 2,675 362 315 677 823 715 1,538 2,010 1,686 3,696 1,796 1,413 3,209 1,574 1,219 2,793 1,114 922 2036 1,744 2,793 4,537 119 36 i 155 l!3.98E »| 13.035 i )27.020 1 MORTANDADE POR COR NO QUINQUENNIO 1912-1916 E CAUSAS DE MORTE Côr T O T .A. 33 S E Q> “O o Branca Preta Parda lgnorad a Por sexo Geral O “O z Nomenclatura abreviada M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. “O z 1 Febre amarella 107 25 132 7 1 8 ... — — 114 26 140 1 I 2 Peste 35 26 61 56 21 77 107 71 178 1 i 199 118 317 2 3 Variola — — — 1 —- I 1 ... 1 ... -- ... 2 — 2 3 4 Sarampo 15 17 32 7 4 11 26 31 57 ... — ... 48 52 100 4 1 5 Escarlatina — — — — — — I 1 — ... — 1 1 5 I 6 Coqueluche 9 8 17 11 7 18 22 30 52 ... — 42 45 87 6 7 Dipliteria e crupe 6 9 15 — — - 3 1 4 - ... 9 10 19 7 8 Grippe 19 21 40 9 16 20 13 33 ... — ... 48 41 89 8 9 Febre typlioide 14 7 21 8 6 14 12 11 23 ... — 34 24 58 9 10 Cholera-morbus — — — — - - — ... ... — — — — — 10 11 Cholera-nostras 1 — I — — -- — ... ... ... — ■ 1 11 12 Dysenteria 43 28 7! 48 50 98 125 114 239 ... — 216 192 108 12 13 Beriberi 39 13 52 26 19 45 51 45 9o ... — ... 116 77 193 13 1 14 Lepra 6 — 6 3 3 6 ... ... ... — ... 9 3 12 14 í 15 Erysipela . 9 17 20 8 10 18 15 23 38 ... — ... 32 50 82 15 ; íc Outras moléstias epidemicas . . , . — — — 1 — 1 i 1 2 ... ... 2 4 3 16 17 Paludismo agudo 120 87 207 152 108 260 397 339 736 ... — ... 660 534 1.203 17 1 í 18 Paludismo chronico 72 33 105 72 60 132 195 186 381 — ... 339 279 618 18 i 19 Tuberculose pulmonar 437 409 846 561 518 1,079 1,081 1,142 2,223 1 i 2,080 2.069 4,149 19 1 20 Tuberculose meningéa 1 2 3 2 — 2 1 3 4 — — ... 4 5 9 20 j 21 Outras tuberculoses 16 23 39 27 30 57 50 55 105 1 — 1 94 108 202 21 ! 22 Intecção purulenta, septicemia (excepto a puerperal) 16 18 34 21 8 29 31 19 50 ... _ 68 4,7 113 22 I 23 Hydropliobia — — — 1 — 1 ... 1 4 -- 1 1 2 23 i 24 Syphilis 46 17 63 61 37 98 119 99 218 ... — — 226 153 379 24 j [ 25 Câncer e outras tumores malignos . . 49 86 135 30 60 90 34 98 132 ... ... ... 113 244 357 25 1 | 26 Outros tumores — > 1 I 7 8 1 2 3 ... — 2 10 12 26 27 Outras moléstias geraes ...... 77 79 156 111 118 229 314 256 570 ... — .->02 453 955 27 j 28 Affecções do systerna nervoso. . . . 247 181 428 229 243 472 400 432 892 936 856 1,792 28 S 29 Affecções do apparelho circulatório. . 444 367 811 444 552 996 607 627 1.234 1 i 1,495 1,547 3,042 29 30 Affecções do apparelho respiratório. . 212 174 386 210 169 379 521 474 995 ... — 943 817 1,760 30 | 31 Affecções do apparelho digestivo . . 661 541 1,202 548 457 1,005 1.553 1,419 2,972 ... | 2.762 2,417 5,179 j 31 ! 32 Affecções do apparelho urinário . . . 212 132 344 255 190 445 408 336 744 1 í 876 658 1,534 j 32 1 33 Affecções dos orgãos genitaes .... 2 22 24 4 40 44 6 46 52 ... ... 12 108 120 J 33 34 Septicemia puerperal (febre, peritonite e phiebite puerperaest . . — 29 29 35 35 ... 08 68 ... ... 132 132 1 34 ] 35 Outros accidentes puerperaes da gravi- dez e do parto _ 37 37 23 ' 23 ... 75 75 _ — _ 135 135 35 1 36 Affecções da pelle e do tecido cellular. 