THESE DE Plínio de Souza Ribeiro < 1871 THESE APRESENTADA Á FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA EM NOVEMBRO BE flSlft PARA OBTER 0 GRAO DE DOUTOR EM MEDICINA " |J tiniu ire Sonpt lAiúiru Ex-segundo Cirurgião cm Commissão do Corpo de Saude do Exercito Brasileiro» Cavalheiro da Imperial Ordem da Rosa, c condecorado com a medalha de campanha do Paraguay, etc., etc. fíijililHO ?O capitão Joóc «íRifetto CupitaiiiBá e 2). Jbinta Joacjiiíiia tfouza ÊRiGítto. O medico tem neste mundo missão santa; para descmpenhal-a perscrutou os arcanos da vida, desceujas mysteriosas trevas da morte. A. DUMAS. eahzà: TYPOGRAPHIA DE J. G. TOURINHO 1871 FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA. DIRECTOB 0 Ex.mo Snr. Conselheiro Dr. Vicente Ferreira de Magalhães. OS SUS. DOUTORKS i.*ANNO. hatksias qcr lkcciona» Cons. Vicente Ferreira de Magalhães . Physica cm geral, eparlicularmcnte em suas applicaçõt s a Medicina. Francisco Rodrigues da Silva. . . . .' Chimica e Mineralogia. Adriano Alves de Lima Gordilho . . . Anatomia descripliva. 2. ANNO. Anlonio de Cerqueira PintoChimica organica. Jeronymo Sodré Pereira . ... . Physiologia. Antonio Marlano do lloiníimItolanica e Zoologia. Adriano Alves de Lima Gordilho. . . . Repetição de Anatomia descripliva. 3. ANNO. Cons. Elias José PcdrozaAnatomia geral cpathologica. José de Goes SequeiraPatliologia geral. Jeronymo Sodré PereiraPhysiologia. 4/ ANNO. Cons. Manoel I.adisláo Aranha Dantas . Patliologia externa. Demelrio Cyriaco TourinhoPatliologia interna. Conselheiro Malliias Moreira Sampaio Partos, moléstias de mulheres pejadas c de menino recemnascidos. B.« ANNO. Demelrio Cyriaco Tourinho . . . ; . Continuação de Patliologia interna. José Anlonio de Freitas Anatomia lopographica, Medicina opcratoria.e appareltio.s. Matéria medica, e lherapeutica. 6.* ANNO. Rozcndo Aprlgio Pereira Guimarães . . Pharmacia. Salustiano Ferreira SoutoMedicina legal. Domingos Rodrigues Seixas llygienc, c Hisloria da Medicina. JosèAíTonso de MouraClinica externa do 3.' e 4.» anno. Anlonio Januario de FariaClinica interna do 5/ e 6.* anno. Ignacio José da Cunha. . . . . . Pedro Ribeiro de Araújo José tgnacio de Barros Pimcntel. . Virgílio Clymaco Damazio .... Secção Accessoria. Augusto Gonçalves Martins. . . . Domingos Carlos da Silva Anlonio Pacilico Pereira Secção Cirúrgica. Luiz Alvares dos Santos Rainio Alíonso Monteiro ligas Cailos Moniz Sodre de Aragão . . Claudemiro Augusto de Moraes caídas . Secção Medica. O Nr. B>r. (.'inciniuito Pinto <la Milra. wmm um saiJiBifAUiiâ O $»r. B>r. '3'hoinaz <i'.tqnino Gaspar. A Faculdade não approva, nem reprova as opiniões çinittidos nas thcses que lhe sèo apresentadas. ÁS VENERANDAS CINZAS DO MEUBOMPAE 0 capitão José Venancio Ribeiro Tupinambá Frafundo respeito e eterna saudade. DE MEUS AVÓS Ima lagrima. A DE MEU TIO 3osc Soaquim Uibeiro IHorma A' »A MOTA ISTOOEM raHIOA Severina de Souza Ribeiro Saudade e lembrança. Á SDK MEUS COlir iVIIS IROS DE 0AMPAH5A 1T0 FARAOTAT AOS MANES DO EXCELLENTISSIMO SENHOR CONSELHEIRO Or. Sonatljas Abbott Eterna recordação. A MINHA ESTIMADÍSSIMA MÃE A 1LLMA. E EXMA. SRA. D. Àinu JOAÇUIIIA DE SO3ZA RIBEIRO Minha boa e santa mãe: A victoria que hoje alcanço devo em grande parte a vossos conselhos e vossos esforços: eu quizera neste momento dispor de meios, com que vos pudesse testimunhar meu amor filial: mas não careço, bastão-me só o vosso coração para comprebender-me, e a vossa bênção para felicitar-me. A ILLMA. E EXMA. SENHORA i). Luiza Victe de Souza Ribeiro A vós irmã querida d'aquella que me deo o ser, a vós que muito animaste-a nas suas horas