12 21 33 33 27 60 42 48 90 — — 87 96 183 36 37 Affecções dos ossos e dos orgãos da locomoção 2 — 2 2 — o 2 1 3 — — 6 1 7 37 ; 38 Affecções da 7.a idade e vicios de con- formação 148 113 261 99 71 170 456 319 775 — 703 503 1,206 38 1 39 Senilidade .... 19 109 128 83 292 375 41 155 196 — - 143 556 699 39 40 Mortes violentas (excepto suicídios) 99 22 121 106 37 143 228 61 289 1 ... í 434 120 554a 40 ! 41 Suicidios 35 9 44 14 9 23 26 16 42 — ... — 75 34 109 41 ! 42 Moléstias ignoradas ou mal definidas . 67 45 112 121 118 239 353 351 704 2 — 2 ,743 514 1,057 42 SOMMA . . 13,297 2,728 6,025 3,365 3,330 6,701 7316 G.970 14,286 7 1 8 13,985 13,035 27,020 MORTANDADE POR ESTADO CIVIL NO QUINQUENNIO 1912-1910 E 03 CAUSAS DE MORTE Nomenclatura abreviada ESTADO CIVIL TOTAES E CD O Solteiro Casado Viuvo Ignorado Por sexo Geral "O O “O -O z M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. Total M. F. z i Febre amarella 82 12 94 31 14 45 — ... 1 í 114 26 140 1 2 Peste 171 93 264 24 11 35 2 11 13 2 3 5 199 118 317 2 3 Varíola 2 — 2 — — — — ... — — 2 — 2 3 1 4 Sarampo 48 51 99 — 1 1 — ... ... ... ... 48 52 100 4 5 Escarlatina — 1 1 _ — / ... ... 1 1 5 6 Coqueluche 42 45 87 — — — — — ... ... ... ... 42 45 87 6 7 Diphteria e crupe 9 9 18 — — — — 1 1 ... ... 9 10 19 7 8 Grippe 23 24 47 19 2 21 6 15 21 ... — ... 48 41 89 8 9 Febre typhoide 26 20 46 7 4 11 1 ... 1 ... ... ... 34 24 58 9 i ! 10 Cholera-morbus / — — - — — — — ... _ 10 1 n Cholera-nostras - — — 1 — 1 ... ... — 1 1 11 12 Dysenteria 177 139 316 24 27 51 11 25 36 4 1 5 216 192 408 12 1 13 Beriberi 91 55 146 19 15 34 3 7 10 3 ... 3 116 77 193 13 i 14 Lepra 8 3 11 - — 1 1 ... — ... 9 3 12 14 15 Erysipela . 19 29 48 11 4 15 2 17 19 ... — — 32 50 82 15 16 Outras moléstias epidemicas . , . 2 1 3 — — — — — —» ... ... 2 1 3 16 17 Paludismo agudo 594 460 1.054 54 55 109 17 19 36 4 ... 4 66!» 534 1,203 17 18 Paludismo chronico 263 201 464 56 46 102 17 31 48 3 1 4 339 279 618 18 19 Tuberculose pulmonar 1.598 1.574 3.172 364 327 691 8) 165 245 38 3 41 2.080 2.069 4.149 19 20 Tuberculose meningra 4 4 8 — 1 1 — ... 4 5 9 20 21 Outras tuberculoses 71 76 147 16 17 33 3 14 17 4 1 5 94 108 202 21 1 j 22 Iníecção purulenta, septicemia (excepto a puerperal) 51 25 76 14 10 24 2 9 11 1 1 2 68 45 113 22 1 23 Hydrophobia 1 1 2 - — — ... — — ... 1 1 2 23 24 Syphilis 172 133 305 37 15 52 13 4 17 4 1 5 226 153 379 24 | 1 25 Câncer e outras tumores malignos . . 51 136 187 48 45 93 12 63 75 2 ... 2 113 244 357 25 26 Outros tumores 2 9 11 1 1 — ... — ... ... 2 10 12 26 1 27 Outras moléstias geraes ...... 435 388 823 45 29 74 17 34 51 5 2 7 502 453 955 27 | 28 Affecções do systema nervoso. . . . 695 647 1,342 175 75 250 48 129 177 18 5 23 936 856 1,792 28 29 Àffecções do apparelho circulatório. . 763 907 1,670 494 176 670 207 451 658 31 13 44 1,495 1,547 3,042 29 30 Affecções do apparelho respiratório. . 841 753 1,594 71 28 99 25 32 57 6 4 10 943 817 1,760 30 J 31 Affecções do apparelho digestivo . . 2,463 2,153 4,616 212 126 338 65 134 199 22 4 26 2.762 2,417 5,179 31 ' | 32 Affecções do apparelho urinário . . . 576 465 1,091 215 90 305 71 98 169 14 5 19 876 658 1,534 | 32 33 Affecções dos orgãos genitaes .... 5 76 81 4 21 25 3 10 13 — 1 1 12 168 120 33 ! 34 Septicemia puerperal (febre, peritonite e phlebite puerperaes) . . 69 69 63 03 ... ... .... 132 132 34 35 Outros accidentes puerperaes da gravi- dez e do parto 55 55 78 78 ... 2 2 _ 135 1:’5 35 36 Affecções da pelle e do lecido cellular. 69 74 143 -10 7 17 6 14 20 2 1 3 87 96 183 36 37 Affecções dos ossos e dos orgãos da locomoção 5 1 6 1 1 ... _ 6 1 7 37 38 Affecções da 1.a idade e vicios de con- formação 703 503 1,206 ... 763 503 1,206 38 39 Senilidade 79 368 447 27 ' 10 37 35 170 205 2 8 10 143 556 699 39 40 Mortes violentas (excepto suicídios) 323 99 422 53 11 64 8 5 13 50 5 55 434 120 554 40 41 Suicídios 54 30 84 19 3 22 — ... 2 1 3 75 34 109 41 42 | Moléstias ignoradas ou mal definidas . 457 446 903 53 35 88 16 31 47 17 2 19 543 514 1.057 42 • n í 1 SOMMA , . 10,975 10,135 21,110 2,104 1,347 3,451 671 1,489 2,160 235 64 299 13,985 13,035 27,020 Mortandade por Nacionalidade no quinquennio 1912—1916 N. de ordem CAUSAS DE MORTE Nomenclatura abreviada NACIONALIDADE TOTAES N. de ordem Brasileira Estrangeira Por sexo Geral M. F. Total M. F. Total M. F. ■ i Febre amarella 23 7 30 91 19 110 114 26 140 í 2 Peste 185 117 302 14 1 15 199 118 317 2 3 Varíola 2 — 2 — — — 2 — 2 3 4 Sarampo 48 51 99 — 1 1 48 52 100 4 5 Escarlatina — 1 1 — — _ 1 1 5 6 Coqueluche 42 45 87 — — — 42 45 87 6 7 Diphteria e crupe 8 10 18 1 — 1 9 10 19 7 I 8 Orippe 44 40 84 4 I 5 48 41 89 8 9 Febre typhoide 29 24 53 5 — 5 34 24 58 9 10 Cholera-inorbus , — — — — — _ — — 10 ! n Cholera-nostras 1 — 1 — — _ 1 _ I 11 12 Dysenteria 210 189 399 6 3 9 216 192 408 12 13 Beriberi 111 7 f) 187 5 1 6 116 77 193 13 14 Lepra ' 9 3 12 — — - 9 3 12 14 15 Erysjpela . 31 50 81 i — 1 32 50 82 15 16 Outras moléstias epidemicas , . , . 9 1 3 — — — 2 1 3 16 17 Paludismo agudo 648 530 1,178 21 4 25 669 534 1,203 17 1 18 Paludismo chronico 329 278 607 10 1 11 339 279 6l8 18 19 Tuberculose pulmonar 1 999 2,057 4,056 81 12 93 2 080 2,069 4,149 19 20 Tuberculose meningja 4 5 9 — — 4 5 9 20 , 21 Outras tuberculoses 93 107 200 1 1 2 94 108 202 21 22 Infecção purulenta, septicemia (excepto a puerperal) 63 43 106 5 2 7 68 45 113 22 23 Hydrophobia , . . . 1 1 2 — - — 1 1 2 23 | 24 Syphilis 220 153 373 6 - 6 226 153 379 24 ! 25 Câncer e outras tumores maFgnos . . 101 238 339 12 6 18 113 244 357 25 | 26 Outros tumores 2 10 ,2 — — — 2 10 12 26 ' 27 Outras moléstias geraes ...... 492 450 942 10 3 13 502 453 955 27 28 Affecções do systema nervoso. . . . 893 843 1,736 43 13 56 936 856 1.792 28 í 29 Àffecções do appa-elho circulatório. . 1.390 1,489 2,879 105 58 163 1.495 1,547 3.042 29 30 Affecções do apparelho respiratório. 923 810 1.739 20 1 21 943 817 1.760 30 31 Affecções do apparelho digestivo . . 2,712 2,401 5,113 50 16 66 2.762 2,417 5,179 31 32 Affecções do apparelho urinário . . . 841 643 1,484 35 15 50 876 658 1.534 32 33 Affecções dos orgãos genitaes .... 12 108 120 — — — 12 108 120 33 j 34 Septicemia puerperal (febre, peritonite e phlebite puerperaesi . . — 132 132 — — — — 132 132 34 Outros accidentes puerperaes da gravi- dez e do parto — 185 135 — — — ... 135 135 35 36 Affecções da pelle e do tecido cellular. 85 93 178 2 3 5 87 96 183 36 ! 