dedesanimação, a vós muito devo o meu coração, porque muitas e mui sabias pala- vras pronunciastes em bem do meu futuro. Foi longo o meu caminhar para obter hoje o titulo de Doutor; neste momento o que vos posso otferecer como um tributo de minha gratidão é a minha these Acceitai e abençoai. A MEU TIO O EXCELLENTISSIMO SENHOR CONSELHEIRO DR. JOAQUIM DE SOUZA VELHO Respeito. A TODOS OS MEUS PARENTES EM GERAL Muita amisade. A1LLUSTRADA GONGREGACÍO DA FACULDADE DE MEDICINA DA BABIA u o AOS SENHORES DOUTORES De oAouboiiio cCuiilculo De cJ'avtcp úe)oHutrjoJ cbevaxxó cÂoiitoRio De Cexqiteiva Svinbo qAoD ttaiio cJWuea De j?uua» Óe)euvetvio CoiirniGo <L?íuuiXco (fyaiivciziG t-Ljtiacio OtiC AO EXM. SR. CONSELHEIRO Dr. Manuel Ladislau Aranha Dantas E A SUA EXCELLENTISSIMA FAMÍLIA Muita consideração. AO HIUSTRISSIMO SENHOR DR. LUIZ ALVARES DOS SANTOS E A SUA DIGNÍSSIMA FAMÍLIA Ao Illm. Sr. Joaquim de Mattos Te lies de Menezes Muito reconhecimento. AO MEU AMIGO E COMPADRE O SENHOR PIIARMACELTICO JOÃO PEDRO DE AGUIAR AOS COLLEGAS QUE ACOJIPAM1ARÃO-11E NOS CAMPOS DO PARAGUAI OS SENHORES DOUTORES 'Édemen/ino a&itfetio dk Vfáouaed êfóancidco cTcão fyio da d/aic&a .zw« O SENHOR DOUTOR ILDEFONSO THE0D0R0 MARTINS EA SUA EXCELLENTISSIMA FAMÍLIA Sincera amisade. A TODOS OS MEUS COLLEGAS DOCTORANDOS ESPECIALMENTE OS DOUTORES «.TUatioef deleita êópuiêeita cFtaticióoo 3)iaó CeAal João íCeíto «/leite «Jlbouteito JUutoiiio «Abotiieito Jbtveo Um adeus. A TODAS AS PESSOAS QUE ME ESTIMÃO AOS EMPREGADOS DA FACULDADE Tributo de sympathia. ■n SECCÃO CIRÚRGICA O FERIDAS POR ARMAS DE FOGO ÍDISSERTÀÇÃO. fi humanidade pensa progredir em tudo ! Não lhe bastava > o quadro horroroso de suas moléstias; ella procurou nas f luctas novos soffrimentos; a espada, a lança e a maça não satisfazião o desejo de destruição! A descoberta da polvora despertou-lhe a attenção; estudou-se o meio de empregal-a na guerra, e a primeira arma appareceu e ar- remessou o prejeelil mortífero: o crime exaltou-se; a bravura pas- sou a medir-se pelo arcabuz, e o soldado sorriu d'arma! A sciencia viu e estudou mais um mal-morte ou feridas por armas de fogo. Imperfeitas e barbaras forão as primeiras tentativas para a cura das fe- ridas por armas de fogo. Ferro em braza e azeite a ferver, applicados como meios de curar, forão os topicos que suavizavão o soflrimento dos feridos ! Surgiu o anno de 1536 e raiou o dia em que, na batalha do Passo de Susa, A. Paré não dormiu preoccupado pela idéa de não ser sufficiente o azeite fervente para cauterizar todos os feridos. 4 Ao despontar da aurora elle voa ao leito d'aquelles, cuja sorte lastimava pela falta do azeite. Aquelles infelizes tinhão passado maravilhosamente por não terem a for- tuna de ter recebido em suas feridas a uncção de azeite fervente. O facto não escapou á esclarecida intelligencia do illustre cirurgião, e desde então jamais ferveu-se azeite nos hospitaes militares. A. Paré, Percy e Larrey prcoccupão-se da sorte dos feridos, e a sciencia se humaniza. II Da contusão excessiva que caracterisa as feridas por arma de fogo, re- sulta uma serie de phenomenos, que as distinguem de outras feridas. So- lução de continuidade irregular, lividez extrema dos bordos dessa solução, desorganisação mais ou menos extensa dos tecidos, stupor que se irradia dos pontos lesados, e muita vez invade toda a economia; secura notável da ferida; eis o aspecto geral de que ellas se revestem. III Não custa a comprehender que ás desordens tão grandes, tão graves, outras ainda mais importantes devem succeder-se no período da reacção inflammatoria. A inflammação, e as perdas de substancia provocão uma suppuração abundante e hemorrhagias secundarias. O esmagamento dos ossos e das articulações predispõe os doentes ao tétanos e ao delírio ner- voso; o grande numero de feridos accumulados em uma enfermaria, faci- lita o desenvolvimento da podridão do hospital, e da diathese purulenta. A existência de projectis nas feridas é ainda uma causa de complicações. Estas feridas, que constituem uma familia distincta entre outras feridas, 5 ainda mostrão differenças entre si, em relação á natureza, marcha, volume, direcção e forma do projectil, que as produziu, e também á qualidade d» parte ferida, e ás circumstancias que as cercão. IV Não é raro encontrar-se em um campo de batalha cadaveres de milita- res que não apresentão a menor lesão externa. A autopsia, porém, de- monstrou que a morte succedeu-se a importantes e graves desordens in- ternas. O tecido cellular, os musculos esmagados, os ossos fracturados comminu- tivamente; eis o que a autopsia revelou; a pelle somente resistiu á impressão da causa que produziu a morte. Uma explicação lógica tevelogar a um proje- ctil, cuja força de impulsão tinha diminuído, tocou o ventre ou o thorax, e sem romper a pelle por causa de sua elasticidade, produziu as lesões in- ternas. V Depois dos phenomenos primitivos vem os consecutivos. A sensibili- dade renasce gradualmente e com ella desperta-se a dôr. Do primeiro ao quarto dia a inflammação se declara, e é tanto mais in- tensa quanto a contusão foi violenta; então o cortejo inílammatorio da fe- bre traumatica se manifesta. Os tecidos em que a vida não foi completamente extincta mortificão- se no periodo da reacção inflammatoria, e a membrana pyogenica se inter- põe aos tecidos vivos e mortificados, e estes são eliminados. Estabelecida a suppuração, as escaras se desprendem do oitavo ao duodécimo dia, e a ferida apresenta toda a sua extensão. 6 Quando a perda dc substancia é grande, e além disto augmentada por eliminações secundarias, a suppuração torna-se tão abundante que muita vez o ferido succumbe por esgôto de forças. Se o doente é tão feliz que resiste a esses estragos, e a ferida cicatriza, elle fica submettido aos incovenientes de uma cicatriz, que se fez a ex- pensas da organisação da membrana granulosa; taes são dores, inflamma- ções reiteradas, ulteração e retraeções, que ás vezes são de tal ordem, que desviam articulações, e impossibilitão movimentos. VI A titulo de complicações vem a erysipela, a angiolencite e a phlebite; muitas vezes a inflammação se estende ao tecido cellular subcutâneo, e então uma vasta suppuração diffusa se apresenta; outras vezes a inflam- mação invade todos os tecidos, e produz uma compressão violenta, que augmenta a gravidade de todos os phenomenos, dando em resultado a gangrena, phlegmões profundos, e suffusões purulentas por entre os mús- culos e os tendões. A hemorrhagia, rara como phenomeno primitivo, é uma complicação grave no périodo da queda das escaras. O tétanos sobrevém aos grandes esmagamentos. O delírio succede ao stupor. VII O prognostico das feridas por arma de fogo é exlremamente grave; a morte pode ter logar em todos os períodos que ellas apresentão. 