37 Affecções dos ossos e dos orgãos da locomoção f) 1 6 1 — 1 6 1 7 37 ' 38 Affecções da 7.a idade e vicios de con- formação 703 533 1,206 — — — 703 503 1,206 38 1 39 Senilidade . . 116 441 557 27 115 142 143 556 699 39 40 Mortes violentas (excepto suicídios) 405 120 525 29 — 29 434 120 554 40 41 Suicídios 63 82 95 12 2 14 75 34 109 41 i 42 Moléstias ignoradas ou mal definidas 530 511 1,041 13 3 16 543 514 1,057 42 1 * TOTAL . . 13,375 12,754 26,129 610 281 891 13,985 13,035 27,020 J PROPOSIÇÕES Tres sobre cada uma das cadeiras do curso de Sciencias Medicas e Cirúrgicas PROPOSIÇOES Physica Medica I A radiotherapia é aconselhada como me- dicação especifica das leucemias. II j> ■ Os raios X fazem diminuir consideravel- mente os leucocytos, augmentando o numero das hemicias. ' III Os raios de penetração empregados devem ser o de numero 6 ou 8 do radiochromome- tro de Benoist. Chimica Medica I A creatinina se acha normalmente na urina do homem e de alguns mammiferos. II A creatinina da urina provem da deshy- dratação da creatina do organismo. II III A creatinina se elimina quasi exclusiva- mente pela urina. Historia Natural Medica I Os parasitas, quer animaes, quer vegetaes, agem directa ou indirectamente sobre seus hospedes. II Elles segregam toxinas capazes de pertur- bar seriamente o organismo III , Uma prova da secreção das toxinas pelos parasitas está na eosinopliilia. Anatomia Descriptiva I A thyroide é uma glandula de secreção interna indispensável ao desenvolvimento phy- sico e intellectual do individuo. II Em vários estados pathologicos esta glan- dula encontra-se hypertrophiada. III Reverdin, Kocher e outros, assignalaram a atrophia da glandula nos cretinos. III Histologia I As cellulas dos ganglios rachidianos dos mammiferos são unipolares apresentando gran- des variações em suas dimensões. II / Suas fôrmas são geralmente globulosas com uma escavação ou uma superfície plana ao nivel do ponto onde nasce o prolonga- mento nervoso. III Nellas temos a considerar: uma capsula pericellular; um prolongamento e um corpo cellular. Physiologia I 0 pancreas é uma glandula volumosa, annexa ao duodenum, onde derrama, o sueco pancreatico. II A extirparção completa do pancreas pro- duz hyperglycemia e glycosuria. III A glycosuria apparece logo que se extirpe o ultimo fragmento da glandula. IV Microbiologia 0 bacillo diphterico foi descoberto por Klebs (1883) e cultivado por Loffrer, em 1884. II 0 bacillo diphterico se cultiva facilmente nos tubos de sôro gelatinado. III Elle permanece nas falsas membranas fabricando a toxina que produz os sympto- mas geraes da moléstia. Pharmacologia e Arfe de Formular I A medicação opotherapica foi empregado pela primeira vez por Brown-Séquard, em 1889. II A medicação opotherapica utilisa-se de certo numero de orgãos ou tecidos animaes. III Pode ser administrada ou por via gás- trica, ou injecções subcutâneas. V Therapeufica Clinica e Experimentar I A digitalis é um medicamento que exerce acção tónica sobre o coração. II A digitalis em dose tlierapeutica eleva a tensão arterial. III Nos arterio-esclerosos os effeitos da di- gitalis são pouco apreciáveis. Pafhologia Geral I A crise é um modo de terminação da mo- léstia especial das infecções geraes agudas. II A crise é muitas vezes precedida dum joeriodo dc aggravação precritica. III O que caracterisa a terminação da mo- léstia por crise é a rapidez com que se effectúa, no que se distingue da terminação por lyse. Anatomia e Physiologia Pafhologica I A inflammação é um processo morbido VI activo, caracterisado pela hypernutrição e hy- perplasia dos elementos anatómicos. II A leucocytose é um dos signaes de um processo inflammatorio suppurativo. III Ao lado da proliferação cellular ha a hy- perciapedese dos globulos brancos e a formação de vários exsudatos. Anatomia Medico-Cirurgica com Operações e Apparelhos I A cavidade pericardica é, como a de todos as serosas, virtual no estado normal. II A pericardite é frequente nas moléstias infectuosas e particularmente no rbeumatismo polyarticular agudo. III Em alguns casos, principalmente quando o liquido é purulento, a pericardotomia é in- dicada. Hygiene I As epidemias, exóticas ou autochtones, têm VII uma evolução mais ou menos extensa, uma duração maior ou menor. II As epidemias da mesma moléstia variam muitas vezes quanto á intensidade e ao cortejo symptomatico. III A terminação das epidemias pode ser brus- ca, rapida, lenta e progressiva. Medicina Legal I A intoxicação chronica pela morphina de- termina symptomas somáticos e perturbações das faculdades mentaes. II A imaginação pode ficar por muito tem- po activa e superexcitadas. III Os individuos no estado de morphinismo chronico raramente são criminosos. Clinica Medica fSecção) I A insufficiencia mitral é caracterisada por um sôpro systolico na ponta do coração e no primeiro tempo. VIII II Na insufficiencia mitral, verifica-se a di- latação e ahypertrophia das aurículas, esquer- da e direita, e do ventrículo direito. III A embolia cerebral é uma complicação que póde sobrevir em todos os períodos da in- sufficiencia mitral. Clinica Cirúrgica (secção) I A blenorrhagia aguda ou chronica mal cui- dada é a causa mais frequente dos abcessos prostaticos. II Em um terço dos casos, o abcesso abre-se espontaneamente, III A. abertura espontânea no recto deter- mina muitas vezes uma fistula urethro-pros- tato-rectal. Clinica obstétrica I Dá-se o nome de eclampsia a uma auto- intoxicação caracterisada por accessos convul- sivos seguidos ou não de coma. IX II E’ no oitavo ou nono mez da gravidez que a sua frequência é maior. III Esta intoxicação é produzida por uma in- sufficiencia dos orgãos encarregados de destruir e de eliminar os toxicos do organismo. Clinica Gynecologica I A metrite é uma inflammação da mucosa uterina, tendo por causa uma infecção micro- biana. II A serosa peritoneal, as trompas e os ova- rios podem ser attingidos directamente ou por intermédio de uma lymphangite. III A dor, a leucorrliéa, as perturbações da menstruação são os symptomas que rnais ca- racterisam a metrite aguda. Clinica Ophfalmologica I A mydriase é produzida pela paral}rsia do terceiro par ou pela excitação do sympathico X II A causa principal da paralysia do motor ocular commum é a sypliilis. III A mydriase espasmódica é sempre bi- lateral. Clinica