7 veia 0 tractamento dos feridos por arma de fogo reclama o uso de meios geraes e locaes, que differem segundo os períodos, e sempre subordinados á grande prudência. É absolutamente impossível estabelecer regras fixas no tratamento lo- cal das feridas por arma de fogo; elle deve ser guiado pelas modificações que se succedem. Acompanhando práticos illustres, ligamos alta importância ao desbri- damento: elle modifica a natureza da ferida, e previne a compressão que exerce a inflammação e d'onde resultão importantes complicações. Não se comprehende que, pelo que havemos dito, fazemos do des- bridamento um methodo geral, não; elle deve ser empregado, quando a ferida for estreita, profunda, e situada em regiões cercadas de aponc- vroses. O desbridamento ainda se torna indispensável, quando tivermos de pro- ceder á extracção de corpos estranhos ou esquirolas. A amputação adoptada por alguns, repellida por outros, tem dado logar a importantes discussões. Desgraçadamente, para a humanidade a eloquência e a lógica são ven- cidas pelo membro dilacerado, esmagado, reduzido á pasta, que parece dizer-lhes:=ca!ai-voS, porque eu preciso ser amputado !=Reconhecida a necessidade da amputação, ella deve ser praticada logo que cessarem os phenomenos de stupor, e antes de principiar a reacção inflammatoria. Praticada nestas condições, a amputação não é mais do que uma verda- deira substituição: á ferida irregular e contusa succede uma ferida regular que estabelece melhores condições ao doente, e dá-lhe esperanças de salvação. Muitas vezes uma ferida simples complica-se, e a gangrena indica uma amputação indispensável; a natureza se encarrega então de mostrar ao cirurgião que o tempo da operação é o apparecimento da linha divisória. Nas feridas por arma de fogo, quando a amputação se torna immedia- 8 tamente necessária, não ba considerações a fazer; o estado do membro ferido é que indica o logar da operação. O bom resultado da amputação depende das boas condições em que se achar o doente não só em relação ao seu physico e moral, como também dc todas as circumstancias que o cercarem. SECÇÃO CIRÚRGICA Feridas envenenadas PROPOSIÇÕES I. -Certos humores, que são o resultado de secreções naturaes em al- guns animaes e que inoculados em outros animaes por intermédio de mordidura ou picada produzem effeitos pathologicos especiaes, chamão-se venenos. II. -Os venenos animaes só tem acção, quando são levados directamente á circulação. III. -As feridas envenenadas precisão de um tratamento externo activo, que se opponha á absorpção (cauterisação). IV. -Dada a absorpção, o tratamento externo é de pouca importância. V. -Para o tratamento interno não se conhece um especifico, embora muitos indivíduos pretendam tel-o achado. Applicão-se os sudoríficos, os tonicos e os anti-septicos. O amoníaco foi preconizado por Jussieu e Boyer; o acido phenico e os preparados mercuriaes tem ultimamenle chamado a attenção dos práticos. VI. -O Brazil offerefce muitos elementos para o estudo serio das feridas envenenadas, porém desgraçadamente pouco se tem feito neste sentido, dando-se alguns por satisfeitos em referir-nos as historias mais ou menos extranhas dos curadores de cobra. VII. -As feridas envenenadas differem da ferida por picada anatómica somente pelo principio sceptico, que as produz. VIII. -Os feridos não transmittem o mal a outros indivíduos. IX. -As feridas virulentas, tendo causas idênticas, differem d'aquellas, e torna-se o doente apto para transmittir a infecção a outros indivíduos. 10 X. -A expressão-ferida envenenada-é também de uma applicação geral; pois convém a todos os casos, em que um elemento deleterio for levado ao organismo por inoculação. XI. -Á chimica pathologica pertence o estudo importante desta ordem de envenenamentos. XII. -A observação e a experiencia methodica daráõ por fim uma in- dicação therapeutica infallivel no tratamento das feridas envenenadas. SECÇÃO MEDICA Febre amarella PROPOSIÇÕES I. -A febre amarella é caracterizada pela coloração amarella da pelle, pelo vomito negro e por symptomas febris muito intensos. II. -A febre amarella é própria dos climas quentes; ella pode desenvol- ver-se em todas as estações, sendo, porém mais frequente na epocba de grandes calores. III. -A elevação do solo tem uma influencia notável no desenvolvi- mento da febre amarella; ella não foi observada além de dous mil metros de altura. IV. -A febre amarella reina sporadica ou epidemicamente. V. -Nos paizes em que a febre amarella é endemica, os estrangeiros e espccialmente aquelles que não estão ainda aclimados, são os atacados de preferencia. VI. -A questão do contagio da febre amarella só será decidida, quando a etiologia delia for perfeitamente conhecida e estudada. VII. -Os symptomas que acompanhão o vomito negro, c a coloração amarella da pelle, são em parte communs á febre typhica. VIII. -O tratamento da febre amarella divide-se em preventivo e cura- tivo; aquelle funda-se nos preceitos de hygiene; este na therapeutica. IX. -No periodo de invasão os sudorificos, os laxativos e os vomitivos tem sido empregados com vantagem. X. -No segundo e terceiro periodo as bebidas acidas, o gelo, o ether, o 12 opio, os topicos excitantes, e os vesicatórios são administrados c tem pro- duzido alguns resultados. XI. -A sciencia ainda não achou o specifico para a cura da febre amarella. XII. -Á vista dos symptomas, que acompanhão o vomito negro, serem quasi idênticos aos da febre typhica, não seria fora de proposito ensaiar a digitalina, que tão felizes resultados tem dado no tratamento daquella febre. SECCÃO ACCESSORIA Vinhos medicinaes PROPOSIÇÕES I. -Dissolver um ou alguns princípios medicamentosos em vinho, é o que constitue os vinhos medicinaes. II. -Os vinhos medicinaes, bem como as tinturas alcoólicas ou ethereas, offerecem ao medico soluções promptas e de fácil applicação. HL-A propriedade dissolvente dos vinhos varia, conforme a constitui- ção dos mesmos. IV. -A escolha do vinho deve estar sempre em harmonia com a natu- reza da substancia que se pretende dissolver. V. -As plantas verdes nunca devem ser empregadas na preparação de vinhos medicinaes. VI. -Todos os processos de dissolução podem ser empregados na pre- paração de vinhos medicinaes. VII. -Os vinhos medicinaes devem ser conservados em vasos pequenos, hermeticamente fechados, e postos em logares frescos e ao abrigo da luz. VIII. -Os vinhos puros e generosos podem ser considerados em uma acção therapeutica como medicamentos. IX. -As substancias mucilaginosas não devem ser empregadas na pre- paração de vinhos medicinaes. X. -Os linhos falsificados não servem para a preparação de vinhos me- dicinaes. XI. -Os vinhos tintos não servem á preparação do vinho chalybeado. XII. - O medico deve preferir sempre os vinhos medicinaes recente- mente preparados. HYPPOCRATIS APHORISMI I Vi ta brevis, ars longa, accasio proeceps, experientia fallax, judiciam difficele. (Sect. í.a Aph. L°). II Vulneri convulsio superveniens lethale. (Sect. 5.® Aph. 2.oJ. III Sanguine multo effuso convulsio aut singultus superveniens, malum. (Sect. 5.a Aph. 5.o). IV Ubi somnus delirium sedat bonum. (Sect. 2.a Aph. 2.°). V Quoe medicamenta non sanant, ea ferrum sanat: Quoe ferrum non sa- nat, ea ignis sanat: Quoe vero ignis non sanat, ea insanabilia existimare ap- portet. • (Sect. 8.a Aph. 6.°). VI Famem vini potio solvit. (Sect. 2.3 Aph. 21.°). Bahia-Typograpbia de J. G. Tourinho-1871. â féomtnefião £Zceu/>ola. Sflaáca e ê/acu/c/ac/e c/e is/faec/t- cina só' c/e Sú/poeto c/e eéye. £25?. fâcnc/nnafo fêdtí 04 fêefafutoJ. &/acu/c/ac/e c/e o/a <//iarf/a c/e o/e eéye. ê//?. ê/emeâto. êZ)?. e êíaca/t/ac/e c/e c/e c/e eéye. CCi(X-2)iuclút.