Ofo-RhinO-Laryngologica I As amygdalas são mais desenvolvidas na criança do que no adulto devido a actividade do systema lymphatico. II As inflammações repetidas das amygdalas accarretam a sua hypertrophia. III Nem sempre é aconselhada a ablação das amygdalas nos casos de hypertrophia. Clinica Pediafrica Medica e Hygiene Infantil I O rachitismo é uma affecção que ataca o systema osseo da criança. II O rachitismo é raro nos primeiros mezes da vida. XI III A herança indirecta tem sido apontada como causa predisponente do rachitismo. Clinica Pedriatica Cirúrgica e Oríhopedica I Na coxa vara a lesão capital é a inflexão do collo do femur. II Nos casos mais frequentes na cirurgia em que a moléstia é unilateral, o unico diagnos- tico differencial difficil de estabelecer é com a coxalgia. III Nestes casos a radiograpliia c que vem mostrar que a séde da detormação está na ar- ticulação e não no collo» Clinica Dermatológica e Syphiligraphica I As esclerodermias generalisadas determi- nam alterações extremamente caracteristicas do tegumento. II O tratamento local não tem grande utili- dade nesta affeccão. XII III A morte é habitual, depois de um periodo de cachexia. Clinica Neurológica I As myelites diffusas, agudas e clironicas, constituem a lesão typica ordinaria da para- plegia. II Nas myelites agudas figura a paraplegia brusca, ou apoplectiforme, sobrevindo a morte da segunda a quarta semana. III A myelite diffusa clironica transversa é o mais das vezes uma esclerose de origem arterial. Clinica Psychifriaca I A demencia precoce se desenvolve de pre- ferencia no momento da puberdade. II Todas as funcções psycliicas não são igual- mente atacadas. XIII III Emquanto a memória e a orientação são muitas vezes conservadas, a attenção e a asso» ciação de ideias são sempre e profundamente alteradas. BIBLIOGRAPHIA ( Principaes trabalhos consultados ) AFRANIO PEIXOTO Elementos de Hijiene Rio de Ja- neiro —1913. ANGELO CELLI — Manuale deli'igienista—Torino —1911. ANGELO MESSEDAGLIA -La scienza statistica delia po- pulazione Biblioteca delTEconomista, 5.a Serie— Torino—1908. BULHÕES CARVALHO Directoria Geral de Estatística - Annuario Estatístico do Brazil—Anno I (1908-1912) — Vol. I Rio de Janeiro—1916. COMMISSION IN TERNACIONALE—Chargée de Ia revision décennale de la Nomenclature internacionale des maladies — Deuxiéme session—1909 -Procés-Verbeaux —Paris—1911. DIRETÓRIA DO SERVIÇO MEDICO-LEGAL DO ESTADO —Nomenclatura das doenças—Bahia—1917. É. L1TTRÉ—Dictionnaire de Médecine—Paris—1908. EUVALDO D1NIZ GONÇALVES Em prol da Estatística Diário Official do Estado da Bahia, n. 30 de Se- tembro de 1916 e Annaes do 5.a Congresso Brasileiro de Geographia—1.° Vol.—Bahia—1917. EUVALDO D1NIZ GONÇALVES - Estatística Demographo- Sanitaria — Brazil-Medico — n. 25 e 26 do XXXI e Annaes do l.° Congresso Medico de S. Paulo Vol. III —S. Paulo 1917. II FELIPE S. PAZ—Elementos de Demographia—Cartagena —Colombia. FELIPPO VIRGILII— Manual de Estatística—( Traducção autorisada pelo autor)—Rio de Janeiro—1908. JACQUES BERTILLON— Annuaire Statistique de la vie de Paris—Paris—1912. JOSEPH LOTTIN—Quetelet staticicn et sociologue - Paris —1912. JULES BERTILLON— Décés e Mortalité no Dictionnaire encyclopédique des Sciences médicales — DECHAMBRE —Paris—1875, 1882. MAURICE BLOCK. —Traité théorique e pratique do Statis- tique—Paris—1878. NAPOLEONE COLAJANNI—Manuale de Demographia— Napoli—1909. PAUL COURMONT—Pathologie générale—Paris—1911. PLÁCIDO BARBOSA—Dicionário de terminologaía medica portugueza—Rio de Janeiro—1917. SAMPAIO VIANNA—Directoria Geral de Saúde Publica —Annuario de Estatística Demographo-Sanitaria e Bolentim hebdomadario de Estatística Domographo- Sanitaria— Rio de Janeiro. V1CENZO DE G1AXA Manuale de Igiene—Milano. I2TDICE CAPITULO I I— NOÇÕES GERAES E DEFINIÇÕES 3 Estatística Dstmgrapho - Sanitaria ( Synopse do seu objecto) 6 Mortandade 8 Mortalidade 9 Letalidade 9 Mortabilidade 10 II— DISTRIBUIÇÃO TOPOGRAPH1CA 11 III— CALENDÁRIO 15 IV— SEXO 19 V -IDADE 21 Mortalidade infantil 31 » nos adolescentes 38 » » adultos 39 » » velhos ... 39 VI— COR 40 VII— ESTADO CIVIL 42 VIII— NACIONALIDADE 48 IX— PROFISSÃO 53 Nomenclatura das profissões 60 X— DE MORTE 64 Nomenclatura detalhada das causas de morte... 72 » abreviada das cuasas de morte... 82 Explanação das rubricas da nomenclatura das doenças 84 II índice Moléstias transmissivc-is 122 Attestado de obito 127 XI-VALORES 128 Coefficientes 129 CAPITULO II (Ordem dos quadros e das tabellas) MORTALIDADE NA CIDADE DO SALVADOR (Bahia) Mortalidade da Cidade do Salvador. Mortalidade da Cidade do Salvador comparada com a de diversas Capitaes dos Estados do Brasil Mortalidade por districtos » nas zonas. Mortandade por mezes Mortalidade por semestres » nas estações Mortandade por sexos Mortalidade por sexos Mortandade por idades Mortalidade por idades Mortandade por côr Mortalidade por côr Mortandade por estado civil Mortalidade por estado civil Mortandade por nacionalidades Mortalidade por nacionalidades Mortalidade por causas de morte Mortalidade por moléstias transmissíveis ÍNDICE III Mortandade por districtos no quinquennio 1912-1916 » » mezes » » » » » » sexos » » » » » » idade » » » » » » côr » » » » » » estado civil no quinquennio » » » » nacionalidade no quinquennio » » PROPOSIÇÕES B1BL10GRAPH1A ERRATA Pgs. Lins. Onde está: Leia-se: 7 13 havia haviam 8 7 prsença presença 10 20 emographia demographia 12 14 com a agglomeração com agglomeração 13 9 ou fedores physicos os fedores physicos 26 1 accordar as seguintes accordar nas seguintes 30 21 pe iodos periodos 33 14 afastar afastarem 37 10 WÀXME1LLER WÀXWEILER 41 7 dizer-nos dizermos 44 1 peasôas pessoas 44 18 cahir cahirem 44 19 de casar-se de se casarem 44 25 pois constatou pois esse constatou 49 3 civilisasão civilisação 49 16 exfrangeiras estrangeiras 50 2 Extrangeiros Estrangeiros 51 21 causa coisa 53 5 importante importância 54 5 mortalidade mortalidade 57 24 maito maior muito maior 58 9 sa crianças as crianças 65 12 daqulle daquelle 65 13 ao ultimo cabe, ao ultimo, cabe 65 22 causss causas 70 4 exepções excepções 71 16 peneumonia pneumonia 87 9 FJydropuemrothorax Hydropneumolhorax 88 25 Bulcão venereo Bubão venereo 97 13 Phbife do seio Phlebite do seio 99 18 inter ficial intersticial 105 23 Tumor uierino Tumor uterino 106 24 Barthlioniite Bartholinife 117 14 de 26 a 25 , de 26 a 35 117 26 nomenoclatura nomenclatura 124 26 auforisado autorisada 125 15 Ora, pois mais Ora, por mais 126 3 necroscopica necroscopia 128 21 economica-social economico-social 128 23 Repuer Requer 129 20 existeuíe existente 129 23 exactidãa exactidão 131 11 cofficiente coefficiente 131 20 dynanico dynamico 132 6 para Europa para a Europa 133 2 queira Queiram N« 2, de PhySiCa Meflica das hemicies das hemacias 1. “ Microíiologia LOFFRER LCEFFLER 3. “ Anatomia Patboiogica hyperciapedese hyperdiapedese moFOSicoES 7?/,: Secretaria cia Faculdade de Medicina da Bahia. Em 30 de Outubro de 1918. 0 Secretario, T)r. éNlcilheus Vciz de Oliveira Jt <H. SERVIÇO DE VERIFICAÇÃO DE OBITOS Declaração de obito Attestado de obito Data da morte: hs. de de de 19 Nome: Sexo: Côr preta, parda;: Idade: Estado civil: Profissão: ' Naturalidade (Se brasileiro, de que Estado?); Filiação ("legitima ou illegitima); Residência vdistricto, rua enumero da casa, ou localidade fora da Capital); Condições hygienicas da habitação (salubre, insalubre ou regular); Logar do obito ("domicilio, hospital, a bordo, ele.) ; 1 Doença: Causa da morte: Poi feita a necroscopia? (sim ou não): ITOTA Especificar a causa immediata da morte e indicar a doença primitiva e as doenças concomittantes. Indicar, depois da causa da morte, se a morte foi súbita ou não. Precisar a séde e a forma das doenças (tuberculose, câncer, paludismo, etc.) Toda vez que a morte se der no curso do estado puerperal, indicar essa circum- stancia. Nos casos de morte violenta Precisar o agente productor da lesão mortal Declarar si se trata de suicídio, accidente ou homicídio, verificado ou presumido: Nos casos de suicidio indicar, sempre que possivel, a causa provável (alcoolismo, doença j mental, desgostos, revezes da fortuna, amor, miséria, etc.): Nos obitos por doenças transmissíveis Indicar as circumstancias que julgar dignas de menção relativas á hereditariedade, duração da doença, condições do contagio, etc.: Nos obitos de menores de 2 annos Qual o genero.de amamentação? (natural, artificial, mixta)? Tomava só leité' ou outra alimentação? Qual ? Parecia bem conformado ou não ? Teve assistência medica?. Em relação aos nati-mortos Succumbio antes ou durante o parto? Qual a idade intra uterina ? Parecia bem conformado ou não? Condições do parto (natural ou artificial?): A parturiente foi assistida por medico ou parteira? (sim ou não) Não esquecer de indicar nos competentes logares, o sexo, a cor, a filiação, a causa da morte, a profissão, e o nome dos paes, etc. OBSERVAÇÕES Assignalura do Medico Bahia, Cidade do Salvador, de de 19 = Attesto que ás horas do dia do \ I mez de do anno de 19 falleceu por __ : - - - . \ r - - Nome : ; ■ Filiação Sexo Cor , ) Idade Estado civil \ Profissão _ Naturalidade Residência Logar do obito Bahia, Cidade do Salvador, de de 19 Assignalura do medico - (*) Ao official do Registro Civil compete numerar o attestado e o talão de accordo com a numeração do livro de Registro. IMPRENSA CARVALHO DE Joviniano Carvalho & C. Rua do Corpo Santo, n. 76 e 78 BAHIA-BRAZIL